Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

Domingo, 23 dê novembro de 1941 FOLHA .DO NORTE ,, .. - - :, .,.-~ pag.- . - ~--- -- ---------- ------- -------- -----~--------~ -------. t SÃO PAULO -- Sob êsse titu.lo. ,.. •lis Nla• rti.ns aca:ba de puoHç,, a coruerência q1:e féz. ,bá alguns meses em Sao P a.u.lo; e gostaríamos d'e fa– zer à margem des.sa . su.ges– tiva conferên-cia a,Jgun\> ligei– ros comentá t·ios. ,. Existe tod~ uma estêtica q ue ·pretende que .ª belez_a não é .senão o desenvolv:1- mento da vida. Se Tolstoi de– il,a foi o principal ·represen– ta,n,te na Rússia, Niet7.s,che na ''.Alemanb.a, com sua a,potogi,a do dionisíáco, Guyau é o s-e-u teórico fra,ncês mais conhe· eict,o, Citemos a título in<li• eatlvo, somente a,lgumas fra– ses d~ste último filós·ofo: "O p ·DÍ:'1JCÍpio da arte acha -se na própri,a vida"; "A arle é a :vi:da· con.centrada"; "Onde existe o senti.menta de uma vida ma's intensa e maiis fá– cil. exisit·e a be1'eza". Mas. se 1 bido, sem essa energi a. vHa•I. não há .possibiJild:ade ~ arte. AsSlim, a arte ex.pre51São da viela: a a.rte •exprescião . da li· bido. Dei, sem dúvida, às idé.i-as de Luís Martins uma fotma. . mais lógica do que têm na con:ferênci-a. E ' que, efe,tiva· mente, por definição mesmo, uma esltética da Vliida não po– de setr muiito lógi,ca. A lógi– ca é racional, é UJl1l ooca· dea.1nen1ro de conceitos e o concefto é forçosa.mente uma prisão. wzna cé'1'llil.a rigida, PARA 1 ROGER BASTIDE (Copyrig-l1t E. S. I. oom exclusividade para ,a FOLUA NORTE, neste Estado) DO OIJjd'e a vídla se estic>La e mor– re. O que caractei'.iza as es– téti.cas ' da vida, e I.Juís Mar· t ins nião faz ·exceção à 1/egra., é que elas são mais senti– mentais, m.a•ts subjeti<vas que lógicas, conce:itwais. Elas zomba.m da,s con,úradiições, porque a vida é corntrad.iltória. O c rítico, enit.ão, como o a.r– tista, acaba em "va,bes''. ' .. A 1tbklo. qu•e · é o reserva· tório da vida, é interior no homem. Não pode p,olI'l;anto oferecer senão uma força. subjetiva, traduzitr-se, por exem<pl o, em pmt'Ult'a por um muhdo de larvas, ~ fi•~ras dle pesadelo, de simbolos mf– tiicos. E nós comipreendemos bem o surrealismo. Mas Luís Ma,x,tins pen~ que a libido não dêixa .d~ ter comuni ca– c;ão com a vida exterior e. em particular, com a vida social. E' wna. psicanálise , poooo ortodO'lea, pot'Q.'ue se, para Freud, os complexos são reabrumte de or,igem so– cial, j a,mais se trata senão da. sociedade familia,r e 06 c~lêXOS e&tão fi!lCadOIS . de uma vez p 'or tode.s por volta dos doze a.nos