Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
• . Domingo. 29 de jtl~O' de 1947 FOLHA DO NORTE 9.ª Págln,i . -- ) t- '. , e ()N!J."A-SE que certa sel• JÍI/II nhora. 3PÓ6 ouvir, num' ll"I salão,, Beethoven ~ - ~ U .S-ICA - 1 • _, ama ~ suas l"U.ta.s, dirigiu; te ao mestre e puguntl)u.Jhe DOtno êle próprio interpretava 8!JU~~ o!>m, Wo é, qual a Pgnif1caçao que lhe atribtda Beethoven ,u..:• ..t • -~·•U-69 outra vea ao .pianc ~ionloa a toou ,t sonata. àwesoentando 1a0 ormaçao ,._.....~ iscoteca ,fim: "E!!.,~ 'intet1pretação que lhe do~,~ • Ré1embrel ~ ep.is6éllo a propóslf.o dos ~ de • Beethoven,. oaJa slgnificação é . Ião discutida, Na verdade mos ea-rregu: .na interpreta– ~~ -Q~ - e~ cJà ção, se qn1sennos esmiuçar o mus1.ea ~-.sa.t - espantam oonteúdo de uma obra, pod~ ~ audftorea OOD!JbJIS que já remos extralr, por exemplo, iêm ,-o e_spirlto prevenlilo pelo das "Baladas" de Chopin, apa,. kue leram em manuats de rentemente tão fáceis, :três ou lllúsloa. O amador comum vê q'Qll,tro seatidos - inclusive o em quatqu~ Quarteto de Bee- metaflsleo. lltoven um Mltentlco papão Ev.ldenteme.nte se o nosso tnusical. Alguns, mais eorajo- propósito fôsse O de Degas IIO.S, cfeclararam: "chegarei até _ 0 de "déooura~:r· les ana" ti, mas v. -compreende. • • é _ podeliamos Insistir no he.r– preci$o inl~ão". De fato, metismo d-OS Quartetos e de P~ tudo é preciso inicia- muitas outras lmporiant~ çao . . • rod ~ . _,.. is ,..;._ 1. . Criou-se ein iôrno dos Quar• P uç_oes !'1! 4 '"ca; · , ......,. 0 _tetos de .Beethoven vma, aura nosso :propos1to, s:e, 1ilDi que de bermt>itlsmo, uma a,tmos• modesto, é o de ajuda.r- alguns ferá. de penumbra que no fim a se elevarem; e aJµdar os 8:-e contas s6 vem servir aos elen,dos a se -elevarem mais te-Osófos. Muitos críticos aflr• alnda._Dlremos, pois, que a ,:nam êsse hermetismo, mais linguagem sonora. dos Quar-– por hábito e espirito de rotl• tetos d e Beethoven é .a lin– na. ()s Quartefos de Beeth()- guagem universal do fndi"· v-en pa.rtfclpam, sem dúvida, duo cµ.ltivado, isto é, saiu da do hermetlsm~ que é _próprio Índividuatl<ta_dé complexa e a muitas obras de arie tidàs poderosa de Beethoven. e. co– como claras e acesslvels a mo taJ, marca uma fisiono– qW1-lquer pessoa, Se quiser- mia, que é própria do grande Não se pode negar, com a leitura das erônic-as musicais d•o sr. Murilo Mendes, que êle é, n-a realidãdê, un;i -grande entusias,ta; d~ Bôa l\{úsic:.a, e dai cer:bame-nt-e provém a sua maior fraque– za como orie,ttador de um neóf"'lfo pa1_l8, f@,rmação d'e uma discoteca, mesmo mo- estabelecido em suas crôni– cas . inicuifs, passa a consi– derá-lo entre os graisdes, e nortanto entre os composi– tores ~ ,ndam-en-ta-is e essen– ciais. E' 11-ssim que êle se refer.e a Haydn: ''O granda Haydn merece todo o .cari– nbo e atenção ac natarmos da escolha de seus · discos•. desta. O compositor aparece, ~ . n,o limiar de nova crônica, Quando .o .sr. Munlo.J.fen.,__-co-mo um tumin-ar,--como um ~es observa, de ~odo geral, grande, figura excepcicnal tlir~m-os melhor, de modo na músi-0a. E ~:nito isso é tm.ive~sal. 0 proce ,s.so l?