Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

Naaa mais racn que o FOLK– L ORE. Faeil e eômotlo para t ,: dos os aproveitamentos e exibições. Nju119 ,m perde tem- 110 na escolha de vocáboJos pa. r a substitui-lo ou fielmente cmpreg-á- lo. E' como o ar e a • • LORE agua dos rios, terra de estra- J.-::;.,<::::>-<:;::::,,...::,.-,•y,._~~--·:·-,... ~~ da e foU1a de mato ama• o· n 1·• Nor"·.. ·-•-•n l l · • d ' 1 • • """ """"' n 1verS1 .) 1- _ LU S DA CAMAR A _ CASCUDO qu t r espt-l't<'. (1 desapatte l- "º· pot,-los "or Deus ao ate~- - vuJgou o -u •nsa1· 0 ~- .. ~- ta .e-. ., ~ = ~ ·=,-~.. . mento do gin ero t.ria seu es- r ~ das narinas, boca, mão e "F olk-Lore after a hondred (Especial para a FOLHA DO NORTE n este Est a d o) tudo Mr prh•at.ivo a "9lra dis- P t' do bicho homem. Ninguem years: A problcm of redefini- o popul ar . entre u l olclõ1·ico e lut1on d t l\loeu~" no plann ciplina. FOT.K -LORF. ~ con t i- st vai preocupar em - A-ver "-n" m - -~~ao oca inb d • o .. ~º~• ~ wv • u"u= m o o 1·•- . l . •- d · t ? d . f l • . d ,._, nuidade . • FOLK-LORE certo ou el'l'ado _, - o 1-.,rar o propruunen.., J o e soa JD UUlilta. 1....,;_a e po- nome e a couiusa.o entre a Confunde-~e FOLK-LORE co- d ., P • · porque o nome é como O gato permissão de sua atividade ~ erosa, ut s ua const.ància.. an nao deLnr de d~intr. que cai sempre em cima d.as funcional. mo a ciência ou seu objeto. Os elementos caracteriuAlo- cito a ele Aug-us to Raul Corta- quatro pata&, seja como for Na SOCIEDADE BR.4.Sll.EJ- André Varapac, querendo lle- res da Literatura Oral, no s en• ,zar. no curso de FOLK-LORE ntirad-0. Outrora "política" era RA DE FOLK-LORE (NilW, finir o f"OLK-LORE. ·,nsinou lido tolclórlco, são. CQnf'orme que deu na Universidade de o vocábulo indefinido e com- 30-4-l!Hl). aceitou-se a velha que o era o conjunto de cren• aceitamos na Sociedade Bra- Tucuman en: Agosio de 1941 : ple-.:o. !\tas " política" imprhne divisão de Sebilot: _ Literat.u- ças eoJPtivas SHD doutrina e s ilcira ck f'olk-Lore, os se- - "Folklorl' es ta clencia que u111 cttto respeito pelos seus ra Oral e Etnografia Trailicio- de práticas coletivas sem teo• g.uinte&: rttoge y estodia las maniles- proprietários, 05 profissionais nal. Hoje não se discute, SC• ria. Cren( as e eestumes com- - Antiguidade. taciones cclectivas, con valor rtt> sua prática. FOLK-LORE não pa.n mostrar sabedoria. preendem superstições e eos- - Anonimato. funcional en la v ida del pue• • ruí.o. Foi apresentado como que O FOLK-LO.RE , t'lêncla tumes. as nonnai. sociais ea-- - Divulgação. blo. que las practioa en for- <'anto e dan.;-a de gente pobre, do Povo, 0 que O po,, 0 • sabe e rac terizadoraa de uma condu• - Push.-tência. ma empirica y trndlciotu1J" tomo anedota e pilheria, como conserva em aqio. em mesmo ta. o que \Villiam Graham Desde que seja possível hlen- Não Se .rafa da definição ge- " re.s noJJius". sen;i re,rras. sem essas dua.