Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
~~ - 2 a -.,..., , . • -pag~ - ♦ DlRETOh PAULO MA.RANHÃC> . - I._ A_RT-1 tSU.PLEMENTO l~ITE&ATURAI ' OlUENTA-Ç!JLO HAROLDO MARANHÃO t,O);,~St>RAIJORE-S: ..:: AJvaro Ltus. ALODS-0 Ro– cba, Mmetóa. .F•is9iier. MJjbonsns d.e ,Guimar,aens Fillio. Augusto Fred~ricll Schmidt, Aurelio -:Suargue de tlo– Uaoda,, BenedJtt. ·llhme& Bruno de Ml!nez~. Oat:10:S ornlDJllond de i\Jldrade. Cauby -Crnf.. eeciHla '1'1t!Tr.eles Ce<lll M~lra Cleo Bemai:d-0 Cyro dos -A.lfjot1. {JaT,l-09 -Eduariló, F Paulo M·e.ndes Raroldo Maranhão. ,Joi-0 ·oonile. ·Le,,) 'Hall tle Moura. Lêdo tvo. J-osé Lins. do Rêgo.. Marqtu,s Rebelo M-anuel Bandelm. .Mas Mar• -ilns. Murilo Mendes. 'Otto Maria Ca:11>eanx. .P~ulo Pll– ólo A:bren, lt. de ·Sousa Moura. 'Roger 11.ast1de. Rf'ba. _,,· mar. it~ 'Monrll. ltuy Guiltlerme Ba:1:ata. 'S,erglq ~Hlllet. Sultana Lev, " W,Uson Martins - - 1-- . E. . s. L, <lO&n ,exclusividade - pa.ra a DO N.<>R!IJJ:;, neste Estado) FOL~ ltiliO - As m'áquLruis ,esta~.am silenciosas,, o_ .P,essoal .ainda não y,-01'tar.a <de .a,J4n.Õ9ó 1e -a. .sala ;pareeia n;iai,olr,, m-aJs cheir31Il.do a p;oeira, n1ai!! estúpida .e hoo'.tiil -e~-~ m~ rel,)i.fil-~ei~as -e sim~jcaõ ,come tílmilID:OS. ~pr,ox1me1..ane do -es1.J.'e1to nicho, ~ut:élGSe, ,âe iôlih.o na -es;cad.9;: • --Nãc. vei.& óJil>~el)'\, ~T qw: ? --~tive adoentada.. --Adoentada .? Não sabia que anJ.os fi-Oassem ,~es.... . . • ? • -Quem te disse ,que -spu ail1Jo . ---&êU~ elihos. . --M:âo a,eha que ,es orlih~ i}Odem me'n.tia- ? c---:1\:. )g.ll :llS mentem, -sim, -0oino não ! Mas os seus acho quee ,são 'P~ ,da v~de. ,......·...,s1:1; pe.si: ç6es... --Oe!>-'llezQ; ! . I<louv:e um .silêisroio tr,a,n:r;a,d0 de moscas. Ela 1>assou oes ollhos ,110 ·r-'E'-16,gi-o, passeoo os .c!iedos br.a-n;oOB sôb:lle o teclado da mágu;.11.a. -en -cr.i-e.i o:o'ra<ge.m: . _ ·....aosta,ria de lhe àizêr S'U~, mas t~nho~.;não sei se le:v-a ,a mal... I,,evant.-0u ·o olhar: -A mal ? Por (lcU>e '-? --Bem. ,p:or.q,l!le há ;r.azã'es. --:P.ar.a tudo há r,azões, m-esmo para .3$ ,o.!>'isas sem -~e-· nhu,liJla razãó. . . Mas o ;que é ? --Ea:... . eu senti .a sua f-al-ta ·ontem. E<la p.ês- se séria., morde1.1 •O Iáibio i11.fer.ior, ,des ,conver.so :ti:· --·O .Ju•1andh· deis!?ou .a •gr.a<vata aí. • • . . Lã ,e.,ta,v.a ela sôbl!e a mes-a, ,um,a :~r.av.ata 'b.em J,ur.arndhir pelo .