Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

• - ' . .. ' ' , ' · . . . . ' ' . .. ~ t • • • • •.-~~~~~~===~~~~~~~~~~-...:... _______ !.• _.;_..___...:.._________ :__ ..:_..:.!._____-::-__~~-:- --- - --- -- • ''OS· HOSPEDES'' CONTO '"'tl:+,tJ»( , p .. Moscas _Sôb.re AToalha- (Especial . para a FOLHA) Escorre lento m'Ole silencio l en~ • Braga MOI'{TENEGRO • ' Dalton TREVISAN ·:.:~ ;t: . (Especial para a FOLHA DO NORTE) A mã,o, eom unhas pillta. da.s espantou aJlt moscas pou– sadàs rw1>re migalhas de pão e ·ma.ncbas de ca.-fé na to,_alha. ó sol entra pela jan~la; ·ve· rão: Que manhã aborrecida. .Juca, eúl 'deseSpêro, apara as urihas dos ded05, como um gato q~ se lambe. Da porta, d ona Sim.plíeia o Jnirava ; eom ínnida adoração no olhar e ela lembra um vaso de· flo.- ·res à. janela sem· as ,f}õres. A 'Jte!1$áo é estritamente fami– lia r sitâ à rua Ouque~de ~a– :idai, 1.132, ê é OJ"estes em llomenapm ao finado esposo de• dona ~lmplíeia.. :--O moço,,,etStá· tristjnhó? -Pois · é, . dona Simplieia. N~guém me quer- . . Fitou-o, elo alto·de u.m bus– to- copl~ d.e . mãe. bíblicà., eom um ai' de rosa machu- 4)11.,4, l'l ba'ter pálpebras . a~~ um- passarinho diante da tu~ ~ . ' -t',>1s e , velhinlio, a ses– são e,spíri4l foi uma- farra. . Bih 1 h·h• hih' w. .. . • . ' . ·o outro-ouviu sem illtei:ês· se a narração, mas. g.ianclo se ergueu pará ir ao en1Jirêgo, pediu~íhe, com voz meia de - 1 seda: _ , - Serginho. me" empresta dez? · Ele f icou indeciso um ,-ins. • tanté, empalideceu . copio um terno ·branco, depois sa.eou -~ ~ ear;teira e lhe deu o din1.1ei– - ro. • -Good byyy:yye .. . Juca não respondeu, abr~. & à.do à' vísta de Naná, am.á· siá ae · seu Fialho,. ou il ·ea– r one, que vinha WJll:l'r cat.~, de ·roupão bérran~ com be. zõurÕtS . es~mpaaos e perfu– ma.da. conío uin 'jardim 'de ro- . sas. P.uxõu a , cád efra- para ' ' ' ela sentar-se. e disse: na tarde -àzul sôb:re o estremecimento das fôlhas. Adeja tremµ ló o lenço co.bre a rua, a casa Acesas?· • • Como uma ave ferida pousa manso sôbre o ombro do homem c~ado e õs barcos lançados ó c.s barcos l ançaãos . Mar! .Bengala extaiica. Chapéu no cabide. Os óculos do viuvo, do viuvo em pranto. Abafa o. c hôro, o frustrado ~centro se· e6hroa ante a separaçã.o. Irr-ep.aravel! Aqui a <biblioteca. O papel na máquin_a: O ..homem ·escrevendo na parede de noite. A la;iterna acesa Vigilantes passos .• N.o ar o prenuncio Prenuncio de que? ' - .. do beijo? da revolµ çiío? do_poema? Escorre lento mole silencio lemo na tarde azul, na noite Utµ. . Não sei se me será possi– vel sustema.r por rn<u.ito tem· po ~a luta que venho m,an– t,endo com as pala'vr-as, esta , a gonia em que me em/Pfil'lpo pela expressão, hâ algum t/:lll.,ipo, mais O'O m~-os &ema– J)a\]Jmer ,J.te. Sendo a crítica "u-ma visão totàl da vida através das obras literárias àlheías", se– gundo a di fjniu Alreu Amo– roso Li:inAl , ele. ten1 de· se>r. fo:rços,aimeai,te, urna coois,tab,te ago ,n.ia em ~ace não •apenas da. obra -alheia. mas· ta.mbém doo seus prQpri.os pr 0<blemas de ex pressão, quaridp ex er– c im.a,da com "dignid-àde e es– crúpulo. Assi:m a en:tendro eu e ~i.m, éOnscienite ernboo,a •das minh 3$ imperfe it õ&.l, ve– nho te ;irtando exprimir, em meus a1rtíg-os. semJPI'e o que sintto e p que- penso. sem ~,protr)IÍJSis,Qs de_ n~ihuma ;-O D)OÇO já' pénsou e~ _ça,- •ar? . _(Contmua na ult. pag.) • _ _..:.:_.:_:::.:.:_.:.:____.:::....:,_.:___ .,.......:...~::-1---·------:------·-"-- - -·---- ALUIZlO ME,PEIBQS ~ie, nem m es-mo esise -'de Sem escpetar resposta, bam. boleo.u as ~d41g·a,s volumoiias e 'à poftâ desfe11iu·lhe negro · oÚiàr fatà°l, · 'v~lhàs per– nas nuas batµ;m as chinelas. Jiilll!-, a\ ~a.ss.a11 boliiihru. d., .:.· Jíão eilltré OS ded.~ , J>eDS,OU ~in um arrepio que há -d~is me~ nãq pl\gava ·a peru;ao. -Como -~ o cavalheiro?· ,. ~ntl-ou seú . Quin~iha, . pe:. ' ! • • • 'l~eninlM? e 'de g.randf cita-...-- . , ·- -----,,-----=----- n: ~;,,b,o de 1941- -- Difftor: PAULO MARANHAO' '" ' • , NUM . 50· pf u, se.mpre côm dor . nos Dom,n!Jo, 9 de rins ·e vjnoo impeoayel nas ,:-- . . ., ___ ......,-..:.~-~---'-- -----------------,--- .,... _ • . - ealç as. Engraxa. os- ~róprios sapatos, o nome ~ mpJeto ~ Estácio· Le@ da Sik•a. e ha uma 'Vel'Sáo não cónfi,rinada d é gue . é · a.Jnàntê de dona S i inplícia.. Funcloná'rio j)ú'bli. . ' e·rvontes -eet Ct) é;iemp}~r , qu~ tra ba.Iija na :RIO - Cotit~m q·ue outro dlfa Côntadoria do Estado. P en• um meninó perguntou no coJé_ àur_áva ·o enorme ohapéu no gio 3-0 professor : "Se Gon·çalve,3 ea.bide, su..ngou as calçaS e Dias ressurgis.se hoje, êle seria $'Dt,_()U~ , 'iµarcia. l (\ÕfflÔ um , ·da , l:T .D ,N . oii, do.- ·P.S:D , ?," ,;;· ........... ,.;,, ic.,-~• "'-· ~ ganso branco; a. pa!lll3-r man- ingenuidade cônúea. da dt1vi<ia ~ rga no pão, antes de . ~or- ·1.n.fa .,t1r tril'nsformai,_se..:!a em , êle-lo,. inUag,ou numt cara al:>6uroo·se n"ós adultos quises~- inoeente: iru,.s per-1s-,.intar assim co.m res~ -Rtsolveu, meu r-.-1>'àz; as peito aos grand es hoinens do clú:vjdas rel igiosas ·de seu 'pass.ado: Shake'fl)eare sf~ia hoje e gQ '? • J?3rtida.Mo de Churohill ou tra• ~eu Qúind~ é pessoa que balhista? Ra,belais. flcatia co1n diz ego, eaval h:eiro· viva a B!oou1t < · • c om 'I'ho,ez? .Na ver– pátria; é sempre assim, nin- da.de , porém, perguntamos sem- ' amém ·sabe como n~noa se pre assim. O caso de .Nletzsehe, éàns."l viv endo h.á tanto terµ- reclamado p elos n azlstis · e:~elos po' consigo mesmo. Juc.a re- ari.t1-n·azi•i,tas ao .mesmo tempo. dargniu · e9m um bocejo: é slgnllflcatlvo . Todos os regi~ ,-Seu Quindim . . . ( ~)e mes politko.s gost-am de invocar a:p'r-0vou a exatidão do cpn• .as gr-andes soml,lr as do passado eeitó) . . Sem ofen der, à,cho que n_acionaJ para enfeltat'-se d e g_lo– D eus Dá.o ~-..:is te; é uma ba.. Tias que .não lhes pertencem . Por l eia . . . . que seria exceção o n-0mk d ()c E -deu uma gargal !1Jlda, gs,andissimo escritor.