Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
1 • • . r • • ,. Doíiiliigô, S de agóSto de 1947 , ____ 1 A mensagem de Chester– &Gn encontrou, em Gustavo Corçãe, o alto-Wante neces– sário a que êste alude. Am• j,llflcadM, allâs. para ~ entendiil-0 nos devidos ter– mos. já que a sua tarefa. consistiu parado.xaJ.mente em redu:i:ir quase 80 alentados volumes em ~ .só, e uma. sêrie .de tremendas idé,i:1$ a três gropos. Tudo .mul~o p!'OSaieamente em tres al– queires com U1na vaca den– tro-. Prova de que - de acôrdo c1>m o velhíssimo conceito filosófico - a ex– temãô varia na l)l'Ol)Orçã.o Inversa. da com;preensão, "mutatis mutandis". ,, ' ' Ghestenon. Estamos dãiiie a. esta comparação, é ela,-. aquela mesma interpretação do exótico juiz francês em Nem cabe admirar que se comece um& cr6ni'éa. sôbr-e o livro de Gustavo Corção, falando de antiquíssimas idéias de tllosofia.. Seu as– sunto sã-O ta.mbém essas coi– sas que. attarentemente .iá. passaram de moda, ~ndi. das pela prllpria futilidade da<1uelas que comument.e se ~ra,t.tcam. , São muito pro~ partleula.res dentro do pb,, no geral, é que os ensaistaS apresentam como um dos caraeterísticos do ensaio. O que não é auto-apreciaçãó: afinal de co;ntas a definit.ão também é definível, sem o m~n,or cabotinismo de suá parte. · E ehegad.os a êste ponto poderiam-os entrar- a falar em um dos três grU})Os de idéias.mestras de Chester– ton, segundo Corção aqu_elas que têm por fim evitar a lou– cura. Porque, para. o genial britânico, loucos são os qtle perdeJ'll,t:n tudo· exeéto a ra– zão. Definição, aliás, mui– to apropriada para que os seus inimigos o possam con.. siderar d oido. Segundo sua --Armando ME1\1DES --· a.sserllva.. entretanto, por causá do raciocinio lógico em que esta acusa~ão se base.a– ria, ela nada, mais consegui• ria afinal do que provar aquela ..• Or&, sendo dóldos os que do Jual, apenas guardatam a razão, os ensaistas são pes– sôas evidentemente serisa.. t.a.s. Pois os se~ semi– anárquicos trabalhOÍI. tnte,. lectuais também apresentam uma bôa dose de imaginação, E é preciso, na,. verdade., muita Imaginação para sair à rua dando cambalhotas, como o Poeta de Ghesterton, esperando ,não ser molestado. E isto n0s leva a :pensar 4;1ue, realmente, impera a relati– vidade em tudo. Pois se a Polícia londrina mais fa.cll. mente se incomodaria eom aq-uele iwrobata gra·tulto não pertencente a Ciroo, do que com tod()6 os violentos ora• dores de caixas de ba.iatas de Trafalgar Square ..:. à daqui muito menos cliflculto– so seria. prender quem in– sult~e o nome do senador como o qual nunca. . houve outro. · E&se es,tilo iinpulstvo de Corção, ademais, leva a pen. sar que êle escreve muito no ritmo aeronáutico da, - - ·------- - ---------------- - - ------ • --Gilberto FREYRE - • (E~ecial para a FOLHA DO NORTE, nes-te Esta<i'O) época: a. jato-propulsão. Re– cebendo de fora para ser empurrado, acumulando exa– geni.damente para, transbor. dar. De ouira. maneira não se poderia compreender que tenha escrito o livro em 40 dias, fazendo em um volume o resumo de 80. Entezorou, evidentemente, durante mul– to temp-0, Até que, não a,. podendo ma.is esconder. pe– gou de sua lâmpada e a co– locou - não em cima. de um alqueire como ensina o Evangelho - mas sõbre três. Estes ti:ês são aqueles três grupos de idéias mestras de que nos fa.lâ. Não sabemos é quem é à ·vaca. PeJo seu vo– lume será possivelmente " funda.,;. não vêm à tona com a