~o da-s ,cores ·-e .doo desenl1os. Re:sp.ondi sem graça: ' . · · O Juran.dir não é ,m:uit:o de grav,a¼s, n~ que fa.z mui- to bem, al iás, e m:esm-o boje ,está basta:nite que,nte. --E' A rua estava um ieTnO. Abafadíssima. E .açui 111ão $tá, .mm·to long_e ,disso, não <é ? --"Sful, -está t r iste. Porem ·mais um ,pou-co •entra -Ci in– verno -de ver.dad-e e então v0<,-ê ·vai ver o que ~ uma· gela- .teira. --E' '.trio a'(!J.,Ui .asslall ? _,.....;Quase tã:o 1lrio opmb .a ailma e os mio'los ,dessa ~e111be ! Ela :s-or-ri'u: --·Vici!!ê de.t-esd:a i$S-O aqui, .niiP ? --'-<·E •será pOSSivel não detest ar? Você já unaginou gen- te ma.is sórdlda. d'O que esta? FOLRA DO NORTE Domingo, 28 de dezembro de 1947 notisvo. P-or isso, começou a planejar fugas, acompanhar os circos que ~ instalavam - praça da matriz. Mas sua mãe ·go_stava de fala.r com ele, contava-lhe histórias de me– ninos maus que abandona– ~am os pais 'e qne, ·d.~pois, voltitvam, rotos~ doentes. A: 1 s vezes, ela o 'levava à igreja.. l\fandava-o ajoelhar, pedtt a Deus pal:'a abl'allà'-lr o epra.– ção do pai,. .• _ -"Ao· s.r i.nt.enogado se apunhalar.a. D. 'Maria das 'Do. res Naseiment~. l'espondeo que sim., mas -que não a -qne- . t " r1amaar... 0 -escrivã-o suspen~eu · a leit:ur.a, ollrou pa~ êle -por baixo dos óculos. .O pov-0, na calçada, começou. a comentar' o ffl~e em voz -alta, obri– gando •.o juiz a pl!'dir silêncio. O :aavogado da. defesa, 'impa– eien'te, meneou a ca.bé \)a, em -sina\ de desa_.P-rovaçã-0. O i;dl– ~ad'O tocou-lhe no .ombro : -Pr.-este .atenção à, l'ejtura.. Tentou ouv-Jr a v<iz do 1'ls· crivio, mas o passado volta– va. Ch.ovia mnitQ. A água ba. tia na oollertur,a., ,de zinco da barraca oom um ·barulho feio. .ttelâm,i;1t;g;O$ eonr:tav,am o ar e iluminà-~am ,o ,interior da ;na– n~a. O pai, rude, punr.a. lhe a ,,-erna,.: -Aoorcre. 'Jacinto. Venha "'er Stta mãe. O vento rodopiava como um doido· .dentr.o de casa. A chá.ma da vel,a, v.a.CJ ,ante. trem.éluzia. •·Debruçaid,a .na rê. de, pálida, suá mã:e vomitava sángue. O pai deixou-o só cõm e.la e .f)oi ~ama.r ;OS vizinhos. iN<io- sabia o QQe Jaz~r Jl:14'& atalhar a l>,emo.])1ise. Os (l)ltos a.a e n f e rma, angustiados, ' pousa:va.m. no se,u ,r;osio.. A tosse ·stif.ooav.a-a-. En~o. ~e começ9u a .el1orar como um des:v..atido, .encostado na rêde. .A.J:gnmas pessoas foram che– gando. Por fim, a to5$e ·sere– nou. Com um estô~ enor– me, sua mãe passou ,:11e a .f r - mão sobre os eab.e.b>s. Cha.- mou-.o pa-ra, junto de !ii, ten– it.lH)3õ f.a;la~. '-Novo a-eesso l\11 tosse e -o ·sal\gille ,bi,o.tau 110- -:v.amenie. -Os olhos' ,d:e sua mãe se .arregalaram e -ela -er• gueu o busto .a JJr-oeura. de ar. . De repente o OOl"J)O caiu no fundo da -rêde: Uina velha munn.uro:n ,: -'1"'.orreu. - - -------- -----·- - ------ ---- -------- .... ,, Arvore E O Homem conhetera earinl,'tts. Criara.