Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
..,.. O QUE NOS - DISSE - - LÊVI HALL DE - - MOURA - l - Primei,rament-e, -é preeiso sa>ber-se a qu,e ge– ração t•em em vi,sta a per– gunta qu.i).n<ló se refere a que diz chamarem de "ge– ração moderna" em nosso E9tado. Qu~nto a nós, ach-3- · mos que essa "geração m-0- rlei:na", a que. alude a per– gunta, já não. é a nossa, do subscritor destas linhas, <le Bal-ci<lio Jwamd,i,r, F. Pau– kl Mendes, Miriâm. Morais, Maehado Coêlho, ~ e e i l Mei-ra, Aldo Morais, St~lio Ma,roja, R. d~ $ousa Iviou– ra, Da,niel Coêlh-o de Sou- 9a, E1dorfe Moreira, Mario Platilha, Dalcinda, Ritaci– ni-0 P-erei,ra, Eimar TaVal'es, Riba-ma,r de Moura, Su,lta• na JJevy, Clóvis Ma,rtin.;. F1av-i aino Pereira, Dulci.néá P araense, Solerno Mo-reira F ilho, Pedro . Bqrges. Tra– ta-se, de certo, da geração de Ha-ro1do Ma,ranhão P au- , lo Pl1nio Abreu,. Rui Bara– ta, Carlos Edu.ardo, Cléo Berna-r<l-o, Geraldo Pal,mei– ra, Perí A:ug.usto, Carlos Lim-a., Ma:x Ma-rtms, Alon– so Rocha, João Mendes, Silvi-o B rag;;i, J. Serrão, Lu – cio Abreu, José Mar ia P la– tilha, Aquiles Lim·a, Geor– genor Fra-nco, Vinicius Li- ._1!1ª• Regina Pesce, Syla An– ~ade, Raimundo· Serrão, Jaime Barcessa,t e Ma.rio Fau.slino. Agora, precisamos defi– nir a•rte e sua ligação com - . as geraçoes. A:rte é a realid.ade este– ti-<:amen,te sentidá e inter– pt€-tac,a. A arte se explica pela realidade e atr.a-vés da reali-dade. Mas a realidade não é encarada em arte como méra e passiva refle– ta-~ 9·a verdade objetiva, mas como criadora 'fecund·a das harmon.icas formas em que esta verdade é artisti– camente , apresenta-da. A's gerações cabe a ta– refa de receber a- hera,nça das interpretações a-rtist icas <la realidade, enriquecã:. essa herança co•m a su,a ex– periência histórica, fecun – dá ...}a pa,ra a criação das 1n,(11t,iplas, va-riad·as e com– plexas formas em que a v erdade objetiva é mani– f€1>tada. As geràções não são, pois, simplesmente, u.m momento instrnmental, mas essenciia,l <la arle. Preocupa- nos mu·ito essa . geração de Raro),do e ou– ~ros. A n<;1ss,a geração, .a ge– ração do subscritor destas linhas -foi filha da espan- tosa guerra õurguêsa de 18 e da Revolução Russa . Ti– nha,mos que eru·iquecer o pr-ecioso ·leg.tdo da arte, com o fecundo ~trimôni-o de nossa, experiência. Con10 sofre, rr.os e como fomos fe – lizes! Como estudamos e com-o a,pren.demos! Como . . . ... . . , . tivemos consc1enc1a, t-rag1c'.l e aroente consciência, da o.oosa semi- servidão econô- . ' D e s.t ·i·n o De "Pá rGense LEVI HALL DE MOURA .E SULTANA..LEVY DÃO SEUS DEPOIMENTOS~ :NOSSA "ENQUETTE" - ''É NATURAL.QUE OS VELHOS (NÃO NA IDADE, MAS NO ESPI~ RITO) RECLAMEM. É O MUNDO DELES QUE MORRE. NO MUNDO LIBERTO DA ~ ... - -- - .. ---- - - -- w ------------ - - ___...:.... - ~ =-=-- ~--~=-=~---:::;. - Reportagem de PERi AUGUSTO - P or falia .de esp aço em n osso supl emento 'literá – r io. deixamos de prosseguir dç,mingo com a "en– quête" que estamos . fazenda. c om larga reperc~s– são . Com as respostas publicadas no penúli im,o do– mingo, em que responderam aos nossos quesitos Ceei! Meira e Ge<>rgenor F ranco, aumentou o inte– res:;e dos 'lite.rái os e também do povo. por esse de– bate de i déiàs, iniciado por Remigio F ernandez· e Cléo Be.rnardo. •Hoje apresentamos aos nossos lei– tores dois autênticos: valores de nossas letras: Leví Hall de Moura, aplaudido estudioso de · nossa bis- . tória e da, nossa sociologia. e a senhorinha Sultana Levy, v alorosa cientisla e