Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

• ' • • bõm !n.go .- 9 t1e· novembrõ de 194-, ,/ FOLHA ·DO NORTE '\ ... JT77ãFiFJ&lf 1 f 'lrlnc::r ---» . 1 --771 CURITIBA - . E' ~vel en,con.,ta,a,r no comisba DaMon TrevÍS8lll $ 'peculiaridia<l,es. ·daquele. "tamflia Ma.m.field" cu1os cairacteres dirterenciais fut'3ro um tiw, estudadbs pelo P -r·1me•1'ras .-C.onsiCleracões -Sô6re ~i'iQ;~ - própriOI! hOJ:l'l.eDS lláo l)Ode1.11 àtapcxr. Cria-se, ~ a at. sr. Alvaro IM:ls; mias é que e. "cOlllst:r<ução" do fcoillto mamsfielp.eano. e mesmo a •'aititude" · que K a t h e!-"ine Ma.nsfield mantinha perante Dizer.se, pOlt'4a.nJt.o, que o ·os temas, per-8ill'te a vida, es- sr. DaJrton Trevis-an (die quem NEI..SON MABTTNS qt1,e das vidas ~ des; mÓs fundamente esiw. i<:Mia e.a humain;,idade a q.u,em o .d,e que a vii.da ·humana. só se destino. enigaoou d>esJprende-se poderá esclia~ e intter,pr,e– , it.ão hoje ~ .orf)Orad'OS à aca.bo de ler oo origina.is ·d-e too T.revisan não possue ou. técnica l.ilter-ária., "'nãio aipe«:ias urm novo livro) perita.me à tiros pairerutescoo CQilll a con.. corno sinal que um es,cr:itor · fa.mllia Mansfileld não sign:i. tista dle Elisa. O que siginifi• 'deixou = dia de mm :passa- fil.ca inclui-lo ooma l;\Slpécie C!1 g,ue, apesu mis ~– g~ soblr:é•a terra, mas tam- de sub.grupo d~ Wllloir dlu.vi - e~ êJ.e $'0'U'be ou 1)Õde co:n· bém cwiõ Ull:i'l sistema ·c:re rea,. doso e ó qoo, por issao mes- sei.,va,r a peroo.nafidade - IIJ.zação qu-e. hoje· pe/l'te,nlce à mo, todlO$ têm o dilrei.to de prilmiei.rfa e essenciall vinude .oomu.nidade. Diz:-se, mesm,o, desprezair um pouco: se f-Oi do el,Cl'iitor.r. que as i1à.:éias, uma vez ex· e.9Sa: a Íllitenção do pr.imeiro ·A humanidade dos conitoo postas, deixam die seir iooivi• catalogadbr da cor,I'eIJJte en• do sr. Daa.too ·-Tirevlsain é a diua,is pa;m pemSnceo:- a todos: tr,e nós o sr. VaJ:d'emrur o.i. dos pequMoo e hrlianild~, .e se i$0 não é r.igoa..-o.same«l- valca.ntÍ, pode.se · a.fu :mar, quase sempre um pouco mis. ./le ex11tto com as. íd~ias p:r,o.. sem hesilt,ação, que el4 se tmdos: desde O Luiz Cairlo,s '.priam-énlt'e ditas, êst1á perlo a,pli;oa. S<lllnWÍ/be a<IIS que n'ãlQ S. dos Reis d&se g,r,a;nde coo. íãlâ. verdade cam r-es,;peiito à possuem vail•o(r liiteráa-i,o "dlt.t to QU'é &e chama "Fiuoaris, a ma.neura die ttradiuzilr em lin• tou.t" - aos que niuma "ta- de oillb:os doces" aité aJOS per. ~,agem . literária os temas mfl<l~" · ou~ 'seriatn Seilfl• son:l!,g~ d.e "Um jàinlfja;r'', 9ue a vida mis Oif~ece. pre os da segunda oategor1a. pa&sa.ndo por todos oo ou- E t~ isso é assim- que :Flooq,ue as moviações téenicas 1nfos, 00 sureidas e assassinos,. runguem se Iemblroru de cria,: dJe Ka.thé1'ine M~ielrl, oo- os g,u,e rieaaizam o mal e o ymll "f8illiíH,a Maru,passan<t" mo as de J'oy,ce ou de Pro.