Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
MIRAí fulgisto civil: Céu Azul Soares, Vír gula Soares. Cedi– lha Augusta Sóa,res:, Chapéu de Feltro Ferreira e Janeiro Fevereiro M arco da Silva &bril. CATAGUAZES O caminho para o Ginásio é batido de sol, Amasso algumas saúvas 30b os pés e o raciocínio é quase patrióti– co: "Uma formiga de menos para bem do meu Brasil". E imagino, imediatamente, que haveria virtude em que o homem fôsse uma segunda centopéia, centopéia útilís– sima, principalmen te se tivesse de ir para o Ginásio, como eu, pelo caminho ensolarado, que as saúvas atravessam m ais ou menos impunemente. • • • Os dias para Dedé e Bárbara são repletos de miracu– losas aventuras. Hoje, num passeio pelo campo, acharam exatamente d ezoito pedrinhas redondas e brancas. Na volta, houve compridas conversações com as bonecas. 1 • • • • t· . r Na boca da noite, fria como o d.1abo, correu a no 1c1a,: • amigo Vasco tinha tirado cem con tos n a loteria. Era verdade. A cidade não dormiu. !l • • • Essa história de bom gosto não é muito fácil, n em JnUito comum. Vem Fulano e diz: "Meu Deus, que coisa .horrorosa!" ,E a coisa é linda. E isto acontece a respei- A POESIA DOS DIAS QUE CORREM ., (Conclusão da 1. 4 pãgina) .,. l,...... portancla· ex,plicam o caminho que coruiuziu ao dadaísmo, Ml su.treali&mo. Ex-plicam o novo clima poético >em: que vivemo~. Eluat'd, pelo oontrário, pertence ao 11urreallsmo. Indub1• ta,velmente, a guerra e a Resistência obrlgaram-~o a p r~urar caminhos mais diretos para atingir nossos coraçoes; e nao há dúvida que, entre os poémaa de 1945 e os dos anos que ~ _se– gu,iram à guerra de 1914, percebemos uma mesma estelica, orientada pelo surrealismo. . _ Patri.ce de la Tour du Pin pertence, enftm, à geraçl!-o que 9e tornou conhecida pou<:<> antes d,a g~erra e aproveitou ? clima de maravilhas criado pelos surreal1Stas, tornando-<> mais 1. "S " refinado, humanizando-o. Reprovou-se a se~ Lvro oi,nm~ IIDJA doçura excessivamente açucarada e mu1to gentil. E evt• dente esta póesia, que permaneceu como uma '.'b.usca de ale– gria", ressalta, por oposição, sõbre o fundo trag1co de noss~ época. E' verdade também qlte este poeta, muibo do~do, cai, algumas vezes d..escuid:a-se; mas declaro qu,e s?u ~tqto ~– ilvel à ha«nonia desses versos, sobretudo, dos p rune~ros, cheios de frêmitos de asas silenciosas, asas noturnas de passaros em banhados asas luminosias de anjos misteriosos, Patri~ de la Tour du Pin é considerado como o che(e da escola que tomou a poes.i.a_ uma fo~~ da v;~a mística, ~ exercicio espiritual e que fo1 cognommada de escola_de Tess . Ot"a Jean Marcenac acaba justamente em manifesto l'e• ~te, d e se revelar, ~ nome d~ mais jovens, c~ntra esta poesia r~l118& e interior, e lhe opoe outra e9COl<a, ie&eola de Oradour". Contra um lirismo que " procura_ o eterno", ergue um lirismo cheio "de todas as circunsll nc1jl& agr'<AVa.n,tes & real" lirismo filho de aua época, lanQando "à frente das obras li.os homens, ás palavras de ouro da imaginação e da e!Jl)e– rança". M~cenac quer em uma pala,vi.;a, perpetuar o que foi a poesia. da Resistência, uma poesía ativa, ligada aos aconte– cimentos, servindo à socieda4~. Procede como o "Agente de Uaisonn" que cantou: "Le coeur dur-, la tête en armes.