Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

.A ' 'Solução' ' Portinari ,. ·Por MICHEL FLORISEONE (de Art Présent) • (Copyright dó Serviço Francês de Informa- ção). PMIS - maio Com dramatieament.e a iniséria anais curiosidade do que dos emJgrantes d:o Estado do nunca, - espera-se. es1'e a.no Ceará. Pelo sofrimento, en– o Saláo d·e Outono. Não contra os sentimentõs :huma- tallto pel<;> conjuntó de Boo.- n<JS e suas oon1posições se nard· ou· p elo retrospecto de orilena-m pela potência trã.- Maillo'1, . ambos , digtllOS de gica, · antes de ·obediecer às gr&nde interêsse, mas em leis da harmonia interna. A virtude de nossa,. pressa em palavra de ordem " tableau s.:.ber si os frutos já. tinham d'abord" que rege, d.esde a ;emadurecido; pelo Contacto definição de Maurice »~nis, pl'ilnll,'Verll entre a velha ar- a inspiração &- O tr.abalho~dos te ocidental reapa;.recida e a artistas, é por ele modificada. jovem pintura au<l,,a;oiosa e e se transforma nesse velho incerta. ·•iria naséer nova ra- grito "humanité d'.abord", ça desse amplexo tão espe- mas não significa:nem um re– rad,o n~ últimos sete tomo a · qualquer cousa, nem anos ? Proérearia uina raça um abandono das conquistas de gigantes ou, ao contrário, empreenditlas heroicamente turvar-se-ia ainda .mais, nesses três quart06 de sécu– a,eentuando confusão que iria los e ainda não concluidas. afirmar nossa impotencia ? A arte de Portina.ri a.vança, · Bem sabíamos, no entanto, portanto, como a da. escola que em três meses, a, arte de Paris; não é estagnação, não tem tempo de se reno- mas restabelece a proeminên- va,r e que os espíritos neces- eia da sensibilidade altruis- sitam de algum pra.zo para tica no lugar dessa ·tortura.n– conceber. Mas tan,as inquie- te e contínua introspecç-ão ta.ções se manifestavá.m na egoista. O tema não é mais {líntura cofuo preteJst-o e unia a alma ou a inteligeneia do excitação original se mani- cr.ia -dor, · é o cora.ção dos ou- festá.ra , que os tempos pa- tros. O quadro não é mais receriam poder -estar prõxi- a confissão ambiciosa de si mos. Doutra parte, cada q ual próprio e se d_irige a todos se t iooa tão vi.ó<henta-mente os homens. , empenha-dó que se p,oo:eria O esotérico cede lugar ao temer que· o enco.ntro não social. fosse um choque, uma. n ega- Esse exemplo_ vindo de tiva, uma rejeição. De.ssa além-atlântico poderia . ter conferência r eunida nas duais • sido oportunidade d,e uma margens do !Sena, resµ ltaria liberláção. uma: guei:ra ou uma aliança? Nas salas mais novas do E a colina do Luxemburgo sàlão de Outono, esse dese j o onde a pintura atual se ins- s_e lia com. insistência que ei;a tàlá.ra iria transformar-se ·em por ntes angustiosa. Alguns fortaleza, ou simplesmente chegavam mesn10 a ' confes- em retiro, onde não somente sli;-la com uma espécie de a fé se confirma, mas onde franqueza desesperad,a. Siio se a,prende a conciliação