die idade. Luís Martilns, pelo conltr~io, apli. ca ao incoosicíen.te a definiição da al'l'e que va.ie apenas paira a. c.onsciên.cia. do ad'l.lilJto so· cializatll(), um diálogo com o púbH1co. E que. •ainid.a. uma . - UEM GOSTE DE CAO a ar_t,e é a expre.qsã:o da vida, OLHOS no tt-tulo, .dlrã talvez CARLOS DRUMOliD DE ANDRADE miatha vez ÍJl}l,a,ghno a. existencla e m todo O seu fervor e e,m SUa O lei tor! ?,,las como é -J>.re. do homem sem, a ire1.l l :a.do , e·ssa ·efervescência, resulta que ª tensiooo este literato! Quer boca. e'S(:'a,nca,rada, de oode sai d ., é ..... (Excl usividade da FOLHA DO NORTE, neste Estado) própr1a vi a, J'a a a,-,e, com ter como publico o mwido in- , uma ltn,gu,a ofeg®te. ·Perderia vez, a ~ética vttalista pOO• co liga à nossa lógi,ca. Se a a<rte é a. expressão dra vida. eI.a. o· :;erá dé tod-a. espécie de vMa, tánto de forças .irn-ter-io. r.es , como a. liibidQ, quanito ae fôrças exteriores sociais. Os m<>n&bros de Picasso não se~ rão pois apenas a fennenta– ção das larvas do mooooci– en te, mas ao mesirno temp,o, porque o a<r<bista. p.0$SUi ante• t1AUI que o fau..em capta1,r o que os hom,oos ordinári0$ não percebem., .serão as pr~– fbgurações de cat.ásbroféS so– ciais que vão se abater sobre a hu,n1anidade. Genna.in Ba.,– ziin, l'IJUm estudo sôbre Pi– ca&90, já havia. desenvo1vido uma. idéia anaJogà. Luís Mal"~ iiru; lhe d>á ainda ma1s força, rltWtrando sua contllt"êncra com quadros e fotog,r,afias de ca.~ de ~,ceniflração. As semelhanças entr~ os cot(J)'os e.squeLé>liiioos, as cabeças de• torm•rudas, as ex,pressões de agonia .e as pi'tlltu!ras de Pi– ca.sso, . de ~gaU. de Tarrsila, são das mais imip.ressio,qa.n. tes. à condição de que seja ex'<!~- teiro; pois todo ·mun.do gosta de E hoje. em di,a os cães d-e-vem fí~te- desse. nó.93Q a,migo: êle ·é mírneroooe de seµa e)~.tos ita.da . Nio nos esparuta1nos de cães: E eu voo direi no entain- ter O ta.ma «liho de xlca.ra8. ee proprled.aide de. outros seres, !'.)9étiloos, tomar-se.ia .. sobretudo ver Lnis Ma.rtins. d'efender J\ to: escrevo pa.r6 poucos, E!,S()'re. gtiiser.moo .ifua.rdá- los éQl'li()SCO. t~~ roamtferos, emibora su.. deoocmforta.vel sob muitos as- Aqui aiind'a, '-'.ê-se ·tod'a a ii,gaião, a·a pi,ri,bult'a e da vida vo para rarec5. Meius lei-tores sé- o período' n.grário da chrm~zação pdstiamente · evóluJ.dos. E se é pe.ctoo (q ue p0llcLa e que for.. di;fere-nça que sepll1:'a. a. es<té- . é ao mesmo tem'po ataoa,r a rão apenas três ou quatro ind 'i - em que jâ vivemos no Brosil. as. coisa minha, não é meu amigo. ta.teta ba.ratas, o cão!), -mas se. tica d'a .vida de u,m Guyau, •mo,cid.