•• Son pas ettace les rides Soo. feu pur séche les 13:rmes Et son écl.at rend le sien A11 visage de la vie". i'OLIIA DO NOR'l'B Caderno De Viagem 1; ·······--······· -- Marques REB-ml.O -– <Copyright E . s. I., especial para a FOLHA DO NORTE) to de tudo, seja prosa, seja, poesia, seja música, seja ar– quitetura, ou danta. E' dificil estabelecer os limites do requinte e eu não quero insinuar nada. Mas aqui estou nesta varanda, idealizada por Oscar Niemeyer, que também vai fazer o n ovo prédio do Ginásio, ouvindo alguma musica de Bach ou de Poulenc, separados por trezentos anos, mas tão finos, tão dentro da verdade musical, um como o outro, somente que o p ri,r,eiro tinha ma-is gênio, e o outro, afinal sofre o _prejuizo de ser contemporâneo de Hitler, Mussoli• ni e outros ditadores. Lá em baixo o Rio Pomba está correndo, e a gente sente que êle se arrepia de vergonha por ter que passar d ebaixo da ponte metálica. Mas a vida obriga a muitas dessas tristes contingências. E o rio passa debaixo da ponte e vai correndo, depois, feliz, A Importância .Uni– versal De ' 'Sociologia' • Dom~, 6 de abril l e lOCY contemplando coisas mais belas - jaboticabe1ras, ingit,. zeiros, montes, estrêlas, um e outro pássaro, coisas enfim que não foram feitas pela Diretoria de Obras do Estado. Mas quando irá encontrar na sua descida, outra varanda tio bela, tão B rasil, tão fresca, como esta que o carioca Oscar Niemeyer a rq,uitetou para o mineiro Francisco Iná– cio P eu:oto? • • • Lí a inserição tumular: "Já fui o que tu és, serás <t que sou''. O sol despenca. ~bro-me de um cemitéri0t no Saara. Nem um& arvore! Será que os mortos cata.• guazenses, tais como os vivos, também não precisam de sombra? • • • - Póde haver e&cborro inteligente~as oon10 B aita. duvido - dizia-me o dono dêsse ser incompaiável, qu9 é uma mistura rigorosamente igual de policial com perdi~ gueiro. Entre outras habilidades Baita tomava conta da ven ,• da, fazia trocos, :-ião vendia pa,ra José Ca-zuza, que é um. notável caloteiro, tocava violãd e mudava fralda em cri&n 4 ça pequena. • •• - F oi um crime bárbaro. Donga, o assassinado, tinha dezoito anos. Foi se i n terpôr n uma briga entre colegas e Malaquias passou-lhe a faca de sapateiro na carótida - o sangue todo esoorreu do corpo e Malaquias está na ca– deia. - Ora d iz Dedé, que se iniciou este mês no ABC do Grupo nc:nga é feliz. Morreu e está no céu gozandt>, engua:ito q ue Mala,quias está sofrendo na cadeia. M as Bárbara tem lá os seus raeiocíniós de cinco anos:: -E', mas a morte é muito mais perigosa que 1111 cadeia. Em t.rtigo na r evista do Instituto de Sociologia da Uni- "-------------------:--:-::-:-:-::-::==-=-• verslda.de de Buenos Aires, o conhC-Oklo sociólogo Gino Gel-- ÓCIOS DE UM ESPIRITO SONOLENTO , mani, ocupr..ndo-se da obra SOCIOLOGIA, de Gilberto Freyre, (Conclusão da 1.• pãgJna) escreve: "Com os dois volumes já aparecidos, o eminente so- elólo,ro brasi'leiro iniéia a publicação de um curso oompl• dormita noite e dia, no silêncio do borralho, à espera de de sociologia. Não é exagên. afirmar que esta obrt. 1!1Ká cha.