Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
Dainingo. ·28 de dezembro de 1_94_1 _ _.:::.,.__--,--·___ F_O_L_H_A__ ~ _O_N_ OR!E______- ____ ·____ 3._ª_P_ª_g·_;__ -----:---:--:-- - -- num esforço extremo. conse- Marin-e11:1, c:dadão italiano de guiu ;ilcançá-lo em o Nor te, :formação cultúr~ fra-n-cêsa, ao tempo daquela absurda c ompletara o seu tíl'Ocinio li- tel;l-tàt1-và de desesperada. de- terário no ''Qu,l'rt,ier La,tin", fesa q"ue foi a assim rba n1a. comp<>ndo enigmâtlcos versoo da república de Sa1ô. Ai se ao modo dos mais evanescén- e)!:tiriguiu n~ qja l.º dll De- tes d1,sc,ipu1os de S.tépbaneMal- zembr0 d= 19-14. d 16 · d · · · L II de partir, dizia sUS!pirando aos " ~armé. Sobretudo, a,pren era g ria a connha nac1ona Que re•<>ta e re,,,•ará d"le 7 , d d ·d ,.a en Ch ,. M 1· i amigos: ";E' pensar que a ,, -' "' el1 o . esprezo .as l ei s • ·· a,mauo por usso lll· pa,ra Res-ta, sem dúvida, a memó- tão universalmente aceitas e enverg,a-r o uniforme entala- Giuliano SCALA União Soviétiea fo1 o primei- ria de .uma nobre figw-a mo• d ar•,: ' as cons1·derad~~ in- na,do da A-cade.mia, · Marinetti ro paás a aceitar totalmente as ,, vr, · · ""' rail, circunda.da <le respeito e ,tangíveis. Fôra o primeiro a tornoµ-se um personagem (Copy~ighl IP~•. com exclusividade para a FOLH o futurismo• •." Parecla~lhe simpa.Ea me,smo po.r par~ d-OS içar a bandeira da revolta oficiai: era a consagração e DO N·ORTE, neste Estado) estar oo.m-etendq quase um múi>tos que não pudera,m contra todo o passado, .e ta.l- tamoom o crespús;cul-o da sua a.to de i,n,gratidão. O fato é aprovar as suas Inocentes ih. vez ex,agerasse a.penas um indi.cvidua~idade, N-ão pedira matéria ~e ender~os literá- vesse provocado iod~ a,que!a · - -n.n.lft" pouco afirmàndo que os ou- nem aquele -nem outro post(); n'os e a-rt.ístic<>s cedera luga,r algazarra por 11,n•?'°ªde1ra, que a Russía se vin~ou, in- cuxsoes na rr-· ica roilita.nte. ad 1 ,. f ~.,... flin,gin. do ao velho comba,ten- Literariamente, restarão os 4ros. movimentos inov ores não se a.proveitoy dele paira a um espmt9 de larga e cor- Resta,va- •~e 0018. uruca . r-:• . "Manifestos''. poderosas ex- haviam deriva.do do seu. Mas su-as vantagens pessoais. Bom dia!. equanimidade; contava queza: na-o se a,per-c_eb1a ~-e te o martkio das suas tre- . 'l.lm inconveniente de todas as mari:ào e bom pai, viv:ia mo- os seus melhores amigos en- que envelhecera. e nao sa:b1a mendas temperatU'ras. Rea- pressões de uma dialétí,ca ori- vl ·to'~i·-a~ !a!' o de que os vitorio- . lhe<: Q do tev ini R ,.,.d ginal, que_girava ao redor de -' - des1:amente co.rn a sua. belà e -tre os professores de filologia encve • er. uan ~ • pareceu em oma, p... i º• motivos e assu'l)tos sentidos ts-0s perdéram o moti:v-0 de pequena famllia co,m os pr~ latina e gregs. e entre roma•nr cio a compaooia da ]!:ti-opia, ma_gro, triste; áfono: esta-ya com -:iovidade .. e força mui.tas comba.ter e, frequentemente, ventos da colaporação para cista.s. à moda d e 1910; evi- êl-e já tinha sessenta anos; no con'd-ena-do, por uma . gravts- , na - 0 ""ab=m ..,.zer ou~~a cou- . , ,.~ t . 