Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

1 D6nílnro, lS ae abril ae 1947 FOLHA DO NO.RZ NOITE DE LUAR RETêRNO AS FONTES DA POESIA ((i)onti:nuação da últ. pág.) inocentes, _ e culpados, e en- , (Oonçfusão da última página:) sempi;e t~nsas e faz dos. sen- -------------- quanto nao. lnterrogava todo (je Miciqe,let. E se o p1·ogressó tidos, paradoxalme.nte, uma llá mais de três meses não mundo, não apurava as coisas, - poqe ser representado por {unç&o subjetiva. O que e~pli- saia à rua. Andava apenas pe• não quería soltar ninguem. uma e!lpiral, segundo os pen~ ca· e · é e,<p1icado, ao mesmo lo velho e pequerío parque, Uma óu outra pesso.i canse- sadores-mais credenciados. ca- tempo, pelas m~lãnoolieas evo• nos fundos da casa, quando guia sair quando tinha prote- Cantiga da J?ass.agem sôbre o mesqÍo cações do · amor que encontra• não chovia. H:avia lido todos ção muito .f.orte e estava com- p onto é sempre feita em gráu mos em seus ver.so.s, notada- os livros que tinha, e estava pletamelite . ino.cente. Alberto O fumo enibala mais a·cima e nanca iu"'tél.- mente nessa ,admii:ável "Ode' ' cansada de ler. já fôra preso antes, era um me-ta.física prática. pos t'amente inicial, confirmando a tradi• - Isso aquí é pioz: do que elemento "marca.do " ... A uni- para o filósofo. • E:i tre os poet as que no ção poética de que o. a1nor é estar presa. A's vezes tenho ca esperança estava numa mu- Desperta, desperta B,r-as il ·parecem eonfirmar as semp:r,e triste. vontade c;ie sair, tomar um dança que diziam que ia ha- , a fumaça a,marela. , consider.ações que aí ficam, E' ainda um sinal da ado- ônibus, andar por ai. ir a u:m ver no Ministério. Mas esta- 0 os rostos cliineses conta-se em lugar -de desta• lescencia poetieamenté mais banho de mar... vam sempre diz~ndo essas coi- saindo do barro que o sr. Lêdo Ivo, que a.caba que em. qualquer outro sen- Ar.tiscára-se, certa vez, a ir sas e ninguem saia do gavêr- de publica, o seu segundo tido antes um · estádo que u1n a a um cinema do bairro, e q_ua- no. Dava a impressão de que do Tse-Kiang. lh1ro .ODE E ELEGIA (Rio. idade, o pred'orriínio ,do amol' se morrera de me.do . Na volta, ia ser assim eternamente... Visto o roupão de flôres. 1945) . ·q que a sua poesia. em nêste pequeno livro, como um h0<mem a seguiu. Teve a - Que coisa! mandarim. budista primeiro lugar nos revela é fonte de insp-fr.ação e como a ti- cert,eza de que ia ser presa. Voltou a ,falar de Alberto, no quarto sossega,do o gr.ande pod·er de emoção Q..Ue tude sentimental. O que tor• Quando estava perto, de ··casa, contou detalhes de sua pri- sôbre livros franceses o autor é capaz de dinamizar. na a ''Qde" uma das mais eX:- 0 hotnem, mal encará.do, aper- são. Ela havia escapado por Diz amôr. amôr Em09ã1t gue se transmite ao traordiná'r.ias peças poelict.s teu o passo e a deteve, tocan- milagre. Mas estava. ali, sozi- bêbedo, 0 corpo geoinétrfco leitor. natuFalmente. Que não com que conta a lit.er ,at'ura oo- lhe O braço com a mão. Pa- nha, · sem poder sair de ca- é só 'é! emoção· do P,oeta, corno brasileira e 4ue eu sinto 11ão como ·múmia, balança • t d.,. · 1 rou, trêmula, e logo saiu cor- sa ... Começou quase a