Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

• • . . ~✓AC'"~~..r..-cc--::0--~~4 -~~~ •• 1 ' !,..#"..#"~✓✓✓✓✓.#"✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓~ A. oe&te tic:avam os tezrenoa da companhia, onde tbiham começado as obras para a lnstalaçâé?~ ·da g,:~de indús~ia. A l este improvisara-se uma cida– de, ,:esidênêtà 0 da diie:lóresi té~– lD,i,cos e operá11lo&, chamacla Ca:– pitão Borges, em hon:r11 do des– bravaaor daqueJe s; e r t ã o. NO 01élo fic11va o rio, que se atta– '\'essava de balsa. · D.ouiingo, 2(1 de ,J\J]ho de 1941. • .- • ' Direfor: :PAlJLO. MARANBAO I ------------------------- - _._,, Sete da manhã, e o trabalho principiando rijo no campo. O eponJ-ador · chegava ainda com .escuro, porque não conseguia dormir na cuinha de pau:-a-pi- ique onde êle, a Jnulher e o,s fl - • ,1 t lhos vlviain como que e.m denó- lhos e de whiskey no .~ande sr• ' · os mosquitos, a _,.ureza do ra- • ' F_ , balho pago com um salá,:1~ ln• 1íto, •à eapara de v.aga na vlla me.zem . quadr11do. M'aS 4 est'a é ,....... __ r.-- __, --. f ulilo,,,o vasi.o de Capilão. o ne- prolet!h-la. Os mo&qt!i:1011, resiS- µma 11ecção reservada @~ t.lc- !P'O ofere.ceú-lhes um)I, "proya", ti~ a tudo, e o fio. de som que -sitcos ·& à a~~ a!l,~stuçao, ,que I-• nue êle andava •empre .provido emitiam no ileu vôo lénto, indo e quanto mais bebem e jógain .,.. "' ~ ~ ~ ... de uma garrafinha. E a;· cac;,ha- Yinclo, tecia aubre a eamil uma é admlravel - mais ·1raba1nam. ça c;hegou- m,ais perto, ,penetrou e$pécie de cortinado. A mão. er- o resto - gêneros :do país e. L--' .__ ......__, · d o . dlla'cera·- 8 trama nele.a, aqu·eceu-os. A manhã nas- gueri -,se • 0 • ào estrangelr.o, tecidOll, objetos -eia, hesítante'f mas vinha ancon• que contudo logo se recompunha, de uso ' - o íralialhador encon- d d A dr d trá~los ,restaurados e ágeis, como e tão constante no seu doin de trà nq armazem, ao 1 àlcance. da --- Carlos Drummon e n a . e --- Be ~ivessem men,oà. dez anos. ·irritar que se por acaso cessasse sua bolsa. Por um processo mui- ~ Co1>11eçam a chegar os ti'aba- \lm momento; o silêncl:o ' feria por to simples, que consti!te ·em pe- (Copy-right E;. S. I, com exelusi-vid_ad~ l)ara a FOLU.A lhad.oré" da usina e travam co- lUa -.iez, de lne$perado ·. Então o . ·dlr um vale ao escrit6rio, t,rcx:á- .., · n~echnento com Simpliéio .da ,Jllponta~or · la acordar o ballleüo; lo no Qmuem ~lo' a,rtigo dese., ·no NORTE, neste Està<l<i) . COlJta. o negro estende no chão. • os doill, co~tando O rio, :eresen- jado, e no fim do mês. ·receber ' torrando-os com jornal, 011 ób• ciavam calados o .nascimento ao do escritório •º e-xtra,to· de sua d!i> onde hâ um bar "cada '8,squl. , !1'º"Í1ij, o qµelxo de , um negro. letO'S ele-· seu ' comércio '. Ali vai eot que 1 do campo em 11uú>1111, na co~•a, dat·uo· gr~_fado. - p 0,_ •·•- na, e p aléool por aai,im dizer -Eh, irmão, que há? , t ., · 1 • d = - '" .,_ M lá •urgi,: tuna tenda..sµmárJa, com ou ra margem. a tuan o pouco extraio êle veri/lica não ter •al.ito. er,guicha nas ~~- . BJI ae -E' de p'a,i;, -i~mâo; SimpU.cio l!lli\lmas rlPBS e folhBJI .te flan- -e pouco uma usina em constru• Apesar de ~-ao, d·,nhe"iro •~m- .vêem tantas ·coja aa p ara diBlraj.r da costm vosso ·criado que vélo · · • - '" - i,:lt l.tn iü · ~ dres. onde os operários ·encontra. çao · l p,:e aparece, .6 maravilhoso. Um 0. esp O e mqv_~- e l\1' os aen- de Pirapo~a p~a 'VOS servir· rão a única coisa de que real- 0 ' dia de traba,lho esplchavl\- tra,balhador a!J,mitido 6 n t e m tidos, que só raramente lhe ocor- o bal&eiro ace,;ide O cigarro n_o '8 por oít<> horas legais e m,-ia t . . 1:1 -• i ria beber. pito do outro. O apontador faz me~e pJtecisam, porque dá o es- ~uas de pro"ogaea·. o, sem paga- .rouxe con,11go o e...a c,:uze • .,._ u· é ~u t A quecimento de té>daíl . "" Õ .- ·r s· há ·u1h· on e ul .....,. Cap_ ao ...,.e:ren e. ne- • o mesmo. Estão amlgqs. -ento. A c-mpa·.. 11· 18 ••-ha p~e• 0 • m eres que c s g -.. id d dí · Em algumas h. oras o negócio -• - _.,___ ..... • - r~- ~~ no-•-•• atgu· a co••a cess a e avança Com. o . a e Então, · simpircio da Costa. vos- •a na exec.ução do programa. Co- pi;;-'ntan=ºdo hº""o:t=a ou Javman. do r-ou' não ·esm_oreee, , ante.a pros_segp.e ao.· crlad.,, éxpli.ca 'ª" iua11Hdivi- de -Vosso Criado conquista a mo' nã:> resta,;s"m ttabàlhador<!:, · · · . ~- . -- ati il d ntrl> Ent cón#an!;a públiça. Os : hómens a recrutar, na rEigião, e:,µgla-se de pa;- e .até- .m e s m ·o os ~omens ,. va no e a ~ • ao se dades - pre-ma1uUnas. V<;li mon- par11D1 ali o tempo de se reeon• todos um é!;fargo maior, Quant(» à aconenfados ao armazel? IO!J1'\lffl l?l'~a o có;nércfo• au.bterrtl.• tat aU, à l,eaa-ir;io, bem em fo-rtar, de, ti:ocar duas palavras. • . ,." . 1 t de 'iuand'o em quando, à fprca neo d_a:a garr-a M, e no aerv c;o ff,énte da bal,a. Wíl: var~jo de - nas ,obra's. tinham· esquecido a ren;,.uneraç,ao """'\"1 8 aup emen ° de privaç.Qeil, rtlceber do. pag'á~ os tr_abalhadores aparecem l:Íêbe- éiga,rro,, pastéis• e a9"~dente. de •.;,w:ço·; faj.avà-se que. lria for- dor d· a comp· ;m· ..... ·,a, at' ·õn"1t.o, um· 'a dos; há turmas desfalcaétas. Be• M.aa aguudente "a legitima, não t;onvera.a ...; e vão deSêe nd º para 11nando um bolo-para o operário n b . _,~ , ""' . o rio. Hoje .a hiilsa-' leva b·omem receber, acabada a O b 11 a, ou cédula de <::EM CRUZEIROS. ·. e-se para e"'i..ee-..r, para. le_m• ,~sa água benta qµo até menino menos curvados. quando se re:liragse. Falava-se._ Esst; dinheiro: surgido assam brar, · para fa%er de con.ta. para enjeita. Os grandes da· compa!