en- sem dúvida aqueles que-sem- tre àS forças . impulsiona-das pre m{lstraram preocunação da vida e a· humildade . eni em não romper ãefinit.iva- relação às altas leis da civi- mente as pontes com a base lização ancestral ? real. mas reconhecem a ne- 0 problema se agravãra ai- cessidade de se apoia-r de guris dias z.ntes da abertura moclo mais precis.o e nã.o do Sa1ão. Um acontceimén- mais constranger a uma nti- to se verificára, que não po- lizaçáo estritamente ·aJusiya dia ter qualq11.cr influência e a um p apel de trampolim. nos" reS11lt ados dos concilia... Quando Fo.rgeron escolhe dores; mas que to!"llava: mais _bretã,~ e mai:inh ·e.ir~ s, !Jila,n– aguda _.a espeetat1va. ~ra, o ,, do Pigno.n c'ólhe um tema en– aparecimento, êm· Pans, do tre os emendadores de redes, pintor br'asileíró Porti.nari; quando André Marchan re- q ue ofere~ uma soluçã-0 es.- pr·esenta <i. mar com r etlexós tranha, .ª esse proble!D'.'- do do céu na á.,gua, fazem uma modi~rn1smo e do classicismo. declara-cão ao ~ovo e tentam De asc.endência ita,Iiana ·e faze;r sair a arte de seu Jabo- conhecendo, por viagem fei- ratório onde se refugiára. tà. há alguns anos a estética Pôr- ·enquanto. queremos 11ioassista, realiza. a junção apenas retêr esf{l, .d•eclaração; entre as duas escolas, nu.ma não aearre,tará il. e nhuma llellov~ão de humanid~~• t.ratção. Mas é sistetri;ifioo sô- descoberta nos povos prim1- bre o estado instável de uma tivos dos trapi,cos ª!lleri?- aí-te em plena cl'ise que ~ nes. O que Gaug111n fora sente num impasse de· que busca,r, primeiro na .Breta- l'ieverà. sair em breve quan– nha, depois na Mártinica e do tiver terminado · o in:ven- principalmen,te em '.):'ahit.i, o tá.rio- de suas novas n-ossibi- q:ue os ''Fauves"· tinbam· que- Iidides técnicas e esniritua.is. rido extrair da arte .negra, o Ainda não concluiu a vol- que ainda se -pede a-os ins- · ta _pelo _ seu ,quarto. mas des- tintivos e aos ingênuos, mes- cobriu a necessidade d,e abrir m.o _até< a-o sub-consciente, uma janela. De.i,,.emos que Ponina,ti o •impo-rta nas suàs ele escolha o muro. em que a · t,elas que expõem Jirica e tenciona· abrir. ' ~~ RIO - Enfi'e os fatores pes- s:oai~ qu€ contribuem -a de– be!J,-min-ar o estilo, dá-se recen– temente im'portância à ida– de. Está claro que . a evolu– tão estillstica <lo a,rtista per– corre fases diferentes: dos irr)pulsoo jU:venis, átrayés ·do qualidade comum dia~ obras da amadureeinientoi até/a sere- e côros da Missa SoJlennis, pa– nidadé, . iis véus amarga., ciá rei::e zombar: d{ls po~i,bilida– velhlce• .Mas úã-0 é -bem'· isso des·. da -voz hum.ina; o cha– que se pr-eile111die afirmar. o m•ado busto de Brutó de Mi– historiador Brinckmann cha- chelange1o, ,é com<> uma cabe– mou à a:tenç_ão para o fato de ça nionstruo&a .que não =· que _ as obras da velhice .de se,gue sair da pedra in!or}lle, al"tisrtas nitlito dife.rentes sê Os velhos mestres repudia,m distinguem por certas qilali- · o realtsmo.