Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

• ' . ' ., 1 • I - Dl~ETOR. PAULO MARANHÃO • • Quem teve infância, e não a esqueceu, antes foi através • ,,:t c;los anos incorporando o sau morro da Urca - ditosos, mil \rezes ditosos os · que vjajaIJtÍ (Copyright E. s. 1. com exclnsivirui,ae- para a FOLHA-. no bondinho aéreo! - est.ã a ' J -A.R-TE- _t,S,UPlEMENTO l LXTE1U\TUIU • sentido 1nágico · à ~itação e à int erpretação da vida adul– ta, não pode ter ficado ·indi– . feréll.te ao maior aconteci• ,ment o àa semana: a lua cheia. 110 NORTE, neste- Estado). lua. che~ e bran.ca, esti·anha.. do-a agora, chego a atribuir 1 ✓ - m-ente bela. Vemo-la erguer• . l ORfENTAÇÃO OI F. PAULO MENDES -e j COLABORADORRS : - Alvar.o Lins. Alons(I Roohâ, Almeida Fischer. Alphonsus de Guíma;– rães Filho, Augusto. Fred~ieo Sehmidt, Aurelio Buarque de Holand'a, Benedito Nunês, Bruno de Meneses, Carlos Drummond de Andrade, Ca.nb'lf ~ ~ilia Meireles. CécO Mein, Cléo Bernardo, Cyro dos Anjos, Carlos Eduardo, Daniel Coêlho sle Soú-za, ' 1, '· P. Paulo Mendes, Fenut1tdo Ferrei,a de 1,-0antla,, Ga-– ribáldi BrulJ, lfa1toldo Màranbâo. João· Cond~ LC<VY , Kall de Miiur-a, Lêdo Ivo, .J'osé. Mns do Rêgo-; João ' • ~neles, Marques Rebêlo, Mário Fáusfino. Manu:eJ Bantlei,a., Max Martins, Maria Julieta Dtrul1Utlond, Mun-Yo Mer,des, Orlantl'o Bita,r. Oito Maria Carpe:nr<!'t, Paulo Plillio, Abren R. de §oÚ.za l\f~ta, R(lter Bas· fide. Ri~mar de Moura. ~Y Coutinho, Ituy G:ul~ llí~ Barata~ Sergi'o Millet; Súlt'ana. 'Eevy' e Wil~ S"OD ~ariius. - , . N o ·T AS LITERÃ:RIAS . . •4U>NDA .GR.0TESCA" màs de Antonio Girão Bar– roso, além da. 001,a J)Óstuma de Leenard'o Mót~ "Cabeças Chatas". ESTUDO SOBRE THOMAS WOLFE e "Ronda Grotesca'• é ·uri i'1-0s pri.m-eiros romances de Aldous ·Hudey. Foi: esci;ito em. J923. e est'â tmpregnado daq.Uela fúri.il destl'Uti;va ~üe cai:àcterba. <>· sentido da. obt·a do autor de ·«eonfrapotitl>"' f:!Q e En<;1uanto vivo; Thomas início -da: s:u:a cari:eira de .es• wolfe 1nereceu pouca aten– critor. E~s-e rnmance •é- u,n11 ção dos crítlco,s literâri'os do sá-:tír.a ratéligen'te cfa. soci::eda• seu país. Agora, todavia•. ·cd~ de iõglesà naqúilb que ~\a guns anos depeis, da s~ mo:– ain.da ç.ens~va d'e mais .ré• · te, sua fama cresce dia a dia presse.11:tativamente vitoriano. e t\ão há q~em, escreva sabre A,ttilfd.~a ~u a asstna(~rrs literatura cn,ol'te • ame-ricana , ãe $oacyr W,erneek d~ Cas- sem que logo o sit'ue ooi:no t110. ú!m volume da "Cole~dº um dos s~us •e!Kpoentes. Den– Nohéi•.. ·tl·e os i:nelhores ei;tudos sobre a obra do novelista de "Look Hon1é.