Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
• • ' FOLHA DO RÓBl'É Ouinta~feii'aA ~5 de dezembro de 1947 DE HERMID.10 t la sa~va de papéilão ~ 1>n::I pu:raeo S01rVedou1r~ Cil ma.tu ,t& se ~velavam, lmtl– gavÃlm por 'uan ' 1uga,r e t~ tostão, to~ tostão. Nem ili missa_ do Ça.lo 1'.eS/Peitavam. Viam P a df e Builh.ões , ~ 01ru-cifica,ndo, ,!l>brln~ os . Oh~".t•S h-os. ·"oraê prc JJO-– bis''; assis-ti1µn to!}a a ~!,ésa da casa de ,.seu" Herm1diõ. . :· , ' ' . ' -..-.i.~~ .. .t,.. .. - . DlBE'l 'O.st -· · ,,P.AUtQ MARANHJO OlUENTAÇÃÔ D.I' HAAOLDOMARAHHAO GOLABO:R-ADOR'ES; - A; lva.ro ~los, Alonso Ro. eha, Álm~ida Fiseh!)r, ~J?honsus d~ Guim~raens -Filho, Augµ;;to Fr~~c«! Schnii.dt, Aureho Bual'que de Bo– lJanda, Bene .clit.il N•ón~. Bruno de l)lenezes, f3ar)O@ Drummond de Andrade, Caoby- (/ruz. Çeéilla Meireles, c'ecil Melra Cleo Bernardo, Cyro dos Anjos, Carlos Eduardo, F. Pllulo Mendes, Baroldo Mararihã<\ João Condé. UVJ Hall de Moura, L@do Ivo. José Lms , do 'Rêgo, l\Jargut,s ·Rebelo, Manu,el -J,Jandetra, l\la,r Mar– tins.. M,uiilo ~end~, Otto Maria Carpeau:it: , faulo PU. ,~ nio Abreu; R. de Soni;a Monra, Roger 'Q.astide,, ~iba– •mar ~~ ~oura. Rô:y Guilherme Ba.rata\ Ser,gio Milliet; Sultana Lev, ., WUson l\lartins Le,mbro..me num-a m~ó- Serie muiit:o melhor aq,ue- ria qu~ me ·conta. o meu Na- le Natal doti Ba:ta~ que no• tal de nove anos. Era um va,menit:e eu estivesse vendo Natal poosuindo tod-as as ·cO- o P•rêsépio de "i,eu'' Hermf– res do me-r, too.às as côres dio. A casa de "seu" Herrnf– das nuvens e não faltavp,m di.o ·possµia uma sala que Ft>– as V«IJe3 da Nau Ca-tari!l'léta, d-ia ~ - u:ma n-a,ve, Sim. era cantarulÓ ád-euses m_a,rinhos. metmio uma nave ~queloo -pa- . . .~ .i· • O baiir-ro da Levada. possui1i, redes brarieás, aquele Pr~ a. · sua. mangedoura, os seus sépilo suge'tirido os Sánt-Os trêÍ; Reis Ma-gos, também nã'O eonro se o tempo oo tl,ve$8 fa11:ava-rii os caixeiros, ntm dimintÍido. ·.,Soo., Hermid1.io os desembarg,a,d!ores tifi.,an<lo o vivia de eni'Vete n~s mã06, t'ha•peu, devido a-0 calor. O es-buracando palm-os de ma.– cé.u r.omP!a....se muito azul. d-eira, ti:,ans-formando aquel-es– Não se..,_j)odia dizer se os pia· peda.ços de pau- em 1magens net!lll vistos a olho .nú erl\ffl de San.tos pobres, em San<t!)S somen;te três. Todas. ·as estré- que ta'l.11:bém toram Santos• 1-as lemb'rav,am -planetas; n~- rties:mo wnd>ó'" ricos. A ma– quela noite o péu podia ser t.uta:da gostav.a de "seu" iudo. A ún:ica coisa · que não He,nntdío, as eriànç.is a'!)J:'en-– existia: vento. dendo a falar :i',aJavam logo o .P ·OT isso, -OS. desemba,rgado- nome de "Se Hepiidiº. res m-0strawm aquelas côres "S-eu" He!rrnidio em tão vas• de <>$SOS das ca,recas. Eles, to C()<mO uan i,io, tão -sozl'nho