Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

2.ª Página (Conclusão da ult. pãg.) ,eerva\l'a desculpas pa.ra w- 4'Jos os a.toet Não; deoldidURen– te tio Gustavo nio Unha Jeito •pua aer feroz. E suas a.meaçaa 16 oonseguir,am arrancar nma garga.lhada mata rom do que podia Upel'II' de aeu esiado. O velho ficou melJrulrado. - Evelyn. não quero brln– cacülnst Você não se enver– ronha. do q~ fez'f Sabe que a Aú.de de •ua mJie não suporia solpos de1tta MlareZà. A.iho .-ielhM, .• - Sit.be, tio GWJbvo - In– terrompeu a m~ oow ter, aura - lá no outro mundo f'U Iria sentir multa fa.ll1\ de você... · O médloo releve um sorriso vaidoso e mostrou lo1p11.clên– cia: - Acho melhor voei! sentir neat.e, porque com fa.çanl1\\a destA marca, quem vai 11a.rn . o eutro mlllldo sou eu! - Pobre tto Gustavo •• - eorutoeu-se Evelyn. Fita.ram-se em sllêoolo, por ol&'UTl.'l ~~ntes. Evelyn en• conlrou receio e desânhno nos olhos do velho; este l eu 0011 da n1oça 11,p1 >0.as UD'hl. dlverUdl\ d esprrocu{l.1.Çfio. DepoL<;, com 1mtas palnULCllnhas l eves ll.lS mào.'4 que Jll:lrtl(~Vtl, o dr, Gus– tavo voltou ao at.aquf!, - Ande, minha filha, conte Jogo. Foi Oárlo T • , Ele está acabrunhado, m!UI não adlvl– nba o motivo. A moqa. sorrtu e provocou: - Nluguom adfvfoh11! O mklloo 1u:;,11lrou cansado, e concordou aborrecido: - Jus~mente! Evelyn teve pena e resolveu confessar. Era. sempre 1LSSlm: quMdo menos esperavao1, en– tregava os 1,outos. - Vou lhe dizer tio Gu.sta• vo. 'Eu quís morrei:: pontue sou feliz demais. O dou:ter desanimou. Sacu– diu a cabeoa e indagou: - Escute, Evetyo: vo~ aeh& que eu devo aerediwt - E' melh~, -porque é a ver. d.ade - concluiu a moça eom 4eacuo. E, &l)Ôil rápida pau– sa: - Oh! Uo Gustavo! V ~ê não eo111preenderla! - Talvez a1 você explíoaa– le . . . - enoorajou-a. - Então Mll"Cdite: procurei deixar me mundo porque ele era bom demat. para mim. - Mas isso não esti dlreit-0, Evelyn. Não é lóg-leo! - 'Pan1 mim é, tio Gustavo. :Vou mostru- lhe 11ue há lõ.il – ea nisso iudo. E, ajeitando-se 1111elbC>r' na cam:,.. encarou-o: - Diga-me, tio Gustavo, voei que conh~ ~lnha vida melhor do que eu; quando eu quis alg-uma cousa que não a recebesse Jog-o? - Não lembro, assim de mo– mento ... - embara11ou-se o JDédieo. - Po,:que Isso nunç1,1 se deu - atalhou a moça. !\'linha vida ~em sido de uma facilidade a.s– sombro$l.. .Pedir e receber tem sido a mesma. cousa. - .Ra,são suficiente.,. - prociurou lnten-ompe,-la. - ... para não achar mais sabor no dese jo, não é isso 'l - terminou à moça. MM não - 6 Isso. E, tomando um .,. so- nhador: - O último, o mais dtiJcioso, fol Dárlo. tsse, meus p11,ls não podillm comprar. Mas .e iestb10 ae encarregou d& MI' generoso comlto. - E v~ se queixa T - es– tn,ohou o velho. - Voeê tem 1ortet - Sim, sorte demais. fin• ta. . . que Mla.bei com medo fe1al - . Orii, ora, Evelyn! Só o azar .rraet-e medo! So.-te nunca d~ostou nlnguem! - Nem a mim, tio Gustavo. O que desirosta é perde•IJI. - :Pois náo parece, porque você quis jog'á-ta fóra com suas próprias mios. - Quis llvru-me dela. ag-o– n. pa.