Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1948

• 1 • ' . 1 ' FOLHA00 NORTE. Do~mgo. 13 de junho dê 1,48 - ------..----' __ • .:.· .-,.,!...' ---- ---..:;.--"-......___ ,__________ RIO - "Te11dência política" 'e "Perinanên·cii) dos valores poéticos" pareçe1n conceitos opo.stos co1no quem diria: Ar tua:lid'ade e Eternidade. Pa1·a Jrrvalidar a antítese· basta po• rém citar o nome de Dante. Decerto a polftíca só co1 sti– tui - --,"ctn parcial da-sua o})ra. Mas é êst~ aspecto e não o re– Hgi oso em gue reside a te1:– dênc.ia. Para. Dante, o catol1- cismo n5o foi un1a tendência e sim ambieate natural da sua vi.ea · " sr-- ,pensamento. Não i11·1eiltou a cónstrução rigorosa:r - ..,te hierárquica d'c tril-redno de Parais<'>, Purgató- <=> " .. rio e Infel·no, apenas a opos. a CQr;iust o ~ desordem que do– ;p1i;1a1'" -1 sua cidade, de Fl o– rença A ::,im o pintou Do1ne- 1nico di ;Michelíno, Non giunge q_uel êhe tu tl.' Ottobre ·tili, ' Quante volte nei .temJIO che runembi,e, Lcgg·e, 1noneta ea uffiçi~ e costume Hai tu mutato e rinncvate • mçmbre? Aqueles ladrões e malan– (ltos são os ciàadãos dignos da ltepúblic::t g_ue n1u((:a continua– n1ente "as constituiç.ões,. a n1oeda e oi;; • govêrno1>"; e o nosso mundo pai;e9e-se exata– nie.nte com aquele - ". . . simiglia1ite a que,Ua in- ferma Ohe nom puô travar posa in - i,u le pium;e, Ma com tl"r volia suo .. dolore • • sch.erma.". 1 OTTT.O MAR'.íA CARPEAl.JX (CoJ»'right E. S. I. com e:xclusividâ«'le pa.,:ra a FOL:IfÁ DO NORTE, nest-e Esta<lo) ~ E' vcrdatl,e que no tempo de Dante o .,-undo ú1edieyal cai':l em pedaços. O i'deal da !7irtu– de cristã perdeu a ilnportân• ci'a política; até a palavra "vü·tu" in.udará de septiçlo, ao ponto de transformar~se, no pensamento de Maquiavel, em ''Iia-bilidade", muito con;i.pati– vel com a "sceleratezzl:i",· Os . . grandas banqueiros flbrenti– nos do século XIV, conceden– do emi>,l·éstimàs ào rei tla ln• glaterra, são os primeir-Os "im– perialistas". Os "legistas'" do rei da Franç,;1, fambé.1n dis– põem ele uma ''doutri1-ra":..a do imotalisn10 politico coeven_– te, do poder absól uto élo Esta- do· totalitário. E' -o cõi,neço do n,undo modérno. Dante, o "passadista'\ lhe opõe miia doutrL11a política, baseada em princípios éticos. E ião pou– co passaeista êle é fia vercifl• de, que ~ega a proclam.1r, como se fôsse precui;sor .de Rotisse?,U, a ~01~daçle ·da natu– reza hun1ana (Purg. XVI, 105). corrompida apéúás pelos 1naµs g0,fêrnos, dos quais o l)iôr lhe parece o dos papas. S~ Dante ~ri'ou, n ão fôi por teimosia. do• gmática: · Nada seria n1.ais errado do 9.ue · consider.a-lo como uma est_átua de brQnze, teóri~o p\4- • A r,irti!dral Santa Maria de~ Fiorc, em · Florença, foi cons– truida, conforµ1.e o decreto municiu<- de 1294, "como obra da c,o.inunidade, da grande ...,._~ on·v·e rso .Alma ·que se. compõe- das al-,. ro, iu1pe1•1neável iis agitaçõe'> ele pe11sava. O ex·ilio ;[q~ seu , do tempo. Dante foi _home·m. lugar natural. A.o exilio D::i.n– de carne e osso, os pés fjnca~ te '\leve a solidão in1pressio– dos na terra. Q âmor .ideal ·a , nan.ie , de estátua de b1· onze. Beatrice n·ão ilnpediu de de-·' O ex'ilio proporcionou-lhe a dicar anos a outros an,otes, independência' .absolut~ o lu– ·n1éi1os celestes. A firmeza ,das gar, -a;cima das lutas· efêmei'a;s suas con·vicções politicas não dá l)olitica párfidâria e. a cons- · o ÍlnJ?ediu de mudar de par- ciência da ·política· inti·ansigen-– tip.o: guelfo nato, aderiu de- temente ética. Enfin1, ele, pojs ao partido oposto, tor- mesmo se orgulhava de ·•ta– nando-se gibelj:no., a'dver-sá- verti fatta parte per te stes– rio apaixonàdó dos ideais so"; de ter constítuido o seu i-epublícanos · e federalistas da ,próprio partido, composto ue smt mocidade e da Repú.bli- u1n roe:rnbro só: Dante. · ca de Flore~ça. Esse floren- Esse grá11q.e íÍitelectual não t ino inco.nfundivel chegou a era capaz 1 de sµb1p.e•ter-se a pedir en1 uma car,ta ao in1pe- 1 disciplinas par.tidárias. Sua rador H'enr ique VII a destrui-. "traiçzo'.' ' necessidace in– ç.ão da sua cida-de natal. Na tima: Cor· gij}éli_.no, . propa– verda~. os florentinos não fo-• ,gandista do impe~ador, Daµ– rar-11 tão injustos qúando o te íi<'oU fiel. aos ideais cos– expu.tsararn. Contudo, não n1opolitas da IJda&e Média , lhe fizeram tant'o maJ c-0mo -("Nos auteti1, cui mu.ndus est , ,, patria, velt1t pjscibus ae– . ·quor .. . " Mas definiu ~ .po– .f der imperial não como me- u a S narqui.a modcrr.a e sim como espécie .,dp Liga d~s Naç80$ ni.as de todos. ~s cid~dãos, rcn- ~ 1 'Ilidos pe!~ vontadé cdomum da Na verclade, eu ia .conversar CEC1LI:A MEIR:ELES J:t-,ipública" Numa, as pare- com a ,,státua que. fica no i:. des . laterais aquele Domént- n,e:1·0 da ~raça, alta e soleni\ .. d d FOLHA DO 00 'P,°intou O desnientido a es• , • 1 (Copyright E. S. I,. C\Om ,exclt1s1v1 a: .. e para '.a • . . • · personíficada, mer~ . in~t~u- m~nto da ordei:n 1nternac1os esmalte das plantas. São ór- nal aéima das soberanias par– ' :fãs?. - perguntaram-t).le a:; eia.is, no coração. o antigo águas. Têm Uln ar· tão so.t)'C· guelfo ficou fedeval!sta. ~ dor que não devem conhecer seu ideal d, -"tido _ da sa declaração m~gtiítlca. Ao toda certa.da de ;;unbo os. ·NORTE; ueste Está.do)- , Àquela hora da tarde, as cri- ~ 'l:ado direito do q.uadró apar2- lta d 1 ~ tri·,tezl.Il·ha-s em relfu~ do la!!o, Cem. Os 1 m-uros da cidade, e anças vo . van1 as. escoa, _ ,. - • · · ças do ctu·so con1 'tenetfro~as meiàs •compri- ..,en'Tos dos muros as silhuetas proxunas; crian .,,, "' ' ' · á ·o e ·do seeurid~--io· ca das, sapatos muito "feios, ves• elos. ed, ifícios inesquecíveis, prlm ri .,.. · • ,,._ )$. ' nc--··:1s; t··anças louras, tidos maiore.s que t as dona:s, dir-se-ia básicos da nossa c1-. d f t d , son:i·brios chapéus e umas vilizàçã.o: a ' oi re do Pallázzb un1a gi·an e es a e risos v:er- meihos e rôsecs,. bei~·ando os tranças .d '<>ntasma a cair p~.