Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

~ 11 - Domingo, J -d& novembro de 1947 ' 1 • _ / __ FO_~ __ RA_, . .~ _Ç>_, -·~ ' R'i:-J'E ..~. ~==--• =~~ >==.a•-slíli:";;;:;;;;-==- N:âõ oonsig-0 reconstituir - - -~ = ·_,, · · - "' • os fatos com exa-tidão. An- I I s E u,/ J . B. 1·1 .N HA , .# , s:-n pâ:J.t · ptj.i'a o_ sa):,ão. O "Diario" pe D. Ab1gail salta na mr– n h a v,ista . Arremesso-o dei fora de mim, erra,ndo ·de fazen-da ém - fazendâ, m-eio maluoo. Mas não de- v,e ter sído muit-0 tempo - Não, tomemos um tra• por11ue ainda so-u bastani~ gozinho · • • - moço. Sentei-me eonstran,gi:do, Lembro-me das coisas de encabulado. O dr. Si.:mões um moçlo vago. No começb prosseguiu: ain.dá procU:ravá Cor-dolina. - Como eu ia lhe dizen– Abandonei logo o seu aauxi- do: não case. A farmácia lio. A p,reta' · está caduean- c◊me tudo. Agora mesmo, d-0, posi-tiva-mente. Passa os estou· com duas meninas d:iàs .na cozinha resmun- doentes. A receita, o méai– gando, queixando-se de tu- co, um dinheirão. Tenho de do. Da ca-marinha, onde le- r-ecorrer a u-m banco. vo horas esquecidas ' balan- . - Sê o dr. quiser. . . ar– ça,ndo-me na rede lie tu--- risquei. M-µioo não, mas ,cu1n, ouço os seus lamentos: pouco se arranja. - "E' uma miséria, misé- Quís. -Passei-lhe a pelega ria ele todos os diabos. Vai de 500$000 ali m-esmo. Fí– se .ic.ab ,n· , tudo de fome... lo com pena. Mas era o E :'to-1ne e dir.ijo~me à sa- chefe. Que se há de faz-er? l.a <'e jantai!'. Estiro..:me np Não m,arquei prazo e nem velho ma,rqu-esão forrado d-e falei em juros. Espêto. Dr. ve}!''d-O azul que pertenceu a Simões a.gora cumprimenta.– D. Pl-.',ci1:Ia,, antiga proprie- me com, a:fabilída<le. Não tária da ca-sa onde moro. ficou apenas em 5008000. Quando comprei a casa, · A ou,tra vez foi no gabine– quís r eti-Far o móvel. Não te d,a repa<rtição. A conversa ,presta,va, tnas, pensando idêntica, m-0le, chorosa. Es– ben1, foi bom conservá-lo. correguei~lhe 200$000. Ti– Imagino como seria D. Pla- vesse paciência, estava aper– cid-a. Talv,ez uma_ velha ta.do no ' momento. Deu-me go:rda , asmática. Cor.dolina ci-neo dias de férias que re– traz o ca!é num bule de cusei afavelmente. flandres. Acendo o cachifn- Trabalha-mos seis fuhcio– bo, Ela despeja o moea n:a nár ios na secção. Abel, con:– tiie la e vol ta pa4'a a cozi- tador, muito burro e poeta. n11a com as suas jeremia- Cox-eia .da perna dir ei ta e ,d-as · tem uma verru·g.a na pont.a - Uina misé r1a, uma sêca. do nari z. D. Abigail, ~cri– V ai se aca·ba r tudo de- fo- turária, oua,rentona. u s a me. magote de pestes. lor,gnon. Duas datHográfas: - Miséria o .que, Codó?