- As ,linha,i;;-mestras dades comuns, bem típicas: · da- realidade são substituídas daquilo a que Wi,thman, êle p<>r esquemas abstratos: • ser.ia · m~mo - um dos "grandes ho- exemplo extrem.o dêsse esque. mens velho.s", chamou "the. ,ma,ti,smo quas.e -matemátic'O a gran:d~'w: ánd exquisiteness of, A arte aa ·· Fuga -de Bach. Dou– old age'!. - tro '1;i<lo, as· f-ormas sólidas da O ''estilo da velhice" tem .rea.lidade se Iiquefa.zem e.orno suas raizes psicológicas na so- se tu.d.o fôsse imers.o e_m cre– lidá9 d-0 artista que _sobr,eviveu púseulos incertos: , assim nos aoi; oompii,nheiros en;contran- quadros noturnos da extrema do-se sozinho numa n.ova épo- velhice de Tisiano, n o Cristo, ca que êle despreza e que,. por coroado de espil)hos, do Museu •Y• sua vez:• não o .compreende; de Munique, 110,?Martiri~ dé s. Ma~. o v·elBo. já ,não liga, muito , Lourenço nã igreja dos 3esui– a ser co,mpreendido. A ·. r~~r- , tas em Veneza.r Aqueles ·•pin– cu,ssão já não o preocupa. Fala - t-ores que já antes · reve-la,ram eo>mo se fôsse $Ó -para si mes- tendência para ·c e.scureeimen– mo; o resultc1qo é a obscuri- to, chega.m ·na _velhice a re– dáde; o hermetisme de. obras su!tados · assustadores: -de um COD)O a S'-?'gun_da par-t-e do Faús- fundo todo pr-eto nos ' f1ta,m, tQ, na qual qoethe tramalha-va quase coino .caretas de ud1;l es– -~f a,os 80 anos de idc1de. Dls- pectro, ós últimos auto--retra– . sel'am que Goethe não obeéle- t~ - de Rembrandt. A noi,te ceu, · nesta sua últim'a ob,r;a. às . pe~ua:,. em quaol!'oo asi:iim !eis da técni'éa dramátú1,gica,. serve .bém ào intuito dos a•r– M'as o di!&pre2;0 .•d~ t~niec1 é ti,s,tas velhos: eiinii,nar as ~éon– Velhice. Beethoven, nos sôlos tin,gênci.i.s, de0cair siu,b:s,is<tir só 1 Album De Retrçrtos - Marques .R.EBÊLO - (Copy,right E.S.I. com exclusividade para a FOLHA DO NORTE, neste Estado) DE MURILO MENDES HELMAR FEITOSA RIO - Helmar Feitosa é lien:i um homem. Nada lhe ~ • • 1 ALÇO O QUE RARAS VÉZES A FORMA REVELA. o : QUE, SEM E:VID:tNCIA, VIVE. O QUE A VIOLETA SONHA, O QUE O CRISTAL CONTÉM . . NA SUA PRIMEIRA INF,ANCIA. VEBMEER DE DELFT E A MANHà NO OOPO; TEMPO DE DECIFRAR O MAPA, ~ DE ABRIR AS CORTINAS ONDE O ~L FRIO NASCE, DE LER UMA CARTA PERTURBAD.ORA ~UE VEIO PÊLA GALERA DA CHINA: ATÉ QUE A LIÇÃO DO E!RkVO ATRAVÉS DOS ~EUS CRISTAIS RESTITUI i\ INOCÊNCIA. DES:ÉJO' _AO SOPRO DA TRANSFIGUR.(I.ÇÃO NOWRNA .DlSTINGO OS FANTASMAS DE H·Ol\1ENS EM BUSCA DA LIBERDADE PERDIDA: .QUISERA P'OSSUIR CEM MILH-õES DE BOCAS QUISERA POSSUIR CEM MILHÕES DE BRAÇOS PARA GRITAR POR TODOS ELES E DE REPENTE DETER A RODA DESCOMUNAL 9UE TRITURA CORPOS E ALMAS . COM DIREiTO AO ORVALHO DA MANHÃ, À PRESENÇA DO Al\iIOR, AO CANTICO DOS PASSAROS, A ESTAS SINGELAS FLORES, A ESTE PÃ.0. , ., MURI' LO MENINO EU' QUERO MONTAR O VENTO EM PtLO - . . . O VENTO. ESSE CAVl1.LO PODEROSO