faciliditde de outras rnats leves e ôcas como bôlhas de esp 1 ttna.. D:11 a cnii r"n 4 !'"'l• berta a intervalos anuncia– da. e a perene renovação dos seus variados aspeetos que pare~ não se esgot_ar. Coi. sa.s. ademais - e porisso Comentando num reneroso artigo a conferência que II :xismo, para tornar-se um dos elementos ma.Is l~rtantes - mesmo - de que não é Gus- ultimamente na SOCIEDADE DE IUIIGOS DA AMERICA mas não o elemento central - na organização de nova: têse ta.vo Co.rçã.o o primeiro a do Rio. de Janeiro, sobre "O Camarada Whitman" escreve num ou combinação de valores: Combinação que corresponda a falar. Como nã-0 o foi Ches- Jornal do Rio o arjfUtO escritor Osvald de Andr:i,de, que neiise nóvas situações e necessidades socl.ais e novas experiências terton nem São Francisco de trabalho, -0omo nas conferências lidas o ano passado por mim C·· corµÍecimenios humanos: AssJ:' ou S.i:nto T~~z ,de ~ Faculdades de Direito de Sã.o Pa.ulo e de Minas · Gerais, Aliás, dos próprios neo-ma.rxlstas mais a,vançados que O Aqu,no. Por sua propr¼a J?ll- venho ao encontro das idéias dele, Osvald, e dó norte-ame. sr. Earl B.rowder, como o inglês J. B. S. llaldane, alguns vii.o ~ure~a, to.~e'; ao tempo. vem ricano Earl Browder, no sentido da necessidade de uma. nova se aproxiIQ_ando tanto deste ponto de vista e da consciência aAe ;~~:aç~o de Gustavo sintese eni filosofia social ~u polítiea._ Creio, porém, que há d; ser neê'essária. ~ssa dlssol11çã-1? do siste~ ~ta que (}.}rção entretanto. tem orl. engano da parte do romancista admiravel de MARCO ZERO, chegam a escrever como o referido Hald-ane. 'Marxists see ,tem _: no que . diz, e-viden- que é também um esclarecido oritieq de idéias. · no reason why it (o systema marxista) should be co~letely t.emente - mas também ~o Pois examinadas as posições - a assumida por mi~ e superseded..." Nem é· neoessá.ria essa superação total para mod() por que o diz. "'º fu.e- a assumida pelo sr. Earl Browder (por este contra a .ortodoxia que o que .há de vivo e fecundo no marxismo ortodoxo seja nos t1a.ra n6s, os- que não nos dominante nos partidos comunistas que obedecem à direção salvo dos arcaismPIS , que o envolvem, da. tnistica de suficien• podemos aventurar .sem o idoológica, sinão política, do russo, a.titude com a qual se eia que o prejudica-, da superstição de inf;!.libilidad!l que hoje perigo tle bôcas de lob_o e!Jl acha identificado no Brasil o sr. ()svald de Andrade. para o compromete. Basta que haja, não apenas renovação, mas ~rra.s ~tvagemente fdoso- esca.ndalo dos seus ex-.correligionários prestistas-stalinistas) superação (a supera,ção _cuja necessidade Baldane cheg~ a ficas. Selvag~~ente a}lenas - verifica.se que há entre nós sepa.i:a,çã.o profunda. E essa admitir, contanto ·que não . seja total): a do a.tual. sistema • 1 por iuabl~:stdbdade ou ':· separação pode ser caractertsada assim: a posição do sr. Earl marxista por uma nova filosofia de vida que, feita com vários. pene rad. · ª e ~!º 5 .,_.quebn": Browder e qo sr. Osvald de Andrade é a de neo-marxistas. elementos, aproveite do marxismo sua seiva. abandonando '\Tem06 e mane-a. ,ao o N , . •-- . dissi . . t ,., . d' d b . .,. f d O b - .. f d ~tOJ'lamente racionaliza..da e '.eo.marx1s...., av~nça m~. mas ne~ -ma.rx ~ as. .,eo-mar- ou repu 13,n o seu a. ~a.