-a não perde- la. ma.is ia,rde - retificou. - Isso é ridículo e hlpoté• ttco! - revoltou-se o velho. - E' reat. .. - Escute que.rida: você não ClODheoe mu,fta. gente que õ fe– U. a vida inteira! - Muita, não. Mas conheço ~guma, Mas eu não e.noaro a ,eucidade por ê$se lado. Vida iranquila e fâcll - Isso oio 6 sttficlente pa.ra mim. Quero emoçi.o, ,q,ue,-o llOVI• • l!!f FOLHA DO JiôRTE ~ o 1 Domingo, 23 de fevereiro de 1947 • SENHORITA FELICIDADE e&forço dispendJdo para tatu,. Depois de algum tempo, po– rém, sem se mexer, promete~ - Não; não repito a brinca,a d:idc, q uero vlbra,_c,ã.o! Isso &<'.a.- pensaram que alguma coisa lar. M:l.s, também, que li- prl- eu não n1e a11ercebttla d-a mu- delJ'a. Vocês estragaram tudo, bando, acaba-se II minha fe- viera pôr em desespero teu co- vará da deUci& de navegar. dança, pois que cu também so- ~ora Ji não teria ma~ iinimo llcldade ,. ra()io. Afinal, era lógico . . privarido-u., assim, da 1e1L'lll.• frtria lrt'I11r1nll1i, M;ns 11ão que- ti•n Isso. - E, com vo.7, ma,. O tempo v11.l matando desses - Sim . . Não penbara nts- ção d e novos horh:ontea, d.e ro habltuu-me, não quero pro- go:lda: E' um;i. lãsUma. por• desejos sem a ti'lnto sentir. E so.• , 1urnresaa dUcrenlea a oada v•r• Eu me revoll1l ' que lerei de conhe-cet O lnfor• •· · r · 11inlo - e com •~-o eu oi• todoa nós os lemos, minha fi- - E Oârio.. , O luh1ro que Instante. Nesse mar da vida, -, E ' só pensar e viver do """ .. Lha, todos nós os sentltnos, te ei,pua•.. - lembrou o mê- a náu Dli4? sentirá mais, l'llves, presen1e - aconselbou, cal· contava.. - Parou um lmtau.– quando o sa.ngue não faz ain- dlco. assim ancorada, os rigores e mamente, o ouvhate. te, depois pro ss eculu: - 1.'eor da lrlnta anos qu.e corre em -· Dário .. l>árlo foi o pon- distúrbios das pr1><1tl11s; dele - Por quef A artista mais para vocês.·· pe<»' pnra. mim. nossas vela, . .. to flnal. Tenho medo dq fu- receberá, apenRS, o 11u1ve lia- prudente é a que 4tbu,. o pai- Não se Incomode: vou en• - Não é bem Isso, Uo Gos- turo, porque nunca poderá ser lanço de SUII$ ondas. Mas é&6e co qUJLOdo a 1u:1 estréia mais freutar é.~ futuro do gual e1& tllvo. E' que . • "º hoje so~ melhor que o presente. E, pr~- embalo adormeoe os seolldoti brilha. Asslm, levará & maior quis fu&'lr, Ah! tio reli~, que 'da vida niíq que- vavelmente, ne1n lcual a ele... para a beleu extrrlor; e o fu- do.se possivel de aplau1>os. de Pregoir-we um.a pe~: foi ro mllls nJMla. Tudo tem sido Awanbii. oru1artl. Te.rei todos ror da cólera sempre ae esque• simpatias, e ... de Uusótt. FI- ~~a'~:d~ºer!u:i:~~rca.'l!Dc,. tio ráoll. tudo tem corrido tio M carinhos do homrm que ce nnw- o esplendor dll pa~ que cará na lembrança de, que a MM ainda falou : suavemente Plll'J. mim, que eu an10, Juntamrntt- com o seu volta . conheceram como "foi", e nií.o não sei slquer &valillr a dor. nome. Por quanto tl!mpo? Na A calua f fellcl1ladc, tio como "serio.''. E lsSG 6 bem - Qua n <1o uma Ilusão fugir. f;, ap<is ficar um segundo 1•en. a11atênf'li4, por too", 1, vida,. Na Gustavo: ma11 uma fcllclcl:ide melhorJ porque o futuro 11õ quao d o uma esperuça me dei• saliva: - Olhe: sabe de wrui rratldnde, p11r %, 3, 4 ano,. l)e- tãQ dlfrrenter.... lhe r eservaria a velhice com >-ar, qua nd0 un111; llift'ima vier., coisa 't Eu nem sei ter pena pois, os carinhos arrcfrt'l!n1, as E é Just1un.-.nt.e ei.s1t c_-1bna se te· d d ll hei de me lembrar do favor u cor. JO e esv,u1 •1gens, que você-. me f1-rc-ran1 hoje • dt1 um mliu1rável , porque não alcnçõf-s dlmln1u•n1, os belJ<>II que 1•11 rrcc-lo. Dlrlc• é hoJfl - B~ todos peru.assem a•- E F.velyn, e11cond cndo O rO!I• sei o que é sofrer. 