Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

2. 0 Página ~ Conclusão da l a pâgin a do a morte o aica.i1çou em 1910. Voltava para sempre à terra pernambucana aque– le que adquirira na infância em Massangana o sentimen· to poético e telúrico desta mesma terra. E G-raça Ara• nha assim fixou êste desfe• cho: "O menino de Massan• gana fizera a radiante vol• ta das coisas e tornara sin• gelamente à terra formadora da sua alma ... Tudo o que adquiriu na ascensão do es– pínto era oferecido ali com o seu corpo em holocausto a Pernambuco". CCXCIX - Em rt?vistas e jornais antigos. embora em lances menos dramáticos q ue os de hoje, encontramos sen1pre escritores divididos entre solicitações distintas, embora às vezes convergen– tes: a d a paixão política que 1 os, ligava aos problemas de ca\ia dia e a da paixão artís– t ica que os conduzia para o destlno de uma obra intrans– ferível no seu personalismo Ali estava como em todos os tempos, o perigosc. dualismo das atividades intelectuais: o interêsse pela sorte dos outros homens. determinan• do não apenas o ex:erc1cio das idéias com existência intemporal, mas também a luta den tro do transitório de factos limitados, do efê– mero de situações que mor• rem sem lembrança históri– ca; e o anseio de sobrevi– vência através da própria obra, o apêlo a todos os re• cursos íntimos da personali• dade para a criação de algu– ma coisa capaz de vencer, pela duração, a morte, o es– p aço e o tempo. Apresenta sem dúvida um elemento tr!gisç ~!ª gypliç!daç!~ (!o intelectual no idealismó com que se coloca politicamente a set-vi.ço dos seus contem• porâneos e no egoísmo com que se dispõe esteticamente a salvar-se a~tes de tudo a si mesmo peli. construção da sua ob ra artística. CCC - Como se quisesse justificar-se, dizia-me outro dia um dos nossos escri– tores: - Você fal~ tan to de com– posição, de estilo e de bar• monia na obra de arte lite– rária. Mas veja alguns gran– des faccionistas, veja Balzac e Dostoievski. Veja, por exe1nplo, E m i 1 y B roilté. Quantos erros e excessos, q uanta desordem . e inve– rossimilhança em Wuthering Haights 1 Seria muito indelicado d ar-ll'!e pessoalmente a úni– ca resposta possível: - Tudo isto é verdade, com u1na pequena e _fatal di– ferença, no entanto - é q ue Ernily 13ronté foi um grande gênio universal e você é apenas um pequeno talen to ,prf ileiro .. . CCCI - Dir-se-á: o parla– mentarismo no Brasil era tão imperfeito, funciooava tão toscamente, apresentava na prática tantos artifícios e deficiências, estava tão acitna da educação políti<.'a do povo t>r11sileiro. dêsde que não somos como a In– glaterra ! Para argumentos tão simples só uma resposta igualrnente simples não se ensina uma "J·iança a andar co1·t11ndo-lh< ante.~ as per– nas. Veja-se. por exemplo, a crônica polltica dà Inglater– ra apenas no século XV[U! está repleta dt- vícios e fa– Jhas gtQsseíras, ao mes1no tempo q ue de protestos con– tra de,turpações, cOtTupções e injustiças. Até 1714, aliás, não ha \•ia verdadeiro parla– mentarismo ·na [nglate.rra, ' pois era o rei quem gover- nava por iotet'Jl, l.éd.io dos mi– nistros·. e só daí p.or diante é que os. n1inistros ro.-neçam FOLHA DO NOBTE NOTAS DE UM DIÁRIO DE nome da Corôa. Contudo, que democracia ~eria aquela em que o povo nao se repre– sentava efetivamente e na qual o parlamento estava :iominado pela aristocracia das ,.familias governamen• tais" '? A [nglaterra teve muito que esperai pela lei de 1832 e quase mais um século pelo sufrágio univer• sal, conquistado no "Reforro Act'' de 1918. que vinha completar a legislação ante• rior. Ninguem se lembrou, porém, de sugerir que o ins• trumento mais eficaz contra as insuficiências e as fTa• quezas do sistema parlamen– tar inglês, quando ainda em fase de formaçãc e aperfei– çoamento. fosse substituí-lo pelo poder pessoal de um rei ou de um presidente da República Solução grossei• ra e quase irt'acional no entanto. que se encontrou para o caso