lan1en• acon ece quase sempre. . O po er citar integra 1nente. rendo e entrou em casa; jo- tar-se e, subitamente, pareceu embrulhadas nas tii·as de fumo. sinal material de qu.e n◊s· en- Tecnicamente, áinda, a poe- gou-se na can1a chorando, em de novo tranquila. Os cabe- Espera a solução sem O mundo. contramos diante da Poesia é sia d.o ST. Ledo 'Ivo bem re- um desa.bafo nervoso. O hó- los despenteados e . o macacão ·Fragmento n. o 3 l;lSsa repercussão pstcológica, presenta, um retôrno às :(on- n1a·m lhe havia feito uma pro- lhe da:vam um ar ao mesmo ou, tnais exatamente, senti- tes. Não é inadvertidan1,ent'e posta,, amorosa... tempo gracioso e cordhil de Ainda ninguem despertei mental, que nos provocéj. Ao que a coleção se iníÍ!;ula Odi, Coutava essas coisas senta- rapazola. De.via t er uns trinta ainda comigo ninguém teve la<le da capaéid·acte .emocio- e elc~ia, indicando o pro.cesso da na ca1na. um l;)OUCo exci ta- anos. Agora sua_ voz parecia a impressão inicial de vida. nal; o sr. Lêd.o I:vo possúe poétieo que o autor c~m o da e estava engraçada assim, ter cinquenta: Todos acordados me olham com·o poucos em nossa litera• IT!ais completo sucesso emp;e- melida no macacão do rnari- - A situação é esta: se não interrogam e procuram em mim tura contemporânea a faculdà- gou em vários poemas e prin• "o. com uma regu· a na mão, fosse por causa do AJbe.rto eú • de de reunir estranhamente cipa:lmente . nessa admirável .. o inatingivel de cada coisa. r · coiltand-0 o seu susto. Rimos, pode.ria ter fugido para o Sul. . as suas pa avras, despertan- con1posi.ção antes cjtádél.. E' mas logo ela s·e pôs a andar Mas perdi a oportt1nidade. Mais Elegia para mim mesmo <lo efeitos novos, revelando claro que ·o poeta não se dei- rio quá.r to para um l~do. e oü- tar de na. hora de al ugar es- belezas desconhecidas, eni:-i• xou pre11de.r ol:ir-i:,,at.o.riamen• "" Perdido na escuridão d <;> tro. ba~ndo com a regua na te qua,rto, estive quase me re- quecen · o a capacidade de ex- te a uma única técnica. Mu1- coxa. solvendo outra vez a fugir. a luz é uma esperança. Fi nd0 u· Pr~ssão da língua. Um poeta, tp ao contrár.io: uma .da~ suas - Que é que você a.cha que Mas queda esperar· Alberto... Daqui ouço Mozart a,migo enfim. r.1q1.:r-;,as mais cara,ate;·Is'.i11aS deve faz;er? Está visto que não posso ficar p enetrando docemente no circulo P ~icologicãmente, é um dos é a f,icilidade com. que ·St mo- Acendi u1n cigarro. Fazí.a esperando a vida in teira. O se- de que terra?' onde me acho. nossos "poetas noturnos": .virnr•t,ta pelos caminhos ·rlo calor. Na parede havia um nhor acha qu.e ha possibilida- Não ressuscito nem caminho pela música Qu~ro;a notie, não a que t>,~ssa vérso, surpreendendo o lei- quadro sem intéresse, de um de... este son1 vem tarde niuito séculos mas a que fica sempre. tor com às m,ais ínesper.adas •p intor amigo d·o casal. Ela Era engraçado q,ue me cha- àgora que estou p erdido O s,eu vfsível ''com plexo ·aa combinações (rio que h á, t al• P ensava em procura,r alguem masse de . "senhor" quando co- d ndoles,cê.ncia'·', que próvoea as: vez, um nnu.co · de. virtuosis .• , ., os olhos gastos pelo mun o t ' f • · · ,.