Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
• . ' A RISTOTELES é favorável a uma ira moderada. e qüe se manifeste em mome.nto oportuno: parece-lhe menos má a iniemp~rança na cólera que nos praze:. res: :O~ irrasciveis logo se apaziguam - observa o filósofo -:- e isso vale conto compe.nsação ao seu destempero: ao _pe.sso que os rancorosc;s ... E' de.Monfaigne o conselho de que não Ge deve casti– gar enquanto a cólera nos domine. Que diriamos da juiz possuído de furia e que nesse estado lavrasse uma sentença de morte? Quem tem fome~ serve-se de carne: mas quetn castiga não deve te.r fome nem sêde. E' a cólera uma pai– xão que se c-ompraz em si mesma, e que se lisonjeia, diz– nos o mestre: às vezes uma explicação judicic(;a chega pa• radoxalmente a aguçá-la. Mas "(je) aymercis mieulx pt_o• duire mes passions, que de le.s couver à mes depens: elI'es s'alanguif,:.enf en s'esventant et en s'exprimant: il va-ut mieulx que leur poincte agisse au dencrs, que de la plier contre nous". Finalmente, se a cólera é uma arma, como· pretendia Aristóteles, temos de admitir que essa arma não se deixa manejar por quem a u.sa , mas · antês é que ela o maneja. ' Nosso confe,mporâneo Jacques de Laéretell enfileira no seu ensaio-ficção sôbre a matéria razões intelectuais em favor de uma cólera ordenada. aristotélica: torna depois o protagonista deSGa fici;ão presa de uma crise desmorali.za – dora de ira, mostrando-nos quanto é verdadeira a obser– vação de Monfaigne. Mas o final de sua história depõe ai.n– da en:i prol desse seniimento furioso, em que a .vitima pede 'ver ainda um testemunho, convu!Gionado, mas autêntico, de amor. Não há nesses autores a condenação formal, ríspida, da ·paixão cóléra. Parece que desde oo tempos mais antigcs o · homem oscila entre fa.zer dela um bem ou um mal. Quando o poeta canta.a cóie.ra de Aquiles, é como ,;e nos convidas– ~e a todos a imitá-la. Há palavras ·de reprovação para o odio e a avareza, por exemplo, mas não as há para a cólera. Ela é te_mida e amada. E realmente, seria injusto condená– la ~o~o um mal em si. ~m primeiro lugar, já, ninguém mais 1gnora que ser mentiroso, como ser.·inclinado à caG– tidade,. não llignifica vicio ou vjrtude senão ria medida em quE.1 delibe:r1tdam~nte (oh, numa -à:reà .mental tão estrita) nos dispomos a desenvol:ver essei; aspectos .consuh:;tanciais· de nossa natureza individual. Em · rigor, ninguém pód'! ser degradado ou exaltado porque carrega em si um lu- • .. •• Carlos Drummond de Andrade ... xuri!lso ou um abstêmio, màs :tão somente porque se haja consagrado por inteiro ao serviço dessa personagel!l se– crêtá. Assim também quanto ao homém raivoso, que um dia, talvez com E\Spanto, e certamente com dor, se reco– nheceu como tal. Que o reconhecimento