Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948
' , . - PARIS - G~orge Seurat é, como já .s~ disse, o mais clás• .slco dos pintores revoluciona• pos do século XIX. Uma yez .:lembrando tal fato, convem ·dar algúns esclarecimentos 'precisos sôbre o classicismo, pois desd!! .que se pronuncia a palavra vê-se acon:er, vln• .P.a 40 in:Pério i;loS- f~stros e :dos ·aeca1dois, uma tâun~ ,sln• .gular, na qua\ se notam os ce~ • gos ap:,;en~izes de pintor, os antigos mestres do tempo de r.oubet chéios de medalhas; _ps prêmios de Roma que contl• nuaram fiéis ao "ideal da Es, cola"; os professores de pers• pectiva, de anatomi a ou ~e história; os- cons.ervadores de valores eternos (desde que s~ tl:e.nham esgotado) ; os amado• res e os apóstolos do Verda– deiro, do Belo· e do Bem; · os tlescendentes das mais ilus– tres familíás _ de Foonça; os 'últimos defensores do patri– rnôhio nacional, e mujtos ou• tros aos olhos dos quais tudo e: da medida• quantos artezãos ÍN. · DR:E' -I:.UOTJ:; pá para , edifica-los: .Nesse ..._ se.nti~ó, nessa época d~!lequi- Cot1.yrigth E. S. I. PJ~ ac.ôrdo com " O ESTADO D,E São li brada tem a arte que me.- P Aq:LO',. com ,exclús1viél.Jl,de 1Para !!, FOLl-IA D0 NORTE rece. · ' . · nes~-Ei tado. Nosso herói, também, -não , . . ,. se coloca quer ·no século XVII s1n1stras. A · g~lantarra era ao que os minúsculos estudos quer no XX: nasceu no sécUlo nel~ tQlerada $Ob suas for~as •que Setll'at fez da_ natuxeza, da Euforia. Esse século XIX. mais provocantes, a despeito às vezes, a propósito de na– com o qul!l muitos poétas e .de urna pudicicia de !acha<ta, da: uma mancha cii sol n~ cineastas sonham entre ~uas diante da 'qual a censura pres• prado mauca.do por uma pe• repre.sentações · da rfia}idade biteriana que nos ;domína p_a- quena.moita; úma parede que nauseabúnd,, foi o último de rece muito mais eitteita: co- 11nJ. .ramo doi;nina oú. uma ~r– felícidade na terra. ltle ~e- -mo éco da alegria g_etal,'~ fi;n• 1onage~ .q'!,e passa. Os <ie.se • presenla para nós, "a despeito pµnha-se que ~urgisse uma n~o~ mal$ admlra~os .ro_os• de movime~tos tristemente arte na qual a própri;i natu• traµ,. na sua austeridade de anunciadores o século de ,tô• ,:,eza vibrasse de alegr-fu. Essa branco e preto os encantos das as festas, de, todas as de• arte foi o Impressionismo que inésperados que poden;i sur– clamações ben;i decoradas. E' obedeceu docilmente à inti• gir do menor objeto, "capo o aquêle século em que as des• mação úniversal de th-ar o olhar que e; interrog.ue, de cobertas ciéntíficas ofereci• maximo de felici~de dos antemão, saiba 9.ue esse ob• am ao olhar \Íllicap:i:ente o a:con,tecinr~ntos màts banais, jeto os"' possu,i" Ef ca,so ·a von– asp-ecto feérico e, tàivei, ig- Nãí> conheço nada que ,me• tade do artista seja suficien• nor.avam suas possibilidades lhoi- corresp.onda a êsse <ideal temente torté para forçar a li • se perdeu em pintura, escul- -: 1- tuta e arquitetura, a partir de Hã muito tempo O "Théâ• ·- R - ..