él;!ll vérdade que além d.e fuzer-– org~ttar ,~ma- boa coleçao lhe <tef.esa regula:r, afirma, de ~. ele parte de . um literaJ:rn-en,te o seguinte: ' deternnnado ponto de vwta. "Haydn ocupa um lugar de Quando, entretanto, desce relêvo entte os mais impor– (%a universalíd-,!,de e passa tantes cria.dorés musicais•. para o ~o parlimilitr <los Não dis-curtilirn.os e5$a afirma– compositores, ai então perde ção, qu,e consideramos justa corrw'l.etamente ·de vista O e verdadleiira. Contestamos a objetivo in-icial e vêmo-lo falta de lógica, de harmonia üai l)!)r diafl.te ;_ citar. com- em seus escrítos. Se tal pooi.tores, qu,e êle de ca!lO acontece, se o fato .é inega– pensado não havia 1'éferido, v~te vero.adelro, por e como coosequêncta lógica que nao o inclmu logo entre surge ·a enumeração d:e tan- os grandes composi!o~ tas ob~ além das que s-ão para oonsi<lerá-lo fundmne_n• necessárias par.a quem se 'micia, &ilhando na propria lfim-alidiade- de seus e9tudos. .E' gera!, univêfflal, (Nan– do especifica determinados -compositores como essen– cia~. e -passa da _generalida– êé' à particula-rizaçio, quan– do,desce à eftaçãô d;ts obras, uma po,r uma. Então é de V-e-r ~ seu entusi1tsmo. Não lf>e-:tn mais medfflas. Passa ·de . - . ~ coinpos1çao em ~s1çao, ora fixaOldo-se numa, ora .noutra. As CQmpo_sições be- tal e es.sencial? E' preciso ... nao esquecer-n-06 d~ que o sr. Mll'rilo Mendes não es,– ereve pa<ra v colecionador experimenbdo, pa!t'& o ex– _pert. como -dizem os fran• ~ mas para o simples apr«iJadót' de mús~ que estã teotando fórma.r um& <Hsc0t.eéa. E' nattwal ,que lhe surja então um em.~ço, que o eo.nst.4-anj,e, pois-como princlpiante não s a b e r á par.a onde vir.ar -se. O Guia, -assim, l)ell'de o roteiro. e peNlido dest)Orteie- o seu dls.ci ~o. A lei. por tal for– m~ fica esquecida... " 1~ e -extraordinárias o agri– dem e êle fica SEmt saber COnµl -se deilend-er desse ~ sa..lt-o. F-atta-lhe a calma ne– cessária para resistir ao em- Q1.1.ereJDOS~ agora, ~!ra 1 r &~, para mos,tt,a,r ao fni- na apreclaçao ~ sua ...... un - «:dante a1)ellas duas ou tr~s.. ca m'ün-&-o 5, na part~- re~e– ~mposições, que represen- rente a Beet_!loven. A~ e~ tem realmente. o espírLto do tem ~çoes que nao sao ooropositor. Não crltdcamos verdad~, e e'~ ~~ . o s-r. Muril-o M~~-es pelo ~Vf" um qualquer a ppeJU• v.a}er de se,us estudes mas d1-c1al &ro de c á 1c u 1 o. · pelo excesso de ciltações, o y~s ~xam'!'iand~ a o;s q,u.e--rolocará o seu protegido poucos ffll;l>S -afirmaçoe$. Diz e.-m situação Qifícil, incapaz o St'•• .Murilo Mendes qu~ o t ambém de te'Si&tk a tan- colecionador comum atira– tos em,bates. P assemos, -ago. se vorazm-e~te às ~i~oniu, re,'. a<> e:x;ame de suQ última !llªs q'.ue nao o <;r1t1ca .{)Ot' orôni-ca. isso. Mias, se assim é, por VI y\\urilo y\\endes (Exclvsivid•cle da F~ I>O HOBTB, neste E&tado) mesbe; e ao mesmo tempo pode servir a todos os homens cultivados nc escla.reclmento de seU& mais lntimos e mais fortes prob}-emas mora-Is e :espitiwa.fs , Ouvindo-os, lile· flitando-os e assimlland',o-os não só pariicq>areis das lutas, dos sofrimentos, d.as derro– tas e da espera-n911- de Beetho– ven, 001™> também ~oven pa.rtlcipàrá de vos✓os sofri• mentos, vossas lutas, vossas derrotas e vossa esperança. O homem de médlaua cul.tn– ra que não encontrar, em -cel'• tas passagens dos Quarte'tos, multo de si mesmo. de geus problemas, de .soas élúvidas e a,fir_mações, é um