ço J... 1n~ a o. aga90 Ja m? a o determinada que, por cfunu- xis~s ~ent·ro do stStema socu~lista marx~ta, comó o Professor qu~ ?s.. ~r-todoXcos a.t1_1_ais, supostos, donos de ~rx. insistem lo de civiliz~ã,o, regressa. Mar1ta1n e seus discípulos sa.o neo--tom,sta·s " dl!ntro do siste- em d1v1n1sar em mana; e esse mana. conservado etn gelo pel!JS ,nos à. barbaria.. Conceito ma católieo~tomista. E- a minha--posição é .a de um, post.ma.r-· comunistas russos e- capaz. segund;) eles, de salvar todos os êste que, muito -modesta- xista que situou o problema eomo - EXCUSEZ DU PEU! - povos dos males que os afligem. Uma espécie de pet\icilina mente. - e cc_>mo loja de ele n~ fôra ainda situado. Sem pretender 1·enovar o ~rxis- capaz de .realizar nas nações as maravilhas da de Fleming b&Jcl1i:>r - estamos ~ere- mo; considerando-o superado em arte política do mesmo ~- nos indivíduos. cB.!ldo ao mer c:tdo e!ll ter-· do que O cubismo se encontra &upe.cado nas artes plâ,st-icM, D~ modo q·ue minh?, posição, muito difere~ da d~ neo- ~?~~:: ~tt quarta. fªo.:. ~e Estai...é ' a diferença consideravel entre as duas p-Oj,ições. marxistas. mesmo da dos mais 1u11idantente avançados como d , ;;•e t on, e-por _in ennedio Enquanto o sr. Earl Browder continua a cónsiderar os o sr. Earl Browder e como o sr. Osvald de Andrade, é niti. " ,,us avo orçao. bl • • te d t d b - d t t . t N t· . t Não é que O estilo dêste ~ro e~ so_cia15 n o ~omo cen ro e o servaça.o e _d~ de. amen e pos -~arx1s a._ e1!1 a.o 1-ma.= a., nem ma,npsta também seja i~ira.mente hberaçao o sist,ema ma-rx1sta, dentro do qual sua intel1geneia nem neo-marxJSta: post.marXJSta. original. Sua confissã-0 de ou córopreensão dos mesmos problemas elevo-u-se sobre a Com quem me eneo11tro em acordo em pontos essenciais que seu encontro com a vo. dos ortodoxos - -uma inteligência ou compreensão estreita é com o Professor Northrop. Dele também se pode dizer que Jumosa literatura do voln- ou rigidamente marxista à moda stalinista - para açreseenta.r- é um post-mar.ll :ist~ :Mas devo esclarecer que seu livro re- 1noso Inglês constituíram lhe novas e fecundas zonas de sensibilidade política, minha eentissimo, sobre as relações do Ocidente CcÔm o Oriente, é ··para si "a impetuosa evidên- posição é a. de quem não faz do sistema ma.rxisfa seu centro posterior. sináo à conferência que li na Faculdade de Direito eia de uma janela aber-ta", nem de deliberação nem de observação. o que não inwlica de São Paulo sobre MODERNIDADE E MODERNISMO NA J;áo ª!' men0s indício Jndes- de modo nen,hum em desprezo por esse si$tema, muito menos ARTE POLI":gCA, a t1-abalhos anteriores - inclusive pequeno :mentive.I de que mu~to s.e pelo seu contendo. Apenas no ~nhecimento. t;la. sua supe- discurso sobre o segundo Roosevelt - nos quais,'minha. t>ó– :~emelhav.~m-1 Se tnail. ºi· f1. raç.ão como sistema. E reoonheeifu\ essa superação,. o já. ar.~ siçã.o vem pela primeira vez definida oom. o ca.ráter de no.ta · ,!.caen't con 0 c-:1 0 ~,be es lS i~a- caico -sistema marxista precisa de dissolver-se em puro mar- prévia a trabalho mais desenvolvido. - e. a1 o om parce,ro ____________ -----------------------------! de idé'jas" que CJ1esterto11 lhe foi , e que o levon a trans:– mitir, em letra de fôrma. os passes. chaves e sabemos lá ~~s () que de seu pi(-paf e.spiritual. .Se é que o ma.. teria! não t-eve nenhuma in– fJuênci!l, nos três alqueires de Corção. lJm ensa-io a es– crPver. Algum machadeano impe. ni•ente poderá até desl!o– brir as v1sin11anças do mes– tre e Gnstavo: A nós, entre– tant.