Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
. •• DIILETºB PAULO Mill.Hff.!O - .... 1 Atónalistas Brasileiros {Con~lusão da 1. 0 pág.)) t~n:do, ~o Haba, c01p,po-sto niess-a m~efua e irwenreaàio iw;– trumen,uos a,pl"04)l'i;i.dos iro pi,o•cesoo. Os efeitos d'O (i].llU-to– de-itom têm sido· Slllg!:\ridos p,or Vila-Lobos em algU1qtas de swas peç;1s, como na toca.ta tia Bachianá BraslleiJ:a n. Z ou nós Choros n. 10. Se poucos ooll11J;)osiitores seguiram à msoa. o sistema dia$ OCaminho Do Best-Seller (Conclusão cl~ 1. 0 pág,»' Co;r:.ra,moo pois tod-OS • "adra;ptbaJr". G'l'aciliaho, então, está dcmm.iiooo, homem de Del(Is? PorqUJe não adaptQ o "Àngústi'a"?' Tã-o fáçil - bama fazer oom que MMiM sofrai uma deceJllte OJ.:!e~Qáo ·a-e ap@diclte, em ve:z 9à feia coisai que pr,ati~ na hist6ri<a origina,1; dê ll1tl1 pou,co de "glamour'" e m\'j.Goalos ao- seu mofi,no Luts, ponh$. mn bi,godmho d e ball1dído em Julião e mate-o, se q,uiser, - mas fa!;!I, oom que Luís .o liquide, elltl legttima defesa ambos os contendores , ~IUENTAÇÃ.0 . DE ( lfl,ROLDO /M:,RAHHÃO » doze tons, raros também to- denação ri.gorooa do sistema ra;m Os moderilos que o i-g- dos d•oze 'tons. Ele o coosid e– no.ra: ram e, entre nós, não .gó ra uan càmínho e não um Vi,la-Lobos, mas t ambém t ê l,'Jllo d-e ch~ 1 a.. O próptio Fratnctsco Mignone e Gam8.!r- tonàlismo não lhe parecê um 1 go ~u.aro.ieri . em1>t~ara-m ca,~po · vaz~-0, p ois. que dêle, so}uçoes a.tonais por vê:tes , está ce,rto, que rombo se pode 1 enquarvto Lorenio l}'ern~n- 11iPl'OVêlta,r !l'inda. z. diez tem . u tiilizad~ a mitwde o O jp,vem_ Clâúdio SS,n,tMo com <>s seus revólve-res, ~ - i,greja pr-0testan:te, com o h,á. do que o pafile d-0 JtMíão bito de ler a Bíblia nas ro– neceSS9,?:IÍ'ameti:te a.ti, ra pri- das «m família. Em se que~ mewo. Por :mm i:egenere ?.'I;!l. rendo ada,ptar, dá-se um jei– :tilna - o ,Problema es-tá em t9 a tu-tlo, não é m-esmo Mi.9-– sa,ber de que regener*-la, ter? ; p,olítonal1S11no . ·se cara-cter1za. pela 5'lla g:ra-n- CoU!be ao g,r'l.l'PO, que se de musiioo.I,idade e, em4)o:r,a, chàmou de "Música Viva", vindo do AmazO!ll,as, nada chefi'ado pelo cÕID1Positor H. t'em que r -eflita o mero c6.s– 'J,. Koelireu1!ter, a, aicei-tação e miico da Hiilé.ia, ainda que divulgação d<as d-ou,t.tinas de ha.j a a lgon:na coisa. de a,gres– Sc~·oen,b~, que . não é pTo- s ivo na su,a. música. No en • vr,iamente a di:retiva -do ·mo· t anto, em. muita~ de 9\las pe– v imen-t-o, mas se t<>"r,nou s.ua ças 1;e n o1la úm,a graande _ele– c a<ra,cter ísti.ca ma reante . "A gân.cia ê uma lin.ha medid a, Músjca V:iva", q ue pl.llbiicou q;u,ail. nas Peças para piano, de inber essa;n,te reviS¼J, e pro- s<abor tão requintad 1 0 e sutil. move audições e· pales,\.ras Os seus trabaJi,hos, onde não musica.is de sen tido didã'ti,co P0!11Passa, OOI11.