Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
Cont1nua11HJS, noje, no li– ,,r,e exame das crôn~c-as de Mutii-0 M-endes sôbre a for– mação de discotecas. Nada r.oais• pfetendemos fazer- do que i,una crítica ·honesta, n1ostra-ndo o exa·gêro em cer– tos ccm·.,elhos e a absol-u,úi fa:lta de harm:on~a nos d:i.ver– SQS estudos; Tem-se a im- 4'ressão que. as crônicas f-0- r.am feitas a<ptessadament-e e o auitor, sem peiwar na a&:- , mação anterior, contradiz-se na afirmação pOl?terior, cri– tnd-q com isso embaraço aó n,é~fito e até mesmo aos que ecmh~m U/ffl pot1co os as– &l!ln tos mus.tc~ is. Dito isto, passemos a-o co?l!t:eú1i'l.o. Segundo aruma em sua crônica número II para· for- - ' maçao de uma discO'tecà, o crirtério m,ais seguro consis– te em começar pelos músicos a que chama fundamentais ou essenciais, e são files - Palestrina, Bach 1 H'lmdel, Mozãr.t, Beethoven e. o mo– derno Debussy. Não oontes.– tam<>s; de inicio, essa o~ser• vação, mas é lógico, é natu– ral, que o cronista permane– ça, daí por diante, sempre oomoseupo,n,todevmta, isita ~. encará-los como oom– wsiitor.es :fundamealltafs, e os demais de ordem seeundá• ria Gôsto nã<, re discute, Mas., qual o ·critério do sr. ESCRITORES NORTE-AMERICANOS '.FOLHA· DO NORTE DISCOTECAS E SUA FORMAcA'o II -- Anséhno AUGUSTO -- Muriilo Mendes -a êsse res- então, co~ o sr. Murilo Men– pei,t,o? Permane,ce sempre d • tr Biro Pu ,, com tal orie,n<-n,.a~o? N~-da es. - azer e fôe',u •-,.. .. paira• casa, e pôr de lado os wsso. Veja-se, por exemplo, grandes, é um abominável a crônica n. 0 m. e nela sacrilégio. Verif~-.se, as– an~ar-oo-á o seguim:te: sm, q~ os conselhos d() sr. • / .. apesii.r das reações des- ~urilo_ são dados, com pte– fa:f'IQráv~ qúe a pompa de c1piitiaçao, como 1 alg,uem que seu dr.amaiismo provoca em deseje tudo dizer e acaba muitos, Gluck·deve ser con- perdendo o fôlego. Domingo. 22 .de junho étê 1947· s ... i;envolvimento temático". Há então pão . aconselhe para PQIUCO dizia os Quartetos fprrqiaçao de uma discoteca. e:ri~ o monum.en: to defini- ~gue da pena, escreva 1fi.! fivo da obra, de Mozart, e o wemente, fale a valer de ro– a:rnaido.r a,goira fica estup.e- dos os oomposiitores, especl;,; Jia:, qu,~'1_:~ 0 évê que ~ "Di- fiqu,e a.s composições que lh.$ v rmen,.,..., a obra repre.- a~,d;em, e assim estará ceJ.'1- sent_' af,iva e in, comparável. S·e to T ....:.... .,_ ·L • mniar en....,.,..;run.,,., a in- c:: 1ncomparavel, então nada ~bênciia de orien>tar, .