Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

• 1, • 1 · . . . . . DUU:TOII PAULO- MARAffffÃO 1 - .._[ A_R T....._I lSUPL(MENJO fu~ERATü~I. ~ • ' ORIENTAÇÃ.0 Dli IIAROLDO f,'aARAHHAO --- ~-·'----..;_- • ' COLABOBA:DOBES: - Alvaro Llna, AlmeJ.da- B'Ísctlet Au.rello Buarque de fiollan!iá, Beneclito N\j,Jles, . Bruno C1~ Menezes. car101 Drummond C1e Andrade. Cécll Metra Cléo ·. Bernardo, Cyro d.Oi Anioa. Carlos Eduardo. i'., Paulo, Men• 1es, Haroldo ·Maranhão. J oão Condé. Marques Rebelo, Ma. a µel Bandeira, Max .Mart!ns, Murilc. Mendes. 'Otto ·Maria Carpeawr., Paulo Pl'.wo Abreu, a . C1t> Seusa M.oura·. Roltet 8asttde, Ru,- Guilherme Barata. Serglo MUUet e Wilson Màttlnl. ' l . PRIMAVERA ~ ... • - LEDO IVO - - ~ (Copyright E. S. I. com eic- clusividade. para a FOLHA DO NORTE, neste "Estado} • (~n-clusão ,da l .ª pag.) Ra,ooqu;rgos, jã aeabou. Acabou o própr.i-0 Império <los H .a b s b u r g o s, que parecia const:r-uido para tô– da , a etemkiaode, deixand'O nas almas. um vago senti– mento. de "T'l.lld-0 em vão". ·01:1 $erá o último 11eflêxo do "Vanltas, v:mi~a<tum v~,ni– . ::?s"· ôo Ba:r®oo e da di– nostia es;panliolà? .O humorismo 1? o p u I a r . v1eneruse, do qua,J os es– '. trangeiros ;;ip,r-eciam 'Os re-· bentos &gen;ei,a,doo na ope– ' (tleta,, é d escend:enite legiti– ' mo da "oomédia dell'a1·te" b.a'l'l'oca. d-o · teátro cômico • • • 1m'Ji)rov1sado: assim como a músi,ca "clássi,c;.i:" à,e Mo– zart, Beethov•en e Schubert é . a vei>sã◊ profana da mú– siica religiJosa do Barroco. O m-aior poeta austriac-o m,oderno, Hofmain.bst~al, é neo-barrooo. Imou·ido de c-etiéi!Smo barT-Oc-O oo,n,tra a dul!'"abfli-da<l~· d'as coisas ter– ~st'l'es est-ava o p-oêt.à na- cional da Austria, Grillpar– zez:, o g-r.imd,e dramaturgo c,u3as peças representam co~ le~ ldài!,e respeitosa e cv;t1ca 1mpla!Cável o esplen– do-r e a miséria tlá · casa dos H!al!sb-w-~. Depois dte ~– te-r qu,ebra<lio, no rochedo da realidoa•cre, o grandjoso - so-nb,o d,e Carlos V· de reu– n:ificar a EutOIJ)a,' sob o signo <lo catsolicis,mo espa- RIO - Se à idade ~dµlJa mento qualquer se confígu- nhol e do, hwnantsmo eras– correspon<le uma considera- rava como ,o prenúncio ir- m1ano. todos· os H'a-bsbu,r– ve,l soma de' conheeiment-0s• refutável das tramas de gos viviam ai:6astados da q,ué sugerem 'i..uma parlici- misé{ia e g-r,:tndezit que rea·Hdade: umia'. familia de pa9ão intensa ,ou discr~t'à compõem a vi<la. · ~ m1st~. fanáti-cos. liberti– em ~~úntos e pr-Q};>lemas Se;m querer levar a in. .: nos devassos, \ b.Mócratas estreitamente liga-dos a vma fância l a uma zona de arti.- met;.quj:nhos e a,rtistas. so– imagem do rntmdo objetiva fício ott- á um plano de nha<lores, danç~ndo valsas e _pr~ticl!;Inet,ite considerada consciência • divinatória oa e ouvl.ndo a música dos verd·adeir~, . convenham~ de destinação, somos de anjos; a.lg -uns entre eles~ os J em que- essa maduieza tão q:pinião de que ama das imperndores LeoPol<lo r e i lóuvàda priva o:s seus usu- vantagens de noss.a infân- José I , esqµeoeram-S'ê mes-– ~ui<lores dle ea~gumas ver- cia""era. a crenç·a nas qu·atro m'o <l.