01110 para. silo menos rrrquen,t-l!i, as con• um ,11,nl-xott.1do ardoroso; 11tri slm . to l 1 um pobre maltra1,llbo e e1,f11t• fldênl·ia.'I mais dlsl:lncilldas.. . a.nlllnlu1 um 11mll(o o1tt-ncl11so. - •. nunca haveria "rstre- nos ra\-c~...- ros, cotntçuia ma.do som.ent.c por curiosidade E' o nméia· qul' vnl t' ttan<ifor- Le11I T N:lo tn,port3, poh, que las caipitesn, niio é tio Gllli- a s11luçar balxlnl 11•• •• prlmti~ - nfio 11or compaJxio. Dou, 1nnnde1 tm anll:r.:ulc-. '.l'a lve-r. strá, d:1 m,•~ma fo11na., tllfc- ta.vo 'l - concluiu eol'rhado ru li.grlmR'i cle"<lt' hli ,nuit◄1t lhe l\Smola para vê-lo afastar- mnl!> s6lld1&, porém n1rno1, doct. rrnt.- p.ln1 1nhn.. Evelyn. - E' preciso t.er mui- an~s bom velho, entd~IA-cldo,. se mal!! deprcssn, não pan vil- A1nJz1ulc rtue sc-rá. oin., ru1c11ra Ai..,.lm C.Utnbén, a vltln, ~ ta eorag-em parã se privar de Incomodado, sentindo um peso Jo sorrir. E ai eu nii.o sinto protetora Jlll.ffl Sl náu 110 nosc.o sotlc l' cu! Como voc6 diz. tu.do isso, Jlllr& si! retirar no 11iedllde por uma c1an,:i, si não -------------------------- melhor êlo sucesso, tio Gus- d e culpa inju; ;tltio11.vi •I. 11 õ~-11e me coniovo ante a. misérln, nã1.1 •• , ,111, - , ,,, ,,, - 11, , , ,., , , , , 1 , , , ,, , , ,, ,, , , , ,,., , , , 11,11111 .,,., ,.,111 , ,, u, 11111 •!i; lavo. E eu ttve! a ata.gar :iqueh1 cal.uicloba Jut. é nor maldade, Uo Gustavo: é - • ,.,.. Ih - ra sem Julxo. ,. • N t N •t E s D "' - ,u,e or que nao escapas• - Você é lnexperlen'4!, ml• 11o;~~fi (;:oº ~á:º~~X~!º· ser : es a OI e u ou eus : :::· r egra - resmungou o VC• nlaa fi,lho.. H:i uma coisa que Sf'napre I\SSIUl', haveria fie nUc- • • • • V " a· não sabe: ésse- amor- paixio. ~ - oe., sempre i,: que eu com o tempo, não vai cxtio- gar o ctf4 cm que en sa.berl:l, : • sou "uma pequena diferent.e"! , b · • f 1 •- ,:uir-se como voce r eceia. Pe• ,am em, o que e so r men..., ,.. 11111111111•1111 1111111111,1 11 1111- 111111111111111, 1111,11111111111111111,i. - lemb.,-uu a n1oça.. lo contrário; va.i se tom:.ndc, o que é desejar alrwua coisl\ - IníeUzrnente. e ruio recebe-la. Cbcgarla. 0 Nc,1 ta noite, port:> do mar, PU sou deus, Silenolil:ram um n,omeoto. cada vez mais lntclll!o: ,nuilo db em que cu aprenderia a De11ois o velho tornou o. falar : maia forle 110 que voce 0 compitdtecr-me dos des... raça- o rosto Arnuido, s t E 1- ? r 5 t1nte hoJI" AJiPn:u, - e I-.~ ,.. ., • - a >e, ve ~ ·• arece que tnllfs lnttnsAtnr,,te rir, 111uU1er 1los, p11r J;i. ler experimentado as estrelai nos olhos. você tem é medo da velhice. um lnfortúnJo·, o dia. em que '"'f _,. h ' d do que no home,n - rle se _ a]• .,. as vo.... a e 1er sempre d•rr·~m.a , ... 0 •elo e cul"~•los te.ria de conl1eerr o outro lado ª 1 maos para O AO, linda. e sempre querida! ~ d '"" ~ u ... da vida , . o pensamento parado. - Nlio é bem da velhice, tio sõbre _êsses seres Jue =: Foi l5so que eu temi, tio e.u aou puro. Gustavo: é do rrlo que a acom- dfl a.ntur de hoje. °"uª nd º vo A Gll8tu.vo. lfol disso que eu quis h tiver seus filhos, querida, VOCô turlr. Desapareocr1n, dctundo pa;v:Íri°i sorriu-lhe com ca- • não senUri mais &se l0Juur de a vocês todos a certeza de que Toda a minha conciência, rlnho. . que Dá.rio Dlio seja tão ar,lo• ounoa uma. ruc• de pl'eocupa,. a minha alma absoluta, roso q11ant<1 é hoje. Porque. 