-0 tl()S de seu e cwturál, procura es-timular companheiro de esoo111, q ue.1- (são pad:avra~ suas) "a c,ri11, quer tend,êneia nativa, são ção de novas for.mas JillllSi. die tmía grand e a.bs1l'aç~o e. ca-is que col'll'e91>onrl'l!m às i ntri!nsecamen:te m u .&·i ca i s, idéla,s novas, expressas n1.mfa ven:Ce !JdO aquêie j:á fatiado li ngt;fa,g,f'l/i'n, rousi.cal cón,!Jt,a• esoter ismo ao s:wtema~ par,a porutÍ6irei-co-h~ônJca é ba- ch egar a u,m,a ~J;'itenoo poesia, pdls Mlbulraairi).ente v o e ê "adaptado" hã-0 se a-wever e. • a~itá...la n a q u e 1 a nud~ de maldade qu-e era o seu n a tu r a 1 ante– ti<J<t. Cas,e:.-a c.Qtn o her6i - 6'ln'l com o ;Luís, esqueceu que êle está herói? e en,tra por u.ma pema. sa,i pelia ouiti:a - esta·rá você s.entlo UJl)1 "pest– ·s elJer"! E Of.ávio de Fa-ria - isso é que seri-a. um " touir-de. force" qtte eu gostada, de ver! Depois dele pod>ei;ia i.r tudo, - e já nem falo mais em r-0mancistas, ma.i n a obra crít~ca d.e Tristão de Atai\ie, a F1losofia d-e ~;rias Brito, até o Código Çivil de • Clóvis Bev-.ilaqua. P ois nisso, como ~n;i f:uld-o, o di:fíci:l há-de ser a;penas o começar. · C0LABORADOBES: - Alva-ro ~. Afonso Ro– cha, Almeida Fi/!Cher Alphonsus de Guim;ira.éns Filho, .A:qgµsto Frederico Stlhmidt, A:urelio Buar11ue de Bo• Ul\Jlilà, Beneditn Nunes, Bruno ae Menezes, Carlos Drnmmond de An~e, Ca-uby Cruz, Cecilia Meire~es. Cecll Meb:~ Gleo Bernardo, Oyr,o dos Anjos, Carlos Êdua..rilo, F, Paulo )lendes, Baroldo Maranhão, João Cotid6, Levy Bali ile Moura, Lêdo lvo 1 ~osé JJns do ltêgo, Marqu~ ~belo~ Manuel B?,ndeua, Max Ma'r• tins, Murilo Mendes, Otto Ma.ria C.arpea,ni:, Paulo Pli– lilo 4.'J)~, ~ de Sousa Moura. ltogér B3stide;· ltiba– iwi.r d,io Mo111'a,. Ruy Gnijherme Barata, Se_rgio l\'lilMet, Sulf .a.na Le:vy e Wilson Martins. UM CENTEN.AR.IO UIXOTE (C:0nelusão <la ú:lt. p:á,g.➔ Um 1oí,tCO, q:11ando se de~– ba.fa n as ,p ágúi,as de um li– : v.ro , poctoe !Íwer ~ faz-er o ttwe aios assim--oharoiadlos sálbi:os n ã o e con,cédâdo. "Don Qui– ~ te'; tornou-se a ss i rn o . p ~a-voz ~ ;•º t esta-de-f.etr-0 · d:a ítisu,rreiçã,t, espirit!u:al de .c'-&Van'tes. F f>ra e e,r.a eser.avo à ,e tud-0 e de todo$: por. m eio de Don Q ui~-0t'e, o gene'OOOO loÚ-cG q~ p er-eor·r-e liv:r.emen <te Os -ca.. mia1,bQS de 'Esrpama, eoca1r– n·e-cendo da peia do odioso 00m se;n..oo e dos vincudos da soci-eo:,a:die b.e, n1 pensante, C.er ~t~ !><><{e ttmi.tw :eJ+te ser êl,e. ®té;Sm<,>,, af'llt'!tlal' a sua .indepê<ndenci-a de j u,it_., io- · bre as c0iusá$-do m undo, e:va– d i·r-se das constriições tempo- rais, . . ~ la iiz,O<Il,Ía , pel-o escár – _fleG e l).el-e paradox<J. Qua nid0 D-0n Qufjote sa i da. · sua llelh:&0 eas~ .de p:ql:!re fi-:. d algo, ~Olma--se im.ed- \atan1ep– te h V'l'.e, · a-ci,m,s. . d-0s co.sbumes ._~ns3€rad~ e · das i.mª30'-&iç&es 11-o poder. Substi,tu í·re à jiU6- t :i.