desemb;itr,gadores, nã_o P~- ~orno -µm caram,uj-o. diam,. suat mà.is , também nao Nid'J,guéni saJ>i,a po~que êle era d.e.,cente mastigarem ea- · não "arréd.aya" .o pé de, ca– chorro-quente, nem at.rev.e- sa, po,rque jamais g.osiil,ra d;e ra.m 0$ olhos pallá as ·mula- namot'a•r,. m-esm'O de assistir ·à t~ da La,goa Mánguaba. mima. O seu múndo era A. Arvore De Natal E o Casamento . A. po~i,:ra levantava. nuvens ·aqu-e-l'<l casa de pla,ti'banda. •Conc·Jusao da 3. 0 oa~.l • . ve:rmelhas, o aT quebrava ~ ve.rmel!ha, o ,seu ~éu aq.uelas es,t;ava sobrecarregadA!. de as cojsas. Fi:n,alanente e1r~- vozee cantanoo, e v inha do telhas ooberitas de bolores. · re:weito. Ouvi a mãe da im- Jo,u a n-otf-0ia de qne ª noiva nav10, eansado de viaja~. uma Ni,ry~ sabi.l de ·on~ êle po:ma,nlle menina tocada no estava e'bégando. Abri, c,an:ii- doÇ'U:ra prolon~a-rtdo~se nós viera, em q:ue luga['. ~le ha- ~u · :r.oois iinroimo, pet~ritrur.. nho pela mllll1_idão e de~arei- fados. via n1ascido. Qúàndó abrira.m « Ju·,,~n· M~~'a'.º. A•v1•,__,._ nft .... ~ Aom uma m_a:revilllhooa . . . . . 7etina~; :lin:g;:~~ tl~~me: b;M~de c,uja Juvemtúde• mal i;i~q=m~~:~~et~~u d~:;:~~ · :S X:1:s 06 1n~1!;s:"t:!!~í~i~ zia, qúando ele da~ia a . hon~ d~brocllava. Mas e.ssa bel· rlne;ta. , d~!!., o ·ma.is q,i.lei:idb d_as 1:'a · c'\e, visi>tá.-loo. Ou~i JúJian dade estava palida e t,rifll!.e, E!D Sànt'Ana do l,pa.nema · c~as. Parrecia que "seu" lVl!a~alrovN.Ch aceitar o wn~ coro ar amargu·rado. Cheguei não havia '.Na.u C-atllJrineta, Hevmidio não gÓ.stava àe dl>r– vite. com sin-cé'ro entus~smo. mesm•o. 'a t.é,r a lanpr~ão de nem banda de M-úsic.a. . mitt. Todas as v.ezes. q.-ue o P.adr e BU!lhões q u í sera comt)ll'~ a<1ueJ,e: S. José,. aque– la N. Senhora, todos os três Reis Magoo, roegando rieos de OtWO, de mitrra, de i-neem– so. ."Seu" Heri)l~o e,:,rugara .a. teiita-. Não venderia pOlr préço nêJ1hum. O Pu-.e~pio era a su~ m11i,w coisa. A im.agem ·do men.i!l)o· De>us palle-Cia vi– V'er. 1'/'ada falta:va, nada so– bTe:va. Uma ·exatidão fazita-se étn tOdos os m.olde5. E so.men– te ,DO dia de N-a,tal "$U" Her– :m!dio varria as· picuimãs, en– X;Otava PS s;i,p~, tssus.tava as ciira;nigueijer.,.s de pernsas ca• beludias. :S:le mesmo arran– ca-va do rooto aquele t:ris1e que lhe adôlrmeeta os ol!hos, aque-1,a paciêncj,a que, ele tão mansa, se assemelha\ra à cail– ma de.um boi. A' noitinha es– ean.ca1r-a-va as jan-elas, abria a poi:Me, e qú,em 'passasse pela ea·lçada, de "se\f' 'Hé'r,rriídio n ã;o deb!aria. de olhar aijue:la be1e-. za qu•e as jan-el11s mos'1:NliV'am. De· ve-rdái{e, era umà b'el'em inocente. Uma bel:ezá de pa– pe,1-creP-O.n oorrendo pelos cordões cordões que se reu:n,i>am artisticamente, es– ' creven~o .e_§ltas pal'l!,Vt:as: SALVE O N'A'.TAL DE. 193-0. Os mew; ri-ove an.os a'C'lia– vitm· tudo aquilo uma beleza. Eu me'rlgUJlba:Va os oThos· n·a– quele mar de cõres e êles fi– cavMn cheios · de marinhàs. Sentia-me como se séntém. . . os ve-l,hos ma.Till1-heiir-OS que vol;tam ·ao ma.r, . Ero seguiàa os con,vfüad~ es- que se<ua olhos estav-àm 'v~- Não havia .aqueles c·estos procuo.