>,hia cha-– Mas ninguém sabia nada ao ce,i- qu111Se • clandesbnamente, como cortar doença, para aguentü o -Acho bom tu tomar culd..a- gam por sua ,vez 80 ponto de ti,. E fiscal ·do Mini&tério ao ~gua. que furou.o ~ano, -mexe-_se répuxo, paz:a zombar da gpml- do - previne o · baJseiro. A com- e.ml >arque , •Na grama h~ cascas Trabalho rlaqJl.etaa .b renhas.... inquieto_na algibeua, ~er s~ Jiistração. O sul7-!1,1retor {areja panJlla não é brinquedo, engerisa de frutas 8 pontas de ci,garro. . Yocê viu? e tr~nsformu 0 se. nas çou,aa bou caçhaça no ar, e dá ordens ris• los.o contigô•: ttm 2'egro quenta sol. mohlando Na bar'-anei do r-~o, do .lado de da Tida. Não às há em éapitão, pÍdas. O negro rltl: guar~ ll _uma bltâcula. Dentr9, e ·•- l · · fo l · · , d '. t · - -'"'A:'i:ompanhia manda do lado b I - d · . ap,.ao, c a ,b o'.c o-s macilentos, ra o c nema, iwe e res o vive Qul)ni beber , .erâ e;,cpul•o no d<t lá; Do lado de cá ,manda no a cao e plnb<;>, pt'.atos va- melo cu?vados, es;pe:tam a balsa. techado, ,...cc>m enguiço. no motor. -·fragrant-. E quem· ven· de,: be• S'"-- .. _, · . z!:011 • algus:ts maços· de cigax- E . 1 · h" ~-• ,_ 1 ... nt~ao - ..... d , s.. 1 PM - .uunlic,o da Costa, com a auto- ro ""'a • - - ...,, 1 -d - a '-'Oga a man a ....e..-a, rans- ,,., • nao puuen e,. usu..-u-r as l>ida· come cadeia _ . aviamn 011 ""' - , , • n .m~.-e.çao .-..p a. c>a oUios portando ~aterial e ge2'té. 011 coisas boas· eia- vida, ós trabalha- chefe• de turma. tidade ~o governo. Ti,:ei ·licença n~o- vê~m a coisa proibida. ·O h • · ·'" , d t -1- bt. -..,.. ~ ,do govêrno }lara negoc::iar. Pa- - , :Ir 1~ • omens parecem cansados antes . 9re~ con e .. am,se e.m <> er ....,o 0 · apontador· do'"°ra como u-m • ue11ro " anqu :,o como uma áir- d lld O . té I que a -• A b b.d ' - " guei estampll.ha na coleto.rJa de r 1 1 · e com99ar a a. s , cn cos s repreaeiue, e , a- nao co.J>ertor a insônia habifual, S:Bi, Gua pé. A com panhia n ã O se vo _e; con emp ando a corrente. chegam mais. tarde, e é como ie é u~t\ coisa lioa em si, ma.s O 1,-•e à port- do b-•--••o _ f•• ,. O trabalho no campo, ~sse dia, P 'êl - .h ' ' l p de d •~ · • l "" - .......,_ - meta c~go, que eu racno com te -~ • _ua es na:o ou:ves~ mosqu. o f !! .,,.aginar cosas boas. frio, a : nécv9.ll" 'mi&tura a noite e e)a. lrmão:tinbc,t m o......o rend1meru~. Que -se tos; ªt'1erlcanos louros e b e m e ao mesmo tempo de .furtar-se as águas na .mesma i,Jidetermt- Qs dois homens estavam fa•• pas,;ou C'Om os homeiili~ ÀJgÚns dotr.ai~ os, . que construira,m sua.s à fu~la dessa ltlia(!inaç_ão. No,- na"ão e. 05 dois,. c;he-ndo à ma.r- ,_ . cl!trttam, . e poucas vezes aquel€s casas en~rlf Jardins óu saem do vo d&s_:',ponto: ··e!" Cái>!fão tem- ge.m do ri.o, pétceb;m com es- ~;ª!º~d·é~a friu:!c~:,,am,at:_uzfdaa- ares terão ou)TÍdo canto de -gen– bçlel. cpm ar tranguil~. _ bem :t,ao há bob1~a.. Nao há na- , panto· uma sombra Í'novén"o-se ~ sfe .,._ ~ ~•" te , A ndminisfraçãõ esta descon-• Curlosa vila de Çapitao, onde da. O• homens tomam a bàlsa, ·tf b . 