· d L ' ,M.;>net, de Ro.din e de Eiffel. .,. - f YmOn yon -- • Aos olhos dêsses caramujos tre Antoine" não obtinha urr, (Copyrigl~t E. s. I . com exç\usividade·para a f'OLllA D(> ·~eadêinicos, la palavra aca- êxito de tais propor~ões: p.re• NOME, neste Es•do) demis1no só evoca um torpor cisamos adquirir a nossa pol• . J . de bom .quilate, um eq:uiiH,1:10 trona com uma semana de "mãos sujas". E' vw_yel que res humanos. Mas Anou!lh adocicado, uma simetría in- antecedência, e Lúci:en Bru- Sartre não e!ll2_osa a 'causa que sofre; encontra uma e·spééi~ teíramente repousante, uma lé, que o administra com tão finge defendei:. De_ce,pciónado de alívio, ou de expansão, na agradável insipidez; o con- simpática cortesia, teve que pela $Qciedade, -não o é me- transposição de seu drama in• junto realçado por uma no~- solicitar dois guardas repu• nos pe'los ..seus renovadores. dividual (sempre idêntico a talgiazmha greco~ romana; blioanos para assé:gµrar a or- Esta -fuga na morte, o íínico si mesmo) para· as tramas ges.tos nobres, pan.ejamentos de· m ent:re os candidatos e es- ato da sua pe~sonage.,,. prln• · ....,.g1·» • 1 as Sartre "'eage harmoniosos, mão sôbre o co~ ~ ,u , . l•u'!" .,ar':. · · " _ • ração; tipos generalizados ao pectadores. cipai, constitui a renúncia dos ap·odei-a-;se das. ,ca,11,sa.s. rcelllS, ext,reino, anonimato geral, A razão está em que se re- próprios existencialistas. Na explica o seu drama p()x, in• Oi-a. não é no selo do tor- presenta ali uma peça de terra se não têm out;ra , sãida, termédlo do próprio ato. !l'.)or, mas no próprio cora_ção Jean-PaUl Sartre, e o exis• a não ser a ' própria morte, Neste ponto é que "Les da violên:eia e do ·escãndalo t encialismo está na moda. Não sendo esta a última --- e a mains sales" se f.orna uma que as virtudes clássicas gos• que os espectadores compre- sua única - afirmação da li• peça extremametíte· interes• tam de se instalar. Tendem endam esta filoso.fia moderna, berdade ~n<livldual. sante; projet a· .uma lu12: cotus- para: a ordem e a serenidade, - nem, talvez, à compreenda Iiugo descobre que o" assas- cante sobre a profunda..._ dife- para a grandeza e o monu- .6 . J p 1 "' ..,-~ d. • d" "d s •' d :mental, mas laboriosa e dra• o pr pr10 ean- .au .::,a,~e- · sínio de Hoe cere,:,, assass1nio :rença que. , 1v1, e a oc1e a • • • ' rest!tuição. To.do Q objeto é sus~itadas, tô(\as elas. em tô1'. detent'l_r; 09mo o átomo ava- no de par.tes. soml:ir1as, de µn;::i 'rament&- techa~q sôbre si rou,pa ou de uma c~beleira, ·mesmo, de fôrça~ . p i;odigio- por aquilo que Seurat clià.ll \a– , sas; quem t>~ · ã, porém,. ~m va· de c·on•--aste 6 ;..,.Ul~"' - o .desagregá-lo e . " beleza?' Ali- . . w.. . ..... <c&U';. ás,_ s.empre ,exi,st_ ~ 6 · ente O ou então, inver~ameri~ e ~~ - · · razão do mes,ino fehômen'b. obJet o; nada está · do do I?edàçps de sombra er.n t õ,rno conte~ó na interminne_l fta• de =~r-tes iluminat1.,. 8 • /_A in- se uruversal. Tôdas as f~inilll '"'~ '.t"' • • 'estão em: concorrência oam vença<,>, . aqui, ~o~s1stiu em f - '" • h exagerar o f~rt&meqo do~ as orm_as. v,izin as. , ,s,o_ntrastes a ponto de dar-lqps. O obJetivo dê. 51rtlsta em~'ª .e. 11 cala monumental 1 e, ~usca ~~ _encantame~tos e de Êfl.