brasileiro, em 1891. desprezando,.se a solU'– ção nacional e histórica de uma república parlamentar. De qualquer modo. quais– quer q ue tenham sido as fragilidades da organização imperial, impossivel será ne– gar esta constatação: os dois países em que no século XIX o pru:lan1entarismo funcio• no!! com mais regularidade, eficiência, segurança e bri– lho foram a Inglaterra e o Brasil CCCil - Antonio Candi– do é o que poderemos cha– mar, sem q ualquer exagero, um critico completo. Não lhe falta nenhum dos atributos do grande critico. .e.te tem, em gráus superiormente de- senvolvidos, a inteligência. a cultu.ra, a sensibilidade, a independência de atitudes e a nobreza dos sentimentos. E' verdade que outros críti– cos brasileiros do passado e de hoje apresentam estas mesmas qualidades, em con– junto, ou algumas delas iso– ladamente. Há alguma coisa, porém. em que a todos An– tonio Candido sobrepuja: é na forma artística de ex– pressão. O seu vocabulário crítico, por exemplo, é o me– lhor de toda a literatura bra• sileira nêste gênero. Estou acompanhando a obra dêste meu companheiro de São Paulo dêsde os seus primei– ros artigos. Sentimo-nos am– bos ligados um ao outro ----------------- pela traierruaade profissio– nal, pela mesma coiupreen• são do papel do espírito cri• tico no seio de uma literatu– ra. Minha admiração por êle nunca ~evt- de suportar a prova de uma decepção ou 7 l' uma dúvida. Espero .an– siosamente a op"lrtuuidade de escrever sôbre Antonio Canrlido por ocasião do apa- recimt.'nto da sua anunciada ''História da literatura bra– sileira" CCCIIl - Todos somos, na adolescência, revolucio– nários. O ímpeto de destruí• ção e de revolta é .o que pri• meiro lla1ta de dentro de nós. porque há em cad•· adoles• cente a •ngênua conviccão de que vai fazer de~cobertas deslumbrantes eo deix:ar no mundo uma obr~ rüferente de- tudo o m&is. , O l empCI vai a~aband~ esta ingenuidade, ~ sentimos então que • ncis;;a tare'fa será J;,enas a de f"Ontinuar a de não c:!c1xa• parar. a de ca rr!!gar un1:i m1ssao que depois pass<itE.1t1os aos outros. Saudemoa um grande artista •uJ-americano. Sua ohl'a Uu.a– tra admirav elme nte u rala• çõea lntetnae l onai.f em pintura e iue e quilihrio novo M!Jl.llldo o qual, ae Paris • o cenno fremente e n eceuárlo, a outr a perna do compasso traça cir – culo•, concentdeoa sem dúvida. porém c ada vu mala af&9te– doa. CAnc:lldo Portlnart nasceu em 1903. no Eatado de São P aulo : • u:m homem baixo. da cabfiça redonda, olhos claros e auavaa, filho da Uallanoa e neto de uma OorenUna. J á tl– nha !!l~ !!~ l;Y,gp flt 1,a1 a 1930 e mostra-no■ amavel~ mente dua■ 11alurasu motlaa plntadaa 11\llquela 6poca. Agora Por ANDRÉ CHASTEL (ESPECIAL PARA A ..FOLHA DO NORTE") - o ■r, Germaln Basin apreMn:Ja o homem • a obra ào■ pa.tl• slensea aurpreaoa. numa Ya•?a ex poatção da Galeria Char pen– ctler. que eaté despertando 'fl'•nda btteriaae. A arte de Poccl lnarl parac:., • primeira vista, refletir auc:e• alvamente u úutmu modas parbien11e1. como H tle 90. freaM ele mnma lncarte 1t1 d e tanto■ plntore1 franca•••· Ao maamo tampo qua 1un au.r– preendente relrato lle ■wa mia. feito nusn. matielra U.a a ca – Ugráflca da :prlmlllvo, moatra os pobre• negr011 e metllçoe de Nu aatado, com maa■•• tmóvela e aombrl■• em all))aços -,ar.los a aluclnalliea. A obra prlm■ d■ua maneira antJge , o "En. teno~. dé 1940, plnl.ado em " ' duu vera«>ea : uma fatxa da aaul da Pruaal•, • c6u, e uma faixa pard-. a terra: quatro formu brancas, cunad.u, car– regam um esquife UUI, 11 um efeito grandio-,, e plutlc aman• te impr..,l onante, Enc:anegado d~ F ~ d•! dK9t&Ç911 murllh n.o Mfnlat6rlo de Educaçio do Rio, (de 1939 a 1144 ). 11\ll Ridlo Tu pl do Rio (1943) a de São Pa ulo / 1944), e na Igreja lla P~pu lha ( 1944 a _ l t4S) , trena– formou ..u ad flo, 901! a la• fluência manifeúe da c:618. hre comp<>.i.