– se como bicho bruto. Rapaz feito, só queria saber de mu– lheres perdidas. Gostava ~e trabalhar no pesado, f~a, economias, sonhando bota:r uma bodeguinha no mercado_. Naquéla noite de Natal, en• coJi.tr.a113,-se com Dasdores. --- Carlos Drummond de Andrade -- ' Via-.a sémpre. mas não sabia por que motivo ela 'lhe p'ai'e– cera diferente. Os seus olhos se cruzaram várias veZff-, Sentiu um frio bo,m correndo• Ih.e Jl.elo corpo, um desejo de aconéhegá~la bem junto a si, apertando-a 'bem. P.a$Sear.am no, ea.rrossé1. Os cabelos ile nasaore.i. esv.oaçavam a.o. ven. to e ela r,ia-, um tlso bonito, os denfes alvos e _perfeitos for· mand'o um contraste bonito eom a bôea rasgada e <!heia de baton. na.saores salila muito, lia muitos romances. Deser.eveu. -lhe aqn~les .amores coloridos d.e principes, bfstótiás de cas– telos perdidos nos b-o$Qu~. e rematava: . -Mas isso é só nos livros, Jacinto. Com você cu sou fe– liz até debaixo -dum pé de ., pa.11 ... <A Jeitur:a <lo esoJ!i;v,ão pi~- O p r imeiro..• problema que .as árvor es parecem pro_ por_noo é o de nos con,_ !-0rmarm0s com a sua mudez. D~j.a,rlam<>a que falasse.m, co. m,o- ~a~a.m os animais, como ia_ Jam,os nós mesm~... Entretan_ to, elas e as pedr,as reserv~. se o privilegio do silêncio, _num mundo em que todos os sere;, têm .P1'e.$3 de se doesnudax. Flél& a si moomas. decididas a guar_ cLar um silêncio que não esiá à mercê dQ:S bo.t ani.cea, p rocu,ram as á ,rvor.es ignorar tudo de uma compos~ção lfOCiâl que tàlv!!z .se l h e ·s .~g :u.re ·mon·s'truosmnente '.!ndtsér-eta, :futl'd~ ·como estã na lln'frll,agem ai,t,iculada,' .no jogo da t vansmi&sã.l) ,d<> mais ln't1-mo pelo mais coletivo. G.ra ,v-e e se_ litário, o tronco v.ive num esta - do de "imperme.abtliâade a.ó som, a que ,os humanps só atin gem por· alguns tnst.ante-s -e .,'ti:a'Y'és da itr.agédia clássica. 'Não logr.a. m0,s ,com.<>:v-ê_lQ, cemunl:cax.:lhe .a nQSSa t,ntempe.=ça. Então, 1nca:parees d-e ,.tra:tê..:lo·,para Jl pO's. sa ®Inestlc1dade, consideramo_ lo um elemento da paisa,gem, e _ pintamo.lo._ Ele pende, lapis ou ·6leo, ,de nossa parede, mas esse artW.c'l,o não nos ilude,. não in. cor-pora a árvore ,à a·tunosíera de -noss:os cu!dadO's. ,O Junro doa cl.. :gaJ:1tes., subln'âo àt~ o quadro, pa_ :rece v.aig<a1nente a:bo-rr.ecê..lo e ,ce~is awo11es de 'Van Gogh, n-a sua crJepaçã·o, têm ,á;Jgo de .pro_ testo. ! s~g;uia no me.smo ritmo -~· ,nhoso ~ arrastado. A si!ile ,t ♦«<' n a v a - s e e ·a·,d.a, ~ez ma1s iJl.Surportavel. Na pa– reae, em frente, um Cristo contemplaYa-o indiferente. O ~ soldado, a .seu lado, prestava De resto, o ho.inem vai r-enun_ uma cex«'SSiva ~nção- ·à lei- cta.ndo a esse ,p11ocesao de <':IP– ,tun. 