9ão riscara a mlnJ1a fronte todo o meu sentimento bom, - Ainda está ~godo, tio então, 0 a.môr de vocês dois 89 nem a n•r'Ar• meu eor~.... 0 • 1 pÕ d GUJJ&avo f - sua vor; 03 um translormará em ,-lg-o concre-- •·" ... • ....,.. esfão naquela sombra de lus que o uu e n.as on a,, v · Quis emreg-ar à mone uma misto de súplica e denc-ue-. to e palpavel . .. oce, prova.- • vida que nunca a temera, q- - Só e.pero que você tro• velmeote, ihi conheur d esas-- nuaea se- detivera a pellSlll' Nesta noite eu sou deus. que de idéias e nao repita a sossegos, vlgiUas, higriroaa, neta _ antes que cbep;sse D brlneadelrª - !!,~n&elhoy, abatimentos n1orals e físlcog - dia em que, talver;, a desa- Queria desapegar meU$ p&s da lerra. , • A mOÇa fechou os olhos, aba- colsl.s que você não ronbec•ta jasse... tlda, iérft., sem responder - até agora. l\lu, contudo. ala.11-- - Pois oom et.te gesto todoa MAX MARTINS , como qo.e aentirulo a reação do tando-as, você la alasf.ar o me◄ ------------------------------------------------ lhol' p~11ço de sua vida. O M UI TAS homenagens foram prestadas a me-– mórla de George Sa– inlsbury, q uando da recente comemoração do centenário de seu nascimento. Aqueles que dele se acerearam como estu– da~tes. quando o n'lesmo le· ciona.va Literatµ.ra Inglesa, saudaram-no como um gran– de méstre. Professores e crl• tioos reconhecera-m pu.blica,– mente a sua extraordínária ltt• fluência, e outros-mais afirma– ram que Sàintsbury, através de seus · C$Crítos, lhes aun1en– tara a alegria de viver. Pois além de critico e historiador da litera,tura, foj também um apreeiador das bôas coisas da vi.da , dos aoopipes, do bom vi– nho, do ar livre, da bôa con– versa. Viveu a.lé a idade de 87 anos, admirado pelos eruditos da Grã-Bretanha e de outras partes do mun,do. Sua pers-o– natidade potlmor.fa , deixou seu siuele tanto sôbre seus con– temppr.a,n.eos, t:omo sóbre as gerações máis jovem. Não é f:a.cil a fama de um ho1nem advir imediatamente após a sua morte. Enh·etanto, George Saint9buey é, prova– velmente, muito ma.is reveren. ciado hoje que durante sua existência. Aqueles que o co• nheceram de perto, certo ja– mais esquecerão qualquer de– talhe da sua figura de al~o porte, de cabelos branco!,, de barba espessa e olhos aslu.tos, prontos para so1·rirem ou tra. duzlrem certo ar d~ '1].0fa, de sua rápida palav,ra que mlútas vezes mal podia acompa11.ha11 a rapidez de suas idéias. Sua carreira modelou-se por uma doocobet·ta. que fizera s6- bre si mes,no quando mal tran.s,punha a juventude. Com– preendeu que não esta-va des– tinado a ser u,n criador na grànde llleratura, mas perce• beu que tinha "alguma facul– dade pa,ra c1pr-eciá-la". Desde que não brilha-ra nos exames da Universidade ~e Oxford, foi-1he negado professar entre as suas vetlllStas pa,redles. E assim, após alguns anos de ma. glstério, viu-se em Londres ga,.. nlJ .a.n.do a vida como jomalis• ta, escrevendo para tôda-~ as espécies de j oma.ls e sôbre to- • -=;:--::::=:a:::~-=~- :::..:::::::--==:::=:.==::::::..