() - que nã.'.>•somos im– penitentes nem nos especia.. li1;amos em ro.a.çiiadismo - ae no.e; a-figura que pelo me– nos uma ressalv-a, aí deverá Iler feita: a acPntuatla di!e– lrenéi:ação de vibratibjlidadc, Machado ser.ia assim uma. ~pé.ci- 1" de balança. . decimal, acus~do dez ao esforço de um, enq1111nto .Cor.i;ãio. vibra– ria à, influência de miligra. :ma."/. Ralança de precisão, portanto. FJ pm, esse ·cami– nho podeTtamos mesmo che– gar a uma di!ereDciaçio qualitatfv.a, a que não nos lfventuramos {IOr t'Arência de maiores luzes intelec– tuais. E materiais também. para coneguirmos aquelas - honra ~ja feita à Pará.Elé– #ic. O la-to-. entretanto, é que a lçl~a d>e Corção nos leva à c_oneluir de que é urn es– ciriwr Intensamente solicita. ao pel~ idéias, peràularta.– pi.en: te jogadas no papel a.o sabor de seu flull:o e reflu. :,;-q. As vezes c11nt-essa-o s\11- 1:'elamente : " Ocorre<n-me -.ma Ideia., .., Mas das ou. tras oca:slóes em que nM o di:t, ta,tnbétn elas Toe "Cor– rem. E-ssa q11ali1'\:1,d,e, ali,\.", de ,esponl.anei<lad:.- " ª" (altJ!. uase oaõsolut:. de planos Des.aJ)areci:mento De Luisa Porto (Continuação da 1.• pag.} e os Jornais n;io deram. Está viva para consolo de uma ei,trevada e triunfo geral do amor materno, filial e do próximo. • Nada de insinuações quanto à moca casta e que não tinha, não 1inha namor;do. · Algo de extraoi-dinário terá acontecido. terremoto, chegada de rei, as ruas mudaram de rumo, para que demore tanto, é noite. Mas há de voltar, espontânea. ó\1 trazida por mão benigna. o olhar desviado e terno. cançijo. A qualquer hora, do dia ou da noite Ouem a · ei;iconirar avise a rua Santos Oleos. Não tem telefone. - Tem. uma empregada velha que àpanha o recaa:o e t~mará provi~ências. Mas se acharem que a sorte dos povos é mals tm-- [poriante se não devemos reparar nas dores individua.is . se fecharem ouvidos a &te apêlo de campainha. não faz mal, insultem a mãe de Luisa. I • vir.em a pagina : Deus terá· 'eom,pai>eião da abandonada e da au– [sente. erguerá a enferma, e os membros pel'çlusos ' ;;. se desatem em forma de bus~a. · u.s lhe dirá , ·procura t\1a filhã, beija-a e fecha-ã para sempre [em teu coração. ' Ou talvez nem seja preciso êsse favor divino. A mãe de Luísa (somos pecadores) Si;ibe-se indigna de tamanha graça. E resta a .espera, que sempre é um dom. Sim, os extraviados um dia regressam. ou nunca, ou pode ser, ou ontem.. E de pensar realizamos. Quer apenas suâ filhinha que numa tat'de remoía de Cachoeiro ·i acabou de nascer e cheira a leite, a cólica, a lágrima. _, Já não interessa a descrição do corpo nem esta, perdoe:rn, fotografia. disfarces de realidadê mais intensa e que anúncio· algum proverá. Cessem pesquisas. rádios calai-vos. Calma de flores· abrindo no ca_µieiro azul ., onde des.abr.ocham seios e uma fotma de m~ - · - ""t"""" ..-.. • intacta ,nos tempos. E de sen,tir compreepdemos. Já não. adianta procurar minha querida. filha Luisil .._ que enquanto vagueio pelas cinzas do Dtl.indo. com inúteis pés fixados, enquanto sofro ·-· e sofrendo me solto e me recom,ponl;Lé> e torno a vive1, e anelo. está. inerte cravada Amor. no ce1liro da e&trêla inTISiv-el um caso de pra.tendida in– júria: o réu. não tem moti– vo de se sentir insultado por ter sido comparado à gali• nha, porque êstc é um ani. msl m11ito util ao homem. a quem dá ovos. pmtos e carne. Chesterton também foi muito util a nós t-odos, a, quem - se não deixou suas