-awm, e n e o,n(l.r.avam– pa:1,naram-:ie 'res,peiito&aÚíén.tê ~elboo, parecendo haver cho- subiaJ,do pe'$i!o:as na Roda G-i- no, ou d-eMro:c:andQ- os olhos de pélas dif.~ren:~ par>tes (la sala ta4_o receme~1e, ~ sevel;i- gMJJte. Eu e&trá.nihava, àcbav.a Saln1à Luzia•,~pintandõ as c-j}a– é e,,j ouvi:e,s, em tons ébeioo dade o'lra~ica d:a-s linhas _de rufm aque,J,e Náuil, dtfe.rente gas qie & Roque, ou cola)ldo de V!':treraxão; a loova,r o ho- seu ro~, ~e:res~e,ntava palr- do âe· mima terra. G<l5-ta1'iá wn br~i> de úan bon.e-oo ma- 05 roailllltoo c-beg~, ajoe– m·em de negocios, a esJ)-O'Sa do iicula,r. , à<gJl'lfica,t;iv 1 o e :l:e- de e&ta,r ouv.i.J:)do os· cegos da neta, câJ.ça.ndo um sa:p,ato Jh 'an.do - 11 e diàn-te daqiuel-e ·hon,fm de pe~os, a filha ni~ade · sua b e ez_a.. as, beira do rio. O Natal de Ma- num pé de l> a.il, a;i-_.il!la. Pres~pio. Rezam. 9 menino ão ho-ll)t'm de negocios e, es- através; aquela seven<lade e ceió eram J,antejolliÍas nas Mas como e-ra suja a casa Deus dormia n.uma mange– 'p ;--.d,a.Jmcente · \'J,uJian Masiàkó- s~ l e.n icl a 4 e, atT'<I,~ ª l>1usas dlàs .i)Mtoras, era Ô d·e "seu" He1'm-fdiol Aranhas c'i'oura do tanTaJlho de u,ma . y jWJ1, t :r4steza, _re$l)la:ndecia. ,ª Pastoril d°'5 çó:rtlões veirnfé.. bol'd•ílivam oobe!tas · de prata, ba-nan.a"11Yão. O bu4'.J."inho de -~i fJ casado? _ nerg,In-~ mooen;cia d,~ u .m ª ~ 1· li1o e .azu! dà.nçá,ndio S()bre 0$ 1~n:Ç-OS que d~ tão finos. nem São J9,5é pa;re_cia poeisuir um t~i e:m. ~ . ,.a uan COill,he- ll/ll.Ç,a. Ha.via (tUalq;uer coxsa tablad•oe suspensos. Maeeió pesav·àm ume gi,,am~, des- es-t &na.go utv-aqwe ~ não se c 1 do ine-u· que estava ao lado ~ x,J >r-m.tl <Velmie,nite inienu.o, sofística~. Sámt'Ana do Ipa- ciam l~nitame:nte pelas par-e- ca,nsava de mergulha~ 0 fo– de J•ul&M Mas-talcovitch. j,n,a;ca/bado e jovem, em s,ua nema po.,ssuía o Na4al ·que · des; sapos m-ijavam n~ pés · ci~ho nas palhàs secas. ,De Es,,te u!ltimo l>a:ntou-me um :fisionomia, a qual, silencio- Maiceió gootaria de possuir. .de "seu''. H0fmidio, rataza- e&trebari,a. a dentro vinham o}har ira.cUJndo. sa.me -n,té, pare·cia peditr mlse- Onde ésit&-iaan as harmôni- J!~S pariam ne vjsta, dêle. os tr& Reis Ma.gos, e sobre :riicóTdia. ·DisS1Seram-me que cas, 0$ :réale•~ d= ee"'li- "Set1" Heo:midio não se · im- as pedras d'O mo"'~o ~- cas- -Não - r~ondeu-.me o~ · d · J " ~ .,. • ·• = e-1,a t1,n0:la a~as . e?Z.esseis nh.