\\•c:le de . São· Pàulo por- viduos ·1sot.ados .n,a multidão. segurava o gozo. d.e Largos es. Clon.tuoo, teima em ser meu arnt. ria uma vida. I>OOSlve.l, como Jil por exemplo, dia die um Lliís , Porque os cães. depoi13 d-as cri.. p,aços. onde pocU.a.m mover.-~ g-0 e é . Nossa amiz•ade com oo o foi. O cão, entretanto, OiPl'l. M,a,rtins: o1.1;kora, a a,rte co- que esta se divorciou, na sua t • -~-- ~-~ , d • N'" .., f c"-.= ~"""'"ºª n•a <,dLt, de q ue m,·•do -•o homem, c~~~""A ,__ d ançal/. es .es sao oo ~,.__, ....... = graai es caes . ao U'lgo ttue ◊li• = •·-...-- ~ .,_ .,..... ,,.,--.,-~ =• mo expressá<> da vida, era a opilt}~ão, a vi'.(ia. Whiski con. a.mado3 de todos. se um bom per!odo, p0rque • to. êles constituem p:1/tr-i-mônJ.o nos- ventax tantos motivoo d-e .amal'. t ' 1 n· n·s· ~~ c~n arate . f_utgu.r-a.nte de sa.u.d-e, r.a .coca-co a. 1 °' 1 1 •= " · • Vejo O exercito de p.i'OlprieM. doe oo t rabaJ'nadores e.rarn es- ao, c0imo n<;).S)Soo ch\.nieloo e no3- o seu oa>relSSor que a a~a itra .Apalo. ,pa mesma, .fo:::ma, rios de cães de ·1uxo ma.ntfesbal' cravoo, tanto o .cã'o como o ho- sae dentaduras . Qu.e i déia.,fa. deste o prtv.a.ria dá razãô- mes- sa,ude -física e. S>a'llde moral. G.uJ<,au dizia: · "V:ivoo- · uma vi- sü.a . ,in(Jigooção. com um inovt- mem. Em todo o.aso, ha<Vi,i, e<!!- . rã.o °"· c.ães dessa. idéia? Adml- tna de viver . Há do:is 9éculos, ·H'Q.j:e, a vida é, do !-ado sub– da ple na e for-te já . ~· estéH- , manto de llngua noe dentes e p,s.c;o 11a11a ·0$ an!m,a,is ·de . largo ta:mos que êles nã-0 pensem, e · a nt\v<!gan,t;,es ~,nihóLs qeixa.ra ·m jetivo, 'ª fel'Ínen.ta.ção d:e cai'._, Conhece-se, a•liás, o pe- µrn ..fra.nzir de ca·ra.: o utera,to porte . Hoje nos S!IJ'd.iin!hizaroos hipót;ese me• conforta, poi,s sa.be. atgu,n,s cã.e-3 nM tl.ba11 desertas tnoI'ist!cos inter-iores, · o puht– !!Íigo dessa atii 'U.de e sabe-,e não os cori.si.dera âmlgo do cll;o. em a,partame-ntos racionados, e lllóS o uso qu.e o homem faz do d)e J'Uiain Fernandez, no litooal la,mren,to d-as lqrvas, das ser. q ue · · mui!tos, n,a. época d-é Não senhares pr~rieta;rioo, o o cão precisa. retra.i r..se, a co- pensame<nt o p'a.r.a esta.belecer = ch!leno. Vm~ .3JI\os de:l)oi,s, f<>- pentes . e das fiores nótUlrnas, G uy.aµ, .. pusera.tn de tal ma- hu~ilde escritÔr · não vos consl- · meçar no ta.manh:o e a .terminar as coisas. 0$ bichoo e os outros. ra,m encontrar ali cãés silencio. en1iflio),\i,as, dia. lti'Qiido; é. do -. , d,ero tal. E ·vejo tambem o .g ru. n,a se-letão dos !