~a. temperar a monoionia 'ballets 11'esperados seuá no- qu~ 'l!l)_!leria nascer dá sua .i•e– tar, para I?go dei;>oi;l ampliá- pet\çãà '1felo· amortechnent t, l~s, _a re~çao da:s coisas eptre d'os r tOíitôrn~no l~_ar êfll– s1. E . assim que se po.de v~r que Uln valor- . de 'P,rime~ro. em Seurat uma pers.?nagem plan~ ~ncontra. 1.11n v!H:or central ocupandó o terço do 1-dêntico ao"'fundo. Entretn-1~– »,àpet para animá11;. os doi!i to os dols elém.e:ntos - o ob• ~rçoii r-e~tantes pe1as ondas jeto e o funil& - ·qüe á~se <\ue ela prop,aga em f:_ê01ç, d~ m'od~ poderiam ~~J?l!llàr~s~ O' SL Essai; on.d_as serao lú.~es comprolneter a unidade da , compo.s1gão 1 são de cetl(o roo.- j I do , sel'ado$- em al~ns p:onto$,. l-0,mam un1 ~licQ co1ip<>, nl'ie S0 podendo ii:n,agtn~.iame)tte tirar wn, sem que todo o resto venha juri,.to com êle. , 'f Tem- e Iioção do que <¾':K~ dadeiros q,ue se acham na s<1,• "s'istemi " ..p,Q.ssa produzir la. Mas não se pode deixar de quant-0+ a .e'f(iltos choc_antes qqandó, e1n lµgâi.dé um sixn– observar, igualmente,, que pies 9bfeto veFtiCf!l 'e media11?, apenas a bur.guesia ",:eacio• se trata d·e uma for.roa ma11, nária" figura nes~ pe_ça, Sar- v~Fiada cujas rapüficjlçôes es· tre ignôra ou desconhece es- tão em relação com um ;pla– sa larga proporção dê nosso nó anterior cQ.mplexo. Que rs.e povo (a ,sua rnaioi-ia, segundç, •olhe êsse pintor empoleil·ado creio), formada de burgueses numa escala, aqueles ped~ .i– (,pelo seu nascin;iento, ,Pelá ros<ap.enas visíveis ent.re dois a í:r 'daim.és ·ou aquela cantora sua ,.formaçã9, pell\_ sua S~• sob ós globos lurn,inosoS; •ài– tuação) patr1~tas. Se os co• i:t.nte da •qual µm violinista nliecesse, dar-nos-ia outrpl -re- perdido no -fosso (la 9rqtl,es - trato da Resistência. tra forma moldura. Vê-se en- Os resistentes de· Sa.tt~e se• tão um torvelinho de .valor?s riam cô'micos, se não fôsse qu~ vão· qo. mais 11e~o ao trágico ver um ·escritor f_f-an- mais claro passando P!llo-s cês enganar-se a , tal pon~o meio~-tóns Il],ais s11t~. Dên– sobre ó que de:v~i-'ía tocá-lo tró em pouco, entusia!lroacil,os mal·s de pe•,to n·o· -ühtlo. Sen- com ,esse· fê]t0- q_ue 1:en;i base • ,..,, na observaçãti apáíx;onad'ã, maticiime)lte, exercendo sua Mas apreciam o autor, que q\1e ta~to o fez sofr~r, não_ fô- de - pelo menos ·na F}:,a:nça. :torça com O furor da vida .ant.,- ousa diter-lhe . no ro.stp que r~ neces$ário, e suicida-iie. A Eu me im.ptessió.ne1, di.an – mal, sobre r.s formas des.orde- eles o 4esagradam. "Antigone", de Jean -Anouilh, te dêsses sete quadros, com o1;1adas da aparência. A um de "Les Mains Sales", campa• descobrfndo que a glória tri• a exatidão alucinante das per– determinar, nitidamente, sua rada às peças antei:iores do buta9,a a seu irmão não pos- sonagens que sã-0 burguesas. :fun~ o. bllsta lançar um olhar mesmo autor, não fere de sµia_ putra b~se qy.e a razão .t\ sua frouxidão, seu cansaçg isôbt:e O século X:Vll, que. nos frente a sénsibilidàde ,do C!i· de Estad9"; mat~-1:le. E'_ a "~ priori" diatít~ na aç-l~, õ oferece p,inturas tão difereJ1• pectador. Se o mesmo des- mesma personagem, porque s~u tormento minuciosa~en– fies nuanto as de Lebi<uµ, de preto pela burjfuesia sua ~r hã em Anouilh e em, Sartre a ~ .auto 0 analisado, despertam a Georges de la Tour e de Louis todos os poros da peça, .