ça .c~tu:ildra, lilbei-ta o ..,se1·v.o do pW1)rão, liberta 06 det in qu.enite.s dos aigozes. ru; .was ve'nia ,deir.as e ·e~ont à– neas opÍil4iÕéS 0 seb're a· vida dos h-o.men11 são e:Kcp.ressas, de me.d-0 iniHr etó mas evidenie, ,pê.las re.vt t'avolitas àas WQS 'alucina.çõe·s. 'Os n-obl:es re– nhores 'Wão va1'em ~ a.is do cqhe .hotélei,r,OIS, as dam~s no– b:res n,ã;o sã.G se,nã,o ca1npo- •nes.as ou_ cr-ea.d"-s m-e'!ihGr ves– tidas, 0s so11drà<da.s •~me- . . ~a,ni.,se. ~ w .e-lih~ em fuga, ,q, a~~ tes nã'G são m;-rs do .quce ~ erm0S í,r:p. delÍ«"i-O, o.'t l)O<l14'e,r,iad~ · .fM; gale; têm d J-– r,eiít0s ~ l~.é'l'dade come os ébomern: em gocaJ nã-o sã-0 se– ttão t an1ocbes atit~dos ,~ ~l~~, ~ v.e-.titj;ade1!xa fel tci– <l~e efi'9t~ ~~~as h'a, ~d.a:de do ouro ~anà&<> niiP havJa nem litJ,Xo, •-n,em sobera,i;i os; r;,em ·c~i_gQS, , '/'í. :ficção da 1-0trel.µ'a <1.6 he– ~i pemnltte que devv~es e.lr; e.c-t, t.e a sua aIDaa-.e -ving'an– ~a coniUra tud'o q-ue n:1orlifi – <>0u e serviilizou a sua exis– tência. E;'.le ê ~e eocra· ;vo_ .d ;llS neee~iida<lei, e c<i►.n.tiffi gên.~,i~ . m aiteri,al$, mas ,~za. <.-,sorevefl--d,o o seu l~'V1~. à.e -:tllll1 sa-l: i.or- os o 9U!Ceifãii e-9 díâ li'. berct.ade, co,ntaili:lo as ayen– tur.a-s do c-a,val•eiro ,ra;gabun– -Oó e f~n,tásf;i.pÍ,, -qJ,te,. gra,ç,as l ,91.\a lou~uxa, sttibti·aj u-,s,e aos ~nib~•J ve4 cja m91·al · fjqis<téia e tta, con,i l vêneia $iJ,Oial. VJ!s'tO sob êste p ,r.isr.na , o DO\!). Qui.jote é' '\lllll dos l i-vtos mais a,n.á:.C'qui-oos da lit~raruta uni. vensa!, E1e é a re~ a uma prolon .ga4a co,mip.ressão so:tlrtdà pelo se-lll autor, a,, res– poot:a . de um escra,vo, a,mar– ga e -exuivan,te· 11,0 mesmo tempo, ·aos sei,ns :pemeiguido– res e ca'I'Cereir.oo, Don Q,Üi j o– te é o nôma.tle que 1;rans,põe serenamente oo limites cos– tumeiitos, que nã-0 reconhece owtra l ei s-enão 'ª d-e Deus e da sna. espa$. S e' aOiS l(JrUCos · somen1-e , -é recoph,e:ci-O!a. . cert41 liberoii)e d-e pensamen,to e àe asã0,,r é natural qu:e o ~l~o eoorayo C:'evva,rwes represente as fu– gas e oo e11:11p:r.eendim-e!ll)tes de um 1<0000, de l.lltll "loco- sá- b . .. . , 10 , que ne,e se comfl')f1',a-:za . e . sé identilique atté. o Ponto &e toma-r poétiicas as &aas desi- ç - ,, ' l'UlSões e heroi c,as ,as .S(Uas dier• r-l>W.s. O Ji>,Q,n Quijote é de , m,llito .8\llpeirio,r a i odas as ou– tras oor,as cewantioas, jus- , tamente po,rque Ceil"Van:tes o esctev,e -u .com a\legria, CO·IÍI a s u,tia àe-li c.ia de q~em 1iõe n,a cbe.iifud,a. ,todos os que o owt– .miram, d-esde o ,pa<lo:)e a-~ o bacha1rel, desde os oom'er-ei– ·,a:n.tes a t,é as m:uillieres, -deooe os, .98!1.'t-E;ad-0-res de est;rada .i:t~ o& home,ns da l<el. •Cer ~'àme.s nii,o se ideu.tiilica com Don Qu:i:fote. Efe d~ve .Pe 'r.ll )MH~.cer. sál:)io e · -O<b:ediel).· Le, se quer VÍ,V,eT naquele. ab– :SU!'da .socl edàde, (Í'l.l,e mal o 1~ 1,r,a, mas D.on ~\l•id!'>.fe é a ' ~ ' crea,ção por ele 01:eQda para ~ ;tie.