à ~~ . eJCtr.aor<l\ináxio, nada abr1r o oaminho, e depois mars be}o. Se ,assim é, deve- apresentar-se com uma t .or– mos mandar paria ·o i:nfemo rente de erttd1ção, isso é pro, os Quartetos e ficar com o certto mcliges,to e iinsuportá"! "p1vertimé:ento", pois este, ve'l. sun, incomparável. Não é ~metemos CO!Il<tiin.u-ar nõ um e<mtrass-enso, uma evi- livre exame dessas crônic~ c1EmJte inconsequência do sr. se elas con$inuarem a forne..;; Mm-filo M.emrdes? Di!l'-se-á oer material para_ ,crítiéa, q1UJe isto é produto de um embora despretenciosa e eritusias,mo passageiro. Mas sqles,mente ncauroe~a<l,oxa. : NOTAS PARà UMA coiwiiiiNcIA SOBRE· tad() entre os grandes". Entretanto, o que ma!is ad- - O amador, que va,i pouco mi.ra n.as' crônicas do sr. Mu- : A POESIA CONTEMPORANEA Edw • n A }ªt R b• a pouco orientando-se pelos ri)o Mendes é que, preten- 1 r 1ng ·Qn ·o · l• oonselhosdosr.Mw:-iJoMen- denão oriemair para a :for- ~ Çonclusõo da 3ª. pag . · -' · , des, iicará estacr:recido. No mação de uma discoteca dJe e dommadora, a conhecida son E Tomaz Walfe ' ,. Gaston Figueira -- O apostolado poetlco de- Wdt Wlútman ,e·e:xpresso\1, so– bTetU\io, no espírito de seu povo, em algun$ aspectos da vida Jnoral dos Estados VnidOS'. Porque, excetuando-se car1 Sand• burg, que é em c,erla maneira - somente em certa maneira; - um conilnuador de Wlútman, os dema'~ ,po.e:tas· esta,d:u,niden~ têm se-guklo rotas diferentes d~ cl;q autor de "Lea !Y.ea of G,rlUIS", É 'natural que em época posterior !,. Wllitman haóam. 81P~ tecido nos Esta<l-os Unidos vãrios póe'l;as, po:rqu.e - contrarian– do tooa,via a crença de J:al,litaa pessôas - aU se~e houve poes ia e sempre ex.lstil'am poetas. Não obStante - e ~ da plur.alida<le l.i:ri-ca .pos·twhi.tmamana - é preciso, cib.egar a Edwm :Arling~on Rob.inson para aclur uma indivi-cliuaJ:idade digna de J8ticedér à. hierarquia litica de Whditman, já que seU& cara<:teres poeticós sáo mais distintos. Whi>tman faleceu em 1892. Edwm ,AxHn,gión, :a,ooinson pi..blicou &e'U primeiro liVl'o, "Ob·ildi;en ol We n 1gb't", cinco <!,JlOS mais tarde. Entre Wbltman e Robin- que os romances dê Wollfe son pode-se assinalar aJ,gu:na não tenham sido pu.'blicados nomes interessantes de escn- em espanhol ou por.tugu&. tores gue deiXaram belos poe- 11e reeordar-ml>li suas Jutae TOas, porém, não nomes de para- que o seu "Look liom&- indiviauaHda-des poeticas, co- waird, ~el" - obra de in• mo Poe, Whlttnan ou Robin- tem.os movimealltos emocio- i:On. ·Éntre estes autores re- nai.s - consegws.e editar noa' coroamos o nome de Thqmas Estados Uili'Cl-os. Essa. novele, ~ailé;y Al-drich, cuja ,me.Lp.or começada em .sua estada na obra está, a meu parecer, ln'g1atel'ra, em l92ô, publicou• em seus soneto.$; Cella 'l"hax• se finalmente em 1929. E é ter, que deixou varios poe- betn repreeentati,v.a do espl,. :n,as de fervor à natureza e rito de Wolte, e~il'ito Bolir n 1 uito apropriados para os ta.rio, angustiado. avi'<I.O, , hu- roenln&s; Edmund Clarence maníssimo, Quiçá tal modali- Stedman, que foi pOG)ular, ·so- ctade estéüea "haja te(:ebi4o . fim de oontas, .queis são os uns trezentos discos, acaba ~a baUJde:lajiriaaia das eo– ~ ·osi.,tores esse:rictais? Não citando obras . e composito- responil~i~., qUle serviu de soo por acaso os apontados res paTa fiàzer uma diseote- :fun.