~t, beni como uma impooição de par~ adotar oo oOlllltisibas d-a como se dl$5:e. acima, marea.. que· não se podem lii½a,r, os maneilra cliássi-ca: o cO<Illt:!sta r:an:i um pro~ na ane li- coxiidenatioo pela dioen.Qa, os ina.1'1'8.dor e diiaJ.ogador diireto, terá1:ia e por isso já não lhes .veoalcados... E' , notável a IO contme que reeilmente pei,iien.cem exclu,s,ivamente fascinação que essa pobre "'oonta"' uan caso da mall}.eíra mias a tiôdos os que fazem da faJUll:l!a ex-erce &ôb're o c=tis· eipalrenitemenite .menos liiterá- 11,I'be li1!Jeirárm. o seu meio de ta,: ~ tudo e:irolusiv.a. e rigo. ll"i-a possíve-L São, entret;mto, ex.pressão. # rasamente deba-ixo d'e um in– os do~~~-es modelos do ]isc]&-ecida e&Sa _questão terêsse de an-ãildse pswológi– conroo p,u~al-: e<nitre a "ia.. téani;ca podrem.os compro.va.r ca, de c<mib.~imeallto do ho– imil~. M,aup~~~•• e -a..., "fa- ~ aicê11to das corutider:él!Ções m~, pois O sir. Dai!if:OQl. Tre- · lmillJa_ ~a,ns.t1eki os c~ ~edâ'<ilas justamen,t,e e-0m o vis'clJll não é poHtioo, ou. pelo 198 divid~. co~ ~a.i!oa- ou ex~e d<:5 contoo do 91". Dai!- menos, não pmelíende fa~ ~menor fi?e1iJ4ade, aimd:à que ton Ti!'e.V'isan. Porque ~a · de su-a arite um vei®iLo de IJS. mM_lSlf1eldeanos se ~~ maneiJM de tra.~ C?S temas, e iln.tenções polítioa.s. No que aprovieiJtado das airutec~pa,çees tai!Dbém se,m duvida, a cu• está e~ miais UIO).a vez _Man-icas ~ue Kia.the geniaa- riosídad!e quase doerutia com dei:ítr-0 das nov.a,s e -sail~ta,re.s mente ad1anitou ao seu tem- que se debruça. pa,ra esblldar 'be<nidências que já se podem po, ~ aJma d-o hom-em. o Sll". Dad.- obsie.rva,r 111a. litleraruo:.a bras.i- • leilra depo~ dos à'e,lfrlloo m-ais c0il1tinuam:enite uma l1UZ sua- tar com o auxilio de aJ.gumai ou menos m.~ e r,uer!s ve clle poesia, que apesar de coilSa q11.re j;ustamenlbe faJJta. à dia. . "arte 11Dlte!essada , A tudo as enigi,a,Ilidece e as im- vida hiuma.na. .. .161 quad, é necessár.io eool~er, • p,õe à nos.sa sim,paitia.? O-que n'ió- passava d-e um jogo de não deixa de ser um n:ovo Não tenho dúvidas de a poo.-aivras, com mQ.ior ou m-e. probl-ema que a per6iOO.eJide..- se o sr. DaJitoin Trevisan nor bôa fé: ·por que 1K><ia a de do. sr. Da.Lton Trevisa,n noo a,gti~ 1" UW:,_d,,~J,:andb_!S..,, · a,rite, COlmO tudo o que o ho- Pl'()ipÕe: a.uitoo- que ai:nda não .,....., """ ......,...... .. ~- mem fa,z, é lin <t.er ~~ só :rea!J.izou, no pl"cIDO dos poe. modema, sua arrte lite:rãt,i,a; que, 1llO C:a&O, o seq le~tim-o mias, ,. ne~um-a poesia apre- ainda se ~eiçooa-â com o tmei:>êsse é o d-o oO<D!hecimen· ciável e cujos conitos flu- am.adU1recimenito de su:a per-– to d'O homun e nãío · 0 da po· tuam. ' emrefanito numa in- sonalidia.d-e. Bois. ê;sse é um pu,liariza,çªo die um l)ll;r!tido... dlsfa~áv~ a;úmÓster,a pQé.ti._ · v.alior qwe nii.o se ~e E. se nao se pode dilzier (iue ca como se êle noo q.uisesse qu,á,ndo se quer, mas qua.n()lo d illl1los do sr Dalton Tre ' m1 .fil,e ~ aipre@elllta: o t~ O os oo . • . • fa-ze-r selll!fu que além da • ficcionista não pode dii.spl>Jl- v1san resUil.te uma ima,g~ .sérLa ~ vüdas que nos sá·lo, porque é do oonib.eiçt; c~leta do H,pmem, é. indis,. aiprese.hlta existe. ailguma coi- mento ® h-0mem ~ dJa, vida CUitive! que por êles froam0$ sa · de mais alto 01U de mais que viive a, sua sorte. A' m-e.. conhecendo tnelhOfl' o homem,. . fwndo, que juitifieasse a exis- dida que O filocicmísita elDICOlll– lsto é, o Pel'SOIOO•gem, o tipo tênoe.i& do homem. Nãio sei se tra ml!l,is fundo deiru!Jro de s! que ê1Je 1llOO rev:eJJa. a.través o prõpri'O C'OOlltisila terá ob- m""'""·o, •m•~.i~ fund-o ",- ~ de seUiS gestos, de SJelllS pen. ,,. - . ......, ,...., """' V"""..., 98llneÍlltOS d:e SUSS teaÇÕ.es, Se'l'Vad~ e&Sa Jll.aÇaO que se a,tmgj'J: Ili8S S'lll8$ P,rospe<lÇ~ num s.e-iuto tr.a,taimeillt,o da po,die tiraa- dos seus 1ira:ba- P ~isam.do nisso é que oowdo. técnd.ca. expressionista, Por- lhos: mas. qu.alquer . 1ieiitor à aiJ:'IJe do sr: Dail'fion Trev.lsan que n'E!ISISe oontiste não há na.• sente, a-o • seu ~o, !lue lli1.lll1 dlos vél'!li'ces da mooe,,;– dJa. que se as1Semelbe a uma âgu.el ~ vides ~ . ~ermina- n!a litefa,twra, oras1leÍr.li! por.; descrição, a um escla.recimen- i<ao ali, q~ e~ist>e aié;_m _de- que re oorn os seus prunei.. to, a uma inte·r-vençã,o cbo al\l. J..as um ~r10 ~e o pró- IiOS. tra.bal4:ios êle foi tão lJon.. t01r: o persom,agem é e,pre- p~i'O contista ~velrnoote ge,' trudó se pode.Tá ~ e serutado por si mesa;no, 0:u nao pClid-erá deci1loair, e que exigi.r d'êle q_W!Jlclo o miuooo amite.s, ap~-re a. si mês- será a chawe oom qu,e ~ entriiJ.Ueeê-lo O?~. !l wa ~r– mo e. nós o 'v.amoo connecen. ríamoo obter o 'OO<lliai1'eCl:ll110:n.. cela de exper1enc1as, de so.: do 'à me.d~da. qu~ podemos- t.o dlefinitiivo. .P-OTqu,e !> miS;; ti~ e clJe all;e~ilas. · observazr a sua. con,ceipçãó do tério dessas virl~s exiSlte: o A menos que e ·~i:a vidai munido atS suoo .traqiuezas, os sr. Da!wn 'Drev:isan mo é 1 não .n,os SJ.Ul)lreenda e :faQal seu sofu<im.e-ntos, 0 pequenino t ão mgêniuo que pr~de~ dlo sr,, DaJiton Trev;sa.n nada, mistéírúo àa vida de êad9' um. nos oferecer uma expl1icaçao mà~ que um mell!i!llo prodi~ _ ~rã a.bsuirdo dlize.r ag,oq-a do homem. :aiJ.e nô-lo apre- gio. ,i - • {Con~lusão ~ 1. 0 pag,) iinreiramerute clistia:Jito do sir. Oba,ci:liJo Cdatr.es. E o que l'íslii'Có; diterente ainda, o sr. mais os diisit:Ln,gue é a pea.-s:o– ~~bu.r Ed,ua.rdo Benevid~ cu- n.alidade a;r.twüea quié no au– tios ve11.9QS ~ e el'O• totr die "MUJildo E~afilescenite 1' .Que~ dão d-êle a impres.são é. serwda. de uma imaglna– ~e qu-e é .o maiis feou,,ntjl9 de çao semip,re lbOVa e aud.acio. ~01d~ fecundJJdadie embora sa e que lhe permite enro.n. jq~nf1ta.tiva, em muitas oca· war ~lên'Óila. n-os s1oes. rn'IÍlltilpl'os . estados oriedoa<es ; Quase defi,ni, à meu pró. àâ iinftelli,g&,cia e da. serusioi– Os Hosp:ed_es • ,--, Betlive, em at<tigo sob,re di~s'8;· l!iidade.: Ul1ll espk;to re~~~ a, cin-e, "Noovea!UX DU!n . , nomnas, um cairálfier v-0.,...,.