- classes inseparáveis Summem denominou, ou vol- tltiear autOJ' e i,poca n enhum Mrica de Andrew Lnnr que l)arreiras, sem t x igênc i.as . Folk- e naturais. As associaçiies mais garizou. como sendo FOLK- conto ou canto é folclôrico não f~ia o FOLK-LORE " com– Lort e "fol cloris ta" eairam do antigas seguem essa divisão, WAYS. O velho Gaston Ri- deixando de ser ruidosamente preheDds aU the eulture" Col– pol r iro solene e estão, coit~- FOLK-LORE SOCJETI' da ln- cltard, eh Unlversidade de popular. como os sambas e as tnra, estado sensfvel do conhe– tlos. no ruvel dos adjetiyos glatena., a inicial, e AMERI- Bordeaux, de tão amavel e m.archinhas-frevos earna,,ates- cimento tradicional. num pia– que g-rudamos aos notáveis, CAN FOLK-LORE SOCIETY, gentil memôria para mim, de- cas Subentende-se que a di- no genérico e coletivo, é o sm– t'miilentes, cultos, de passa.gel- a c;egnnda no M'Qndo. Todos os clicou um volume Inteiro aO\!I vulgaçã,o e • pres~ sejam tido "LORE para o Povo, ra e esquecida memória. Nin- congressos reunidos, com O re• eos1'11mrs. a.os "more.e;". "L' 'f:vo- condições essentiais para qual- FOLK. Uma fra.-.e qu- es- guem aparece para defender clame de "interuacionais" in- ________________ __________ quecida. ele Marcel Mauss. es- ou e.xplicar. Seria cômico esse cluiram Etno.g-rafia e LU.eratu- • ·1n 111 11 1n 1 1 111 111 11 1H1 1111,1h 1 • 1 1 1 1! 1 11 111 11 1 1 , • •• 111111 111 1 111 1 , 11·1 , 1 1 r-1 1 1 111t11 111 n 1 111111 ~ d.a..reeia que est ' 'populaire dono do FOLK-LORE, esst' o • n. OraJ como os dois brac:os - : toot ce qol n ' est pas officiel". Arlagnan coruscante de valen- do Folk-Lorc. As vinte e cio- : D o Is p o EM Al s • Esse ' 'p01JOlaire". com aqueles tia . desafiando eidadcs e aea- co Uni,•ersidades none -ameri- - l1l ; 4.uatro el ementos indispens:í,.. d , mias, jornais e clllSSes, para unas qo-C" mantêm prognma.s : - veis, é o material fol clórico r esponder o que ninKUem per- de FoUt-Lore em cllLSSf'.s. dão • ; positivo e real. guntoo. • _.11111111111111• 1111111111111011111111 tt 1• • 1 11•1111 r 1 • 1 1u 1111l11u1u 1 1 1. Nenb••-- s o A e dad- de Literatura Oral, Tradie.ional, ..... v • ~ Certo é que, apr,sentado com incursão indispensável na. Benedito NUNES FOLK-LORE exclui a Etno- como " (olclorlsta", pede-se Novelística, ist-0 é, na Nove• grafia dos seus qWldl'OS de pes, se-mpre qne cante um samba, listica Comparada. 411u:isa e análise imediata. Ne- com on sem "breques" ou to- Nã-0 vamos discutir se a IM- LIGACAO .nhnm CongrC$SO deh:ou de le- que uma "coisa" regioll3.I num PERATRJZ PORCINA é ou Ligo-n)e ao mundo pslar sõbre o assunto e fazer instrumento bem popular. Ao não folclórico. E' tn.dicional e disiribuL· esquemas e sug-es- 1:uJo dl'SSa disponibilidade vul- ~uJarmente lida, decorada, pela tepidez díi mão. tões .sõbre a oolheita dessas gar no plano do vocabulário p rt Do r io o aguaceiTO lnforma~es. Uma certa <'urio- . ,_ . ca.ntada pelo povo de O U • . , • midade havia en•-e o fol clóris- l'xts.., a me.omprel'nsio ou dis• gal e Brasll. Seu autor, 0 cego trouxe a imagem un1ca p w p rnsa de leitura aos textos dos Baltazar Dias, viveu no tempo pura, sem o barro da estrada. 