<>cais onde ver. hom,e,ng relações de pro,prteda- sos. cães. que não s,a,bta.m ma-is lado fisi:co ou soci'8.l, a de• n ei~a·, seu gê~iq a,rtts-t:iico em p. 0 a.btiegado dos· pu,erloultóres, ' lier suis n,a.turais e descooiro1a. de e oomi-n1o. · (Já · repara.mm no La,tir. Ikfude' lembrar.nos o pro:.. suas v: kl.as , que dele narla dos pedJatr,as, dos mi,!. e u,m ·pre- das águas. apsurdo cô1nieo da id,éia . de al. fe'S.SOr Angy,o,ne Costa, que ·o· cão compooiçãç, dos oo~, a• fer– :rnài,s r~stou par'a .s1.11is o.bras. ·s1dent>es d/e as.soctàções de prote. Poosuo um cão, mzia, 1 e êle é guem ISl!tt"aono de uma árvore", cruneçou a ladra,r, quándo do- rp.enta,çã'O doo veFl'hes ·n.uma M-as, ,,se para Lttis Ma:r.tiru; tão à infâncfa, ·gue se er(U,001 pequeÍlõ más é. ·éão,, é ca,cia. par:. :id>éLa qqe ein,t,reta,n,tô incorpora- ~d.o,' P.M'a oomum.iiõa·r-&e earne que se sepa.t'a, ' em pe– ª' arte· é a e ig:>ressão da 'Vida, ·contra a af,ilinação do uni ver. •• ~1.el , de· cão condensá Ôlf atrl- moo no Código Civil 'e que só com O home-in, 0 qu•at aere9CM~ ,.da.ç~ pútridos, dos ossos, e.n• ist-o· nã-0 queir dizer ' q Úe e.la sai desamór à -c'riança.' l\las, que. ·>uitos tóúliis da . espécíé canma.. de.iJCcàm:is de COllC!etjzar. t?Orque to por m~nha conta, até hoje não fim ·a desagt1egaçãio da s~ie– devâ' ;;,er ·uma imitação da ridois ifu;er,lêultioÍ'e$ e . 'pres~'.l'- D!.n,amà,rq,4~ .. e sãb.beNiia.t<:I~ oedeu lu~" a outra me.ts ~•m. a:dqulriµ essa prend;a, a não ser dade mpderna, a multbpl ica– ;v:jda. Ô_. qué éi·a a, c-oniclusão tes, 'a,tentaa n isso: se as ctiâ,n- de alta esta,tura. Vós n ão oois su, i>la, de. "dono dé floresta" ou em s.en.tido flgura,do . ç_ão das õast~s do Apoéali,p:;e , . L , oas ~m am9.da.s e respeita.. · perlores aos minjmos lulus rero ','dono de ret,ião"?) O çãõ víve, .:A~udi ã do!TI!estlc\dade, , ~ ~(l que desenc3.-d.eiam sôl:>re ·a de Tol st oi ou de Guyau. · uis das, n·ão ·pre<)tsari~ sequer exrs. e e.Os ·~utheses <ie b,oloo, So1'9 pqis, sQb o regime . de coisa I>OS- .é· poss:i>vel enJGergár. ·a . causa de !Marti.t'is és~aq>a . . essa. co.nse- HT. nem tá.m.i>ouco vÓss;i<S 1nsti. o nwsrno aô,m,al, aiJ1tele ~o $UJÍ.de . e ,a-té de .mercadoria, ffi<!,$ todQ<S és mii.1<!19 que aitingem ·a. terra a, m~rte, as ,rev~luções, ' q uêru:Ía utn-i,zaooo a . psi,ca- tuiçõés.. o movUmento em prol cão da cdação ni;i,t,ológ-loa· do Ignora ou desp~a esse re~: éon<liçáo ca.ri! n-a. o .homem t ~rou · a fome e ·as gue-'i't;as. Por um ! !lálise·· e defin!indo a a.rte PC~ da m•hi,nça sl~itioá p!!