romancista, que dia a dia se vai fi1fnando. com invejável prestigio, no cenário das l etras pâraenses . A jovem Sultana, que é a primeira mulher a depôr na' presênte "en– quê:te", fugiu às norm•as por nós adotadas, pre– f erindo dar· a i odos os quesitos uma só resposta. Entramos, assim, na fase mais movimentada dos depoimentos, em· 9Ue se vão definindo, nas suas posições, os homens de pen!iamento de 11ossa terra . -- --------- --- _______ ..., ------ mica, e entramo-s a luta:– contia ela, em arte, ainda ~ ~~~ ------ que d-e ma,neira nem sem– pre con.sequente ! O QUESTIONARIO 1)- Que pensa da chamada "geração mo• derno" do nosso Estado? li) - Existe, n_a atual geração literária para• ense, alguma ligação e respeito às tra· dições da nosso cultura? Ou, ao con• trarjo, houv_e uma solução de continui• dade em nossa vida cultural? , Ili - ComQ vê o futuro das letras no Pará, no · Brasil · e no mundo ? / A geração moderna de Haroldo e -ouJtros nasceu com a ascensão do fascismo no mundo, o fim da Repú– b1ica Espanhola. o Es~•do Novo, entre nós, e outras misérias . Nun<:á o re'giane semi-feudal, entre nós, se apresE;J1tou mais nitido, com as contradiições mais agu– das, mais insoluveis.,_ Mas, assim como no ca·mpo da economia continúa frea,do o nosso avanço industrial, por força da mentalidad~ fa$Cista, que ainda perse– vera no mundo e entre nós, fu.gir dei&: evita-la. e criar mento material freado por a nossa m,a,rcha artística em seu lugar uma Ma-Titor- todas -as suibmissõe!;, primei-. parece acobardada. nes ideal qu-alquer, espécie ro a política e economica a • de Ho,munculus de sáia. E' Portu,gal, depois a simples- A gente percebe que a preciso que essa géração - mente · ec-onomica ao inglês, geração de Cléo Be-rna!l'do sem se imiportar com ,que e enfi-m, de 1930 até os nossos é uma geração a:tordoada e os velhos possam dizer de- <lias, ao americano A quan– vacil~nte, geração a,ng,us- la, (os velhos s~o muito do da procla,ma<:ão da nossa tia<l•a e indecisa e, portanto, respeitáveis pelo que r~ali- República o capit,;,1 inglês já facilmente levada- a rebo- zaram, mas respei-táveis co- se Hnha, desde 1870, éons– que. Conquanto ainda re- mo tú1nulos que esta,cionam ti:tui,do inteir.amenite no ne– volucidnaI"i•a em · 1 e t r as, dia-nte da vida, que pros- grega,do capital financeiro, e herdeira do n-0sso espirito, segue) é preciso que essa sabe-se o que ele represen– ver ifica-se que parece ten- g-eração . se compenetre do ta de nocivo para os países der, talvez inconscjente- papel que }he cum•pre re- como o nosso - é como um mente, pa-ra um revolücio- presentaT. Se ela foi filha vel,hp à morte, a quem n;arism,o apenas fo'l'mal. ,Não da san E(renta e cova•rde li- a-conselhassem beb.e<r san– está longe de considerar quidação da Repúb1ica es- gue de criançá para viver. a,bgtenção, abstração, eva- pan.hola pelo trai<l-or :F'ran · A literatu1·a do Pará, co– são, desel).Cé.,nto, pessimis- co, el a 1 eu a transf~- mo a do Brasil e,m geral, mo, indiferentismo, li<J,ui- · gura,dora mensagem da de- ~inha que ser semi-feudal, dacionismo, isol,a,cionismo, mor,racia lig,ui<ladora mili- i-mitadora da literatura por– derrotismo, ascetismo, mis- tar 'elo fascismo e lutadora tuguesa, e só através desta, ticismo religioso ·olh'ar pra hoje contra os seus restos da, fran,cêsa, nã-o pôr força outro lado, atitud es de- mo,rais: Lembre-se ela da da nossa submissão aos lu– monstraooras de franca re- respor.sabi,lidatde que a6Su- sos, já depois da· nossa in– beli ão. Tememos