- quem venha remover as cinzas. mada a ocupar lugar impomnte não só na lltera.tura sooioló– gk!a cio continente americano como, sem dúvida nenh11ma, além dos limites contlnentals. Isto por dota motivotJ: o pri– meiro, obamarcmos subjetivo. Tnta-se da exposição, de ma– neira explicita, dos princípioe bâllleos q~ Inspiraram o auwr !tuas oonheeidas investiraçõea da realidade social brasileira. Em sociologia, maia que em outras ciênclu, a tarefa tão ne– uesária, de análise epi:st.emolórica e lóg-lca dos fandamen&oa é tanto mais fecunda qua.uto mais ae oriflna de uma viva oonsciencia da realidade social e da re11isténcla que eeta re11ll– dade apõe ao estôrw crhdor de, oonheeimento. O aegundo motivo enoonni:no-lo no earater "transnacional" - para em– prerarmos expcessiio do próprio Gilberto Freyre - qae poe– aúe a obra-. A forma~o do autor, imb1rido da iradi9áo euro– péia e , ao mesmo tempo, eonhecedor pro(undo da orle~ã• soctolóriea anglo-nm-te-americana, coloca-o em si~ão prlvf– leg-iada -para rea-llzar tamanha tarefa". Termina e profeuor Gl– no Getmani seu lonr@ artlro Íllllilllindo na H1tn1ular magnitude" e no "perma.nen~ valor para a bibliofnfla aoeloló~" da obra de aoeiof~la ouja publicação o profeNOr Gllberio Freyre aea– ba de Iniciar - Brasil, através ela Livn.ria ;JOflé Olymplo Edl• tora, e que h:H à cieD<lia e à fllosofia uma contribu*o Ol'.I• ~• eu nov•. a nber, o critério "peoullarntente aocioló,rlco (mais que eociolórloo} ela situação IIOcia.l'\ eritérlo "eapaz de eolecar e-ata oiencla reral (a aocloloeie, renl ) na mesma posi- 9ão que eoupa a biolog-ia com relação à botânica, à 1100l0,ria e às demais ciencias especiais do -.e ramo". Deste critério, p~e-Ste aeresoeob.r que é hã ma«. tempo procurado pelos teóricos da socfõlo,ria sia&emá.Uca. - O que os povos p rimitivos costumavam fazer por ocasião das cerimônias esponsâlicias, isto é. despedaçar louça e outros objetos p ara confundir os máus espíriros, o marido de hoje realiza em sentido ~sto, quando se enfastia da companheira e suas vistas estão voltadas p:lr& outra mulher. O h-omem de então, por aquela fórma bi• za,.rra; julgava atrair a felicidade sôbre .º lar ~~cente, ª.<! passo que o civilizado, quando chega aquele ejctremo. 1a a d eitou pela, porta :tóra, h á muito tempo . - A velhice é um saldo da mocidade. Conforme tenlta sido esta será aquela. - · O leito comum é a ruina da união conjugal. E' êle que desprestigia a mulher aos olhos do marido.. - Um olhar que nos fita, uns lábios que nos sor.rie111 equivalem a uma oferenda n1uda. B astará estender o braço para recebê-la. A mulher honesta, quando prevarica, t'etorna be,_ depr-essa, como o liquido agif.a<io, ao nível de sua existên, , eia anterior. - Feliz o homem casado se, no fim da vida, póde dizec, que s~ bebeu o vinho da sua parreit'a. , -· - 0s' papéis que n1aís se rasgam são as cartas de amor. ·• SOCIOLOGIA já está aenclo tradusida PM'll o espanhol, alÍIII ele Stt publicada em Buenos Aires e deve l&'ualmente apac-eoecr Entre a escola de Tess e a de en-'~our , estã_aberlo o de- em inglês, parecendo ao critl90 Samuel Pu~ que seu apa,- Quando o homem fecunda a mulher quem semeia E bate Escutaremos, altenladamente, suas vozes, po!S urnas como r~ime~ ne- llnll'ua causará vei:dadein revolução - meios Deus porque só Ele tem o poder de formar as criaturú - a º ou·'ras astão imnregnadas de poesia: soeiolóll'iC:OS e oulturais nort.e"ameritl&OOs e britânicos, à Sua: semelhança. • 1, '- • I"' ----· --------- -------------------:---~-:-·· --· .. ..._ - --- ~ . ....... - - --------- ..:.:....:....