\vard". surge como. um, dos mais , bem r.ealizados o de H_erbet't' Mu'll~r, eciítado :pela . , "New Dl1·ections Books" na Novidade do céU;. ela des– pert ou em inúmeros corações pisados pela vida um senti– mento antigo, que se alumbt·a sempre, nesses momentos em q11e a noite ·é nova. O céu muito •longe. como se nos de• volvesse a uma estranha uni– dade já perdida. talvez ocul– ta nas ílorest;is de il'ldiziveís u·gare's-comuns. Ela não ex.i- se; o mais ambicioso balão do sua grandeza a ésse poder de ge aci;obacias Iéxicas, fras'es mundo não subiria assim, ao monumentalização q,1.1e pos- bem co-....,_,.,da" ap'"''O Ut·e . · ""'""u" .,, .... · • mesmo tempo tiio perto do suem as criança$, e~ sua _in- rário. Nasciga para as dedl• ch[o e tão librado às fnefá« consútil sabedoria. Era uma catórias silenciosas, ilumina veis alturas. E em cada ins..; lua tão grande como a Pee• as almas simples, r,epuma as- tante de sua subida, 0 céu sê sia, e clara como esta, e de ternw:as ávidas, nutre os q.ue torna maís cheio de Deus, e uma luz cristalina, ràdi('.)Sa e fa_lam de amor e os colegiais, as ondas se dobram mais on« serena. Estava perto e longe, os pobres e as crianças. . das de que- nunca. . antiga e presente. Não é um navio incendiado E' justam:e'nte neste mo- que çarregamos em nós. , Em verdade, a aparição 11ão deve ter posto todos que ::i contem,planam em illtimída– de coin a h~monia das es– feras. A mim, lembrolfme uma grand'e lua branca que vi nascer atrás de um vale,. num. erepúsclllo b'en:t remo~ to, quando eu era criança e voltava da escola. Era uma lúa extraordinariamente gran– de, tão grande que. ev.ocan- E' a essa lu~ que reco.rro· que transfigura o mar, e e me~to, em que a lua começa agora, a9 vê-lJ novamente, clarão d:f- lua, e muito mais a subir no céu que aconte• como se outros fõss~m , os. , que o ,clarão é a própria lua, , cem as grandes coisas; 0 luar céus, tenho !\ sensaçao de , tão próxima que Um menino invade as casas de tal modo qi.t:e achei, em plena rna de ter,~ tentado alcançá-la d.a que os seus habiJantes se jul• volta para casa, · um ,o})jeto prNª· gam em navios no :dlo rnár desaparecido. Não a esperava, Que semos. ?.6s, dia,nte dela? 1 , ~ os, instantes s,e teeeni d; ninguém a esperava, e e-Ia ai Espec~dore~ 1núnd~os pela ~;1ra bel~za, esquina d-0 ine– está, a g,rande, branca e ,mo• tr~sf1gurac;ao do alto, almas fávet q,tte ddbramps d,/! súõito. numental lua que nasc'e pr-e- t;15tes q~ ~e .repente se sen- Expliquemos o mistériof um cisamente na linha d'o h ,ori:• titam á:ting1da11 pela grande• jovem ficou parado diàn.te da zonte, entre o mar e 'o céu. za do cé~. No ôníbus, rente à mulher sentada num oiinco Dir-se-ia que mllndo nenhum enseada, 1nvade•nos uma cer- defronte ao mar. Não, êle não existe atrás dela. te~a de que esta 11ão é uma , a es,tava olhando, ê-le nãe a Ao vê--la formosa e clara. noite 'Cem~ todas as outras. que.ria. Estava apenas órii.an • rendosr.ne ao sortilégio [dos· El'l'tre o Pao de Açúear e o do o luar no rosto -dela, tor de "Of Time and The Ri- Jacques Rousseau. O titul°' ver''. da obra é "Rousseau iuiz iie o E SC R11··0 R NOTAS FRANCESAS Jean Jac'ques''. A pOSSe ã es• • O prêmio d~ 50•.000 fran- S;¼ rarída!le tem levado a Pa• cos para o meih.or romance ris colec,i1>nadores de todas 3s· .. de· aveÜturas do ano, fo.i con- partes ão mundo. Tem Vergonha QU,istado -pelo escritôr Thomas ~ 1 Estã sen.do representada N_!U'cejo. autor ele "La mort nU:m dos teatros parisienses é tait dn voyage". 