-do qual ce. Tai(l0$ó por ter dito balela, J.ebramos hoj~ 0 quarto c=tená – •~nita palavra.. Seu _Quin"1im n,o. do nasci,mento? já tfoi pastor protestante e 'cervantes não é a.pen-a~ o cl'la- . ipor .raz·ões ele fôrça ~ ior (ao dõr. d e um dos graiudes mi tos• que se d!:t na pensão Ores~s, si,mi::,olos · do espJr1to humano. uma loira patética de olhos · 'Xambem. escreveu • as "Novelas -v erdes) que!>rou os voto.s • de · - eastidade. Não perdeu ainda ejem-plarea", mais mag:str.a is co• o fogo santo de· arrastar os mo reelizaçpes líterár,ias do que jovws desviad 06 a ver a face Ó·· Ptói>r1Ô "Don Quijote": cer– ·de D'eu s. vlilnUna é a graçà pérlida dos -1\leu caro rapaz, bem ... dóis pica,ros ~lnconete e Corta– ª l!lna. a,íinnaçã() é a.p r essa- dilo, ~ Ce?'va,ntin.a. é a .d-o~orosa da. ,..(Esm.lou a Iingua, pois t i • e h~moristlca sa~edoTla dós ~ois nba u_m idefei-to a dentadura ). cach.ç,r.i-ós ·Oi.;plon e Beriranp;a Jieus é ser perfeito; ora, o que r.editaram d~rante a nott~ OTTO ~ARIA CABPEAUX - (Copyr ight E;.. S. I. com e.xr .;lusividade, para a FOLHA - - ')0 NORTE, neste Estado) . . . . - i Ven. "Fi.delio" - a ún ica ãliás &óbre o absu.rdo dos dest noo ca• ninos e •huinanO'S . ·E :próprio do que escreveu - cujo enredo ,re ~rande h umor ista tambem é- ·a • passa n a Espanha. No calaboui profun<la angústia de "'Persiles c;o sombrio ~ uma f ortaleza .o . y ~ gismunda" . :Tá v~le a pen a tirânico ,govEtrnador Pizarro rillhtl– possulr como testemunha ess a dou enca,rcerar o nobre Flores– sombra. E, com efeito, é a Es· tan, que ousâra 1nanlfest11r idéias panha oficial de hoje que lhe de liberdade. O infeliz parece eoniemora eoin festas barull1en• ~rdido. Nem o salvariam oo he– tas os -pran eiros 400 anos duma roico.s esforços de sua muJher _..iJnorta-li'<iade sem fim, · como se- Leonore que, disfarsada em ho– êle fos&e 11'nt franquista de 400 mem, rob 0 nome su,posto' de ·Fl• anos. Çléllo, para li:be -rta,r, ~v:e.z, Ó · Más seria tão absur do con ;,tc metido. Só no último m-0mento <lerá-1o, com-o representante de quan d-0 na . escuridão noturna, 'u m a Espanha militarmente re_ do cárcei;:_e já se• prepa.ra o as– acionãria· e cler~almente catõ- s_assinio, r es~m d e lo.ng ,e as liea-? Ém todas as obra-s de Cer- cornetas que a-iluncia,m a ch,ega– vantes não se encontra unia s6 , do do m inistro e a -libertação. pa!a,vra que seia incompativel Então, per gun,ta-se. ·cervantes com o Datol:ic lsmo mais ortodo• ptefer!ria hoje o papel de Flo– ·.;x,o . Nem êle desa-provou Ô'.; •x - restan ou do carcereiro? cess<>s da i;nquisiçiío. espécle de '.Ca1'• ; não ~os~ repuiQlicano, trlbun-a,l · cre se-gur ança que se assim CO<rho não lhe cabe ab– valeu de a,pa.rências · eclesiastl- solu<t·a~nente o a,pelldo d:e lLl(.J;e– cas p ara p.ers'egui,r : <:>,S chamsidos pensador,. l\1'as fOi s!Jn uri:n pen– inimigos do E.