'tur.a da árvwe ,a:tnavéis ,da a,r,t!?- Sua má.e recomenda.va- lhe Uma revista- d.e vanguarda ren_ que nunca esqu.ecesse de Te• · 11'; . algumas dessai; representa. . 1 ••· si çoei,, desd,e uma ~araia JMir_ z'lú:, klv.e:i: "° ma. - ~- • ;sa ao •~lo JY, onêie i"J)areee elo mesmo "° seu ,a'bandouo .à a .,pf.iimei!ra herâldica: •lfté 'Chliti– itp"éja. Desde qti,e ela ~esa,- eq, c0 -oi:iador da árvor.:e genealó_ parecera jamais puseJ'à. os gi,oa do .son:bo, e dã a tudo · 1:31SO ;pés tla ':Ma.trJ:z. DasdoN!S -tam- •o 'tl•tir:10~ '"Deeadencla da àrvo. bém não rezava. 'l)eitava-se re". Vemos. através deses clocu. na. cama ·sem "fazer o Sinal da mentát•io . que num Claude Lor. Cruz. Não sabia ,•fa.tar de o.u. .r.ain ~a . Pinac.o:t-eea íle Mu.nleh, _ , a '\Paisagem, . com caç,a" a á-r t:ra coisa a na.o se!' de ro- vare colo.ssal d-OJnlDa todo ~ mances. ~em . p~rec~a mu.Jher -quam:,q, ,e ,a o.amtusão ,de homens, .ele oàlboolo p·o~. A ~'ODO-- cães e an'imaLacuado constimem mia s1nniJ;a-.se .l~go il<> enxo. -um Incident e m.irtimo, ·decbi'a,tl. v..at. Era inutlJ a sua a.preen- vo. Já em Ptca•sao ·a ãr:vo11e se sã,o: tor.na i:at'Jssima, ,e -a aweti'tur.a -Ma.s, Qasdnres, nós nã.ó humana seduz ma;is -o ,pintor do somos ri<l.O!I, crla,'tun. Para que ·o tu:ndo -naturatl em ,que es_ ta se desemv.o1-v.e, ·O ,que sex:á que-.tanta c_o.isa, 'f/ ta1vez 1-un 'ti,aço da arte moder. E\a sorr,i:a lânguida. Enros:;.. na, assinalado p0r Al;>olllnaire, cava.se no seu corpo, vencia- ao escrever : "Os pt:ntores, se o. Há <lois ahos estavam ca- am.da •obser,,arn -a na-tureza, jâ sados. Ela contínuav.a a mes- não a iit\itam, evit ando cuida_ ma., . gostando de r()jnances, ilesam-e:nte .a repl!.O;duçã·o de ce. sonhando g:r,andezas; A' noite, nas naturais obser vadas ou re_ na cama, tin~a m~n.elos de co111Stitüiã-às pelo ,estudo... Se o gata, cham.av. .a--o nomes ter- fim da ipintura contin,ua a E1Cr, ,caro<' -9emP'l'e foi, o p,r.lze,. dos noo, seu príncipe encanta.- ,ollio.s, sho:te , pe.