\azer. oo seoo h-umeires li– bé-rt:áJl,i,os e, por veres, mesmo "" '•".J·-- nxd ~. Todo ·0 · ·Re1;1~ento sen– tiu esi~ ne($6ià,a~ de pr,o– ~ ii'r ~nfi: lQUeux,a um .refúgio• contra as · t'r-istezas, lls -,s:ervi· dees .e as ve.r,@il·has da v i-oo. ~b.aêtlão ·:Srant e Ece.smo d.e .Rotterda,m chama,ram de l pu. ,. ,1 ,. ces tod.os oo h omeofu;; o · Or- l,a;n<liG de Ariooto é 111m 'fréné– tioo; H 81mil.ie< t, ~kl. · Re:i , ,,.,. . Lea:r, L'ady· Ma ébelli Teve- , . lam-se na dêmên,ci:a; T.asso ~r~c:¾P-iía:, se ne'!ta com à p<ró– pria 11.Wa · !ie.ma :s~ad!o 'lrensi- v e1; · Mas ni dg.aém. como .Cer-:. va-ntes. -swbe servil'-se da louicuwa ittnagIDáxia com-0 de• f<csa e co.n.sôlo' conmr.a,,a eoora... v!-õ:ão l'eal, c'Omo cón~u~. a;ndá g_ue parei,al .e ~fêmlera, d·a. l ibe·rdade'•m.~i~. A.l.râs' da t ê1a qe wm fest i– ti-0 conto pica< re.sc/ :,, Ce-rva n.– tes trai'l\Sforma: a J,e,mêrícia ~o· cày-alei,ro mancheg<0 n -u,z;na• .revis1'o saítitica: - d,a vi<l:à hu... ,ll} á.na. ~ tibe-r,dad-e ima~irnada ~-e bon Qu,ijote tof!ll~-re a 'S\,'!\ 'im a,gin<ár,:a LibeFd a d'e, a t ruca Ube,vd!atle q'ble ni_io ·· I,hii ~ foi <l'l'T'éb!Jit~ d e.p~is ele 1an · W :a,D;GS d-e trist~ sait•vinãG. N.%\õ ª.Jl;e.Ras á j,_ercene ferti ::. lidtade da invet;i,çãG e a gos– tu:s-a g,ra,ça/ .do ~Ro, mas· aqu-êle s>Ub enil?el)did@ e a.quê· le an,el\o de l itbe rt a~o que ' ins,píra tanita-s pá,gi nas · d:o Don Quij ol e fizeia:1n d-êste 1 :v cro ·um des m â is lidos e re– lirl.os . ·~•âirni,r,a<los .e Mnados j,ugt.ó a. t od.Ós os p o.voo da, toet·t.a, Zé Liins. pelllSando bem, p~deria igualmerite d!llt' um j ei.to n-0 v-elho Vitori.n.o Car– n eiro dia Cunha, - tirar-lhe os n-o.mes fe i:o,s, da ,1:ioca , aquele. coS'l'llme de chamar a 'm.,tíli'q.etr de "v a,éa velha '~ pm:– que iSISO n os Esitad06 Unidos daria ~ ,d;jvôrcio - e ê pqcr-– t ~nto UJ11Í mwossivel li.ter;í• r10. E a,dapt-ar o "Meni,n.o de Engen,hQ" e o "Doi-ditnho" ao figwrin,o dos meninos q-a Aniét·ica, - mai$ eu m enos ao jeit-o cjaqo.ele Rody M.a~ Dowe11, ai1e é aHáfi b ast.an -te enjQado.• Do J o ca !.{e "Agu,a. Mãe", faií•,;1~0. sú~CQ e 1-oui o. [titando o · futebol de b ela comp,rida.. D•o se\1 Lo.là.. fr.an – caro-en.te , não ssei o que. fatia. E o velh o Zê Pait1i'llo d-0 Sán·– fla Rôsa. tenia que mudá-lo muito - nem cuspiiI' no ch ão ti.ern p.r atí,cat owtras miwd-etas inadeq•uád'as, e p rin-ci..pa'l.m~n· • 0 ~,,nvert ê -~,0 a u,r-, a 1:>ôa Entíim, r aia uma grande espe,a.~a par.a o nosso mun– din.ho lite.rá <rio . Vamos t,.odos · nos "adtap ta:r'' · q;ue já airran~ . ' seada n um orom11 tismo dia. que ven.ce· o int;rincaqo d,a t ôn i.co " , o q ue Ínostxa o .se1,1 oo.m,posiçào e sé afirma. ém comprom,isso com a t eoriia tap.tas de ruas coml)oisiçõ~s, dos doze t ons . Insiste tambem fei tas no qu-adro ~ odeeafo - no ,repúdio ao p ássadismo e n ico, como na Tocata. pa,ra enc a-rece a im!Portân:cia so· pia J;lo ou no II Qu,arteto. . No ciaJ da a.r-te, pa,ra u;n;i,r- e uni- and àntte Àta l\!