- que fosse amigo do govêrno. meçara me tratando d,e v:o- c9n, 'lnuas .re erenclll,S a.o mis- mo) e com os arl'.ôjos da mais Talv.ez o aoutor Antunes con- cê". Ma:s logo. na frase seguin- as mãos sem força, não apertaram outras terio do nu: "deshLtdo oceanó" elevadá qualida.,e poét ica. Tu .• - ... • ,t ' .. u, seguisse... te, com uma pequena h esita- senao .poucas vez,es. , . ,.co:i;,o I\U", e~1'PO desnuocf', do i sso, "cela va sens dire", _ Também está pcreso.. ção na voz voltou a me cha- O universo não ressuscitara com•go. coisa s.empre nua", "verso nú'-'. evi tando O v.ocabulário preci- - O dr. Antunes~ Não é mar de ''você". Nem a.o menos posso lembrar "nu j:lez de ot1tror a", "prostjtu- so e os recursos. po,éticos pri- possivel! Levantei-me e procurei com os risos que brotam na h1z tas pol:n·es... "· quase nuas", etc. TQários. E1n matéri a de voca• Vi que estava mal informa- a vista um cinzeiro para pôr os longos ca.belo,rsoJt 06 de meninas envolve-o rio encantamento é bulár io, sente-se no sr. Ledo da dó que acontecia, e lhe dei o cigarro. Não havja. Abri uma enchendo as ruas claras nas etno!;Ões de ' 'quem des.co - Ivo a p,re'ocupaçã·o de us.ar as várías nótícias. Nenh. t1ma era ban,da da janela . pa ra joga- bre ad·miráveis · mundos ·no- pal avras mais co•n"ns e ma•s ~ clar06 também distantes olhos negros à. · " - ' alegre. .Sentou-se novamente. lo no jardim. vos, e quem, portanto, como simples, numa p_usca de es- p d · · l e não há memória, fôrça para lembrar u~ l ·t·:m t , na ca,ma, batendo com a re- - osso e1xar a Jane a a- ,,, ·eg1 1 o :poe a no ,urno, 1 pontaneidade que. &e em geral gua no joelho. F icamos em si- berta? Está qu.ente.. . l\'lozart amigo enche O ar te1n· .as cordas d·a eni:.oc:1(.o revela o pot éncial póé.th ;o de lenciõ. Achei que <l~ ia des- Sentada na cama, ela ficou agora q ue estou perdido· • · vel, a "':1,núanid. ade que êle d·es- ~ada expressá~, por vezei n·ão pedir-me, n1ás ela' me deteve: em silencio. Resolvi i r -,me em- Benedito Nunes crev.e ~seme'h/êl-Se a umo co.- escapa a c~rta~ quéâas na ba- - Espere, quero saoer de bora, e fiquei pensa·ndo se de- . · . ~, 11,ilidade, de ijUe é exem'l_)lO u:ma coisa.. . , via lhe dar dez mil reis que A :EAN ;unidade de reclu_sos. Cad;l sêr o poema, ''Descoberta ·do fne- . Perguntou-me pelos Ama- ti.nha n-0 bolso. Eu voltaria de A ARTE .LITER RIA DE J . 1>. 3 ,a sei vizinho um misterío- :1'áve1". · ral, se éta verdade que a mu- bonde. Tirei a nota do bolso. -- ~ 80 ·e~tral)geiro, esci:avlzado a En1 compensagão, há versos ,Jhet tinha se suicidado. Era Ela aceitou secamente, e me ~ PAUL SARTRE - súas preo<o.ipàções, su~s crenças belíssimos na g,rande '!Elegia" boa-to ou, pelo menos, pa.recía. deu um aperto de mão t a.pJdo~ (Continuação da 1.ª pág.) cheiro contra o Incenso, Ràr ln•~- e s~us ,hábi tos. q~e carreg~ ~té a (pág. 19)~ como ês.s:e, Havia quem dissesse que o Sua voz era tranquila, 1:1uase O cóstun1e. A longa aprend iza• vezes chegavam os autores tão ~ 5\e O pesado fa.rdo de sua so- A solidxo só existe guand~ casal estava no Paraguai; ou- fria: · gem da sabedoria _ c;ue não longe no detalhe r ealista. Rabe- hdao. ~ssit pen_samen t(/,,dá a per:..