1.a a~uardanilo ·OS congr.-ssos m esi~ cs. FOLK-LORE é ra- del-•ªi· dom Sebastião. Escre- , fui na Rússia Soviética.. Devia •- t dad · ~ Unido agora ao que J·a · ·11aa - oi · ra men.., es u o mas todos veu a "estoria" em redondi- aparecer oov1 e ,~v ue10- entendem. Entendem porque lhas. -E vem atrav essando sê- espero ter novos o]hos nãria no• quadrantes cJã.ssieos. lodos são participantes de sva t aJ brotou-roe um so.rriso largo , Nã.o houve. O FOLK-LORE . ,_ mitos e simpatias, sempreª n · , 0 · ,a inlflialmr-nte combatido p rop.r... vitalidade. Dessa par- o tema é universal e um dia de cinco ânos num dia chuvoso. l icipa~ão. naturaJ. lôg-ica. pelo conversaremos aqui sõbre éle. na Rússia, depois da revolu- •imples fato de saber o que • 9ão de 1917. como uma remi- o encontro em fontes, ii11omas FRAGMENTO N.º 2 • - -• t d . ouviu cantar e contar cm casa I n ,scencia de e.... 11.ra ispens:a- . e épooas diversas é incontave • t - - · nh vel e bor""•esa, pers•,.,..en· e•• c nas ruas e a lição, a sifle- 1 0 ai Ein qualquer tempo as uas maos serao m1 as .. - .... - màUca, a nomenclatura, a ohe. Na Lltera ura Ir • no que 1·a· te ace1·t e1· al egremente noutras épocas sa,ndos.ista de imagens impe- .• • • • ••- se canta e se con a., em veno n· • ·,s e sagradas. Depo1·s , len•·- d1eoc11~ as hm11,açóes discipJj. · •-h t t ~ "" na res, tstira-se uma distância e prosa. conto, adJvu, a , ane; as tuas lembranças passaram ai1 as vezes nos mente, todo volt.ou ao bom- dota, " estoria" de Fadas, qua [meus olhos =~o e O .,Ave· - _ 0 sovic' tlco itrande, intrarup-onivel pela in- dil ='-"' ..- • .. . seria o critério pa ra sua. e- _ f . t • 1 h · u · r· ·---~ in t diferen~.a ou vontade desajo- renciação, enlre O folclórico e nao 01 sur pr esa encon ra- as OJe . 11res g1ou. 1nanc,...,..o. e o- da.da do livro e da memória. - - - Como todas as dísclpUnas • ~ttH*H***** *i**H••••tt•.. .. ••••••••• .. tttttirtr!!! '!! '!!•~•tt**************tttttt***** 1 ·*~ rulturais desse l\Jundo, o FOLK-LORE, com bibliogra,- 1 ia, congressos, escolas, dissi– ll i·n<'ia.s, ortodoxos e si!'dlláti- eos, regull\1'e5 e "maquis". tf-m .:> Í um pequenino "corpus" de f , Se eu soubesse compor * princípios, de elementos fixos , ~ escreveria agora uma canção. :: expostos e a.c~itos pelas asso- iC Uma canção que os marinheiros cantariam nas suas viagens. * ••ia(ôes, usado respejto'Wll en - :t uma canção que falasse de amôr e da tristeza dest.as m ã os vaslas. i te pelos " folclorisw" das sete iC E os vagabundos de todos os mares, ~ p:irlidas do ~fundo. iC perguntariam a.s suas amadas se elas conheci am o a utor daquela canção. * o nome FOl,K-LORE, deli - E as mulheres de todos os portos l rução e