úsi-0a pa.r.a. o·r· v ersaUzar os j:iomen.5. ctuesú'a de ootdas, o rema N,o esfo~o 1:eaUzaqo, apa- melódico é eriado 1)0',r todl9.- a r:ecem duas füg,w'as de ri).'er e- -sê;riy e, quer n a estru~.u!l'açâo cim-ento Ce$à1· G1.ter-.ra da 'peç,a, q ue r-efoge as for– Feixe e Cláudio Sant oro, os mas clclii,ca:s eo,mílins , que:r m a is dest acados a .tonalistas na liber.dade de fu,tura, en– br asiJ.eir os, seguí,dos de ou· eon<tr:aro'OS uma fôr~ líxica fi ros· jcvens a'inda não revelG- q ue se <lissolve em m úsi,ca doo. !'\<!l'\lê les co~ ositor,ei; já pura 1 :e:o:lbora nã? che~!l const1<tuem efeIÍiet1,i-0s apre- nanca, ase a,t ei:nat um:io con1 ciá'veis e ·col_!n soliu~ões pr ó- . qa e AJ.e~-o,s Hal;!a quis lioer– prias, qµe. sae ~'01n;tessas de t~T a f ·erma. Teatro Da (CQncelusãó oo últ. pág ) que' não · s.e l :iimãif:arão no po· As "lmpreS6ões d-e uma líg.cmo ,das ex.periênci,as de 4,~i l'là de. Aço" tem ~ inte– Schoen~e:rg. A pr,eo-cu:;pação resi;e sugestivo , mas Ja "p>on– i:nicia l dêsses artistas q,ue en- cif" n -0 gênero. enci.u.ant-0 o conJmara m, nG a t'oo·:l!lismo 'u ma seu "Quarte~ n .. 2" âemc;ns - guesas, como ' o teat:ro anti– hnguagem cap a.z de lhe; sa- tra o vigor da ins-pili'.ação. ·~oi.:. go fôr.a uma expressilo éle t isfai:er a ex·p r essão, a~ m ci.e ça -e ~i,a d.e ).iber<lade, que sociedád-es ali-istom,a.ticas. tx,a,zer o mé r.iíto de romper ~.á o li,vra do rigoristn o de e.s- A realLdade tea,t r-al (los ul • com os pr,i,n,c[pios domi;n<iH1- cc:tla e, lh e dâ um estilo -ca- . . , · tes, foi tq.1te:i.~ est-iÍ'l:) nevo r.a çt.eTI~i cp_, Nãó. sinto na.da · t~~ cem an-0s_ -:- o pxedo– chêlo' cJê ~slt&io ~ d~ IDa>!,,'Ía. dâ !'l)~'S~fflO il;JD snas O~- ~ln~~ ,rdà comedt.a sobre a ~t por "teirem domi.oüo•mais n~ n a 1ntei:i.g~. nerrt na -re-a- ~tra.ged;a - doeull)1;~a que cedo do qu e· .esper.av am O li?.açãe J1e 1 m em gualqueir lial- ' 'a bw g u,esia é muito ' roais i,i. pr oceasso o~ ~or soli..clt~ção vo de fanta_si_a . :Há em S?,n- d.i-cuila d o que h erói ca. E at1 - de s 11~ .~nas· sensabilida.· toro :um. h rusmo eS&enc1al- t ores que continuara m a tra· de.s, mi:◊. fizeram u~a paa·ada, ~ te rondr.o , que ,_-ef?g e pCí.r d1ção dil tra,géd~a c1as,sioa - awt~ -~ empen:b--à:m em des- v,.1,a d:e ~ra às ob,,et1vacoe,s, . . ·· . c.obr.ilr, co,a:i, cert a liberdà de desen,v.olvendo-~ segundo o ~ P&ul Clau d e) _ou um J ean oµ trqs . caminhos q u e possa~ e~o do a rtistia, ~ vezes k!'· <:: 1 r a0tdoux - vao p roC<U1"ar ser abe rto!, do I)C>nto de par- n1,co, ~as se,nt w:nent!al, n ao os seus tema,s e oo seus ,.per– ti-da. rairo com IZl'O'ê. curlcslda<;l e sona.gens fora ·da bu11:guesiª. .., Gue r ra Peixe vem procu ~ mar-cad,a d:e i-nteligenci11,, o A-0 contrario . -Hen,ri B erns– rand-0, num a experiê ncia que permi.1e .