· Vecéhio, ª cúpula da _própria gi,amado~ ,. subindo musical.. las suas costas de anjos sedu- catedra1. Ao lado -oposto er• t .._ Zl. dos a trabalhos forçados. gu.e-se a porta do Infe1.,no, men e Pílra as nuvens, en.;.,:e ·eom aquela inscrição famosis- . ai; montanh.:.; e o mai-. "Não sabe:JllOS de onde vê1n sima em cima: atrás, 08 três Certamente, n estátua teria - diziam às águas, amargvra• reinos do outro mundo, os an- coisas interessantes a dizer- das, - mas é a coisa mais jos do Senhor, os penitentes e me, ·sem.p:-e a4 parada, vendo triste. da nossa lembrança. deslisar todos os dias à mes~ Chega.ir, con1n passarinhos as- almas c-ondena( ij.as . · Entre • · êste e O outr-o- mundo está tpa. hora tan•a çrj;atura engr::i• ~,narrados peJo·s .pês., em lon.,. Da)'lfe, seu livi·o na ·mão: çada cheia de ciência nos •li- ,,.~ filas silenciosas. São pá– -apontando com O dedo aos nos e d1 a~egria no· rosto - . lidai( e. sérias. -Parece que vi- po. 15· eu só me1·a hora num vem em túmulos, e res.s.usci– s~us patrícios que o··expulsa- • • . ram, os horrores que os -espe- bailf'- já s~ntia um tumulto tam .de J:-no em ano, e ·vem ram, que já estão sofrendo. E' imenso de idéias dentto de ver as cores do mundo. Têm mi·n1 E 1·s• sr i -'h'ar que os movimentos de so· uâ· n1bulo u.n1a advertência. Aquele li- •· · · ..,._ · W -'ll _ é poesia política. olhos das •~stát\t,1S são olho.;; disciplinado. Andam em pas- "3em, admitir ação, seria poe- eternos, e vêem; com seu o1har sos do mesmo .ta:nanho, e vão sia politiea mas justamente imóvel, todas as coi_sàs que 5e de' mãos dadas com'o para po– por isso não tem nada cones- agitaram na nossa mobilidade ...e,em "''"fe,itiir seµ grande pasmo, seu n1elaucólico esque– cimento. Levantam os olhos brancos para o céu, para às árvores, miram o n1ar azul, não ~izem 1~<1da, parece que não compreena·em nada. Que é áquiÍo? Para.que serve .aquilo? - e continuàm -andando no mesmo pas.so, -:om as long,1s meias hor.riveis, ·sem·sorrireni ·p~,.. as floi-es que as estão chamando com seus lábios, vern1elhos, amarelos e roxos. Andam, andan,i, y ão. até o fim d!l praça, volta1n - como en– fêrmds· desfifandó não se sábé para que. Depois desapare– cem. E os paS;Sarinhos, que a'.té se esco11de·m com n1êdo d~ tanta s.ombra, voitàm a· cantàr. °i1: a luz, que morrera nas cín– zai; e .n os. lutos de seus vesti. dos ,e d·e seus chapéus. _t orna ;:i brilha- .. ., .. "'" f"l~ q9qua e no co. Dante teFia ,~do utopista. triste ,.de .