homem pa– ra quem a v1c1a é um acidente casual e não Pode fer a 1'1'0• funda e transeendente slgnt– fi~ão que de fato tem; é· uni homem qne me viveu · e pas• sa eomo uma sombrà. Abordar os Quartel-OS de Beotho:ven é 11n1 dever prctil• puo de todo o homem que deseja -elevar .seu, nivel e31:1t.,.. rai. Que, o amador comum, isto é, o leigo, não se espante nem d~anime com a lenda de hermetismo que se e$t1l-be-– le1>eu em tômo deles, ao con– trário do que escreveu Pier– re J'ean J'ouve, ·nlí,o vemos em Beethoven apenas o homem da Revotação Francesa, o ff. lho esplritwt.1 de Rousseau Su.a Iingifagem sonora pare– ee--nos particularmente pr.S.. pria (sobretudo oos Quarte• tos), a exprimir a vida moral e e@)ltitual i1t> h~m da nossaéi,ooa,oomprhnldoentre guerras e revolue}Ges, eom os nervos -à nor ifa p ele diante das continuas nottêfas que chégava:m (chegam.. . ). sôbr,.. campos de t-O'l"tut-a, grltós de terror, e:dstênc~ ~aas D I s ✓c Ó TECAS E ' SUA FóRMACÃO -- Anselmo AUGUSTO -– l I l legiões de homens em m.aroha para a treva. o deSCAnhecido, o.abisJS)o · N-os Quartetos, (te iketho-– ven, muito :mais do que nss sinfonias,. 80D&tas e concertos, o'bsel'va-6e o abandono das co~ a pe.rda dos deta• lhes deéoratlvos. •pesar do aparente transbordamento, na verdade a matéria sono,a ad· quire uma gravldad.e de gue 1penas se · tem a anteeipacii.o em ~ Quartetos muito maduros de Haydn ou de Mozart. E' preciso acentuar. pa.ra encorajar os desanima-– aos, que oo processos toonioos de Beethoven, em última áná– lfse, obedooetn em prtnélpto à., dlspo5içi>es clássicas: tsto é, seguem o tipo da antiga formli--sona.ta, e-:llioetcÍ no QuaP• feto op. 131: a dilerença' mais senslvel reside no desenvolvt• .mnte temátloo. quando sur– gem em _ combinacã.o trP-'f idéias diversas. ao lnvEs -&l 1 oomposttores, para possuir as sinfonias de Beethoven, mesmo que seja uma únk3 somente e a ouça -continu-a– mente e com pruer. Um coleciona-dor corm.un de d:!s· cos n'Ullca: viria, a gastar um sua natureza própria exigem contágio cole!iivo, além disso são eontjnuamente transmi– tidas pelo rádion. As afir– ma~ões do sr. Mu,rg-0 Men– des ness-e trecru;i sa-o abso– lu.tamen<te ~aciosas. Em primeiro lugar, a terceira Sin; foo.ia, chamada a He.– --.roiéa. que teria s-id-o feita em homen-a~m a Napoleão, não tem a extensão que lhe quer dar o cronista. A terceira que a preferência pat'a um • Sinfónia é , oom.,posta de seis qualquer desses processos niscos e pod-erâ_.Jl.er ouvida musicais indiqu~ inf-eriori- num ' espaço de meia ,hora, dade de. percepçae. . . -ou menos. ·Qua,1,quer pic-up Exa,m.tnando .1s S1nfon1as, automático ou elect-rola li– acha o.~r- Murilo Mendes qui<!lará o M&un-to n.esse que nao é acoose1ihavel a tetn;po, e mesmo err, vitrola comprá da Tercéll'fl e d-a m.,an.u-a,l pouco mais lev-ará. Nonã. pelos motivos Q!,le E par-a mootrar: -o aboordo -expõe oom as seguintes pa- do sr. Murilo, basta ver que laV'taS: •. . . além de terem em lu•gar ' dela preferiria, ~!