Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

-- ; ~ ~ ; - ~ : = - ~tlf ffl lll Jltlll lll lll lfl l\l lll lll lll lll lll ll l lll lll ll l llllll llllll lll lll lll Ul lll Hl ,f - ~ ~ ! A posição ae Joaqubn Na. buco em face da igreja Ca– tólica está explicada, em li– nhas gera is, nestas palavrás ~ Minha Formação: "Quan– d•o entrei para a Academia, Levava a n1ínha (é católica virgem; sen1pre me recordo do espanto, do dei.-prezo, da comoção com que ouvi pela p ri.me1ra vez tratar a Vír– g em Maria em tom liberti• no: eLn póuco tempo, porém, não me 1·estava daquela ilna• g.em senão o pó dourado da r.audade... ~o catolicismo :;ó víote tantos anos mais tarde me será dado voltar por largos circuítos de que ainda um dia, se Deus me de r vida, tentarei reconstruir 1> largo rot,eiro. Basta-me dize-e, por enquanto, que a g rande influencia literária q ue experimentei na vida, a embri aguez de es·plrito mais p.,erfeita que se podia dar, ~ lo narcoLico de um estilo de timbre sem igual em ne• nhuma literatura, o meu coup de foudre intelectu;tl, f oi a lnfluen<:ia de Renan". Poden1os lembrar que este caso de Nabuco é represen. ~tivo do estado de espirita d o seu tempo. Excepcional, p orem, foi o desfecho. Edu– ca1·~se até a mocidade den– t ro do catolicismo, pet·dei: a t é na Academ'ia ou na vida p ública iss:, constituiu uma regra lnva riavel e qua– se monotona no Br11sil do Segundo Re(nado. Ainda ho• ;je esta oscilação se torna evidenle por toda pa1·te. :Muito ruenos. no ent-ànlo, do quf! outrora. O seculo XIX - p~as suas idéias univer– salmente vitor iosas, e no oa:so do Brasil pela nossa organizaçã.o politica de ca• r ater galicano - tendia a colocar a Igreja num plano secundário. A-quela lu ta de tantos seculos que estadistas e 1>0líticos vinham sust.en – tando conti:<1 a fôrça tempo– ral -do Pa.pa!'lo aca bara por e.l.ingit a f-0rça espi,ritual da Ig.rej a. Ela era v1sta no sé– culo Xll com desdem ou in– dl!e r ença. Sofria ainda mais r eveses naqueles países que a. t inham olicializado, no~ pai• ~ de uníão da Igreja com o Estado. Esta oficializaeão, ____...__ .. ... ... '!,-.# · - ,.. 11ltI li 1111111111111 111111ffllll,11111 fflll 111111 I J ri II I UI U 111111111 ffl 11111 l 11111~ • Domingo, 13 de abril de 1947 D lde tor: PAULO MAltANllAO NUM. 15 JORNAL DE CRíTICA 8 Católico Joaquim Nobuco _., •••••• • •••• ♦ ♦ ., , . . ... . ....... , pa e beleza, tornara-se uma visão estética para o peque– no numero d~ intelectuais e um hábito mecanico para a mai<>ría. Raros eram os brasileiros, de alta situação sócia!. que pra ticavam de modo completo, com a inteli– gencia.. com os sentimentos. com as atitudes, a religião catolica. Não é de estranhar, pc;,rta<11to, q ~1e Joaquim Na• buço a-0 penetrar na Acade– mia de Direito logo esque• cesse, ou colocasse de lado. a relig~ão da sua iniancia e dos seus antepassados. Era o que sucedia geralmente. Tamb.ém não é singular aque– la influência de Renan. Re– tirar de Cristo o carater de divindadt, torná-lo poetico e genial c.