~rLion(¾.iros da ..vida, N~1ma época em que o Imp,é- misteriosa. ~ F"G OTA ) A GOTA 1·io medieval já ,estava derro- A minha c.. ,culda<le na tad<:) pai;a s~m,pre, em .que na. ,conv_ersa <l~cQrreu simJ?les– ll:á! ia. a ,bµrgue$ia já domi;nava n1~~ da Ellfer!!;1ça de mve1:· a(-; "republiquetas' e' i:ta França,- a estâtua $f .:a'lca11db1tava nu,: 1 <lo t·eL Phifippe Le R.oi se er- pedestal ..;:.;~;estoso, e eu, bt• gueu o a-l;isolutismo inoderrio, ~ho httlíillde e mortal, ape11as Dante einprggou sua eloquên- ',.vultavi.l ~ntre as folhas e as eia em lavor da :r;e~tauràção ' "res. Mrri lo:;i yoz, esta que impossivel da Monarquia Unl- uso tc~os _os dias. ~eni alto-• ver sal. A própria Idade Média f~lante, .na.ó -poderia cheg'ir MAEQUES REBÊLO . ~ - -· (Copyright E. S. I. com extlusividade J)lµ'a a FOL~ DO NOR'.p:, neste J'i;stado) já de&p.r.ezou os consellios dês- ;, longn• E, al~m disso; 'lS se .pi;ofeta do Passado. E do .ttuas tem. ouvidos.•de bron- :ll:ste é · o teu terceiro em– prêgo, homem filho do ho– mem. (Das· amplas Janelas avistava-se o mar pelos vãos dos arranha-céus) . -<?$-«>- - A Direção deliberou (pi- seu )lo.ema político só ,se sal- ze. vam os -,isódios, as furiosas t e.r~eiras.-1·itQ.as nas quais o 1!)olítico _militante de pártidos -desaparecido éncarcerou para semnx:e os seus adversái;ios, todo.s êsses '1t:ões e malan– dros magníficos qúe lhe po• voam o Inréx:no. O resto seria garro) que• de hoje en1 dtlnte Mas;· quaµdo i;;e tem venta- os -pedid,os feito$ por telefone de de ·conversar, ·qualguer ,•in- serão tomados somente nas terlocutor pode servir. E, duas píin1ei:ras vias do talão. quando 13-baixei meu!! olhos • rosa, passe-a ao· Departa– melancólicos, encontrei as mento de Vendas, e a. azuren– águas, ·que' ~o o contrã:rio das tregue-a ao Estoque, que re– eslátuas, por fluidas e trans- meterá a mercador.ia direta– pa;i:entes, e cuja eternidade mente. Como é fáeil deduzir não °é' a do estacionamento, (leve -pigarro) os vend.edores mas a <la sucessão. não terão comissão sobre · o's ilP"( vel . 01,te dizer? ,O próprio Dan– te -•,,~1arou ter escolhido aque– Je métro, em-· que todas as li• n-has rimam com todas as li~ nhas, para que ninguém se atreva a tirar unt único verso sem 1,er lego apanh,ado. Não !diante: só lêem "trechos esco- 11:>idos". O próprio D.ante pe• di:u - · "0 voi eh 'ave.te gl'intelletti. sanl Mirato la dotrina. che s'as– conde Sotto il velame delli ver'>i st-rani!" Nã:b adianta: _em vez da ''douti;ina" ió miram o martí– rio d'Õs condenad~, com pra– ze1• sádi.cd e com a consciência lim9a dos farJ~~" s. Énfim, o p1·óp:r;io Dante pede "non an– tntidere la forma ael martir>!: PP~~- - l <t sucession ... " (Purg. X 108). E a "sucession" das coi-sas não é menor sinal de que a presença daqueles la– dr õ~s ~ mal and~·os. Leitores de "iniel!etti sani" sentil'-Se -imn • como em casa naquela Flo- r en<:a. " r " ...,., f~ i +~11 • ; s~ftn~ 'erovved-lmenU, , \líe- 11 ,.,,.~-,,'l "',,._vr. tn "rr.