~n:de varieda - tein - fi-gUl'a ei.."l)r-essiva da ch~ia de sug estões .e atra,vés de à s tl'a. nJ1Ú.si,ca, sem qu ais- oomédi<a modenna ou d e dra- de. pesquisas . ap~atdras , apr-0· q tter apêgos. ~ e é o gra.n~e ma. bui,guês. como qumrem ve1tar 9 nac1imal1S11DO na es- pr ol>le'rru/. do JWe~ oomp?Sl · _ eocon,tra 00 seus · na pro- cal a dos doz e t-Ons, ll4ia,pta;n- t or, pois é prec.100 eviltaT . . . do-a naitw:'a4neo.<te às co.n4µi - qualqu.-ei: 1&o\a1n-e11ito, que 11,ão t>T_ia classe socLa~Jiiente d 'O- , gêl)Cias, da siua JnspÍ<l'll,Çã'O. <;lla,r-â repei-çtl5Sáô à sua a rte, lll/~nante. B~-steiin,_ por.ém, · Isso, desde Iogo, t.fo :,a aquela limi~do--a num ambiente que nu.nca fo1 dec1s 1.,v.;ao:nente ~dencia cerebra l dio 11ioná- doe .priviile,giados ·e ele¼lo6, · oa~ i~r-tan,t-e, já Sê t1'1l'Contra l~mo e lhe i'llfi111:1ãe urna ,nota pazés d'e a.fimlgirem -OS p,lan'os hoje u'litra:pa:,asado. O seu tea- de mL"!mo espontâneo, to r- da sua i,d~li.zação. ti::o é uma e:w1·essão do do· na.ndo·o eYidentemenpe m~s Não se ~ aceitar ., q:ne mi:nio burguês; hoje, .com a a-c~ív~l. !'OIDO d<a mitençao ;n.e!1-h1.11~-a lmg-~gem arttlt,,tica ía.J.en -cia evidente· da bu,r- do QOmpo~ittGr, " seya 1nco.mipa,t~vel com & • ~ertas oaiPacteiJ<ísticas me- em-oçã-0, pois ser~a con;tmd~- g~esl'a , um ~ ovo t eatro sur– lód1'Cas e . -0.efenminadOIS rift- téri o haver art'e ~ emoção. gru como p r-ova ~sel),ta– m:oo nac.i-Onais t.êlll sido a,1,>r e- o necessário e · que cer tas tiva '(!essa decad~n<:i.a·. Uma vei1aqos oo:n fel-ic-idade J>O.r p,'reocu~ções técruc,as não ,&\gni,f i,c~ão in,ponante do. Gwer<ra P-e1xe, en:i,presitand◊ sejam CaiJi>~?les die pe®Uil'b,ar o tea.tro d<e um Lenôil'\Qnd, de uan ~ ,t i~ :brasi:liekó às s,uas vôo . 1ivtíe da ~agin.a5ã? e um P h-andello, de :um Ber• compo.;1çQes como se pod.e desvia.r .a es'l:ces~ , d!3 ~·,tista. n~d Shaw, enoon;t:r_a,.ge . na ver nos e-x~los a:ba,kx:ps Em a,me, tudo e crlaça,o. A . - d · - do "Quart eto dce Coroas' ' fooma· .ê essencia l sem dúvi· revel,açao da ecompos1çao e · (1947), no qu,ail ião pe-li'Ce,l)ti · da, pois não pocleriamos a,bs- d'o caso d_o h~em buo:guês,, ve'i's ca,tacl,e.rft;iti>ca;S do "chã- tirair a ponix) de CQ<WeebCl" am:es mesmo de se tornaa-em .To~• carioca ou r.itm:os sinco- csupel."\9ens•ivelmente a ins,pi- um fato· constataço. Exem– J)ados. . ra~o. -r;'las a. oojetirvidadte es- .plí:tieo, pal'tÍJOul).arment e com Procuxa a~Lpl_ Gaerr;o/l. Pei- !ética é .9e1n,p;r,e ~nsu:umenlo PiTan,dell ó, qu,:e me pa.re.ce a x,.e, · :ti.as ~ llrdades d<il ai o· &e . \Jlmll, imiàM~ i-tlJterior figo.tia . ll'talS rewesen.tativa n~llsmlil, uisa~o sem ortO'!i<;>- -rna:is profú~ida, e numeitosa. deste teatro modemo. Porque -.~.1,a, · um ~eio_ de fazer n1t1- Não. :r-ed,u/zaremos a a.rt, e a niãu toi só a tiémica tea ,tr.al s.rca nac1-0<nah sta, pi,ova:nào uma têcn,rca. nem mesan0 ,a . ,·· • que @ sistemà s~rv-é a qua4- confitnàremos nesses liimiites. que P U'4i'1:del1'0 revoluc~on?;u; q11~· expr~o ·~-Ot;i'Va. _No A tlGdeca,fooj a não fu-oux e, o .