'Dumoulin m,a:is, u1na peça de Jean-.Pa~1.l obteve .o segundo l_ugar com Sartre. Trata-se de "As mãos à novelá "Lé Feu dams !.a sujas'..', drama forte e brutal, Ville". "a ate._stali - segui?,d~ os cri;., ' De Escrever • "Emigrantes". tomance poi,tuguês de Ferreira d, Castro (autor de "A Selva) foi incluido pelas ediçõei Grassei~ de Pai,~ na "Col,.e· ção Romans ~ti;atr!(ers". A traducão é de A. K. Vaie.re. • D_escobriu-se Ih·~ . poucn um rnanuscrit9 de Jea()• t.icol!' ~ as conhecidàs qua• lidades dramáticas de Sar- ROGER CAILLOIS tre». h - (Copyrl.g i E. S. 1. <'om exclusividade para a FOLHA e "A T"rr d E ., e DO NORTE, neste Estado). . , ? _e e zxa, 0 PARIS - No,ta-se, um des- ril de jrivolo, e de afetado, tit:@-0 do µltim.o rcmi,a~ci:, ~~e . prez~ _da liter~tura, n1uit?. di• de' ridiculamente solene e ~e Arthur Koestler. A b1sfor1a fundido, e muito intrans1gen- · estrabhament'e tongín~uo; .nao passa-se, ~ Pa,lestin~ e tem· te. Cada_· vez isso me surpre- lhe:' reeonheéem_ na'd~ de;·pto• como mot 'i.vo ~,;e_dormnante o encle -mais. PerQ;t.1e se, manifes& rondo· nem de autênti.co , ,e pot p.i:oble-ma jU:dáico. ta entre· os próprios .IiteratQs. isso: consideram~no inéÓmJ?ª" e -n1io entre os lhilitares, os tivel. com as:·soberbas i:nqUié.; políticos. ou os sábiQS. que. 'tudes de que , se sentem ági• poderiam tà:tvez consid~ ns- tirdos. ' NOTURNA ma;i "' respectivas ocupaÇ,é~s- É poi; isit.o· que os escritores· _ . , . ~ais importantes- e !Jlais se• dê~ tipo rectíSam-se a c~i:· _r r1l!S do que a .dos cl.Dzclado~ var-se ante a. l;>el~ ~ al1• \ res de frases. mentaxn uma e~pé:cie. de ran• ~ 'Mas o que acontece é exa-· c:er contra a literatura. ~on~ tamente ó contrário elo qµe. tin~am escrevendo, coat.udo, eon.elusão da 3.• pag. • sua tão conhecida cole~ão, ma.lij bl'de haverá ~ <Jw.er "Criadores d·a Litératura Mo- • que leu - Fonniciá'V'el'! For– de111a", · - utidâvel! - ~ uns q.ua :íro- óu ~a..-. uma. e;e~~ te-mlll':\ por Alf.Amiran&, v• :se- e~tend~ir o mistério !?os rcompimento;:. se pederià esperar:· os homens mas juram ql.fe as suas obras .. Noticias literárias oo Cea• ·rá:, •teli»; Í!evista. 'dos: eseti• tores c'earénses: pul,!i:ca'rá. dentro em prevey ~s séguin!e:; livros:c •~AuwreSc ,cearenses!'., de. J'~quim Al,v~ "Vidas Marginais'~ contos de- M0rei– ra Campos~ "Janelas E 'nfr.