çio ,la Plcu■o, •cuernlca" (que viu em 1940 em lfova Vork) • de car– los •uneaJlaJu. Mas, aalvo o •ch orow, lmagem suge1tlva e trepidante da DlÚSlCI n~•– única lnaplraçio que abra11ga uma epop6la do, trabalho, um ciclo d • pl'Ofetu blbllco1. wn■ llérle de São Franc,uco1. aio e■tio repre■entad0ti aqu.l Mnão algun1 e1boçoa. E ' como .. foase preci.o- ter uma . ld'1a da Claudel aam lar "Le Soullar de Sattn•. Maa o pú.bllco ,,.rã s,rande número de telu é cl• Hnho1 executadoa paralela· ment e a ..... ..-utu obru a 1 • Eu ouvi a tua TOS No ranger das mós no& moinhot1 No eatrondar, das bigorna• No ranger das carroças Nos passos perdidos pelas calçadu Noa soluços desesperados das noües friu Dotl quala, em mel o a peaqulau butante varl■d••• .. destaca o extraoJ'dlnário c;oajunto do1 •Retiranfaa". e... .tema 6plco llomtna 11111• léria de quadroe a daalllÜ\os que o diverai ftcam a .transpõem em lmas,ena a o me• • mo tempo enternecldu e louca– mente vlolan.._, em Unha• dura• 'l cé>l'el utrldentea. ou. ao conll'irlo. em tom eabrlln• qulç■doe e form•• • u•lcalL Julgamo• e ncontrar ali no?a– mente u ctnu doa c:ampoa da morte a o• reflexos da nouo1 deautraa. E '. poi■, em co.nsequêncla de encontros (não cils,o de ac■-), tanto quanto da lnfluinciu , que Portinari a.oa parece tão pró• xlmo; e nio no• devemoe en• s,an..r a6bra uma arte que,' mais do que àa aouu lnqutetaçõa1, aat, ligada e uma Ylda ardentia. à Ylda doa negro■ e ela■ pl■n• taçõea torrldu, Os ú.llimos !ni– balhoa do pintor, uma lérle de deaenhos monocromo■ ao ' pincel que •• puece:m com o NJam• faponk. {na realidade llio fel.toe a 6Jao). mostram OI JMCfUel\.,_ n,efllçoe du c ldade– alnhu br_uU.lru. na aua •lm• ......... .. • ' • ' • No rumor vertical das praças apínhadaa d e gente No trabalho soturno dos armadore1 Na sinfoni~ do sub-solo No concerto doa bilros nas mãos daa cearen,M9. · · Eu ouvi a tua voz Como se fosse uma raiz: rasgando aa entra nhu d!l terra Como 1e fosse uma baioneta cortando carna. . . . ' • Domingo, S de janeiro de 1941 CRÍTICA CCCIV - Exercício de vontade - Ler com método, tomando notas e pondo ern Ol'dem, por escrito, as im· pressões. Escrever, escrevp_r sempre, todos os dias, escre• ver mesmo banalidades, não para publicar. mas como quem pratica um ofício e com a tinahdade de pesqui– sar os processos da forma. Muitos dos nossos estudos e leituras são mal aproveita• dos por falta de método. Voltar a ler certos autores fundamentais como Bergson e Proust, com o lápis na mão e o caderno nas pPrnas Do– minar a preguiça, sufocar o gôsto das evasões para livros mais agradáveis porque mais fáceis, não deixar-se vencer pelo simples prazer da lei– tur.a como um diletante. CCCV - Individualmen– te, pode-se ser, n um deter• minado momento da vida, wn centro de extrema re– ceptividade - um centro das influências mais dife– rentes e contrad~tórias. O tempo vai operando depois • pllc idade e miüria, Uma linha de uma de....,voUura e de fh-. meu lncomparaveb lha• marc• •• allhuetu calniu ou ......,. tadoru: fir,uru d011 hu'rllilde1 1 f lguru de crtançaa d-lliff que, como os camponeM■ da Homero, r apreMntam • nu_du e o piao llo llaallno. ~• emi– grante■ fantuHcoa que choram cacho• de lis,rhnu grouelra– ma1lle lmiladu e , aobr4tv,do, aqqela vellla a aq,..la aleflado, ao lado de um groNO pllio d• borda verde, Ão JMnonagen.a de lahd1'. E dou toda a "mlM• an-ac:i na• lmpreu .lonlata derl• yada da •cuarnlca - por ._ acento luato a ,.._. acorde• 11ovoe. A• mioe s,retadaa. .,. , pú Informe■ • OI ol.hoe. ela o que, como nos miloe ladtgenu. Ylve prlllclpllbn.e.nta aauu fi– gural. Mu o pintor ancura il■e■ moll■l.roa hlllll.anOI •payc,. rados, cuJu pupllu M abrem • dilatam le.J'rlYelm•nte, nwna compoalçào cheia a Mmlval. E. dia.Dta da tanta f 6rça pl..Uca. gostuiamoa que a ll~l.o de Pa• ri. alo pre valeceaae danlab. e que daat■ n.oya vlaUa o ptntol' bra■Uetro reHv-eue o yerdadel• ro co11Mlho do• meme1: •109■ fora o ._eu U..