(!Cisamen. mu,nd.q, de quem dtsse ô · poeta: ãe quaJquer 1nbdo, tol~rl¼sO', "1! · é de !Íeu c()IJl'bpánhei-r& as à'sPe-re- pa,r~dexc> estranho, es-9<\ apo· 'aia, 1'6nipotên,cia das ildéias;!, te; ·etn. n~ civiliza.ção 9u,fgtue. .O amt~ ma,ís ~ ,feH.o, ~ qqele 'sk ~ loho; pl~ ,pàrl\. COt},¼~Jcfê. logta ,da, vida terriina, ·n,um 'e pelo .na:rei$ismO crono· con. ~. o desprezo e o 1.eral d~a,i:n- n &a,t- l01'1S l';s chle~ à venir .que ':'~?-e ~ .;. f<Jo9,Çii9 d'?. ·amd- ·1õ em infitrumenfu aervfl de tt:a - - ~calip,se de agonia, cc.·t,10 séqttên'-Oia.. NãÇ). h averá ai uima paro. ã cr.h~nça. . ;Não, ·se·. 4,erenêrre Et lés :voudrait meiler à, b ien. ~ . ~..só 1>0r. ê ,e . l)Ode e sa,be vi• . l )a.J.ho ; oo. em peça (ie ,adômo. -~ não se vivesse de cõnhrad.içã,o? Será que re po· o ,que est:ã protegido.· ~ás .,o,s II est l'angÔls~ qui soupl~.e ver. "' , . Do cão gua.rd .~or doe ~ a.nhoa fo:rma inténs!I. .s~ão ii-a fe- ,-. ü' _., , • dll.. . t .., ·o meniJliOS ~om:em bombori$ t Os Tout, 'en n'6tant · ciu'un' ;taune Ott,o MJn'l,a Ca~au;ic dl~-~ ou s.tmi>_les v~_ de ··ª. ,:,ma,ze,n, bre da .u' l"'i=a •·a· gon;a.. e;• e,.._ 1:"~ 1 r as tas eses , rp.e'.ninQS 'vão ao cink.tna e a,n;dàam [chie~. ce;rta ve-z, diante de. 1)1'.ul'-li, ,,sua •cheg~Q3 '· ao cao e.rú) e1,te •mAll!J- . . . "'"~ . -: . ~• ,._ nàrcisiarrio ti'ão ·é , qua,ndo de 'bicloleba! Nein toctoo. A mado. .. _ oáoh:orriru1a. a-uatriac'a, sa,fv.a, chm da1t1.fl ., perfutµa<lo e !ml>eciI; p{i;_ . q we, efetivametllte, nos r.11.<'l ..~c~ntioua. ,1:ª , vida d;<> a,rti.sita ria dos · ga,rotos 'do mundo aõ.rre. n caehe en. lul tant de mil'acle• .Que d'lficulóa4e e ca:tiinho .hu. ipndo pelo cão de caça, a4lcl.io .. conhce.c.emos em n~ mu,nd o -a.<iu,llto alem do per1odo not:- de moléstl-as m~ti,n:ais sem 11er a~•u POM int · peu craintlf lea 0\3JI\o, dia fúria na.z!.st,a, por oca.- na,(lo à e&,>i.n,ga,rda e 'ao saco de enfêr.mo ou,tro· gênero de v i:óa ·JJÍ,!!-1 . da _prim,eira mfá.neta, p0r exoe350 de bombons: mas (pattes.. . slão cio Anchluss: "Acho• que a provksõee, no meoa.nismo doe um senão o da febre dos nos:;:os ., 1~ -..e.x.a.ltag.ã_o, porém ~a por :fállta ,!:ie ;lill.mertto ade.qtt!ldo ·~ ,n ,.e~t. touJour Jà ~l rego.arde ,g'r,a,nd,e tra,géd:J.a 41 clj.o se rji' se dé'il!>OI'lo com que os líome-ns se · éoiipbs em ciêcomiposição, de ,. -•-,,p~rad>a ,da vida, UJma v ,da (~a.ndo .hã. , àll:i:n,enito) •.. Btc.lc,le.. Pour rut .pas, .étre un étranger • . não .e~l'9Se o hoffi'i'Jn*. (MurM diistra,~ no f.ntervato tl;as ~.uer. , llC<o"eàs a 1 ro:a7s' ' piesas d.os ,. 