amplitude, está sendo sentiriam tremer os corpos, ao se l&mbrar em da ~ z e dos beijo!, c'll,.cuüdo ain!la. Comple tou . a do marinheiro de cabelos ru ivos emaranhados pelos ventos do Sul. ~ ,le agosto de 1946, cem aD11s Do marinheiro de cabelos ruivos que tinha nos láb ios o gosoo do mar. ã de existênc ia. Mas não eslá iiC Comporia a gora uma canção, aoertad-o a.te onde o FOLK· uma canção melancolica co mo a saudade * l ,ORE deve ir em casa prôpria condensada nas dobras d as vela.li azues vermelhas brancas. sem pular jllDela e muro da t Uma canção verde e sensual co~o a angústia do ~r. Etnografia, Antropologia CuJ- .JOÃO MENDES r rsidênc,ia alheia. Soci ologia, j Se eu soubesse compor escreveria a gior a uma e ançao. tural, Ge41A'rafia Social, f'tC. ~ lf.lv íl le S. Hersltovits, da ...... HJflflfl(Jf f • • lf."I HJf.• • lf • lf "lf ., "lf f lf • f f lf • f • • • 'f • f ff•H••tt•• •••••• f • • • 'f-'f f f ••itJf f • • • 't-'f)f lf "I • '1f 't • · BELO HORIZONTE!, j a – neiro - Que é que se arli– Cjla p rin<:ipnlmerrLe coniflra a ·p oesia nova? - Q oe não é popular. Que é informe, incomunie ável O argumento da irnp<>p u • taridade vale pouco. ou n a– da vale . O outro é mais sé– rio. ________,__..,._,_,_....,_,..,....,,~ ,, - n1 o- n- n an- ·~ • ■ 1 - ft - P ■ n a "t - n - a •• • - 1,1 - r, 1• 11~~tn - u 1,,_ u, A ID1popularidade Da Poesia .Nova to, técnica e di!Dheíro - os temas mais tolos do t,e,atro e da novelistica do séailo pa.ssaõ-0. No r ádi o, é o que se ouve: música 'd-0 mo-rro, cbanchaoa, t.rol<>ló, teatro-– folhetim. • Eduardo FRIEIRO (Especial para a FOLHA DO NORTE ne~-te Estado) • dos e desa<:ordos nessa ma– teria p rocedem dai. A nova poesia, em que só canta a inspil'ação, o alhei– amento. o extalle, e encan– tação pouco lhe importando a IDBteria, exagerou n ten– aêncin platônica. Inte.rizou– se de tal modo, que dispensa loda part.icipação, toda fo.r– ma comU11 icável. indo os estudos nas eâtejru unJversitárw, facilitando as jorruu'la!' de pesqufqadores. O congresso d e Tashlct- nt, no u... bclt, qut o prof. AJe.xander Yakubovsk. da Academia de Ciências !111 URSS, r etat.ou pa– ra FOLK-LORE SOCIETY de Londres. e de qo l' dPi noticia em tempo oportuno. r espondeu aos qocsitoi. não se afastando dos dois campos. IUeratlll'll oral " e lnog r aru tr adi ciolllll. O mais recente Congresso, o de Oslo 1ondt a nossa Socieda– de se represen1ou com o prof. Senmns ó OuiJearga, prl'Siden. w, d a treland Folklore Societ7 e da Universidade de llu btin) , es illdou especialmente o Conio l'opuJa r . " lale, marchen" p-ro– pondo a fundação de um lna– Lltuto lnternacional para rssa especialidade. Não Lratou de Etnograii;i TradltionaJ nem seria mais preciso para ca_rae– terizá- la oficial e definitiva– mente na divisão func ional do FOLK-LORE. Assim. o FOLK-LORE es– tuda, na hlstôría dJarla, nor– mal, habitual do Homem, u suas atividades materiais e es– piritunis desde que não de– corram