Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

Dolningo, 16 de março de 1947 r Havia em t>aris, antes ãa guerra, duas associações de imúsica de câmara que tinham por fim a óüusão de o\)ras dos eomposita<res estrángeiros: a '"'Tritona" e a "Triptica" A • • FOLHA DO NORTE 3,ª Página terial. Aguardo ansioso as re– messas das aociedades de n1ú.– sica de câmara estrangeiras. ~itona" ocupava-se, sobre• • • 4 t udo, da exlbiçã.o de músicos -..,...._,,_____- _ _ ~ ..,•"'"',..,.,....,,.#-#'4..N--"' ~~......,._,~.,.... .... "Está certo que • e difu.nda a m1'1sica francesa. Mas uma música, antes de mais nada, deve ser feito executada de maneira completa, seja qu.i.l f-or a origem. E9ta a razão por que a uTriptlca" abre sua$ portas a todos os compositores que contribuam com qualquer coisa para o conjunto desta arte. por excelência, univer– sal" da Europa Central Isto ex– J>lica por que ela cessou todas as atividades em junho de 1 940. - • A "'r.rlptica", ao contrário, eobrevivéu. Seu fundador, M. P ierre d'ÀRQUENNES, conti– nuou seus concertos - en– q uanto abrigava em sua casa dois soldaóos da Resistência condenados à morte pela Ges- tapo. , Antigo aluno do Conserva.! tócio, pianista, sollsta numa estação radiofônica, composi– tor nas horas livres, membro de yárias organizações musi– ca is, P1erre d'ARQUE'.NNES explica: 1 "quando fundei esta asso– elação, em 1934, era a mesma .d:estinada a uma tripli<?e ati– v idade: dança, poesia, música. • • ~ pouco tempo, assum1a a • música o primeiro plano. Es– forcei-me ~ r fazer da "Trip– tlca" uma verdadeira exposi– ção da mwlca contemporânea. Fornecl, por meio de obras de valor indiscutível, um pano– rama tanto quanU> possível completo da produção musi– cal de todos os povos. Três ilustres musi-cos preei– diram a sociedade no seu ini– cio: RAVEL, DUKAS e ROUS– SEL. Em 1936 obtive o patro– cinio da Educação Nacional, que me destinou uma subven– ção, em 1939, a qual, infeliz– mente~ teve cuna duração. Minha grande preocupação é que sejarr. conhecidos os jo– vens virtuoses aos quais peço um programa que saia do ni– vel comum. Nunca temo os contrastes e é assim que. no SUITE BARBACENENSE (Ccntinuaçio da Lª pag.) bém J,JOr Emílio Ohione, e da tendente r ecebeu da sociedüe apaqbinette Za-la-Vie, que barba.:enense uma med_aUia de IICl:lbava sempre morrendo a ouro pela CJl;iblção do filme navalha.da . nu;m cabaré de "Brutalidade" . no qual Gee>c• ldon.temartre. E além d lsso a ges Walsh, de cabelo escorren– anáqui,na andava tão ordiná- do na testa, dava um bofetão ria .que não passavam cinco internai na mulher importan– m lnutoe sem que a fita não se te que vie ra de Nova York que iJnal!5e. ptra fat:e r pouco nos " cow- 0 senhor tenente intenilen- boys". k dó Colégio Militar foi alvo Barbac~na sabia reconJaecer da gratidão barbacenense. TI- ~s mérítos! Por L~CLEMENT (Copyright do S. F . L) próximo concerto, poder-se-ão toram irradiadas. Antes da ouvir prelúdios e cantatas de guerra, pua.e proporcionar au– ~- S. BACH êm seguida às dições com orquestra de câ– obras de DOM CLEMENTE mara, e, após a Libertação', JACOB, um ísraelita que se tocaram para a "Triplica" a converteu, ~trando para o orquestra de cordas de Mau– co11vento, e que compôs, en- rice HEWIT.r, vii>linista de– tre outras peças, partituras portado, a orquestra LAMOU· para piano e músi-ca vocal. REUX e a orquestra Jeanne Em doze anos, dei 375 êon- EVRARD", oertos, compreend'e<ndo vá rias Antes da guerra, Pierre d. "Primeiras audições". Algumas ARQtJENNES mantinha cons- Movimento Literário RIO, via aérea (A. U.) - PRóXIMAS EDIÇõES Evolu~ ~ da Prosa Brasilei– ra, de Agrippino Grieco, p ri– meiro volume das 11uas obras completas, a serem todas lan– çadas pela Livt·aria J osé Olym– pio Editora. Geografia dos Mltos Bras i– leiros, de Luiz da Câmara Cascudo, na coleção Docutnen– tos Brasileiros. A Cidadela, 8.