Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

• • 2.ª i>áflna ■ I s M&e••=: a J>mETOB PAUi.O MARANHÃO l • • 1 5 ,s 1:~!!:lft- DO ~O=B=-TE=a;;;:;;:::=====•=Do~m=tn:;;;go;;;;;;:.=20:=,c;;de==Julh ___ o._de~- ;__1~9~47~=-=- UEM ESCREVEMOS ;, . , - Paul Arbousse BASTIDE - PARIS - (Por avlão) - Esta pergunta, tio sim.pi~ :ar:::e~~z!m m:' !;f..~ (Copya.-Lght E. S. L com excl~vidade para a FOLHA 111-J A R___..,T E _l SDPLEMENTO (Ll~UTURAI aos roais complexos probl&o DO NORTE, nest.e Estado). mas. E' feita por .Jean-Plml aôbre os alemães da ocu~o &amente de lado a polit.lca ~a.rtre rmm ensaio: ~Que é ama f;déla simplista e em blo- alemã de correção. suas tenta– literatnra'l" que a revJst:a "Les oo. llsse livro COITesponde à ~ões e &ellS perigos. Sartre não aoredita qne ., "meio" detennloe •o escritor. E' o público que o ehama. e que propõe questões à sua· 11- berdacle.. O público 6 uma ea, pera. um vazio a preenche, li!na aspiraçlíe. A sitnl\9áo d4 auto.r explloa. sua obra, mas é pre«1lso oonsfderar a sua ~ posiçio de eserever, como livre desapêgo g. uma situação hU• mana e total. ' ·OBJENTAÇAO • IIAROI 00 MARANHÃO COI.ABOBAllOBES: - Alvaro lJnB, Almeida l! 'lscll.er Au.relio Buarque de Hollánda. Benedlto Nunes;- Sruno d~ Men~ carioe Dnunmoru:I de Andrade. Cécll Metra, Cléo Bernardo, Cyro doe Anj011, Ca.r10$ Ed~o. F. Paulo Men•. des. Harold.o Maranhão, .Toão Con<lé, Marques ·Rebelo ll(a. nuel Bandeira, Max Martins, Murllo Mendes, Otto Maria Clll'!,)eawt. Paulo Pl!nf;o Abi:eu, R:- de Sousa Moura, Roger Bastlde, Ruy Guilherme Barata. Serglo MUUet e Wilsoo Martins. . A ''GERAÇÃO REMEDIADA•• DO PARA DA BOA-TARDE A FORTALEZA POR INTER– MÉDIO .DE ROY GUILHERME BARATA 1;.ii!if> Oonclusllo da 3.• pâgtna. fazer a.inda um juizo certo se>– bre o grupo. Entretanto pelo que vi até agora posso diz& tética Literária" e .Raym,undo que o Ceará a.i,resenta n<) mo– de S-ousa Moura colaborador m_ento não s6 uma d'!IS gen. assiduo dos jornais e revistas çoes ma..le fec1.md ,as como tam– da terma, (!Ue n-os promebe bbm das mais rea.Uzadoras, para breve um estudo sôbre ~ que, oorno Otto Ingl& de Sousa.. Mum Ca,rpeaux, fiquei entu- Pooso cita,: também nomes stasma.do pela seriedade oom OOllIW os. de Cecll Melra, .autor qll'e os f.Dbelecluats daqui abor– de três ou qua,tro liv;ros lan- dam os problemas passando do çados com repercussão naclo- campo das fdeallri:a~ pan MI e muito bem recebidos o oos re3Jizações com um d-e. pela critica pr~issloo:ial; O- sembaraço e uma na.turalida– sées Amunes, romancista doe <!e incomuns. Ali,âs bastaria o mais !ecuncios; Miriam Mo- pl1M10 das "Edições Olií", que ra-is, poetisa-; Dani-el Coe- na- mmha terra seria chamado Hlo de Sousa, grande estudíc>- de " tanitasti.co e louco'", <> Con– so dios problemas fllosófLcos gresso de Escritores, o Con– e Stelio Maroje., que al:iord'a gresi&o de Poesia e o Salão de probi-emas soclms. Abri! pa,,ra oonsa.grB!" detinltl- Aliás, Mando de modo g~ vamenl:e a a.tuaa g,eração cea.– r-a.1, o Pa-rá mui/to d-eve se or- rense. Noto aqui uma intenBa gulibar da sua nova geração, vi.da in.telectuaL Contando co– poosu.lruio como possui nomes mo oonta com val-Ol'eS reate e oomo de Pedro Borges, Pedro posM:iv~ com.o Fran Martins Po D _,,_,_,._ J··---"•- Edua,rdo Ca.mp~ .T<>ão Clima- mar, .,...