{I~ ,A'nesma derrocada dos valQ• ad.mirf1çãó dos burgueses ver.– Le., Nai'n. 1!:sses pintores não menos· não explode, e mais te-se um constragimente pl'O• ficar-'se-ia com, p,ieiiaà1J da– fundo dia~te dêsses b011e,cos quele$ Ríliltore:s' êfa,• hist~ria .r~ dissecados oue são os l<resis- outrora, que preci,.savs1,m roe– tentes" de 'lr.es Main•s Sales''. coxret a ba~al;fii.!S , a,g,itadíssi– J ean-PauJ Sartre; decepciona- 1:1}ª.s para a1;1fria.r u.m, super.- d.o pela torJ!.ezª de sua prõp~ a( ,Íl~le._Ca~~ .'WOºª• '¾i)OtetQ. PP-,_l · ___ - ii:~ ,. - ~·• a-e bOà re • ~ 11~ g1v-.v,;~u;;. " n-ão se tfe– cl~SS.~ , vro,curo.u. .· . _ . ve ,condenar -ttt?lli trmas: 'netjl. aµrrp\1a~se - a natui:eza, pro outras, mas $.ôme.nte llom'ê– ft:lnda dessa -força· g.ue_v 1 a er: nl\'g~ar, ~nq,Q hi ~Qa~o guer-se em· torno de si: a Re• para isso. cowo ·ac;ontece ago– sistência. Mas antes, apenas ra,· a vfrtud~, dos pintores J>?SS~em nem a .m~sma téc• de uma . p.elisQa deixa -~· s~.la ciea_. , n1;m 3s ll2Eê.S,!Ilas fo~t1;s ~ seni:_ se dar por ·achada, etp.– de ·}PSPira!;aO e , ~ªQ s.e dll~f· bora. -t odos se. í:-ess.intam""de gem também a-o niesmo pu. fl, • . · blico. No .entanto atr.a:vés da seus e Uv'lOS• . utras '· . •• _atas MÃRQU.tS REB1:LO . . . (Copyright .E. ~- J. . com exélusivjdade pai:-a :i ROLHA DO NORTE, n.este .Estado).. - .. ' :megalon1ania ._do prim~iro, da Jean-Pau~ _S,~rtre .u~§l, na ºaixãe do) seg.undo e da mo, representaç,ao . do seu ~raba• déstia do tel-.:eiro, distingu~ .se lho, de artificio a que hlguns a existencia de uma virtude rec.orr.eram a'Qtes dele:...,o ·prj– tomum (que , era a de tedos meiro e o últ,imo quadro se os artist~s dêste teinp,o) e es- entro8i\.ffi no · drama~ os- ato.s · pir.ito de organizaçãp, (lp - intermediários são com.o a RIO Na hora do conha- De. Júli,11. 11,· propósito.de Ma- ~omposíção. Ain.da. que .ap~- narrativa feita por uina per- que, antecipada1nente •multo ria Berlini: ·r ·e"temeh"e nàtu.ra1s, as atí• gabado, pa sa!.i de jantar com -E' a úntca prostituta qu.e " ., .sonagem. d · f b 1 · · tudes dos caropoireses de Lo- A áção, se passa ·no pãj:s ima• ma-us qua ros; uma a u ~'la ain~a ' se veste como ·pr.ostit:u• uis 'Le Nain ·são tão cqntro,- · , ,.. ír. . à natureza morta de Marcos Eu- ta. • t.., · ginár,o ué ;Jl 1a, ócup~ o pg- .ze".b1"0 1' ·n· clus1've, <'ma~a· =e· na;.o - ,..,,. -- ladas e c1>mJJinadas ,quanto .as u, .,u ..,,, gesticulações dos c:i.vale!ros los nazistas, e CUj'o ptincipe gosta de deformações!) .,e pe- ' -Ando nu.ma sinuca ínfer– dos mais famosos aos pinto- mobilizou o e!Kército cbntra a sadas cortinas sa,ngue de boi, na·I, meu filho! Nio sei· como ,res do réi. ll.R.S.S. Hugo, jovem iª teI.ec- f'O,i que Loureiro fal.ou de Ju- h1>i de pagar as n:i1nl).as. dlvi- A · con1posiyão é a' arte de tual burguês que aderiu ao lia: das de guerr~. · ' Teunir, nu:n todo clY.!rcr,t::?, P.art.ido, _ecXplica à pllríl, mili- -Você precisa conhecê~la, - ® - e"iémeritos contradi.tórloti 'que, !:ante Ólga como, encarTegado Gilberto. ~•- umà pequena es- Júlia aparece\j. ' vibl'.antís:ii- , . · , · ,., plên'did'a! Viva;. al~re; ele- ma com• um cogum~lco, 1.