-0~ negócios do Estado d'atl,ifs elemén'!:,a:res: mas pó- estações do ano. C.rescel;l~0, pa:ra deix.a.re; rn obr as not.á– .~ 6$'3,S. Além disso, é po,s·- fom.,as eç,c-0ntrando a cada veis dle música. O Imp~rio á:.:1 que êsse decantado passo pessoas cultas e gra"- mantinha- se, <lu, r.an, t.e sécu– ton'he,cimento do · ·mundo, ves que. - com_ um de,do n:o l'OS, num ' eguilibrio pi-ecá– que iembra um vespertino bolso do co1ete, nos adver- rio, apesar d,e todos os es– ou um movientone, seja tiram da impropriedade de lorços da· im,oorr,pe,tência apenas a espantosa aparên- nossa divisão, acentuando !ÍQS ~u~ ~na-nws. Os eia de uma verd-a,de ma.is que o clima do Brasil não moradores do vel~o- edifi– profund.a. E· esta, quem po- se presta a essa conc~itua- t:io, sempt,e à bei'l'a do -de orgulhar-se de p QSSUÍ- • ção poética. Houve até al- l3!biismo e nunca caJndo, la,? guns Po.etas modernista\'S li,manheciam todlo di-a ad- • •• - -~ .. -___/ Domtngõ; 26 ête oütul>iõ élé 1947' \ . REMINISCENCIAS VIENENSES ~ do,s cada vez · mais nume– rosos sairg-e.nitos". !;llln:-0 traço .daquela consci- · à i fie u l d; d e s finan- Mas 8$ adv-ertênciias do1 enc1ia da vaidade dos es-for- c e il r a s lembrando- se d,e humoristas não cootumiam.. ços hfl_n:an,çi:.. E '8: diferen- aocom,panhaT. o suicidio de ser ouvi:das pelos estadis• ça d:efm1u-se à.ssun; "Em Kiri,Io-r oo .a morte d-a usu- tas. O mili<t:arismo d-OS ale– B,erlllll, as c~isias estão sé- ráriG com a ir),dieação mães envolveu e Austria– r~ias: rna,s ..nao d!s,es,?era- de uma empr€$a fµn:er-a,ríia. por completo. Contam_que das, em Viena, _esta? .<:'f.-eses- Uma vez ~ o gitáve Hof- o velli,o impemdor abrindo p e;r~<la,s, mas 1;a:o serias". mannstha,l, inf-eruiió ao "es- uma- e:x;posição de• · bois e .~1s ~ ~pec1me do es- pirite", sacrificou-se ·quiafido .cavalos, .oonf.un •diu os va– pir,1to v1e'nense Q.uie encon- lhe perguntaram sua O'pini- rios rascunhos die discursos trou ~º· se? t;~-O _P.róprJo -~º sôhre Ste,J1.a-n Zwei,g, ent~o o:liiciais, que ·sempre trazia no c,.fé lltei:a!~· Sao mu- Ja afogado no negócio das consigo no bolso - tirou ~ros os ~p1sód,2os daquela biografias à grande tir.a-gem; úm _papel, eomeçaindo a, vitla de d1Scussao de~- lembrando-Sie que "Zweig" ler: "Estamos aquí reunidos cuipada entre_ as mes·as on- s1gn ,ifi.ca , em a,I~mão ~~•ra- todlos Qs -grandes espi'r'Íros de se, formou até _um ~i!