· Mar ~ene e Suzana. Isma-el, - .pt' :-gunto num l:l"'ocejo. c-ont1-nuq, e eu, aTquivista. V.oce sabe lá o ·que ,é misé- A-bel escreve para os jo.r- r.ia, cr·iatura. na is umas idiotices que êle - Essa_v ida. seu Biinha. ,hama, de versos modernos. T udo na _compra, uni des- Porcaria grossa. Embroma– pot,isn10 de dinheiro, uma :Ior de mão cheia. Levan- lás t ' .ma. • :a-se do seu bure·au e ferra - Você sabe lá o que é :ia conversa com Ma,rlene. miséri a , Cocl.ó repito Recita, cochila. riem. Safa– uma, d uas, mui-tas vezes se- de,:a. Ponh.o-me a fazer a g .u~das. ponta do lapis com o cani- ~ _1:ão, sabe mesmo não . vete de cabo de ·ma drepé– M ·ser1a e uma, vida como a rola. herança de minha bi– m i:1l~a. T-ortu rado, 'perse- savó pa-te_:rna. O ou'Vido à g,_u1nao um passado disper • escut~. Nao percebo o qu-e so. que me foge sempre. Re- ele diz, mas não deve ser cord-o cen-a-s isoladas sem boa coisa. Su,panh-0 que o continuid ad<e. Vejo-~ no guaroa-livroo conta a-nl}do– pátio de uma fazen-.;la. Ca- tas ~rno.g:ráiieas g-ue Mat– bras. pasta1:1 sossegadas, um le_í;e e m~srno avoada. Abel m-en1no br1-nca com ·bal-a- sai assov1an,dó e entra na de_ira, g a l i n h ~- s eis- priva<la. Nã-0 tem vergo.– cà·m. Qu-~,ndo foi isso? Que nha. ~ .a;rl-ene abre a, gav~- , fialzenda e . es-s·a, i;neu Deus? t-a, re,ttra o espelho e se poe A _.ca;~ça - c.om~ ç-a .. ª gi,r-ar. a bo.t'."":. PC? de arroz na ca– Bé!J\O na testa, a3ud:a.ndo- ra. S1r1ga1ta. Quando nota me: ·que estou espi-a:ndo-a, vira o rosto num múx-oxo. Abel Vamos, seu Bias, va- volta:. Ferr.a de n0vo na mos ver qua-riido foi iss,o? conversa. in'tl til.--recorrer a C-odó. A - Se!,1 Bia;;, ' o sr. gos,ta negra me ama demais E de poesia moderna? - in– •. não su,t)êrt,a falar na do~n- -t~.r.;oga D. Abigail com um ~<;\ •. No pr-in,cipi-0, ÍiílSisti ·r1s~nho de mofa. nw.to . . -:- Qu~ I>Qesia, D . Abiga- - Codó, eomo foi que II, liSSo e para quem não eomeçou, hem?- tem o que fa,zer. BàbÓSiei- 0 que, sé-u Bii.nha? ra,s. Neg(>cio de v~r-so não 4 .- A mmha doença, Co- h?ta panela no fogo pra o. n1nguem. . . - Besteira menin-0. Seu -:- O sr. é quem está _,Bii-nh,a tem cada uma-! Pa- oertp, seu Bias. P-0r isso :ta qn~ fâ•Iar n·essa · triste,za? ~~m. as suas· eco_I).iOmias. Nã.~ E_astà a miséri-a em que se v1ye pedindo emprestado vive. aos otitros. E de&fia o r-ooario de -:- l_Jns v i-ntenzi<n-hos, D. eho ra-deb:as. Vai acabar-se Al;nga1l - . concordo satis– tudo de fome, nâo fie.a na- fe1t-0. da. . MarIene_ bate com for ça Na repartição d.is -traio- na máqu1:i:ia. D. Abigail me. Fala,m C'Q•migo e não ~bre a gàv,eta e v.olta ao ro- 1r.es1:ondo. Esqui:Sitã-0 .. r;n:~s mane.e . Bem boa, D. Abi– agueutam-me. E' o 3e1to. gail. Muita cai;ne. O tí.mpa:– P -õs.Suo uns c.obrezinhos e no ,do chefe, no gabinete em.presto a-os (!