__ tudo nos ·Clserea tros dizian1 que ele estava pre- - Obrigad·a ; Se tiver a.lgu- passa de uma consagração · arbi- !ais foi um grande púd ico co,:n- sonag_ens 1·á-ís>rt~cnte 'lmnral$ e como na explêndiâa •':Ele- so no Norte do Paraná, em ma novidade estes dias~ a,pa- trá.ria de certos costumes _ aca- parado a Sartre. Con trariamente um too,ue e!1l~máhco e meiancó- .jtia didatíca",. 1:ôda ela uma L-oní:!r:ina. . . reça, outra vé,z. Meu nomé ba recobd ndo l)OSso sê:- coJli aos caracteres lógicos que pré• lico. Pp.; .o~t~a parte, era fatal unida'Cle resplaiid.e 0 en.te de be,. Surgiram outros nom.es . Eu aqui é Maria de Souza. uma capa de verniz; ma. debai- dominam na litera tura clãssica que 1Jn:_a hterat11ra d~ lnsth:i fo J.eza poética e da tristeza dó qua.se njib podia dar infor-. - Sei. Tem ·t elefone! xo dessa másCõra jncessante- e que podémos g_eduzir~pelÕ ra• engendv:e.s;e . prptagon,stas t~• amor sempre triste. nl·a,,oe-s so'bre ,.,1·nm1em· , e mui- - N. a-o. A"', ;~m mo1nent o! · 1 t · atos gra tu itos •ão mlvets Se neffll:1.1 ~ - o~a1 nem s - d t - · d " ,, .,.. • •• " mente ~ecomposta _ar.-astamos e oc n10, os • • ~ · · . ''.'n '" • . · e . eu es acass.e a1n ·a a tos eu não conhecia nem de Pode pô.r uma carta no co,r- t<>~rentes de incoerências ou de necessários co,no imprev isíveis. razao alguma .sUJelta _ao bomem "Eleg.ia fan.tástica" _e O "Can• nome nem de vista. Voltamos reio para mim? lncon"'·uêccias. Valéry escrevia : são de imposslvel Invenção; faz- qtíe se sa_be hvre. ~ao é posiii• . te da imaginári'<'! jan~la aber- a falar de. Alberto. Ela havia Tirou uma car!ca da gaveta °" t· t t lá 1 d vel prever suas a"oes fu tU:l'as t ,, - · d' t" l •·o espirita_nos assopra sem ver- se mis er, por an o, cop · os a . ~ . · · a , que sao m 1seu 1ve men- ,,er. ct' 't-~o o nerv·os1·smo.·, falava pôs no envel.ope e com=ou ,a t s t dá O t •s da O outro se~pre póde re•"'rvar t t t lt d ~ "' -,- go,nha •:im milhão ae tolices por na ureza. ar re m s r " . " : • . ~., . · e ou ros pon os a os a m o- ~f!o~. a em se·u tom hab1'tual, escrever o. ender=. o. Junto à d t i ss g"nero· nos «1rpt 0 sas d·esaa•ad"ve' s· pó d - · t" d ~- ~,.. cada idéia bela que nos abando• gran e maes r a ne ,. ~ • . · · , . ;- . , . ~•. . " _, •· · , erna expressao p.oe rca o Uln Po,,.,.,.. seco, um poucó dis- J. anela lá fol'a eu via as gran- " - --1 t d •si·adamen de destnnr sem Justiflca,.ao uma B ·1 t - · d t ~~v na" . U;na das metas NUe se pro- roas ..,-u .. , p n or em~ · ., , · .·~ . ras1 . er1a mene10na o O• "'~nte. Falava do 1narido e de des arvores gordas, b eijadas ' · conduta. 'de amizade ou de cola d r1~ 1 ""' pus.e= os e:d steAclalistas- êõn• te brilhante para nos convencer · .• .· · · . . - os os poema's ,.,.es•e- .peque.no ~i n1e•·ma como se estivesse pelo luar en quanto ouvia o d ' ti d 1 t • bora~ao "ara substi tui la por 1· · 1. é t · n:f ,._.d u ., 1 siste pl·ecisament.e etn reservar da mo es a e suas n ençoes · . ~ : ..