se tenha verifi- . . cado ainda na infancia, eis o que o torna mau; d<1lórcso, e esta será a primeira de uma· série de impressões angus– tiosas que acompannarão por tôda a vida a colérico. A cada acesso de ira corresponde uma fase pungitiva, de ani– quilàmento: êle purgou-se, mas a qµe preço intimo! Não conheço nenhuma criatura dada a explosões de ira e que se gabe de as ter exprimentado: nem mesmo aquelas, menos lucidas, que cónfundem f'al paixão com a corágem, e de.sfa se vangloriam. E' a paixão punitiva por exce• lência. e que deixa o paciente mais exaw.;to e arruinatlo do que o continuo arrebatamento amoroso. ' E depois, há ·a considerar que, de todas as paixões, talvez seja a unica que não constitua fim em si mesma, o que é suficiente para explicar o desg&to posterior de quem a praticou. Necessita de provocação exterior, ma• nifesta-se em proveito de outros inter esses, e embora aca– be por e,squecê-los e ultrapassá-los, liá _de ser sênipre uma paixão ancilar, que não se produz por si mesma. Apro– veitando ou inventando o pretexto ae que necessita, de– f~rmando-o grosseiramente, não é menos sua escrava. Não CONTO .....,~ O ESTRANHO A 'SSOV I O assim o àm10r, que ama a!é mesmo sem obje:to, ou a am• l:iição. que se exe.rce no vácuo, e de resto abrange iodas as demais paixões, no enciclopedismo de seus matizes. · Dai ao a:varento dinheiro ou cortar-lhe os viveres, Ge.rá· a mesma coisa: o gôzo ideal da moeda circula em suas fi• bras, e ele entesoura meptalmente. O dom poético da mentira pede igualmente ser cultivado par um individuo condenado à solidão perpétua, que ele povoará das mais' delicic,:;as abstrações, aliás realidàdes. A cólera não está em· nós, 'mas não temos poder de desenéadeá-la: exige-se para tanto um homem, um aconiecimtnio, uma sensação de frio. um mosquito. E exige-se uma aplicação a esse motivo ~terior. Mesmo quando se é Jeová, ou seja. quan• do desfrutamos o dom da ira arrasadora de cidades, de povos, d.e mundos, a verdad~ira ' 'furia grande e sonoro• sa", que o bardo queria para si. Há, é certo, na cólera, e Lacrete.lle já o analisou em seu mencionado estudo, um momento em que o individuo se sente ,, animado de uma fôrça bela em si, e e.m que se entrega à verti9em do espetáculo. sendo ao mesmo tempo ator espectador. "S.entir-se encolerizado" ccTrooponde. pois, a uma ..divjsão curiosa da per;.onalidad.e, que, excedendo todo limite, tem. a consciência desse extravasamento, em• bora não o possa .deter. Mas a breve alegria da cólex:a, essa eúforia que tem algo do relampago e passa como ele, não é mais que ilusão de domínio: nossa irritação apenas tem em nós o teatro de suas evoluções. Ela permanece um estranho· entre -:as paixões que nos são própria:;, de que nos nu_trjmios e