1" • de : 1011 !1 8 por.~ n,,sro de Plr~- fiada, como se ·o ·. fuái• cêrto lhe há dez refrigeradores, e não' há desiludidos . ,m ,a ·-om ra .com t1Al c garrp, por~ re':.onc,li~va-se com ,a. v1- parecesse mes,m uina produ~o . 1 • · U . • · deslocandq-se em me10 a volu- da ~71. na" lhe"' pe•ava a soli·diio ~ . h - q,_ y- ll! Shgo os , . F . os_me~nos, f' ne.7 O apon:tado,:..vAIO de u,_n:u1 . ci,lf'a- mea , i1.19.os A... lltazá m.~u.scuU . ,. " ,. . m.,sau,n a. te<ru:,ar, isenta de ., u.ma ,e~cola; -um cin&m\l: uma __...;;._____,. • ~ •....,;.,_ • • - , . no ~o, .a_ lu~11, notur.i,a i:ontr:a.<• e-fusl;íe:t me!ódtc-:ti. 1+ ; capela novinha, um pôsto pólic~al . • _____.,.__.;...___ e .um imenso armaiem: o mais p o E MA s I M L 11ão casas e(lparsas, cães à procu- , p E s ra de osso, â eslrumeira .dos ani- - :ir.aí • marcando a direção dos ·c·a- · · . • . 3,>1inhos; ~~ ~m, 11.ér- i<:> tá cqni' llp- • ' seoc~~~i,·,dacompanhla:oci- PARA A ~MOCINHA ·oo NAv·10 :nema' <'i d 'a cómpânhia: o arma · ; ' · . ·;~cit, ~!1 c~~ª,el'~ªá .?xJ:~ · · - . . . · · . . da c.ompilnhia, e a capela- e o ' ' cemitério constltúem doações ; -tmavi'1S da co·mpanhia. Mas o unlco negóc:.to· da companhia• é :r.ealnierife a usina, e •e a ad– mlnilltr.ação consente em explo- 1'ar ramos subsidiários, isto se deve ao seu espirUo benevolen~ Se. ão seu. des'efó .de servir. : -:E;ss;,.s mi~de,;as só dão amo– J_ação , - expU,ca ·Q sub-dir~tor. ~• é brasileiro, mas adquiriu •o~aque norte-amerlc:;,no. - Em vão procuraríamos um bo– te.quim; níio há. E' proibido be– ber.. A .proibição não está nas !&is de um Esta.do onde. ~ l!e'.be tanto, e mesmo onde. se dístila 1tm", cac:haç'a Jão fina, soS cin– ,que~a nomes diferenteç, e que é fon.te consiâerável dll receita públicá. Proibi<;ílo fácUa, esta– belecida 1>ela companhia; no in• _ _, .., "' terêsse de s e u 9 servidor~,s. - • bem, e no' Snlérêsse do sebliço. O álcool f~l rígpz:_osamente pros– cr'ito, como o jôgo. Verdade ~e• • • .., • NESTE MOMENTO EU Q'B'ERO CONTEMPLAR AS TUAS FACES P~.\LJDAS. ,NA.O' IMPORTAM PARA OS M·EUS OLHOS ESTAS CALMAS DIS.TANCIAS MARINHAS . 1f A ,. PAISAGEM 'l;RA~QUI;LA DAS . N·uvENS VOANDO . •• NÃÓ IMPORTAM 0 PARA os MEUS OUVIDos · OS RUMORES DAS A~UAS QUE PASSAM NE1\[ AS ELEGIAS DOLOROSAS . . . D~ SNOIVASQUE MORRERAM NO MAE..• NÉSTE MOMENTO - !;RISTE E •só - _, • EU QUERO APE~AS CONTEMPLAlR AS TUAS Ff ...CE-S PM.IDAS. • 14-7-47. HÂROLDÓ MARA-NHAO Mas os vigias da companhia partic1pam a infração. Um ne• gro, vindo do norte, ao)> pret ex– 'fo de nes.o9íar em cigarros e col.– aaa de come,:, na reillidade está é vendendo um res.tílo l)ertúr– bador. De sorte que toda o.ssa disposição para o tràbalho vem ,iinplesmeDle do •álcool. Q sub-ditelol' chama dois ho– mens d!