vantajosas carnes - doou seu grandioso e fecun– do espírito. Resta saber é como êle. no ,seu. novo papel de qua.drú– pede, se sentiria dentro da triangulação de seus três al– queites em que o meteu Gustavo Corçáo. Aeredita. mos porém que, após a lei• tura do livt'O do escrit,or . brasileiro, podería dizer eo• mo o _filósofo alemã.o - Kant, parece - ao ler uma tradução francesa de sua obra.. - Era isto mesmo que eu quer~ diz-er ! , Porque o defeito de Che!l– térion terá sido êsse: o de ter levado o número de vo. lumes de sua obra a uma eonoorrência,. d e s e n freadtL com ·a sua própria extenção corporal. Ter-lhe-ia faltado aquele tempo pan ser breve. de 1 que nos fala Vieira. Ou ter-lhe-á sobrado - mais provavelmente - imagina,. çáo para não fazer obrá de– vidamente eatalo.giida .em pêso, medida e quantJdade. E Gustavo Corção, que o fes. soube evitar o escolho de se tornar louco por excesso d~ razão, deixando bóa mar. gem de sÚa magnifica cria– çã.:, a cargo de um f!impáUeo des.planejamento, que muito inita.ria. os quinl'Iuenais Sta.– lln e Peron, De tal modo que se vê• ob 'iriga.do a cnfes– ~r não saber bem se as idéias de ·chesterton é que se arrumaram naturalmente nos seus três alqueires: ou se foi a magia do· nãmero três que as obrigou à ttin- dade. 1 É o r"11uzido 11úmero des– ses grupos de idéias lVJ8 Iev~ a reafirmar que, realmente, Chesterton bem pode Sf'r comparado à vac!' dos· três alqueires .de Corção. Por– que sua obra nada mais foi, enfim. do que a perene ·ru– J,Dinação, e.m 80 vezes .al~a– mas' ceiitenas de ·pã.ginas, <lllll três conjuntos ideais. Da- , mesmà form:i. que a su<i cl~~– sificaçã.o, linhas · atrás. ds quad:rúpede, não lb1> co~– tituiria insult11. Foi êle pró– prio que afirmou ser ·o ho– mem quadrúpede por natu– reza: porque tem n desth10 natural d-o matr:1mõilio. fol"– ma:do com a mulher um s<i esJ>írito em um col1)() de quatro perna;s/ Aquela ruminação ch.,.s– tertoniana.. em resumo, i- o que e.institue a sua grande– ra. Porque êle não se demo– rou à procura 4e coi$as grandiosas e e.xcepecionalo;;, mas ateve.se às mais oorri– q~eiras e çbio.a-()"hão. Aque.– las que se resnmem, a.final. na necessidade inadiável que t,em o homem de p-rocura1" um meio de não se tomar louco, bárbaro ou e~rcravo. Situações a que a vida mo- derna o conduz, normalmen– te, _sem que ~le o perceba. li: ;.tra-vés, de um modo ge– ral, da:$ -suas estupendas conquistas da razão mab fil'– me e segura. Situações con– tra as quais não encontro•• Cbll$~~n fó~ula outra. que uao a de Nletzcbe-: "Tor– nemo.nos o que somos". Li– wres. sel)Satos e verda.(leira– Qtente eiviilzados. portanto-; não tanro pelo 'raciocínio - que OS maiores crim!DOS()!I. também sa.bej usar c.om g)'ande eficiência - mas principalmente pela fôrça criadora d!\ imagina.ç;io. '1!: quem se admirar e ~ – mer esta conclusão pense lLtn J)OUO!) nas dificuldàilíes dia, vida. E dig!l- depois ~ince– _,~~n~n~e se;, a im~gina;\lão n~., é a un•~ ma:neltla <l,o mq,rtal e'sq~e,ei::i; a fal~ de alime-P. ta$1lw, ile ' t;ransporlic e (}e. dlnheú:o. l~ando-o a ncre-– ditar no advento de melho- re.,ci ~a-s fubaos. E cliga !!e a :raza.o. ante o panora.ttu do ~t~ misériàs e a intran. quJUd~die. de ~m:is mcc.-~ ~~as, nãó o 1Íod·et4 te.var unicamente ito gll};tQ óaila ' el~ a.nt~ di aio.m9dar 11llllft bala no pa'tilhác, auiUtlY9 direltn. f):n nn esquiei-dó - t1eja êle canhoto.
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