~:U ma: or, pod~ revo1uc10- Cl!OO do nac1ona.l=o - e)Ç:· pela ~ta criaçao, muud -os n •o- nano e,9tá na U1111ao que r .ea· plica esse çomiposi,to,r 1:oin vioo, 1,llª S 'f-0,i UmQ f011l,te de Uzou ent re o .que é 1lra,g~oo• e– acerto_ ~ -é n .ecessário ajeitar pos.s.ilbilid~ s e de .r.e~w-sos, o que é comioo. E' certo que !s ~ r1es de mod-0. qu·.e cet:t os em que n,a;o ,-s:e sat>1Slf1Q;-E!l 'ar.ra esta ooiã-0 já poderia s-er, ob- 1nt~rval?5 . ~.rr-espon~3:ffl- ~ g,1;andes m_eW'~• mas;·_ deiwJS ser:vruda em muitos aut ores ça,1:acterl.$ti.cas da mus,i,ca do de 1915. n 11ng,uem a pô<ie ig· 1 -. • . · d O E va p_çivG, obse:rvindo .Per i-gual •norafr: A elevação do som a ª! 1 i.gos ,,e m,c · e,in s. m . • coo,respondê,n-cia.g rítim:icas. um poder autônomo d-e .ex- rias peças do tea!tro cless1co "lsso lhe tem permtilidó os pressão será uma con.qu ista - e Shakespeare uisav a. c-Olls– n1e:ttiores res utta·dos, cow-0 se d-o a tcula,Jism,o; mas por oa- taotemente este recUll'So - p od~ ver . na sua Primeira minhos qae" ·desde Deb>u&sy, ' ·S im,o,ntie, para p equena or- · já tinh am sido ~ .tr-evis-1:os, v:r-e e crei-0 que tant o mais quest rn, que a B.B.C. recen• trilh a d-os mesmo alguins dê- · 9e afasté dos ·can,oo.:ies da es– temeu t e executou, º'° Duo les. Há na t;éion,i,ca dos· dóze col'â qu,a111<to ma.i6 a1Viançará pa,r.à_;fie.uta e violino, q -1;1e- ,:ie tons;, na. s i,met;riQ das sérl~ em conqúisbas nóvas. A no– resseni-e alii:ás de uma ce:.r,la e nas swas .Íl)JV'e,l\Wes uma ex- vida&e de •a:pr,oveitia-r o na– Jr,i-eza:,, a,.pes,a,t de um li-ndo tirema en,g,eohoo.idade, Levan- cion-alism-0, t~dência em que t,eJn:a irnicial ·do violin o, duo d-o a sól,Ulções 1in1p r-ev,ist'i~. e se i nelu i também a .c,ómposi– ê.ss ,e coin121ôsto e·m séa-ie d-e 1nédJittas, :mas reeu.tta de t udo tor a e pianisiLa Ellil'lli•ce Ca– nove sons di.ferent1!S e três i sso u~a músi!ca diii,cH, 1nes - bunda, metiece grande relêvo, r epetidos, .na "Peça' pa:.ra D-0is mo pa.ra ouvidos in,ic'i-â.dos, wis im'I)ri•m,e Utna fe~ão ob– M~ntttils", em sér ie de dez · confusa e :não I'Qro inacessí- jetil\l.a. à t eoria q1,.e á humia.– t ons ou n!il ' 'lv!elopéia" ·pa r a vel . Há uma p'rte-Ooupação ci- n iza so'bremanE\.ira. Jamos quem nos gu,1e e n -05 a lirll, a. la rga porta do trh1n– (Q. C-om pou,co. a.té o ve1ho Mach ad,o não pod erá • r esistir à onda ada.ptadora, e 1á o t.e– r ecm-os faze odo ;ftur-0-r ·n a Aroé • rica. r~,val de Caanren Miran– da, com 11s senhoras fu~dan– dó "Cliub.es Capitú''. d o mes– mo m odl() qu e ft1ndaTarp. "CI-uibes Rebeêca e ·Scarl ett • O'Ha.ra": E cmn sor-te, a n os– sa vaimpiro na cion al , de ·olhos d.e ciga na obl íqua e dissimu– la.d!a., es tá:râ em f.olh et i.ns nas J:üstór.ias d e q uadx íno os, e dep ois i rá par a a t e1<1, de sa– rong. h1,terpiretada por Ma– r ia