Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

h "'-;,,~~. ~geltn<), por q\le fôsfe falar iaa· quil&? ·N·ão p recisava. 'f9do o resen e • e a a mão, e coçada com ela ô narix pontudo, êle teria constatado o que t alv ez nã o perc~beste aiJ:1da: est ás pce.. dindo esmola. Sabes ? í:s um mendigo. Conta o teu dinheiro. An– gelino. Quem sabe já dá ? Conta! · mundo tinha est;uGcido que dia er a , e a Bilinhó nem sà bia ainda o que que.ria di– :cér ' 'dia -de Natal'' , Mas o que era Úm ves.tidinho de ~enda, ah ! lá is.so ela sabia muito bem. E de-pois que falaste (até agora :cão com– preendo p o .r q u e desgraça te veio isso à boca ! ) em •es.tidÍnho de renda. c<>m la– çarot~.s e flO'rzinhas, ela não pe.t;isou noutra coisa. lodos têm alguma Bilinha em casa esper:ando. Só tú n'ão poderás alegrar a tua. (Conto de Miroel da Silveira) prime de todos os lados, disfal'ça o gesto enquanio tempo. Não estendas Quarenta e seis mil e du– ! Rntos, e -estás exausto, São e oito horas da noite. O povo ª já rareia pelas ruas, embo– Sabes muito bem que isso 6 um crime, Angelino. Per– to de crianças não se fala em coisas que a 2ente não lhes pode dar; Bem que a Dadá te cotucou , por baixo da n1esa na hora em que i-as soltando a bo"bagem. ·por que não par.aste ali, não disfarçaste, não fizeste qual– qúer cóisa ? Imperdoável. Se a Dadá .te cotucou, -é por-que, cpmo tôdas as mães, &la lem a preciênc:ia, a in– tuição terrivel e enternece• ~ dora do que- vai ferir os fi– lho&. Oo:no QS pássaros pu- rissimos, •ela h ·avia aber.to Eu sei que não ligas para êsse negócio d~ . Natal. não cas rempo. Nem vás até lá. é ? Opinião como outra. Ba:tuás com o niuiz na por– qualquer, mas devias, ao ta. menos, medir as tuas pala- l:$sa vürine está mesmo vras. A Bilinha estava am bonita. Quanta neve, en– casa. e nem S3bía, con10 guiriandando tu~o ! Não é não sabe, o qu~ é Natal. neve, é algodão. E aquele Mas vestidinho . . . vestidinho de t'.enda custa N.ão adianta ! Hõje é fe cento e quarenta e dois m il r iàdo, a isepartição está · fe- réiJ, Não é para o teu bico. chada, com.o é que vais pe -· Não é para ó te.u bico. dir em.ptésti~o ? Nem· per - Estender a mão ! . . . Es- tás louoo, Angelino? Não faças isso, todo o mundo aqui te connece. O chapéu abaixado não disf~rça nada. quem te conhece te conhs.– c'erá sempre: te.ns um ar in• confundível, absolutamen·te angel ino. E amanhã, todos saberão que pediste esmola, Não e ste.ndas a mão, Ange– lino ! Aproveita J multidão. que te espreme, que te .com- mio! Cento e quarenta e d,ois mil tea é muito, e 0$ pas– santes hoje vã o apressados. Não tens perna quebrada, nem braço de menos, nem voz lacrimej,1lnte. como que– res ter sucesso-? A concor– r ência é muito forie., e és novato. Viste o que te dis– se? Quase qu.a o Joca te re– conheceu. Se n ão fosse •fe• res retirado rapidam.ente a • • ra as lojas fiquem abertas até ·meia noite. Não almo– çaste, não jantaste. E pen– sas que a Bilinha vai espe– rar ? Esperar o gu,,. ? De ti ~ - nao se espe;ra nada. Sao oito horas já, e tens apenas quarenta e seis