de ensino oficial, de a.prendhado regular e nacio– nal e sim de herança, de use instínii,•o, maquinal e irresis– tivel do apnte humano. Dessa Elnografla Trodlofo– nal os elementos são: - idéias gerais sôbre a terra e as aguas, o céu. flora e faUDa; o homem em todas as suas fases d" vida; todo cerimonial e superstições ligadas ao amor. concepção, moléstia e morte, vida sôbTe– natoral ; alimentação, caça, pes– ca, construções, fabricacão, so– cla.bilidad~. usos ci.t.etioos. A base de todo esse "com-.,,Je,co• nã.o é apenas a conlempon.– neidade mas a autonomia fun– cional. A oblli!"açãn da in– fluência estrangeira num aia nacional . modJficando- e. jj não é !la al91tda do FOLK– LORE. A!,sim, um grupo de moços e de moças boni1.as • feios. de cha~Jão. pisio!M. calça d e vaqueiro do Texas. cantando ou dançando como ra:i: o governador da Louisiana, Jimmi" e . Davis. e fazendo de conta de qoe está represen– tando vaqueiros do B rasil, po. de ser ltatral ou cincroatogri.– fieo uias não é f.olclórico. ... "' ..... -·- --- - - - . Na Literatura Oral além c1o oonto, com s uas dl\i isôcs e elas– siíicaçáo. n ad ivlnhaç.'io, a ane– dota., o tr.iva- ling-ua. a lenda (sempre t ocaliuvel o-u id<UJ– tlfi c-avel). os dilos ou reparos. provérbios. anexlns. adágl– compa rações, a. poesia popular, trndic-loni.il ou de Improviso. L'I ranções de mesa, correspon– dendo • ~ " drinkinr;-sons" oa aos .. cor êtos" de Mi= Ge– rnls. enCim. o canto. a dan~ eom a coreografia e a TilmiQ. aeomodun.-se nessa divisMt. Todos e~cs gêneros po"'ucm pro<'P.SSOS de pest1ulo;a e sic;1.e• ma ti,zação, form11las para clas– s ifica~ dispor qounto às fj. goras, ritmos ou épooas sOJ cials de criação. Rã. li\•ros r.,. (Continua na terc,lra pa~.) lógica. anedótico - e lemen– tos nada poéticos, ou mes– mo anti-poética;. Apenas a nota~ão de um estaco poé– ti<:o, pré-16glco ou exlra•ló– gico, a essencia de um mo– men to emo tivo puro. Esta depur atão extrema r edunda, porém, numa im• possibilidade de comunica– ção que con<iuz f atalmente ao nili&mo, à p rópria def>A truição. Não é só a p<>esia nova que é impopular Toda a ar– te n1oàerna o é. As massas estão acostumadas a "outra coisa" As massas aebam-se atrasadas cem anos, n a poe– sia, no r oman<:e. na p intu– ra, n a música . . Na J>Oesia o gost o do povo fossil izou– se, nã o vai além de Case– n1iro, Castro Al ves. no má– x imo B ilac. No r omanc:?. fi– cou no ''Roeambo1e", no "Quo Va-dis?" na "Moreni– n11a". Música, só a ligeira. Em p in tura espanta-soe rom o assim ch111nad o "futuris– mo" e adn1lra os cromos d,as mocinh:is qu= aprenderam o pi n turi1ar em oolê~io de rrei– ra~ O cJnnn • q u~ se vê: il .. r· e :nod, :rfc oor excrlên- e;, zrf , ~a-s a-~~" ~,) 1traJ • . , ... Impopular é a Ciência. A matemática é feia e indiges– ta, par a a maioria doo 'ho– mens. Entretanto, é irmã da música. Quantas pe5800S há em todo o m~ capazes de entender a teoria da re– la lividade? Pouquíssimas. E