~ta• 1865: "Le pl'US g,r-arui po.ete ri<iso, s~vidos por uma àig. - n••~t pas .celui qui ale mieux niàade instintiiva e ingênua. •de adap,taçã10, meilillo.r diria de. col~bora,ção, pe'ra sLtuá-la em ilnagenis, ico.nce-bê-la em esl$ên<:ia. · Tod;i,v1a isto não constitu.i failt: e• es1; oelúl qui l!µggez:,e A - div,er.s,idade aiparent~ ·d~ito da obra dês.ses poo- Ie plus, cel.llli dont on ne sa1t (aceitemos) da obr.a do sr• tas. Bem pelo c<>llltrário; s-e biíen d'abord - touit ce qu•~ a G!irão Ba.rrooo, sugeriJU-m.6 consioorad'a a lição de Sainte- vowu dilre et e:ivprimer, et um jogo d 'e co.mpamção e de jPri.o contento, em dois tra. Maide. PEN SA .M EN TOS qui vous laisse beauco;111p à identidade cooi oo seus ou– .achever à votr.e tour. Ia n'e61t tros cornpanhe~. Seria êle r.ien de tel, pOlUit' exal,ter et o oent.ro ir-radiador de e<>n– mo~rrir l'admixation, _q.i;e ta.o.to que ten:d:eriam á 1.llllà,ft– •oes poetes in:ach~és et 1ne. cai &se v,oluime, tão divierso • ,;oi;, o sr; Oba9ilio Oóiba.res. O Há · um cooceito he<l'()q),f.slti• ~rooesso de defiruição, porém, oo, .iltid.lel:i2l!nenite ba&tapite ge– ~ .lioa.do à. poesia é ~re oere1izado, que pretende si. 1"'ag9, q,u.a,00_;9 não· fo.nçado e bu.alr a poe.9ia · nrum. pJ;ano me. lllão pretend-0 me titilizaa: d~ tfflme?llte orquest!C'llJ. . em ten• le senão llKlS ~e.ct ~ em que ciências bem defi:niiJdas e fór::' • obra de cadà um se Olfere- mruilas verbais coe:rciitl.vas . Ice melfrlar à ~ ba.çã ,o ~.ntra essa Imitação bem rea• mie à im,ges.tão. :1éslte, pela ~<l'<>· o *· Al!mzi,o Med~1~os, ~á obJeti'V'iidadie, pela sua pelo ai.,rojo com que brata os manei,ra, plia,n,a de eooaa-air os 51em temas, pelo eq.uih'brio l<:~ .PQé.tiicos, fu:-à~ 1'a,c11ida.. com que tTabaJ.bia. a s:ulil foc. p.-ei, a U iJl1 estudo dléssa natu. ma, nem semaJire gitama.tical. i:ie2la, i.st <?· é, 4 wtn esibudlo in• men,te pe1.1:feita, m-as rigolI'OSa· De Franz Werfel puisables; cair on v«iit doi'é• dle natur~a. em el'OiS ma.is ou inav~t que ia, po,esie soit menos consistenites. Toma\11,o dams. 1e reotelllir presque au- <Ío, pol),-ex·emplo, os t'r.a,ballióe ta-nt que dams l'auteu.T", . citadoo como paradigma. da líei1p.r-et!lltivo, ames q111e os menité ajustada aó .assit.111111:0. ~uis três otlltros ~natei• Um núnimo de pal/avras t,oo. I>;ira. um máximo de efeito; Nessa simJpilic~ liir.i<m ai está a .chave da SJUa ín– t}ue :llez, pa.r,a~ dil=- um ú.n!. dol,e arflstioa. S·e ~s ve– p:o símile, ,a fa,ma dle Guillier- zes se aban.d'oQ'i,a ao enitusias– tn,e àe Ail:meida, o poe~ exer- mo .lirdico, a.rrasivado pela ge– cilba o seu esiro e, sle às vê- neiiQsi•dla,die lll.eSl';'i~nica de um– ·~es pooa pOlr fai!Jte. die ()(t'!jgi. g.ra ,n,de sonho wn.ivensal c«o ll!