-ro, ellí■nclpa-te d61e, aaqui,ce-me". A■al. m Can• elido Porllnarl poder6 Hr um doa g-rande• pintor•• do NCUlo XX. (De "'U- Mm■Jne 4aaa la Monde•). ' • • - - - • 1 • um ctespoJamento de tôdaa , aquelas que se chocam com as nossas ~endências natu, rais e, afinal, só permane– cem as que são como uma parte integrante de nós mes, mos. Não se deve, então, te– mer nenhuma· as reais • profundas sé, se for:mam das afinidades dos temperamen• tos e dos ideais comuns. 0 1 mestres que nos influenciam, são aqueles diante de cujas obras sentimos como que uma vontade sincera de tê– las realizado, ou como que uma certeza de que podería– mos, em outras condições, tê-las realizado. Uma espé– cie de parentes ricos que en• contramos e que nos dão ge– nerosamente as mãos. Tôda a diliculdáde está em qu.e cada um encontre os seus verdadeiros mestres, quase sempre em número muito reduzido. Antes será inevi• tável a série de decepções e enganos, de entusiasmos go, rados. Há os que desanimam do encontro e caem no de– sespêro. Nêste caso, o de• sespéro reveste-se de uma forma curiosa: o da procura intencional e artogante da originalidade. Muitas das monstruosidades literárias a que assistimos partem dessa mania de ser "novo" e de set " düeren.te" . Mas q ue fácil que sieria logo verificar 11 inutilidade dêste gesto de p rocura de um elemento que, ou está e1n nós, ou não exis◄ te, e não se encontra ! CCCVI - Documentação social e idéias são hoje dois motivos de fascinação para os romancistas e nenhtun argumento será licito opor a estas duas tendências. Tanta a documentação social com as idéias só farão contribuir para o enriquecimento d(f um gênero que tomou ilimi- tadas e incontroláveis as suas p0$Sibilidades. Sendo de caráter psicológico e so- ciológico, pela sua estrutu• ra, o romance muito se valo- ~ , , - rizara com a m corporaç8.f) de realidades, que venham a se constituir ern documen• tação social E isto não sig~ nifica novidade: quase todo• os romances antigos são documentações d as suas épo– cas e das suas socie(lades. Por sua vez, as idé~s só po– dem contribuir - a paixão das idélâs, o jôgo das idéia. - para tornar mais intensa aquela sensação de verossi!. m.iiltança que é todo o fun• da.mento do romance. P.erigo• sa, porém. é a tendência para fazer do romance um simples documento social 0 1 un;i~ simples exposição d• ideras, com G esquecimen.. to dos requisitos mais sub/J, tanciais: os de ordem li. t~rárià. Deve-se assinalai:, con tra esta tendência, qu• a documentação é o ma, ~~rial d a obra, .mas não 1 aua construção, que as idéiw são. elementos dialéticos d0t personagens, mas não a sua vida mesrna. As idéias nãa valem, no romance, come abstrações te'ól'icas, .m a, como móveis das ações dor p ersonagens. As idéias da romance são Idéias encarna. d,as em s~s vivos. :tste pe– rigo, no entanto, n ão esti ainda diante de nós e não - • • I 11ao coJsas muito ab undantes Como se fosse um rosário desllADdo por mio. que a enxad.s modelou realialicamente Como se fosse o rumor do sangue correndo veios pelas ariériaa. • no rc:u;n~nce brasileiro, q'ua~e t odo feito de sentimento<; e obse.rvações de costumes. !)o · p erigo. C!e fazer d <S · románêa 1JIIl SJmples repos itório de acon técimentos sociais - é q ue nos devemos afastar com urgência. Eis unia ten• <l~cia que muito mal tern :(eito ao moderno romance b r~sq~iro., Uma bôa met:iàe do nosso · romance, pelo' me– nos; está pertfida, uma ve1: g?~epr~enta um doct.imea– tár,1_0. soctal sem t-ealizaçã" e:;tet1ca Eu ouvi' ..,· tua voz Surgir triate como uma vela 110 horizonte cieapedaçaclG. Eu ouvi a tua voz Erguer '1-3 triste e melancólica Voar nostalgica e saudosa de um nome 091' ciidG Por cima de todas as nuvena De todas as montanhaa De tod3-s as selvas De tod0,11 os marea. Eu ouvi a tua voz Numa noite sem eatrela• E a confuncii com um geanl~G. • - . • • • • .. • ' ' • ' • • • • • • ' ~ ' ' P ara rem.essll çl~ lfvr~lf - • goyernar cli; f acto . ~ 1• 4 1 t i • ,, ~u, DuVi1-v;ierJ 18, Apt,, &;ô! • • .. . ' •

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