__._UJ..., U11Wl1<.l111-, ...,, Ota.vio Mendonça, Catete Pi- co, Braga. Mont ~eg.ro. Sten1o nhel.ro. Cl.ovis Martin~. SHvio Lopes, Artur Eduardo Be~ BThga_ GaTibaJldi Brasil, Fia- V!,d~, ~cilio Colares, Alui– vio Ivlorel.ra RLtaclnio Perei- zio Medeu--os e ~ adorável ra. José Tomaz Maroja Or- · e angelico Gi<rão Baa.,roso, o l~o Bilba.r Levi Hall de Ceará pode • ~ orgulhar de Moura Eid~rfe Moreka e possuir uma ws gerações mais tMttos 'outros. brilllantes do BrasiL Se bem qu-e empregando • seus serviços nas mais va.rla- . - Qna.J a fmpressao que lhe das atividades e muitas ve- causou JOS11:'t ·zes sepa.radios ideologicamen– te, todos esses nomes são no– mes c,i:i,gn~ e que vêm atuan– do de m-anei<ra objeti-va para o en,gran<iieci.mento do meio so,cial em que vLvem. - É })05Sivel qne o. Suple– ment-0 Literário da FOLIL~ DO NORTE dirigido por Ha– rol~o Maranhão esteja lnflu– lndo, já, n.o ambienf;e pan.en – se. e criando u:m- públioo ma.101' pua os lbteleetua.ls que ali atuam f . - o Suiplemen:bo Ltt.&ãrl.o da FOLRA DO NORTE veio preenoher uma laoo.na que há Dllllibo se fla.ziia senti<r em nossa terra. Ac.redfJto pela orien– ta,ção que vem toma•nd-o. que o Sup-liemento vein.ha a iinflufr gra.f!ld,emen-te na vi'da t_nteleo– tual do meu Estado. A.ntiga– n,.en.-te, a.os domin,go,s_ não 98 p oóJ:i abrir mn Jonial de Be– lém que n,ã,o viesse cheio de– sa litera,tuxa oficial, e d-ess-a eonetiarla ilnexpressiv-a que fazem as delicias Qas tertulias pa,brocinadas peloo fa?ledores ela "arte pela at<te". Hoje te– mos o Stt'l)leme-nto · e ne1'e co– labooam os V'Wit'OS de van,gua.r– cla do pensamento li-terát-lo na.ci- OOJ.a.1, tais ooroo Alvaro Lhls, Otto Maa-ia Ca-rpeau~. Manuel Bande.i,ra, M u r i 1o Mendes, Ma1rqu-es Rebelo e ou– tros mais. Cre1o por tudo isso que o Sitplemen.to venha. ' a iinfluir diecísi1Vam,ente sobre as g~ra– !)6es que agora se estão .fl)t'– mando. - Como V. ~ observando o :movimento literário e ar– tistioo d-0 Oeari? - Pou,ca coisa tenho a di– zei- sobre o movmnento li!terá– rio e artístvco d'O Ceará. Como você sabe, estou aqui há mul– to r,owco te<mpo e po,rtanto Ili<> posso de maneira alguma - José é U'lll bom ra,ps.z. Honesto, m\bai!Rw.doo-, d-emo-– orata, simples-, tal,entoso e tem um boniJt.o fu.turo pela frente. Precisamos apenas ter ooiéhi• do paira que ele não vei:iha · a mMuira.r-se oom os maus ele– mentos, deooes qu:e levam a. gentie para os botecos. pa.r-a as f-a,r:i:as, para o futebol. Q Oeará de há muito precisa de um tão bom ffüiho como é I osé. . - V. tem algum livro ,a pu– blicar? - Bem, ess,e negocio de li– vro sabe-&e como é; um belo d.ia abre-se a gaveta e not1-se que existe materl-at- para um livro. E o qtíe fiz há pcuc~ em Belém; ooto<I pois dando ord= ao maberial--''e espel'8dl• do o editor. Se J()st: aouber d·e algum (tire esteja interes– eado t~efone para mim. BEIRA-RIO ~ Oono!ualio da t.• i,§.glna -Agora va.moa tocar tosro ordenou o comandante. Aa tábuas de pinho começa.m a arder. As chamas antecipam a , manhã. que cuata a chegar. Dai há pouco não há ma.is ZUlda de pá. --Solta êsae negro, geDte. Vosso Criado. já livre. aacod&– se e tua desdenhosa.mente da cem.Isa uma fôlha qll'einu1cla, tra– zida pelo vento, a que 1111 de.afaz em cinza. -Agora. negTo, Onca o pá na estrada e vai olhando eempre para frente. Senão.•. Emp11nam-no, mas Vosso Cria– do não quer correr. Caminha na– tural, num pu!JO pesado, de pé• chatos e sem p&"essa. -Eta, negro safado, até par&– ce que l!le tem coatume... Para aasnsté-lo, os aoldadoe ati– ram a esm<i. Detidos a distan– cia pelag 1<enilnelas, aponiador e baise~o contemplam as rulnaa. 