Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
' FOI~HA DO NORTE Domi11go1 21 de dezembro de 1947 ----------;- --···--- .__ ,.. ...;_ .,. VOLTA ' . . DlRETOlt . PAULO MARANhAO . . - OJUENTAÇ'ÁO. OI' • ºHAAOLDO IMRAHHAO', O Valor Da "Desc.obert(J" Em Literatura _ <Conçlusão da l. 0 póg.J (Conclusão, da ult p-á9.) -p.alad~r a1hei-o a cozi~ha li. so te-rµpo, pois são feitas c:om t~ra1;_1a .portu_guesa. Sao to- wna minuciosidade e um.a servava: nariZ reto, gue.xo r:ao ~..nao o, m0Jeq1res, em calção d~_.s es~es .autores_,. a?utores es· ve_ rdade que as torna, hoje proenl!nen1e e sobrancelhas ra- de banho, passou con•e11do, 1-er– t11tan1;;nte formais . --Carecem ainda .extremamente VJ.Vas,, '1a,s sobre os olhos 1111ud'os. Ela to· da amúratia . Ele náo 1a1ava. todos e'les ,, conteu"~ hu ' sacudiu a areia dos sapatos: ti- nem sequei a .olhou m&.s fico 11 . . ..e. . . « . wv. . . - dir..mos qual"'úer coisa de de 1 g , A t d "' " rou do bolso um maço de clgar. 1unto dela, catmo, sern r'e.i.efo. mano e 1 0 0 1~ 0 : 0 os mui-tissimo i mportante. E se ros americanos. fechado. CUl- sem d01·. sem alegria tal\'et. e?gl~ba ~ m~leficio de pro- reputamos esta a m-ais· impor- da<losamente soltou o celofane i!:la :1.gora reunia a pra:a. per– vinci_anos. Nao. Se u~ _Ber_- tanie das explicações susce- da parte superior. de·sdobr,indo. teita,:nente: tão wurta, qu" 1eve nard1~ .. é fa~ho de or1g1na~1- t.iveis de dar sentido a tão o. Mantendo .rios três prlmeitos medo. A e.unhada apàgov ._ ci 4 d~de idoológica e de cc;>_nte~- a,pa.rente anomalià é porque dec.tos da mão direita seguro O ºgarro e pôs.se a conta, .., oe4 d o· humano. um E_ç:"<le Que1- ela •encerra, afinal, todas ·as centro _do pacote, empurou-o dé- sai;tre que um tenente col)he– r oz, por exemplo, nao se pode · baixo para cima. com a polpa cldo sofrera. A ehuvt ló tinha dize·r destituído de tais va- outras. Sim, êstes .textos siio do polegar. o ni a e o deslíi ou. ceS $a.do, mas recomece" !!ni- lores. ·· ainda hoje vivos e a,fuais. p'elo énvolucro escorregando. su- nha. Ela vla a praia. o verde , têm ainda hoje um valvr uni. blndo cerca de dois eentlmetros quase <"humbo das águas em- ---------- Seja como for, o certo é versai que não possui a ma ior llrlmà· cio celofane. Utilizou a branquecendo-se em espumli. na que estes nossos not abillssi· pa.rté dos nossos · textós lite- unha para levantar um d0s la- ar,eia: 'F. um ci!u 1.1,berto •lndefi– m-os .autores n-ão conhecem a rários considerados ob'ras- ·doo do papel cinzento o.ue for- nido, cl,iro Sent-la-s< s·em po_ GOLA.BOR:ADORES: - Alvaro Llns, Atonso Ro– clls. Almeidà.flseher, Alphonsus cle~Guimaraens Filho, "°ugu,.'9 Frelleriu• ScbmW.