~ '? A músiioo. do ba-ir-r.o dª portava com tudo aqui!o. O c,.,.,, dns. -•el~as não "e can- nh.eei'<lo, p'I'ofw-ida~nie ch'o- d 'd d " 'ih • • ,,., " v• -u " .,, • ~ a.n()s e i a ,e. Vil ei mais LeV1ada e,l'a p· aTa . m im '""'ª que êle ""'ueria era vwer es- sav"= d- ba,te,._, Aquele p·~-.e- ca.,o pot D1inli.a indl-s~ao • ~., ~ -~ ..,- • · --ateintt.amienite para · <> n-01vo. cnisa noiva, ós in,s,tirumentos cnl1P.indo, fazendo san'1:-os. En- -~p1·0 e"'.-,.... che1·0 de mo'la• í ~liás inJten-cional). ,.__..., h -< ""' "'" """' " · · ~....,tt,amenrte r~on eci Ju- li!Ímbravam !Xl'r~' azinha;\r-I'ÍJ.- tr.egar todas ·aquelàs enco- in.visíve.is. ·Bastaya-se pôr N~o fa!lj ~i>t-0 te:mipo, pas- l,ian. Masta~ov:!.t,ch, ,a· g.uefll das de gi.gan,teiocas corolas, metidas aos sáoodi:>s. Dos ·um dm¾lei.ro s0:bre a salva de sei pela igreja d.e.·· Fiquei não tomaira a ver dhrante eram mi11 vêzes- ma.íores que quatro oan-tOIS. do rowndo che- i:>a,,pe,lão para que o menino adlrnira-do com a quantidade aquelee u }rl.im ,oo eln-co anos. oe ;r~a}ej-OS, mas eu ·acharia · gava geme pDO-cU,re:ndlo "seu'' Deue acordass.e e sorrisse, S àe peSSO:a$ qj}e se amon-too• :Enião, torne! a f i,tll4' a. -n oiva. os rea.lejos mais música na• HEl'Pmldüo, trazendo-lhe irna• ,José' mootrasse os d.en ;tes, N. van 1 ~ fim de assistir a uin Deus· meu! • P,rocu~ sair, o quela tr"is,teza de sons agua· gen.s.. d.e,s;botadas, crucifixos Se~ora ba1ooçasse a ~beç-a, ~asam.ento. O dia estav a h~- Jl1al,s d~Pre&sa po.ssivel, d-a. dos.. "'Ue de tão veNios fica.va" " pu- rivel, , uma ' cmuvà, in. .ter.mi- l, j O . t . d -o: ••• ag.rade,cendo liturgicarne.nte. gr.e a. · uiv1 coan,e,n anos os Aqu.eaa irilfãncia- conr,ia nos bos. As mãos de "Se.u" He'r- Os ·carneiros al7ria,m o bocli'.> ~iei>ite, a cair. Fui ~[P'UO.'ITando wes.endes ro~ ~ fo,rhmà da dez anos. midio davam uim. jeiio, des- · coi:mo se qufsessem ber-r.at e -com 0.S cÓtov.eJ.oe a,té a,tJ>aves- ii.oivli, - sobre reu dote de . Nu este..va conhecendo um cobriam um,a :manei-ra de a c~r de Pli·!(,ta da Estrela sar a inwllti~o e petietr'ar na qui.Ínhen1os ·mil rwblÔS - Na,tál novo, m·as se>ria me- a~ enl.za' l' aque-1e HosipÍ.t·al. À d'A,l-va inualJOO,vir de 1uz. igr~ja. O n~~vo era ,1:lfil· ~jei- ma.is um _pouco para as _qee- lihor o do a-n,o passado, aque- :Igreja se renovava nos San- · Semado a-0 lado· do Presé- t~ gordo, beµi alirnen,tado . e pesas gerais. le dias veHíÍtllhas pediilldo es- t os en,ft~"'~~·· d~, tam'b.,__ n·a · •• " H · ,..... · · trajan_. dó•se m _ a.gn' ificam,,,:.,,:t_e. E ,:i · l J ta """"ª "'° '-"" 11 pio, seu ern!,.., 1 º viigia.va -. "" - n,,...o seus ca cu .O:S es, - mola, do baralho se cortan- Igreja exísitia um Presépio, Cada. tostão da ·génte proPor - . . ' O Juiz de DJ,reiJo, o pr.omd.. tór, as -mulheres-da)'rlas, tpdO o moodo ia dar 1'ostão, ve<.r ~ sorriso do me,n-iuo Deus. Oca– lor' se danava. Lenços de um m,etro corríam en!eitada:s p.e.