- mo", o poet-a respood.eu: d 1 o meu império ... " . não é, k~. Nem sempre sao ep1so- "Bem há' dliveTsos ra.mos di~urso ea;,rado!, tirou ou.: dio~ hum?ri.stico~: não f-0-i por e~emplo, 0 ramo, d~ tro paq,e,l: "Entr..ego ao· trá– assam o f1ni do poet,a ·oit olivei4".a e o ramo de neg6- !,ego es:ta ponte... '' . o-utra: p s e ti d o-poeta Krzy.za- cios". o espiri,to -ví,e,nens~, vez disCUJrSO errado! , e as~ nowski-o nome escl-avo dá oomo se., v:ê. eTam S>eml)re · siin em a d i a n t e; até ioÔ:éia dia intensa misitura d'e dio cc>ntra'. · ele rerolv-er e o n si g o -o r.,aças naquela te.rr -a - que O objeto dle i()refurência discúJrso que tiro agora vot1 se tornq.)J._ cqnhecido no dêsse ' ~coontl'a'' era, o mi1i- PllmlUÍlCioqll', qualouer que mundo. li~rárió apen,as pe- ta:ri,srno, A V'êr!Sâo contia a sélj,a, e ·leu: "De.cTuiro a l,a- pr.es ,enç~ d~ári•a .no café, .fa;r,d•a é frequente ent re os g> uer.ra !". duira111,te 20 anos; a a•usên- intelectµ.ais, e:m tôda par- Foi a última gu,e.rra d-a eia dele, em ceirto dia, foi te; também influi'!'a,m moti- A,twt,rila. O "D a n u b i o justamente i111te-1,pretiada oo- vos dte pacifi~mo huma'!litá- '.Azu·l,'._', que é g,eralmente mo sin'al fúnebre (tinha rio. Mas o anti-miliitaris- V'érclle, sujo, tornou-se ligei– morridlo de fome). A's ve- mo d-os mteleclu:a•is vien.,e.n- rnr.rnente- vermelho c.omo de Z:es, eram episódios de me- ·ses basea:va-se em mais sa:n.gue. Mesmo ent-ão. a, ra imbecibil.id :adoe' no'tável ouítras_. raiões; senão, seria <>.POO'ição dlos intelectuais cc>mo o <lo pintor Scho~gl., ·inexplicável por.que . o ve- não é<mu.deceu. O cronista que respondeu., quan<ro •lhé lho iml)erador Francise<> P-0l"JtGr, obserV'a,ndo uma oomUXJ.ic:ara-m a morte de JoS>é, que não .era pro-pri-a- senti·ne-lia que passaiV'a m.a– um conhecido ocol".Vi<ro há men~e um in,teleclual, a,pr-0- ou.iin-a,Jmen,te d ianitie do oor– temq>0: "Áh!, é - por isso vava o pa,cif~.mo doJ; ~us 'tão <k u,m _edifiei9 oficià1, que · encontro ê~ tão raTa- súd'i<tcs mais rebeldes. Col)1 m~·il)ava: "Este soJd,a.-lo s-e– ·mente na rua''. Outra vez, efeito~ o equilibrio p~ - ria muito ·mais ütil. Jut an – zomha-r.am da s,ajewa pro- rio em que o Império se do n,o campo de . batalha,: v,erpi,a.l do litera.1lo Diçtri- mantinha, nã-0 permitiu as seria m,elhO'l' ma;ndá-lo pa– chstein. afixando um caq-- a.ventutas bélie.as: qu<a,lquer ra . a :rr-eme, substittiindo-o tà-z: "Dietric.h.stein fôi fe- guerra d:e:vi.a causair conse- aq.uí oor um soldado <Jie chadg pela Sàúd~ ]?úl?lica". q,uên,.ciias d ~as.tr? ~as~. E _o chumbo, perféitam-ente ,c:a- 0 espiri~ d9 oo.fe víenen- rn:0delo d-a m•iJ.1ta•r1zaçao paz d,e exie-cu<Ü3.r o ·!Ser v1ç:o se. E:ri:t na°. poue:o a-gres!iv?! f.oi f•Ol"l'lieéido ~la Ale~a- ~ sentin;e,~,a..Então, poT oue. Dilf1g1'U-se com p l.'eferenc1a, ;n,ba, <pouco q1.;1er_1,da em Vie- nao subst1tul!t' em g,r,ande conitr.a a~u-eles _camí!lirad~ na. J .á quando dia, in-trodu- esóil,la os soldados be'ns quie tr.a~x:~m a literatttra p·~:- ção <lo serviço militá'!' obr.