-1qtde na ),{ida cqmum., te.ndem a pelo Centro de vigiar · e de- gante, litiçlíss1ma!. .. Um pou-• na eàbeca.. · .'.Sep,u:at-se uns dos outros oi;t pois assass.inar I:I,oederer, o co chál-a às,•-vezes, co\n oeárta's 1:1!. .;--$,.anta mãe, que 'troço,. es– a f1·ág,nentarem-se sob ·a i.n- socia1-'traidor, falliou em sua atitudes. . digatnos, interessei- ·,tranho! .flt~êncí'a • da luz e do ,m.Qvl- tarefa. Matou-o, todavia? Sim; ras .. . Mas passa •t9io. Vou ·• -Estás aí P.ara dar~& te.~o? :r'.11ento. É a arte de inclinar ª porgue o surpreendeu beijau- ap.i:_esentá-lo a ela. ôlbe, ama~ . Que_m _acreditar~ qU!:J ,Julia fermentação incessantemente do sua ,esposa. Foi por ciume. nha mesmo, sabe! Amanhã às tem cheiro de aze1-tona? :renascente da vida exterior · · · b .,.d p 1 ,..,. P orta, nto '! Hugo i.<1nor.a. 0 cinc:,, nc, ar o . a ace, você - •w - . ,nara um equilíbrio br!:)Ve, "' p ae·, Outra con · T • 1· "" (aqui uma tirada "existencia- ' · · · · versa com ,, n ia - uma parada milagrosa. Ora, Podia. en1 g1:anqe vestido mai·ron;i ~ se nun·ca .se v.iu col)le hoje, ll st a" sopre as aut-o-mistificà- --Bezn. -entiio, às cinco. Vou c,•belos 0 côr de éobi•e: · ' · uma .t"<ll abund~ncia d,e for- ções em que nos compiaze- telefo_na1·. para ela, de man i ã, - ·Não n1e venha com ll'.ro– rnas diversas surgidas ,d~ ess mos) . comb1n.ando. Você vai f:Á_car lero. A felítjdade é- ·a gente 'téticas e 'de ' técnicas s.em ro-- Mas eis que, enquante Hugo enc,.iIJh.rdo! pensar que tudo poderia ser l á'ção uinas cpm as outras, PO• cump,ria no cárcere dois anos - ® - ainda pior. de-se di:7:er, t.ambém. que de reclusão, ver.i:f~co\1-se uma Fiquei enca'ri.tado. Júlia, um · -:- ~ - munca; se viu tão poucos ar.- ;_ d · tistas resolvidos a pôr um fim revirav,olta na política. O~ P?Uquinho a:~rasa a, v1::io <le Recon_heço a atração que · atos que custaram a Hoede'-' c1nzento, um co.sttlrne c1nz_êtt~ Jú ,J.ia exerce sob1:e mini. Lem- a · tal anarquia, conferi nd <> rer a. vida e a honra '-aeor·do to, pisando elegant_e' e Jé'ffr!' bra, per vezes, 1 Aldina, pelo ,patentes de nobre'Z9. de com.,. ' 1 · · posicão à:s manifestações ~ex- com a Resistência de direita) -como g~ze a: . · fri . 1nulatismo dos ge.st_os, r,elo ar to1;,aaram-se ho1· e boà orien- -Er~tao. :C,oure:u-o. ({O ,. _Q va.1 despachado, decidiçio, pelas cepcionais, na maior •parte taç- ,. 1 - d d , 1 ~ssa bizart'l!I? ·Ah! v,oc;ê e que coxas com veiazinhas azues Orl·entadas pa:ra u=a nov1'd.a ao "ªº se po e evo ver , Gilb " "- · 1 · a -- . . .,., · .. ,.,. . · · e o .eroo com,,\na o. nav, escorrendo como rlosinhos de a qualquer preço. Um a vida ~-~oederer, .mas pode- To?_u,e aduit estendeu dedo~. ~ num mapat Braque·. u:m Jacques Villon se rest1ti:1r-lhe a honra, e ar,<,1S. Já o . conheço ~e so-' - Fic;i mais um p·ouco. cons tituem exceção, ae não Hugo tera que mudar de no- ·bra... O Lore fala muito de -Não posso, meu nê~o. Ff!