que a pre- me perante a ge•ração que depen,dência de P·ortugal, servação do "S<tatuo quo" , o está nos cueiros, ou um pou-- j á . com a pr-oclamação da pavor da ' mu.dariça , e da co n1-ais além. na primeira ·República, porque as nos– inovação. constituam o es- imfancia, e é filha da as'Cen- sas condições econômicas tado de espiiri-to predomi- são da democracia- no mun- eram a,nalogas às do país nante dessa geração.. E' do. A sua arte deve se~ irmão. , cla-ro que falamos de m,odo mais revolucionária do que · A gra•nde mensagem da geral. Há exceções, a co· nun~a. Não deve constituir r-evoluçã-o demoorático-bu•r– meça.r 'pelo próprio Cléo, uma evasão, mas u,m pro- guêsa, entre nós, fci-nos Ha-ro1do, Perí Augusto e numiamento. trazida pelo movimento de ·out ros. II - A a-rte <lo Pa-rá, como brasilida<l,e, depois ch·ama<lo Como to,do o adolescente a do Brasil, t inha que sofrer mode.rnista. As forças da norma 1 l, a nossa geração as co:t:1s~1,1ências <lo nosso r-eação., prev,endo o perigo proourou a • sua namorada atraso econo,mJ.co, das condi- d e s s a mensagem., bus– - a vi<la. A geração de ções semi-feuda,is da nossa cando destruir os s•eus .Paulo Plinio pa,rece q_u-erer . lavou,ra, o nosso desenvolvi- efeitos, a-proveitari,do'..sé de seu aspeeto de libertação da cu·ltuI"a n ac ion al, ctioíJ: ·paralelamente o movimento de ver<le-amarelismo, que ccmstitutu v-erdadeira con– trafação, tà-peaçãü desv io, espécie de p,}rque Íne ufa– np de meu p aís em ediçii'.> piora:da, qu..- redundou no fa-scismo. na infami a do Es– tado Novo. E' claro oue a mensa_c:em da libertação _coE.tinu<.:Ú a concla,m'ar as éonsciên-·:•as literárias honestas para .a indisue,nsável ,.-e opo~·tuna cria.ção. A poesia a-dquh:iu consciência e cont eúdo o romance, consequêh_cia e essên_cia, f inalidade e s:gni– ficaçao. Tem aue ha,ver rutura entre, não só a l:i,te-ratura, mas a a,rte em geral, 'semi– feudaJ, moriburn<la no Bra– sil e a dem-ocráticÓ-bur- . guêsa, e,ncaminhaõa p.ara a socialista, que- nasce, apres– sando a agonia d a outra ' 'E' n-atural que os velhos (não na idade, mas no es– p ir i to). reclamem. E' o mu,ndo deles qu,e morre. E' natuTal que não nõs enten– dam. E' natural 'que n-os ataquem. Não défe,ndem se– não caducos e inocultáveis interesses é-0.o-nômicos, di– zen•do pr eserva,r a eterna beleza, o jovem e imo•rta·J fascínio, a graça moça e-.pe– rene de decrepitas e a·lui~ das superestru,turas. · III - No mundo liberto infejtamente da ~arbarie fa:êr:ista, onde quer que ela esteja, p futuro das • letras nos apare('e cla,r.o e certo · Aq1Ji, n1, B rasil, . o C,,n– g-resso de Esc,ritores, on<le o Pará este·,e condi.gna:nente representardo descerrou-nos . ' ' a n 1 1n a <i o r a s pers- P e e t i v a s. Cer,ramos essa resposta, c&nscios de que os intelectuais do Bra– sil n·ão es'queceram o cami– nho de ~a ·destin.ação. ·SULTAN.A LEVY RESU– MIU OS TRÊS Nl.JMA SO' RESPOSTA ·Po.cte- se dize'r quê esta- • mos em pleno Renascimen– to da liter.atura no P a,rá, senão em todo o Brasil. J'à baixou aquela enchente que . assolou o país ·de sul a norte, da liteiatura estran– geira, e que nos r.eduzia. a leito·res ou tradutores, pôr– que nã·o havia tempo nem gosto para as nossas criã– ções. Era como se a juven– tude brasileira • es-tivessé subju,gada pelas botas pe– sadas da política. Com o advento d a revo– lução, levantou-se o grito de venham os novos e en– gavetem-se os velhos . E o metabolismo foi verdadei– ra,mente - désastrõso pay-a an1bos os lados. Corremos a vista sôbre