em que é que isto invalida a t;eoria? lmpopularissim.a é a F ilosofia, conciliação w– perior da Poesia e da Cién• cin. Para o homem vulgar não passa de uma monoma– nia de pedantes. D i z.ia um filósofo a-tual (Meyerson~ cheio) q ue o pensamento fi. l osófico é o pri vilé,gio de uma casta e que &erá J.m. possivel haver comunicação ,. -' -'~lr1 entre os filósotos e 06 nã-0-i\lc.iados. Como ex~plo, citav a Bergson, que conseguira seduzir cer– to público •snob". graças unicamente a um ~lent;en. dido. S<:hopenhauer só che– gou ao leitor oomum como autor de máximas e rene-– x~ em que abundem os pa– radoxos brilhantes e faoeis, 31)re.sentao-OIS em forma C!I'is– talliM! e muito aoessivoe-L NieW!Che é lido e enten– dido pelo público a contra– peso. A poesia é di!,eren4e, dir– l'C-ã. A Poesúl é o verbo, 1e1- to para cantar e sed\Jzi.r. Nasce da "sj,mpa,tia" no sen– tido emnológico da palavra. Bu.sca romper a solidãio do sêr, é expansiva, oomunl– cante. Em. Na arie antiga, a prl– mei:ra lei era a bel~ e o ideal dia ,P()e6Úl eKIWV1l na açâo. Por wo, a Cll,lO.Péia e o dr ama. dois gêneros que têm a ação por bas>e, eram a única materia poética ad– mitida por Aristote:les. Mas, ao lado do conceito arlstoté– l i<:o segundo o qual a poe– sia é uma ''mime9is", tnna imitação ou fi~ão, havia o conceito platônico, que a entendra como ama embria– ~ que arrebata o poeta. A!; novas experiência:.5 · poé• ti<iaSeasr~~ cessárias dos mei<ls de ex– pressá:o, assim coino as ten– tativ as de ex,plkação e oon,.. oei:tuaçào da p oies i a, que ae têm sucedido até ll-06SOI! dias, de11tro sempre ó.a tra– dição greeo--latinia., não al– t!eraram em nada oe OOflCe i• ioe lunoomentais de Platão e Aristóteles. Nele.s ticemo,s. Dm J)OE6le continiu.amoa a ser pla~ ou arlst,o,té,. licos. T,odlog 06 ~ a.<l«'- O povo não compreende a 11ova poesia. porque esta 91! tem liibertado, oos últi1ll<JIS 8006, de todoo oµ quase lo– dos os elemenbo8 que an'1a oonstitulam nonn~te um poem,a, tanto num Homero cOOlO num Dante oo num Shakespeare, tan,to num vn. lon como num Vitor Hugo, tant.o num Camões .como num Junqueira ou Bilac. Tudo o que a poesia tTadi– cional comportava de retó– rico, pneol6gioo, b.í&tórlco, etc., foi afGBtado l)é]os poe– tas ~06. Nada de temas oom tudo o que ~am -ae O que estou escreveido vem a propósi to de uma mensagem (vá lâ o boroão caTO a<>s mode-mista.s) do poeta espanhol J oan Ra.– m6n Jim.enez a ou!Jro poe– t.a. seu patrício, Luis Cer– nocla, publicado numa re– vista mexicana que tive hã _pouco em mãos. Há qua,. renta anos Juan Ranión Ji,– méne:t vem influindo na ju,. ventude poétiea de lingua espanhóla. L tús Cemud;J es– creveu que aquele graDÔA poeta tem mfluid<> mais par sue ecrtética que por sua obra. A esté-U<Ca de J~ é a da poeslill. ~ leva,, da às ulUmas cons,equênclllla. Dis3e Jlméne-z: "eu não :faço (Cominua. na tercem,. pa,.) • • •

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