- declai·em de inventar combi- me e fazer-se esquecido. Se- você. tou em ein1a da hora. Você !nações de e:ementos plá 5t icos melhante retTatação revolta- -Bem ou mal!. ._ 'T não sabe que os únicos h o- i.nte.iramente novos, conSer• o. e êle com~te a sua p}imeh-a -Você já viu o Lere falar mens q~e ainda esp,er~m pela vando ao mesmo tempo O ação verdadeira. matando- 3 e. bem de alguém? gen te sao os cabele11·e1ros? don1ínio da orgai:iização. Por Q 1 ó . d S -.Já. De· você! ~- - ® - todos os lugares s6 se v·êem, ua o prop sito e artre, - Po1·s en+a-o esta· n1nlho·ran- Do gu -d • . d 3 ·.1· • • - •t d t l 1 • tó ' .- ·· 1 "'' • " • a1. a-roupa e lula. derramamentos sentimentais. con an o-nos a. 11s ria . ,., do n;niito. -Sosse_ga, leão! efusões ·românticas, mo·1ime11- o .de apresentar-nos un1a c.i- _ ® _ -Comigo não, v,io)ãô! tos espetaculares sem. estru- niea defesa da "Razãõ de Es- Conve~·so coin. .Túlia: Eu me -Parei. contigo. (0u: - Vai tora in\ erna. iado". não a do Estado, mas visto prilneiro :pa:ra ag1,adar saindo de fíninho!) A tan tos pintores, beqi do- do Partido. O Par.tido é un1 os ho1nei1s, depois para agr.a- -Já vai t~r-de ... tados n,as negligentes, cor- flm que justifica toçlos os dar a min, - o que é tuna -Nem te Ugo. (Jsse encan- 1-esponde um público aturdido meios: pai-a O êxito, ·para lc- fo'nte de sabedoiia. tadoramente sincronizado éom que, quándo entrâ num Mu- var O combate á bon, têrmo. _ © - u1n f-ranzir de nariz ou um ..sa- seu se comporta como se es- Pensamentos j'uli-anos: cudir de ombros). tivesse num cemitério sem é preciso mentir. enganar at~ -Tere-ré não resolve. No - ci) - :néle ver a atualidade e-ter.na . O ln11i:Lante. O Chefe do Par• amor c01no na g1;1erl'a, vale Da turnê de .J(jlra: "Como Não existe, entre o píibl'ieo, t}do MolhP- em seus bi-aços a tudo! Senão não é amor, é es- não há nada. dizéw nue os ta Ates amadores do eq.t1Híb1·io b.aixe;:a. htanG.1,a, ten1 as , pêto! e'!'espúsculos são lindos'',.· • i,riu os militantes de uni Par- m:_ôdestos que. sãi) sempré os •t ido. Em seg,ui<Ía, não lhes ~ais_ be~ providos de riq:u_e- átriliuiu outràs r.azões .de za.s 1.,nfe~'.l'<;>~'es. . ações · e de pensamento qu~ a . 4:tê, ·aq~, -~ó. 'lli:~se'nç1a1nos subserviência cega ao Che:(e e ~nca!1t a:meptoi; ba:s-e.ados em -1- · . • • . • ' vaslores~x" . .um o!Ãal' que se uma brutal cretinice. c;?Rgêni , la,11c'e no Museu do _J:mpress_io• .ta. Procura~do os motiv~ de nisnro,, a três 'pequetios, (1$tttdfis · força coletiva, Sartre 5? sa- ·de nu que o Estado Francês J;>e conceb'er uma esp;éc1~ de por fim re$:ólveu açlquirir. fascismo e, a seu ~rviço, ,na<}.a dep.ois de ter deixado cscan- 1l"\..ais do que homens que ex'e• da!,osam:e11te ir par-a o ~tran– cutan1. Co1npreeniie~se que o gei.:ro_as tr.ês mais belas co.m– ~eu he-1'0J nãq enco:ntrc sa!<\a l[)O:Sições de ,feurat - "La .