ª edição do tâ. moso romance de A. J. Cronin. ~adução de Genollno Amad o~ para a coleção Fogos Cruzados. O Sexo na V1da D il\ria, pelo Dr. Edward Gritf.ith. Trad ução do Prof. F. Vitor Rodrigues; prefácios de Walter Langdon– Bro\vn. professor da Univer si– dade de Cambridge e do Re - verendo Herbert Gray: 2.• edi– ção. Coleção A Ciência de Hoje. Ciume, s.• edição do grande e pungente romance de René– Albert Guzman. Tradução de Gastão Cruls para a coleção Feira de Vaidades. Ao'- do põr do Sol, roma,n– ce de Elizabeth Howard, que obteve nos Estados Unidos prêmios no valor de Cr$ ....• 2.900.000,00. A LOOO EDIÇAO DA LIVRA– RIA JOSÉ OLYMPIO Com a publicação de lnllÕ• .nia, volume de contos de Gra. ciliano Ramos, e ~ue faz parte das Obras Campletas do gran– de escritor, a Livraria José Olympio Editora completa a sua 1.000 ed ição. Ilha um cunhado no Rio que ---------- --- ----- ----- ------ estava precisando arrDJDar • - Sebastiana, você uma me- AI 111"1 I D A D E ,vida. Nnma rápida delibera- nina tão inteligênte, como foi 111. '-' ~ o rap:u apareceu em Bar- que não aprenó.eu a lê.r:? ba.cena e montou o Cine-Bar- - Eu não podia ir à escola. 1,aoenense. no andar t érreo pôr que não tí11ha roupa. dum sobrado pegado, à Câmara - 1\tas em casa, como é que J,lunicipal . Era pequeno mas você se vestia? limpo. Tjnha uma. sala de es• - Nossa mãe enrolava na pua co1n cadeiras estofadas e gente um saco de estopa e flMes arfiliciais em vasos de amarrava embira na cintura. porcelana. Tlnl1a IIDI Jornalzi– nho semanal. com concursos e p rêmios, cadeiras austríacas na platéia., máquina nova - um ei.nema decente, enfim. Os pro– fRlllill ênfi o nim se fala! Btr; bacena podia deixar às moscas os beijos de cinco partes do elneina carr.amano. Porque o C:,ine-Barba.c:enense só levava fita americana - o período eõr-de-r osa do cinema ameri– cano. de ingenuidade e far– ;west. A população de Barba• eena foi então eo«rossada com William Faro-um e seu irmão Dustln, Violet Me r e eraux, F.allDy West , Dorothy Dalton, Gladys Brockwell, Wallace 11.ead, William Howard. June Cap.-Jce (noiva do pre.cedente, • que doutor Cruz tinha o gostinho de pronunciar J'une Kefpriss, e cujo retrato ucallou eomo marca comercial da Casa &bioro), e Pearl White, Ge– nldine Fa rrar, e o grande, o Infinito Goorges Walsh. -x- Incêndio, ou a,n,tes, oom~o de. Na multidão q ue. se com– prime pa,ra apréciar o espetá– culo ci,e destro~o (os da guer– f {I,, i!t\agin!l4~ ou -v~ tos ne ci– nen1a, não satisfazem. Alicio inveja a sorte dos devedores dia firma, se porventura as fi. cbas !oram incineradas; Temu– d'o procura a sensação e&téliea. que lhe foge: fumaça. e não cbama. irrompe das janelas cinzentas, numa decepciooan– te unilormidade de ton1; Ono– fre vê mov,er-se a longa escada obliqua enltre o chão e o fogo, por onde mulheres de. calça comprida descem de costas, enquanto bombeiros lhes am– pamm as nádegas, respeitosa– mente. - Ah, o Pare Royal, aquilo sim, é que foi incêndio. . . re– sume um sauàosi!,ta, com des– Pl.'CZO. ' -x- Com esses vestidos de duas peças, que deixam o ventre ex– pwto. pairece que nada maís havia a ocultar. Há. Assim (Continuação da 1.