'l'emps M~ernes" está pnbll- fáse de 194L em que os ale- . Mas se poderá objetar qne umdo em serie. lá tive a ooa- mães punham em prátf('III, a é mnlto nffl e Indireto expU– •BÜO .de chamar a atenção pa- Política da "«lOIT*o". Oescle oa-r 101a obra do espfrito pelo ra o imer~ dêsses artigos. fins {le 194! "Le silenoe ele la público ao qual ela IJe dirige. que têm por finalidade de- mel"' deixou d'e ser efioaa Dll Não seria melhor dizer slm- 0·mo~r., a noção de •:oom- Franç__a-, porque oomeçava a plesmeme - voltando a Tai– pro~ISSO com rela9á,o a ati- resistência, oom. suall lutas e ne - qne a. própria oondl~o ridade literária. · seus sofrimento!il, e a nova do a,ntor, e seu "melo", ex- Em _principio, o escritor pa- guerra civil deixara eomple- pllea-lhe •• obraf rece dirigir-se a todos os ho– mens. 2sse valor universal da mensagem escrita é pa.riicu– larmente sensivel iu, francês, hablúiado pelos mestres da sua Uferatura, a nmaca perder de vista "o gbero humauo", objeto ideal dos sinais gráfi– cos oomo meio de expressão coletiva. -------------------, Claude Debussy - -Ckraldo Santos PEREIRA - (Copy,right E. S . I. com exclusividade para a FOLHA DO NORTE, neste Estado). • ·[ 1 Mas se ê verdade que a obra literária é wn a.pêlo à ftberdacle que todo o homem tra1. em si, nem todas as li– berdades são iguais. Não noe BELO HORIZONTE - Mui- a esse tem;>o, ardente adiml– devemos referir , tão rapida- t<;> importante na canelíra mu- r_açã,o pela musioa russa que mente aos valores eternos. E: sical de Debussy foram as lhe criava •uma estranha a,t,. êsse o ,rro de BendA. Dirigir- 1,uas relações de amizade com 'mostera oriental e Mie 9U,geria se a toei-OS, "de forma. abstraú, a encantadora e inteligente i.mpressões de uma exquisita é o mesmo que não se dirigir familia Vaoo.ier. A Mme. Vas- ha.rmonla descritiva A mfiu,. a ninguém. O escritor, mesmo nier foram declioadas as pri- êi.lcia dessa musica é percep– tendo em vista o que é eter- meira.s composições. Em 1882 tive! em mui'ta.s dte suas com– no, dirige-se sempre ,aos seus viu publicada sua prime1ra pooições em que a,s"diss-OnlO-: contemporâneos, aos que lhe melodia: "Nuit d'êtioiles" ~ b- cias carlciosas e de harpejos estão mais próximos pela for- so o consolou da derrota so- irisados" criam no ouvinte mação, pelo melo social ou trida na·primeiora tenta.tiva ao essa evocação de d:lstancl& e de pela classe. Toéb a obra do prêlnlo de Roma. Entreta'l'l,to. abstração sempre nootáJ.gi-ca. espírito é al'I.ISi'Vtl> isto é, só dois anos depoi,s, em 1884, o ".Por ocasi-ão da E,çposição tem sentido pelo que sugere. ganha,va bri1hanroemenote com d€ Paris, ·escreve Gerald Abra. Ora., só pode sugerir casó co- a canta.ta "L'enb,nt Pirod.1- ham, fasoina.ram-no os java– nheça o que os outros coube- gue". neses e outros musicos orien- oem, o que lhes é familiar, oü Com 21 anos parte Debussy tais". Disso emerge nma segunda obJ89ão, expressa por Etieih– ble (que foi tbu'aate a gqerra am dos ·mais ~rilhantes cob-– boradores de "Lettres Fran.. eaises", editadas por R. Cail– lols em Buenos Aires) nuoa arUgo do "Comba,t", Em SU• ma, dis EUemble resumindo. o . escrl&iw, de qualquer modo, estará comprometido ainda mesmo no seu mais longínquo refúgio, fie ec,tá •c1.ans , le tlC>tl:P, daas le baln". Pode seri mas o \Gm.Promisso não per– de o s&uj~lor, por ser red~ lrido aopnaia banal dos fatos. ao fl?6 do príncipe como o do escravo, prisioneiro da. concD– çio humana. "Nã:o ci1go o contrário - responde Sartre - mas Etf.. emble ''faz-ee de ingênuo... Todos os homens são embar– caõos, conforme a expressão • ele Pascal. 