ãim.os ao .amador do, . . que p r .ocw.,e t11"3.r dela um ,p'ra. -O ac.usado ooliffRna ~ :zer dl'.felrente do proporC'tonado seu depoimento '/ ,pe-lo espetácülo das col.flas .nat u_ Mas o pior fôra a falta ile --ra1s. Renunciamos assim às arvo. ,wn filho. A ausência. .d-e uma ~ -ou nOlS ;permttimos fa:br-i_ ctianç-a em éa.sa o entristecia C'Lla:s à feição dos nossos sonhos; muito. A i'eza não tinha im- <lfue -~las, po!Adamente. se perml. tem ignorar. portância. .. C-0m ,um menino para euidar-, acalentai-, ela ~ .te.ria sentad·o• -a cabeça. ·M-a-s Co:n,tud:o, ·wã - neJ;te, as ·ãrvor es não sabiá. e&plicar:. !l'odos os J)asseiam ,eilh 1 e qs ,boi9''. Foi ..Tu_ casados tinham 'filhos. Das- les l'renard qµem -0 obs~r-vou. dores, ~ª -zes, fazia plano, Esse. eSC1'itor chegou a f~r. en◄ -.. tre outros "croquis'', uma "re. . õ ' ques mun.lci p3:lll, geraç es 1!11 ge_ rações de na.morados grava tn no lenho indifer en·te um nome, uma d,a:ta, um juramento; mas as Ar. V:1)1'1!1! de,po.;;tt arias des.5e Jtga.do albstêm.se de assimilar " i,'ene_ si ou a d'.Olêncla .que O$ ins!l»rou. Tudo fazenio:s par.a eomprofue. 'tê_Jas .em noasas aventu ra.s de homem, atribu lndo_lhes mesmo. ,-pela tmagtnai;ão poe.tlca. uma re. v.olta In terior coritra a sua ·con. dição, u.m Mdesejo de seT 110 _ _ mem", qµe n·ão é a'!ina l n1aie, d,o gue m.aníf.estação .exacerba.. da de no&So :pobre ronrn ,1t.1'!-rno, comp,ens~ âo Itt-e:rál'la a-0 en:!ado de noosa propr la e 1ncoml)<la condição. Mas deixemos a ,ár_ vore em paz. F.,J.a ,nâ'o :a-rrtbtci o_ ·na ,o estado cl\\;il e -suas 1a~-:I.. mas. E •g!o11ia -á fot-0gx:afia, ,qu.e ae erigiu ,e.amo ,mediaide»ii n.o 1im.. pru;se .,e11-tre o •hQl.n:em e a âr.vQ_ re, .agravado ,i>ela p1nt ut-a. Çrlo– ria .aos io'1:Qgi:a!os, .à essa 01neti_ va humilde gue vai vl'si! ...:: as ór. ,;tor,es na mata, no jard!>r µ,uoli_ co ou à 'beira da esitrada, -e de. ' . . las recolhe a un,a,gem menos -im.. per,feita. ~rque mene:s mdl :vi. d<ttaUsta - a fuwone ,e:m ,egta. do -~ ,ttr;v_o.re~ N'ã·o --me. ;ac,hanÃO em -0.onl:ll,Çbes de pes3.Uir urn ,si-. tio . e nem mesmo mna a i.a.\1.Câr:ia particular. ·.tncompa.tilvel .com as dime~_ões .do métro quad. aÕ-0 em -fZUe resiao -eu ( e aqui sou João, I,éP'.veg-ilao, '.Hêftot o 110_ roem u:rba,.no em geral). con.so .. lo_me cootelll!Plallldo ,a 1.. gm ,n.a 9 foti;)grad'ias ,de f .a i .a,s, ,euca– li8)tos, ~equittbàl!, ,~i'es ·.iie.:. stnosas ,e ,e913ênctas. Ame v.ê;,las em ,grupos ou ,tsoladas; ofeFe. ce'Ildo à pre$&ão. de vento .a ,mass_ sa co~a.c'ta de folhagem : r.e__ tlettnâo, 1nteroepta.n<lô. ou ~ za,ndo os r.ailos selares que t en_ tà,m penetl'.ã.:las; [a.van do..;se à beir,J!l ,d·a em-:ren'te, -em ·sinoora -soH'dã<>; (Dll ,aind-a contDast a.ndo com os frãgels menum,en·t-os 1® pedr.l\, •.tijaio ,e .olilnen:to, l'l. u ,e cha-mame:; ,de casa.