– las testas de bronze. ' ó Na,tal .de meu-s nov:~ a-nos fôi.:à aqúele P.re $éP,iQ. Por filn, m:in>ha avç deu. me wn côcor-ote. Não tí,rihàl mais to~o. ha.via me dadÓ todos oo niqueis. Eu ~ nea'va., berr_a,nd'o eu q,u~ritl que me desíSem mais dinhel.to . "Seu" Hemii~o eta 4ffi ~ bidão. Toda aquela e-ngre;o&– gem l)a,re.cia Sut>'ôll'tar todÕ 9 ~eso ç,e tod:00 oo ,to,s:tõêS d?– :m,oodo. E que en·grenage~ intel-i<gen,t,e! Se a esi:no1~ fos. se de q_uâtrocen<tos téis, o m~ · ni,no De'\,lS sorria um sorrisOI g.r,ande, Tudo_ aJi eni, 1;>e, s.ad< ?, medido. Ni.<niguém pp,d'ia ea,, eur~er os dedos tocahido n~ qu~le Rei Ma,go de côr pret~. O Pre1lepi,o ·ás ~eiha.và -se • · (•' .. ' /' úro m·un:'do de fronteiras d., li\1fil~ fa-rpe.do. Um p1;1,ra_;peito i tl)IJ)ed-ie, -de v,e:r-se :nai,fs d'e perto e lorige···da ge,nte· fi.cavlj à salva Íie papelão, en,gulini. ' do, eng.].1}i,ndo. · ~: E m-àis um dia d·e sua vidai,: "sw" 1-Iermidio •n,â-o çueilei domnir, góhlá.và de ficar ol1!ió vindo o bal'Ullio dos tost~ tili,ntando e d~scendo por uD)I c;ino de fla.ndNs. No ,IM ~ , guiiDte é:ú via o ·Natal de ~ ' cei6. Pa-r ecia que não esl!evéf vendo 'n,a.d<à. P~rgun,tei 11 ,:w, nha avó: ~ -Terá por aqui algum P.rooéi>io como o de· "sd Hemmtd:io"/ ; { A Te/J>J)OSta ~e magoou. · " E como eu pode'ria gostM" . da Roda Gigante, dos carr~ séls, gi:r.a!l1do nos lomboe do, cavaJÓs de pau, ac-har gost~ so o caldo -~ ea,n,à ? ]'lli!ij pensamen,to m.e leva,va pa-~ pel'to do 1\-esépio. de "~ H-e:rtmidio, minih11,, mão pa~ eia esta,r e.smol.and-o' aquel·• . salva ~ pa,pe,lã,o, e, de no,rcr_ . tu f!$tar vendo o' Me.nf~ Deus sorrir, S, José I)lQ!l,tia~ do os d~nt~s, N. . Serih-0,te, de ~a,nto branco, de saia a,z~ »ala~ta~ndo 1\ cabeggi, · ba~a.n. gapd,_o-a ~JP. de leve, bem de lev•e balançando. ; , Li~•.r:gicamê:n,te..•. ~- ·- Corria die u«D , lado· pira. ou- varn, eeJ.'!1..96 - p ensei eu, ,en- d•o n,um .jogo de e~ réis nos· mas o de •!seu" Hemiidio ga- cionava uroa alegria. N-ão ' ha- tr.o, 'd~".á or9<éns · e ajeitáva quantp CC'rria , pà~ á r:ua. fun<los da barboori,a. nhava looge. vi-a' toot>ão que chegasse. A.iue- BR~NO ACCIOLY .. ii~t';vam ainqa' a)guns mi;u-:.- ------------------ -..: _..,______ ________ --:-.- -'- .;,-- ----,,-----...;;.- -,,-:---.,.-.-------- ~~:Ei Zii a::~é 1 ~i~:&:f:': N ATAL /• CO/\~ M-A, - R. ~ · G- ·.. AR· 1-DA-· :~:::ir.i:~: Ê;:ii::~ i interlol', de man_e!ra gue bav1am - · • PP! !~o que- !)la foi emb<>ra..• .er-g~iido; para a Missa do :Gal.o, tido, ao meiô, a testa larga apa_ ,M;as ~t- fl;S:Cr~ve,_ sempre. ! ~1m_· altar prciyiS_.