1 . t . ,. vezes extraordinári.as : _pági nas - ~· = .... os jo-rnaJs, aos quais dava a?':· dent.ernente, ·senti'<! que tam- en,....n °, ª 15 ou-se, ª. -i·n. "'ª uma sima afecção ca-rdi,aca, que d e~~•ss· 0 ·gn ·1· d ~a. Po;, be·=·. o · des-tin-o quis • l t e ~= s1 i i-ca ·º ccns• u "" ~.. ttgos a.p:reci,a,velS e, mui.tas bem o futurismo já pe'I'tencia vex, como vo 'U<ll ario, -pa:ra poderia tornar fatal qual- tr t· d · gul 1 ""Uâ houvess ' . e o que· comba- t b t V l' à ,_ u IV'O, e ,s1n ar va or ai-. ,, ~ vezes, ter-rivelmen e sensatoo, ao passado. DE!Seobría-se ne- com a er. O· , ou pav,ia, quer mínimo esforço, toda - ter ainda·, mas um adversário cujo cara-ter futurista e:onsis- le ,a sua verdadei:ra natureza ex,tenuado pelos es-for·ços. A- m ,a.is leve. ,moção. Entreta:n- tiSUco. En.fim, re.s t arão t.a.l– bem mais tenaz e perigoso· do tia, no maior número dos ca- de bom meninão, que sem- pesar disso, cinoo a-nos depois, to, sobrevi'Veu à queda do vez. aqui e .ali, alguns tre– qµ.e se mostrara O passadis- sos, apenas na ,falta de pon- pre fôra, sob aquela másca-ra julgou seu dever tornau- a ser fascismo, 'foi talvez o ú1tim'6 cbos dos poemaS, onde un 1 ás– mo burguês: 0 imperialismo tos e de. vírgulas. ~ ~oz violência verbal. sol-daél,o, e:onsegui:ndo s~ en- dos itaJiano.s, a conservar pero hálito de lirismo since- au~r.o-gennânicq. Podia - -se, A sua intransi.gência em Sttrgia a duvida de que bou• via.do à frente russa. Antes comia.n,ça em Musoli,ni e, i:o conse-gue transce nd ér a pois, experimentar a "única cerebraJidad·e da norma pi;o • h igiene do mundo''. Mari-netti úL TIMOS LIVROS gramáti.ca p r e esta.belecida, não ·hesit~u um tnst;inte. As :Mas; no ca.m,pÓ da li-te.ratu,ra, noites futu<ristas transfor- •r· 0 qUe Mari-net-ti des:t'ru'u é ma-ram-se em comícios favo- • t muito mais ü;n,po'rtante do ra.vel'. sdà dint ervPent_çã~ dadftámli~ ·oca .·U a'rio o .·urn· O· que êle _fez. :tl[a,rinet-ti des• ao, _a o as., o ';_nClas e o- truru o "<)annunzianismo", ~,a•tieas.; e Ja nao se expu- Todos na Ifál:ia. e não só n a l'llham ào lanç!Wlento de hor- ]fâlia, entre 1895 e 1910. h.a.- t,a,liças, mas aos tir-os dos fas- SEBGIO · MILLIET _ viam escrito em "dan:n;unzia- li diora-s. N-em Ma'l'ine:tti oon- no", in.c1usiv-e ·os joi,nalistas: ten:t.ou- se com faJa.r: acorreu, (C yrl .... · FOL.HA ' "'"-,m f"z·;~, po~ ve·~es, e"'fle- , · op g,u E. S. i.. com exclusividaàe para a .• ",..., " .... , · •A~ vol-ti,ntá,rio. à frente, foi feri- · ".a·o =r~ o ....J..pr•o D'A-~nun• , DO NORTE~ neste Estado) ,,, " " v,v • ~• do· e co-ndocorado mais ve- zio, ni'1,lito gr,.i,nde artista P,11· :zes pelo seu valor militar. s. PAl)LO - De Minas, de onde chegam agora. tantos os brotos, como 'que para afogá-la ~o ~r subterrâ>neo d~s 1 ra imita,r-se sempre a . si m-es- :Voltou ~ .~erra com nma bons livros de poesia, recebo "Vocabulário noturno" de Ja- recalques. Aliás, essa atração do an1qmlamento em sl pro- m-o: de qualçuer fc'ro.a , cos• noya e decidida vocação: ª lu- qties. Prado Bra.udão. (Edifício, ea, Belo Horizonte 191'7). m pr,io, aquilo a fJUe eu denomino o "c,h,ama~ento !ª' maaru- tmnava · repet-ir-se mara,vi- ,ta :políti•ca. Em ver-dade, pat'a nos 11!?_1?mas de esuéia. dêsse jovem uma torça e::qwessiva. in- gada'', é perfeitamente expresso em O na.nfrage lhç>sa.mente. Era · uro esjile essa i,nesperada ã-tividade, vuígar a . serviço ele um fúndo de ang(istia sev:eramente re- que, mesmo na..s mã.os doo carecia absolu,tamente, como priínitla, comum a toda a nova geração brasileira. Parece Já• não sou a mesma pat.gem proou,tores de prosa p ~des- =il,iás m·uitos outros q_ue a ela estranha. ma.o; é psicologicamente, muito· com,preensivel essa que e1utl!ora meus olhos -contempla!