=➔-c::::..:::a:=s:== Lumes, em que abordou desde pedaço que ainda eslá Pff a época da q,uéda do Império vir . . . Voce verá. E hi de R< >ma.no tt.té o século XIX, ten• a~er-me aluda _por tê-ta do ele próprio escrito vários obrigado a ficar no palco até volumes. Fol o principal cola- o fim. .GEORGE SAINTSBURY. borador da monu,menlal ''Cam- A moça tol se aquietando-, bridge Bistory Of English Li- fatigada pelo esforço. O mé• teraitl.lre". Populacizou igual, dlco tomou de um frasco qu.e mente os romances de Balzac estava em cima da .mesa do e- a obra de Thacker.ty, edi- cabecein, derramou umas ro– :,::S:::":;:;..'°-_:;:;,:=-"?-;;,. tand-0-.as. E'. aderna.is , cons i.- bs dentro de um copo com Augusto MUIR derado o maior iJ'ltérprete do água, e obrigou-a a tomar e, poeta e dramaturgo do século preparado. - doo os assuntos. Em pouco tempo conseguiu construir uma reputa~ã-o; em pouco. se torna– va amigo dos principais lite– ratos de seu tempo, Roberto Louis Slevensoo, William Er- nest Henley. Andtew Lang. E além de sua grande p rodu.ção para os jornais, empreendeu. o trabalho de reeditar os clás6i- cos, maioxes e menores. escre– vendo esiudoo de introdução paxa os mesmos. Tão prodi– giosa fol sua pr-odução duran– te esses anos em LonC:.res que, se fosse reunida em volumes formaria volumes e mais vo– lumes. E que encontrasse tem– po para ler tanto é deveras sUl'preendente! Nenhuma pes– soa jamais leu tanto a liiera• XVII - John Dryden, que do, Ev~lyn fitou-o com os olh.- tura inglesa e Cra,ncesa C(IIIJIO ml11ou o período de , transição vermelhos e IM uma CMetl• Sainl.sbury, pa.ten.teando--se sua da Literatura Inglesa. Tudo nha. vasta leitura em seu.s volumes isso foi apenas parte de sua o médico insistiu com a ea,. de ensaios. Depois desse esfOI'- pr-Od.ução literária durante es- beça. - e ela cedeu. ço, atingiu o ponto eulminan- ~ anoo agitados. De .repente, sorrindo, tio te de sua carr.eira: foi nomea• A despeito de suas nume- Gustavo Lembrou. do professor de Literatura ln· r()SaB ta:refas, encontrava tem- - Dlirio está aí: quer ree6◄ glesa na Universidaide de ~.in- po para cu.ltiva:r as coisas agra- bê-lo t borgh, dáveis da vida: jantar com os A moça voltou-se, de súbito, Embora houvesse posto de amigos, apreciaT os bons pra- e havia a.osledade em sua reit- lado sua pena de jornalista tos, provar do melhor vinho. posta. para se tornar professor, Sa.- Aposentando-se na cátedra - Ob! Sim! intsbury prosseguiu ·escreven- ,de lite~atura em Edinbur~h, E, enquanto o mí:-dico se le• do. Era com imensa vivaclda- com a idade de 70 anos, S8111- vantou para ir chamar o r&• . . tsbury foi passa.r o resto de paz, procurou ajeitar. às prea,. de que el~ maneJ!~~ eruditos sua vida em Bath, com seus sas, o cabelo em desalinho. assun~ .,como ª .. _i st ória da severos edi{roios do século Jlas, ao deparar o noivo. es,– P~osód:,a e ª ~lórla _da XVIII, sua atmosfera de uma perando à porta, a.o descobril' e, ttica que nunca tinham sido idade plâcida. Com grande a aflição que o possula., esque-– tratados .com tan~ profuo d i, pr.azer tornou-se crítico n1ais ceu a faceirice e estendeu-Ih~ dade. Editou uma ?,J 1st6 r\a da unia vez, escrevendo com vigor amorosa , os braços. Literatura Européia em 1 - VO• pené\iran~ arUgos sôbre os O dr. Gustavo, de pé, a .POU◄ -------------------------- livros conlemporaneos que ia cos passos da cama, não pô- CM O V 1· m e n t o º1·ter.Ar1·O lendo. de ouvir º que