• pag.) Pensam as 1)lães, e esta não se alla, o -consôlo que se ofere- cansa de advertir: ceu sob o calor. - Minha filha, eu vivo J.he No dia seguinte, abre o jQ.r• P~indo que não :faça decotes nal e lê que o ônibus 9.e espa– tao abertos. Quando você se tif.ara nwn poste. Vem-lhe o inclina wn pouco, a gente vê reu1orso. Culpa, talvez, daque– tudo, até o que não deve... le pensament-0 maligno. Não; CE:tetivamenl.e, é posstvel ob- era ímpossível que o pensa– servar no busto um minimo meri:lo ljvesse tanta fôrça. Para q~e de ominário o sol da praia certificar-se, teve vontade de nao chega a queimar). desejar simultaneamente uma Voltando-se para o arnígo: e,oisa má e um.a coisa bôa; mas, - O senhor d•esculpe, Caiu na dlúvida, absteve-se. , é mui-to sem modos. E essas roupas moderna.s encabulam tanto a genle... A moça intervem: - Ora, excelentíssima, não seja cbata. Com esse calor vo- • • ce quena que eu andasse de opa? E daí Abel não está in– teressado nessas coisas. ~le é casado ... Abel pensa em protestar: "Quem disse que não estou?!'' mas finge não ouvir. incerbo se, na emergên,cia, o correto é ttanquilizar uma ou Jlsonj~r outra. -x- O homem víera evidenite– mente da praia, e havia nas s1,1as rou,pas a úmida(j~. a areia, o pegajoso do mar. Não per– mitiram que entrasse. - Tomara que essa porcaria se esbod-egue - foi, em voz -x- Entre a.s amendoeiras da co– lônia de pescadores, áuâs jd– vens se encarniçam em plotar as montannas longinquas, o mar próximo, o sulc-0 das gai– votas. E a fila de ônibus (é um fim de linha), na sua espera paciente, assiste pela primeLra vez à duvidosa criação da obra de e,rte. Primeira observação: embo– r-a pla.ntadas a dois passos uma da outra, cada uma àiel.as vê o ma·r, a montanha, a gaivota de um modo absolulamenle di– verso do modo da outra. Segunda ~bservação: nem o mar, nem a gaivota nem a montanha de uma ou de ou– tra se parecem com o m,ar, a gaivota e a montanha natu- rais. tantes relações com as Socie– dad'es de Músl~ de Câmara estrangeiras. Promoveu aual– ções de obras ele compositores suíços, italianos, holandeses enquanto que a ''Trlptica" dl• lundia a música francesa, no– tada.mente na Holanda. "Meu maior desejo é- ver re– encetados esses intercâmbios, de maneira cada v_ez mais am– pla. E§,pero poder apresientar, em breve, um concerto áe mú– sica amer:lca:na. Não é que f al– te a vontade mas. sim. o ma- RIO-Via aérea (A. U.) - --Pearl S. Buck, a grande eser'itora de "Cl1ioa, velhQ China" publicou em ti:n.s de novembro último um nO'VO li– vro: "Pavilion of Women", em que estuda "a mulher nos seus variados aspéctoo". Uso EAbuso Do Folk -Lore (Co,ntlnu,-ção ela últ. pag.} mosos. de genlle que paliliOII dez e vinte anos estudando es– sas iou1iUdades admiráveis para certo5 sábi os, dispondo té-Onioas e meios de compre– ensão e uso para a ciência do Se>cial, do He>mem com seus irmaos. E!llla& "puer.i~idades" apaiitonam Universidades ln– teir.18 e ate há uma delas gue CQncede o diploma de l>acharel ou de doutor em Folk-Lore, O uso do FOLK-LORE no Brasil lnfe lismente se aplica ao voeábulo mas não ao co~– teúdo. Nunca estivemos, como agora, lançando apelos aos ho– mens de 'boa vontade pa.ra que reunam e salvem do apodreci- Terceif"a observação: o mar, a gaivota e a montanha natu– rais são completamente distin– tos da representação que óe cada um desses objetos forma cada um dos c()mponeotes da fila. A 1ila cai em perplexidade, não sabe se dJeve ou não ad– mirar a obra de arte. As mOÇas resolvem o probtema, vollan– do-se: são feias. -x- Por um cruzeiro, a bóa se– nhora quer a melhor espiga de milho verue, a mais bem assada, paTa. o seu adorâV'l!l garoto, (lue espera e reflet,e, dedo no nariz. O vendedor apresenta-lhe um ex.emplar, que ela recusa: alguns grãos não se mostram suficientemente tos.tad<ls. En– tt·ega-lhe outro, mas tem a mesma sorte: o [ogat'elro quei– mou-o demais. O homem pega as espigas do funa.o, quem sabe se ac;tueias? . . • A senhora -tem um a,; grave. de quem escolhe terreno. Suas mã0& vagam, de– têm-se, apalpam (como quem escolhe lazienda) . Eº necessá– rio eleger a maior espiga, a que ofereça maiores v11nlagens alimentícias, tenha o aspécto mais sedutor. Sim, talvez esta. Ou melhor, aquela. Só então a bolsa se abre, o cruzeiro es– corre para a mão do vende– dor. O coração materno está sàUsteito. mento que o abandono Justi– fica, aa espigas da s•a de 1too11, a s,eára onde !ute nio quís ir procurar noivo nem ~ pao.