~t a<lo. Cervantes sador muito livre; uim .se>l<lado da '.foi ·mesmo servidor· leal desse liberdade. 'Os comenta-rlstas n' · – Estado, lutando na b·ata~ha de derno s do "Don Quijote" jã não .t.epa-nto, como sold a-d-o da mo- acredita.m t ã ·o unanimemente n.arquia esp,a.nhoía, realizai'ldo fa - que Cerva,ntes tenha zombado çanhas. como nem os generais. da ca:vaQat!-a ; zombou , aJt>ll')as Cervantes, .general! No en.t.an - dos ,a,ristoctatas (legenerad~ de to.. . 1~ma épO<!á em que._ feu dalls1no Existe- uma ópera d e;...-Beetho- já ·perdera a rãzão de ser. Os- í!.nil.gos, os l~gitLnl-0!3 ,f eu d,ais es– p anhóJs da Idade Méd1a não er.am porém tão , re.acionárlos co– n10 se pensa . Opondo-se· obsti• ' . n adamen,te .a-OIS r-ei·.~, e , -0()\ &--J:p;do1 êSses prec1,U:$0res do anarquis– mo :ibêrlco detendta,in, nos seus c.asteJ~, am,tralhados, idéias de li~rdade q u•e seria-i:n de'B(l~, a,_pàn~io do povo i~teiro: ca(la espa-n-l)ol um fidalgpl V:ale · ler as páginas de Ortega y Gasset, n.o volume "Notas", sobre as "Ideas de los castiHos": sã.o hoje rui.nas em meio do de.;;erto· cas– telhano, mas ~i-l}da gritam a-o éinz,ento céu espanhql ~ue " aci· ma d.a Lei e do ~tadio está· a Llbe~áde" . Cérv.an:f~s. ,homem noli11e, tambe.i;o foi fida;lgo, -ae– sim, e sua ca-beça 1.un v,erdadel• ro castelio d.e 'idéias' livres. E na obl'a "1í"~ profunda que jâ se e;;,creveu sobre êle - "El pen. &amiento de Cervantes ", de Americo Castro - :fica' bem de• mo:nstrada a origem _dàs. idéíf-5 C'ervantinas no humaniitmo · livre de Erasmo eervantes erasriüa– b'ol Nç entanto.. . Em -E~asm-0 havia um cético, ticanodo entre ou ' a;ntes $.Cinia dos partidos em luJa. E o éet1- clsmo do grande ·humorista - tod9S oo grandes hun:noristas são cêtiêos - tambem parece per– mJtir con,clusões inquietantes de uma neutra,l:Ldade sus,peita. Ce1'· ta vez, Dol) · Quifote · investiu com f.erça contr,a um )1om,etn, ICõr.t inuo ftcil i.ª pa!J)· 'm:o.einho se desviou do , caroi. nho d a. sa,lvàção, é imperfei– '6, logo.. . Com ma.is um gole de éa.fé fechou o si!ogisÍno, a enier– l'ltt o eha.~u na caõeça e, sob o ' 'amC1U" d e. J nca., que se ria, a.fa ~ ou-se furioso, sob a v áia. de uma risadá bisté· ;.,ica. - E ra. o Serginho, oom seus lângui ilo.1, olhos de frei. CANTO DE UM MARINHEIRO SEM BARC.O ' - ' ' ~ ra. -Qlá., l)oy. . . . T in ha. sotaque carioca, dk . ,;ia alô, boy, good l>ye, ma. grinllo e com andàr saltitan:– ,te evocava um pardal de m e1a.s )>rancas. · .....iJb,. v.elhihho,. vo-cê não .lm:a.gbfa. a Jlâ;rra de ontem. -. . --N:ã.o dj_ga, flor .. . Serginlio punl1a as. -mãos e-m ê-x •tà.se , sob o quei=!'O · quando Jh~ ta.lava. - I,is-0.n:je-iro D® -me cha· • • me ·de fl.or ...'. · _ -l,i'lo:r, flor, flor! · _E exibiu uma ç;Ltadura pa. tibula.r de crônica poJicíaj. .