-on1 uma exclusiva na tureza humana. represen– tou um ideal da época !ite– raria, cientifica e raciona– lista Que foi o seculo XIX. Exfraordinaria em Nabuc1> foi a maneira co1no refez es– te caminho, como voltou às suas crenças. como tornou pú- I Alvaro LINS . (Excl usl•idade da FOLHA t>O MORTE, neate Ealado) blicas as suas convicções Ca• tólicas numa socled·a<le do– minada pelo "respeito hu– m.a.no" em tudo o que se re– feria às prâticas da religião. Joaquim Na,buco voltou a •ser católico num momento em que, no nosso melo, um homem da sua classe social e intelectual procurava o cont.essionário ou dirigia-se à mesa da Comunhão consti– tuía uma espécie de escan– d.alo. Ele se tornou humilde di.aote de Deus e da Igrej a quando a sua gloria e o seu prestigio atingiram gráus insuperados por qualquer outro brasileiro. Não era ·um desgraçado. um v e n c i d o que ia buscar na reli– .E(ião u,n consolo e um apoio; era um vit,or!oso. un1 fel iz, figura política que f i– zera a abolição dos escralA.~. - diplomata q ue abrira novas p erspectivas par;i a vida in• ternacional do seu país, es– critor com uma obra e um estilo de singular importan– cia, qu.e vinha buscar na re– ligião um ideal para a com– pleta realiZáção da sua per • sOnalidade. Vejamos, en tão, as p rincipais etapas da exis– tencia de Joaquim Nabuco. O nosso roteiro será o da biogr-afia escrita pela sua fi– lha Carolina Nabuco. E tam– bém o livro autobiografic'O l\linha Forn1ação, ao lado da sua obra em conjunto. Joaquim Nabuco fol o quarto dos cinco filhos do senador Nabuco de Araujo, e nasceu a 19 de agosto de 1849. no Recife. Ele gostava de citar a frase de En1erson: que a educação da criança devia começar cem anos an- tes do seu nascimento. Só os &ristocratas, ou os h<>inens 11en.sivei.s aos . a&pêctos aris– tocráticos da vida. podem exprinür ou valorizar uma Idéia dessa espécie. Nabuço d,evla ser cioso dos seus an– tepassa-dos numa terra em q ue, geralmente. as p::ssoas não têm notícias d<ltl seus bisavós. Sua mãe era da fa– milia Pais Barreto; e o Mor• ga4o dessa familia em Por– tugal data d1:1 século XVL ATistocra.cia depois fix ad a n o Cabo. em Pernambuco, com uma grande inlluencla so– cial e política no Irnpério. Seu pai era já o terceiro se– nador Nabueo. E este nome vinha das pr óprias origens da nossa vida nacional; o primei ro senador Nabuco ti– vera assento na primeira Constituinte. Não foi, porérn, Joaquim N-abuco um desses parasitas de nomes glorio– sos, um destes seres que abrem caminho• com a he– rança de nomes iamooos. E' certo que a s11a pr1meira ::• 1 1 1 11 fl tll l!I! 1 1111 11 1 t lf!l lllfll lfl li l1tl!!l1 1 llllllllí l lil lt l • 11111 111 111 n1 n 1 1,1 11u 111111 1 11u 11 111 11 111 t •jt 111 H1111 tll lfl l11 111111111Ul í1 l lll l!IIII ·1 11111111, n , 1 1 111 111 111 1111 1 1, n1 111 u 11111111J1 Ht l!I I I HI 1 111 11111, • ,.:; - - ~ ~ ; = i POESIAS De A.O. BARNABOOTH ~ - - = - - - r,.t111111111 • 111111111111111u1u1111111111u1u1u111111111 1,,1Hl lll lll lll lll ill lll Si iltlll lll !ll !•tl1t lilll l !ll lll lll l~ I li 11111111111!1!1111lfl l lll lll lll !l lll l !I JI II• Tradução de Carlos D rummond de ANDRADE ALMA PERDIDA A vós, aspirações va,gas; ~ntusiasmos; c ismas depois do a lmoço; impulsos do coração; en1'ernecimento que vem com a satisfação das necessida<ies naturais; clarões de gênio; apazigul'!men~o da digestão bef)'l feita; ale,grias sem causa: · distú rbios da circulação do sangue; recordações de amôr; perfume de benjoím do banho matinal; sonhos de an1ôr; rn i.nha enorme molecagem castelhana minha imensa tristeza puritana, meus gostos especiais: chocolate, bombons, doces de aerreter, bebidas gelooas; cbarul05 entorpecentes; e vós, acalentadores cigarros; alegria.s da velocidade; doçura de ficar sentado; delícia ~o sono na completa escuridão: grande poesia da.s cõisas banais; noticiário de policia; viagens ; tziganos; passeios de trenó; cbuva no mar; loucura da noite febril, sozinho com alguns livros; o$C.llaçôEs do temperamento e do tempo: inslanLes de outra vida , rea.parectdos; recordações, profecias; ó esplendor da vida ·conium e do radnerrão coti.cii,auo, a vós esta a lma peroida. A MASCARA EscreY'O' sempre tendo a máscara no rosto; sim, essa n1âscara à antiga moda ven~zia,na, longa , de testa caixa, como um grande focinho de ~tim branco, Sentado à mesa e levantando a cabeça, contemplo-n1e no espelho, de frente e de três quartos, e vejo êsse perfil inf-a ntil e beirtlal q ue e-u a,mo. Oh, que um leitor, meu irmão, a qug,m eu ta!r através da másca.ra pálida e brilbante, venha depor um beijo longo e lento sôbre a lesta apertada e essa !ace lão [>áll!'la. a fim •de ca,Jear mais fortemente. sóbre o roeu êsse oulro rosto perfumado e óco. eleição para deputado resul– tou da intluencia política do senador Nabueo de Araujo. Cooiudb, a sua entrada no P ar!Jlrnento se deu exata– mente quando lhe morria o pai. Acrescentou além disso \Jllna grandeza 1;1ova ao nom~ h istórico. Tornou-se o ma.is conhecido, o mais famoso ~os ~abucos. Ao n<>me polí– tico Juntou o nome literário, q ue tem setnpre duração muito ma ior na ordern do tempo. Deve-se acrescentar que o dinheiro em nada •con– tribuiu par11 o êxito da rua carreira política ou diploma. tica, corno acontece frequen– temente na sociedade bur– guesa. Ele trabalhou sempre. como qualquer ou.tTo, e no ostra.cismo trabalhou como jornalista proCissionaL Até os oito anos d e Idade Joaquim Nabuco ficou na companhia de sua madrinha, que o amava como .filho. Somente depois de sua mor– te iria o men ino vivf'r com os pais. Nascido no Recife, esta inlancia num erig;,nno do Cabo, nutri ra e dera for– mas definitivas aos seus sen– timentos perruunbucanos. .ra– mais um grande homem na– cional, vivendo na Capital ou no estrangeiro, vollou-se tanto !)ara a sua provineia, orgulhando-se tanto da sua origem provinciana. Per– nan,bu~o é um nome que está presente em tudo que e~ escreve: nos seus discur– sos, nos seus livros. nas suas cartas, nas suas cooversas, no nome q u,e es<:o'Lheu para o s,eu primeiro !ilho. E llar,1 um vel ho cemitério do Re– cite velo afinal o co.rpa do en1baixador e in Washinglon. Voltara à terra pernambuca– na, para sempre. aquele que adquirira na infanc.ia em l\iassengana o sentimento poético e telurico desta m,es– ma !.erra. A sua conllecida página de memórias l ntitu– l ada '',l\,Iassengana". um ca– pítulo de 1\ITnha Form11çâo, não mostra só que amou profundamente as paisagens e os seres do engenho do Cabo, n1a~ lambém que cer– tas leml:iranças dos dias de infancia iriam influir no curso e na orientação da sua vida. Para o Rio. [}ll ra a companhia dos pa1s. v-eio somente quaudo lhe 111orreu a mncirinha. a senhora de en'5enho de Massengana. Era a primeira vez que Joaquim Na.bMo via o pai. Nesse a0-0 de 1857. o senador Nabueo de Arauj? tinna quarenta e quatro anos de idade. Aca– bava de deixar o carito de m1n istto da Justiça, no ~a– binete de conciliação do marquês de Paraná, es.lava no ponto n1t1is alto da sua. carreira política Fõra o teo– r ico do sistema de co11cilia– çii-0, e ia-se !,ornando o ora– culo. o consultor intele-ctwil do 9eu partido. Passava, fa~ zendo u1na trajetoria coo– trarla à de Berna rdo P. de Vasconcelos. das bostes con– servadoras. para as liberais, E i sto só poderia attadar n1ais tarde ao Glho, que se