11Ul8a ísso não quer dizer que estejam plenamente conscientes clisso. A maioria dá8 pessoas procura furtar-11e à comciêncµ do próprio com. promJsso. Tentam evadir-se na mentira e na. vida imaginária. O escrltcn- é "lpteressado* qna.ndo se esforva por t.er a eonsciência do fato de estar "embarcado", Isto é, ligado aos outros no mesmo destino. Fa.– zendo-o compreender ou sen– tir aos seus leitores, represen• ta êle o papel de intermediã,.. rio. O eserltor não ,pode d eixar de ser um guia de conscí ên• cias, Soa principal virtude. é dar ao leitor mais. viva consciência da sua condição.. Nas épocas de transição tal. consciência será "infeliz... Não importa., o homem só terá a ganhar com isso. ••.Escrever. é dar''. A , ~ principal do escritor é='W,.generosidade. Aristóteles a oonsiderava u~ dos' sina.is da. sa.'bedoria. pelo menos o qu♦ êles un- para Ro.ma. O compl~ ama- !Plroduz intensamente. Já tem. A pessoa a quem é dirl- durecian-ento subst:itui.ra nele era um nome ns.ciooal que gtd.o o que se ~erevê não é o adolescente confuso e p·E!i'- provocava na efervescência nm an6nimo desinoarnado. Ao turbado diante das coisas que criadora de- Paris e d€· outros e&crever, é preciso que nos oo- o deslumbrava.m. emocionado centros, 8IS mais aealoradlas loquemos no lugar de alguém. diante de objetos e cenas si,m- discussões, em.,pol,gand-0 a al– Esorito,- e leitor está& tnteres- ples em que de&col:n·ía nuan- gums pela novi'dade e pelo en– sa.dos numa mesma história. ças e aspectos swtís quase iro. canto d-e sua músiCll,. ficando Sem dúvida, há nmà manP.ira ponderâveis. No entanto, a es- prura oulTos, sempre a mat.ori.a. estreita e uma maneira ampla tada em Roma o aborrece e inoom:preendig'O, re<:ebido com de conceber a mesma histó- várias Ve2JeS pretendeu re- gestos de burguees importu– ria. Quanto ma.is larga (e>r a gressa,r, desistindo do prêmLo. nados na sua son<>lêncla. "Uti– perspeotl.va do escritor, maior do que fui dli.ssuladido pela liza em sua mús.i"Ca particu– seri o número de lel,tores a família Va.snier. Em :Roma, larmente a. esoaie. de cin<:o quem poderá ln~. !\las mtaressa-se particu1armente sons, separados entre si· pelo êle falaria, em vão, caso se pela música polifônica e pelo i.nlbervalo de um tom: é a. cha- Não me é poosivel tentar desinteressasse de toda preo- ca.ntochão, lê · os poetas e vai mad-a esoalca de tons iinteLros ana.Jisar as páginas de grande cupação concreta, e princlpal- · a exposições de . pl,n,tura. Ver- em que co 05 egu,e fixar todos finura e sutileza, em que Sar– mente se quisesse dhiglr-se a Laine, Baudelaire, Vil 'l.on . Mal- os efeitos. os estra,nho,s ma- tre prõcura d-efinir o tipo de leitores tot,Imente estranb.os larmé, Dante Gabriel Rosetti tizes de suas composições. compromisso on de ausência às suas .preooupações. Todo o são os preferidos. Em Paris. E.ssa escala jâ era util.iz.a~ de compromisso do escritor. escritor, ao exprimir-se, lan- em 1889, ainda ouvia quase em por músicos russos como Re:. conforme os .tempos. Nos pe• ça o germe de uma. liberta~.