-<\$ mãos de ·serginho tre– bl.ia.m ,com.o luvas va.~las no \ar. R11ldc►. -de . ~ouça ~ pia,. l1Gar,gal_líadª6 ~e .deboche d~ _.g'iãs ~~1~~- M:OIS'ea azül .-.. :;,idl'A'.í\4..., ~ indo• . · · Estás· ouvindo :esta música, 'rer eza ·? Vem! Toma · d as mi.nhas mã:os-ealices É procur emos a origem d esta mús ica s·inistra– Tu também não <1 ouves ? Ela parece. partir daquele ponto negro Que-na parede ri gostosa.mente da minha a ~gú!iiia. Tu' também nã o a ouves ?' Foi no ~ia primeiro -do ano p r imeiro · ' Que eu ouvi es'ia música • • Que· me acompanha airavés dos dias, anos, sécul os Co~o um-fe.r;rível. pecad.o· original. O negr o terror da morte. flutua .nos m·e,us olhos e.o mõ uma triste: band'éira 7esfa:tràpadlll. lfa '.n\inha boca há um gTilo aprisiçnadó .a séculos. ' • Nc0s meus cabelos ruivos ·há uma t&iuagem d·e . morte · e de amor. No meu p~iio um mapa e sfranho de uma viagem inacabada. . • • E há muito a.ue o dese.spero roub.ou da minha fron te a calma da infânci..._ . A música de que te fa¼o minha amiga é mais trj's fedo que árvo! es sem folhas, <lõ qu.e campo sem.TeI- [va, do que maos sem dedos, ao- que o.lhos sem lqz. Toma das minhas mãos~calices e procure.mos e-orno dois seres p:rimitivgs a; ortgem'•desi.a niÚ~ c-a.· Não são as magnólias ·que r..'le pérs:egue_in poic; ,eu às ap~hei semi-'11Ót ias· rio, ,i,aJe · , •· . . ,, .. ., ' E as enxertei nas minba_s ·veias .e ,o meu.. Bangqe tprnou~s~: sua, set1t~ ,. · . · Ni'~, nãô sao 11:5 rpp_~ó1i~s 'i:l_o -...'#!fé que sui ;sur.ra :m est e ' canto ' de ,yinQap~ · e.. d~rô. . ti.i lam'bém não a , ou'ves- Texeza ? ' 1 , . · • ' • . • • · . . , ª'*' João ~DES·---.-, - · 1 wr obrigado a <:$Ci·eiver a respei.tto .de qualquea: 1ivr9 que me éhegu,e. às mãoo. Es– crevo sôb re aquêle qde, de qualquer f or1ha, me ~ne algo a dizer. (N~m é pos.$i• vel a níngµém escrever a,ce-r'– ca de ' tudo o que 1-ê, ~mbóra haja muita g,en<te que erereva até sõb'r-c o que -não lê, ~i– to especia lmente sôbre o que não lê). E p o-r f al-acr em li• vros cuja leitUl'a p ropo,rciç• .na a-0· crítieo a.$$Ua1lt,o para o seu tra;balh-0 q uet'<) iin~lui'l' nêste caso o de quwtro poe– tas cea.renses: ' "0S 0 HOSP~DES" - foesia - Otaéilio Co– 'lar-es - Aluizio ~ledci. ros - Antonio Girãô ·Barroso - Arlur E 0 d11. àrdo Benevides ..... Edi• çôes CJi - Fortaleza - 19.46. Creio mefi>mo 4 1.1-C há nês- se livr-o- ãtk a,s,su,n,to. em exr· ~ so para. as m.in.has p~i. ' b ilidádes. E ll} aJC>ti,go· q.u_e não • cheguei a puJ:>Jj,c.a.r. dL'<Se, éer- · ta véz, q;ue dif1cilmente· l e i.o \llJll livro . d~ poes1ã sem ex• perimenita.r, a-e m-eJJ-06 .dle leve, um-a soos-a,ção de tn>On()too::i-i a. E acres,centav.a, s o:fnienite a 1-eitwra i1'1d ivi<iu,a.l .e isol,aqa de Caída. po.emà Q<lL trech<h me. coµiov,e, e .dele ita. Ta1!vez por– que & poesia p enm,a<neça em oon,s~te COi{l)!UTl!Í<:a.