man– esta id~ntifica<;ão com os po– deres temporais. tem sido sem11re fatal à Igreja. Ha– via herdado o Brasil esta f ornla lnstitucio11al quand<> era ainda colonra. Tornou-a n acional com a Constituição cie 1824. O clero se transior– ma ro em fu.ncionalisn10 pú– blico: a r-eligião tornara-se um órgão do Estado. Sornên– te a os lares, na intimidade d'OS oratorios de familias, a · Igreja mantinha o seu pres. tigio. Será impossivel nega r, porém, que se fôra torna.n• do por isso senti.mental .e vaga. Um sentimantalismo r eligioso mais do que uma religíão definida e caraote– r i7..ada. Os element.os intelec• tuais, os escritores. os polí– ticos~ toleravam a prâlica da religião como "freios" para conter as paixões dos ado– lescentes e para resguardar a:s virtudes da,s mulheres. O culto ex.terno. pela sua po1n- (Oonti nua na !.• pág,) - _...:___~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~;;::;~;;;~;_~-~~;;-~~-;;~--- ·-- - ---- N♦---·············••Y>••·••'••·············-·········-································- ,.,...t.zões ocu lt as nla~ deciCrflveis ' BUENOS AIRES - A obra 11- ~râria de .Jean P a ul Sar\Te e$tã tão penetr:uia de r eflexões ruo– séticas quanto sua obra fllos6fi– ca o está de cJci\0$ llterãrlos. Plntor e pensador em cads ma· u,a de uma mesn,a obra, Sa1·lrc, o é também nn alternativa de &uos produções. Es tréia com um ~omãnce "La Nausée'', a que se • segue um tratado técnico sóbre •L'In1aginaUon": depoi s escreve uma série de contos: "Le Mur". e de novo tuna obra filos6!1ca : •L'lrrulglnair~" . Seu dramn "Les Mouclies", preeede\J n uni gran– de volume n'lelaflslco: "L'J;:tre e t Le Néant". ao q_ual se r.egulu outro drsma: "B.ulsclos" Recf'n– -1:emente seus romances, "L'Age de la Raison" e "Le SUrsls" t ô– nm lançados à circulação ao mesmo tempo que estudos filo– sóficos acêrca do anti•semitls– mo. Baudelaire, o materialismo e a revolução. lnfluência da filoaofia exillten– dalWa a 6 b r e a lite.ratur& • de Kartre -------- En, "La Nausée". a maIs "hel– d cggerla 11 a", de suas obro~. Ro– q u.eUn desenvolve Luna fUosofla d~ angústla e dá alcance ooto• lógico a. esSll vertigem que o ln.– vade quancro se dá cont11 ela: moustruos!dade dos seres brutos. Em "L' Age de 13 Rnlson" e "Le Su rsls", os dlverso!I t)ersonagens el:ibora:n uma metafísica do ins'l tinto, d3 responsabilidade e da solid11rledade do homem , Em "Huisclos", Sartre põe em cena seres redu:ildos a pur as essên– cias. pols são mortos. São as três almas contlenad;is que so– frem o suplicio da presença eter– nn, não s6 dos outros dois, con10 também de seu passado Imutá– vel, do em-sl lancinante que tõ– ram na terra e sõbre o qual re– toque ~lgum serã pOS!llvet para o futuro, desse ,er-,:, a.ra- a-eler– nldade em que se converteram e que jamais haveriam querido ser 1 A peça "Les Mouches• constl– tue magnifico t estemunho a fa– vor da possivel •belez"' de uma arte de tése. Desde a primeira até a Oltima cena d.iscule-se o o conceito de ltberd.ade em lêr• mo.q de dottlTllla, sem que em moment() algum se r 01npa o en• canto ln!ernat e rnáglco que en– volve a ação; o forte colorido <los. persol\agéns nada perde eo1n .3uzanne LABIN (COPYRIGHT INTER-PRENSA. ESSE-PRESS, COM EXCLUSIVI– DADE PARA A "FOL'ftA DO NORTE". NESTE ESTADO 11 transccndênel.a de suas con– troversias. Orestes, fi?.l!undo uma interpretação original do antigo mtto, tenta revelar a llberdl.lde aos inocentes habitantes de Ar– g ~ que Egisto