éa• bei,ias... , con~ de Lucia Mal'•· tillS: "~ nna... seteç~o de póe- THOMAS WOLFE, de. Her– ber.t Muller, vem trazer im• · por,tante · co·ntrib'uição- à j:'.i expressiva bibliografia -do aU-· cinco câ:vatbeiros que acre,di– tarn nele.. Oo~o semir.e-. m& olhou p,or cima do:; ócul.o!J' d.e t ~r~arug.a. Olho.u-rne cam .o seu gordo ~Jhâr, g!)rdo e pro– tetor, protetor e ' hibrieo. Re– p~lí-o com Ull} sor,riso. Ainda, ~ Plan~r liter.atuta trinta an:os. Podar, podar, JJOdar! Agora. que seria líei:a de ro-– lhéfb. os carros d,os louvorei vão vaizi""' da guerra, os homens de Es-. não sã·o livros como os•outtos. tad-0, e os homens de. ciência. Pelo que dizem, escrevem demonstram ger~Imenie um como q1,1e con~a a vontàde, -~nde respeito pelas• let1·as. ·e im.pelidos por uma forçà ir• ! E s,ão os eacritores que têm resistível Quase se negam a .: vergonha da p11ópria profis• a~eitar qualquer re@õrisàbiU– são. A1g,u n s def~dem;se dade ·_pelo que- produ~zem_ Se mesmo calotosaminte quando escrevem, é porque,nao o po• thàmados ' literatos: clir-se-ia dem evitar. Um deµlôniQ os iue, considei:am o têrmo como atormenta{ Não é possível/ ou-- · " 11.m .insulto.·· tra · atitude, têm de divulgar ,! ~ então o têrmo, e nã-0 a a mensagem. A única: ''pa~t~- ~ , !01~. o que os choc.a? Ainda cipação'' gue lhes é _perm1t1• ainda l))e,..ios dado às ·ab.stra• e restriçõ~s, é. de ,admirar issún, seriá necessário e~pli• da. é q esforço para níio ·_su• r;ões. A 11arr-at-fva que ~sse~:. q:ue se salvassem. al'g.u.Iis ro-· ca.r como adquiriu êle sentido já-la com a vergonhosa l1te- ta na reálidacie nos infe.tessa mancístas. ~jorativo, Mas. é bem contra ratura.. .- 1 mais do que a .'completa :(a);iu- N:ã.o se obriga impunemente a literatura, e não _contra o . Querem que se saíb~ que lação, e muito mais do q~ as à mais grave cÓinpust.ura ~eu 11ome; qu~ manifestam o 1gb.ora~ a arte de escre-vet, _e idéias puras: não 11 a .realida- búrgúesa a sobrec·asaca do- ,eu desprezo. Qu~rem, mostrar que _nao r preten~em apre_nde- (C!)llclusã,o da .,1.a pag.!' d e seca e fr·a m , 'd "' . , ' · t· · , .. como ~cham ruim um 'liv,o la. ~. quanto a JSSO, 1;e,l!llzam . 1 , ·as a,quee1 a uotnens e ao e_sfar ilho da,; qualquer·? "Não passa de li- plenamente o seu deseJo: pu• pelo· calor hiunano,,e.cpmog;u~ mulher:,s -: . s1mbolos ~a teratula", afir,mam, com a blrcam, de prefer-ência um. pu– •unedecida pela sensibilidãde contençao ex.i~1~a dos dois conviéção de dizere•m tudo. :nhado' de páginas· 31abis~dl\s 1·aís e de pacÍrõe_s de vida q_u~ ção do romantismo g.l!le é, em que. · esta, ~m, não n'O!> f~Tita sexos - gente dê se.u .natu- ' InversameJ;1te, quai:Jd9 gostam à ·P,r.essa e que contêm, dizem espontaneamente não teriar:i uitil;ll'a análise. o predomínio e, ao con:trâtio, pairece envoJ- raf simples ia até üm: pouco de·. uma obra, e desejam desta- êles, o diário dos seus tor- sido adotados, pelo ~enos coni dos· valores subjetj.vos. O · ver t'ôdas, as coisas de uma deslehca<}a. Justamerite p_or cá-la da medioci'idade quoti- ml'Ptos, ou a repo,rta_gem das tanta rapidez. EsSil "re-eil- próprio ind:ianismó'., que pa- doç~ra talve,z um pouco mo-- ser al'tificial, per vir 'da imi- diana, estão convencidos de ~U'rui e.xpe<!ições av.entur?