~. e ,_gue ,é tão raro .não -''s,obl;a.r,em''" na nature_ n; e até mesmo espa-rsas ·entre e s s e s o útros monmn<IllltOS, P5 mais 'fragél@ de to.dos, de nerv:ós e vasos san,guineos. que óbama. mos •de lionrens, ,e 1ta,mpouco -sa_ ~m inítegr,ar .,se· no conjunto na_ tur al ·ond.e iliolha.s; r aii7.A11\. inse_ t03 e ,v.erttoo se onfanizam .sem pollt !ca. Sim, mí:nha simpat ui v<ai a-gora pal:a essa !!,Om,p,.,si ~,ão· fotográfica on de duais m ú:lll.eres de cabeça inelinada ava_ncam •po.r uma longa al :aane.da de troncos venerave iS. A mâgulna esboça . aqui 'llma eompat i<bilização. pór assim di zer, d@ elenrento :ueg_-e.. t a1 com o humano. A .àrvór.e com sua àltw>a de 'ár"ore. .a ci;-iatt1.1,a"humana com o -eeu 1:;o.r., te de crla,tura buman,a. E · e"l;t,r,e as sombr as _paral.e'.las das m,u.Jhe_ res e da'S ãrvores, meu <.>lhasr \ ambem cpassela medHativo, pa_ cificado, nootálgice, >taJv.ez, de uma -p!'imitlva uniàde ,de ,que houveszemOs ,:p.erdWo a m emór ia, e estad a ,pt est<(}s a xe.oemp<9:r.:SC. Glor ia ,e ,grn tidão aos f otogra!08, qU,0 11espettam ,as -ã,rv.o r es e 11ão. tentam de<:;111:ã_la.$. O LIVUO DE Ml:J.RILO ll.UBIA.0 • -...:;•Siln. ~ me:Lancóiice ... Vi logo... Mas_ somos pobres, te ,m.os qua 1'lª~ar a ovida, o que é qu,e se há de fazer? , -~Nfro 'hã mais .ãesgr:açada pobreza ,qu.e .a ,do ,es,pktt-o•! Swortei ltlUite ·! J~ ~stou saturado dê.sses chefes, dêsses Huanbétlets, dêssa misêiria. Satv,ràdtssilmo! C~ :a.nes! q,:ne parecem WYí séc~o ! Mas vai a,ca-bar br.eV<e., 'tél!i,z:men,te. Seu yai, então, aebraç.ou -o -chorando, ' •Não : i:,oclia eom• pre~nder aquele gesto. Será que êles se amav,_am ? ; .Não. não er,a possív,el. O vélho passou a beber mais. E Ja– cint,o abandonou a escola. Não suporta.v-a os -ro:a,us tn– tos - de »: Anã.lia. Não dava _para a escrita.. l,e!'., contar, .fôr,a facit. 'Tivera a mãe pa– .ra .ajjudá-lo., •Mas escrever f:r,a. um s,1cplí:cio. A .mão êJD– perrav-a, a pena furava .o pa– pel, borrava tudo. Sua mã:e também já não sa.oia escr.e. ver. às má-os se •lhe- toma– ram rígidas, na 'lavagem da roupa. Os bolos de palmató– ,r;la. quebravam..:the as palmas. Deixou a e;scota. Vagabun– denu pel!IS ruas, ·v;enilendo bananas. Cresceu ass'im a.o D.cus dará... ·.pedia-fhe par,a proeurar um u.náão .~iitat!...l. de àrvor-es. mêilico. O filho, sem dúvida, pr-esiâida pela lua". Jã llÍe da. teria abranda.do o coração 'mo,g menos credito quando se dela. Ou. tudo aquilo Rrla ~:fer-e aoolm a um ex~lax soi_ sido mesmo ciume? to: •~ arvo:ve que, com o seu -O. acllS.a.ilO confirma o seu .i:,a1lhó e'Sticalio, tem o .ar de dl.. depóimento '? - volveu O zer..me:- "Eu te or~eno". Re~– juiz. mente, é a .