soube fazer so– lidários de seu crime cultivan– do neles o gosto p elo duelo e pelas cerimónias negt"as e so• bretudo o apê~ mórbido aos remorsos .. . remorios cujo zum– bido negro e tórrido estâ slmbo• lizado por enxame de mosca~ enormes que lmporturuim a ci– dade desde o d ia faUdlco em que as atraiu a carne recente• mente morta de Agamenon. Orestes, que encarna o tipo do libertador consciente e trágico 1 d lri,ge ao roefe vigilante do Olimpo êste dill()Ul'SO: · "Tú. éa o rei dos ·deuses, o~ das pe'1ras e estrêlo.s, ô "rei dal ondas do mar. Mas não l!s o rei dos homens". E Júpiter respon– de en furecldo : "Núo sou teu rei, larv:i insolente. Quem te criou?" "Tú - retruca Orestes -; m"s não devi.as criar-me Uvre, .. Mal me criaste, deixei de pertencer– te~. E o deus dos deuses vê~ obr igado a reconhecer amarga– mente sua l.tnpotêncla-: "Quan– do a llberd:ide explode em um:i. alma humana, os deuses já nadn pódr.m contra êsse ho1nem". Contudo, se os deuses e oa reis devem renunciar a loda es– pernnça de escravizar os ho– mens que se sabem livre, í lcam– Jne os outros; Jquêles que igno– r am suas poss[bllldades de in– dependência. Na éíh1a [Ormidãvel da testa d os tr1orto$, J'ú11itcr con– !iíl :,eu cloloro,o S('grêdo a.o usur- ....... _., ' pador que o secunda em ~ua.t cmprêsas .:. vassalagem: é que os l1.01ne.ns são 1l vres. "Sao li– v nis. Egislo. T ü o sabes e êles o ignoram" "Cla rol - re~p◊n:ie o rei dos llo1nens-; se o s.ou – b !!ssem porit1n1 fog1., aos quatro c:intos do meu palácio Porisso já levo quinze anos representan. do 3 et,mé'dla paro cliss.lmul.ir – lh es 1aeu 1>oder". Para os existencialistas, o ho– n1em <: livre, por certo. mas também desamparado. Encerrado dentro de si. sem lei nem Deus sem rozão para coniumâ-lo cm suas emprêsas, é apenas uma cascata de A.tos e ldéiru; arbilrá– t1as que se agtta e roda pelas vertentes do tempo. Como os fe– nome116logos, os existencialistas só vêem na vida unia poe irada capt'lchosa 1te. acontecimentos . São vãs, para l!tes, as id~illS su– tis que preu-.,ctem destrinçar 11 mndeiica das pahcóes humanas. Essas paixões são Impenetrá– veis . .. como os deslt.nlos de Deus. Aos rom:.nces psicológicos. aos esludos de cancte-res ou de l:9$httné$ qoo csgarav~i;m 811 • da conduta hun1ana. opóe,n 1101 género lilerórlo :inU-dlscur,;lvc,, b.ru t~I , que nt rl17ue papel 1>re– ponder:1nte 30 ln,ti11to. A llleratura do ln ,tln.to --- Esses tll6so ros do Instinto se– rão por fõrçn pintores da açiio, Te g i s t r a d o r e s cJnern3 togrã– ficos dos jogos da alma e ds corpo. ~art re ~" dele lia ern transcr~ver. tal 1.:,1mo slio, séries de Cei:<li< e gestos: ,nais ,..m tra– çar pns..~os do que ern aoalii.ar caracteres: mais em apre~í.'ntar opiniões do que em ctHlca r Idé ias Se c-hrgo n Ltzer-nog pe– netrar na vldll interior d e .lll person~"ens, niio é pnrti deseina– ranh::ir seus sentlmento~. mas para f.,tografar b'lHIS alltudes no que têm de mais intimo. E as– sim como êsses gostos e côres; Hque 1&0 se discutemt. S:irtre nõo 1il.9culc o valor moral da conduta húmana. Para ê l e não h6 ações mãs e ou\rna bõas: .hâ açóf'.s que ~ agradam ou Clesa– gradom e qve, allás, põden, p.ro . vocal' re.,ções contrários em ou– tro:; homens Sóm=te uma seleção severa em uma rrucessfio de nuto,na'lis– mo.<1 pern1lte fazer do homem, para o mundo exter ior, \1n,a !ma.item segundo o que rec\ama ._ ,eonUI\Üj ~ : .• pá$~l

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