> coliliança• . Eles têm a mtll~o de policiar disfarçada– ineiüe os colegas e, quando Pf&– ciso, descer-lhea a lenha sem dar a 1mp:ressti.o de CNe ê por or<te~ su.l'~rior. Recebem. tns– truçoes para entender-se com o negro e· convidá-lo a remover sua b'alh11. da béira do rio. Mas à)! primeiras palavroas < i.oa espoletas, V'oliso Çriado ·mostra uma pisroia carregada e , diz si n1- plesmente: -Til'ei licença do govêrno. E9• t.à' tudo .legal. J:: ctu!!m não gosta não carece be.ber, minha gente. o ·s homens ent1"eolham-se, cau– telosos. Nãô é j-qsto ile exporeDI assim por mnor da c:ompanhi;,.. .E. mais t;irde vão contar ào sw.b• diretor uma hli.ttlria at,:apalha– da. tanto maJ• es,pdsUa quanto auas pa_lavi:~ saem num bafo d& cac:haça. ' O • liP,b•diretor el'(pzobra-lh~ • fragilidade. Oue vergonha para a companhia! Entllo não há po:r aqui dóis )iomem capazes d& convenàr ,com um · ne~o ordil;l6.• rio? Não .havia .. A p.otte, em Capitão, o sub-dt~ retol' mandâ chamar o coman• dante do ,Jestacamento pplici!ll pàra uma confellência no hotel, O comandante é . almpitlco, ê ac~!.t'\ um a carvejinJ,\a ..... sem exem,l)lo - para molµar a , con– ver~11. . No dia sem.,inte, an~es do e,ma.,. nhe<::er, Vosso C11iado fazia cafi quand~ s ·e l s praças cercam a vendlnha e o comandante l h e dl%, com uma prei;aão lé;v:e · ,ia braço: -:Vai dando o if>r.a· de mansi– nho gue esta _yen'da ac,bou. O n·egró quer salJar.,_mas ~n'- • te -no p.eito uma fotma d u t a. fria. ~efe.l'lí discutir: .-Eh, compil,dre, del~a de ca• çoada•. Licença_ do go'ú'êrno està aqut:.. . . -:;Ora, negro, tu acredita em 11◄ cença? Lic.enc;a li lst.<> - 41 fe• um slnal às waças. D9is soldad.o~ amarr.ara.m Vos.. to Crla,do. Outros do~ ficaram • 'de sentinela para oõstar a Jn– tervénc:;ão ~e lilgu:m paisano. E' os re11tan.tes, enira:iidp na v.endlnha, com.eéil~- a flral" dá !à os Jtl,i'• <;os de cl9 ,u,:iro, 11.s tatu e os pl'a• to,: de-,,asbSls e de doces:, aa- gar. r.afas chela• . têm t6tulo . - Tna -.,.,,;da acabou . n~_gro . . • Eu não te di~ e? - falou · o co• mandanJ.e pua Vosso Criado, oue se m;uttinlta digno. - R11cifàn"10 o t,ràço- para to(l'.la'L' imp11.J.só, os so~clados -lançavánt , n!> ar caila <ll!jefo, cada ga;rrafa chel a . O volume la cair no. rio, de,sl,l~ava um mortiento, depois 11 água c11.ve1'ff\elhaifá el'l!l'U,ll.a a coi• sa pre.ciosa . o ne~o, firme. -Olhá, .negro, tua· cachaça :aca– bbg, Mi!s il:e i,ão ólhava e -ptirecla er.e:Jcel', Bailo estufado, l ndife– re~t,é ã destiuição d.o le)l •átalío– leelmento. , .....::vàínos ' obtlgar -~sse nEt9'1'0 a olhai' para o rl'.o, seu_ com'andan- • • ~ .e. - :Deixe ~la.•. . 'J.!a:nto Ca~, ; r.fa• :ilndem depressa com ~ J!ér,;i– ço . • E as gariafllS rolando ,:ia ciór– :r<1nteza. à. ,iienã a •umindo: Su– miram aa ~at~. os pà_cote.s d,. fósforo.- um ré,Jo de fumo. ..u._ il"1"._Calava.. ~ caixa. de cJi~i:U'fo, !l,lirindo-,se ni'> J111, 'delxou c.~r. U'll11J c):luva. de 1\\(J\leis, que ta.n:i– b.~'!1 ,;çve.tteu nas íi!