~as ropetizaçã.o" si5 fez acentuàr- r.eée à primeira vista um mo- le, mas poderosa e autêritic3. taçijo, essa solenidade se b:i que lhe reJ;1:~m uma, suprema ar profundidades da cbnso 1 en- se durante, . 0 :segtmdo r~lila- ~ent~, an-ti-eur&peu, e1li.tra Romancistas c_omo .José de d.é tér :feito mais rí'gida to- h<?menagem, ,um louvor má• ciN_ d ·o d "'"edro II r ·e"~esentan-"h n.· o q·ua"'-o do bov~_,;. ....,.,o, ." .A1·s Alencar; dé grande . ,imaa;na- lhendo tôdas as 1:ea"o·,es' ' e Xim.o, :negando de pés j,untos ao passam, portanto, de ' · ,,, .,..,. · - ""' ""' - _ .., ,,~ .,.. p · · d , 1 "' · i: r • que tenha qualquer coisa a confissões dolorosas, ,gritos de· a despeito d!Y seu amor pel3 representa uma ·tentativa de ção, ou co 1 no Machado de As- . .rurun ° em arJa• parte. l:S ver com a literatura. a!ru.~e ou de desesp,êro, blàs- Brasil - ou precisa:me1.1te . re-ctiaç,ão ou até · de criação sis, atento ,sóÍ:>)!etudo ao mun.- l:méPWSOS espont~eos, -din- Hã n,isso -alg:wn mistério fE:,ll)c1as ~ pesadelos, _oráculos. por. causa dele. pelo clesej:O i!-e de Um passado. Todos os es- do inte_i:ior, são ' ratos; .a; re- c~~tando a expansao dp poder que valerá a :peria desvendar'. d1v.3:gaçoes e profE;ei~s. cujo elevar a sua terra. - "uri1a tudiosos ci.o asswl;p cOl'l.cor• gr!t sempre foi a sujeição aos c11a1or .sempr~ que as suas ·Es.sa má consciência não é mérito, na ~ opm1ao, :nao ;propaganda viv 4 das modas <iam em que os ·1n:di9s ,toran1 .fiitos possíveis, a evo.ca ,ção, .man1-fe~ta,ções· exigissem o naturàl Qual a causa de' se está de ma;11~1ra ~alguma no r,écent~ da Europa hum os nossos cavaleiros e barões. mais, ou :POeti,zada, mais ou aprov:e1tarnento do mundo l~gar semelhante ,deshonra á p.razer. e 5t etico q~e POS$.a~ país que se distanciara das. Cavaleiros e b aoi·ões de que rnen·os roplaneeada, áe éasos exterior: Os ~oetas pcrdei:iam 11.t~ratura, e~atamente :por a- produzir, .~as na fatalldade 1 coisãs eu:repéias pela $e.gl 'e• pi-eeisávamoS' 1: 1 ão tan;to para pondo· em rclêvo tendêneiãi expandJ.r-se com mais libér- queles que a ela se eonsa- ~~!h~;1cia ~om0qu: te~te• ' gação de três séc1:1!05', ·. s~gui.r a moda literária quan- e liábitos. ~adC; que só à si comI)rome• gram., e ·quE:!-eonserv!),m sem- manifesta~eà. ~ti:it::'nã~mr~: Nã.o = -r.ece temerál·i0 supoi:· te para nos sentir me.i:tos r... t;iam, falassem como enten•- pre ª f?aeuld"8d.e <!,e a~andonar nheeem nada de li,ter~rio, º"'• ""' v~a, como observar l ivre- d d a pena O que tem 0 -les COI' · - ....,. que e.ssa alteração dos cos- "d'este1·ta!los = nossa -teri:a", · , essem e seus ãmore~. de tra a- li:~-- "~•-'- , ~ •· bora a,ceitem de boa vontade . :mente, qoande atittldes im- seu . ,, · , . . . """ª"""'a, para que a l · · twnes - atuando íortemeo- eomo até hoje nos acha Sér• p9stas tornavam afetados s ru1se.1-0s,. de sua.s