í- so1oda<l'1'S de- -chumbo? Os r<a soor1f1,c~i' a.o c-0mére1-0 ·ga:t6rio, o cronista Daniel meus. olhos~ ~ il'éticos j á , dos "best--sellens". ~ A eles Spitzer itm,a.g:inou uma ·dles- prevêm .o tempo em Qu,e a foi pr-0Po5ta a criação do crição geoJ$táfica· ~ A-us- direção doo ministérios <l>e "romance public'itário", no- tJ;i,a n.os t~rrrios s,eguin}es: guei1'a se.vá entre.gu- e ans V'O gênero q~ ,P:"°mete lu-: "As t rês cJqsseS princi,pa!s f-abri,é~nilE!S <!te brii:quedós" ~ c1'0S e:xetraor>d'lná't1os aos au- da popula;eao • - cliamam-se N,o fundo, ena ma1s do o•tie tores: _descre_ve-se, por imantaria, cavaola'l'i•a ~ ,an-t.i- um,a brinéa<lêire irreveren– exelll(l)lo, um casa,ménto na füa,ri,a; as ativi,dàd-es ~o.- te e per1gosa: era. a,1;rás do alta sociedad•e da'hdo- se a-o n-ómioas mais imroortantes protesro humia.<nitáTio~ 1nn pê dia-. página o en:aereço de- são os . e~eroicios ~ie · t ko e simbolo oo. fra-i;tHidade d'lis um.a casa de enxova,is. Com a,s manobras; o alto nível cria-tu.ras llttma.Íl-as. · entre– efeiito, DostOiievski ter- se- ia dia instrução popu~,ar eleve- guoes à força bruital dio Es- t i,radio d>as suas trern-endas &e à a~,wacão civil iza·dora t,a,dlo guie perdoeria a c-onsci- • €-ncia. E atrás dos inofensi– POETAS- D O ' . MODERNI $MO Há, no espírito do homem que aboliiram a prímave!"a mirados por o en0011trarem madu·ro, uma querela com de seus versos, pretendendo aimoda em pé. CristeJiza– a infância que se •represen- com isso serem mais fiéis tam-se e,rperiências secu:- ta tanto no menino que êl e à s.ua exaltada realidade la,res no provérbio: "A (Conti_nuação der 1.ª pcrg.l foi como na criança q·ue brasileira. A1.1&tria governa- se pelQ eunstãn.cÍa de ter alcançado consequência- de um~ faJe de não conseguiu ou n'ão soube Entretanto, apesar dessa-s Providênc~ diivin,a e pela numerosas edições. A ampli· recolhimento e med1iaçao. O ser, nos tempos dô maravi- resp~itáveis· objeções, de- oonfu,são dos homens". E o tude de concepção e de cons- poeta v.oltou-s~ Pª!ª . dentro lnoso. Cada homem canrega vemos aceitar a teoria de cetici&mo a,ustrkl,co n ã ·o trução é, um dos seu~ as_pec. de . si mesmo. 1nteriorizou·se, consigo um acêrvo de lem- que a primavera existe no poderia s·er d~-finido melhor tos mais consideráveis. "Mar- e descobriú um mundo que. bralllçás que nã-0 pode ser Brasil, e começa •agor!t. Fa- , do que pelo aforismo que tim Cererê" começa por uil)a afinal era bem maior arti st i- vos so.J.d-ados de ch1:1n1bo n~ iroa~inaçã,o infantil. vis– lumbram-se os d1e1iciosM anjQ.S da imaginação noou- 1-ar que cantam nas imen– sas si nfonias ·doe G11stav Ma,hJ,er. A voz dia música. vienense também não Pornu– d,ec,e,u du,r{i/J'}/f;e ess,a ú ltima guenra da Austri.a . Lembro– me mesm•o die es,pJ.ênorHâas representações na O.pe !'as Im.peri-a:1 .