que cólorem, valorizam e orientam a nos– sa vida. Compreenda-se, pois, a benignidade dos motalistas, aniigôs ·e ·mcdernós, ao julgarem um sentimento respon– sável por grandes tristezas do homepi; ou antes, ao jul• garem o homem que se dá a esse sentimento. Não há destruição exteriO:.', produzida por ele, que valha em ru– deza o desmoronamento interior que lhe é consequente. De resto,'o é:olérico. parte frequentemente um vasQ de por• celana e destronca pulses amados:. jamais provoca uma guerra. Estas são concebidas e executadas por home ns de ca.beça frja, .que se dizem suaves ! amig<;_>s da paz. E ne• nhum desvario de homem enfurecido seria capaz de. pro• duzir e.:isa maravilhosa, ihaêreditável, sábia e nanquila . . _.,. ,,., " flôr de laboratório que se chama bomba atom1ca. .. - . ' Luiz-JARDIM -- RI(? - Qul)~do e~ terras cho 11l01e, que reza asl1i.m: "A (Copyright E.S.I., c:om exclwsividade para a FOLHA DO NORTE, sa, há UIID i'l'ltervabo exl?resso cas; vejo também cabelos soi• c;I~ · Minas !Jera 15 ande! . a ,ser.- ..música -tem .-seus. ambientes neste Estado) ·em lingua.gem impressionista, "tos e penugens, creio, em lu- viço de pinturas antigas, ~ própri-os, como têm os qua- à moda dps pintores: gates ·impróprios. A distância que datam do ~éculo. X.II , ti- qr~.. Que .efei,to, do ponto· de durado numa árv-ore? E por Bem-! Dêsse pedaço em ,ai: "Vejo, P?r ·efe.ito da luz va-' dá âs formas dos corp.cis ·cõres nha ,. p~.ra I'eereio ínhmo um vista plástico, pode ter um que músieas solfu, soadas pe- ante, col't)o se à.s notas qui- riável, paf>'totas únicas em ba- que não há. Mas há, não du• ~erninho de notas·. E, à .ll)a- qua<lr.o, mesmo de Goya pen- los _e6paços sem fim?" s~sem disfarça.r q_ualquer coi- nhos amplos. Contemplo an• -· vido, um rosto· veTde; há u(n ~!ra de quem debueha-, nele ------- -- ' _ •--·..-, •---- braéo róseo e aquilo que se JJa descrevendo o que eu ·via e •--- insinua, distante, se por vei:i- o qüe ouvia - sons, vozes de _.., ..-- -- • tura for u,m pescoço, então gente; coisas, caras bonitas a e 1 .,......,,. a , a 1-- . não se terá jamai.s moldado pàisage'ns. ' o , o m o I o I coisa igual! Por qµe m-0rdem a A , f~lhas tantas, a 83,. que é . águ-a? Espancam-se, as mulhe- o meu número ~redHeto, re- _.,, ...._.,,. \ i:es; ou se beija,m ? ·Em todo leio hoje o qtJe 'foi escrito na- · . . . . . caso se rodeiam, vejo - a.fa- go,s, ('lUeles êl.ia.s, Escrito em tràços BELO HORIZONTE -;- A .· . ' Alphonsus de Guirn:araens Filho n:i-em de a~dores revolue1ona- O capim suponho-que taim.bém leves, mal car.regados-,de t-ons, biografia das..idéi~s de 'um. es- r1'os. D~proch9u a-os potJcos, tom.a parte no folguedo e qs (!é som)>ras, d-e ·curvas, coino critor devé ser feita si,multa- !Copyright E.S.I .