ções.multo vasf9:l,. o por exemplo, a qu~r~ ein• .que ,dificu'ltJ sua auqiçao fonia. Mas o leitm- na-0 se co:nfin1111. sao as que pele admire de que a q_u,a,r:tQ Sin- niquel com simonias de Beethoven, por que de início êlíe chama à tai1 é<iisa fune– raL QuandÓ existe ~sto ar– tístico, êle pode ser dividido pelas si-nfonias, pelos con– ~os, peloo soo.atas, sem ANTOLOGIA • Dorme 1111m frlo de pedra. Mão de m.otlo. ventania Bin·do rosais no meu rosto. Acorda dores extüúas. Entre punhais desfalece E .a carne revolYe em cinza Nos Jardins da madrugada. . De onde veio 1 Ni'n~em sabe. Nem pergunta. De seu lábio Desliza ~ rio de fogo En~gt:.etttaudo o silêncio. E o corpo dorme na bruma. Dônne na praia. no rio. Cercado de virgens loucas. .. :' fonia tem q11'8.tro ~iscos, porifian.to dois men-os ,do que a Terceira, apontada -como mui-to vasta. O con~rt-o número· qUíltro e <., número três, ambos citados como obras de e:,c.,t,raordinátio ve– tor e que devem ser adqui– ridos, -cada -um t-em qaatro discoo, ist-o é , dois discos ~()S que a teroeir~ . A úniea sinfonta verdadeira– menite curta- é a oitava, mas niem ' es.ta é a slntloniea r.epre– sen-tativa 'ti~ gêni '.) d~ Bee– thoven. F·eita nun. período de eatm'a, --não mostra o ou– tro lado de revolta e luta d a alma <de Beeiho~. Re– petimos. que g()"sto não se dis-ç~. Acrui não discuti– mos qu-estão de .gôsto, n,i3S exata-mente- as composições mais representativas. Sabe– mos q.u~ a Te:reeú:a. a Quin– ta e a lf«>na Sinfd).li,as são as q-ue mai~ expressam o ideal beethoviano. A Terceira sim– boliQ:ando o H~i; o. supe[• homem. A Quin!a Sltm)Oli– zando a luta do homem. -com o diestiao , o ehoqu-e const:i.n– te ·entre ambas,- as t;,entati– ·vas para ·uma harmonia ebérna. A Nona. represen- tando a vitória do homem s~bre si mesmo, sua marcha sôbre nu-vens, a po-sse final ·d•a Alegria, ~ coI1Siderada a maili extraor(imári~ me-t'l!ia• - que razão -rtquelas expres- 4:r á .frisamos ~e o sr. Mu- sões amadoi comum? Será rilo M'E;-tldesl.. em seus ~µ- por a~~o amádor = •~u~ o Embora a -SOmbra enlouqueça gem na crença dos valores h um.Mios. P orta<nito, nijo se pode considiera,: a ~ira Sinfonia oomo -demais vasta, mesmo porqu~ tod:as as Sin– fonias são longas, coim a e:iç-ceção da Oitava. A sinfo– nia número seis. chamada Pasiotal, tem cinco diooos. A número dois, qU!àtro dis– cos.. A número gej;e, oi.nço di!rCOS. To-"las, po:rtan,to. ~.ão longas, e iltSo é natural q-u-é dos or1enta,aore,s para for- que J)OSIS'Ue duas ou tres sm– maçã" .4! u,ma discoteca, pôs fonias ,de Beethoven,, mesmo e m ev1-dencia. certos co,mpo- sem eon-h-ece-r o resto de sua sitores, que seriam os fun• obra? Não, de forma algu– damentais P<!,!'a um c0:~io ma. Amador~mum é u~ t}ador principiante. Entre colecionador de tang-oo, de ê1-es não está a,bso-luita.mente foxes,. de sambas, de can~ Hay,d;n, o papai Haydn, co- çõeis. E' _precís'o gasit.o a•pu – mo lhe chamasva B-eethoven. ratdo, ent,raniha-do amor à Entr,etan;t-0, quando trata música, cpr\';l.nreensão per– particularn-1e.i:tfe de Ha;y<ln, feita cios be1os e deslmn– ~quecendo-se du pl-aill-O pre- hc-antes sonhos dos- grandes E o gêniido despedace · Apenas, no vento norte. Soluça o nimor da asa E uma infância afa~ o triate Pensamento de algum morto. AL~liONSUS DE GUIMARAENS FILHO 3.