()legas. Co- bate chamando Ismael. ci ibro juros altos· que não sou velho a-rrasta~se poohor ren– pa•i <'!e nil}-g.yem. · O chefe, to._ O relógi,o do pq.nto, oa na ·mmha mao; finge dese-0- m1n,h~ frente, não ,pára o– l?lhecer a min ha agiota,gem. seu tique- taque . Mergulho Ousto.u-me· ca,ro. Cer.ta tar~ nos colecionado-r.es -do a-r– ele, _saiamos da repartição. quiv.o. E o pensamertto perl O d1retor deu-me palmadi- d -e -s~ n.o -passádo. Não sei nhas no ombro. P ensei com •prec1sa,r o episódio que me os meus botões: "Essa alma ocorre à lembrança. q uer f a la,r". Na calçada, Estou no Cine-Tea tro Fa- el-e n1e pergun tou: miliar de seu Càpistrano - Você é casado, seu t:1-a cida-de de Lavras d~ Bi.as? Manga-beira. Muita g@nte na - Qua} Dr.,' quem me p],a,têia. A luzapag-a-seeco– q uer -.· ._ meça· o espetá,cu-lo. No pal– . - Nao se lamente por - co, senu.dó diante de uma isso, ~- o.me~ . Dê graças a escrivaninha antiga, um su– Deus. A _vida d-e casa.do é jeit.io vestido à Luiz XV. Um burac~. FP,os, doenças~ ~ l ._ mensageiro, também à Luiz co·m1:hcaçoes. E a farmac1a? XV, entra:. Bate os calca– Um 1nfer~o. . • . nhares com f.orça, curva-se E \1 ou,v1a em.silenc10. Pa- numa rev:erên-cia. O hoim-em ra·i:nos na esquina. Automo- da escrivaninha tosse, inter– veis 11assavam fanfc;ma~(io,. roga o. mensageiro. Atra·vess a.m~ a l'u~. Na - Qu,e nova,s vos tra:z, po~ta do cafe, este~d1-l he a fiel mensageiro? ma0. - · ·-- ])..1ás novas m~ amo ( , . .. · pa.ra cini_a do ·maa-quesã-0,. João Climaco -Bezerra jantar, vejo-a voli11andõ torno a pegá-lo, folhea.n,qo-:– paira .a eo-zinhéi. Sopra as o. A mesma besteir~. ·"Vio- (Esp!!(:i al para a FOLHA DO NORTE) br.a~,s dó -fogão e , com~ça, linos g.emiendo sob o b-ra:aco · a cantar com v:oz fanhosa: lua,r e tú longe. Será para - · Di~ei, D?-'ensagek-0, que · dia e noite na bodega ven- mim a-q-u e-1 a serena-ta? nov-as sao tais: dlendo sabã-0, homiem do seu- "Meu Deus, . meu s~ Quem di,abo vai · tGcair vfo- 0 mensageu-o descreve traibalh-0. De nós tenha dó .... lino na por-ta-d:e s-olt-eironas? uma série de derrotas mili• _ Como é, vai no do- A sêca é gr-a.t<lce . Serei :firanco, não há d-úvi- tares. O pov.o bate patina. mingo, seu Bias? Está tudo em pó". da. O homem da ~crivani.I~ha _ Com certez,a. - Vá rezar, D. Aibigail. lev.ant-a~se e fica pass~an- Abr-ia-me ·com °Ismael. Juvenail vizinho da es- Pense na mor-te, mulher. do no pa-Ico- de -µm lado pa- _ E' 0 dia,bo meu velho quer<l'a, não a,pareceu. su- Aca,be com essas imoralida- ra outro. De repente -não Que é que eu' VO!U faze; jeito cacête. d:ês. Ent.ãc a senbora , acha me lembro _!Ilais ~e. n~da. •ea:i;i. _negócio dae literatura? - Que é que h á, reu Ju- decente uma môça esci,evEir Julgo q~e..,nao assisti_ aq,~e.- _ Cui~<llO com O laço, venal'? . . ~ al>raza-me, a~a- l: espetaculo: Col'dol1na 1g- seu Bias. o sr. não vê que - Nada, seu Bias. · me, <.tev.oTa,-me? Isso é feio, nora essas_ co~sas. a- mulher quer lhe aga,rrar, E <lesadora-se a oonver- --D. Ahigail. A senhOlra não D. Ab1ga1l zomba ~os criatura-? . sar a,sni~. Lê os jornais é ma~ menina, já tem ida- versos de ~?