-e As águas são mais fala-ntes peifigos. feitoa diretam.ente. d que as estátuas: estão sem- senhor. assine a Circular s~, p.re murmurando, canta-nqo, que está na $ 1.la mesa e passe– s0rrindo, cl_torando. E, se não a ao sub-chefe de Vendas. observam durante muito tem- --<Z>©<l>- po, · - por sua natureza anda- . A )fazeixda . de vovó-baro-• rilha - observam mu••as coi- nesa· tinha ma~ de trezentos sas, l)Orque atravessam o escravos. -Morros e 'morros de mundo das nuvens ~ terra e càfesaisl A ·bair.ela de ,prata de um a outro oceano. ,~v.rada VE'i~ toda-de Portugal.,. E eom as águ11s comecei a """'r> ➔o f!1'1 • ·a ~~.,ou. A :fest.á ·falàr das crian~as q-qe estu- 110 casamento durol! sete dia,\ dam e não estudam, e as águas o \barão era figura dó paço. d~ sorriam e recordavam o rosto sorte que O Imperador. • . ~ – das m,_eninas que se miravam lavras -•~ Mariquinhas). à ia:rde no lago e a mão dos -<S>-G,l~ " meninos que ati:ravam- pedra~ Nov,a c,rcular: , "A.- Direto.- à ondà plácida. "Nós. temos r-ia determina que, a bem toa u~a 13:rga_.nistória - diziam~ boa•. educaçã~ os srs. Fullf!í~– i,e "~ ",nias - porque vamos nár1os d~verao .sempre usar contando tudo o que nos acon- gravata e, q,uando sem ~I~tó, t ece e, quando já estamos Ion- não será permitido· o u,s)í de ge; nossas irmãs, que vêm suspens6rios" ..., ~ atrás, •bein dos a~ontecimen- -/4>-EB4--- tos da familia ... " -Seu avô, rapaz, era ~ t.tn, . Falar ~m as águas nupia flo. homci-:n de gra-nde valor. 011 l'lda hnguagem demasiadas ~ro dí a ·::dei correndo o,, coisas poéticas para sere,m, li• _ 01Íl'Of3 por i:ma velha coleçâ. das à pressa num bonde.. da "Revista Forense" e en• . Mas, a certa alt ura, sen ti contreí vários proaessos <l'? que se enterneciam e também q:ue foi rfil:rtor. Ser enidadf! me fui enternecendo p.ouco a independêl)cis, sólida cultur: .Dou c~. l1'alavam. das m('ninas _Jm·ídica. O seu parecer n'I. dos 1nternptoa Q.Ue, em certos célebr e quest1io das minas de ri \as do ano, vinhan1 passear Sa,pobema é obra de mestre! ·- .lav.1:as do Desembargado~ Mascarenhas). -/4>$-<S>– ffumbert<'> progride.' Ei-lo ' ,:nh-chefe do pepa:rtamento. Deixou ·.cr~scer o bigode, usa <:amisas de seda com m.ono– grama (iguais às do chefe~, ·ê Itvros americanos sobre pu– blicidade. , -<$>\:B<Z>::- Estalo 'de· papel novó, chei– ro de ti-r,+~ fresca, fim de r,,As. Utr>. chepéu cinzento, uma gra • vat~ verde, os caprichos eh~ 'rvonete, a mercenã1·ia diab,)· lica. -..1'>-$4>-'.- Se tivessemos q1.té -cleger u1-p objeto qua simbolizasse tod > o ·opróbrio, t,oda a devastadora miséria a que desceu o home:n n.o nosso (no --ieu) tempo, ne • nhum ot)tro haveria como o relógio - de - ~,nto,· vergonh,1 mecãniéa e elét1·ica ..de elêv'.l • do preço, que assinala enti:a – das e saidas, carimba de ver– melho (como manchas de sán– gue)·•os minuto·s de atraso, co– loca o homem como um auto, mato medroso e ae,sbriado. O ilustre r!-iefe, adepto d!l Organl'/Jaçíío Internacional 1'0 Trabalho Ra(:ional, adota tam• bém índices, !ich""• grá••~o'! :formulá.rios. e :mais .ultima– mente processos· seletivos pa– ra cJAssificar funcionários. A prática doe processos -,e– letivos li secr.eta, entre eh,. fes d~ departamentos e a Di– reção, mas Humberto. insin,l– antemente colabora. Tõdos ..,,J .meses os chefes atribi.iei:n aos seus subalternos notas de O , 10, sobre in~ligência, d,edica.