àliidadle, Por ãbuso d~ 1wg~ meu mundo é um InJWhdo de o· Jornalista é um extroverti– do que sabe tudo o que :tem &ido escrUo, •muJio embora :qada le– Dh'a lido. O l.nlelectual lüera.rio ó um intzovertido que não sabe »ada do que tem sido escrUo, mul1o embora :tenha Údo tudo. ( 0 . Uso· uma armadura feita com minhas cicalrizes. Ela& se tor– nam cada vez mais grossas a du. raa. Se vlve:r bastàníe m.e tor, narel invulneravel. 0 Sarã que a casaca exalta o •garçon"? Ou será que -o "garçon" degrada a casaca? 0 •res-coanuOIS dlos v~ bira&• ~tecedênci.as , v is márias", te1r.os , de gooto çquívioco em diz n'W.Jl VE!I'l&.O.. be:liíssimo), . ja– l)llUJ!tas ooa.siões, OQD.Segu.e, po,r mais se deix,a 00111tarn.in ;a,r por No século x11r, um estudan– ~ laq)o, efeitoo ..robrem.odo qualquer demagogia gr.a,tui- 'te tomaria com :respeito em suas campenisarllolres. A pr.eo.cupa- ta,. Aissim,. na coru;ciên<;i,a ah- míi.Oj! uma copia manuscrita da ·_Ção de setr- sin:cero, de ser ooa.llllta do seu .¼<feal, ~iita~se "'Eneida•, que tlvesSQ sido toma. ':funlpl~ de &er ilns,tilnJt.ilvo, di- a per,g,uin,ta,r; da, por emprestlmo, na blbllote- ll"Í,a m: or, que de carta ma• ea de algum monastérlo. Das ineiltia lhe ema>r-esta tantbo en- "PO<l.'!Vei!lltuira não ouves quan. primeiras produções da arte ,.da '°ª'IWO a:o v.erso, taJ.ve~ que o d , . ' t1.r1pré'líl!ll,· unia vibração sagra- illevie a &ses d~owdos de ti estás sozi.alho no qJUar- da wa transmitida ao llfltor que COl111POSição. "A Mens>a-8e~", ilr ,_,. ~o se della.'1a confortavelmente ,por axemspil,o, é 1l1!n poema en e paa-,,::ues, moveis, XOU• · numa cama. como· h~Je et,i dia, f-0rflemerute . preJ"urlii>éado por pas em des.aJinho e ou.• mu $9 sentava d.lante do volu. tr-os utensíildos, ron.rdos · 'êsse ve:oo: "Ohf tu _que vens quando O -teu n.,,n- -=nto me, num duro bane() de inadêt- dais ~ga,das" ":t..razes no .... ~•-•u= :ra, com o coração batendo. Ho- o1h,a,r o I'OIS6Ícler 'd'a a~", vago vôa Pª 1 'ª as ilihas Je, o preço de um livro bem 1ma igcnot.as do wooonscient.e ".oa,be,loo die OUil'O fuil'VO das p :res.so não l, mullo mais eleva- 1:noed!as a,nttilgas". Em "Sa'Uld, 'a. qu<ando :restas pru-ado sol>rg a do qu_e o de uma nndulche ou de há ' ...,,......... ca,m,a C"=·~ n=a ;n~•"~. c[le" talm!bém . · llilil 'e,v"'~ têniclâ _...,, -•= .......,....,., 11n1a g~a d• cerveja. Expa.n. mud-0", de v-uligar sa-b<id- bila.- sã() lntelectual e pt'~esso? Cer- . e .da roa não vem nenhtll!Xl si. ,...__ t , ..... ã á • Q,'U,eMl.l(), . ...,...,n e. ··~ n o Sér usse pro- . Seilllpll)ie diretO, sempir<e ela.- n,a,l de v id,a, por maàs que grHso lambem um declinlo? A r,o, o poeta revelia cooibudo - atento esowtes· leHura requer ·esfôrço e concen- pos.s,uJr ~ h~ beqn. ri- por.ve.n,u,a · não ou;v,as um tração. E por que razão elguem ca, d!os. snmiboilJistas, espec:1,al. êl-a,m,or qu.e ba:'-0ta do Si• havia de se esforçar e de con- tnienlté nos scmie,too. Aliiás, s,u,a lêncio centrar por pre<;o tão bah«>? Da poesia está. d~ c~ má.nei- e tênue escapa? disp&l'idade entre o preço e o fll"&. eniraizsada em rítrnos do . valor, é sempre o valor o único l paooad:-0 e n:ãio oomenroe oo . T.