·õrio, _n,.a fr~.u. te, ;r~-d<i livr.e, ~ º· ll)()S acesõs (Conto de Joel Sjl·ieira) qa vtvi 1135 suas p~edes b.ran- , , M~i:,garída calO\!..Sf ,,-e p~ oµi~ • . . ~.- ~o cas e na voz son<ira doo dois si- j " ã •·•"h l · iJ01da,ao,•de l_uzes variada'& e en- 08 dentes a.ivo.s e a b.oca úmida . · · . " n o =, , am aquele brl ,bo mi. J lt d d ' · ,- · , na areia da Catita, .os oll1-0s en- i-; ae centen°•· de.. vózes r""'e- nos que ba!la,Ja.vam, YOZ qtte li OOOJSCi t -;.,,.~,· B lj,_., .:. . e a ?,·- e rosa5; Jasm!n~ ·e ,dã- Não,. se pjntar~·,.. A ?.~lid_ez ll?é_ ..., ~... . , ., . en e e ,....,...,.ico. e .,.._.. !Jas , g,õantes. o. povo 1?e a:glo. dava um· ar de vicio 'e 00 làbios ch11rcados de luxuria, os bicos tlam, como uma .unjca voz rou- vento tra?>la, até n(!s e espalha- na boca de le,v:e. . m,· er.a_ v~.·. na p jsarra, , ~h_· ~_!? · a á:i;_x:pxead;... tinham um ' énêamto de►.. _ Peitos _retesos. 3:'_ -neriu~s ca e .!crte: -· v.i, por 1,oda ·.!L ~oite. . --,t,l'ão vã ficar triste agOl'.. é d d: 1.s r . • ...., ªber•as an.~1ante· como •~ ani Pruisavam inoradore-~ do Alto, meu · ..,._, ,. N t ·1-,, , e_~. a a_r_1-ª. e,. a.s. ez__ 'Ou m._.ª· _:fl, e. i- . "lfe' rent'b, • fi . • , ,.,, . •""" - . , , a:d' "' . anJp, ,,..,.,e !:' ' a a . · " ~ m~l ca· ad Ag ,.. -• ' ~u'hherea ancapuz · õ~ e inohi- • · ~ · 1-~~ de b~nÇÕ$ ahnha!l<?S ao. l!r -Quiu;l que nlio lhe encon.t,ro. ,,. ns !>, ora era uma .no .. ,,u ~~ ~ . . . -,-s vezes eu-,...1co tl'lste me11;. l\~te_. Er-a, U?)a n<>He trap,qu11a, Clnegou ago{a? , s.~nta, guardada no- ves.tldo azul No cé:u ~ibl\S de b·ra:nc~ b9~ens ,r!J1dp e ;mo. ·S!J d.e pensa.r qu~. es-tou 8 ~ de h1a e mú~ta;;, ~strelrus. no céu. . E com u_... esp•,.;to :fi""id'o: . cqmo. num artar. ' contigo IA e&tOYe\. -conve:tsando r.uldooamente, cri- -~º 1nwt49... r Não J>O,.<;so mate >T- .i '" °"' ., .. o' J) .d. .. :r:ec1'to q·' al ? oi .o."" ª~·-"º;; que ·se,· rebolavam n,a ali'e1·a' . t ,. ' r ' uyna b!isa sei:n i,?rça "s~~sun;av,à - Mas. a princesa é: ouro 'J>Ul'OI a re u " que c - ,.. ~ .,,,._ -~vo·~ta. ru:_- com mJnua mãe, ela nup nas fo·lhas iloo eucaliptos e rarí - Estou até encabulado. sa em latim, vQltou.se i,ãra o A rua era um oompi-ldo , rio l'impa. Margarida tinha' os ol1loe ,1 , gia no ta4uaral a-<iorrhecldo. v .a. ..2:..tneabulado? . povo eom a hóstia sui;pensa nas tte al'-O'ia. espremido · entre duns abertos guando a olhei. Muito · -~ -eu:} Eu ,nã9 l!()u .na&a? . galum_es faiscavam na sçmb.ra. •--Bois •i. Énêabulado de andar mão:s. Os ;sinos repiéaram com colinas alvas, O !uar estava abertos, más pareciam 11ão me · -V'ooê há de ~ aiborrecer de E O s_ino vibr~va no ar .co:'1 um cçim :vócê a~im. ESte ano n em força, · e, ligeiras, esttidularam muito claxo e êlistlngil.lÂ-se per- ver, 'pa"ec!am 11ada ver. Toquei rol.m, como o,s outri>s. Eu sÓtJ · •~ .novo, llnipo, metálico e roüpa .'n-wa· eu ' t1ve• .. ~ as campainhas. A ipultidão es- feitamente, ao fundo, a rrussa com· a .m~o o seu braç<:> ll'il. upi -ca$!0 p.erd!dp. Você ,o.sia:a.,,J IIIP.