(l!:a.s,. - 6 , cl.iac~QI E a· ~Í>nte p,reci– •~n,;!o tanto ele cobre, hein, ··Mar~ collno! • ja que- há abundancia de bllra- --· •Meu venerando a.migo, o cin– tilante humorista que o Bra• .&H co.nhec~ hoje -pelo nome ele guerra; litera,ria de "Birão feitas no t-al arremedo de poe• de Itararé", ser.viu-se um .de:S- ma. ,Continúo a detestar a ora– ses dias de veiHo e p-ol)re ~- ió.ria ·dos Ruis Bar}losas ·e dos :ma que escrevi a;os vinle e Otavios •Mangabeiras. Dos Gilberto Flts* . • - . .p~ucos anos, para.compOl' uma Ruis Barbos:as· de ,se_mpre de, suas esp~rituosas ~iticas à • dqs Otavios Ma.ng:a~iras burguesià escanda.losanienté 1925. , e de (Copy,ri•ght -E. S.. L cxion excl,us}vidade para a FOLHA DO NORTEi neste ES'tadó). con~aditor~ de hoje. E fez-• Por9ue .si ha uma oratória me assinar" u·ma. " carta'' com' que . tenha sido quase sempre Otav.io_Ml!tngabeira n:ã.o é a ·a _ declara.çâo de que já ~_não a mesro:a - pro,Jijça, , mono'to- mesmà agora que foi nos, seus. d.ejest~va, eu. neni «>S "RÚis ~ , irritante: pelo abuso_de si- .dias de diScf}>11lo ou. imitá.dor Barbosa.s" nem "os Otacvios noni:mos - é a orat.oria de qul(lSe ~assivo ,d~ Rui.. I:!' ou– Mangabeiras", deté'stados por Mestre Rlll Admiro em Rui o tra. Por ist,o, -~ hesito em a– mim na époea.•em .que escrevi letrado, o lutádor político, o fi.r~r _que admiro boje no ,sr. o t.1.l arremedo de ·poema. Um homem de eo'ragetn, o liberal Otavio Mangabeb:a o orador _poema que no ano, .remoto de d~l\SSombrado de sempre, o sem. igual na arte ou na. técrii- 26 o _j(irna.J humorístico.- então trabalhadÕr fomüdavel~ o cá. do debate, da réplica, do dirigido 09m 011-tJ-o no~ pelo jurlsperito sempre lúcjdo, ó disctU'SO polít_ico que ele foi atuti-1 ••Barão", mi.o ,iesitou eni estudante m~t:agador. que fói na Constituinte d.e 46. Pri'nci– éonsjder.-àr apeJll,lS humor,isti, atê o fim da vida. J.\',Jas não o , paimente nos encco.ntios .com ~ , sen:do assini desne.cessário o:rador• .N~ a • sµa ,arte ora-tó- oradol"es ile.sva.irados cômo os ·impro:visar-se agora - ji "tar- 'ria. Ná:o .o seu esti}9 solene, líd.eJ.'es comuJ1ist~~í>testistas, éhl, muito tarde!" - o ilus- Talvez se trate de uma iie- quase t~dos, ne.sses m,omenfos, tre humorista em crítico liie• ficiencia de gosto. ,M.às devo un.s como possessos de sessÕllS ririo para, em 1,om quase sé- confessá-ela hÓje com a mesma de. bai-xo espiritismo; .ou com rio, qttaiie s.olene, redúzb: a- franqueza Ç'Om que a confes- .IJS advo-gados . mais ruidosos qu_!'la mµiba avenfura de ado- .sei aos vinte anos, qua!);<Íó o do sr. Getúlio Vargas, iguaJ– lescente às pr.opor.çõeii ras~i- culto ou a ' mística ele Rui não · -mente bisiériéQS em suas est11i– .ras .,de um fracasso llllS belasf admitia -restrições a,o semi- ,rhmcias de. voz 011 destempero le~, .deus da elo,uençia polítiça o,u de gest~ éomo ,aliás o prdprio 'A ' Y~l,'dadél porém,: é q~ ro.