mil e qua• tooeentos. ' Agora já, deves ter maís. • Oitenta e quatro mil e no• Tecentos ? Quase 11oventa e cineo mil réis, e são dez da noite, sabias ? São on:ze e (fl,\&renta e cinco. Dentro de quinz.e mi• nutos a loja fecha. Ainda faltam vinte ·e cinco tnil a as asas proleloras _p·or sôbre ---·----•-• -~-- • •••• º duzentos para ce.nto e qua– renta e dois mil réis. No teu lugar, eu pediria uma red~ção ao dono da loja. Que díabc, ! Por -vinte e ,cin– co mil réis riinquem :vai fa• ~ •• 1: 01 O_(t_ t _tt__ V_CI_O_ft ■■ tl-0111111-'1.-; 8 filha ami?açada: despl'e- ElUA 1932 ou 1936 T -- Rachel de·· Queu· oz zas:te o seu aYiso, e teimo- s samenfe desferiste -o bote. A cente lembra tanta carcereiro -do moço preso .dis• "ª que ia, ao Rio fazer opera- "oisa, mas· a dat-a que t - d • •- Ih 1 :Agora, por castigo, a Bi- .., cutia na poria com o tai. ei. çao e ca·.ara... no o o d reito linha só :fala em vestidinho é O principal. nos, fog,e. ro porque não · trouxer-a sor• ccmversava com o paw:e ale, d , 1 o navio .esta:va entre céu e t -"' • .... "' t .,. · e 1.'enda. 'com açocos e tina vete 1J&ra. 0 Jánche. "0 ouro umo, :que1:xa,-0"8e .ua r ...teza florzinhas". naquela sua mar -e ª hora el'a. v~per · ,m~o disse que sorvete nãó". daqueie "Nata.l d~ tordo. -Tinha ./ adoravei algaraTj:a . .É em Na cad~ira 4e 10~ do co~- e"lieava. ~ taifeiro, 1t o de• sauda-des,dos netos ..,. imagine vã-o que lhe .:l:r.azes o bG11ec0• véll, ,a nioça. dftnte de ber•- tetl:ve fi'cou furioso. "E êle que estava casada há trima Putsi--que em oúno. tem- ~ri expunha _as pernas ª 0 manda? 1:Je é preso ·está 011- anos. e há tl'inia e seis anos fa• pos já _te"f!e tanto p.restigio soL Embarara _em l\lt\.~us e vindo? Preso não pode man- zia invariavelménte o seu pre– é em ''ll'âo que .m ~str.as a P.a- a bem dizer v!a,java so, de- dar! Quem 111anda sou ett! E sepio, e~ um Menino Deus fúncia - •e.lh3 iav.oriía .f.(f- ~endendo da boa von&ade da quero tudo q11e é seniclo i,a. de bis«úi, Nossa Senhora e S. leg2,da ac, ost:racismo de utn companheira_de camuote ~- ra 08 -o 11 tros!" o taifeiro er- 1-0f!!é tá9 perfeitos, e mais o boi n,má!!'i<> be>lor~nto, é • será ra a a.ju.dar em esforç.os m&lO• ,gueu no ar a bandeja e>-·afas., e °' jumentinho, -e os pastores . em V-ão que dirás o que -dis- reli, como subi~ e descer M · -toU• liC ~e .C)f)Sv,ts, dizendo que e os oaméiros, e os três Reis sere~, farás o qu~ fizer.es : a eadas •u tlr.ar ~oupa da mala. ~m ' etihor sim senhol'. Ma:os de gesso, e UJD espelho Bilinha só quer mesmo o Tio doente e tio frac~, acre- ~ 1 N: · càtl;ira pre:uiçosa a fazendo de lag,o, cheio de cis– veafidinho de Tenda. -41íta,-v~ e~I'etanw. _.P•~te · moça· escu~va -tudo e ficou ne de celuloide. Vinha ,:ente • .Tá .fizeste tanta ~a. An-, .em. vita1D1oas, ~ v:itamma B , eheJâ d~ pe:na. ante tanta hu- de ron,:e apreciar. Suspit"ando, gelino. nativa do espora.o .ele eente,to milba~.