~))lime Indiferença das á:rvOFes com relação ao Pin.. 1;" odet: ,ee·-sã .d:ia:er, .sem ~ • ' ,geros, q'lle o sa:. M-wriló Ru- . · biã,c, ocupa :um ~T de .J'ne. ,l.lecid-0 destaque dentre os n1ielhores con,ti.S'tas brasilei– l'OS d'e hoje. Datado das me– lbrores q;aa1Íildad~ d~ fi~i,o– Jlli$ta, se.gufuo na análise dos --VGcê vái saiir1 féz ela numa 1-ev:e ·su,r,p,resa. --Vou! Já a-rrumei outra ,coisa. Hã mais ' de -<lois •mes&s. Ex.a.tamente na semana em que você ent:roú. E sah.e por que nã,o sai ainda? Por sua causa. - ~P9r minha ca'lls.l. ? ! --Sim. por sua causa. Desde que :v,ot'ê bot'OU o 'Pé na- q,u;ela p-0rta ! Lon,g.e da convivência, c;iue. pode:ria- ,es,pera'J.' de v~ê ? Por esta convivên~ia 'lHiiPOrtei ,iiS$o m,-a'is deis m'eses ·1 Mas velo gi.;e foi i,pútil Você... . Veio 'll:rn rum01" d:e passos . ria. eséaóa, dro:i.ois a V-OZ de Zilá e o ris0 quase pa;rvo de Odilon. Afílstei-me paxa a mi– nha mesa: · --Estão chegando êsses ,pobres-diabos! E ,a voi! m -e al can:çot1 a meio ca:miniho C-OlmO ,um 11!'iO de aol: --Eu também sen-ti a su-a :falta. "' -"o· sr. promotor de jus– tiça pe~untou ao a'Cusaclo s.e a.inda amava- a. vitima., ao 4.tte êle respondeu que sim.•." Co.nfess,ara uma verdade e o.s cui:iosos, na. calçada, riàm. A leitura p,a.reciá não ter mais ,im. O eseriyio pigai:– rea,va e êle só pensa..va em voltár para o silêncio do Cll• bícnlo da eadeia, fumar tim ciga.l!'ro, balançar~se na r.êde. Bem. tôlo o advogado qne lhe deNm. Nega,r q'llfl a a;m:ava ainda era hnpossivel. Thihá --o .......- •✓ sonhos bonitos com ~a. V.la· •• •✓ 1,1, cowo ,a yh-a sempre: pura, eathíhoiia-. --Os a.n.j-0s.. be-liscam..• --.,Que é isto'?l ·es.tou co:i;rendo como uma on~.t ·.ALmoÇf!:mos j u,n t-ós pela primeira vez. galinha com ga. 1,an,tina, p~ de . eenteio e ohopes obrigalt6'iio$, num restau· r.aattezin.ho a.l,emão da Rua dos Ourives. Não tlt1ha l)ai nem mãe. A madrinha, dona Carlota , é quem a errat a, vivendo duro insiginificante n1-ontepl o e de Mgumas costur as e t in'ando-se, en:l:ão, dum cânée:r-. Não t inha' irmãos, --0 , Onde vai o homem, val o deses,p_!r-0. Teria, ch~ado tarde ea vlda? m-e '{le1,gu,nto. E a. cigarra que vem das fiôre.s :rox,aq, --l.u®uuii,iiiiii~aaaa ! , ' ' O soldado bateu,Jhe no b~o ~m.ente: , -Se ~nte. J1 sede devorava-o. Não sa. bl!' se era possivel obter 1IDl copo dá:.,"'lla. O menino a,gora se esguela.