\fl<l•. . . .. , E)ii :fez iim gésto galante, re- tava dli! ~abeç.a baixa. D-eJ?Ois, escura do ·Mo_rlfo dÓ Ur.~oú, tre- --O ano está morren<10. ?i!a,;- ,mim porque. precisa de .mi~j -1 Olh~! .• a. ml.J11Ídão . •de _çi!Ila da 'trutou. iprôposltadàmente a!eta- num .ges~ só,. todos se Ievanta~ vo,so e desha))itado. Pequenas gll.i'l da. M:a.s o m·undp está c-lwlo de .mu..' ' ~;tdar1a, um ~mq,:ii,t<;,ad<? ije óa: , . · ra,p..e c~teri'ai;:de v67,es_ se con- poçM, re-;,t:~ dll _ultima e :i:ec_en- Ela não ,;e rnoveq, Mas res- :J.&res. E hi ou~ras .ma~ face}4! cha)es. pretos e cabeças· desco.- fundi:rtl]: no c;a_nt!co religioso: te chuva, estava,m agor~ chelás pondeu n'Íl?1a. voz ·wmh;l~_: e m,ij!_ boio:itas ~o. _que eu.~ · ~; bertás. Menjnas .e m'enlnos :tà. -Chorax »1\o posso; cava·lhei- • de uma agua .amarela, enlal'nea- - É, Voµ ~)clU' mais v.elha. No Fe.cliei com a mã.o, le1/-arr)ente. J.n,vani: e :riam en:i volta,. !lo ái- 10. E f1que sabendo que oo man.. Ve11fidn de branco · ela, e 08 úit!~os sapos, os que Na.tal pa~ado eu estava mais a boca de Mar.garida,_'ma 11 nÃo-;. tar. As Irinãs• de sa.nta Terezi.; g~os, também vivem. Agor.a me Ela, me apareceu ba.vlam escapado à fúria, da mo- moça.·• tiv(! resp<Jj,ta. · V m:a Jágrln\Ji, ]Jba, com os SE:Us vé~ e ves. t!'re daqui, por favor. Não te- TTazendo :na fronte lecaã,a, ·hã mui.to que deoan- .Ap~rte! o seu braço com for- ~~,e- -esca,puliu doo seus ol'h9S !fído.3 de •um branco imaculado, nb() _jeito pra .sal.'dinha. As· c6res do céu. daram para, os pahtanos vtz!- ça. Etic66tei-me nela: 'Matg3l'i• e p}ng<>u na ~ga. do n1eµ ,pà• sem·elbav~n'\-Se, j1tn.tàs, 11 uma ·Qu1>xil10 dé.wem'os, um murr.n,- nh-06, saltando peilooamente pe1a· da e,stava morna. lltó. ·• · stJ Jluv,em que ho.uves 9 e.•·ca1do, do t~. W:'ítis ' llH~ JeVantou~se da :Ma_r~ar!dá cantav<1, F i Q"ll e 1 ar~ia :tina. -Gente bonita não enve)he- -Não chOll'e; tol~ha. N;ão lhe céu se,bre o clmenío frló. :i;; os ~ultidão . é c.amp,!ln)'las vibrà- o)ha.Qdo.-a,_'seguinl3o os ljll'ÇV.ime;n- Luzes brµxoleantes vae'i'la,vam ce, Margarida. • d~p111:1rej nu:nc-a. Hã qqa,ntõ wan:_ t1óméns, :<;1.a ·Pi!;I-Uiljão.; embtu- '.lêam çentro d.a noite. Chegara t<>s doo ·l'ábio.o,, gozando a ale!P-'La no Alto de ~ão Cristovão, de El'a, não me li!Sc.Utli\•a, ·fn?and6 po gosto de v.~_? 1• ;, :lhado.