ão desnecessária tnfH. a senhora en~ur,o1i eom a pen. Já fôs.te ao quintal atnf- ~ da le~ura de c~nefa ~ue ~Ida ao pobre moço. Mas o ta do lenço o olho da eat:n:ata mar a cê:rca. Já .fôs.1:e à ~en- se com.pra - viuJnhO!I llUU- -,:.tese é que pa-recla não se e o padre tentou consolá-la, da 'buscu mil réis de êebo~ d•. caríssimos_ ::-- e$peelal ,ünpor,tar, ·lJ.ois. tetulo .ouvido •dl~en«lo no ·seu sotaque forte la, j.i ..-ir-ute, me-xes.te · :,e P?:ra a sna molésti~ na _,.-lta- unto, ,naturalmente. !'irnla qu.~ não importava onde esti. aemp~- que -passaste. _pela m1na ,C. que ..se .bcb~ 'n:8 Cjl!do -gritou para.: 0 detetive pedir vesse~, o que 'lmporta"3' era sala ~amuaste_ -~ .Bi?Jnha i!'S lManJ~s ~ na v,1:'m•lll' cigarros. '(Que O dete,we pe- o ·espí'rlto do N'atat faia.n.do em W!Sfid.mho com D, distrltiu.ida 1telos :r-.aios ile diú) . E v.oltou a .assobiu.. p 0 • A moça de berlberi estic.u laçocos • florzinhas•'., na- sol, - a qual. •egun~o • 1 • dia 5er si.nlsmo ta.mbéJb. Ma-s mais as pernas :1es derradei– quela ..al9aram infantil que iruns :uatores, _os . g-atos a a-b- aquilo não era eara .t&o cinlco re& ral~ àe sol e penso. 11 een. ~a-d· .'~ 1 ~as;,_,&,.•,~ 9 c1t;~ J?lenoi; ~-!!::~;.m ~~óA'.P~!P~•o 1 :!~ 'ª:; .,,.... ~m.,Ji~.olh~,\l~&atl.'(,OS,,. ~~{~ ,llue nã~. s~~l!& ~!!!. §1 !l a · m-a:~e , n'!-o e, • · ---~-se. ,moça • ... - ê quéixo quadràdo;' as mãos mfuimo espírito de NatáJ e _Mas O pior e quando elll ini;eri-las todas. c 1 n·:u·-se. e compridas e bonitas. · embo- leve pena. · Sempre cobiçara l\e.o e st a falando ua,~a, sua· maior eiq,era!'ça er'-' d,e- ra maltratadas. Era o que estados dàlma. Aliás. anali• qu'?'d.., a su:tprffll-~e; . dis- s.~mb~rcar .no •~ 0 _. 6 nda~~o elll melhor conhecia do prêso, sando-se. que seria em ver– tra1~. sonhando _ ~ olhos fa~ueira, sem. a-ux!lto de .nm- aquelas mãos, g.ue viviam da.de O espírito de Natal ·? aheri~ ac-ornpnhando O piem. P•or ~e IDl.l)rci;nav.a afuindo é fechando a jane- Papaj Noé) e os preséntes. 'YÔo de uma 1n0scá, olhando agor.a a., 11.ernas inchadas linha do camarote reg_ulan. .castanb~. e nozes, e avelis e ~11eci~ent.é o ir_!-eme; ~om a viil!-mina D do sol do O vento do mar.' Pena que vinho vél·de à ceia, missa: do - ~ia~el _~oru:onte do chao. At mar.ítimo. êle J1Jm -fizesse a .barba. Tal- galo, .vestido novo? Nio, não e ~•or • Sabes no que ela l"ela janel'inbá do cama- vez .n_ão O d~ixassem pegar seria isso. A senhora da c,a. esta p~nsando. S 3 bes que r ote de luxo vinha o assobio em navaU1a, também. t,arata enumera•a agtita os ela esta'_ 50 Í!eftd$ 4 por _tu~ de moç.e pu.s-o, t'la1;1do e. Luar En~ t ·,nto .a moça pensava·, o p r atos que costumav•. fazer culpa. E a magu! •-as crsan do Sertão em sólo m: flautim detetive rêclama:,va e O preso à -coosoaila. canjica. lêUão de ç.as , c.aled·a e f~tf!l de &PJI,- aesafinado. Che1Çara. ête alta l'SSobiavá, 0 . -convés ia se a.til- forno ... fia, e doloros!SStma, -sem noite, _. de ~utomóv_el, quando mando. . As mocinhas do Mar~- O padr,e fnte;rrompeu para apêlo, ;~rque se p~rece :cºl!' o na,vie estava }!restes a sair nhã.o disputavam .com o··médí• citar a pa11 na verr-a aos ho– o mar. luo e azul a super~• do R.eeife. Dlziam -que era eo de bordo uma :partida da- Jiíens de bia vontade. cie, mas e~condendo ab 1 s - con1unista, dizialÍll mesmo que ~ qaêle jogo no qual se usam Paz na terra.. , paz :,; bor- 1110s que mao alguma pode era perigoso. Viajava assim uns tacos e uns discos de páu do... paz no mar... af<'qar. . • no camarote de luxo porljue - e davam risadinllas salien• A moça div•ag--ava essas to- Qhn ! • • • Muito hem,_mui- era o úqico co~-Odo desocu- tes quando err.avam. O passa- lices, pensando de novo no "- be~ ! Apront.1s~e t~a a pado - e além -disso ficava g-eiro moreno, de costeletas e prêso, quando se debtuço,u 1ikfór1a e agora vais s.in n d ?· isolado,_ ~ coberta de cima. cachimbo, conversava,. já de sob.re ·eJà o imediato, multo Tais dando o fora .•• Bon'l- libertando os -(lemais pa8$a - -~mo·ro fi"m'• com ·1 elegante e nari•"do. de f&~. t · 1 A D d • u~ · . . , • , - • ~. a· oura .. •~ ~• O . ser~~º:· ~ , .a ª Blli- ?e1ros • daquela VJZln1!ª:"-ça oxiç-enada,.que também subira da branca. Era êle que pre– ~ure <is lagrimas da: . Jntl~ejavel. A,ntes - diziam no Recife; e assi.m qxi,:enada sidia a sua -mesa e P,'arece Ilha, se e~a c}:l!)rar, ou quü -: ele usava _fard~; arora. po- ela parecia uma clhi.ma em que se acl1ava um poueo res– pr?cure .disfarça-r C?m m rem vesti.a a pa1Sana, terno tons de amarelo e vermelho, a - ponsaveJ por aquela eara pá– b_~c~ci-eiras -anJu s ü;~a.s • 0 a:marrotado, sem •g' .rava.ta , e~- pele d-out'ada. os oÍhos ebr.os lida da 1noça enferma, ali silencio da ?1e~a: ufuais misa_ abe-rta a.o peito. E ex- de :ata, o vestido laranja, as pernas triste$. Descobrira. a passea.r., Ta 1 s te div.er · ~ · p1icam que ê assim .mesmo, unhas côr de nibi paixão dela pelas .vitaminas R:al~ente'. ~ per. d oa. ND;- pre.so nã-o pode usar g,ra.'ltata N1t bãnco do 1a'do, .a senho- e na mesa estava sempre a ve,riu•. e e!IC_agere meu. ª.º nefn cin. t_urã_o, ""ª"ª .nã.o se "" · di 1• ~ ' ..-..,._,<~l)~~,._.,,,_(~,_.(,~1.... ,,~ c~,....,._,.~r,.-.c_,, ba . d1ve_rt1men!o • sem •- ,suiciilat-. Cinturão oon-tudo a n_heu--o, porq~e nos ':'ºs ! 1 - mo_ça não ]lode ver se -êle ·i v D N ] i ciamo.s ean . mdosopnodose"mdo1·svergta1:- llliava. ..:... também com tãll i , e r·sos . e a t ª·• 1 m:o.s, qu · · · ~- poucas oportunidatlcs d e 4 - i Jar a vontade. _E anc!,as ,,1° 11 ; oth:ir, - maJ. -o ,divisava à ja- 1 ! ge de .estar ne-o., .nao . So neta, ou raramente. com e i Espelho, amigo verdadeiro, f t~us m_il e setecenios _? En• rabo do olhe, via-o de rela•n- Tu refletes as minhas rugas, i. !ao Ta1. d~ bondi;, ~ao · 1 ?· ce, entr.e um alirir e fechar Os meus cabelos brancos, t mes O on 1 bus. quf. e mais de portâ. Os meus olhos miopes e cansadc,s . e-aro. • Mil e qui.n.bentos. Mil e Uma coisa. C9Dlo um voo de .Espelho, amigo yerdacleiró, ·- •- ave riscou o céu. Gaivota, M I , quinhentos n ao aao para estre do rea ismo exáto e minucioso, d N quem sabe. Gaivot-a naquelas n a · a~ · .em para comprar Obrigado, obrigado! essa boneca de pano, f,eia. alturas ? Ou talvez albatroz! sem personalidade. Depois "Albatr-0,:, ou alcatraz, ave não adian taria. o