Mon-t'ez, com 'J:lu-rham Bey fa'?l!ndo de Ben.t-il!'lho .. . E em segu'lda. ci1egatá• a lief" "° C,a mões. Burguesia sui,geim situações coini,cas nas tragêdias. e sibuações· liragi– cas nas comedia s . Mas· banto um-as como_ outras n-ão che– gr.cvarn a q µebrn.r a li nh a do– rni.na ,nt.1 . da peça. Tinnbé>ln o que chamames cwa,mA ~ ! ..... IJCI r,el'l-so es,pe,éia~,~-e ~a ,ol;)r iie Be'!II!s-te in. - reaÍiza CCHl.'j ta;n,temen<te es-!k m isitur,à dê el~m-éntos c-oriricos e · t ragicos, mas reeuiJ.'ta,ndo dai ·urn n ovo ,gene-ro - eSlte mesmo dxama: - porque a bu1rgues ia. na sua epoca de d'-0minio , não se pl'e9tava exatamente nem para fu'agedi,a pura nem pa ra. ·comédia puTa. A burguesia. dia decadcncia, porém, es4a é tra,g:ca e é comica, ao !)les– mo te.r: p.po. Eis porque a tr,a,.. gedia e a ooroe d i.a são hoj!? novamente possíveis. A es– tmnha ·o riginalidade d e Pi• · raooelilo é que uniu as d ua• d'f: unia miane i<ra a-té en tão. desconhe cida.. Se tos.se boc– gtt,ês em e51Piirito, P trandall c, t eria. escrito a ür.a.gédi a da , sua classe. Não sendo b ux- • - guês, P i:, .a.nd ·e:IJo eoorev.eu a sua cornMia. Não pôde n e m quís impedi r qúe a 'l>1.14'gue– s'ia se apiresenitasse num PS– ta~o de 'b:a.gédia. Pirandello,, cóm-0 .a.uto,r,' ·assume uma po:. s~ão de comedilta·; o homem bu,z,guês, com o .peirsooa.gem. a,presen ta:se brági<M. E' e, "dr.ama" ulttrapassado n.a for-= mula "trag~ià. - ~niedia". A pooição do a·u1tor sendo a da com-edia, a posição dos peFSonagens s,endlo ·a da, t ,ra- geçJii,a. , O espeta,cu1o r.estitl!1á, simul– ta.neam.ente, tragioo e comi• co. Esta, é 2. sim.ação princi– ~ de "Seis ~ens em · busca d,e um au©'I'". E a pró– pria ,r-eaaidade da peça - s eis . . ' ~ !igu 1 ras em pro.oui,a des,es,pe- ra.da de um interprete que n.ão encontram - não -$.Cri um sim'!)ol,o pl'()fundo de l aja a obra d.e Pir .andel.io , da ter• rível desconitiinuidiade ent re mn aut•ott' coltl'ico e .person~– gena tragicos? E' certo q-ue s in1. e Pirandello ti,nha cons– ci'~ncià, deste dieseniconttio que é o ce,n.bro da wa ai,te. De qi;alqµe r forma, PiI'Q,nqello f icará como um i111,te-I\Prete, ·n,o teatr Et, do liom'êm bturguês dos nossos di•as: .do homem l>u,r:guês d.a decaden-cia e dia ~ ., ' . ·- c.•e.compos1ça-0. flaiu,'fm. el'.11 que a. série é li- antifica pertu,rba d-O'ra -e se , Das r i quezas a tonais, n in- v t e. V-e ri:fiéa ,sé na música d~ lenl bt'.arn muito a$ leis àa ~l:!oo, pooe du:> id1&r , , mas. ,. Guenpa Pej~é -wm,a facn:tasia acústtcii .,. .. ,. . . ta mib êlrn será p,~:rigoso ô.uv1,. ,(1:lue SJ?' gµ ,er desd\C<Bi"a-r l1vre- A tentativa at-0,n,al b ras11éJ- dar d<! s~-tus per igos e ewti-a· mert'te -e- iá -e vi.te !lf{.uiela or- ~ é a,úi.,.,p:<."i,cf'l , p o,~ ue. é li· ves ... • Para ·i:-em-ellEif\ çle li vro,$: - P raia g'e Bc tailõgo, 48, ap. }5, - R iG. -
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