dores. considerem tão humilhante? e og.1os ao seu talento. te s&'>bre a mentalida!l,e, tanto g:io Bual'qUe de Hollanda. modê:los e autoi·es, e como a~las ~uern. qui;S:~e. ~escrev~r I A a.m.J,íção de. ci·j_ar um~ é verditde que muitas vezes Seria a uma forma de ]}ac:io- que 08 despersonalizavam? ttá-1õ.ciedade, bttha 9-u~ mos- obra· per!eit~, que sej'a como o háb<.ih>- faz o monge - fõs- nalismo ess.l valorização. do. Cercados por·-tantas barreir. 1 s · ª como queria ser, e um . bem conquistado para ~ : a caus;i piri.11cipa1 do, bo· selvagem; mas de um nacio- nunca como na verdade er a. sempre, e na quàl o próprio varismo um dos traços p:re: nalJsmo especial, gue q,uerfa autor veja realizada a sua vo- ·do'minant'es do segundo rei- úm Brasil independente, po- ·p· ., R. E. cação - não te:m encanto ·aos nado. Vestindo, comendo, mo• rém europeu. E qUe sincera- To EAz·uL) seus olhos; consideí·am.-na rando e pensando à eu.rop~i,\. :mente· ass1m O j.ulga.va. -. __ · , , . . , ,-... - conrdescon;fianç,a, e crivam.• - t d , b u· · A 1 b ma de sarcasmo. Vêen,. no cu!• nao ar · ru:1am os ras en:os . on_ga su,miss~ a . esti• dado extrem.ó com. que O es- a se iludh• sôtn,e si mesmos, los dJ V1da ,e con~e1tos .vu~dos , (Conclu~o d~ l.a. pag.)' Cl·itor trat'a á .linguagem qu9 a se ac.neditar em t~q"o e por de !o~ afectou_. a...iruia...mais_o . usa, e <:fl:lt deve assegurar a ~do, um .~vo medi~:rã,~-i:eo;-rGJY.rauce ~º: :e havl!-1' êste, _ s.ia ,. ess~ escuras asas qqe _ da luta, da guerra, dessa guer• longevida~e da sua obra, uma ú#lsp1an~acfo ;para a A1~éri- desde •o . mxc~o. voltado de hesltam e Iogo fechant!Q: §~ ra,-< _ ~ tá- 1 'd _ . , preocupa~ao-"'tô(ia . e~terto1·,. ca. lím J10:VO v:ellio habitandô pl'eferen.cia para a reprod4:• saltam ao encentroÔa$ ãguas . que es ~ ti O o-que-se que cons1~eram índ1g,na. uma pátria no.va. t:sse est~ ~ão d,o meio. A julgar p.eTa e d~sapaJteeem, essa paisagen\ n,ove e que so l'\a ~orte en- Denunciam. o zêlo literário ~ es_pitito tálv.ez expliqu.e nõssa litei,atUl'.a, so~os um qu~ os. pássaros animam é contra a •eS41J!Va pa,z e l'e• a_o mesmo. te1::1-p~ COBJ,0 in(!,- em paxt. a rápícJa 8$Sinul'a- pov.o p-0uco imagit'lativo e també:m o a11~~to 4a fo~ poÚS0; til e come artiflCl~l. Nefe a- , , ,., cusam qualquer c-01sa de pue- ;i;>ara que escrever'/ - per• guntam: êles. A p.ergunta ·sur- ' giu numa revista que curiosa– :mel;ite se chama "Literatu:ra''. · li.. mais apreciada resposta foi ' a :mais humilhan1;e pà:ra a ai:• . te de escrever; "por- fraque- ; za". Estranha ironia, e mui- ! to significativa. . . É. uma l resposta que deriva direta• ' . ' ' mente da atitude daqueles 1 que exclama:vam, em princí- \ :I&0.1$ __ do _séçu_lo passado:- •!~u-e-; sou eu? Par~ o tmi.vel's~. nada; i' paa:a mi!h tudo." Dess,11 máxima, eterpamente a,s cias..• -sofrer-ses~<> ➔ ,con~equên• J

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