- . - , · i,vi•o. 1s,o , eFla c-0 e., 1 o ao e x<>núna,n<io um pro,ble1na ranger da pena no pape • · 1 f tó f p 1 uma at,tude de ódio As pe rsona L d. I - .,. para esses milhões de tolices in- como s1mp es o gra o. e o · .' · . • · · • sr. e o vo a · cons~g.raçao a·lhe1·0., com frieza e lógica, Comentei ao acaso: t lf\ gens de sartr- d~o mê"o M·as ê · t· b • timas dos ho,nens, para os ml- contrá-rio, decan a . pur <'a rea• . . . '. ~ . " u · que raras 'V . ze~ os. po.e, as o :;. Tinha na gave1a wn velho - ,:Bonito luar. .. !hões de atos reprovados ou ln- grupa como todos os escrifores. nã n1aior1a ·do.s cas.os , os ho- têm: a de ver.em consid,eraàos Guia Levi, ·e consultou pre"OS Ela acabára de escrever o I b roens tendem a fugir de su 1· · 1t· · • t d · " , d confessados, o luga r legitima- Mas à medida que se co o~a so · . . ' , a 1· no ma1.s a Q grau o o.s os de passagens e horários. Cer- en~ereço e respondeu, dan o men~e devido a to d os os essa lei comum do oficio, não se be:dade e. à preferir gu iãrºse. de poemas d,,. um. liv.ro ... O segi.1n- ta.n1ente deveria tom.ar o trem um olhar rápiao .à janela. • acordo com uma escal• d a·Jo d d " · d n"' E mi 1 i O n á r i os . Ess~s exibi- j usilli::a que a1guém ponha em . . º · e v • Q os menci,ona . os.. p<Nê•se em alguma estação do Estad-0 - ,. é - dores de instintos deviam fatal• dúvida essa total gratuidade com res que :il'l,dublfuvelmente é arbL considerar oomô a '!!arte poé.ti - do Rio, se r esolvesse il' pa~ F·oi um " " tao seco que me t a · t t é , d Led 1 t d d 1 · dit men·te despi ezar os z:odelos e que pretende impregnar a con- r na. tnas que. no en .,an o, eá ' o sr. . ·· 0. V'Ç>, enq_uan G 0 Norte. arrepen i . o que · 1av1a o, • ·ih gu . 1 · , _ Vai? cotno se tivesse dito alguma chamar ,as coisas e os átos lisa e duta de seus heróis ? As perso- um enlpecJ , 0 · pa.ra ª se rança o .P.r1me ·ro repr esenta um es• 1 _ Isso é que estou. pensan- coisa i i 1 conyeniente. Depo is de simP.Íes1nente por se(1. nome, por nagcns sartrianas são Instinti vas, do próximo. 9li "fr.ouxos" que· fôr.Ço. n ão intéirarnen.te bem • . f h 1 1 • sett ~ome claro. Dedicar-se ,. os- não há dúvida, mas instinUvas tem,•,em sua .liberdade. e _os "por- SU~f.él.ido., da. c. àptação. do gu._e .do. Em Alagoas posso ficar na ec ar o enve ope, e a veio .. "' (t - d ·· h · t d · t d · 1 · d eu tel'\taça'o da vida subterrânea de acô, do com a preferência ar• cos que a negam ais sao as e- a Poesia posi;a 'ter· · d·e ma)S :fazenda da min a tia , per o e para Jun o a Jane a, on e fi · - d ó · s t · · d · " "" Ali - h • · t p elhor la' equ,·va1· 1 a a optar pela crt1eza tistica do autor. n,çoes O pr pi•,o ar re ev1.- Jn1írteríal, e l)'J àis _es,ga;rçacto S. ,,.1.guel. nao av:er1a ne- es ava. ara ver m d t t - 1 t 111 • · ,,. · V lt f • b • t l d d · c·on· !ra' a al usa·o. pela ~bcenlda- Como a.. comunicação entre os . en emen e Jªº ma s tanqu • r1as bruma<; do Ián,,..st ico, qlte ·. nhum perigo, mas... o ou ora a ert o ou ro .a o a Ja- v d , 3 - • '"Í · • 1 1 1 é de contra O pudor, pelo rnáu homens é, para Sartre, !mpossl• za ores; , que sao ppev..., vc1s: nomeia a e egia. · a pergunta.t se não haveria ne a, e a ua apa.rec u , re- lvTas com!.' "os gesto& do cu·Ito Esi,:>ero que ó sr. Ledo Ivo mes1no nénhum jei to de' fazer d'onda, branca entre as copas Lançou-se na cama. escon- moral". são apenas f iguras i:le mantenha- 'pa,ra o f'u.thro a ~- algu.ma coisa pela li):>ertaçã-0 · 'tlas arvoi·es., Foi apenas ur:n quase um ano, desde que Al- deu a cabeça n as mã.9,5 e co- dança sngeja1n·ente instáveis- em C::~l~ncic1 da posição· g;ue as11u- àe AlbelJ.