QUE VIA,iA 9UANDO ENTENDE, N.OITE E DIA. .QUERO OUVIR A FLAUTA 'SEM FIM- DO ISIDORO DA [FLA.UTA, QUERO QUÊ O ~RETO VELHO ISIDORO . . , . D:fl: UM CONCERTO COM MINH.AS PRIMAS AO PIANO Là NO SALÃO AZUL DA BARONESA . . . . mais agradável que iludir-se a sí mesm'o, Tem uma apre~ ciável 'roda de admiradores. Penteia-sé com aprimorado• zêl() p~ra ~conder a c~v~ _precoce, que -o deprime. Olhos leve• mente estrábicos. · ÂNTENOR Baixo, ret'acado, o!nos uge1ramenroe .mongoucos, ae caoe– . los lisos e castanhos, barba irrep'l:~.nsív.elmente escáx.ihoa<;l~ An.tenor tem a bôca de corte profu-ndo e sensual, sempre ' pre- . ' disposto a um sorriso mais ou menos irônico. Se t~m trinta e cinco anos, podem lhe ser dadoj !;tinta. Mãos úmjdas. Voz· úmid'a, Limpo e be,m chei.rooo. Gtav.i-tas de dlil\Tidoso bom• gôsto. .. FRANCISCO AMARO - • Sua pre,sença para mim é com.o uma :floresta remansosa., uma imensa floresta adormécida pelo canto dos pássaros, em– balada por perfumes humildes e casitos. Ao seu lado si•nto que estau numa sombra. . SEU VALENÇA . Seu Valença -é quem sabe· levar a vida. Prim_eiro o resto, depois o tra.balho. CLEBBR DA ',VEIGA • Cle,ber da Veiga atorm~tou-me tôda uma viagem de bonde, vaidoso e estú,pido. Tudo nele é artificial, menos· os dentes. Os dentes · são na,turais - de ca:valo. Tem a pinta do deputado. GARCIA Garcia não tem brilho na conversa; mas em tudo que diz há tanta humildade e tanta sinceridade que me pren'qo a êle horas e hqras, palestrando, com o gôsto meio sád1c.o de admirar y~rtudes que não tenho. O que to,rna ·insup.ÓÍ -távei a vaidade alheia é que ela sempre_fer€ a nossa. SIMON E' companheiro de bonde. Um d;ia eu pago. O_µtro dia êle paga. Tem nariz bicudo, muito cheio de cravos, à palavrâ um tanto confusa. Veio da Bessarábia, duma pequena ald·eia de Bessarábia, tem dez anos âe Bllasil, é muito viajado. E me conta episódios e impressões das suas viagens. Num nau– frágio, ao sul da Grécià, perdeu tudo que tiajla. Na Turquia. passou fome. Nã0 sei se em Budapes-t-e ou Buca.reste uma se- nhora lour.a, .•. Coot a-me também aborrecimentos e alegrias de s.eus atuais negóéiõs e coisas íntim'as da sua vida . Não m:e custa co ,nt.ar pol;' meu turno algumas é•oisa~ dá minha. Hã dois anos que é assim; há dois anos qUe êle me chama de Oscar. QUERO CONHECER A MÃE-DAGUA QUE NO .FUND•O DO RIO P-ENTEIA OS CABELOS , E eu não me chamo Oscar. COM UM PENTE DE SETE CôRES. . NABOR MONTALVÃO SALVE SALVE MINHA RAINHA - ·--.._. -- Alte, magro comcr'um- galo õ.e' õri.ga ,- ó'lm\1' .fatal, çabelefa;,a gr isalha e romântica, Nabor Montalvão é á figura mais des– ta,cada de ·campina Pequena. Sempl'e de calça,,ir,isada e crav.o na· lapela, sempre "'çompanhado da sua bengala de castão de mc1rfiJ:ll, osfenta o únic.o chapéu panámá legitimei' do · n1unicí,– pio. Nãe diz "meus para-bens", diz "meus parachoqueS<''. Não faz nada. Nu,nea fez nada. Sua ocupaç'ão é se.r o que é _:_ o intelectual, o ·re~ado, o grande senhor. Debate-~e na oposi– _ç.