~tp ~ _poe,1!10- é ~ito bo- · ~ e eof!e. Hoje, a arte de ler :clássicos ·mas aiinêa aq111eles n1ito, P 0 rell1; 1 n,a:o ª;~,e a b;; lâ se tornou muiio mais :rara do i,g,ue' jã há viinrl;e anos a.bala- leza ~cial de Acalianto , que a arta de escrever. 1, ~,8JJn a sanisibi!l,idade doo me· que ao lado do "Poema da ~ ,..... • e '-''A.> " , 1'/ 1 trid'i :cador.es e 000).se.rvadto!ris. orn~wu=e e_ o qu.e ~e- Quando um homem fica velho , tras. ExemipliO dêsit-es: "Triis- ]hor Jâ prodn.tz1u o poeta e , . · ;tezas de São LU!is". que jUl.l'l<taíill,ente com "Só" e ó tentado a dividir as pessõas A sua a,tiitu:de poétiiioa é, "El,egí,a de Junho", clJe Girão ém grup0s, um d.os que o destes– cl:esba sOlrle, quase sempre Banr.oso, é o ponto aito de tam pOrque precisam dele e ou– ,:n,a,rginail.ista. e se =acterii- todo êsse vol'l.llllle de poesi,a. tro dos que o daspTe,:am porque za, à, m:el!hor :feição, em dois "O Qrnar.to" ex.pr.ime toda a. não precisam dele. belos poemas: "Louow:a" e e.nisiec!ade.. todo o êxtase e '"'Dó.v;idia". Ambos êsites ten1-as todo o fas,tío de a,,ntes, na exigem., nio ellltalilto, vertica- O'casião e deip,ois do a.to ge~ 11:lldad-e e mistério, qualidades nésío; porém tudo muito ,SJU– não bem acenwadM no poe. t.ill, oom niietáforas maliciosas, ta. A desa>eiito di:stio, perce. e de wma pwreza auste'ra co– _bemoo que a.li hã dle :fa.to um mo con-vém à gra.n,deza do sen:tid-o poético, un:n vigOll' in- a&9Ulnto. 1 d-ef1ruvel, uma f01rça, dlr.-amá- A poeeia de A1uizio Me-dei- ti.oa conit-agia.nltle, que faeem roe, bem assim a. d'o sr. Gi. do sr. Qta.cilli-o OCJilalres um le- rão Bair.l'OOo_ é mcitas vezes E!Lbiimio ' \hooptedie" dia poesia. ima,rca.d'a de um persónialmmo ·0 - ªAquele que lê devagar ou depres:sa demais", . di:t Pascal, "não compreenderá o.oiSa algu– ma". Ele car-acte~u O leitor do século XJÇ. 0 Quehá além do mundo? O u.nL verso lnteil'o pode Hr àpenaa uma parte dO mundo. (.) As lmguas não constituem ape– nas a expressão da~eles que a Jàlam, mas r epr_1tse;ntam, Sam• b é m, verdades ~•tas sobre aqueles que usam. São simbo. los ql,le acompanham o• pOv~ ·atê o fim de sua bl.stória. Vina verdadelra fílosótla dà Ungua Seria que compreender o ~ntt– do desses slmbolóa. P or exem. plo, nas llnguas ' latinas ''morte" é feminlno~ nas Unguu germâ– nicas é masculino. Ao contrá– rio, "amor- é femtnhlo nas lln. guas germânicas e mllS(:ulino nas llnguas latinas. En.t:re o · "amor" lailno (l'amore) e a "morte" la– tina (la morte), s6 existe a ~Úz eferna da leua "t•, A morte . marcial (der Tod-) dos povos get'mânlcos, por outro ladó, é vl:tlnha da ação (dio Tal). (:) •Aquele que não trabalha não comerá". Esae principio sádico que traduz maliciosamente um estado deploravel .de coisas, con– tém uma das mais profundas ·hu– milhações do homem. R.elluz a dígpldade .metafísica da minha vJda à lndlgnldado econômica. Como? Será posslvel que o mau dl.retto à vida e o seu valol' não consistam em out:ra coi&a que na produção de feno, com a ga– ranlla de uma partilha dessa fa– no, ffslco ou· espi.rlfual? O prln. ciplo acima exposto lança uma luz deShumana sobre a vileza da heresia socialista que destrói profundamente os seres huma– nos, tt1,uifo embora exalte ln– cessantémente. com 1>ala-.;r811 6cas, a nossa- dignidade humana. (.) "Como estás?" Esta forma de cumprl.mentar mostra <iue ·a hu– manidade é d•oente como um cão. Pois apenas a uma pessôa doente se faria uma pel'gunta_ tão clintca em todo encontTo. ~ 0 Julgo que uma doença longa significa que Deus nos está ensi– nando a morrer. Como os ato– Ao contrâr.io porém do que obra do sr. Gm·ão Ba.rir.ooo, acontece com Al'Uizio Medei• enoon1lraria e;u a f i ,l}idades ros, c,uja obr.a. !ilca. quas~ tow dêste GQlll o sr. Otacllio {)o., da em um só nível de vaJ.o- 1a, r.es, em up~ma"; com o res, o sr. Gi.tão Bam--0so é sr. Aluízio Mediei.roo, em ba~an.rte d~~guaJ ~ sua pro- ''Só"; é-Oclll <i sr.. Artuir Ed<uar– duça:o poétííeia. T.res poemas do Benevides, em "Elegia de desta;s-o dentire txxl:a a s.ua J,u,nho". Semelha,n,ça. c~ o coni1ir1buição ,a 65:té liwo,. a p' .riimei.ro na ~e.veza dJe com~ êste liv 1 ro que há ·de fiicar n,a pooição 'e ild:entidad,e .liTica,z poética cearem,,e, quiçá do com o segundo, péla t&iini.c~ ~iíl (u!Qla_ questão· aipez:i-as pe1o ritmo puro e i~isi,vo; d:e pe~t1va) como das com o terce:uro, pelo desdo-· mais originais . r-ealizações brametllto de coocepção * post-m-Odecnisita: "Pooma" (o a.mplilliude de tema. prittnei,;o), "Só" 11 "Elegia die o sr. Ar.tu1" Edua-tdo. Bene.; Ju.nho · . , vidies é uma voca-ção poéticai Est~ ~ ti.ma vale p.e1a. ex• toda v,Plitada paira os dramas pressa.o 1)4'1ca. PE:1-0 C';)~_t1lú~o d'O senitim~o, muito ~i• .de piedade e 1dent1f1ca:çao a,lm•etllte para aqueJ.:es a,dec hwma~.. Os pobres s~o o ·• t4;<- quad•oo a traitaim~o fao=ü~ n:-~ UJtilizado com. ra.ra tell... _ Sua ins.piTação é fogosa 6 c1d:ade pelo ~oeta, qs pobres a.ti! nge, às vez~ ~ estados dí$ tátnlbo no ~~h<d9 b_1.!>l;1-co quan- poesiia ver<lil,deia,Jam& n.te, adi to no sentido social. mitráv,eis. Pena que, em cer,,. · tas ocasiões, e:in,preste imppa:.. "Os pobres, M!l<I;ia, como·, os tâneia d emasiada ao adje,tl!vo po;b,res -so:Fre.tn... f ·Na e .;.. a·b--"·~n·à ;=--'-·,.>.< agonia das tardes êlés ~V ' .........,,. = · ...., .. vu.--............ menite a um jogo vocabular ta,mbém às vezes agoni· ba.stante prejudi-cial na. ex- zàm · • ·) pressão poética. "Ária l:>.ru• Eu os vejo ao longo das,, ett- monea.nà , pa-r,a · 0 Owtóno~• é tr,a,das, entupindo os ca. vitima dês\se pr-0eesso, e qu.a• minhas ' sé mtewame,nt,e se perdle. Um (se eu fôj,e pintor eu os- pln- dos seus maiis beloo u-a,balllos, tarla uni a. um e se.ria aj.i,áis merecidamemte premia.. pouco) do n'llall COillC'Ull.'OO da ,A.B/'f?. e OIS v-ejo també,m em. t.odas E ••A Desconhecida'' tem as pooUuras do homem, ~o O q,u,e p(Xl.a,r pa:;a que desde -o ali-menitar•se até aio fím s.e; apu,re a sua l>ele:tA. o amar-se, e cwno são eseetllcial tão rioa em illlllen.. dig,nos e belos!" ções e exip.resswidad:e. Já em Dos dem-ais p,oe1nas poucos me agirada.m, inclusive a se– gunda estirofe die "Fox ~r.o. v1eto,rue": "Me mO!llJcento é volsc "Pp-eana" · é niais só.brio e en– tão pQdem.os aya,liâ-lo em ¼-– da a capacidade verdadeira– mente poé'tica. A página é muito viva e tra,ni;,miite •emo. çã o ü:i,ile!'ísa e duradoura. 1 Nada cii:o o · ó vós que fa:izeis com'Pra.s esbendleis dia,nite dos homens e ~m muiltoo · seintldoo vali,osa., do ·sr. Ed.iua,rd.ó Benevidtes a. essa col'E!tãne.a que reUJ1e muito do que melihor se tem feito na poesia m•oderna do vossos 1i1ndios rOO!tos e voosas doces carnes mais .ou menoo sedienta~ descónlheci'<ias", res, ensaiamos tOdios os 'dias, · O.;, do,is úJitimO<S versos ex. sob a orientação ' experiente e plode.m de sig:nifi'caç·ã~, de lncMsavel do nosso diretor, en:,.-.signi~icação poética, mt1i to saiamos como -ofegar-, , como fra- esipeê! .ailimen.te . e Cea,rá. Dei..-sc-o gue os leiltoces tO<mJem con,tacto. di'r.eto com o poeta qu,e felizmeme a-inda não se reaHzou em t'Udo o que. é ca,paz de criar e de !sr, zer: uana obra quie s;e aru.1n:• eia fecrnnda e fo.rte pela.. .JP.OS . tra que n9S tem dlado numa produção j ã de sí. em q11:ia-1.. quer sentido, oonsiderávél. queja:r o coração e como tos- Mais uma véz desta,ço EW· sir sangue, até estejamos abso- sa im·càpa<C'idade do poeita em lu1amante certos. de nossos pa. disçi:pliJnat o seu estro, em pet5, que tenhamos. vencido nos. eriair u,ma feição prõpr,ia, ca· so medo da certa, e não nos ate- racterística do seu penss.men– mor!zemos com toda a .... epresen. to poético. Tnan.qu·llizo..roie tação . comudo ao verifica;i· que bem Como jã a-firim-ei, o sr. A. quase h€'I1lll!éttico, q~ ex-íge . Jru.wo M-ed~ é um poeta dio Leiitoo: verda.dei1r-o procesw A riqueza mais segura é a fàI– t& <a :a.ece~dadff . (Do livro "Entre o Céu e a Ten:a", de Fal'an -,; Werfel, tra. dui.,ão de Luey Lima ~och-a} • ao fu111do dessa anarqu_Ja. fQ!l'– roa,I repousa. i,n.dlefiirt,ida em- ' . , 'bora, a fíisionornia específiica e· verd;ad'ei:ra da sua .oers<mã- "Os Hósp.edes" é assim u,m liv.ro val'i-ooo e bem v..""lllete o movim,end;o que ora se ta~ no Cea,rá, • Ii;o toceante às artes e às letrlls, movimento a que ~es qtta,tro poeflafl esif!ãio es· t1,ei't'a1nienil;e liigadoo e,m' espi• t'iito e a<Çâo, ~ •

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