ção com a. .no;sisa emotividade - sú– blim~9, os m-eví:m~iXllS d'OS nossos jsPmintos, COir'pOI'i-fi~n. do em. imG.g.e,ns as cr iaçÕ,es. dQs_,- nossos so,i:i,h-Q!l, . e,q;,r!iánj n- ' do ein f\5l"mUilas oo : 11Jl11l)ulsos d o.s n;os~ I)e:l'.lsiamen•½Jtl; taf– v~z p or:qqe ~enrte ~Jingo e vive,;idlO u-.m p~a pQd,e– moo 1he SUlr!J?reender a bele,. za, a mel}~gem ql,le nos P:rQ– põe cq,munica,r; tâlvez Jl!.Pll' êsses m,'Of:iv<>s ímp,onderáveis e ·mais -~~!JO que na cte a-rb1• ttá-ri.o em. meu te,mper1am.e,n• to, a leí,tu,ra completa , d-e .um volume ~ vera◊ ~1'!1-i>t.e m~– fa,z exper1men,t:ar unn 11l:llev1. tável genitimel'l!to· de, end'ad o, 1sto porque 1iv.r06 d~a tia. tureza, via de :regra, são oom. poobos de, flagrantes do pen· sa:m.ento e da inspiraçã-o, em clinlla'. os miais d.iv ~ da ,em'pção e d,a criação ârli6!ti:Ca. ~ essa di versi:d:aide; a,p,anhad-a de oonjunto, nã-o coni,ove - . -,,; ~ ' . pertlilr.ba . Pode, qu.a,nd o mui. to, ém suas lin)las gerais, re- . ve~a,r um poeta. nunca obrá po~tioa. Esta, mi sua pu,reza e99é<n,ciaa. encoilltr.a-se n _os d-e– talhes: noUiln poema, numa es– trofe, n' l.lm verso; às ve:res ém todos os · poe1I1~, em -todas as estrofes, em ' todos ,ô,s ver,sbs mas tud-0 a &eu tempo, ' d!! ã;-ç~lidio cor1, as_ .n 055a,s · d.is ~. SlÇO~ es,p~rrluais, ' 0.!S bip'OTtlJV– nild~lffles a,ss:Lm tla:Ooros de nos• sa... s~~b!li;d~<je. . J\~i:m me exprimi, e.cm Ji. gei·ras ;v#'ianites, .te:ndo em ., vima, a o};)ra de um poeta. O conaeit.o ª , 'P.li ~_ad-o à o!Al de qu-a.tro •PO~s crês~ d~ sig• nificá.ção. Tàn·to- m,ais - co.. mo te.ve ;o~·t-uotld~ dle no– tar o · $:. Sitêni'o Uo,pes - qu,an<Jo. se t1~t a de ))detâs sem néilihtt!J1a. iifi!llid11à . t.or~ n1a>l, ideológica ou à.nt~ i&l, t , ' ' en r~ Sl, ~ Daí ·uma certa pe,rple,i;ida.• .. dle ·me assia,}ta.r .quanido ten•. :to reunir ei;n blioco t~o vas. 1o màb.e;ria.J, pa,ra u:rn estuülO d•e coojump. po,i.s,, ~~do Pl!~o, só em . pame poGea,iia cQn~}r, ;i: p r o 'l<eit:âril:enlto ú~. Pelo m•en,0s a·Sl\.im ~m10 fez o ~. Fmn Marli1J1s, ee– t1.lielartdo cacla um dos ali.mores· s:e:para~a,m~ite. On.de o elo dJe conitin,u-1daôe pà.r,a 'Hg<i-l-0s a. ~l ;od.os? Há muitos prismías pelps '!~ , o lri.w:ro p.pd~ ;rá,, ser visuo: ' O 'leitOlr ou · o- crí, t;co~i:em:. ~ pei,,f~t~r .Jill"ai.(~ C'ailnll11Q01S, ' i<len·ti.ficau:•se GQJJtl :rm.ütas; lit,'titu-d~ii. Têr.á de •'tb!: ' rn-eçíii, ria:tu:ral-n:iei:i,t,e, p,el~, ooj~üv)smo Ua-i•co do sr. 0t-a. ci)i9 . Co,Sr,~s .p-àr~ enco,nt:ra,r depoas, ~,,seren-à -~;i~deza .elos y~oo ~ sr. A,~l~ip M~ei, ros ~ p-0e.ta em 1~fTI to. e t(l:m,– per á~en,di intéí,ra;il:~n.iie. õJWS"· i q ao · 1>r.,i;meiw . . l)fotará .qrte ~1i . -~~ _d~ é, ,o 9Ji.t .A.n. ~I~, -.,:Ji'aQ ,.oa,r,~;,J,em ,séµ ~f,d~· c~~•bl'á;l11:tl'1-0, , ~'q f ,OOjno --v~rj ~ e peiico ça.r,apte,: teoíí-tinuo nca ) , 0 pq_s).

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