que a Bi- . de grande envel'gadura que linha quer, -positivamente, vôa a ousadas. distâncias por é um vestidinho d-e r-en-- sôbre -o mar . . ." onde lera. da. isso? Quanta gente ! Hoje é dia O sino de gu&rto tocou 1111 ~ Natal, Ang"lit>.o. Se Pa • pnnte de comando. Sino, sino pai Noel existisse, talvez te de pra.ta, sino de Na.ial. Na. lira.sse desta. Não, nã o con- majestade do Atlântico to– tes co,n amigo algum. Ué, se con & sino do Natal . A .m~ , quiseres. e1<perimenta... Níio riu, sozinha. Gostava de peo~ .,, disse? Dia de Natal - é um sar essas ooisas, dia em que n~guem em- No camarote de 1uis;o, o pres'.la dirihéll'.o. Todos, com- solo de .t'hutim abandonou o pram coisas para os seus. l,uar do Sertão. O detetive Mas se lôsses mágico, _ Penetrarias até ao lundo desse homem triste, Descobririas o menino que sustenta êsse homem, O menino·que não qlier morrer, · Que não morrerá sénéío comigo; O menino que t()dos,os anos na véspera do NOtlal Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos· atrás (da porta. 1939. MANUEL BANDEIRA lhe oferecer o que parecia lir, E depois, dia de Natal. mais vjtaminoso, - espinafre, êle ban:i podia reduzi"' o salada e purê de ervilhas; preço, ao menos por carida– enqu:,,nto um sírio, que iam- de. Cone lá, Ai,ge~ino-! · · bém sentado à me$a di, tine- Meu Deus ! O vestido d• diato e tomava duas garra- renda não está mais :na .vi– fas de cerveja pl'eta à refel- trine. . . -Será qu'& 0 vende- ção, por seu Jado ~hnava '-a , e ,.. - 1· •. m • . aragem, nnge 1-no, para que ela bebes.sé · centf,ja. entra. M-as não faças màis t~mbém - fonte da ~ltt.lipina esst a.r_de ~endigo. A pro• B, segunclo foi dito aeima. fissao como te calhou bem. o sóf· se eseondéra de todc,. he-izt ? Um s~ dia. b!tslot.t 0 moço preso parou ·de as- par.a te fazer o ..ealq;•. En– sobiar, aftnal. Já estaYà ctan. -tra com e.ará de g~nte, va– do nervoso. Parecç que dor- mos. assim ! mia. agora.. p.of' que o investi- àueria ter pe!l~ de ti. m'as ~dor veio · espatruer um não posso• .Ess.a ~esilus'ão te pouco do lado de fora, em• deu uma expr-etíío . tão en– bora trazendo sempre • por- graçada I Isso era de se es- í ta de ·o,lho. Era gôrdo e mui. perar, ~u ci;lro. Aqueie er-a to ptilldo. vestia am ter:110 de o vestido mais bonito da Ti– brlni .de l)lsq_utnhas, parecia trine, ·tinha mesmo de see um bom pai de famnia; e (:OmJ)rado logo. A imt,.l'eVi• ·talvez fôSt>e. dência foi tua., exelusi•·a- As moças d~ jogo desce- mente. Por qlJe fa.Jaste em ram 1>ara il'ocar cfe roupa. o •e1sti.dinho de renda ? Quem primeiro pil~to· sorriu li ~a não tem dinheitt.. não- tem ponte de coma~o. talvez p~ direito nem de f-alar em coi• ra a m~. talvez para nin- sas bôas. gu~m. · O i;tassageiro de ea. E que é qw, Tais ficar fa- éhimlÍo e súa ri.aÍn.ol'ada côr zerido par acwai. por é'st'ill de châma também iinham su. ruas desertas, só atravessa– tniâe. O padre 'lia o brevlá• das agpra pelos automóveis rio e a brisa agora era Jres- das passôa felizes cvie vã~ ·ca, quase ·fria. para os bailes ? Já passa de Apareceu o taifelro