~l. Ela gosta _ Peroe o- tempo, Is-ma- d!é cabo a rabo. de de cri.ar juizo.. . d-e fa,-lar dif1cil e escreve el. Sou lá homem par-a ca- - Soube do terremoto Cordolina despeja o café também para os. 'jornais. ,s, amen.to? Padlre. igrejas, . ~u Bias? _ ' na- tijela. As meda,l;has cho– Prosa cpocha, cheia -d-e pa- ~licações. , - Tet:remoto?! o que es• calham de enc{)l!1tro ~ - p.e- la-~~s ternas, _de luares_, de . _ Mas· u·m dia a casa tá me ~1.2enido, homem? _ lancas doo peito$. musicas. Horr1vel. .A.$alta- cái.. . - Sun, uma coisa horri- - Codó, ~ Juvena,~ não me co-m ,P.edidoJ para éom.- D. Abiga,il deu-me 6 seu vel, tJ.,ma cal"S:midade. apareceu? - pergunto, ten• Pf'1'~cer as. sessoes ~a Asso- "Diário" pa.ra ler. Queria ,a - Onde? _ tando entab'ola1r conversa. c1açao ~t~ro-Mus1cal das minha opinião. - No Ja,pao. - .~ão se-nhor. Aquêle Moças Cr istas. _ A mirrha opiniã<>-? Ji,, -, Bato com os dedc-s na cristão anda com a ca>heça - Quem sou eu, D. Abi- senhora quer mangar d·e m.e-sa paTa -'<lisfa-rçM' a mi- vira<l"a, seu Bias_ · ·gail - de-spulp-o-me. mim? · n•ha irritacão. Juvenal tra- Não atmo com a ob.serva- Por que homem? Ora Não queria mangar não. balha na Estrada de Ferro. çã-0 da velha. J·uvenal · gosta essa.•• .A:cha-me inteligen-te. Então E' confer>ente. Conferent0 de negócios_ de es.piriti~mo, D. Abigail sapeca-me -os não via os ·meus comierttá- ou aunanuehse-, não· sei ao prega religião para Córoo– olhoo chorosos. T, va.ta- me rios _ a respeito <los ofícios- certo. Tem unia fala arras- ~na. Comigo f~la em .P~lí– por você," forçando ,mtsiml- éscritoo pelo Abel? Eu sabia tada e cospe para t.Qdos os t ica. Rabelista . de pa,po– dades. Reclama por que não c(?locar 06 pr-onomes, lá isso la,dos, _sujando as par-édes. a•ma-relo. a cha.mo Abi!\'ail. Os seios saibia. , Mas n_a,o zal')ga Coroolina. - Homem. era F'ranco arfam. Os olhos demoram . . - Mas. 0 AbJ1. D. A biga- ~ velha, gosta. do f~n-o-víá- R,a'b~lo, seu Bias. Daí p.a r,a ~a, minha_ frente. Prometo 11. O pob.re nao sabe gra- rio. F~lam mu1to sobre a ca, lllns frangos, uns gali- tr as sessoes. máJi ca, desconhece as, re- car-es<tia da vt:?a e •recordam nha-s. · - Qualquer dia aipareço, gr,as. caS-OS d.o rertao. :-. Pois m-eu pa_i, Juç;.:;,;.a!, não há dúv ida. · Af!_ora est-ou aq,ui ,no ma-r- . . ~ en;_eadetnaçã_o ~o ''Diá:- fo-1 la-gun;;o. Marreta. Aju- Ela· sai para o lavatório auesao CÔ<l11. 