1 . Qüe não evoliuf mais, que tas é cinema são a,tn,da. f ain,tãsti. .• . ,. . findoú seus dias •há ~wó; se,n r.as , Desses três UE;OO !IO cao, o monsittos , Sfl'jt-e1t01s e a arte .. perma.nece·· oon·gelada. . n tJm·· ca,, u~QPl,a para milhões; e l:'()ltti. . Hã, p~.ls. s~me-nte um cã-0, oob moti,voo para Q.uvi'da.r da exls. • d~ratlvo ~ 1>at'ece· o. ma.~ . d'e-Sd-e en.tão. nãb •P3iss. 11, de uma , . ·. ~ . " 'rrt. f!?' · •ó '.,.,: f. - . • tos nao saoberle.tn. , tt,em ao ·me- pelos .. düeren~es, foclnihoo multt. Íê<n.cià, ou oo simpatia !iuma,nia.). !gnóbltl, ~,qua,nto, 0 verua.tótio 00 ,. 1 ,. _gi() ;...,.-~n l', · . f\f . <cisis- · nós concebê-h.. (i>enso em •cr~oo. p.los: · 0 ~o a,.m<>r, a mesma Porq~e a.os pés do homem, .d1- 0 mais at:roi, e' 0 p,rãtico pode imensa, ron<la macabra. •mo,, P.Or_ º P'\.t.S' ••,la<;J;ot., , ,.uma ça'• mineÍ.ra na roç,~ e em criain- doçura ·· ás :vé= "81J?-rLslon-ada na anlJe · de su,as sa,gradas e tmpta. i;er O rt),a•Ís tri•3te, qu,ando rilio - Q l.fe <r diizer ··que -se pôde fa• f~:u.&a,.. a .~er~~ m<Utlld<cl;, ,Nar. ça. chl.nesa):Mas-não quero oou- ,Ml,},~ de ~enites ferozes, .a me9- cà,V'ei.e p }am.ta ,s, é q~ tóda a. vi- "oornií:,ensa.d-0 ~lo ·sentúmie-nto de ·Ia.r_ em profeti61ii::tb ,? ~ ~t1er, c~oo. qua,nd·o ,.,_ conteniipl~ ,. as par_me d-e · crlàlnças. Hoje fata.- ma. nece.saidlade ' aigu,d,a de pa.r.tl - .·dia do cá.o se depoe oomo wm.a solidarléõa-dê e. 'por uma ' espé- em s~ call'lJP()ll de concen. ~ ·><- ,' ~~S, .'.nelás, . não. V~ sellão . o ,rei <$,e;• cá'e>S, ~m. abando,na•- c~pação, e de qoação, Sou P\'O; of.erendla, ·· P&tia dOl.'tni.r ~mo pa.. cie de bellnU.11a útil ~ cothpa:. tração, e}evótf""à" diign.idà6,e" de .• ., • . SêU prápri:o reflexo. E', en• dos e ta.mbem maltr!\taidos. •·' ' . ~rjet~o · ~esse, Sl?:t,. único e ~o. · 1)3. . m9rr:er, é iill P~~- Os . ou- . nihelro. . De rr_iod~ g~i61, . n,a c~- ;''tlima, :'in.stit1c1içãÕ' 'gê~~f o" q,1,1~ fim; a idéia' que · oi,ia O mun' - ; F~Io; -~ .. ·c ífE:"S· ~tque ""J).()$l,~0 ,Ii00i»ado. -,.E a1,. está a Pr;~m.ewa , tt'OO ain:Ln;a,ts p1:;esc,m<1em ,l!~ da,dle, 00 cii.es eXil)e;riiri,,e-n,ta,m •h 9 Je . '.'ã, ·· . f · ·. . -·· Ó · dica ente .. · um caozr:nho MI,nha casa nao mlseria de .tanta!. ,que $e . rcu.mu- ca.<L9r h!,lmant>. ~arece.me justa . · _ , J. se 3:z 1~ . ~SI>. ,iy .. ~)1 " ' • d?, · ~◊;~t:~ beW. ~~i~-o. comporta u~,· exê.tn ~lar m; lo:r. 13.m .~ ré °' dol'.;,o macir.) e êc,n__ a oooêrvação tl.e 0airpea'l!x:· e por (Contlnú:l na ·~. pag.