-am. tr.e, decorava os temas mais se dedicar.aro, de qualq).ler pr~ce.nça.. ~el do 'IDM' que já o~rvei em mais de mn poeta - g_i,andes mã,os 4 ue levam a.o fundo usu•;i,Js com a predileção ds prepa-to ou índole, que não mineiro. O mar é a vi.a.g'em, a evasão, e ao n:ieSJilO tempo O imensa angústia.. multiplicada certas- pa,lavras preciosas e :f<>ssem a · facilidade da pala- síml,olo da volta ªº· aeonehego ma.terno, e ·portanto da- re. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ' . . . . •• antiquadas, éom o abuso· de vra· e O tremo polêmico. A núncia à v.ida áspera, •sem horjz-ontes, a que a província iso- desencanto que roi e .envolve . ima,ge'n,s ti,radas de um re- sua su-períoridade consistia lada do mundo obriga o intelectual. Nessa. solidão as soluções dentr:o da claridade ein21à d& memória 1>er;t6rio conven~ional. com a :no generoso pa,triotismo e na são limit;tdas: o sonho ou -a autn-análise, .Para o poeta, .. en• maneira.goras subme.rsas se agitá.m :f1Íondo$a orquestração do pe• boa fé. Depois de ter so_nd. ~a- tretanto, a auto.análise é U:\!J eereeam~to. uma p,ris~o que 11 é.ste- olh11cr que foi meu e a.gora rí-0:i;lo a b~se d·e a.djeiivos e cio; po,r um. momén:to, a l . eià se faz menoi na. meililb em que a esquadrinha. O mundo nunca mais iiuminará oomo o mat ·Adv.:érbios gastos sem eeono• extra,vagante de fazer d.o fu- t~nu1,-se: úm ~mitêrio e pouco a pouco um túmulo. A a.ná • a, fosforescência das algas a,pol1Nlcid34 mÍa . Matinettj, irrompendo turlsmô uni _l)ar1:ido póll:Uco, 1· . . .b . re ucrde·· no _,.... ::r· 1·0 das pa.I~vra.s; CAJ;n A ··seu .#,a" ju·vAn1·1. J·oft.ç,u ise e c,ttva;i--se so ·re o pa.ssâdo e o Pa.$do ê 'a morte pre- º ... ...,.,..,._ w , v v = -.. _ :MaTinéttl tomot1 parte, em m t - •· . nelos a,res a.q.uele A--poei'ra<l= 9 9 • d "~ .., a ura, verso q,_ue nao re,resen~a apenas·um grito de re'Volta · 1 .- w - -.. ~ 1 1. . na fundaçaoB o~ 1eaMsc1 , mas -também uma filosofia amar-game~ realista. Pprque re- Ora. .é com O mistério élll5 palavras , que os poetas cc>ns- guarda - rou,p:;i fraseologico, formando com Tenito . .us- eordar, mergulhar no passado, só é viver pa"l'a que~ ;já es- troem um -mundo em que .,p~am viver, um mundo. ,de va• .faz~J;)do·o arder em chJ !m.as. soliinj ê ':Artur0 :osea,n.1n1 o gotou • d t . _ft,. , l "'r- ·' il"re_ntes. __, 0_ mais da_s vezes hostí_s aos ib_ in~eligfn_oia O futu,tsrtio nãõ foi t.al \rez triunvirato que chefiou, em , ~ tecursos o p~ell e e· ...... a espera. do .futuro. v ,.,, '"·-"· - _ . . . _ MHã·o, a prian,ei,r,a batallia JJesta o sonho, ~m 1> iJl;!.l' eng:,\liador' e a v,ia.gem, a a.ven. e cuja lógica $tá na- intuição, na sensibilidade, om:deéendo a mais do que isto; xna.s pres• eleítoral fa-scista:, que tei·mi- t~1a. do at livre. Mas tuào isso se ~nehe:ga à$ vezes num !lma trama· subcoDS(liente que nos escapa tant-o mais «.Uanto tou um grande se'rviço à cuJ. nou num colossal insu~esso. sunples rosto. _amado que .pela promessa de· fêllcidade e de ma.is JITOfum'la e quanto menos inicia.dos so.mos na magia dos t'ura e oo bom g&to. obri– Datou de então O seu musso- ~onbo é· tl!,~nbém um:1.. v~e.m~ _Talvez a ma.is bela dás via.gen.,. <.1ons e dos ritmos. Daí êsse a,,$peeto algo çaõtieo das imagens, gando todos a aprender, outra. ' 1'in;i~mo. que· foi fanático, ma., ~ue o rosto desa.Pii,reça, P,orém, e a. angústia sqbstituirá a essa. entrosagem surrealista de elementos- dispares para a ra- vez. a escreves:, isto é,. a pen• des-interessado e fi!el até O ú:1- una,gem no escuro da. desilu$áo. 7.