0 at t r10 -die D Abi-"a1l deve dou a derr.iibar o . =u ho- bambolea11do. Espia-.me c~ D. Aibigaii mi i~~~g1~~ ter. cm~ta,d;, , um~ · fO'l:tuna. mem. "'" o rabo do ôlho. Ismael aju- Ul'T! hoo.;:o:. Abro a pri- Doirada, com os -fech?s ~a- - Quer ia que seu Bia! da--me no arqu-ivo. Bom su- me1ra pagma: "E' uma tar- bapw,doo. ~ X'tritvaganc1a. estivesse aqui, t Jvesse vist<1 jeito, o Ismael. Conversa de- côr de cinza. Núvens Parece qu.e êsse povo não em pessôa o ·coron el F.i:artcQ sensat a. a,prumada. A's ve- violáceas passeiam no hori- sua para ga-nha-r dinheiro. Rabelo, com o seu brado· dé' zes escorrego-llíe alguns ni- z<;>h~e. Ao longe gemem Os , !00$000 do . d:f, Si ;nões "Rabelo ou bala. liber-da.d~ q-uieis. Gorgetas peque-nas vrolinos em surdina. Um"' ~di>dos, p,er d1d1-nhos da ou mor te". _Pa-d~e Cícero r,ar.- não v1c1ar. Fàlamos ~anário a,bandona O seu ni- s!, J.va. Abro o "Diári.o":"Re:;- era um bandido. sfí'\>re passar~nh-0. sôbre po- nho e vem pousar na. mi- tias de lua-r 1-a,mbem-me .o. p ·eço silêncio. Cui.dado ht~ca no sertao. Ism.a-el é d-o nh.a janela sÇ>litária, can- côrpo. Re-bolo-.me \1ª cama com Cordo1ina porque se tempo do car rancismo. Pa- ta-ndo uma melodiosa sal- e penso em t1, meu ama,r, ela ou.ve , ad'e1.1s amizade. lavra de homem nã-o volta- rnod1a. Penso nêle ..." fl?-<e'U . amor .. ." As r~ticên- - Pois é, vou escrever, va a-trás. O chefe - '1ioC'a o Cordo1iina lamuria-se·: cia-s se acumulam. Descara- Codó, tímpano. Ismae l levanta-~se - E' uma miséria. da. Is,ma_e;, que idiota. - E<-..,cr eve r, seu Biin.ha? ;-em press_a. . . Acendo o oa,chimbo e . ::- Çuid~do, seu B ias. A idéia su-ridu por causa D. AJb1.ga1l _apr~,c:una-se, . penso em D. Pláçida. Aqui- Nao V:~ c~1r no laç-0. ~o mal-dito "Diário" de D. ~n<:-osta-n-d-0-se à minh{l me- lo é que eva viv~r, sim sé- Cod? para de can.ta.r, me- A:bigail. Talvez me faça Ja. Diseute. os veroos -de ·n°hoTa. Oompre-i-nfu · a cj'S'Íl. :x:,e nos t.ens da cozinha, bem 'tra.nslada-t pa:fà ·o pir– A.bel. Hoj~ Úls ,ta.lo -me no' seu prepar-ando o café, recla- pcl. as 1ernbr_anças que ine , - Toli~e, seu Bias. Quem marquesão: O ''Diário'' àae- mando sempi;,e: vêm à memóti>a. Daí, ' não e que n·ao_ escreve aquilo? D. Abi.gail em cima tla,s - E' uma mi.séria. ser-á. dai.fioil ~o~-stituir · o N"ã:o tem 'rima. ·nem mé'.tri- pernas. Ma-rlenie tem cmâ"e .Não se aeostuma eom a m-eu pass_a<lo •direith:i-ho, nu– ~a, nem sent~men'to-. Não caia- morta e é o o-rg'.ulho do v_u~a na ci<la<le. C.rio1,1-se no ma sequência lógica . Não bem l_!Gd-a. f,. ri.ma é tQdo, o mrun<lo todo. Deve-me . . . . si.tio d_os meus a,ntepassa- vo.u mo-s-trar a ni.ng -uem · ,r • nao a•cha? • 120$000 e nem fala. Cha.: do~, v 1 :1-me noo. cueir.os , a có-isa s6 minha-, intimá. Is~ - Com certeza. ma-me de usurár io ava- casa farta• O regime de ma-el vive-e a,garrado com lei- - :Sila.e, Baimun& Co-r- rento. Grit<> por Corooli- ffil:1'9€:ªria, de for raecim.en .'1:o, tur-as subversivas, .sonhando r-eia, Alber.to Oliveira, a-que- na: an·isgu'lla-a. Poss.o comprar com a as~_são ~o p-roie- les, sim, e::a,m ~t.as de - Traga• o cáfé. éodó. sapos de a i;roz, bsaçadas ta,riado. Di~ cii.te co-m Abel e ve_rda,de, ní_lo acha, seu Bi- - O s:r. não já bebeu d·e ba·nana, quilos 'de carne : qttando a con.wersa .