·to. Talvez aquele ex- instante. }!)la ·fechou O$ do!s be}l~o~i J;.es;:.~meoto. d iante meçou a chorar. Os soluços comparaçã·d -com o clima dos miu em nossa literatur.;t com deputado, amigo dos Amaral. laâos da Janela CO•m bru tah- instintos. Sartr.e não ta. r.da em a public,a-ção de Odíi e el en-iá,. pu.dé?se.. _ . dade : _ . . . de mim, pálida, os lábios trê- agi tavam seu cor po mag ro e d t ã d t 1 1 ma S . ~ - t ,. " u Balancei a cabeça. A po.Ji- - Nao faça isso I Estup1do ! niulos; eu não sabia o q ue nervoso soh o macacão azul, • esn,ascai:-ar. ª r s ~ a u , • .e 1s~o aeon ecer, se_:v.., o se N- ê - dizer. Rio. ·1942 (R~iraduz.ido do n.ista , ,, fanâtico que odeia s.in - nome uma d;i,s grandes ver- eia :i;ião est1,1va :;oltanóo ni.n- : ªº " - q_ug etl nag p~sso C~l'.f\ • · --- • •· ceratne:1te a seus semelharitf,S, tént,és dá 1'o!lsi'a Brasif,.,ira. gnem. Pr~nélera,gente de mais, 1sso? Qu,, es.tov <;o'.ZJ.flba .-ã - Vá-se en)bora ! espanhol) . . ___ _::...__ - RIO - O frio é de matar. Veio um vento terrive_l_pe ______ n_a_l_h_a_c_o_m_p_l_e_t_o____ e_n_v_o_l_v_e_n_d_o ___s_e_m_a-is_.11_;-~ ~;;-;;et;,- ·a culta platéi;;i a a,:;,siS t ir no !iia segµint!!' ª "Cabana do la gar.ga •nta do Sã.o Francisc-0, o term·õmetro deséeu a tx:,ê&, dá uma .gargalhada sarcái,tica e grita-lhe nas bochechas: ·pai Tomás", assombroso e como-&.enté drama noi't'ê-an 1 efi;. ,. . • · ·· · , • cal}o e TI.?- q.ual estreará o notávef 'Pinto Leite. . e conta-me o professo.r Lindenbein. qu,e an<-1ou çaindo gea- "Seras minha, en.fi ;m.,!". O Pl:ldor da donze,la ,se exalta: 0 Ctrco-'reatro Totó me arrasta como um vlc;:io. Não da no sitio tjo Buriquí. Mas a noite está tão clar a cqmo se· "Nune.a, nune,a,. Prefiro morrer a ser tua, miserável".,Rom- teip f'er~, não tem O trucu .. lento .capitão Brand~o cdm 0 houv.E:sse luar e tão bela e ·tão funda como se an,dá~emos pe"Fet ro, com isto não se conforma e . cóloca a a·mada a pão peito cober to de medalhas, que enfrentava 0 leopardo as- na pr1roavera. e águ·a numa masmorra, porque a hospedaria tem uma . d O ':'isconde da Ribeira Azul é um mulato de sobreca- gruta e uma masmorra, até que ela se resolva ;, ser sua sassino e três doynador es · sob O nervosismo da multi dão \.saca. Sua filha é loura e gorda, chapéu de paumas. Qu:an- esposá, E . tudo iria d·e mal à pior se Totó não entí·asse em dos meus dez anos - "Chega<! Ch~ga!" ~ão tem ª he1'.a do êle entra na.esta•lagem para pernoitar, pois a sua earru• cena. Totó 'é o cocheiro fidelíssimo do visconde da Ribei- G«bí que foi O meu prime.iro sonbo Jeminino de be leza, agem n ·ão pôde passar adiante erri vh:tude dum jeq,u'itibá ó .esplêiltlid?, branca, louris$ima; lou,risslma Gabí ! nuvem que tomb.ou sôbre a .estrada, corre um ar de tra· géd.ia p,elo ...._ ......••••••••••••••••••••'"'•••••••••"' •• de c_arn,e v<>ando· no trapézio azul, boca ·de so~ho su~pen-: ã de.ndo nos dentes o co1upanheiro: pelos cabel os, estrêla de p icacfeiro. Todos ,'.