$im seja, pois equi\1àlem anttga fGnDa cujo 4ese1Wolvl,. ment o ~a muito menos am– plo. Ao amador que se •nteres– se · em ~eeet e eulltvar os ~nart.et.oe ele Bee~oven. re– oomendo o livro especializado de :r. de MMHa.ve, ilustre mDltar que se bnona.lizou eom essa obra extr-aordln:árla de carinho, oompreensão e amor; mon.umento tinpe.reel~ 't"el ergu~ -l gl6ria do gran• de ~testre. -x- Quanto aos dlseos, cumpre assinalar qtte se acham gra,. vados todos os qulll'tetoi; de Beethoven. O amado- r poderá comecar t>~• ra série op. 18, que guardam rel~.ão mais pr 6-dma com os ~e Hay dn e Mozart. O me– lhor é mesmo segtdr QS Qtta.r,– tetos pela ordelil cronológiea. Depois de ••ruminar" como dizia Sant.o Ago~i.nllo. os sets prlmetros. o amadw to– mará conhoohnento d<lEi ttês dedicados ao PrinclJ)(" lta!lll– movsid, op. 59. nos. l, % e 3. Nú:11ca> poderei dizer- qual de– les E o melhor O ;unad-0t será arramdo no turb1ll1Ji,.n do númen) 1. aeter.. se.~á- no sublf~ Mlágro noturno do n6me,o t , no a!Mlante do nú– mero'- !t eom .seus tam05oe "pimtéâtti". em que na.r-ece pulsar o coraoão de Beet'tlo• ven. Isto 6. • or-0nri'l 1'f9. m-em. . . . Como o -espaço estã,mini:uan– do oomplel;iret SiJ aotas na pr6.xima erôo,lca. a poemas. A .nais e-x:tensa de todlMÍ, que pede maie ou menos u,ma hora pat'lll ser ouvida, é a Non1:., que pos– sne nove discos. m~:s n,em p()r isso a sua a~o é cansa.tiva. Não se :passam qwatro hôras num '11.no de futebol gritando? Não se passam duas horas assist-ip.– do a filmes? Ná<, se- levam horas e mais horas no P.O– cker? Não gastamos três ho– ~ etn uma peçP teat;-al! Po.r qúe, pelo mesmo mo– tivo, desde aue se trata de um apreeiadôr de mú~ica, mn:a hora é demais? N'"ao sabemos como se afirma • ISSO. Quânfu ao f~-e de -a Ter– ceira -e a Nona necessitarem de ui:m ambiente cql-etivo, êsse argumen<tõ não vale nad:a. Se es-peramos por esse ambie-n~e, quando virá? A sua úl'tim!i afirmação é de que ambas são muito di– ft.Lnididas pelo rádio. Mas, po~ Deus, seria interessan:t.e que o apreciador de músi-ca aguaf'dasse o dia e a hora em que isso ~ realizaria, para poder aweciar tais -composições. Preci~~ia, pa– ra tal Í:tm., de um re,g,t.t1ar poder divinatório. N-ada d'is– so --é possível, ·Se são ·mal$. ttansmltitla,s pel-a rádio ~ si– nal de seu -cont.eiido wúver• sal e portanto ma-is apr.ecía– d.as. E' p,;ecis.o 0;uvl-làs mes– mo em ç-asa, desde -que o co– lecionador dispot\J,l_a de re– cursos para ~prá--Ias. Per serem vastas, tal argunrento não cabe, pois quase nó final de sua crôniea~ o sr. Mur ilo Mendes aconselha -a -compra do Trio em si bemol, op. 57, ao A-r<1úi:d,uque, ti ~ ®m– posição té.m ~eo dtsetíS, istt> é, um disco a menos ~ó ' t '' f"t'd que a - t!rcetrlt s1n on1a, l , a como lQJtga den-,:ats, Conve– nharnos, ,assim; que o ~r. Murilo M~ri-des 11:ão es-0reve para en.te -ndkios e sim para b1cipieríies ~m~ores. Qual a ,POsição dêstes di:ànte da leirura dessas c:rô· nicas? Que rumo tomar! Corno acreditar no sr. Mut ilo ?viénq.es · ~ue lhes diz 'que a terceiro. não dev,~ -s-er con:i,pt~ j;>pr set muito vasta e Ih~ recom-e-ooa o :Trio, o Concêrto núm,ero quatro, ,o Conc_êrlo nume-ro· três, a Ouarta Sinfonia. to– das quase do mesmo desen– volvimento da malsinada sinfonia? Dizemo,, malsfn-a– d& porque o sr. :Murilo a .consid~ra muita Vil$f"à. Aqui fjcam~ cóm a promessa re:mot-a -de voltai,' a.o, SUJ(>le– m~n-w, se a tant<>' l'loo imp~ lir o ilus.tre ctbnista, a qu.elll muito adm.u:an10$.
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