~to a comiitruçãQ da a,n,teriol'l!llen.<te? Se Gluck es- oa die quatro ou cinco mil Esoola Shnbolista e que per. tá entre os gr.and-es, por que discos ! Se pretenidiemos dar ma:i:ll&C!,. através de Inúmeras não .o colocou naquela seria- conselh-0s paTa uana peque- ~r.ieçoes, .. como um dos prin– ç,ão, dan.do -Jhe' o lugar me- na discoreca, com trezentos ci,p1os básicos da . J)O€ttca dos r-ecidd? E' dificll saber onde d'isc . • os, por e-em,nlo, é ló- noss.oo dias. A naittweza é uma é ...,_ está ~ ,,. "flores ta de ~olos" onde se que, por ... iau, a verda- giro que não nos devemos ~uviw_n_ "cón,ft.Jsas· pa,liaJVTa$', díe. 4 incOI11gniência é. oom- e:xipaind'ir em grandes cita- fami1hares ape homens, cujoo ~ e m_aror é a fiàliha s~ ções, -cuj,a vanitagem seria longos éoos se con1undem". lliten.dermos a que su,ae crt>- 8:J)enàs . mostrar erudição, "Daru un.e t.énet>reuse •et nooas têm por objetivo es- mias sem dar a · verdadeira prôlfo~dé. ~ité" que deco:r:re eJM ,ec.er , orientar, indicar o sokl.ção ao inclpwnte cole- oos sLIIUlitwdes intimas das bom camilll!ho, parlindo sem- cioooo1<>r. Não seria mais ho- ~::as das ruas cor.res,po,nd-en,. pre do pre&S'Uposto de que nesto índicaT, por exemplo, "Les Pariuns, les oouleum está dianibe de um amador . dez oomipositores f.utndramen- et Ies sons se repOIJldlenit". micialnite. Este, na reaJ:idade, tais e déles apont'S.r uma ou :r.i,tas,, paira que esses simbo– fka em a,puros, sem saber doos obras mais sugesttvas? los, essas secretas correspon– pa,r,a onde dm,gk-se. · Em trabaclho mais d,emora,do, dências, ess~ vozes C0111fu.sas _ ~a sua ?t"ôni-ca número~ mais longo, então se-po&eriia se façam. com.preensiv-eis e o sr. Murilo M~, depois dar conselhos para- ,a forma- nos ©mundquem o mistérdo da de aipon,tar os grandes com- ção de diséoteea . de ·núme- vida, 0 poeta, ci»no 00 a·rtis- --idv,,.:ree · h d s f ·m • ' tas, i;egundo a observação de -= ! os c a~ o • un- ro m,iiado de discos, sem Baudl!l'l!Jre,Í "au bien d'imiter dameni~s, faz a ~l.'~çao de · a prec1pua preoou:pação de la naitu>re 'assiirruille et y en– ~:'°6• que den~a- secun- seleci<>n~. Assim seria jus- ca~ son mo_i". EJie precisa danos, tais como Li~, Men• · to, :ra:zoavel. Mas pretender aipropriia:r-se da ruiitureza, co– d els s.o ·h n - e Tchaikovsky, ocl~ta<r um neo:fito a for- mo ~on$elhava, cheio desa– Ora, é ev,ldenit:e, para um pe- mar sua miOdesta discoteoo bedori..i, o poeta :Rilke. E' ne– queno conhecedor de músi• e atim:r-lhe em cima uma cessár.io que o, ser do poota ca clássica, · ddzemos mesmo, chusma de clássicos, é 1r~ vibre com. o Unível'$<> em si, para uan mero apreciador camen.te m~rtá'Vel o lei- para que p .ossa sieriti:r em tudo de.muslica. que LWJt não pódie tor benévolo """"'1=rá · verifi- que o cer,éa o seu próprio es- . d Tch 'k t""""" pfu-irl:o que deverá and'ar, à ser eqwpS'l'ai o a ru ovs- car a eu,te,n,ticidade de n,ossa ilmttaç.