• ·com exélusl~idade pua· a FOLHA DO NORTE. sem se vi~lenta-r, e a cr-1Se que ,gans0$ nadam,, nadam. Faz.ia quando ·se debueha por si,m- nêa.menté com o rela,to de stla neste Estado) o acometéu., .~ q\l~renta an~. teippo..que e_u n~o. yi~ uma, ples anotações. o primeiro vida. Em geral, nós brasilei- , com a ~ol_esba grave q~e d_!;t· paisagem assim llterar1amen- tredho assim se conduz: r-os permanee~mos no ,:nero pre um fundo de verd1We. ra a,profu,ndar-se em si mes- rou vár1<>s meses, mais nao · te ·tãõ bucólica". ",Que o senl;lor João,, o que detalhe biográTico, que é. mais .,.É trabalho, so):)reanodo exaus- mo, nesse •murido aue muito fêz que sazonar. o qu~ se vfe- · Mais adianíe as notas do i,e-" toca O si·n-0 seja um homem- cômodo, mas em ·nada auxi- tiiv,o êsse de acompanha;r a lhe custou penetriir, de que ra ~edimentando com Ienti- ·quenó;cadernó que sê compor– com set!S e~igmás e segrêdos, lia ª conhecer O escri,tor, Preo- evolução dé um escritor, ver- só extrairia o sumo e a essên- dão e paciência. O erudito que taro hoje c-ómo !IS surpresas é coisa. de que não duvido. Co-s. cupa-.,nos. ª vida, m~as - n~m runia-r-1he os• cpriceitos, ex- eia depois dos seus qua.renta plas.m:ou o seu estilo único e dé um caminho, .mentj:rosas nnecf~·o há bem po_uco têm- sempre abrangemos as reaçoes , trair dé sua obra u,má posi- , anos, quando já· coíneç?,va a ln,i-m:/~ável c;únir\_haI),çl.q do ma- , sui:presas que os ólhos. d6J'l)}~ ""'· Entr.e· nós só li.óuve cinco que suscftôu. Daí fazerem fal- ção, uma. defiriíçâo, vale _di- descer à vertente ·qué ·descre-. n_~1se_i.o dos .9u,.in~ _nHstas, à i~- _-óan,1:lp-ás_ po~ç_o. a_ ,Póuco.,: d~s– "'~ · _,, ta as me-mórias,· éom as ·possi- f·t f' d d d t dad d ;o. ! ""''f a~ôba– dedos de prosa. TV<.1•avia, ao b'l'd ., • f recém . ze,r: • uma 1 'oso 1a • e :v1 a. · veu num os seus •poemas 1m1 · e os n -aneeses·· e 1- mascar.iam e rcci.. 1oeam, ~.., ª~ cabo de in-stantes tão rápidos 1 1 aues, q-ge_ nos O e : , • Para tal, os ac~dentes exter- mafs amargos, o soneto "No -nal.m.ente dos humoristai; in- "estragando tudo; desfa,;iena·o ·o ,eu tinha. nà palma. <Ía mão a · d_e um con-~ecimento mais .!n: nos, embora influam podero- alto". . · · • gles~, _s9.ube_ .s~ll'.l:pr.e· manter q~ estava tê"ito, assim: "() alma do homenzlnho. Como ca- h_mo das leituras, ~as te nd en sarnente no desenvolvimento Sua v1~a, em si _mes~a,, na- adm1r.á:ve1. equil1bí_'10 e~ -t.odas qtJe fói . di.to ant!}s, a.. começ~-r ia, fachada. própria, a sua eu cias ~orno das oger,izas ~e _de- de uma o~rá, nem sempre· bas- da ~ncerra çle e:x:tr_aord1narlo, as fases de s.t~_ v-ida. Só_ per-_ de ' "vejo", era. ·me-nt1r'à. J:?uro descreveria assim, se acaso a .ter;11.inado_.