- herança de Mahler - enq1,1-anto n.a:s ruas s-0,'lram· as bU'zi'l'llas dos a,UJtomov-eis m i l i t a r e s. c;h,eios die ferfüros. Na sala. die oon,cêrtos d~ Socioed.a à e Amigos da Música - sa-lai na qooJ Bra.hms 'festejara os maiores triunfos - to– caram a "Sinfonia de d-es– pediàa", de Ha-ydn. Nú-m dia f rio de ma<rço, os rus– sos tinha-m a,tra-viessiado os. nf d d 1 é 1 b • · d lenda, a mesma que encon- camente do que aquel e .:!e co,rnunica-do. e se co uh• e 1am e a os c tis e aros. com tam em .servi.a e norma .. . ,, d ...,.,,.·r'ti·ro Cere'r·e'" e "Va-os · e · tramos nas Poesias o sr. ..,..,.. ,... na linha translúcida do a, sua am•pla vertigem. on- de conduta aos famosos Raul Bep-p: a da separação caça.r pa?a,gaios". Por ês_te c~- inarticulável, em horizon.tes firma sua existência o sor- médicos de Viena: "A vida do tempo em dia e noite, minha. êle chegou à s1mph- - de sombras -e luzes que se ris.o da moça ao sol, no ins- é breve, a arte é longa, .a sendo que os doi~ autores lhe cidade, ao espírito sintético, alteram em jogos de ausên- tante em que as casas se ocasião é :fu,gitiva, a .expe- dão tratamentos diversos, com ao despojamento de exterio– cfas. Os poetas, que em sua elevam límpidas, e uma riência é faJ.az, o ju}ga,m-en- acentuadas variantes. E de ridades,• que encontramos doce :ing-u,agem de eriação, sensação de domingo se to é difícil". lendãrio o .)?Oema do s.r. Cas· num pequeno e exc.elente do mundo se voltam ·pará projeta em nossa íaina diá- M'l:l.i:ta ativii1da<;Jie ci•ei:tti- siano Ricardo se transforma poema como "A orctuidea'' • ' em histórico reconstituindo Ex,pressivo também da nova ~ e mundo de ·à111tigamen- ria<. fioa, na, v:elha Univiersida- nos seus versos ·os princi.pais maneira poética do sr. Cas· te através do.s séculos se Acima das . diferenças cli- de ,de Vi:ena,, nutria-se des- .episódios da historia do Bra- si.ano Ricardo é , êste "Sone- d~icam à tarefa de ·oomu- · maitéricas regionais e -dos se ceticis.mo: ai Alais Rie- sil. desde o.. descobrimento . to da Ausente": , "E' impossivel ·que, na fur– tiva clari<la,de . que te visita sem estrela nicar aos homens a impor- partid~ políticos, a ·prim~- gi d!esmo1 ,aliz.ou o coneeito até a situação contemporânea t ância dêsse território qu.e vera existe, çomo um sori:::- d.as é_pocas "clássicas" nas de São Paulo. Exaltam-Se aí roais parece um circo de so do tem:po, como 1;:m raio _arites plásticas, separando abundantemente a raça. a obstr.:çóes, e que !)O entre- de sol que ·u1na mao sus- 9 renascimento a,tua] da paisagem. os feitos nacionais, ., ta.n:to apresenta a, todos, por tent~sse. Pouco iropoo:tam ru1,l:e primltiva., da gótica e princio~lmente bS bandeiran- . ~termé;clio do q?-e !1 Il:1e?:I~- a~ opiniões do~ meteorolo'- da: balrr,oca; aí se cri.o~, te:àsiie~~!. 5 ~ nd '~a~~m P~~~ ria retem, os smalS decis1- g!8ta.s, dos geogra.fos, dos quebya<?