– ção à função, obediência (prin, cipalmente obediência), cul – tura, urbanidade, pontuali– dade, e ar á t.e r, etc. Mas quem s~o êsses safados par,, Continua na 2.ª págln·a) • pai nem mãe nem nenhuin República, de Florença pa1'énte na terra. E nem sa- tampouco é gibelino; é o bem que os verdadeiros pa- ideál de· un1 hwnanista po- 1·entes das 'Crianças somos nós, litico, sonhando com ·um~ R'e· i;ts águas, as flores, esta luz oública nã.o to'alitária, con1o dos jardin_s, do amanhecer ~o instrúmen't~ de orden1. "Intra entard·e.cer ..._. Não sabem .qu:e mui,os", da "civilitas hUll)a• as praças, com seus _gramados nà;,_ Seriá uma .-t,.tenas ·· J'rlo·– e ~uas árvores, -esperam pelas • derna. _ e ·.êsse "profeta do cr1an~as; que êste ~. ~ seu lu- J)assado" não teria porventu- gar de festa, ~._cenario d~ se~ r~ sido' 0 profeta de uma No– contentamento . E das agua.s va Atenas da J! 1 orença tj.o sairam peque~as ondas_ esper- Renascinlento ?. E. o se.ú id.es tas, b.or ~ulha:r;ites, sou.iden_tes, al ·de um Estado hun1a110 i;iã~ que. se d'el>;uçara·m, ll<1~ be!~·as seria ,porventura tão atual, -do _lago, . al1 . ~nde as 101;m1~as hóje, ·com.o ,aquele ae u:ua •estao conversando·tambem so- grandé F.ederaçã'O .eurgp-éia ? bre as flores. amarelas. . Então assim como ho.j e a "Por que .não lhes _di:z. qU'e realidade não deixou pre.~ef tirem aquelas tnei51s horrorQ.~ 0 futuro. A velha República sás?-" - . pez;funtou-me _uma e dos guelfos de Floren_ça lá logo fugui. J:>or que .nao lhes degenerara em s'oci.edade a– diz que ponbar,.i bonitos clla- nômina de banci:ueiros e in~ p.éus braneos?" - · perguntou- . dustriais de teoi'dos. Era ine• me ou:tra,,_e tugiu também. "Por vitável O choque ent}'.e· essa que- não, lhes diz- gcue venhám nov.à ~:éàlic\r,ife s<>ciaI° e ãs só·-com, ~s suas tranças s~ltas instituições ju.ridicas ôe ou– ç.01·rer en;i ,volta dos_ canteiros, tros teipp 9 s. Dai aq~e'lii pa.i– ~-ara rece.ber~~ no rosto_a ela~ ~ílrr r'~ ..mµdar '.de o:utub,_io.. ,:i~:– !1dad,e_ do sol. - suspn:.ou a r;" nôv,eyn'.bJ":O, a.!' cq.n~t/.,t:\:y- . . e~ceua, e_.10go se desfez; ~~ ,!fões, a ,moeda e <is governos; uemul~ cx.tst::iI. • . e, na 'entanto~ a Repul;}lie:;i ,Bepo1s, .ve!o :um _coro, e.m pare~ia-se cQin ·'llll?-ª · doen~ a~·cos sucess1:vos, qu:c me pe- té .q'he rtfo eifcontta repo1;1s0 · dia: na can1a, :a ando voltas de µm "Traga, traga as meninas lado para O outro sem di~ dos .hJter,nat_os! Traga~as"mui:- niinuir-se ".suo doloi:e" e o ta$ vezes! Traga,;is caritand9, f t . _ . nosso. es 1v.as, .com veSt.idinhos, flo · _Cdrií é~~e-s gu.élf<i!.l, Daíi~ ridos! Não quei-e.mos que v-i- - , · · ·· , "' , · t - . .. . uao., .. tinha nada... '.1.;1;a- Tam -ao tristes, ce s◊ vejam a iti" . '. './:rornÕ:u..s·e gfbelino, Na te1:, a timá vez no a·rro! - ínas v,erdade, nun:ca .f_qi g_i_pé°l,-inn_ todó.