&, A~reJlo Buarque· de Ho– ·Uand:t, BenecUtc> Nunes. Bruno de Menézea Carloe prumínond de Andrade. Càuby Crm.. Cecilla M~ireles, Cecil \fdrà.. Cleo Berna.:'10. Cyro dos ·Anjos. Cart.cn· Eduardll,• F Paulo ~rendes. Rarofdo Maranhão. João • • Condé ~V) Ha11 d'e Moura.. Lê'cJo Ivo. José Lfns do ~~go, l\larqu~ Rebelo l\.fanuel Ba-ndelra Mali l',lar– t1ns. Murilo M.endes. Otto Maria Carueauir. PauJ·o J'JI. nio , -'.breu. lt. de Sousa ~.toara. Rog~ Bast.lde. Rlba– mar .,. Monra. Ruy Guilherme Barata, Sérgfo Milfiet. Suita.na L~ "' WIison Martins un ·versa·1·d d · • mava o tam""'; 1evagar. com der exolíca1 de ~!' • maneira · 1. .1 a e .a que pare. pr1•mas das nossa.!' letras, "'e- ..- . ta d t· d t l ,, e-xtrerna delicadeza. fOi rasgan- confusa. totalmen" rN;rpora- e1am es · r es rna os, a ento •a -sim-r11es ratão 'de q'·u· e, ·,.uan- d · à t · 1 d ., ~, do UtnJ! abertura. , da p~nta até a que e n,ome,n 1u< !u,w?.v·a, ~ ,ugar (lll,e ocdupam .entr.o do foram escritos. r"nl'esenta- 0 melo: as rodlnh~ .castanhas quêdo. num fim de ta•o~ - as uas nossas ~ra ,í.ções litei:á- vàm u,m avanço sob·l'e a épo- • dos cigaYros apa-receram. duas a ondas derr.etendo-se. L:'lados rias. •Foi · l~ndo··o. velwne re- ca traduzido no deslumbra- d.u a~. RecQloe<n~ .Ó oac.ote no (sem que ntniroem oem m'eSmo cente-mente publicado e~ In· _inepto ·e -na ,srncerldade com t\Jild-0 do ceJofo.ne. dando-n1e ele. la.mal<, tenha atm ,tf.do .o va4 glaterra ·'pelo Iusófilo Charles que os seus: autol'es abriam depois 11m pequeno impu:tso rà- lor d<>Sse í:nomento de intin1ida- David Ley __ "Por'tuguese·Vo- Ih pldó. 1'r&; elgarr.õs ,uítrapassa- de e silencio\. Compreensãc tão - os o · os pa:ra os novos mu_n- • te ya.ges!' - que me dei cont:; ram o nlvel doe outros. Levou ,or 11.' regto. a nâ.o sei seu de atgum,as razâ'es pedem ex. dos-. Os homens da fr.ota nê o ma~,) 'à boca ,e. .:!Om C/5 lablos. pel_lsame-ntc envolvendo o seu Vasco 1a Gama q_ue com êll' retirou O gue estava mais alto. estado de amor ou poes!a não plicar o is.olll'ínento-que pese ti h "l sôbre a nossa lite.ratura . Reu- toram ~ !ndia. os que fo,ram " Guard<m o r~ante e do me.~- · n " ,, reitc de ~:)!Cf.'lt!r· que llindo !lWJ.l vol.ume· da' ''Éve.- Pm demanda 'das ten-:rs d.e mo bobio trouxe u,nll oa'l.~a d'e nurn ,eg\lndo. t~ve vontade de O POETA JOÃO AJ.PHON$t:JS ""'man'º· Li',b.r•"ry" se.te t•~t~• Prest e João os que se· em· fQSfOFl)g. A cabeca ll)cttn.ada-. ris . -rir e .eh:orar ao mesmo temoo. 4 -T ~ "' '°A "' brenh . ' • ..' • cou um lnterce-ptanrl~ a brlsa ll,Ias retelle a emoção, porquP e1i, ,{Conelusãó da úll; pág.) - de auto:re;5 pÓftugi,íeses. d~ · ~ram pela selva ab.~x1m, marinha éom :i palma d11 . mão se virou e dlsse qualquer cGi$a · .te rados. Em 1.926 tli$lCnte problemas de poesia. e m-es~o ~e séculos ·XV, XVI e ·x:v1r. eh- ou os 4ue. como Men:cles P:n- em. arco' Acendeu o cltãrro. atl- - a V'Oz er•a multo grossa - e t~cnica de poesia; c·om l\>1ârio de Andrade, pelo "Diário de tre os quais ;um .ou dois • pelo to. ousaram penetrar p_ara -rou longe · e fosfore. e.rg: ueu a ela .