º parsinho co-– J · \. ~ U "Le style c'est, l'homme'' clllcha.va. Apeou notou que Algumas notas --– RIO, via aétea (A. U .) Acabam de aparecer em cin• co volumes. as Obras de Gra• ciliano Ramos, ctue a Livraria José Olympio Editora apre– senta ao público brasileiro. Não serã preciso, naturalmen– le, d~tacarmos a lmporlancia desse aconf..ecimento lit~rárlo, se leva r1nos em consideração que Gracillano Ramos é h<>je cm dia consid~o um dos maiores romancistas brasileiros d-e todos os teq1pos, não s6 pelo conteúdo humano de seus lb1roe como também pelo seu. admirável d-OIDÍnío sõbre a língua. Suas obras con,pletas, em cinco volumes, estão assim programadas: I - Cutés: II– S. Bemar4o; m - Ang-usti&; IV - VJdaa Secas; V - lnso– nia. Portanlio, quatr-0 romances e um li'IITO de contos, sendo este .últlrno obra inédita. Esta nova edição d'aS obras do gra.n,. de romanclsm, destacam-se ainda pel11 sua magnifica apre– sentação gráfica, ein volumes de formato grand e, com capas de Santa Rosa. -- "Um Rio Inúia o Reno", de Vianna Moog, vai s,e,r f.ra– duzi.do e edl"tado na Argenli• na pela Editora Peuser. --W. Somerset Maugham já está definitivamente esta– belecido na R iviera Fro•nce,sa, voltando a ocupar sua vila de C.ip F'errat. Em entr.evi&ba re– cente, o autor de "Servidão Humana", qUe não bá muito lançou "Then. and Now" , seu úlli.sno romance. cujo fundo h1stórioo decorre na Itália .re, nascentista, tendo como figu. ra central .o inorivel Maquia– vel, àeclarou que, "como a idade avançada é a época p r.o-– pic¼l paira escrever sôb!re his– tória", seu pró'ximo tDllllil.nC& -também será dl8 !Unào histó• rico, ~vend.o decorrer na épo– ca pouco posteriw a-0 d-ec.4lpa,– recimento die Felipe II. __ aplica-se a George Saint&bury Ji não eram de desânimo u com singular propriedade. Não Já.grimas que um.cdecia..m. u era um escritor de estil:o sim- fiwes descor-a.das de Evelyn. • pli!S ou direto; suas idéias eram Então, já confiante. aconse– tantas e alcançavam tantos lhou: campos da cultura, que mui- - E ' melhor continuar ne tas vezes seus escril.os apre- palco, não é minha filJ,a t Se•. sentam-se herméticos., não fá- galã não pode f11t::er suceBSOi 1 ceis de rápida interpretação, sosinho. E seu público gost.' 4 até que se .b.âbiitue o leitor com muito de você: nunoa há de ' o modo d.e ser do e6Critor. Mas regatear-lhe aplausos! - ga,. 1 depois de se aeoslumar com ra11tlu com ternura.. .c:ua !om1a, to1·na--se Saintsbury A moça sorriu-lhe por cima uma das mais estimulantes do ombro ilo rapa11. Este companhias, seja quando !ala olhou-a sem eompretnder. Mas,, de literatura ou de vinho, do vendo-a alegre, não procuro.– povo que ele conheêeu ou de descobrir o motivo, contentan• ' wna escapada em Oxford, nos do-se em aperl;l.-la. mais es• ' seus tempo& de juventude. ,reitamente, em seus braço&. 1 Como crítico, mostrava-se E o médico tratou de retirar .. ln-cansável e ins~la no valor se, de lllllns.lnho. Mesmo pos;,. da f<>Nna na literatura, e pou- que não queria presene~ c<>.s esoritor-es coJ:>riram todo o quão pouco contava sua Pt'e-1 campo da lltetiàltura inglesa sença para lntlmldar a.quelaa com tão rara ccmtla-t1ça, seg11- dilas boc:111 que se buaéa.vam. J re.ni :.a e oonheci,nenllo, sofregamente.• ,

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