-descam- as? seu Biinha? · ' E'. sempre uma misé:i:ia. ha pa,ra a poesia vendo o . Cúm certeza: .Macr:lene rí 1_ repetindo bai– xmho a Abel: co,m c,erteza • c-0m c~i-teza. Danava-me com D. AbigaiL Q~é diabo queria eomigo? C-onversa mal,s bôba. P-o-esias, poetas . Um bruto como eu faJando de poetas.. Poetas i?:ara mim e-ra,m o cego A-deràldo can– tando na feiFa <lo Crato Azulão.· Jac.ó e Pass&rinho.' - E Olega-i;io, o sublJttne, o div~o Olega,rio, conhece. seu B1as? - Tra.ga mais, mulher. ii'artu-ra para ela ei,a o sitio ·meu peixe. Vou escrever. com os c::~boclos nq_, eito ....;; Poesia é essa alma - Escrever? ª'P.anhanc,i-o arrp,z, o feijão so11:a que vive nós cantâdo- - Stm, es<:rever. Por enradma, ;1.ao no milharal res ... q,ue? pen- u.a-uo, cachos ~ cachos Cito o trecho d,<e SilviQ Coroolina sai re-smucngan- de bana-na•s. no paiol, corta- Ro,mer.p -a respeito aos vio– do e vai pa-ssa!r novo café. dos por V 1 oen,te Ca.mbitei - 1-eiros, encontra<l.o e•m tra-ns– A pa~av-ra 1!1.isiria gruda-se to: Os_gatós volita,m a, miar. criç~-0 d-0 Alman-aque d-e à m'inha cabeça. O "Diário'' GQroolina 06 ama.tdiçôa. O Bristol, bancando ei:u.dição. <le -Abig-aiJ. é u<Jn.a par.cairia. home~ da'. .esçri-va-ninha· re- Querem ver P◊-es1a não é'l O~ g,a-tos miam no tel,had-o. torna ª. P; 1 nha- c.a-be_~é,l. Pois aí e$tá ci gtodário dos Fixo o pen,H ..m.~to em Su- - Di~e 1 , :fl?-e~sa.g~iro, que menestréis sertanejos. D'. z;i,na, ca.ladinha, ob's0ura,_ n-0Ias sa~ tar~. . 'Abi.ga i1 entusiasmfl'.-se. baren<l-0 na máquina o dia ~·$$O, SLm., e hng:u..agem:- • .... , :Bonito seu Bias ~teiro. Não deve. nada a Na~ I?.?de co.ropaa.-a-r~me à __: To d d nacionali.smo ~M:guem. Os g,a-t-os no · cio canalliice d<;JS . versos. de cori~\l'bstanéia-se n.a po-esia mr1ta,m C?<ló , Ela a•bando- Abel, sem pe n~m caõe9a. sertaneja. na. a · ooz1n:ba e do quintal · Mar1éne . ªfªb-a arrasa<la. 'Rio--:me ·p,or dentro·. Nuii– attemes:sa ~dras nos- bi- Nun~a Vl moça P 0 1?re com ca entendi ·pata'{iína-- d-e na- chos: . ma•n1a de Jux(¾ 131e,t1da com qa. A:or~veito-me rde . tre- - Te. afasta, Sa,ta•n;;tz. ro~:nce-s. Cl_:}le nao s) arre- chos ee àima.aúes, d~ re.vis.- - Deixa os gatos. Você oe11,~es~e. : Rom~nc.e e p.a.r,p. tas v:eihas. ' Ismaer in-tel.'~ ciuebra as telha-s _ recla- D. Abig'a1l, v1talina, sem yellt: mo e&'nlA!"ança · . N . 1 . • · ..--- . ; ..,..,, aciona •~-=o? e1·s o P l · 1 d - Cu1-c.:ado l · · , _,.,,., · e a Jane a a -sa¼t de . . .· , 00 1!1 o- , .aço? mal. O naeion-alismo gera ~ EURIDIC ~ seu_B ia,s. -Voe.e na·o ve que ~pr-essãó , o que deve ex;js- ~ ~-o:~~- qqer Ih.e ag~rràr, t-i~ é a _ pábtia i nt e-i; ~ac.io ~l _C_?nclusão dCI l . 