~ pa.tlame~tat _efu 11ÓS$0 país. ,sr. Getúlio Va.tgas .na ~na,YÍIJ• c»nsetvo fiel às dooJall'àçõet, Enquantó a oratóriâ do sr. f-eli:i: iespo&$a, ao sr, Aliomar Baleeii-o. Ell) contl'.llste com ~ hisJ;eria tumÚltn:osa de ~ - tropicais :pial edu~-0s, a · fir.- m~ a nitidez, a, pÍ:'écisão da J,>a.l~vra do sr. Ota:v:io Manga– l>e.ira, seu gesto justo e sóbrio, sua voz capaz de · tbdai; as vi– brações m.4,sculas - inc\nsive as de indignação. ou de íra - deram-p,,e. a i:mpr~ de um orador ig:µal aos ,'li\.aio,res qúe tenho· ouv.ido nos pa,rla.:nÍentos ' - ·do es-trange.i,:o; -e sem iguàt entr,e os . mo\letnos" ora:dores políti' c.os '.·do nosso pais. 1 Este ê o depoimento que, provocad.o pelô meu ilustre amigo, o (lintilante hµmorjsta da, àntiga~"A .Manha' ', me s'in• to · obr\gàd~ â • !J.àr soli,r-e à.; olia~ tóría do,· sr: Otavío M;ang.àbê.i- """ ' ' ' -:a d,e. hojer com o q:ua.J nii:o se · deve confundir o Otavio M'an- . . •· ' - gabeil'l} ele 1925: sonoro, eomo 1 agqra, porém antés bo,xnb~– tíeo que elõq-q.ent,e, eleg~nte como hoje, ·l)(irém. quase sem substancia. nenhuma a animar– ,he a él-egància da f rasé e d~ gesto; superficial, histrioníco, pomposo. , O de hoje, é não apenas um ~rlist:t.mas ,o port.ado:,,, d_; nma mensag~ - a. mensagem de– moc;i:ática; a um tempo anti– reacionária. e aníi-com.unistà - na e. ... prcssão da qual sua arte, sua eloguene~ sua pala.– vra SI! depurou de gu~tos ~ , . exc:essos outrora a prejudica– vam. O discípulo de' Rui supe– rou o m~tr,i na .-.~ do -di$– eurso Jlôlítlcq. S~üJH~rou--"o, con– tendo-s~, disci~Jinando-~, de– sembar:i,çand-0-se das dema– sias. E dizendo .incisamente ent– mei a-h.ora Ô qúe -<> glorioi,o ;ve– lho :só sabia .dizei- oriental– mente em: duas, três, c,uatr o horas, num a.l>ns-0 de. sinoni– mes, numa 'e:l!Uberii,ooia ele adjetivos, ,ti{mã ~bundá,rl.cia.. d.e'palavras slipeifluas, qlU\ ,di– fícilmel'.lte sert;i,m t.olera~as pêlo bl'$ileirc0 de boJ«- • 'S.ó me resta agudecer. a.o hrnno.ristà. a corfeziii, com que, sem ' abusar dai;i prerrogativas que lh'ê dão o título de grã'.o– senhor do humorismo na.cio• na!, tra.to, u: um dos sens mais coll$ta.~tes a.dt ,nírádot es.. C.oi- ~ tiz~ beni diversa do d:és®l– :bitraço de a!'gubs d0$ seus . ~, companheij:os menos espírbu.o. 'sos de seita política. ~s nã.o sa.~m hoje ctiticar-'nié as ati– tudes Ó1,1 às idéias, senão'- :g,:i~ t11,ndo ou. iÍ'ISiJ:Íuan,do que .sou -candidato a "Ministro da, E'-d:a– ~çã,o elo' P r:;éside;nte Éu:fii o' nitra' ' ou a' ''Embai:s'a~lrr do' B~ nii' É$1_)anhà ne, )!r~ ll?" ou ' 1 ,io P«>rÍugal de, $à'lâz:i!;l'", O g110 nã-o · me l)ett~rba ele medo nenhum. AP.enas deixa. :tnal aqnelés sectários do sr. earlo,s, P.r-esks: O$ mesm.9~ que iêm clteg.ado ao reqjtlnte. d! a~oratf pe,la 'tar de _o ,~ ~e– t;es~am lP!;l.lJ. P1J'~Wll\ e yot.ta • r ,íó ~ dti~$âr no , (l4 s,êgul• te. - _,

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