<?Seondl'u depres.sa 8 ternu~ Minas" espécie de tiua.rteJ.gen·eral fqu, paviTh.ã,o d~ posses. menos, de or igem de!{:~nhe- além das mura,lhas .d,1, China cal)e,::a.. ~hupou wna r~ga . l>a.- ra. iorao col\Seguia • rem ~rar.se s os) · da~ no:va geração min,;:ira.. O tn-()de-rnismo 1oc.al cresce cida ou. anônima, CJ,arles- Da- - formam na vanguacilâ ' ~e ,t0rada e. ante!! de eMJ>ell-la.· de : 1Ue ti'n.ham talado. <;!;ls res.. ir-reguJarm<;!nte ã sombra :i'l, di111=li.cêr.cia gover,namerital,_que vid Ley, que mu-ito privou um. momento histórico• rom- • tomou ª pôr 8 caixinha n:o pa. pOIStss 00 d~ co'11o st; ri{'tiraram • todos As J·ovens ad=t:... -• n;::o da nov..; =--rita literária. ' AA•m· I't i· t p f"·- o bor•-~-"--te' d ·_.R a !et6>. Então. pela prtn 1 etra •v;ez, dei;>ols 0 0 anoitecer . _ eo'uf· a ·pa– .. . . v - • ~.- _v~ v... " . .. ._.,._ , . • .,..,. ·a. I era ura po,::. uguesa . , ...~, s ,~.,.~• s . o en s- .. ~~ndo seguradh o çll.l·i\.rro entre lavra as brumas. perder.aro o d is.4'$bui ca.rgois de f>rai:eante ~e secreta,rla ou quej a.nd- 0s. A de t~os: os. tempoo. demon.s· c~ento, ~ela,vam ~ectos .. o. inolt>~dor e o. dedo médio es- pa-s'sagem da 1>oesia post·simbolis!a para o na-tivi$IDO n.eo . tra q_úe nãs n~as ietras são novoo, senao do hó-me-m, pelo querdos s,o!tou uma en·orme fu- !;!~ 1 ºm~u~or!iª:i~ ;:q:;~;er~:~ !r.eruli.sta. d.'~ l>'Fl m~iros ·t:-mpos do moderrií!imO. :foão a: rea- ,muito:, mais_...~~etlveis <l.e- re- m.enos o mundo. E a n ossa ma~a t><'lo narstz · e oi;- . ca."ltos da · A im.agem renaseendo. r az-i~ -li I1zou .n3·furalim~nt-e. E tão poeta tle é. q ue trã figurar n'Ufi)a putaça-o 11n1'1(ersal ·esctít~ lftel'a.t•.ira que, cõmo disse boca. sotrer Tudo O que er:, au,;en:.. ;ágressiva "Antologia d-OS Qúatrc Poetas Minei>roo" (não re- sem· g5a11,de categcria Iiterá- certp. con.ferêncista do Cassi- E l!i ,., ~ontemplav11, ~emj)re .·,Viu <;la, cr!ava corpe all na $ a.la . n.a. ',. co.nh.eclainos a exist!ncia de maior número; e os quatto era- ria . no país na-tâl gue obras no Lisbonense, é toda el a um a e:,q>j,e1J1São, quase ~'t alivio que goando-a Não pensou em e~ca. t[Jl~S nós mesJ;DOO), que a.fin'al não pass.ou de \mia ,r,fovocàção, ai . considerá.das. ·ae :p iimeirR tribato às literaturas estran- a tragada Inicial J\le. deixara no par ti assombração: spena,s- gos- ' corno IJoje st · diz. r~nup-::~ar.