•do-S>~ o .1!1-ono-poho rê" é acima de tudo um poe– vos de sua (IUTa e resplan- tecn1~os~ cabe;-nos a- desco;- dia log1ca aristotelica, a lo- ma pa'l.i,J.ista. Percebe- se. .aliás, decente u;n,ídade. Seria in- berta e o sent1m.ento da Pfl- gisti<ca modevna; aí foi ven- ., quanto' o sr. Cassiano Ricar– teressante aliás, observar mavera, em lugar de d1s- cida a psicologia associa- do tem sido constante e•coe– como a infância resiste den- cutir os a,rgumen.tos q-~e cionista. com Franz la:nçan- r~nt~ nas suas _idéias. ten– t-r,o de nós, pela,, força .de nega.m ou aceita1n sua e10s- do os funda,men•tos da psi- denc1a.s e se:1timentos. que nem l\la, , não pe'rcebas lãmpa-da o reflexo da CG!l't)<atos, aiproxiiman<do- se da planici,e hungara que procuro pelas aoeaba, às Portas à!e Viot~tn•a - •.1 .1 pel ·•-~ia tê•.:.,.;a col"'-"ia da "Gestalt"· e últi- atravessam unifor?'lem~nte as s,u,a un:o~o~, a ~oeren '"· ' .· _ •~ 6 • ' • • suas obras. Assim o poeta dos epJsód,1os reunidos s0b. Qu~-do os . homen$. nao ~º- resu1tad? ~o reI,a,tiv.JSmo que cantara as bandeiras um signo arquitetural de acredit am .mais na prima- · cet100 dos vienenses em ma- paulistas em · "Martim Cere– e.stranha sim,ilitude ápesa;r vera é que êles se esgue- - tér1a ps,k:oJog iica seria a rê" é o n1esmo historiador de não constittúr ·u'.m o.r'gà- ceram completamente da ps icanálise. · Cétiéos, ne~- que as estudou objetivamente nismo per.feita1nente visita- infância, e se pren<lern às se sentido p1,ofun,do qu,e se- em "_Mar~a pari!, o ~e~~e"• d o p elo· equilíbrio e pela soluç.óes simplifi.cador~ do rá muito compreensivel aos A fü.sc !-15sao des~as 1de1a_s, evoca"ão mas um conjunto verão e do inverno. Nao se- a<lmiroad·ores de Machado te nd te'ntc~as e senttimentoest_Já " ' , d · · , ·1 d ·•· ~ d A · t b • , .a·•·~ d cons I ui uma ou ra qu s ao, de nuvens que voam · e r1a 1nuti a m1...1T uma ce. - e ss1s am em su 1w :e que não se acha em •jôgo instantes féericos, ta sutileza no capítulo. das urn Hoabsbu,r~o, foJ"am .os nesta crônica literár ia. Pare- E é mais "aid,mkável ain- estações e encravar ai u~ ma1i:ore5 ~1to:res a,usrtr1a- ce, no entanto, que depois da da verificar co.mo "nós" fa- sol e uma. :frescura especi- cos, os Grllltpa1'z.e'l', Nestroy, obra em prosa sobre os ban– zemos durante a infância ficos e a sensação de uma Kraus, cuj,:t · ob<ra está, po- deirantes, o sr. Cassi!'-no Ri– quando somos o centi_:o d~ , natureza_ mais complexa e rém, ~ão li,gada . à_ hlstória c~rdo ;~eu_ por t.e-rmi,nado o q u no"' cerca e a razao do atentá as verdades subi,- do pais e ao esip1'1·1to da sua c~cl? ve;de-a~3n:e1o • exte– ,e " • 1 · , - d · d · r d" , t f ' · r 1or1sta e patr1ot1co da sua que sentimos e contemp _a- t~nc~a1s· a poeaJ.a e a In• -m-gua: ,i,a,iie O que__ ica 1 :1- poesi a. Isto e roais os desen- mos. Apesar de, t;1ess·es dias fanc1a. • t:riaduziv-~l • O espiri~ vie- cantos e desilusões de sua , recua-à-Os, vivermos a do- No Senado e na Caroar1;1, nense S? se oomu,nJca, aos participação direta na vida \'li'ºª de n,ossa lnsta:ntanei- onde se reunem