~ · os ,dias, .·p\Jra ... saberem ~.,.-:. , ., . e si.rn ·uma espécie de 0 guel~o como sao as arvores e as nu- IlOWJlar~". Talvez' 9 1l11ico vens, o mar e o sol, as ·ciia1·- inembro.. ilesse parl~êto. rv.ras ras, ..as folhas, as flores é ôs Victor Hugo não estava por.! bichinll.os pequenos que estã!> . . ventll}'a sózi.:,~o _qµ~n1q,o Jan-' lu:1;indo entr.e os g1:ãos da çpi.L os ~•Cp~tjn:nep~'' ç_on:trlj, ateia : • • Traga as me~inas o .tirano? :$ .Zola' nã-0 està,va dos 1 nter.na 'to$! - ; ,epefaam. por11enturs: sóz.inho .quando Q,uereTQo,s que ell1s se .esque, se levantou em defesa ·do ca– ça~ ,. d~. wa. _t~ól;:irezª; de sua l!litãó Dre,fu$ ? , Se~,pre ~e soltdao, gue sintam como tuds- tratava de opõ'r à desor9'~-n lhes ,perte1:ce, como .~do ª! dá politica "rfa.usta'.' a Ór– espera ncs JaJ:dins do mundo! den1 ,-.da i::olitioa ética. Pouco - E as ã~as canta.va111 tanto importa que Zola ,tenha •en~ q':e as ou\!1~ como d!ntro <fe contrado <1s seus p,,incif)ios m1m. E -- sen1!ndo-as t3:o pe!'tQ, ~t;,cos ,no so,cia!ts·mo, U:ugo oco~eu-me qtJ.e P?diam .sel" no liberalismo frlos8fico da lágtim~s -:- _as 11~~~ que fa- ' unidade perfeita aos seus três :zem a.s lágrimas q_•e s? ch.01 reinos e ·g,q~ $8US pqém!ls, do ram. quando se esta muito co• qual _nãq ' se pO'd~ tirat iinpu– movido. nerri~nte n.e:m uma linlia. A Mas eu não vi jamais ·as me• 1 'dottí-ina" podfa e.air.; a ati~ ninas dos intemafos nessa ale- tude; ~ va!nr da- atitude é gtia descúidosa em redor dos permanent~. pa de~o,.r.iiem de lagos. • T~nho-as Y-istb descon- ~ntãõ n.ão fico~ nada, se'tlão fiadas e pesar.o.sas, sempre de muros ;..5ilenei°osos; da ordem mãos dadas, com os olhos ·'.baÉ- polítiao-étioa de 'Dante fàlà, xos, as tranças caidas, :vag-an- ' até h,9je, s'eu _poei:n'â. desati':. do em silênciÔ' por · erítr.e os · ando os s.êculoll. çante'i.ros, como n,um- rito fú- Assim Domenico di ,Miehe– riebi:e. Ai de mim, ,:iue nada lino o pint.01:1. ;0e u~ lado, o posso, e ai delas, que não ou- Palazzo Vecehio, a Cúpula v;em as vozes dás águas. belas de Brun·ouesch'.i, os muros sí– nj~ cÓpipade_ço mais: poi,s, ,;é léncjpsos da Ci4àite. ·Do ou– as ouvissem;· já .ft~ariãm nieio tto laqo, o Céu, o Arrepen– consoladas, aomo se tivessem dimento, e a Porta do Infel'- • ~- trocado de vestidos, e sentls• no. D9 m-e1Q, o t1·i};)uno, se- s~m li.a pele -a -grand~ · clarj,- gura)l.00 coth a n:i°ão esq~-er,,. dade vivificante do d!_a - .na da o v erbo crlstalizado de pobre pele -de seus co1·i;>os ma- seu :livr o, ~lha ndo com tris• gr-6:>, amarelos. obrigados a vi- t eza sua pá~ia, et)quan to o ver uma peouena vida ine-1<- E!ed9 ~à mão d ii-eita ·no.s ad– 'plicáv.e1, r esi ,:;rnadas roúmi:a i; ve.i:te, ".o , roj clr'a.vete gl'i.Jj,- ein ?JlOvirnento: · · ·· teneii saru". • •

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