-) Se al~~- quadrps .de S'e~~l\; , •·,, .,~.~lf,... 2,-1. ~ rio e llm~g,. · . .. ... . , :· · · sã'o , atrálV'!;OS às ' foto.g.,.,afias · ,. ,.,._nar1• 0 ,t ~-~,,:,q~er~.1Jl•. um nu.:~• 'A- M. .. • <t· ·.:. ~ . ·A d :- .. . 8 .· · ' ·A:. · - d'e l:)a;cháu, é que· "Dachau ·' "~.....g,Q 511~.g~~q~.~-~ , rea.l~d~çl.e, nao . . '.' ·· ..· , · . .,.. 0-- r 1 ·o'..-.-·.. ·,. , ,, ._·e·. ,. t"."\ . ,r· 0 , ·. e " •✓u- se·nte· co.nti:nuà ÓS''"prôgrons ·a.a-- Eu• . - .,. ·,;., '1i,;cootrá<l~ção,. tiorq~·e se a _ · , •·· · ·• 1- 1 • ·· · " • •. · ··· ~ · · · · . . ropa ,,..óriéí\.ta.J., 'que · Ségà11 ,.' él.'te é a expressão ' da · vida-; ,, · ·,· . conheéeu.. ~e .os~~~-QQ'· ,. ' '· , !~l'l(:.e.z·.~~j~ · pà ,.Y;1~,a· ~b~eli<•a . ·• • · • · J • , • ,. ' voam às telàs ·dê PLca51So, ·é . ' " < ,l~rt,i,ó,;°l(Ú~nt.o.~!!~(,.,vit9~"'."cõ~:p:i'í•: : ,. · . . --~ (Exelusãyidade ·da:FOLUA DO .NO:it'R, ,.este 1&1tado) - '. ; dê-0is de .~.'quefui-c.a. ·:-:· A tera . ··•i ": . Orá,-' a ' ori', ·o téiíiciá · das . ., ' • · · - ,.,- · · ·•:" .1.~~-'-1·a·s·,-... e·"'~~. z.';;;<;.f-R'1•·c·"a '''d' ·o 'n•a.r-· A.n 'u.nc !a~"'- ·qu·'· · ,,: ,~ . ~oc' ~ m' · orr·· ·eu·. · · · de ll'ar$lla.', p.~o p~ediz ª · E ll· . ,~~~• 1,,, • r,:.~.,- U~~}eJ, '-· 0 1, r • ª"' ~UtM-1, · V ·Y t V · ;,. ropa, "fâ_fi1.iri:~; m\s"'..J' ~ tmnl\ . -~ r.Çf~ 1 7 mo,, , ~~~~ ~r-- QQ<DS~,era~ . . M~us ol~O!J, me~~,-ouvidos :testemunj\ami - ·· \ 1 • " irna,gem do · s'ê'•fl~ 1 0 sub-- ,,.· ·t dá, i ~ 1!\f\Júvi~a, . ~ ~oez:11~ • A alma profunda'não. ·· · · r · ai.imê"~i:a~;·:· Jefleiõ; · eqi. · to· como· ,,u,ma . forania d1nun:u1da · p•', .. .;º · • · •• - ' • • ··· • · · • f 1· d'ós •os . casos'- da •".,.__ · não- ,, · ' ô.à °\;ida, · no "a<i"1;i'stá ' 'eta.'· é . a. . or lSSO·-~ao sinto agora _a sua a!ª• · advinha~- do futu~ Por ~ ; .,,, · J;~ .r~diaç~o.. 'i>asstqnal '. de sua • oútro ladQ, as defoounações . ·: prói,ria., vida, tão _fQrté. ,qu~ •. §ei beiu que ela ·virá . :·· - - .<ia p1ntupa. moderna são $ ·• • • • ~ --• ., , ,,,,.,. .. ,. . .,... A ' . c_t;1Ja1 i;!?Pl!Et• ,c_i0ill: 1 t:1~ (ê,.. enfei- (Pela força persuasiva do tempo). re,su'l;tado do expressionisan~ · -~ ça !> .N_!,l.. . ~ • .forl'.t\ª• Virá súbito um. dia ·· al'émão,; Gl'&; ,êss,e- e:x,pressio- .,.. sroa;er-seocia defm,L-r o 'natrcisis. • 1.:.:ad,•er'tida · p'ar.