à;o-se à emptrêsa po,r faJit.a de plana: C9ro ~iei~, se nesta. geiras. teve' naaueJa . a-lttira rosto. nem •lhe- egcapou o móvi~ tàr!a de fugl,J' dai:r11ela tar.de na ~fba. I>ibli'oteca. -in<'lesa, o.nde· h'á . _ú,ma .'opertunidade &nica de m ento mfnlm o da.s•palrehras que pr111a Em vão. 1'. memoria de , , "l ,se fitcl:li.Tám netv.osa.mente. um que se- sentta capa:, ~r~ 1.1ma. : O diabo é que a vid?o .. pa_rJ cima d.e n,o~ecentos ·vo·- se mostrar · ,origina1 e h' na Teln.nce de · tonteira . Tudo ca- ,sempre. .a mesma: o vulto e~. •· il,leln 's~:r;>re é, p-o-rem, lu~es, de cerca ú e q.i:1ínhen• vànguarda (la.s ·escolas. En.,. berla em três miilutOS: nada minhan_do o v.ulte sentado. e so- ·a to;ida, dt onda tos autores de t odas ~ - na- q uanto os nossos Bernard.ins mais. bretuoo a minuciosa operação (!.Ué vai fl' 9.~~ vem. cionalidadés, nós, pórtujue- - eis' nossos .Bérnardes. os· ·nos- .A pr~!a estava deserta. Um do . cigarre - o cigà,vro, - qu,e• l\tas da. ond:f da.;nó:e? , ses, apenas somos repre.sen- $<M Éças· ; os nas&os Brandões brando-se repetindo-se s e m A-te ·nem sei bem , ~os são fr,utos tardi'os d. e esoo' ilas No seu tempo, foram inulira. pie<lade Dtstlngula-lhe as mãos, -Ora bolas prá onda ; . . por qns quantos via- , . passados. não tiveraiqi m~s - de d~das cttrtos. com cabelos nas . que vai f!, qu.e v·em !· )anfes da época d06 descobri- e movimentos ·literários que tres. fizeram dis~ipulos. E se ·duas falanges · (só .;, ànu!ar 1nex- . nientos·. entre os quax·s "-ne. têm os s"US meº"res e "pon ... • . p}lcavelmente liso). mesmo ~em Gosto eni.. es:pecial -dess.:a o.nda ·v.,agâ:bundi, .n~e , n a. ;ece ela ..., - ~ · .,. · · n,OJe a,indà São l1do.s ·com in· .,. "' nas um. Fernao l\íeen"~:. · p 1 ·_.n·- t'~•ev" •estrangei·-~ os no O ~ft s t0<:A-lã!l sahíã êõmo êf'ãfn • triil. própria "lfüze.r: ().r:_i. bola:sl 'l . g.ue ·1einbra i,r r~sist,ivelmente e ~ ~ " '=, · ss s t!l!i=S~ que não a,colhe · 0 s E a fumaça e·~apando pelà.~ na- , -eitão do po~-iia sua filosófica postura. diarnt.e da vída. t"o, goza , d,e :,.un:ica- -aMiá. rep,uia- r'e1'.J1otos e <fuase anônimos cont~potâneos é · apenas rinas. -A cenP causava desgosto, Era- gQrdo. calmo, calado. ,DeS!(.'1;-ia m,ais do que aÇ'I'editava. ção litêrá'ria, . é que ;Í · nossa autores de viagens vão à porque aqueles s~ a.presentam e atraia. E ,sua bôca pa.reci!l guardar ·sempre um;à zombaria. que. por litera.tura sofre , ôe. um mal frente de tqdas as ·escolas e · na literatura como descobri- ' Pensou nele com amor. Em- . d esdé:n,. não- se formulasse. A ternura fica bem recalçada n-0 de !l~e, esfão tsent.os precisa- cor'ren~es: sã,o pioneirçs do d~-re:s e estes. em literatura, boro estlveSBe convencl<Ía de ! undo . de tudo isso; mas consegue vir à tona ein poemas co- mente os escriJÕs· cíue :figu- própr io evoluir do mundo. nao passam de con•tinua'\iores que não farta coisa alguma para mo éste, de l928: ra~ . nQ volume em causa. ou t>pígonos recuoerã-lo, Encontrando.o nac, ;u.m p;:tr çle seres arr,-orosos qual for ª• reáção que venha peraçâo de.~enrolando~se ao se11 arranca ·d:ê\. t.aine e · d·O espírito .;1 1)rovo-car. Embora se pos.. _lado. A perce11ção de sua fra~l- !!Jr.azeres gesesperaoos. ,sam al-ega-r várias razões llda!l.e <>m_face -do tempo era pe- . ;';;~·:!;.