0 pag.) A voz d:e .Co,,.doli t dos traba•l~a:d'ores do up:1,· Limitava-me a um sorriso ama-reto. rep\-i:mi.ndo o pa~ lavi:ao. CQ,Ilhecí um Q'legá– rio em Caj areit as rl,a Pa;;;, ;. ba. B@deguei.ro. Não podia seir ·êle. D. Abigail ia-lav·a de po-etas e Q1egári p, dono da. Mercearia C·ombate. não ,abia fa.zer versos. M~tido auto-puniga-0 neé.essá- tór ias simple·s. Não posso · · " na ª ra,- v-erso ' ava liar com exatidão as i·-n- _v.essa as pa i:ei-es e,~ cozinh;à, . ·. . te, a . ria. - o - E' possiv-el que o autor de Eurídice ~ão tenl;ia d ese– jado escrever um romance psicanalistico pi,opria;mente dito, rpas tão som.ente va– ler-se <le· um tema curl-0~0 e _P_erturbado qu,e lhe pér~ m1t1ss,e eontar se-m se Jie– petir. Enb-egav:á dessa ma- 1;1eira, hun;iildemente, um caso <;li~no -de iri!erpretaçãb ao ps1col ogo e nao chocavca os seus lejtores co,m uma li– ter atura "H ux1.eyan'a,", pelo, men-0s mespe-.ad·a em quém soube <lurant-e tantos anos, explorar o campo dos senti– mentos primários ~ das his- fica rodasndo a ~$a tôda .· O tím;paino do ·cheJe tõea ten_sõ.es_. do romancista, daí Vai .-~~-p_a,r--.•.=. tu~-s- a· ,,,_ f. 0 • ' · • · .. t d d - '-"' . = " "' " e o oont tp'Uo a1 1 rasta~se com a_ 1m1 ez e minha apr ecia- me, pior do ne•e se~ca. •10.h1. · t · A , ça ,..... a,s_ suas, e-or1-a5. . s9s, co- o. , . - se pudesi;es avali-aT o meu 1n1g-0, o acon,selh o muito. . c;?m0 q~er ~ue ~eJa Eu - amor ; que l]eijos nós ·t roca- - Acabe co,m isso, ho- r1d1ce,, se ra d1s_cut1~1~ üna. _ríamos à; l?Z pá!i-da d-0 l uar , melll,. Você desâgrada OS' Havera quem. ~ons1dere a o rnurin-ur-1<_> a-0 r-egatn - ·1·~- -'-·-f " H • · obra m l " " 1 ,, uri<:: es. ,,,_ PQ-11,1°t1ea do :fun- . · u · m~, ?gro. e qu,_em a ta'1ino suàv.i~n,do ·o n,.osso cionârio -é votar com O g:o,. Julgue adm1r.a1:eL Bem pe- · i d i 1 i o. . . Abraz.;t~me. . . vêino, -isso sim. · s_ad;ós os defeitos, as qua- vem.. meu a,mqr, l;T};e.u C.ordolina ~;i.Jàn~a -ss-e n:a hd-ii:de~. a•cho que, sem 1'he am o-r . . ." Setn ve1;gonhà. tê,tj,e. Há: 1;)<1is -~e. tlt!J.<\ nora preJudicar , a fama, n~da Aquilo são co-isas qu-e uma esbo-u aqu'l parad o ao-tn .o ~cres, cen.ta a . su-a -pr-0duGao. moça donzela esc:reva e dê pa,p e'l na mi'Iih a trente, 0 Cont t~,-uo a .preferir. "Rogo a u.m homem p ~ra lêr ? ''D" · " d Mor:t_o •~ª ma,. 1s bela de _s_uas Co-rAolina t-ra~ o bul e de, . ~ar1,o e D. E b igai.tl em reali:za rp d B t ,, f . ,,. _, CJ.tna das pernas. Jul!to 9,-ua . _ · ·çoes., ~- r, . ;0.111 a· , lanp;res. A, t_qa:.il:iá ~a m-esa, v ou des1s}Lt · •d,ess-a h -i&t~ri'a <;I,c:>euJne.u;;o s~10Iog1eo no- cheia d-e rnain,c.has <l.e got- dle es-ere-ver. S6u lá criaw– t.av~ } e_ Men1no_ de En~e- óutta , está i:nmnda. 'Renho tra- para tama,nha \arefl!,. ohO' ~_hv~o do 1neom_-para- vont.q,<lc -de reelamar, ip.as (T1,echo <lo . ro;rn_a,nce ~Sol Vael v1vaC1-da<le e poesta, Cordo-lina IXj_divá -dinh~i·o Posto", ê,l'U prep:a-ro)._ . (

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0