áo. lági;imas o "Parsi'.fal". o "Tris. bikoff. Em sew; prelúdi-0$ para riodos hotn-0gêneC11- e clássicos. Todavia, semelhante apêlo à tan" e "Os mestres Cantores" piano observa-se a existência o escritor se dirige a um· PÚ• libertação não é lançado com doe Wagner. Porém, de volta de três pla•nos bannônicos que blico restrito, que não se in• vistas a uma Ubenblde. :lá rea-- de uma viagem a Ba,yreuth, ch-ega,m até cinco, contempo- teressa pela resolução dos pro– lizada e apresentaaa de modo onde mais uma vez presen- ra-neamenrte em Igor Stra,. blemas fundamentais. O "Ju.. abstrato. E' uma liberdade ciou e ouviu um de seus fes- vinsky" (Adolfo Salazar). gar oo.mum" triunfa. No sé-– que se deve oonquistal- em de- tivais sentiu que aquela .tnú- CLa,U,(ie Debussy .era i.rmão cu:lo XVIII a ma6$3 dos Jeito. terminada. sltu.a.çã.o histórica. sica• não m'<l!is o empoJgava, e d.os poetas e dlQs pintores. res aumenta. As condições se Todos nós somos "alienados'', pens()III. até em seu artificio, Pela música que nos cleixou modificam e o escritor tras Isto é. estranhos a nós mes- irritado p.ela eloquência osoten. é O mais admirável leitor de maiOI' eontribuiçio, e de qual– m-OS- "Cada livro, escreve Sar- 1:Qitória de &U:a melodia. Con- poesia; pois além de compre- quer modo. diferente. 'Pode– tte, propõe uma libertação · vetÍ.-ceI'a.-se de sua influencia endê-la e absorvê-la em sua mos dizer que o século XVIII concreta. a partir de uma ali- negaiti-va sôbre o gênio criado; sensibilidade, prolongava. seu ainda não terminou. E' sem enação particular". As li~er- francês, que- êle sentia era a encanto e sua oo,gootão atravé5 dúvida êsse fa.'° que Sartre da.des do a.utor e do Leitor antitese do al-emãd, expresso dos sons, dt:wa.-lh·e voz e per• nos expHCliri, nos artigos sub• J>l'IOCuram-se e defrontam-se. naquela música grandi!,oquen- m@ên.cia. ·Era um viTtuooe sequentes. Até o momento. / O ,a.utor elege certo aspec! 0 te. "Entretanto, afirma Vicen- da d.is- c~plina da pure:aa e da disse o essencial sôbre o com- • do mundo e assim se impoe te Salas no prefácio à tiradu- beleza. muda ~nas palavras ou promisso. · ao leitor. l\fas, ~co!he~do O çio espanhola dos "Estudos .. nas telas dos pi,IlJtores. iln!!f• · Quanto a mim, tatq.bém pen• leitor, o ao~ impoe ª soa Críticos" d~ Debussy, - "pode ticuJad'a na própria natureza, so como Etiemble, meSJJlJO sem obra dete~adAo tom. deter- dizer-se sem J;e,mor de equi- mas com canto: luz e vibraç~o "me fazer de ingênuo", O que minado 0 }/Jeto. resposta do voco Qut! a. mus!JCS de Wagne<r em suas pautas. Absõrvia nos Sartre diz está eerto e êle leitor está estretta.1;11e!lf:e liga- e as projeções do .wagnerismo sentidos e · na i.mag.i!nação O o diz de maneira admirável, da ao_ mo°!ento histón~ em paTa a música de um tempo que pelo simbolo, pela alusão mas lláo me parece multo di• que vive. E por tal razao que novo foram, quando as incen- e pela pa,l,avra gramatiical o ferente do qne dlzla. PaseaL a mes°;'8 obra pode ser com- sava ou qua,ndo as combatia, poeta recr1ava nos poemas. O O escritor não pode deixar de preendida d.e um mod-o em o centro das mais fundas ims,ti!,?i.a,l adquiria nele um lie dirigir a alguém; sua qua• 1 nm dad'o momento e em de- preocurpações d'Q músico fran- sentido de vislumbre oomo se lidade se avalia pela eficáei2" tenn.Inado • a~ble~. provo- cês. Sem o "Tristãp" não seria. pud.esse direr plástico. mas d-0 a.pêlo. Este só tem vaJM" cando rea.