~~:.,~,~~.:t::'m• ::iE~"~;;.2:~~ ·;, -==-~ ~,--= l?~~g§~~~~~~f ~:f f ª ere,pu.scúià.r. , demais, ou, m~ll!,or, contê..:Ias BENEDITO NUNES tàr voltwnd9: çomo se enxerl:(as- Misto de -'d~ejo;"~ </.t .t!i!-nú,nci~. a . todas. Na v~rda<!e; se, sé · se as co!sa.<s !d.as através de ten- D'e. desejo e- de r.ellÚJ)_-Ofa. .. . ,. d.!S,Se,z: que a él)o·ca dos nossos Enlim., Senho,, com~ou o pecado, . té:,~ íle aul1).ento. cada- vez . mais , · -Sem tns·teza e s~ .. senti'do. · ~ ,.o,t,,.ste os q·~,;,.. co da d • fortes J:ã n•o 4 Ta 6 t ·t . ~ . ~~., • triunfos inarítífu.os •ainda ho- "" .. · uu~. v r . s O anJO ª ~ m s re r.i, os · · que vibravam em m,·m. . que lh_e surgiám ·assim: mas 0 Bota no prato- a .melhor. cha:pa Je é.' d.os .poúco:s pertooos da contunto inteiro das sen.saçõ('s .:.. nada ' P.O'!:&m .4e ·~Qzés amárgas nossa hi.s.t.ória c&m r~ercus- E_n.fim, Senhor, sou uni homem impuro. caractertsflcas de um determlna- , nein canções sentimentais - . ' • são universal não estaremos Cl1egou O tempo de esquecer os gestos de amor: do pP.riÔdo- Transporiar11-se de No "pick•t~• a. a.gulhâ di~·<:°reta fora · da verdade. Se -a.cres- I · • fato a uma vida anterior. <f.! ªº sllên<::i-0 a mel1hor música: ee i::itannos que as narrações embrarei (). ódio e a: obteenidqde; E'S..~e de.5doQramento (um esta~ ~leti.:omecàtf.ica e· merencóri'a.. de _ viag_e,n.s 'teRdo _por -tema o_l;tanáonarei as. lágrima$ noturnas d.o etilóéloti~J J!erdldo e sua re- ll$ auda,ciosas a.ndan,.as dos e · 0 esnera da afei~·a- 0 compl'eta . . . perc1.1ssào no pre.sentel continuou " r :r pela 1loite afora. Fazia-a sofrer. por~cgueses desse período Aqtfi, do lado da impureza · prmcl.palmente a crueza com que ' • • D epois !e.e-lia os olb.<>s e !uma, ' ~uece o',eq-fa:do. esque.:C'? a:, dl:vida.s oot.re, g:ue· ao sofrimento· _casto, . a êsse des51lent9 se:m- mçitivo. : au.reo gozam, em grande par- . (quem me empurroq para ela, admitira ó esqueçlmento: e la'n- te, d9 prestigÍ,o que lhes dâ S çava.se contra o tempo, atrás do , ·e. celebtidade .histórica, tam- . enhor?J . que julgara mortõ. Sonih(a €o1sa tão rara hoje em dia a gente a..--s·im se aniquilar. . , ,. ' ) .,.- . ~Repa.r•e<J t nó aclla'q-0 que é, aquela i:iipetiçã-0 "de desejo, e de refi:ún.c:'.a:•, a.giJJiha: fet indo o discq semipre no ·mesmo t ,oxi.to; e a, mustcilia:ade geta-1 .do pcrema: 1) . • • · E 15or. que te~ J-0~.ó Al,phO?l$•US. re<núnc:_iado à p.0esta, se P.llTà ela. se àprese-n.ta.va .. 'tão ··bem, dõ.ia ,lio? Nem rn~o• se, podel!ia ex,p1iica,t n -ele a ativitlade "•poética cúainanti.o- 0 bis· $e~o, ~ a classfficação de -:]'vI,a,nuecl Bandéi-.re,. ~a· antes "con. tuana.z", e, no b.<>tn, sentido. Seus ~e:rses resistem ·aq cotejo c.~m 3ê ,1;>0;1s pro1,l-uções dO t~l;l'l.'.Pº · O auter nã.o po!fe.tia dizer a,iaeu.s · ã poesia, -basecado. n:i· r e e o n.