ã,g raciotina.nte 1113$ intimamente ligados uns aos outros. O sar, oorn simplicidade, µi-e- • timo dia de sua vida. leitor amante de poesia sofre a influência do· encantamento cisão e mod~rplsmo, como ba. Déta cabo ao patrimônio Os recifes e a.s praias e as viagens jamais feitas das palavras "oom· mistério", entra por assim dizer em estado v~m ensinado, em suas epo- com O fu.turiS1Ino; entre. os se reunem agora na. visão escurecidà de tua.figura. de· transe e recebe então a. mensagem cw poeta. Se compre- cas, Ma,nzonj. Cardu.oci e fascístqs, !oi raro exem.plo de .. • • • • •• •· •••••••••.••.• :. . • • . . . . • ende? · Nem sempre; sente porém; e pa..rticipll,, pondo não Vel'ga_ O cu:rioso ê que até cândido entusi:'asmo, e-o m Fluida, eter.na.me~ te ferida, tu . desde já· foges raro na e:i,.,-pressão do autor sua.s angú.stla,s próprias, sUb!l- mesino D'Annu,n-xjo ..se ressen- :aquela total incaJ> acida.de crí: per1lidamente como fogem «ius cabelos ootumos mando nela seus re.calques pessoa~. A verdadeira poesia é tiu, claJ:a.ment -e, n 0 f.iim <;le :tica que era inerente ao seu · · • · • • •, ••• , , • , •.••••. , . . • . • . • . • . . • . a$irn, v.omo o é a música, suscetível de Interpretações. s,~a ca-r<reira. da iinfluência ténl.pera.mento e co-m aquela Tuas formas líquidas se desfazem no sonJ.10 A out.ra. poesia, a, que se explica direii1nho, não passa. daquela reação. com.o se ob- :tidalga ingen,uj9, a.de de i•n,ten- tocadas pelo vento que agita as Jembra~as. de prosa rimada e metr-ificada. Pode até ser profunda., filo- serva sobretudo _ em ''N'O't- ções que i.ns ,p:.irava mesmo os sófica, descrit.iva, retoricamente.,, admiráve1: não será nunca turno" e "Faviile del Ma.- seus erros. As suas .mais re- 'Partir! Sim, bem o deseja, o poe1a, ca.nsado da solidão e poesia de verda.de . · glio". es,pelbos prodigiC1Sos de icentes iniciativas futu,ris-tas l~~ulidtt «'Om a idéia. de que su;1, insolubilidade é frato do Por isso que carece de assunto, de interêsse pa.ra a inte- sóbria limpidez. Mor.rera .-à não ti-ntnim sorte: assim_, à to• ambiente mesquinho em que vive: ligêucià linear, a poesia nã.o prescinde da forma. sem a qual retórlç!\: cfç estetismó, Enten- ;}a veleidade. de proscyever O não ·!!il t:raosmite. Não a forma. gra.matiea.l da sente~ça. a. que de-se que, entrementes, conto macarrão, que provocou. a in- Só te posso• falar esta.m1>s habituados na,. a.~lise ou na e~osição, nµis da, for- é h~m<11na.mente in~vitav-el, di,gnada reação de todos que, ~e coisas ~pies ; :ma. mágica, da forma enca.nta,tória., daquela C)Ue pelo ritmo, nas,cia outra: •a reto.ri ,ca cro :n.a ttáUia, comendo diaria- nin •iúario na penumbra, o som. a onoma.t9éia; a junção inesperada de paJa.v:ras, cria a.ti <VÍ'/lll)o tascl 5 ta., fundadà :mente um bom l)'rato de mas- entre livros, ro.upas e joma.i& o clima propício à descida no subceinsciente, permite que- su-• num ri.t.mó dinâmico de ex.. sa, jul,g11,vam, ao mesmo ten:i- ,,. • • • • ,. , • •• •• ••. •• • • •• b3n1 à tona as nossas emOÇões, proyoca, em nós a centelha da pansão física e de combate. po, estair fazendo júi; a uma rtvelação. L... ,rartir ! mas \ .