e!;sa época aquí no Pará, e não encon– tramos uma revista, um centro cultural. Nos grari– <les Estados, também, as r e• vistas r,emanescentes la·nça– ra·m mão, .para fliutua.r, ao menos, do gênero hu-.moris• · tico. como se o único em• penho fosse sa.cu <lir. por m-0mcentos, embora, · o máa · humor riomi,nan,te. As cou– sas 'pintadas. deelamadas, esoritas tomaram · a forma ' . de u,ma se-riedt:de deforma- d a. A arte requebrou- se, fez uima careta para todos os lados, e todo m,undo aplaudi-u-a. assim. A derro– ta <la linha, clássica. no verso, na prosa, no pincél . Engavetada tàm!,ém com os velht>s. Depois, a medo, veio chegando a sensatez, u.m va.m-os começa,r nova– ~mente, com conselhos e exem,plos apr-esentados em "sínteses". E lá veio a moda de se diZ'€T tudo e fa– zer tudo, pequeno, um re– sum-o sQmente: o momento do "short'!.. 'Mas tudo ·jsso era a-d'Venticio . Agor.a é co– mo s,e o Bra1:il abrisse os olhos, se enchf;Sse de bri os, e cI,ese,iasse mostrar sua -ca– pacid.:,rle de dar o que é genu,inamente seu. De toda parte su,rgem nov.os va-lo– res. d.iariamente. Na prosa, ja 1 n; a.is coube z m-ulher bra• sH,ei:ra papel tão de g1;1?tª– que. Há a im1:>ressão de que a POesia moderna é pouco do gosto feminino. e o ron1ance. que , tambél'.QI ganhou a liberdacle de ser escrit o à vontade. con,quis– tou melhor a mulher. De um modo geral, a no.:; va. geração .quer ser dife– ren<te <liaquela que es,tá e-n– VP.l1hecendo. Criou-se· num 1 ambiente pesa-do, de imcer– tezas e de b.itas, e surgiu rna,is sentimental. dentro do próprio materjalismo CQm que se mallifesta. No Pará já há upi grupo bem formado e respettável, e é dele gu,e emana essa obri– gação dia n-ossa imprensa à,poiar e incentivar a lite– ratu1·a. Cada dia o gTu1po cre.soe, as su as responsabi– ltdad-es au-mentam exigindo maior atividade, .e daí sur• •gero os proventos para a nossa 1"iteraturq. • --------- ----~- - ~---- .------------------------- Esq.uema Da E-volu<ão Da Sociedade Paraense ♦ A màçqn11r!a, cor,quanlo representasse a mentalid~de au– tocrática feudal , e, pe,rtanto, a sua f1losof1a. consoan_te o~ser• vamos no artigo .anteri.or, foi famosa. defensora dos 1dea1s do • liberalismo na velh3 Europa. Declara o filosof-o A. V. Shche– glov que a conhecida o·rganização interessou mais como ·~e– nomeno soci;,.l, não qontribuiu para o pensa.mento propria– mente filosofico. Daí o espírito de oposição e a atividade cul– tural que dcsi,nvo~veu até imprevisiveis consequência_s, ter determinado sem dúvida, a ~tia inesperada participação no movimento demo-cráhco burguês no vel40 mundo. Mas•• daí, também. provavelmente. o seu malôgro na América. A maçona~·la chegou a constitui•r força tão organizada, já não dizemos, como a Igreja Católica, mas como a parte desta, de maior podcl· e organização. que foi a Sociedade de .Iesus. Foi cri3.da exatamente para conter a avass11lante opres– são de conscjência cle.ri ,cal católica no mundo inteiro, mas como afirm;i.n1os, cotiduzia a mesma mentalidade feudal, e só a poder.Js"'l pres,ãc' das massas a que se submeteu (não obstant e o seu cari-ter esote'rico) a levou onde não havia certamente pret(;lldido. E' claro que força assim _tão , bem organizada .