____.:,_..;.._______~_----".""""-:--:::-:-. ----:- • cumento anotado se referia frontar o conteúdo da Arte de da a obra com o nome do pa- to ao padre Antonio Vie1ra, A A t D F t . d B i1 w rta O Sr. A1onso Pena demonstra r e e U r a r aos poiqbeiros !> ras , ca.- ,,,u r com a vida de esta,. dre Antonio Vieira, logo sur• . i""il'd d d Çl\dores_dos n~ í.odJos, pa- dista e a obra de eecrilor' de ~m dú.vidas a res,peito, sen• não só a imposs ,., 1 ª e essa race que P. Serafim Leite de- An t.onio de Sousa de Ma~ed~ do que no mesmô ano apare- autoria, mas, pri n cipalmente, E o· Seu Autor veria valer-se da lndloculívoel para mostrar ao leitor que Nt eia. o protesto de Francisco que O ve ro,ad eiro autor da autoridade, em coisas brasi- ajustam com pedaços de u~ JO!fié Freire na sua Carta Apo- obra era um advel:$ário, um }eiras, do Padre Antonio Vi- mesma peça. Seria impossi~ IO&'ética, na qual contestava a inimigo do famoso jeSuita. eira, que tratara em, documen. resumir aqui a matéria dei."$e8 autoria de Vieira e denuncia- Provam-no pelo menos duas historlador português padre tomo VI da sua História da to bem conhecido (Obras Vá- ca,pítulos de estuido compa~ va ·a falsidade' de lugar e data questões importantes do sécu• F_ranci9Co .Rodrigues S. J. esl.á Companhia de Jesus o seguiu- rias, Lisboa , 1856, 1, U3·ll4; tivo. pois se multi plican1 em constan~es da página de rostó. lo XVIlh: A 1 :~quisiçáo e as m 1 • • à.efende.ndo. no caso da Arte de te e aín.da mais espantoso co- Cartas, vol. 3.º de 1746. pág. aspé,ctos e análises. Basta lem– Iniciou-se assim uma questão vasões o anuesas. Vl~lra U• Furiar, a hip0tese da aut.oda mentário: "Sõbre os pombei- 29) dos pombelros do Bra&ll e brar que nele:; verllicamos do– que vem se prolongando há tou contra a Inquisição e foi do padr-e Manuel da Costa S. ros e o seu ofício, cf. Manuel de suas atividades bra$llelras; cumentadamente que as idéh11t q uase duzentos anos e que um por ela perseguido. Não seria J., destruida implacavelmente da Costa, .'\.rte de Furtar {Lis- e,m vez de alegar uma obra de e teses da Are.e de Furtar são escritor brasileiro teve agora crivel portanto que escrevesse pelo sr. Afonso P ena Jr. nos boa 1855) 195. Nesta edição, a autoria discutida. r,a qual (ca,p. teses e idêías aparec.ldas em afortuna de encerrar com uma o verdadeiro hino de louvor caps. nr e· XLVI do seu livro. A.r1e de Furtar vem ainda in- 46 da Art.e) se fala dos pom- obras de Antonio de Sousa de eonclusão feliz. Contudo, até ao Santo Ofício que aiparece Este último, aliás, é uma pá- cluida na11 obras do padr~ An- beiras africanos e de suas ali• Macedo: e que os lances maia 1937, treze edições se fizeram na A.rte de Furtar. Ao COQ· gina magistral de polêmica, tonio Vieira. Francl.s<:o Rodri- . vidades na Afrioa. e,r;p1~sivos e as preocupações da. Arte de Fumr, com o no- trário. Antonio de Sousa de em que o escritor brasileiro gues averiguou. em 1940, com mais constantes de Antonio de me do Padre Antonio Vieira Macedo, em vãrias outras positivamente trilura o jesui- documentos positivos, o nome Também o "averiguador" Sousa de Macedo estão por como aulor, enci,uanto várias obras. sempre se m!)S1;rou um ta português com uma análise do seu verdadeiro autor". .O Francisco RodJ·igues, no vo- sua vez refieti.dos na Arte de autorias