í> ·Tudo e tão. longe ! No entant.o iria de bom grado pa.ra outras tel'.1'31:1 · , que ni-0 estas onde o h-oniem seja· livre. Um ''El DoN(lo" para o poeta, visão mli.glea. que o per• l ~ue, um pa.is ~, onde am'da existe al~gria. e prazer, e o d~Jo se J i • [dessendenta, onde o rem<>rso é ainda, uma palavra sem ·som. , Hã, pois, no poeta umac "1eeessidade imperiosa de Hber– taç!o e no seu â-ma.go menos acessível· 1l1Jia eerteza de .falta cometida t::x1gente' cie castigo. Daí talvez a o~ do ma.– que· satista,, a con~~dição das aspirações ~ tendêncta.s. Em "Odt- f"mal" o ~ta. ·que se e-x:prime sempre· numa -forma muno decantada, -esclarece melhor, menot1 hermetl• ea.mente, a sua personalidalde, revela um po~ :tnalP as ral• • see · de sua poesia.: I Agora começo a apreender: sou eentTo donde fô,ças se divergem cspetho inquieto pelíeula sellSÍVel Jedl'a que o-matt t>&mpo gasta -d~vagar ---- .. •-• .............. ,. .~·· .. ·~ .. .. "'\ -planta crescendo ~pa.ra. a. lúz e para ~ ma.l BALADA À LUZ DA LUA, (Especial p.ara a FOLHA DO. NORTE) Lua de branca fa<:e, Amiga do meu penar. A mo.ça por quem. padeço , Está no céu, está no mar ? Lua de verde. ,rosto, / Amiga do meu sofr.er, • A moça por quem padeço Virá das ondas mé ver ? ' Lua ~e.rósea <:ara, Amiga do meu sentir, A moça por qUe!ll, padeço -· Yirá. comigo dormir ? Lua de negro s'emblante. Aittiga da minha dor, J\, moça por quem padeÇQ.. .Acaso me tem amor ? -- ..... ~ _ _ .,,_._ - • , ~li a tnflnêneia •lillnt dúvida clêsse duiplo iropism,o do ~lor da vid•a, que atnrt para as viàgens, as av:entl,tras, e do fogo ,Jpterior «iÚ~ ta,; d9~ ili tl~~ iÕ!ll:e ~~ e reeª~• , , lorge MEDAUAR -- __,__ - • O sécnlo dos ci~ntista.s cultivou demais. a razão pura, e, dec;vt:ndando 0$ ' mistérios da. alma, da.ndo-lhes explicações fisiológicas ao alcanee de qual9,Jflir estuclante ~e medicína, infundiu-nos o desprê.zo • à ~stlca, perturbou-nos a sénsitii– lidade .recep~iva., tornou-nos t,npermeávei4! à poesia. E ag.uilo que aos ' prin.ütiv:Os se revela. tão aeessivel e eflcas, e nos -se a.figurá infant1I~dade i,ura e slmpl~. Mas a dipeissi,o levaria longe e ela aqui e~tra ~nas oca.siottâlmei:ite. 'Voltem.Oll a J'aq,ues l'rado Brandão. A:bru a.o acaso o livro e eàio na pá-gim 57. Seginida. par. ie do poeim. ·intitulad9 "0 b)ttuso';: Or.g~Jho triste 4le bomem e de ê~io . gue se alimenta no sono do desejo d'.~ pi,.~ _q~e os Ji;ing~ pauses oferecem do mistêno que o sonho 1e cons'ente, , à pe~ termina. com esta ~ d~esperada: .J &oli,lão resseca.ndo o corpo e o espíríto, cortando OS ri!JOS e âs li,,"l"imaS, . . .. . . . . . . . . . . . . . . .• . . . . . . . .. ... .. lúcida, fria, perdicla como o ~r. ... • .• .............. , -~ -\ ........ ti,as,· q'ile ~ D6s ,oohea<is vivós da infân,lrul n,as prl\ias 'ile sonho que estarão no amanhã. .t aqui, embora. o tom se a.presente Dia.is DMrativo, m.e-– nos esoté,rico, tentando m~ uma "explic11çio", o gúe s,-es– saíta do póêma .é SêJCPre 11, ~gem contr11;ditór)à,, "iva e a.n– ttl$tialda da evlJSáo e d-o aniquilamento inconseientelll:énte desejado; E$$a tioesia triste, amarga e fol)te de Jaques Prado Bran-, dâ:o ;t-$sinaJa o ~reomi~:oto· d~ Utn dos JWS$oll :ni~lllore. »oa-- ti\$ jovem.. •
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