- poderia ter dirigido, com ei1ciência. em todo o Brasil, a revolução democráticO-burguê~a, e assim como o jesuita lutou contra o regime sen1i -escravagi,sta, lutar co.ntra o serni·feudal . E' verdade gue a maçonaria reivindica para si os títu– los de pa_rtic\padora eficiente de todos os nossos movimen– , tos liberais, Itepúbl!ca inclusivé, e com justa razão o faz. Mas é verdade também que os nossos movimént<>.s cha– mados liberais, uns. como o {la independência, não fizeram senão instaurar o rE:gime semi-feudal, entre nós, e outros GC>mo .o da re1lúbli-ca, .senão consolidar aq~le regime. atra- • ~✓ VI ' • de inca.pacidade para levar a revolução democ·ratico-bur- LEVI HAL DE MOURA guêsa _i1s _suas: últimas consequêilcias, a: que já nos refer i- - - mos, s1na1s ot, undo.• talvez da sua mentalidade autocratiro- · - feudal, já d~nunciada .por nós, de acordo com a opinião de (EspeciaPpara a FOLHA DO NORTE) Shcheglov. - Oome<:ou a maçonaria a tentar arrastar o desconten- vés da conhecida embromação das reformas. A luta pelo tamento público pa1a o terreno antic..clerical. criando entãc,. nosso me~·ca<lo entre capltais alienígenas, provocou 6s de,,. questão reEgiusa, 011de el a não existia e nem havia' necês– mais movimentos. sidade <ie criá-la. Ninguém ignora - já o decl aramos vá- . Em ,todo o .caso, quando apareceu aqui, no Par·á, em rias vêzes - que o cl ero católico era interessado no regi. 1831, a maçonaria, st:-rgia está em função do es.pírito demo- me semi-feudal entre nós. Mas naturalmente não todo o crático-burgtiês, qu~ se manifestara, de modo ainda velado, clero. As . ~xceções cbovia-m. ·Clerigos, às dezen'as deles ha– no·s VasconcelQS, ec Patroni e Batista Campos. e se reve. via de mentalidades avançadissimas, sinceras oonsciencias ]ara aberta:çnente na adesão . frustrada à Confederação do democrá~icas. ;Ainda hoje., no ~ rasil e .n.o mund,o. não obs• • Equador. 'Dentro da maçonaria se preparou a Cabana.gero, t'.ante a 1nexphcavel reaçao clerical catol1ca contra os ideais com o fim, :ní.o só de conseguir a abolição da esC'ravidão, avançados do comunismo. sacerdotes existem sentindo, com., india. 1:omo da negra, e proclamar a !epública. /. preendend~ prúf~ndamente q_?e o supremo mal para o ideal ObJetar-se-á que na maçonaria nao se poderia ter pre- de iraterrudade e a exploraçao do homem pelo homem, e se para,do a in~urreiçã:> cabana, uma ve·z que um dos primei- c_oloca1!d.O ao iado dos e,cplorados e da ideologia que os ros atos dos insurn,tos foi contra a Gt'ànde Loja. liberara. . A questiio é d.. ap~ofund,ar devidamente a analise. _Sabe. se _que Batista Campos tentou ingressar na· maço. Primeiro. se a massa ànonima cabana já desejava a re- nar1a, seduztao pelo que supunha ser o e.spfrito dela , que pública. at~avés da abolição da escravatura negra. e não era o_de~e. Foi 'fecusi:do. Tratou-se, evidentemente de deli– a,penas da do índio (e a .prova é que varios escravos ne. beraçao inconsequente e sectaria. 'Esse sectarismo prejudicou .,gros particlpal'am ativamente do movime1ito) os dirigentes a. lnoço,nari_a. O !}ran<le Ori~te era contra aqueles que que– da assombro~a arrancada não t inha-m igual desejo, Está riam ver I!)st,aura<io o regune semi -feudal, entre nós, não . visto que Jhes era suspeita. perigos•a. qualquer organização, porque qu,ses\Se ~ _volta ao ·regime escravagista: mas o qu~ insuflasse na :rnassa ideais mtúto ava·nçados, que ~ão ava11ço ao den1o_crát1c? bur~uês. Entretanto. não esclareceu estivesse no programa deles, adstrito à famosa "moderaçao'" is~o. Seu sectarismo J.mped1u que o esclarecesse. Co·mo era õe D. Romualôo. contra o p:1.dre, parecia cont.Ta o indio. O clero (qual era g ,?e»o!a. a mas;onaria começou a mostrar aqueles .sinais • <~ ;-eh,. na 3.ao pag,J.. . • •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0