ão, publica vers_ós a:rdentes 1\Q j_9rnal2.inho sem.a:nal e con– fessa, como um leão ferido, "qúe tem o 'fraco das damas". In– felizmente, como é- fácil verifi-car, quas·e não" hâ damas na deca·dente cidade.2.i<nha. ó GLEl\iIENTE õ PIEDOSA ó DOCE VIRGEM l\iIARIA COMO PODE UMA RAINHA SER TAMBÉM ADVOGADA? -O SONO DÇ>'tlME. • DOR1>IE O TEMPO 'EM QUE NÃO PODIAS DORMIR. DORl\IB· NÃO Só TU, . . PRÉPARA-TE PARA DORMIR TEU CORPO É TEU AMOR [CONTIGO. DORME O QUE NÃO FOSTE E O QUE Nií.O SERÁS. DORl\im O INC.ltNDIO DOS ATOS ESQUECIDOS, A QUALIDADE, A DISTANCIA E O RUMO DO PENSA- ARISTóTÉLES Aristót~les era alto como um p_oste, menos elegante que poste. O bi.gode não calhava bem no rosto de rugas tão ' ndas. Dava-lhe um ·ar de fanto-che, d•esagrad~vel, gi'otesco. , [M.ENTO. O PASSARO VOLTA-SE, ·Era dentista, vh1vo, · gostav'a de n:i_áx~mas, qu~ modifi'cava à AS .,4RVORES TROCAM OS BRAÇOS, OS CASTELOS P .ARAM DE ANDAR. , . peu mo<lo: "Muito J:>em se canta na Sé, quatro sentadps e lquarenta e qua1fro de pé", "A bom entendedor, duzentas pa– l avras· bastam". Casou-se ontem p,ela segunda vez, ou melhor. legalizou :a sua situação com à filha !fe · seu Pimenta, que an- DORME. QUE PE~ NÃO PQDER ME VER - PURO - DORMINDO. . . . . '~ - ,_, ' ... · tes 'fôra o desa,b.alado amor do a, gen.te da. estação. JeW1es nous tu-e, A van,t le teml)S, Par le royaume et nous con– [duit, au lac qui Cerre de la nuit". O "royawne de la nuit" Oito Maria CARPEAUX pr-eensível ,d~ poeva. Agora já lançou a ' sua. sombra _já bem não há duvidas quanto aos- céd-ó nas salas festi\T'àmente po~tos es-senciaâ-s: Coriolan-us, iluminadas de Mozart: anun– The Winter!s T.ale. The Tem- ciarido-se pêlos acôrdes meiá– pest são obras da velhice. licos que acompanhâm, em (Copyright E. S. I.,. com excl usiv1dade' para· a FOLHA DO NORTE, _Aí surge porém uma obje- Don Giovanni, o convidado ta<> bem .sé~ia: co,mo se pode de pedra, convidad9 do outro fa,lar d~ "es4ilo da velhice" a mundo; depois ~á. ai .também e o melancólico Atioso do prop{>sito de Shakespeare ? O uma gran<le . fuga, a do movi~ - neste Es-tado). · •. aqu-Ilo que é ~cial.· Assim se revela -o sentido intimo da– quela solidão: o homem está acima das coi,sas d'o:m-u:ian– ):lo-as .sober,ana.m-en'.te .e até, às vezes, arbi-t!'ariàmente, privan– dô-as da ma.teriali'dade física ~piritualizando-as. A músicà dos últimos quartetos de Be– et,hovên é abwluta-mente ima– terial, com-o ha,rmoriias incom– pree~íveis de um ouibro inun– do. Não me ocorre que-m já com. paroú a velhi,ce a .um\ h-omem q,we fica sõzi-nho_ na ,mesa de banquete, murchandp-s,e as flôrés, q-paga-nd·o-sé ·ás iuzes. A escuridão que irr-Ompe· não a-ss-ijsta os meS'tres .velho.s, pin– tore$ , cegos e músic-6s surdos. Ná ·noite parecem· resumir, C'On)-0 em visões luminosas, as expe,riências da