ª':1~or. Em ~ltn;na tam pa.ra j-ustificá-Ja. Devem a nao ser a sua origem. Uma . deu . um _p .o.uc ~ ª·· sert:1?.11-ade efeito· da distância, e -só um pesçievesse: -vária·s cacimbas ~allse, ~ i.d~~~~ é_ q\l,e IIDPO".:· ' ser estudados também na sua v~z conqulli~ado o ·féu _presti: n.o fim. nOlj _a~os_ em. q}1ei se~ ba,Jldo de Patos nadav~. nada– de béxiga bàrba (baróa? 9 tam.. Nao lia v ,aa, Py;:- ~~is . siignificação irut:electuàl. E ha- g10, uma· vez ,estrtl_ll:do aos ?.;;, - a s.ua Car0J1na.., velho . e .sõ:t1• va mansamente pelo rio ·afora. hQm.e;n é' glabro?1; '.pestanas movfei:it~d~. te ê ~sP.;f'iil a~· ver,á, aí canseiras.: demorad!'s aliosi Macha-d.o ~rocu~u _ga- nl\Q (em;J;)ora c.~rcado de._ami- .N~nhunfa mulher:. Nada de de giran, três dentes fr.ohtei-• que O ereça in ~r ~e ! . . ·d . a,nal!ses, . conclµso~s que nao . _r_a,ntir-se • ~a s1tuaçao ,m.>- zades ~~sv;~la(;{;i,s)J confess-ava p~Ji.uge~"-- . . rr,;; ; nia;riz largo e..,ol-hos_ a~r!'•·· ~~?ertad10 pelo _convivio ~ podem ser o frutG de um n;io- âesta mas f1rme, pa.ra q1.1e,.pu- a .Toaquim,• Nabuco numa âe Logo em.seguida novo· reg1s– vés dos quais éertQ mistério id_ei_as, êlf sua ?'rigem, de se · m'ento. ~emelh;:tnte tarefa . im, · desse entregar-se cotiJ. tra~qui- suas oa-~ mais --v~veladoi·ás: tro do assovio teim_oso~ "D.é contempla o , Iil11ndo": . enriq];!ecimento, ·de su~ ex: põ.e, a qi!~m. a enfre~ta, ;!â,ri- ..lida<!~ ~o qu,e . er.a, o,.seu, gran- : "Foi~s-~ a: ih.~lhor: pjirté :de ll)i• voi!~; às séis, qua.ngo os ~~n~ D~p-ois q_ trec-}_lo,. como um . P.:i:essao. ~_xei:npl~ de ~oJr;_ nho, ternu,ra, compree!).st> .. , : de e un1co sonho. Tudo· se en- nha v,da e estou só no mun- capr.1chav-am na . Ave-Marra, c.am1nlio que se bifurca, de- fi~s O ma 15 • p.o_ssive~ ~- mp 1 · Autch.- -qúase ·sempre féliz, caminp.oü .. p.aú- a ceréá-lo de do". · · , · ' .tornei a ouvir · o ~sovio sin.- , · tas: a de · Luc1a Miguel Pe- · · • · d. b' ,._ • ó. · · _ ma•I),fta outr_as parl!$en~. ~- vem . • n· ( neste sentido, vem s~n o o am 1ente.f,a:yor..vel: ,N°l\O s o -- "Introdução ã · Maçhadõ de .gula,r: vinha_ d.a ril;)ance1ra. es- entãó a descrição do r.10 das r.eira !obre G~nçal~,es ias e nesso Ma-c);iado de. Assis. Seus · longo per1odo do Segundo-Ipt~ Assis'(~ eis um· livro· ·qúe reál- .querda do r1-0. ressoa-va longe-. VeJJ1~.s' rorida_ndo m:inso _a. cell.-_ ine~m.o a s~br.e Macha.d_~ de . biógr,afos ~m.' sab1do..~or~ecer , pério :como .o_ c'asa-niento com .mente se, ·.deve: ·ler ·ántis · ae ,ch~~áva-se ~ai~. wr.a pe:rto~ ~Tll?/I'ra' $_,abâ<r.aeuçu, •·•ha a,:riJ. ~lS), a de E~a. <11;, Qu,e1r<:z. . a _qutm1 <15 le uma v1sao _se• , Car~lina; a vida s~:r~na,.,c.on1- _pepc~rr,er: ,a.,,e.?-tens.~. _obra-ma- _ecoo.va nas~quebradas _dtl~ ,~tr..