á 08 demais. , Ill9ll.J.'O é "tão .somelllbe 'li fo~ roo: a vida. subj$!'tiva que, do õar,roco à.le1000 (em Pi- choç,p'Ldo~e com o r eal; não •, · Por exemplô assim: ca,soo · o banroco· es); !31nh.ol ) , q~er ser li?lli tada. por êle e À mêsa convel'.sarão duma coisa e · dufra.. : que, p,o~ su-a vez, é a,pe11as a ;,irra-dia. em fO'rmas de a.rte, Uma _palavra lançada àtoa e)GI>ressao ele desespêro da · Vê-se, pois, ª difei·~~ en~ Baterá na· franja dos lut_ os de sangue. Al~nàopa <te a.poo,guierta, tre o . ponto d!e vi$ta de uma das f◊'mlas, ênitre mui• .. Quf!l!.U ~ .o de Luis Martins. ~lgué-m perguntârá em que estou oensando, tas Otwl>~, do masoqwi$mo ele i' O aritista é considerado não Sorrirei sem dizer q11e em você .um povo ve,nicid'O, se fá~"Iiido , <iOmo exprirniindo a vida, do Profundamente. s-oilr~, gozàndo cQ(lll a com- ,. murudo, n :i.as como um d-emi. . templ!!,Çâ;<> de wa própi·ia Ie• : urgp criador de vida. M a;l,d'!l(d'e, de siua p,rôp,ria po. :l' Entreta.nito, se O arti6'ta é ·as agora não sint~ a_ sua falta. dni<lão. . !· um demiu~,go, não qu,e,r ser (E' sempre assim quando o ausente Mas ist:o d'i/t.o, para voltar ~ um deµs criador.. E' pO'rque Partiu sem se despedir: ao nosioo tema oomÍJtlante, ( LUÍfo ],\1:-ar-tims repe!~ 0 pa,ra• Você não se despediu). que é o .da est-é.tilca vi,ta,lis.t~ :· ô.ox.o de Wilde, que a vida, a corufe-rência de Luís Mar~ :· :imita a à:rte. O a.ntisita menos · flins. nos mostra bem O eami• ~ ori~ a vida que a tira de al- Você não morreu: ausentou-~. !lho pereot.r;ido desde Ni<et?.s~ ! gu,~a _J;>ar,te, d'e .~ . ~rva.. . ~h.e. .A a r,te d ion.isíapa opoota. · tório in.terior e en.tão o. artÍ>S• Direi _ fa,z tem~o que ele não escreve. a a 11t,e apoillinea, a a,r-te das t. /l .hãó.,·'.é,. roaiis 'um. 'mã.gico, é I 5- l ~ 1 fo,r,ç,-as. -do i,ncor,ooiente ou da· ~ rei. a ao Pau o - voce não v~á ao meu· holt, • " ~ lllim, místooo ou um I>'!'Ofeta. É fôr.ças • .coletivas, dêsencad'éa· · a iiçléia c1ià. l~bido que permite Imaginarei-está na clíacrinha de S. Roque. .~---;;., cta:s a•trityés da .a.1!:nà !ͺ pin. ~ J.,uís M~lrtilns pàssa-r .d.e Saberei que .não, você ausentou-se. Para ~utr~ v:ida·? t~r, OQO.sta à airte da razão e um!l ift.éia a ou.tra. º· n,a<rci- A vida é uma só. A sua vida continua d~ c;a,tansis, v~m da.r .ao tri- , ~~"T- 0 •, ~~~e , ;Se a,'?1ia. , na ori. Na vida que você viveu. unsro , lia ll)'O.nté. Não há . owtra • ,. ., g:Er.ll\. ,?~.J!.1'tl:,. 'l a l.ibid_o f~ca· . . .. ,- ., . ., • H vi4.~•.q_we "não· seja a d:a. fer- cl.a ,sc~r,t ~J~. m;;is a Libido, · Por Í$~ não_ sin;o ~g?ia. a .· '.s.~a., f~l!a: . .r;ie,::i.tM:ão, . da .. ·d'OO'~.ri~c.5..· Sem.. &se reserva.tório de li~ ·MAN•tfEL .BANJ:>EIRÁ <uÜ.-..:a - ·.e.:,.,_. ' .. ,•' ' '

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