vida passada; más transcendend~. Assim; na sonata pa,ra o cta>y.o em lá menor (op. 110) de Beethove-n -.i.l)!l ,re.ce ,em~ · o ~'IWO' M-Odec– ra,to do primeiro· movimento .tereeir.o · movimeinto uma ale- dramaturgo não p ertence ao · - ,gre melodia vienense que os grWPO dos macróbios, do.s Mi- .ment-o final da _Sinfonia Jupi– com,enrt:adores chega.r-am a ch-el~ng.elo•Tíziano e Goethe: ter,_ que leva diretamente. ao.,s i<l'enti:1icar, reminiscêl'lcia de inotireu com 52 an-06 dé -idáde. C0 : 0 s , fu~ados do Requien:i, -uma -dança em· voga quantlo A oõjeção est-ende-se logo ao deixooo _inacabado I>elo .~~– _Beethoven tinha 20 anoo de caso d'e Beethové-n que chegou tre morto com .. 35 anos de idl\_· -idade; depois dessa reoorda- aos · 57 · ·anos, · tamPouco· idade··-9~-,,~Jl!:!'b.e;t:t § 6 tem _~~ - , re~ r:- -ça·o me1·0 é)marga· "-a fuga r1·. muitó av-a,n.rada ,-,,.nt"·d~ ·ru··n- tam-ll:íe dols ~nos de v~da - .ªf:' , . ....... • . . . . " .· ~ ~ v, . compor. os "l1eds" do ci;,clo v1- ·gorosamente esquematica par- g;1ém d~sco_nhecera a . t~n-s1• gein de. inverno, harmonias' es~ -te. ãás teclas do cravo, ~- çao ao. estilo ~a yelh1ce . no tra-nhas aos ouvidos dos oon-, -n,unhando-se, para espaços m- . hermetismo. qu~ R1lke empre- ternpo'râneos. . , _ oomens~r~vJis., .. _ ~ . g?u_pela pr-i.meira vez ruis Ele- ; 0 cáso d:e .Hoeld€rlin é, es~– . , ~ eef-m1çao do ~til9 da ve- g.1as tle Duino, ,a~tes de mor.rer ,. cjâ~: fisicáme..i:lte, ultra,piss'ar_á -lhice set::V.e de m~ek~ SUil"- ~e repenf~, C?-m 51 anos_ ~ a icasa dos seténta; mâs ainda p~een4ent~. ~n:1:º cr1té_r-10 em id_ade. O . esfal? d~ _velhice nã-0 · tem' 32 anós· · compl~ h1Stónas l~terar1as. M~1tas p,e- !1ªº q;I?C~~e , por~anto da quando O submerge oútra n03;:.. ças ~e Shakes~re n~o foram rda~ . t::ivil , do num~l:> . ~e te ·a da Iouéura, imedia.ta ~en– publl<;ad,as senao d'ét)ôJS da sua anos v1v1dos. ~o contrario: · as te' án.tês cóin4)ôs, aqueles _g,rán– ~orite, de mod<;> que .a , cronolo- vezes êsse ~llo, B,pa,rece em_ des hinos. Patinós, Ren 9, Is– ~ia das obr~s fica duvu:l,os~. As · poe-ta-s. novoo 1 nias - a ~esco- tro. Os Ti.1ãs os prii:ne;ircj_ m•terpretaçoes .shak,espearianas. berta e para rda•r ,i.!Jm " fr1ss.on " · ' •. • ., ' •dô século passado, rui.é as Ínáis· :- só naqueles ·qlllC ' morreram exe~p1os da poesia herme~ica penetra.IJ !res como 45, de Cole- m,oç~. : ~a lit~r~tu',~a moderna.. ~?n:b ridge, ~va,ni viciada,s pel~ O a,ss_u \'tto: a mort-e dos poe- • h~r,met1~a po~e~e. defnHr a confiusão .entre as ~as da mo- tas joven~. lemoram uns ver- última p1ntu1,a ~~ Vap G-ô~h, cidaõ:e; da fase madura e da sos de Ron~ard·: os ventos apoc11l1ti,cos ~eudm– vielhi<:e ;nã,o· -se verifieanà10 "Pui:sque· 'la iriort · ql.li nous do os ca·mpos ma;cluros. -He-r- wna evol~ção ooer-e:oite C' com- . tén,terre (C-ontinúa na 6." pá,g.) .

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