· so~.a ~.a:µ11haSJlll;8 pa&ta!)ll nos o.home111 ,e _o ~•rti_st~. ,,<le__1,oao. .r,ena 1 ,:real !s.ta, de um es!:i:itor ,, parhda...~I\tre a J1urperae:1a..:. , e ch.ad1f.1tia. ~~ 1 que a- eJ_a-Jremos !ª!l- e r.~!<?i:tl~;va PQr , !1;..m, ~au"' esterqpiluuos, ~ , . u-1n P,?mbo ~aspar S1moes. ou a11:1da., Re• q~e peve na arte a sua ver- ? _ar!e: ~pesa.r, das .pr~ter1ç_oes _sem ~ ;';~llum, :'p_a:rt!,I)r}~", . sem do~. e ~~te\ i.e~~r~o ~ma. q\le ~oa e a u~ a,sso_vio s1.~gu- tlat? de, ~ça de Que1roz ; de da_de_1.ra n_atur~za. Que. esc~e- , 1nE!:~~1:fíve1s e c;l.a . ~oepça 1m- ne~lJ.~a ' !aISá conceit~açâo ·111us1ea Já:, tocàd~; ~ú.e a:1abo.1f lar· c;iue t~àd,ut em s_1lvos finos . Jose Maria Belo. . ve~ mesmo q:i.e, ~.e, t?<3as _as_ p_laeavel,__ ~el_!lPre lh~ era_~~~- P.re -c_(?ncebI<;lf!,,'i;p1tes~CQ1P J!rr>a · de ,valsa_ e e_ssa? . . u:ma ,~Ilia va_lsa v_1~pen~e. ·A _Nos~ô t-en_i,po exige o ro- ' coisas, a ~r~e é ·a u!11ca .que : s~ve].~run: da~ ~l~grias dom_e~- s~i:r1-1;>àt!a _d~,_ , 9.ue g.~orreí'fi', !1 . Ora,, _essãs ;iotas, ra)?.1~a.s E! propósito do assovio -fiz no_ maneseo acima de tudo, E' tem . o seu fim em s1 mesma. t1cas, que máp; . Ihe 12-graqa• , e:ompí:-eensao: F.arre:to Filho. - 1·mprec1Sas como .as ,npr_ada~ cad~iruho qe; notas 'Uma -~x- pelo men!is o. que se ·'c-0nc1ui , Aindà ,ágora, Barre-to Filho . -v~tn, ·.de,sdehhando das ·públi-. 'pôs.:n-0o3 ~afimte d-06' ·oToos 'a fi- , de. q't(ém passeia, eõn.\i_i;iuatà;~ clamação: "Eu ·conheço o dl~- da geperalidade ·.a1:is 0 .l~itores: . ~os . d~ u.~1 ensaio excelente: , C!1S, que- !i"bp-rrecia mas mere- , g~? _ dêsse' }tóm~ -ext~ortl)• d~f ·em. _diái:l{e ~-;ser tr~ç;i.d:i,s , bo d~~a valsa!'.' .. Na'.rram as d1- · P.e;ra esses, deve1!1os cu1da'r ije . IQ!.r ~au.ça "o_ a. M:eh~d.? ~-e c1_a . .e gue, talvez ~m. .gmaru:les na11-o-;qu_e ell'; 8;bsol~~o ·n~o' !oi . _CQlll 1.e:~r~,lj ..tr!:,mul;i,~. ~ - ".ezes ,' tas.·n.<;1~ qu~ eµ ,( 1 quei~c_9.m .~- · descreyer um.a vida ~-penas ,1.10 Assis , ed.;1~a.? da A-g1r . EIS d1f1culdades, 5: qu1sess~. I)ode- , ~ : ~P~~<:<1. ,qJe · P,~~ t~! SJ.do qu~s~ 1leg1:?e1s,_ ,co,~~- s~ 1:u . déJl'Iônip do ass.pv ~o .AOJ; ,ou,v1• . 9u_e _te)!I de ~xteri"o_r ~ ~~- _e?• que o sol!ta~1_0 de Co.s~e Ve- . ria a!ca11.ç.ar._. . • ·. . . . ~s. vgi~s .µm l)eSS!nl~~!-·' q1as -~fmO as fave~~~~~r~t? :-co_m · dos e mé aJorrr,.eutei , dem,or~-- 111u!!1; ~e · f~r co1rttp-i qéma1s, , lho surge .em sua .!1.ran~eza ~ . B.ar.r.et? f1l~o l)rO-c~ra ~a- ,. q.µe , na, . v~!iª;;t~e •àmou como -m~~--~u ~ ~ri:e1r~s. E dizem ,·. d~m~nt~ pgr ~bp' gescot.r1r ~ntã:o. rop-iance~os. Po~co d~ hom_em_ q1;1e, consciente ?e . ,c)1a~o en,i spas_próprias COJ,1· v Íl!5)¼C~ . a ~1qa e,. ':m)jor-a. • de~ elas, · Ja .?1.a pag1nq: 4-2 - pÇ>f• que•espéêi-e qe :val~a t:ra ~que- . 