-va no. tnt~or da easa e o seu crhõro mfstul;a-– va-se ao fungado do eseri• ~ vao. iâ~va-ª1 s-. An~ não Ia responder, mas o solda- tor, ~itor ou turista, que lhes do ordenou-lhe! confere essa qignidade vegetal .;i -L'eY'ante-se. paisano. Já que inutilmente aspil'1tllfos, -con.. se viu ta.lar com juiz, senta• fun<lindo.a com placidez. A tu-_ do ? v.or -e não se lembratia ee reco. Ergue,u-,se, num aobr;essalto. • .mellidar..,nos ou, _protow~ «>1- . O, juiz torno'II a inda~ar : · sa . 83,guma. Um ~àrvaílho entre -O .acusa.do confhmia: 0 ~ e-nuvens . d ,eixa.ee ser, _des- seu depoimento 'l' denh9samen~. .o c;i;rvalho de · · , · Po.pe, e à sua 0 s01nbra o poeta -Sim, confirmo. cótn1)Õe a "Ode à solldã<i': um O ppv.?, na calçada, voltou lowietro eolll>entirâ em ser plan_ a dis.cut1r. O advog~o da tauo por- Pétrarea .no tumulo de defesa levantou..se brusco. VW~llo, :em Pausill!P,po, e ·ao pasS'ou bem .rento, quase to. perecer ser.á substitu~ por um canelo nêle, e disse ao seu ou- éltemplar menos ilustre, Cúl111. vido : v~ ,.por um J)Oeta menos 11us_ -A eofsa agora está mais tre, Oastmi: Delavi.~. E um dlf"clL éàlguelll'o nao ~ enJba,i,gos a 1 . , . peooer_ .s.obr-e o· tumillo de Mus.. O ~oldado bateu forte eom eet, o> PéJ/e l,acllaise. •N<>s :pa,r. · problemas psieotógkoo; dono d'(? <Uflil estilo bem cuildado, o jwem ,escritolr mitneiro re– pres~ ,_11, nova literatura b1'\a.$ille1tla nias 91lla5 ma.is ex. .pressliV8,S q!UJal1diades. Eií9 ip01I1qu-e seu !li wo "0 Ex .;lVJ'á– ~oo", ,a; go.ra langa.do pela: Edi.bolra U~"l.ersal, m~:á, de certbo, tod~ a airenção da 'ctiltooa 3Ji,'tez'á'nm,. Qui,nrz;e C01a1tos fO't'am en.. fechoo:os ,no liV!llO: "0 Ex·Mã– gi:co dia, Taberna. Mmb:o.ta ". •~A Casa do Gil!a,$1ii(lil V~l'!lll:e– Iho", "0 Pín'-0<.técb,icô Zaca.. l'li&.9", ''Bárbaira", •~ll'!Zi• os pes, levando a mã.o à pa– la do quépi em continência ao juiz. Pegou,1he for-temen. te no braço. O livro agora e!• ta.va Jiovameme sobre a me– sa e os seus ;Jihos flta.vam a ' a9sinatara bem t,.,a~ada, fir. me, perfeita. Se D. Attá,Ua pud~ ver a sua letra ? Os e:uri~ ~ 9'J.çaq~ ~r~ alas para êle passar. Mas uma. moleza foi tomando eon• · ta dêle. i1ma wntáde doida de ficar ali, .parado, olhando à sua aissfnatura. no · pa" bmn<lo, Mas o 11oldado, av.to • ritário, bateu~lhe' no ombro: nh'Í!I', "Ellid'. "A noilw dia Oa&a ,Azúll", "àler.edo", "O hlomem do b<míé c~nta", ''M:<Miitna, · à, inltan,givel"', •os lmês ·nom,es de Goo~". "0 bom -amigó B~",' ''Miemónias d;o wnrl:a;l)ildlillti/ Mr0 ~oi o" e "OM!tia, m<elt c;;i..chilmil:>.o e o mar''. -Toca pal'.<l a frente, ca- ll~.-;- ~-~-·· -- -- ~ ·-•
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0