ão do es,pirito de Deus, &m.s le ~nsible, c'est bien !à se Ql.le nous appclóns Poésie.~- Não se julgue, porem, apr-etk sad:amente, que a poesia detilii ve da pw,a sensação. Não, est41 somente ilumirna.rá os seus ca,,; winb,os. As im(Pressões sen~ \'leis do m'llilldo exterior sei-viit rão, unicamente, pa;ra desperso– tar a vida noturna ·do eu, paltâ eV'()()M as fuga7les visões i.ntec rioDeS e expl-orar as . regiõetí abandqnad,as da m:en-i.6ria e os paÍ$es perdidos do sonho, tu~ do, o q~ há dle mais pro-funq.(t, e ~berto em nosso ser e on- de se encollltra - oh! mM-a– viilh~! - o iardim :rechad'ô cN' poes1a. • A v-e-rdadeira f<l'.nÍe da poe, sia a.gora sabemos, está nó espitriito do homiem, é . n~le que ela reside. O contáct~ <:om o mundo exteriw pe<l't; m:lte apenas que ela se re– V!l1ie, A _poesia não é, COJ}lC, ainda muitos a conce~ lJa?llª, 9impl,is e convemciond replica da natureza. O poeta nunca mais será soliciteido PO!tl "le dési-r grq;,sier de la foulll' réclamal1Jt l'imitatlon de la na.o ture":. que tanibo indi,gnava Elie l!'aUTe. · bre1Judo, igraças a seu poema Ullll powio - ou muito - a 1nspiraido na guerra civil; mfluênc,la da propria vida de l,ydney Lamier,, mú!l'ico e Wo:kfe, vtda de con$13lntes lu- 1)4>eta. autor de poeJru!.S de tas, já no ambiez:ite µniversl,- ky e a Mend-elssohlll, princi~ a,firmação contrund'o as obres espalhap,o pelas cousas. E Jac– pal:rnenroe ao primeiro. Todos cfstaoos pelo sr. M'lll'filo Men- ques ~Ltairr; em. Frontier~ ga,bemoo qUe Lizt, antes de des, e verá que soo:n-erirte em de la P9ésie, ma,gist,r.a,l!men,te tudo, foi um grand,e tocador quatro crônicas jã a,ponJte conctmrã;,, "Cette dtvina-tion, de pilam.o, e sua mspiração foi um número por oi=rto -avain:. du- splifüitúa.i dami ~lie sensible;. -~ or1gem inferior. O gráu taj,ad'o de composições que et qui a•~~ra ~-e-même Para o p,oota oon,temporâ~ llleo a na~ é o espeiho do nosso ser. E', tam:bém, um "la,. bora<tór!!o de analo,g.ia.s", wma coleçã'O de si.mlbotos d-e que usa para. melhor coo.h-ecer-se • · eJ(ipressaT-se. Não deve oophi,. Ja, mas recebê-~ em si para que, então, -~ poesia jonre dd seu espírito num Sito ~Cl de comu,nihâo" com' as'~g,. •--~ ~e pamçiipação ~ -J1Q.ia ullli• vieTSal. - h i.z:ar.-a m<>l~11~li:., n:ps. ti\la!s tário, ·lá :noa co,neçpS de sua, .é fàoil reconhecer o seu tem- earreilra de escritor. peril·mento musical; Henry Conlieceu a pobreza, sabo- Tijnrod, nascido em Caroli- reou largamente o silencio. na do Sul, educado na Uni• Mas era, depo.)6 de tudo, um versida<le de Geoi:-gia, e cujo ~mtto ;forte e tinha. plena primeir.o livro se ptl'\>licou eonsc!