1m·porta a ver11c~d,a~e: rQm~!l· ·· s~ su~er1or1dade e ,da; .m.!6· f1ss9~, ~sm~UJa•lhi:. oo . pensa- . ; .~tlU.~d{) ..d~'. h,P.ihens, soul:ie -que.}Yltµ~~s. descrev~m aral;)~:5l la. Continuei p i'.sanâo a~• pe- ce_emos, _o necessàTro ·é _que o. sao_ qu~ lhe era destinada, m~ntoo, Jl;Js41fJ:,Ca-.lhe os !l,~tos ~ çç>_n~p_!:~á! se~P,~e o_ zêlo, a . c~ ' e c,9ntornos . b,a~r~~ dq!!. dras ·roliças -da ciçlá.de, . ou-trora leitor ~ao se enfade; nao po- mais ~a~ fez que abandonar baixos em qu.e ando~.ª~ aos corl~.tji~e~a, a com·ov1da apll• -P~~-~ui:~ -:- que l!l~ a.~rqUJf •·cascalhos ' de zonas auríferas, e nha o hv!'o de lado, desgostoso . a amb1çao comum por uma quarenta anos,-fase i-nic1al de caçao a sua obra ·na qual, da' 1rma daquele ci\ad,o J o~o 0 asso:vío tambétn continuou, e estomagado. Havera algum ambjçã,o mais alta, renuncian- suas <>1:?ras-prima_s, com as ,pela ·mã·o segura e' firine dês- e ,i-nda.guei-lhe à qúeiTpa rou– renitente, remoendo .a valsa. exagêro . nisso, __ma.s r-e~orde- do às_ hon·r~rias e ,às. conde• "Memérias Póstuma_s de Brás, te seu a1c1aiís~; _o encónira mos , ~ - - · ·. · - . . , ·, Segue-se outi;o trecho? o tre- mos que· na-car1caitura ha sem- coraçoes vazias de sentido. Pa- Cubas . Machado nao era hQ•. vi; ro e h1.in;l'ano: • · !!IIIF:': C°.~ttnuo' na· 2.ª 1!ª9•) ._ ... _ _____ Rto· ~ A~m-se as 1u"zes ·o p· .·AL' .H A.-,.. O' D o ·'oe ·, DE.NT E-~hrí st Y não ·é ·~~1aªSlb~?1?.~ .• · 1 ••.:e· L · • é, ::, .. · no· , , sim apenas um p y oy • ~·• n;i.__ p a..,ia. .ev~--se O pa • , , • .• . · · palhaço, o . único .. aliás que Vm grupo ~e camponeses.~- , . ·, · apareceu ne~ Í:el!-Uda;d~ ·cin- ~~do,. canta~o. dança.nd .?, e .- , _ ., . • · zenta do "mundo oc1dental" no meio um ·pal h aço, g~icu: Play.boy: flf the W este rn __ Ott M · '-· CARPEAUX · dar umas bofetadas ao f_llho. i~andês, transformaiu'ío'-Ó"por 1 ª nd0 •· fanfarrl~º d l revfuta world", dom·inando 06 .reper- O aria A opinião J?Ública começa a duas horas em t~eatr~ du~a rece repr~I!. · çao · e tõ · 1 • · Jad · · · ' vacilar· quem -'-o ·matou o · farsa insolente · Nao há· t rage- musicada num teatrinho su- raos ang o-saxonicos ao o (Cop.yrl!Jht E .S.I., c:om exclusivtd~ para a FOLHA. DO NORTE, • . :. _ • , ·· •- dmi • d. . ape~as comédia· 05 1, b A:te . - isto é O Ab- das peças • de Shakespeare, • neste Estado) pai, nao mereçe a i;:açao. aa, e sun · • •. • ur ano. nçao, bl. · foi, mais uma vez, um dos · Para salvar a situação Chris• camponeses, aliviados, com~- bey 1:heatre em Dn 1n, o · t d• t I beber alegr.emeAII~ T,e_atrp "Nacional da ,It~anda, grandes :êxitos da temporada _ criança na. Irlanda resulta por te,r. feito afinàl a lguma ; Y.. a our:,, ._surra , enorme_ao r lam og:~ªá1 vr finai~ .pro:- • fi,tndàdo num país em .que ~s!