•. O desenvolv imento lndus– trial não anula o FOLK-LORE mas o 'IUll])lla, de tennioao.do outro, c-om s uas "estorias", cantos, ~ntalldade, danças, imagem , voca.buJá.tio. O FOLK– LORE de Detroit é wn dos mais ricos e suresUvos. "The industrial folk tales and songs ln this book are evidence enongb that machioery does .not destr oy folklore", escreveu: B. A. Botkin no A TREASURY OF AMERICAN FOLJ(LORE. As nossas fabricas e baluos de operários de industrias são ton~ folclóricas, com a ri– queza de peculiarida,des 1 sel.n preço. O pesquisa.dor li que está com pre.guiça de de ixar a cidade e ir conquisw a con– fiança para a intimidade con– fidencial das s111>e_rstições, sa– pateios, cautigaa, os herois lo– cais. Lembremo-nos que os próprios morros carloeas for– necem, para a curiosidail e Jor– nalíst ica, os sambas e 0$ easos pe>liciais. E sabemos que wn ])fundo · inteiro fervilha nos • morros, espera ndo a chegada do revelador ... Certamen&e estamos longe de uma fase valorlza.dora do FOLK-LORE. Só a Ei,co1a N11- cle>nal de Música tem o seu profes.,or de F e>lk-L-0re, o vr1- loroso Lo.is Heitor Correia de Azevedo, sabedor e teimoso nas caçadas melód1eas- e r i t– mioas. A s Academias de Ciên– cias e Letras têm todas FHo– aofla e Sooiologia sem E tno– rrw.fia, espé-Oie de matemática sem a_ritmétlca. Falia-DO!>. evi– d~temente, que o FOLK-LO– RE seja tomado a sê.tio, de i– xando sua conven cional vulga. ridade buow-rísUca, seu papel ele curiosidade, d-e exotismo, de comicidade. ·usando e abusando do FOLK– LORE e não o estudando uâo seremos capa~ de compreert– der o flomem Brasil#iro na sua normalidJMle diária .. . NATAL, Fevereiro. 194'J. Seis meses dep~ls d11 lnau– praçâo. numa sessão de JlOD• n . o c11nhado do tenente in• ~.:.....-----·---~----:--::-----~ ------------- - - ------------------------ -- ------------- - º frasco, nsm a essencia oo o estado de graça poêtica, Mester, o &en pecado, t.o :francês, com que ch>~ia à'asoo; faço a essencia. Quem intelectual ou 9ensitiva. Sêr A IMPOPULARIDADE DA POESIA NOVA ca se de clerecia, até o nOS$O temp0. E com :ts 4P.Uder que a colha. Sou, fui 1 poesia e não poeta." F&blar c11rso rimado por ú.1:timas experiências poétl- e !lerei pla-tônico. A e.'tpres- Eis aL A' força de desti- _ (Continu.a.ção da últ. pag.) ta ouaderna via. cas, passado o Romantismo, aão ala.dâ , graci-OSa, e nadia lação e mais destilações, ee- A silabaa cunladas, e.a torna-se maior ainda a dis- m ais, nada menos. Que ou- sa poesia de essencias acaha e o grande público, disse hâ f9rma,d,as na Idade Média. es gra'nt maestria". tancia entre a poesia de all'! 11,ros seja'm os pedoreiros ou volalilízando-se. Aí está ao tempoo o sr. Roger Bastide A a,rte dos trovadore6, (ieJ e a poesia de tom popular. l)IKl.eiros plás_ticos do idioma que conquz, pelo menos teo- que o problema da comun:i- à !unção ludi<:a que ss acha Não queria que o coofun- Com os poeuis supra-r"a- ricamenlle, o paradoxo da cação d;a arte é utn problema na origem da poesia. intr<>- dissem com um poeta oo listas, que awiram. não a espanhol". a,rte pui:a: ao individualismo de educação das massas. Fa- duziu nos Jogos poéticos da povo: era letrado e religioso; "mirnesis.., à Cormaç5o d~ E disse mais: "Desdenhei anárq~ú= e suicida. lava da arte vanguardista. é sociedade o que denominou não LIS>llv.a a forma pedestre imagens h-ansmissiveis. mas sempre, e mas cadu dia, o cl~o. e ponderava q~ as "troba,r clus", forma obscura e gasLa dos jograis, pro!ena à delormação destas, de