~o ·,m~n~o. _ Graqde Jatte.:, , "Les PO$$®Scs" 1 Asshl). se revela a insegu- ~ "La Bagpade"- - i;rós .mos-,J ,;ança dos exístencialistas: ~~rão o que. a :SUcb.stitú•içiio do 1Ies_perder,1m - :coip.o se-;per- v:lor -pela .côr 6ó_u s:U'bsti~ui– ·<le um. membr<> - o se-uso eia ·ç!o do W:113 .pela coloraçao) s,oiidariedade' ' hµmana, e fio- poq-e,, suscitar corno be-lcz~s tadamente o pat:rietismo. Os poeticas, milhões de fr-anceses P,atrio- . o guc faz dé Se4I"at um &ií,; . , · • . ,, p1nto1· coi:nplet"o' ,é que, capaz ~rs,. qe lod,!ls as .classe,s,. que, éo1no nenbtmi' outro ele tra'<lu– ~utar~m con,tra .os ,paztsl~s, zii· o. drama gue se dese1,1ro– cd11tetr;plam-se ~ter-rados. N~o ,la .,enti:~ a l';\Z e . a s0tnQra se re.oon)leeem·, nem de perto. }?_êJ'!> meio 1·ud1men_t<!.t: do c:la– nem de longe, ·nessa mas·ca- ·-J'o-escui.;o. não se conte ntou f ada. E .não falo da ri_ci'ic:Uln com, essa <:Qnguisl.i; e depojfi tpverossfmilh<)nça ·dos episó- do, In;i:press1on1.s)no c9nsagro:t dios da Resistência! Se J. P. todo ,se~ 1 talento a torn,p, a ~ , , 1 ~ . suost1tu1r os e\'emenl Q.\f estie- 1~1 tTe . ntou . . ª~suma .. coisa cí'fi_cos do desE:nhq :-\ o negFo, cent.ra os . pai1_$~S;. ~1ga_mo.s o l1:r-ane1, _.o , c1r.:tent 9 - pe\ós que a sua ~oo,ag1oaçao ti:;uu a -~eus "egn1v~entcs"· Elo espec– sua me:in6r1a. tr.o soln;r - -os tons quen.fes Mas o pe1·igo de "Les Ma'i-J:ls pelos çlat os; as eO;res frfáll Sa1es "estã eni qL1e outros 1,ã9 pelas ~om~rias ~ o ent::ecru, .ceeonhecív.eis nes$a peçá, ou- zamenío aos àó1S polos 11~u– :tros que, como d'isse, são- pin- tr-os o·u to~ de pa.$'sagcn,, tados eon, jµ~eza: o j.nte!ee- Certàp:Jeu.te, _isso se.,_e~ con.ti; a tual desorle,otado o biu-gilês em to~os o.s I.fnpr.ess1on1stas ?, , · . , · , . · • , . . marav11ll;os!)mentç, em Cezan- ~.go'l$ía e c1n!00. E s1gnif1ca• ne, ifi;as s ; u:rat foi O único. 3 tivo que es ~p)aus~;5 se ouçam 't~ealizar, ao in!;S.m,o teinp'O, <1 quaudo o 'Chefe~ ~~ll'i_..°':ns- p~~t~ 4os ~~$-~ ~:.! !-r.a a ~ugo góe- mio.~,,pJ)az. C\')reii._ -~orme, de$enhav-n de agir. Á S)IU~a pass,igem ou...-~i,lítava". É vei,d;ide que atiuze dire.ta ,me'nte os Hugos V,111 ~ G,og~ já , iniciar-a ~SSlll que s~ encontram na sala. t;ransmuta_çaQ, . mas sucessiva– Eles se r,ecoubeceq1 na per- inente; em ~uas 'época:i s~a- .. . ,_ . ra,das da vida e con1 metios sonagem, aum1rarn a real1da.- in!:lt<Xlo. A grandeza de Seu.rat de, mas ao m!smo tempo ~e esf;i. ne'sse métódo, nessa ~ 1 - iten:em ei:cora_Ja<los na abdi- plicação :discteta e nu1nilde ao ca,Ç~º- A;lem d1.~o, podem fiel\' estudo d.e um problen1a nevo. l~'laà,.os a crer que os oütt'oii it1e pern1iiiu que .SeuTat ;fôsne caractere,s da peça (os homens tao longe quanto possível e.ri do povo) est~o ali pintados cada domínio e que abord.aJI,. tão exatamente comó êles ~e O Pf oblcnia supctior d.a mesmos. Umá ' tal representa- co~p~Sicão 1;1n (fraudes su.. ção. que leva a juventude a perf.íc1e~, cu3as le1s Cezll:nne descrer da -Re.p. bl' . , - e Renoir ª:Penas 1n:es,sen,t1am, u 10 ª·. e ª aes enquanto o iluminado Va,a prez'.1,r . ~ }!OVO que lhe serve Gogh só se prendia'" à ling.U4r de esteio, C()nsLit1~i ~ oérfido • · · veneno, \ (Continua na. 2.~ oaa:.) .,.
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