êooia de seu valar e de dtttanf-e a guerxa civ:U ~ St-e- seu, déStmo•. G~va da. vf~ phen Cr;i-ne, o cele~e nove- .ein,ante, e -AASlm o encootra- J:í/,ta . que dei:l.EOU alguns- p,oe- :m08 na Europa - em Pa- tnas ,.preciaveis de toxn cla- Jllot a Lon~ sobretudo - raimooie r e b e l!d e; Ed:win :místurando-se na luta coti- Markrulm, nativo de OJ'e.gon, diana, obsex,vando a mwtí-- famoso »or um s6. po.ema d ão anonl:ma. ~e:vendo -.rbe. m• wta flhe noe", sem cessar-. illiíPir,adó M famoso quadro - $tl.llet. Edw.tu Arl,tngton Robinson é poeta de- icnS'}>iração rica e ~u!Uva.11!11 . N.àsceu em 1869, eni Head Tine (Malne). Es– tud-on na U'n,iversidade de, E'.arwa.«1. sua fama- se deve, so.bretudo a seu poem,a, ln– titúlaodo "'lbe man aialnst the slrjr", demasiado ex:ten• so para, ser reproduzido agtji. Em pa~lnas escritas po~têr.iGl'• mente; Robi1;1Son, ~perou.- esse yoema, <tue eonsll:leno dema– siado eoµceltuoso, jâ não pu– .taínen te :riiiesla, seitãó ffiltiso,. ':fía. e Isto sem deixar, de :i:e– cenhecer seus altos predica– d'os . Em outros poemas, esSa mesma gra\i'ldade. ~ tom austel'o e mec1uhr, se expres- . sa - creio eu - de maneira :mais de,purada, mals e~en– cial, mais emottva. Assl.m, por e'.Miem'l)!o, a sli1l peça o "'Cr(l((}o". Ov:tro asipeclo inte– :ressan:<te da -poesia deste a~ tor res!de em suas breves, ·can~ões. tlils como "The hou- 11e, ,on tb.e h~l": são. canções, eocn;io um rejuveu.esc1mento, . d a baía da ~opu!lar, e às vezes Rol>!'lbSon aPQt'enta-se com lilau,1 Fçrt. 0u bem, eomo ·o Maetel'lfnel<: da-! a!1.1JCinM~ , ••n•ouize t?>hanso:ns•.•, E ', Â!J'w lln~on ll,o)>inson' :fateeeu em 1935. • • Na s.c ido em Ashe'"1ll:e 41N o:rtlh earolin<1), el1), l900. ".rhomas Wolf!! {; un:i d~ mMs tnteressant~ 11,ove:L!stas êsta– du1nJi!en~es do n'OS90 <reCUllo. No eiitàn:t-o, dev-emos Iamen– trar a P<>UCa- ou·nola-d1- 1u&ão de ~ çbra em :nQIISO a:mbi<>nte. acostumad;o à llO– yeli"tica facn de Lom ~ iieT,-d. bu ·:,Jn(.l'a, à se'bêdorla téontca de .T'ohn Dos~ Para nosso '(osto, '.ItlO,lDIIS Wolre ~ m ui t o ~ e «.ualqu~r do$ dots ncwellstae eeima m"nl'ionados. S,ero ,m,1>-.,1~0, c<nâo nos de-ve lbll1Pnieríder mui-to o ~to de "LQOk :Homeward; Angel•, é Úl:n!I' obra em que , W.old',e a:parec.e(Plenameme, com IN88 vil!IJudes e seus, defeitos, M-– ;prlíneiras e!ltio em sua. am-– p,Ja. otl,gmalidàde, em sua v,ita,lidade, em sua nobre ex,. p~essão de angustia hwna– ná-, na riqueza de seus planoe ., ~ologlcos-. A .c-en:SUll'a ma:ior gµe se pode di11Í,gir a Wol- · -fe: é a extiensã0 e a a.rÂdez de multas d'e suas pai,sagens. Para texmlnar seu ll!vro, é p~ciso que, o lei'tor renuireie a ler si.tnp1esmente l):l>r pra– zer. Deve , haveT uma espe– cfe -de solidarled~de es;>.iri– tllial eom o aut-or. :Mas não é sem ultima mstancta. um de– feito, senão uma carâcteristi– ca prom-ia de muitos escl'i– tores liem s!gnificati-Vos de nosso século. Wollf,e'"'não é, pol1!, - Um amor ~cJ:L, .f. publicação do li.