mo- "assunto•· e a "comt)OSição". Diante disso, compx,rende- massas, J?ara compreendê-la, dle poet.ar, a que se a:tribuia e às vezes pecaminosa; co- do a pertut·bar o n0S$0 muu. O que sen1pre me tenola é a se que os poetàs e os a,rtls- precisavem de um catecismo um valor especial. E desde nheeia as bôas regras de ri- do convencional, o ato po&- eeosação que um fenómeno tas de v.inguatXla tenham fi- que as iniciasse nos seus ri- o inicio houve uma poesia maor e lt·ovar e sabia enlpi:-e- tico vem a ser o privilêgio produz, a inquietude pensa- cado sem O grande público. tos eootéricos. de tom popular, a do ''mes- gar o te.matice alexandrino de uns poucos inici ados, que tiva e sensiliva que fica de- E compreende-se que, pa'!'a E ' isso possível? Tenho pa- ler d~ juglaria" <como s e monorrin,o, próprio dos mes- não querem ser entendido s pois do assunto e antes da fugir ao isolamento, muitos ra mim que não. Pode have-r diz na história literária es- tres. e. parece, alé se einvaJdeeem composição; e o que me in- tenham coru.iderado quie a e tem h.avido uma arte pa'l"a pa,nhola) , à qual se opunha A sepa•ração eníre 05 dois de que não o sejam. tel'eSS3 é libertar ~nsação e arte deve colocar-se a ser- todos. Mas haverâ, também, à poesia culta, a do "mes- oficies de poeta. o jogralesco Como é bem de ver, a ;inquietude'". viço do lu~mem e dos fins ao mesmo tem,po, uma a.rte ver de cle,:,ecia'', exercitada e o próprio de cleresia, aoon- questão aqui aflorade pren- E ainda estas !'.)alavras, quie a sociedade persegue. para poUOÕS. P ;:.nso que e:xls- por cletigos ou lel.rados que tua-se depo1s ~essa época, de-se à exp1~0 f-0r~. a q u,e muJtíssimos poetas no- Mas esses caira,m no pa.ra - t~rá sempre na poesia e na se orgu1hava'm da superior!- na qual precisa-mente se ini- estilos de poetar, e não il vos subscreveriam: "Creio doxo opasto, o da a1rte como &rbe, como na filosofia e doa:de do seu oficio, nl'is,ter eia a 1atinizaç-ão LHerãria. A oriação poética prC>llriarnen- (tue na escrita poelica. como função puramieinte polítlca. na ciêllcla, uma crutta de [ni. ou ministério, como o decl11- oor1·ente culta triunfa então te (iita, porque esta o ê etn 11a pintura ou na músi,ca o Esqueçam-se as 'teorias e clados, donos de ex.periên- rava e.icplicitament.e, urano no mundo aas leu-as o.ovi- viriµde de ~eu caJ:ater ín- essunto é a retórka: "o que cons.idetan -se Ull'icamenlie elas mai:s ricas que as das de sua condição de poeta la.tinas, com os modulos re- terno, qualquer que seja o 0 1!ioa" é a poesf.a~ Minha ilu- as nóvas experiencias e cria- -massas e as quais estas não ai-eito ao modelo acadêmico T\asoeniistas italianos, a.pura- modo por que se m3nüesre aão l.em sido sempre a dce ser, ções de arie. Devem N?pu.- alcançam. da "cttaderna via", importa- damenbe a-rtlstícos. O elas- e pouco importando a con- aada vez mais, o poeba do diar-&e porque são i,mpe-1'- O pr.oblema em alusão - dia de França, o autor• c:Les- sicismo d o Renascimento ceituação, platônica ou aris- ' ª que fica", até chegar. um meaveis ao povo? Seria ab- se é que r~aimente ®Cislle oo~ido do "Libro de Ale• converbe- se pos-terlormente to~ca. que se tenha do ter - . dia ..i não escrever. Eoor~ • m'do aifirma-lo. Retertn@- tal problema - nada tiem de JGandre'' : ern neo-classi<:ism~ l!§loolar, mo poesia, e qu~r !>rote da • não é senão uma prepMla- se ao divorcio exi.sl, eflite en- oovo. Teria~ &w,gldo com as l\le.&ter trturo ~ennoso, ou p~IJ.d9--class.icismo. e pe- campina popu~r ou se cul- ção para não ~re,v,e,r, para tre os 1111\tib-tas de va,ogua,rda • a11uáia liiteratu,ras eu:ropéiea non es de 10C"laria,. netra nas llCildemias, ao jei- tive 110 )&rdim das letraa. • • • • • •

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