çoes mtetramen~ dl- poosive1 o "Pélleas et Meli- que rubjeti:vainenbe no ouvin- se ·conseguir totnar wn ho– ferentes em outro ambien~, sande". E ai<nda ma.Is. sem as ~ se fundia nova.mente no in-· mem dMkt, ,mais e melhor a embora apa.ren!emente os dois reações a favor ou contrárias forme. Ma.s a reooonãnci.a pro- • êle próprio, Isto é, "homem'':. grupos de leawes . e st ejam que a arte de Wagner deter- longada nos sentidos oo. na O apêlo do escritor Sartr e . unidos por uma af~i~ade de minou com tanta violência na i:magionâção -como que t.Mlgi- possue esta quaUdadef E•- ain– interêsses e de sentunentos. sensibilid'a-de de Debussy, este da pelo indefi<nido, guardava-o d~ muito cedo para respon• J>ara ilustrar seu pensamento. mesm,o não teria existido ou de dissolv-er-se '•novamente na der. Não será Sartre nem 011 Sartre cita o caso da. novela teria sido i,nteiramente outro". silêncio. · A mú.si, ca de Debu.9- seus contempol'âneO!J que _,. de Vercors: "Le silence de le Out~os or1ticoo afirma.m ser sy espa.n.ta O silêncio e tra.ns - poderão julgu. A "generos 1 - mer". esse livro apareceu OO· a mús~ca de Debussy o últi- figura as coisas e seu reflexo dade" de Sartre •nem sempre mo cla™!estino, nas "11:wtions mo estágio do ,vagnierismo. perturba e, inarticulsdo. é evidente. •.E'. ~erdade que de M"mu1t", e -obteve grande mas, ltberlando-se em subs- Nós O a.marn-os, 0 divi,no suas consequenoaas podem ~s– sucesr;o, tendo-se divulgado no tância principahuente em es- poeta da música pelo que ca.pa.r-nos. Quanto à sua 1 n• E.xteJ"ior. trutura doa ind'luência absoc- tr.an9!D.iti-u a &se. pobre tenção, ela é um segrêdo do ~oi acolhido co~ _reservas, vente da música · germânica, home-m, áspero e rústi.oo , mal- Sartre. Ninguém tem o dir:i• e ~ -vezes, com hostdidade e11- imc'!n,t-esta.v-elmoente D e? uss-y ~o ~a própria fer-ocldade to de_ ~ecidir essa • quest~ tre os emigrados de Nova abriu wn novo, um delicl-000. existen-cial qne afunda no té- Uma ult.i,ma, pergu_n~- onde~•.. York, Londres e Argel: ~• po_s- um flúido e poético horizonte dio sua alma. pesada de msa- ca a literatura bruiaT Pod"'- 80 acres-centar, da ~mer1ca ~o para a musiea ·que levaria n-o- tisfação. dse cobiça, de sen.sua.- toos escrev!!'r sem e>"' '!uerer. Sul. Chegou-se ate a. ad.mlhr vamente a Fra.nça ao centro !ismo, de mwtraçã-o. sempre como se dessemos um grito. que se tratava de ·uma obra universal d,e suas evoluções. ansiando e se humilhando nas para nós mesmos. para uma colaboracionista.. E' que_ V?r- Vlolitand'O a. Paris, corta. por der.rotas, nisto que êJ.,e chama mulher, dJrigitido-DIO!I a um eors escrevera. pal'11, o pubheo motivos in,timos, as relações viver. Qt1,viodo a mústca. dle de118, por simples prazer om francês da .França. que não se com a. familia Vasnier e se Claude Debussy processa-se, pa-ra coisa nenhuma, para_ o enganou sobre as suas inten- afasta definiJtivamen-te do Con- pela emoção d,e se a,1,cança.r sofrimento on para a alegria.. çóes. Para o francês da metró- serva tório. Uma tairde. Jules o mta-n,givel, no esph-i.to e Onde flça. então o tnteress~-f pole de 1941, a. obra de Ver- Brayer lhe mostra a partitura mesmo no próprio cox,po, a Sartre dirá que lS90 é poes1~ cors era verdadeira e eficaz. de "BO!l"ls Gudonov", de Mt1s-• sensação de uma. lmpon.derá- e bem sabem4>8 que êle ex• Não o era f?O-rém para oo fr;a.n- sorgsky, que ~he causou pro- vel "ca,the:rsls" : a alm.a pa,- pulsa. os poetas da &ua -re.1,ni.•_ ceses de a.tem mar, qtt'e faziam fundia im,pressao. Demoos.trava rece limpar-se. '1ica..

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