~:ro, em l'l!ferência, teve grande re– :pereusão, e não -foram peque- 11,os os prot:estos. de certos ViZJnhos d11 cidade natal d.e ..Wolif,e, que se julgaram re– tratados -em algumas das pa9-– sag~,ns d,a dita obra. A ma– e,stii:ía de Wblfe. reside. sobre– tudo, ·no seu estilo autobio– pâ,fico. ein que o =ontecer ·,.-elll ae i:nnat\11 ao una.gmã– I'lo, pots nã'.-o era um simples • -atonfqµer". mas -qm admi- 0 mvel, c:ttl.ador. "O:f Ume and tbe l'U'vel"' ê as suas duas Jl.ov:el;is p09bulmas, "The Webb and 11he Rock'' e "'11' ou ca:n •t go howe, .aga!n", são ma!s do q:ue sµficientes para CQlllSa– gorã-lo eomo um autor de pell– ·sonru,t~ade serena. Como mut– to bem d!Bse o critico Almi• 1'9 Bobnes, "A ·cor de· T.ho– .mi!.s W:olfe é clnza~scuro, um ell)za...scuro esmaecldo, dis,– f~do. sob es cores do ar– co-1Tls. A principio sua obra nos dã a hrJ.Pressão de esta?'– mos ou.vindo gritos. :t precl- 90, .porém, descobnr a ·suave mêlodia ~ll SILSSlta-rada, oc1Jilta no ftmdo de e.ada um de seus Uvros". Thomas Wol– te faleceu em í93S. dJe:. genialidooe de Tchaiko- êle admite como 'n~ssá- ·--_.;..____________________ j v~kj ~ muito acima de rias de a9cudsição. De vez ém Mo V1· m,e n t Q, ·L1· tera'r1· o··. Lizt, se atenroarmos para o quando, ao p~r ao es- cciitério & hieiarqu!a a que tooo de um· compositor, ve- ·· se -pr,e.:ndé o sr. Mµril.-0 Men- mos O sr. M\urilo Míentl.es no Bobl:il "Resslll're~ção e Vida" · die Orgulho e Preconceito. de.si A obra i:nitegra•l de Lizt augie &, e-n,tu.siasmo ex~la- Vê 8lll Granford a Jll.eSTTlá · ;(i• não vel,e o '"Manfredoª (Sin- mar: _ Compre~ ~-do, . Ç) esérltor cea,res;we Abdlfas niuire. 0 mesi;no nea.Thsm-o mi.. r~-·) 58 n..~- d ..... [11ma esoreveu o ~ so- xmei06<>, mas dtelie-ádo, a ~ ~ op. ,va-,ça o JJ.O comprem tudo ! Que farã o !:ire "ltessurr~ição e Vi&" ci:e ma arte sutil de apainha-r a l)t)ema Man..~o, de Byron), miei-ame? Ele desefa que se Céc.iil Meirn: • , la.dó humoi:imioo dos te.tos ~ nem tão pouco o "Concêrto compre- tudo que se encon- A atividade in.telecwat die das cria.tuiras e, a bem dizer, pua Violino.., e,m Ré ~aior, trar d-e 1113&9aS, oom chacori- Cécil Melá-a, do Pari, é digna o m,esmo ambienté. Nada, pó– op. 3!r, aanbos ~ Tc'ha1kovs- nes,_pavoo.as e gagliaroas de de noba. :Esta nos dMlldlo um :rem, <fe tra,QOS ·gi-ossos d~ saa,. ky. . Não ~ trata , ~ g~ Wi(lliarm Biir,q. ~ que se liiwo 8lllill~lriien:te e graças a casmq, de tintas !ot'ltes de d~ pes5i018'J;, pois o critério assMn COill(l)re muita coisa de Plll'- ~us . Se'l:1$ tr,10~ ,gão in• malhão, ·nem ceficis:roo, n-ern' sez,j.a _fàüso. 