vinham sendo' exami- entusiasta da Inquisição, apoi- arrasádora, em que não sabe- sr. Afonso' Pena Junior s6 to- lume I, do tomo m, àe S'Ua Furtar. De modo especiaJ , pe– nad.tk , sem. que nenhuma de- ando-a incondicionalmente na- mos se devemos mais admirar mou con<heciment.o d-esse tre- História da Companhia d• ço a atenção do leitor para ~ las se impusesse com todos os queles mesmos aapéetos em a pujança dos golpes ou a el~ oho do padre Serafim Leite Jesus na. A&lstênci& de Por- capitulo XIX, em que o sr; elementos da verdade: as de que Vieira mais a combatia. gâncía com que são &:lsteri- quando já estaV'll imp;-essa A tug-al, resolveu servir, a cada Afonso Pen•a estuda o estilo João Pinto Ribeiro, Tomé Pi- Nas guerras holandesas, de- dos. Para defender a sua hi- Arte de Furtar e o seu autor. passo. o re-oem-descoberto Ma- de Macedo e do porluguêt ,iheiro da Veiga, Duarte Ri• pois da Restauração, Viein pótese, proclamada apressada- De uma conversa que tiyem05 nuel da Costa, como aulor da anónimo da Arte. Após tanta, ~iro de Macedo, Antonio da sustentava com veemência mente como uma certeza, o a respeito resultou que ele me Arte de Furtar (págs. 35, 87,• provas, ai se encontra, ao meu Silva e Sousa, Padre' Manuel junto ao Rei e aos Conselhos pad're l!'rancisco Rodrigues enviasse algumas notas de res- 93. 94 e 97), mas Tiâo dá um ver, a prov~ suprema. Foi ei;1 da Costa e D. Francisco Ma- régios que o acerta<lo seria apresenta apenas um doeu- posta, das quais vou citar .um pio sôbre a !alta de assinatura te, pelo menos, o ca-pllulo gud nuel de Melo. Em 1917, porém, entregar Pernambuco ao ini- mento, aliás mutila.do , sem da- trecho para valoriz.ar este ar- no doeumento e a circunslân- me convenceu da maneira 1naíl o nosso erudito Solídonío Lei- migo de Portugal em troca de t-a e sem asslnatura, achado tigo com um comentário iné- eia capital de não se saber completa, E se a opinião ôoa te lançou um folheto sob o fi. u,ma paz geral. Tal sugestão, num arquivo da Co1n:panlria dito do sr. Afonso .Pena Ju- quem o escreveu ..." lellot-es tem algum peso neste tulo O Dr. Antonio de Sousa de porém, é condenada pelo "por- de Jesus, no qual um desco- nior. O trecho refe1·e-se ex: Nesta altura. não sab~mos litígio, ao lado do parecer de Ma.cedo e a Arte de Furtar, tuguês anônimo" da Arte de nhecido in[ormante declara pressamente ao já citado do afinal se os padres historiaao- el'uditos e dout0$, ofereço es• 111pa.re- cendo assim pela primei- Furtar como um veroadl~iro 9ue o padre Manuel da Costa padre Serafim Leite: res d1,1 Con1panhia de .Jesus pontaneamente a minlla neste ra vez a indicação do nome do , crime contra a P-átria. E dessa e o autor da Arte de Furtar. "Esta nota , visivelmente desejam fazer a todo custo do sentido: que se laça quanto verdadeiro autor, segundo es- opinião era tan1bém Antonio Acrescente-se que a Compa- arrastada pelos cabelos, co1no problema da autoria da Arte anles a 14.