·h e. e i ni: e n' to. de Ulma inviabilidade q11e não 1 se manife~va. G.once1ibrando-se na. p;&sa,, l~t;>p·nos dois rom.<1,n.ces e três li;vr.o-s de contos - fo.~a o .mate.ri ~ aind11, in~it:o· - qu,é o siitua:m ()()JltO fi.ocio– ~ista. e _pàrticilla-rmen te 1Ú:nn-9 cóntis.ta admir.âv~ l ~ no.ssa. l,i.ter,~'lfura. Ma,s isso não impedií! que nos deix-as,te també'm u.m.a. ool.(lção de' J>Ó~ma;s. (: A.ci -~ito;• ;iliâs, que seu es.pó.lio .P0ilc?,, hoj,e, '~nfiado ào zêlo de Emiltio Mou.ra., dê p.a1r.a foo.,. ma,r-. êsse ¼i,vro; embora se d.ecütrando .poet-a '.'consçient em,en– t~ àlpcsentafuf\ ' 'a .ver-d,à~e é qp,e i?,úr~ aQ?Di:iônoú. a l)Õesia", mo te5'ten'l:uJ')lí:o de A1p9-000U~ Gu5mai:a~:o;, :F'.i1ho, -em s-ga "in– iol9Z~1l da Poesia. Mi,n,ei_r-a - Fé!se Mcxae1mf~a". que reco.lhe .({ois.. ~ceJentes po,e,mas de J<1iJ,o, d~' t11.do~ tl-e, 1~37 e 1.939).. Orgulho. ou pudor, J'oão Al)I)ho,n~ par~e t~r exclamado diante de ~e.ti· próprios v~rsos-: "Ora botas!" '.1;';1,lvei cÇ)g,i<tasse, cr~– m_eri-te, <l~ ~ti,ibuí-los a·:~~e ou :àquele )>mp.nag~ dé suas l\,stórla-s, .n,o qu~l quisesse acentu,ar, carJ.ca.turalmente, o trá– to 'J.i.W~ io ta pi~<ilade. que ê~~ . pers.onagens n'OS 'ins.I)ix,am , ~ e.01ns-0g{i~ apes;ir da if-0ni'a $1~· fiéc{()'!lisita, l')ã-0 . ol:>stânte, ~trav.és , dela). O fa.,to ,-é :aue boje'- a-manh'.~ ,noslá,1giéo dêS$-e ;We<tia (11,:~ 'em'\ld'ei<!~U ~~- 4a,r j:u;ga:r ' 80 zyand-e ?.fOsador ~ <HSM!li;ltlliapalo... • · · > (t .. ' b resisto à minha angustia acompanhando o mar. papel de é~ não me,nti,remos. Se dis- ,. eigarrp, mão protegendo o fogo. sermos. ainda que as revela- -e _ao problema da. tua existencic, .7a-ntou pouco. :tot cedo para çõeS contidas nessas na.rrati- Enlim; iá sou u~ home~ ,impuro .' ~ cama. , exausta. ~E dormiu de.- vas . r~la.tiv.ame.nte, ao munâo Lamento apena~ n.ãó saber cantar pressa. com.o num re.fugto. para e n t ã 0- quase descônb.ecido ~ sé libertar da satidade . ._ con,thi-u.!i;in ·a de.s:per1iár a cu- o.u. da.1r~tir • • ~ • • · O dta s,egutnt_e amanheceu riosidacl·e dos 'homens ão.i: nos- • l!ZUl, leve. sol brilhando sob,re a: terra en~uta. , .. . .. • Fúnebre De DerJDengarda Eis~me junto à tua sepul.tura. Herm~ngarda; para chorar a iua : carne pobre e pura que n~nhum de nós viu apodrecer . Outros viria:m_ lúcidos e enlutados. . porém' eu ve11ho bêbedo. Her'mengarda, e.u venho hêbedo. E_ se '!manh_ã enc9iürarem a cruz dà~tua cova jogada aJ:> chão :nao foi a noite. Hermengarda, ne,m foi o vento. Fui eu. Quís amparu a minha embriaguis à e rolei ao .chão. onde repousas c:oberta:, dt- boriinas-. :triste embora. Eis'-me jünfo à hla cova, Hermengarda ~ra, chora:· a nosso amôr de sempre. .?Jao. e a no1ie. Hermengarda. nem é o Sou eu.. iua cruz veldo. · -'-.. - .. !.~DO IVO • ·., , l ' ,.
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