'katao\Se. da_ hie- cell._ r.e-~-"", por aca"'"'· te~ ."Riess;un-eição e ~- Jane Aus6en ~• u.,.,..... = =, ••~d"" é o """' .,, •~-A vo'u de mails . f',!W,v,ez ......... o lado ~ · ~qma dos oompos.ilt~, se- de Co~rin e Ram.eau, e ;;~~ E' ~p~;""'ci"" ~ 9eintim~nto, e,nquànrto Mrs. 0U~ o mesmo Cl"l'1:-ério manda q;uie se tome nota,. mantos, eomo quase tod'os os Gaskelll. se inclina ma,js para' quando col~. ~çh e outros para , compra oportuna. Ciita livros de Ni-etzsche. Apenas a caricatura; e em ambas tµ... entre os mus1cl$tas. de prl- Baeh e m.anda comprar uma C é e i 1 M e ir a e r ê n ,a s .do · é m.uito 1-eve, cóm sep~ ., m:en-a grande.~.• Mi~-wi:.ar ca,deia enorme de eom~osi- fêrças espirirtums, nos Sanitos tJr.açoo dle humano e die senti.;; Li21: com Tchailiovs~y é l1!11 ções. Entra por Hamel e e oonlleooa~ "A:mo as eri.a-tu- do. "T-ezmo a o~ d:e que c®t;rasseneo- e ll)amf,e, :staçao ,...,_·c'· - ouítro n:um' ero gran- 111,S puras é somente tenho iln- o p(tbli<:o bl'!lsil>eiro wi ~- , =~,., ....,. .._ ,,..,.J•a ---~ hom=ns ca~-._,_ O s1·-i',eta,r uma delici'à a convi,. de, ma _ i1l aoot<,, Adha_•. por ,,,,,_ d"' ......ge. ""-ua~ .Jn pas·º·" a:0 •.._ \.lVS> • .,. .,,w-,._ . .. . A -. .,,. ~... " "= ">l ~,uv = s ,._ · n·'"·· v·.x vênici-a intelectual com eSSll· • tro 1a:do, o sr. Mll!l'ilo Mendes estudo· de Moz-art en,tão ,é ~in~~1:~': ci! q~~ velhota, pudica, preCOOJceituo- ' que- trazer Tchadkovsky ~ d:e estarrecer. São tantas as mai1dito". ~ que Niet.1.sclJ.e sá croa<iiezinha ele Granford. Mlendelssolm P8M casa, e obras eitad-as, que isso mais veio pa<ra<r aqúi? Todo o livro - amavel cida-die d-e Gran• ~ Bach e outros, serã :fuz , lemlbrar o sr. Muriil.o de Cécil ,Meira é o camfuho ford onde .regires inaba:1.-a-v.eis a~o que $-e chama abomi- Mendes catando albuns e pari. ~. pa,m as Alturas. e tão aml,gas quanibo as ~ nável saCTilégio. Esquec;en- <fucos em C,atálogos, para · Bµsoa O ~o~ fala da N-aj,u- :,r~id~ d:asn!b~n~d~ , d!w-~ de seu conselho e das ciitá-Jios do que propri,amen- reza e d® àm~. N-em sem• ,.~lh-es a oração, à _c~1dêi.' " eX!p!e~sffe,es "abomi~ável sa- te _com ~ V<J!ll'~ie hon-esta. de ~:t•d,_a.~of.°1: ~': ~ aJ:Jmen,to e as va1da~, cl'ilegio , • l~go 3:d1-ante, na o_rrenitar o ~te. De _1ru- e súa Sombra. Três cQdsas t~ inclusi.vé o amor, ÍJnclusivé ~ mesma eron1c~, diz o sr. M,u- ~º• ma,:n,d;a oompr~~ vmte simples. Assim Deus, o Ho- ~!'te". rlo Mendes qu:e é preciso dISOOS sôbre õs , "Seis Qua:r- mem e seu Pecado". (Pag. i1>. oompmil' as obras dos com- tetos" dedicados a Josef Não. O Pecado é um. misitkrio; posirter,es mgl~ Bird e Haydtt)., declarando que com um extraordinário Jriist.ério. O Pwrce11. Mas, o bJSOilibo ama- tal compra O ama-dõr pode- f·i los,0cfo ~,ex,J1cano J-ames dlor, já àJ:erta com tantas ri,a ffla,r ~rto ,de possuir um H~ey lwb1in~ (A ~~me- contradições, pergunta,rá: - monuanento definitivo da ·çaio da M::'trt~)"pai: Se. é U-D?, abõmináveJ sacri- a;rite mo:r,arteana.