• edição da Arte de tá agora p rovado. E a respeito de Sousa de Ma.cedo tanlo nos nhia de Jesus se recusa a tor• a outra, para con:for1o do con- de Furtar uma "~uestão te- Furtar, com o nome de An4 do seu precursor escreveu no- 1;eus escritos como no terreno necer cópia desse documento, sócio d,e além-mar, está a pe- chada" ou uma "({uestão de tonio de Sousa de Ma.cedo 011 bremente o sr. Afonso Pena da ação, como embaixador na não podendo ser · consultado cUr anotações. Por enquanto, honra" para a mesma e ilus- frontispício, e que o sr. Afon– J unior: "Se depois de lido ele Holanda, onde rec:usou intran- por estranhos, como se vetifi- duas: tre Companhia. Um.a i:onside- so Pen.a Junior complete a sua (o livt-o). concordar o leitor sigente1nente qualquer nego- ca no malôgro da tentativa A primeira é _que o próprio ração dessa es,J)écie, porém, tal'efa promovendo, prefacian– em que. de ora em diante, cor- ciação que livesse por base a feita neste sentido pelo sr. F ranci&eo Rodrigues, o pro- nada tem que ver com a cri- do e comentando essa nova e ra A Arte de Fu.rtar sob o entrega de Pernambuco aos in- Afonso Pena Juníor. Da parte cla-maoo "averiguador'\ ape- tica e a história lite-rária... decisiva edição. que terá s.ida. nome de Antonio de Sousa de vasores. Havia, pois, mais uma publicada-, porém, não tíca na- nas dá notícia, no folheto a Ao laóo do pequeno comu- uma c-onseql.lência da sue e.– Macedo, bem peciueno. ~erá o coincidência nesse RQnto: "a da de pé depois da ai:gumen- que o padre Serafim Leite -nos nicado do padre Francisco Ro- pacidade de erudito e huma– m eu merecimento em confron- intransigência de Maeedo, nes- tação db escritor brasileiro no refl\ete. de um &ó e único do- drigues e da dtn1inuta frase do nista como dos seU6 sentimen– to con1 o de SoHdonio Leite, te parlicular, foi lão absoluta capítulo ~ VI. Enquanto tal cumenlo (?) • .. anôlilmo (co- padre Serafim Leite, a obra tos d.e amor à verdadt e à jus.– que primeiro descobriu e pr-o- e agreste, quanto a do anôni- hipótese se processa nessa zo- mo teve d'e confessar;. çom 1.a- d-o sr. Afonso Pena Junior er• tiÇa clamou esla autoria". mo da Ar&e". Ainda nessa pri- na de sombras - e não. bá mentável atraso) , documento gue-se oomo um verdadeiro Um p0r um. os indicados melra parte da sua obra, a da provas que se possam impôr a que ele qualifi-ca de "gra- monumento, sólid<t, imJponen– autores de A Arte de Furtar crflica de negação. o sr-. Afon- nás sombriis - o padre Sera- hilíco·•. contt,a todos os pre- be e verídico. Uma obra ob-je– eão examinados pela critica do so Pena Jvnior sustenta a tese fim Leite S. J., depois de citar ceitos da crítica histórt.ca . E, tiva em que "nada se ocultou sr. Afonso Pena Junior à luz de que o "Portuguez anonimo a Arte de Furtar com a se- no entanto, P, Serafim paasa ou se inventou" para atingir de argumentos históvicos e li- muy zeloso da Pai.ria" não era b'Uinte e espantosa nota "C:f, adiante, e fala em d!H]umentos a qualquer preço a oonclusão terêríos. E todos eles ,são eli- um padre da Companhia de P. 1'{anuel da Cost{I. A Arte posilivos; multilplicando o ci"e urna tese. O que fez o sr. mln-aclo.s mediantl' 'nu1nerosas Jesus . l:..este é µm as~to im. de· Furta.-, Li,;boa, 18/iS, (?) a-ch:lodo do contra.d.e. . . Afonso J?,ena J~ior, ao to.n_go ft d ocumentadas razões. Quan- portante da questão porque o 144 Ccap. XXX>"; publica no A segunda é que, 90 o do- de aetecenlas pá~ foi con- (1) Afonso Pena Junior - A Arte de F1tr\ar e o seu au– tor, II •vols. - Livraria José Olympio Editora - Rio .._ 11»6. . ' Pam rem~a de livros : Praia de Botato_go, 48. •
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