>S presentes est· 0 informados de que a o e I R e o ES.T.A.,. lantejoulas, visão etérea] N.ão teni elefalilte, .nem, ru.S!. idos queda do jequiíibá foi uma cila-da e que so.b o avent&l d 1 · · • branco do hospeg:~ 1.ro es.oondem-se armas sinü,tras: do fe- e eoes a'tras dc1 lona, ·r:ern indí1s que en,go1é)'n fo~o, ro.z bandido Rompe-Ferro, que deseja possuir a filha do 11em .g r egos cam peões mundiais de luta r omana, nem pàn- V;iscondel e que tá tevedopo!tunf,dE· a 1 de d': gr~tahr abafad!5- N .O P A S S A D Q h1~~~;c:6-~á~~~ó 1:!º ~!iis éep;:~~i~. °T:'r!uait~:J!~~t~ sinto ~ os aeus ,.ot pes eseJos: ª s_era mm a!" O vis- Tem o negro dos sete instrumentos teca,ndo· o ''Lambeth conde da Ribeira Azul, apesar de nobre, ii um vastíssimo • 00 •••••••••••• •••••••••.. 0 •••· wa~" para duas girls gordas sap.atear,em_. Tem 'QS dois .cretino. Cruza a perna, cofia os bigodes e o cav anhaque, Marques REBÊLO - me :tn d t 6 • , · d i ·• , 'b · d · rememora as .boncl-a<les da falecida visc.on, · dessa, fala r1 0 s .· n .,os do ,rap,...cto, que cortem epot~ ª ai·qui ap,ca. :à 4 {Copyright E. S. I., com exclusividade para a FO_LHA P~ra ven er. os seus retrato~; tem a .mu1ber de pret'o que Eeus domínios e das suas posses, a.fa ,g.a a fil:ha unica e não DO ?rO:RTE. neste Estado} .nao f.az nada e q'qe corre também pelos presentes ven..- se -ape.rcebe do petigo. Tamanha be st idade só podia acabar -ra- Azul. Nai:iz vermelho, cabelo cor de fog~. cal~as fr·ouxas, dendo horóscopos. ·Tem o mirífico viséonde dà R;ibê:~l'a ,.como ac~~~.is. t o é, na ~ha do tremendo R?mpe-~erro, sapa~ão de três pa'ln1os, :'~z fanhosa, ei-Io ,no meio do pi- Azúl que, de casll10a, no ato variado eom o qual se injcia í.<J.U$, aUX1liaç-0 pela quadrilha, que tem no me 1 o um Jàpo- cade1ro. O que era tra-gedia passou repentina?P,ente a ser o eSt>etáculo, aparece em' passes de prestidigitaç,ão s , te• ~ !lês que antes trabalhou no trapézio, apunhala o ilustre fa_rsa. A mu,l_tidão de lá.grimas pouc= ou muitas cai' no lepatia Pede silêncio ao réspe· t~vel br _.., d. • viajante, enquanto "' formosa filha. f-oi fazer uma rapi'da _, · • · · 1 "' · pµ, 1.co P=a· po er .. r1so farto. Nao se contentou mais com o papel ãe espec- formar a corrente e fazer com que a oompa .nhe ira de .olhos ttoaletE:: A sua volta é trágica e. sem éh,apéu. Há assistentes fádo.ra e passou a atuar na peça com apa,rtes que Totó re~- vendados adivinhe todós os objet-0s que lh,e, foran,i apre• .fltie na-0 respiram. Elà debruça-se sôbre o cadaver pater- J>?nde prontamente. (? crime é castigado como é de jus- sentados na platéia. Dá un,. passo de va1'ai e e~plica: ; 1>;o:. "Meu ~ál, m_eu Pa.il Morto!" - e, cheia de UJ,l),a jus- t1!;.a, Rompe-Ferro cai morto pela bala de futuro marido "QtJalque~ objeto'!" e en:Ull).era"Os: "Documén,,to, ú:ri:treraàj t ~ssima'_ ind~gna~ao! atira-se contra Rom~e-:F,err-0; "iAss:as• da filha do v1~o::1de,. 00 bandidos se regeneram. oolb ,pa- vegetais!". - · ·-, · · - · llµl9, na.Q t,íçaras ~IDP.Wl'ti"• Mas a~mpe-Ferro é 'µm ca- lavra ge honra, deJ>OlS Rom;JJ.e•ferro ress:gscita e convtda Mirífico vi~h:gel n •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0