· Mas, logo ~iaºJ'eec~eismo e merece– l~gio deix-ar de lado. Ea-ch, adi.amite, esqwece-se de sua dora die cu.idadlosa aniãHse por Be.etb.~~ Mozart e outros afia;m,:t9ã:o e c1ta ouitr31s COJ!l· pa·i\te de tôdos os . oom-ens que ® , pr1meJro plano, ~ trazer po&1.çoes, OO)íl _ elogios tao pensam". em lugar &eles Tchaikovsky grandes, qu-e nao se s<abe se . ,.. e Me~lssobn, que não eµ- são aqueles vime discos os Raquel de Queiroz & Eliza- :rer de Bird e Purcell, que repre;sentantes da arte mo• beth Gask.ell Ra u.el de são inferiores a êstes dois? O 2Jru'teana ou estes outroo ago- A. eoori=tora ~ f.a;i:aooo que mais admira nisso tudo ra :referidos. Basta transcre- = trdle Mira. Gaskell, é 9ue o Sl'. Murilo Mende~, V'eT E:9te pe<;[Uen~ tr~cho.: "Se Granford, pref.aeiaid'O Pó: LU• an.un '8 !0.do- se com os doJS eu tivesse de indicar uma eia- MI.gu- el Pereira. assun se éOJ:n,pOsitores in§leses, e ol- única obra reprooentaiiva, mam,~OÚ sôl?,re esse deli· "'.!Jdando qu-e a sua orienta- eni alto gráu de espúifo, do - ci'OOO livro, j~ cclt!: çao é pam formar uma di-s- coração e da técnica musi- <ilera.do um; veroa.doeJ.r? . ooteO.a dJe 300 dliscos, acaba cal cie Mozart, esta se.Tia o sioo na ~ 1 t~atura llllgl~. por d®:er: - #Comprem, se• Divertimento em mi bemol ~~ d=rC:::a,::s.Gra.:.. nhores amadcl'n, comprem maior, para trio de cordas - ford , um 11eg·time cont.inua– iu_do _qua .'1tcontrareml". ~so X. ~-63. E' um!' pe~a inco~- dora eda t~ição Jdterátia de refeci!Di4o-se às. oom~s1<)oes paravel, do prmcip10 ao fnn, Jtllne A~, 8 n~a tm-üver– ~ Puircell e BW. DJiI'emoa, como beleza ge idéiai; e de,. $8!1meillte ~<ada Mi&. AiusteD / Uin Poeta E O Outro (~ Conclus~o ~- ult. Mªe:-~ afi'l'<lllativa ã pri, met.ra p,er8':lnl!à. - é o sr. Wilson de Ftgue,redit um poeta? . _ Não o s~o - e nisso nao vai nenhuma &Lmlnu!ção, porque a poeskl é uana "natílleza'' e, par◄ tainto, se ·sttua fóra dos noss~ con.céitos de ''status" ..;.. tudo o que se lncl,ue em 'Mec:ântc:a da Azul escapa ao c.rltérlo' d,e juilga,,o mento propriamente poéti-00. A&> sl,m COlll,O as. belias rim.as servia.in anrt!,gamente para e6CO<llder mui• tas vezes a ausência de poesia, o heranetisino, ou a sua 09arên• eia, acabou tendo o me6Mo uso n,a· poesia moderna. l!: o que me pa,rece ocorrer n-0 caso (jo s:r, Wilson de Figueiredo: seu her-o metismo nã-o protege um ~ r.a,men,ti> -poético, nem um pensa– men,to. profundo, e res11lta ~ nas d.e caprlcll.osas comblnaçõee de palavra a que, faltando o po– der. emocional, fa:l:ta · ta-mbem o sentl:do. Afinal, o sr. Trlstlo de .Athay– ,de acàbW com a .r-a.zâo: o sr. Wilsoi:l de l!'l,gue!redo nã-o tespon.. deu ao que sé ~ a um poeta. r •
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