tocan• _me.ia-:noite. Vai para casa,. do a ptim,ejra chamada cio Angelino, que a Dadí com 1~·lltar e por causa d:a data. a certe-za ainda está te espe– -s.lnet:1 t1ue- o,~itava· na mão de rando. côr argentina e som tambilm ·Niio adianta tirar os aa• d'e prata, parecia w.na nova patos. A muiher que espe– ale-goria àos sinos do Na.tal. ra tem ouvidos sutis. . . Lá A companbeira velo bus- está ela. Não fuj·as ao seu car a .ntoça, deseeram ao ~- olhar, que é m11nso, cheio marote. V6.'ltiram e melhor de. perdão feminino. E>lhà• vestido e. juntas se eneaml- a ,de frente. E:ncara-a. Ve• nbar.am para a sala de re(ei• · rifica· as rajadl!!l de deses– çóes. · pêro que, 'JK?r tua culpa, sul• No jantar serviram perú à _caram aquele, ,.rosto. E re– brasileira. e havia castanhas para ºº!11º ela ?e canta_ que cozida •t d a me:11na ~tac dormindo, A 1 s _em O as as mesas. que nao deves ae9rdá~ta. 0 ado do coman~a_nte O Se vais mesmo espiá-la :arçon esJ~llfOU o champa- do~mi11, devagar 1 Não a ?11e, .e O sirio na mesa ~o ·despertes, que está .sorrin• 1i;:ediato mandou ab!ir v•-_....-do. Está . sonhando, est á 'l 0 , em vez d.e c!rve.Ja. • possuindo· agora o .veslidi- A moça de ber1beri sent111. nho de renda, "com ]a\-•oeÕs de_ repente em ~1. ·qualquer e florzinhas", que não' lhe co1Sa como o esp1rdo do Na. pudeste .dar. Por crue -te de– taJ, e lembr?u-~e do- preso, brucas tanto, Jlngelino ? jantando sozinho, barba.do e Será remorso O que té· fá.ic sem gravata no seu eamarote ver,gar ? Njo fites assim s de luxo transformado em xa- inocência que dorme. Os ~rez. Resol-veu guardar par a teus. olhos, cheios de revol– ele as suas castanhas. Fez ta, prenhes de . amargura, uma .trouxa com o guarda.na - podem acordá-la; ou talv·es po; ehei:ando 1~ em cima, 0 teu bálif.o, ofegante e atira-la.ia pela. Janelinba. oprim'ido. E a Bilinha -igno- Mas q!-'ando a companb~i- ra tudo. Não antecipes o que ra a de1;rou na sua. .cadeira el;\, um -dia, há de saber. do c!nves,. mt1·a!'11a:odb que Porque, se te enxergar as– º!ª na.o quisesse .,1r para.. o sa- sím convulso, mo.rdendo os lao assislit' às ~áoças, o ca- lábios, impolente na l1,1ta . ma.roteiro la saindo com a contra o dinbei.ro ela terá bandeja que c~ntinha os res. oontemplado no te~ rosf<> - tos do jantar do p~so e do. e ·de uma só ve~ - todo ~ detetive. Num praUnho de tristissimo panorama da vi-- vidro. aa castanhas ·que êle$ da. ( · ~mbem :a.nharam voltavam Eu te aviset Estavas-te mtactas. ~ debruçando de.mais, Ange- A moça entao abriu a, trou- lino. Demais. Níio pettcebes• xa. no colo .e começou a des• te que, de repente.. d11as cascar as ~tanhás eom u lágrimas grossã11, imensas. unhas, dlt1cllmente. Afinal transbordal'am dos t e ·u s tão frívolo e sem sentido se olhos e foram beijar as revelára o seu ~ ia mãos ingênuas dá tua fi~ Natal lha? No céu, cuidou fle novo Angelino. Anc,elino ! E enxergar um vôo de pâs ,sa.ro. nem seouer me contaste que Nn siilie Cl>meçavam a llan- st>:ria tão subHm~ ass,m o .çar. teu o t e11ente de ·Natal !

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