\l nos seus·· mantos de :um ,o:.;p:wte· acohJpanhado 'de m.enl- d~s d·entes ,alvos· qÚe · brih'à'.v1ªm onde descfam sons de vlolões, como se e.st1vesse oozblõa: Ell\ não re~á,e.u.. -)•, Vermelho vi:vo, e3tava])l· gra_ 'nqs C9m ~chótes. U)'.n cheíro como .. reileX:Ôs-.,dis laril.pa, clas ~- pa,1idêl;rô.s-' e , 'vo-z:es en1ba:ra~had<1s -Es·t'ava. ,mais m,Óça e tinha · -HÁ quase um •an<>y-Tã lhe tlil– ve.s e silenciosos. ·~ ~etrante- · ·de incenso ~b.tu sas. Ela, ' poi:~m. vo1iou-se piµa num.a; alegria des:i>.reocupada, A minha mãe. ·.Er11: ~ma velha rim. ãlgum inai.? Já -lhe négueí ai·-' ' ·Relanceet óS olhos em tor'no: dos tu ri_b u los -fUm~a1.)-tes mim e, inten,ompendo. por ·iuil la_:nterna do Ca.fé Dfarlnil Pasto- :zinza, mas 'Unha•-bom coração. Só guma coisa? Deite aqui no meu.· era, diliciI en -con:tr.ar ;M.angar1,. e . -algu,éJn: tossiu .sêco: perto, qe · minuto e cantp, ord,enou auto- ra, . na esqulna,..el'a t:i:üste c<Jmo não gostava in9lto dela porque <iam,>ro, chorona. $ogo h<>Je .. J ~. -ela n,o meio da.<i,uel'e ,povo t.odo. D9s . Forráll10S a piçarra com rttâna: um :f.aro1·. Facil111ent.e, como se quel'ia se meter n1\ mll)l)a vida. -Nilo. Séi que vo.cê. me -·.en""- T.e~iei mais -El~tra .11esqul:za. t'le- Tl!;ln!.:(>3, ~joelhamQ-'!)Os .no cháo -Cante também, .)1~r'éje! íosse dia, eu e Jv.Lar garJdà supi• E só vivia• n,a !greja, d ia e .noi- joarà -um dia, T!i!nho certeza.· i ~ orat1;,~o os -~ J o :O,.s no.à ~!'.UJ>OO d\1r&, I>ertro de póucos íns_tan- -Nãff .se!, amor. Vou can~al'" mQS a cpti_na. Sentamo-nos na te-. Não gosto que n.lal-gµém se . SoJJU~a, ·ag<l,l'a,, µn1edeoe.tidô .esp':\ça(l<is., Jâ ha:via , re-:59}vio.o· tes; I\,ral'8!1f1d-a est11va libfy.r:ta, sem saber? · · càlça,qa alta e :ficamos a olb,ar ~ -:m'eta .com a 'minha vtda, :t;l)eU ompro COJ'D. a§ ,Jãgrfniáa ,qesce¾·, qu1;1i1dQ aJgjii'm. "tj;às chej~ de fé e .çqçura.. Os º"lºS . _Mai i 1a;~?riqa ,n&Q -~~.sJ)O,l).deu, i:l~aqé· lã em bai~o•. uma oonfu... -~lz nin rosto ç:ontraríall,o, ;t.alei 'ilb11ndante.s. tlé D)~lll-:, birteu nó J»eU ·omôr.o. sem,.ce:rrados, o •';!TÍ/11; tranquüo t-!)da. yol~~<:f:a, pari!, Q h1.no : . .eãó de .luzinhas pi.scan(fo. A tO!'• qu84e' liS;,ero: -NãÕ .Íe·nho mais j.eito. No -. ;prq-cw-~tndo a,Jguém?, ·d-0,s •se;os, os ·dêdos jnqule 'l.os - , rc ·da igrej-i,, com ,a ~1.rpola pra- -Quando eu estiver sendo' ôe-. lha em que e,1 e-stlv:er vel1';í, ê V-0lt~i -me, ])4.'a~garld!l ~ta.va acaric1ando ,as c-0nt.a-s do · 'ro.sã - No céu 1-~da ~pelbandó o 1uar 1 não se mal$ em sua vida me previ- que yài '"s'.er? Tel'll)O qu.e :ped)J" iu:i;i,a f-cr1n,os1.lra iJJÕ ves1iidi!, no. rio, ne1n par!!cla •a ·_Ma1·gatllq_a d-a No p<ru ba'll}a diluído ])a sombra, como na.. . . to e ·bem- ~ui, 0 , tm;belo 1'e.1,a:i;- noite a-nfe~ior, qespid'!I comlgo Contigo la estarel. em· outras noltes eseu.r.as . Esta. . -Noo.. Você é diierente . V'otê (Contin1111 n11 3-,"- pag.} ...:-, _
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