os notáveis estrangeiros, .enquanto é o política ex1:>licam possivel– dade sem nenhuma preocu- aos olhos dos homens, ou imesmo ,es,p1r1to mord'a z n1ent e o novo tom com que paçã~ pelQ futuro, na ida- nas ruas e nos morros. on-de ' próprio dias populações . d-e agora se apr~senta, numa ~u– de ma<l·ura nos acode sem- transitam os notáveis aos todla'S as gr andles cidades: t~a fac~ 1;1a 1s pessoal., subJe- 'P i;e o l?ensaroento de que os olhos de Deus um pouoo esipi,riJbo parisie!l1se madtri- tiva e mtima. Jã em O ~an- . · · · ' - L h li b ' · gue das horas" apareciam as d1.as . a~ua1s foram v1st.os por de ptunayel'â nao , c~usa ,en o , s ooeta, c~r~oca. . suas ten-dências; em "Um d~a c<mi que te ruas da noite. E' impossível , que, choras._ não vejas que uma das tu!lll é minha. d:ooenvolveu-se 11-0 centro dia c ~d·a,d,e· a pompa barrooo– g~ndº eS'):)3nholia da procissão d:e lágrimas Pás,coa; volmam à oa,pelá. E' impossiyel que, com o teu corpo d·e ãgua jovem nã-0 8'divinhes tooa a minba sêde. · d-o ~o I m,perial, onde as vw..es dos meninoo, como de . anjos. canta-m o ''Exu1• ta.te , jubilia'be", de Mozart ., Depoi.s, a,paga.rnm-se os_ci• rios e tôdas as luzes, O eS:: E' im.possivel a rosa não sintas que pirito vienense ainda · não · e:tnJUd!ecera: oombi;n,a,,ram-sé · pés, ainda enCO'Il•tros para· "meia hora · diePois d'a guieN'â". Mas o~ mim, com a, amigos não .se encontraram desfolhada a teus há um minuto, foi jo.gada por mão do vento. E' hnpossivel não saibas .que o pássaro, cai<lo em teu quarto por um vão da í anela, era um recado do meu pen– simento!" mads. F oi o. fim d'e u-m mi– lenio. · • int-utçao· nos tempos e.m p'erturbaç0es ou. an•~st1as. Apenoas ,º esptr~te vie- dép0is do outro", a última se que mna g;ra:vura em um Um pouco de 1irin1avera nens,e nunca, re deu bem al)ossou definit ivamente do Sendo talvez a coleção dos melhores e roais bem real i– zados poemas do sr. ·Cassia· na Ricardo, ''U'm dia. depois do out'ro" é contudo um li– vro desigull.L em que valores e nulidades se misturam ín– distintame'nte. A's vezes, é o próprio mau gôsto que n'.os choca como nestes versos em l ivro e.ra uma imagem da niü> faz mal a niru!: ·u.ém . com o de Betli.iln, a,rroiga,n.,- seu território poético (3). V~- ,eografia, e um aconteci- , te, pretensioso, sem o mi- rifica-se que êste livro é a .. {Conçl11e l'IO 3.ª pag.) • • Aind,á hoje, - as~im co– mo 'n\11.,qwele livro da, vi<la dilwa d.o· operá.rio vi,enense, - a fôlha branca nra qual estou escrevendlO, escurece. sombras cae"1} em cil:n,a do papel; e os pr im:eir-OS com– pa$S'Os d<a valsa- ma-is banal seri.a,m capa.zes de corno– vier pro-fun,dlamente. Não há, nessa reminiocênci-a. na– dia de bail,es n;em doe b a i1?- d·os, ·mas u•m éeo trisw elo rupagiado "e-xu~ta1,e. ;,.,,:_ la<te." que <'antairam "" qn– _j~ da músó.ca de Viena . ,;,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0