~:i.:eorkex!:an!:!1~ 194 iô· uma leitura difícil. Eis o en- co~a, não pode resist~r _à ten- !:irr!:.iii;.~e~~d::ta~:- 1 : · riÚ~~~as Je:ee!; a iludida · e nunca. hou!e ~tr~. pelos.~- a.DO $ dep,ois da "premi'ér.e": rêdo da pe~: . taça.o de contar o crame, en- ~ reâção, dos camponesés é dife- desiludida, e é um final JP.f• _ f_or.ço_s .h.el 'oicos de estuC,an""?s, il d Christy, fdho de m_n cam- !eitandQ-o com porme.nores r nte· toma t·do eontra lancólico: "Perdi ·o· Mtimo pa• op_e~r1os e .»~tas; aqu~Ja far- ~:r~mv:rã~ ;e:'~. jo~~u~~l~. e ponês na regi~o ~•s. rude da mventaa~s. Lo~go depois se 0 ~ as~ino X:úir~"'ii: chania.r . à lhaço dêste m:undO ocidental'·'· sa rustica e. a obra-pru;ia de Pode, mas não é fácil. Syn- Irlanda, sujeito t1m1~0 ~s assusta a reaç!'-6. !1~ outros• . polícià e ~inguém se ·revela -Depo~s. cai o JJ~no. ~ ' wn dos ma1ores d-rama ,ui:gos ge. assim COIIM)_ todos (IS es• violento, dá. por m.ot1vos fu- Mas esta reaçao e surpreen- 1 h til d bel p· • "Qu'est-ce que eela pro~– do nosso tempo: ~ohn MiUmg- critores irlan.deses, até os mais teis uma surra ião forte ao dente;. em vez .de aborrecer o ma s ~- t o :ue ~ ~ e. ve?", perguntou o matemãti- 1on S~nge. . , • · · próprio ]Xl,i que o velho cai p3:i,rlc3da, revel.am grande ~- geen. ~s Y ic.<!- . eses ra. co de is cíe ..ter assistido ~ Adrxano _Tilgber, º· crxt1co e anglófobos, escreveu em in- sem dar sinal de vida. Logo miraçao: que rapaz valentão, do. Mas. a1. apare.ce nov~m!'n re es:ta • o de uma tragédia propagandtSta d~ . Pirandell?, ,!1fe·aY. :01Y3;: ~eiit~eft.c~o e!~ Obristy foge para ,escapar às matar um homem muito mais te o · P!l-1: i!'l!"ndes aute~taco, .di~cine:í.f• «¾'.d~ o ·:sentido, colocou SYDfe. acima- de Pi• consequências policiais da sua forte e :i.té o. próprio pai! Çfe- aguenta ,vari~ surras sem · ne;sta farsa fa.ntâstica,' tãQ re– ran?-ello. Wtlham Ar_cher, o pregado "quase exclus1vamen- fa anha ébegando à taverna recem-lhe logo ' bom emprego, . morrer. 'Voce a.JX1,_rece pa~~ . t d 'tõdas as.. realidadi!s critico e p1:opagand!5ta de te o v.oea.l>ulário dos noss(l:S ·deçuma•aldeia longínqua onde' e Pegeen, a filha, do tavenre~- ser matad!' pela ter~ira_'ve~? .: mda.·º :oss! vida? Então, ·a gente Shaw, colocou-o acnna de camp:0neses; ê' ~is algum~s 1lin uém O conhec~ A gente, ,:,o, a1J:ll,bcona-se loucamente grita Christy; Dlll;S· º velho so • . Shaw. Yeats, o gi,ande..:iioe_ta, palávras que ouv i qua nd o cti- cuJosa per gunta O que bá de pelo moço. Aí aparece O v eUio, que: salvat da furia do povo = t!~UE :::i: i::-, D!;h~ j:::-~:,~tePa!e :::: .:f~ t°ti. JlOVOi e o rapaz, já orgulh060 que Dão morreu ,naila, W°a O filho, lei·and~-o nara casaj e..-:_ C~ntinuo no 2:;a plíg,) .,..
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