Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
Posicão .:> AS RESPQS'l'AS DE CLf:O BERNll.JtDO I) - A geração modernista do Pará é uma geração liber– ta. Não te°"e orientadores e m estres ou verdadeiro~ ami– gos, Désajudada. .realizou.o seu ideal, . co~batida t-.l'açou as s.ú,as 1,hretr1zes; errando aqu,1, in'cl'ecisa ali, acertando acolá.' mas sempre, guiando s.oritãria o seu ãestinQ e infeligência ,. .a sua esperan·ça e inquietação. As suas· deficiê;ncias e r ebel. -dias são mais carl).cteristicas da sua difícil e insulada expe– xi~ncia ao ve;é.dadeiro, ao belc e ao mundo. do que. propria– mente, , e:f:lexos de fraqueza tehnos}a, diletantismo .ou preo– cupação de, se·.r diferente. Podemos falar assim, tão claramente. porque somos ui:ri ))ornem desta geração especí– flea. que- sozinha ab_ri'u as j~– nelas do conhecimento, da .a– legri,i e .da liberdade. -pisand'> coraJosamente. o chão da cul– ti1r-a e da civl,lização com o seulipróprlo pé. l\í,.têrmos a. pren·didô todos. a ser nós pró· priqs, sem nel'lhunià indicaçâo ou interferência da geração ante•rior. Toda a geração que tem vergonha se qualifica 'por uma insà.tisfaçã'o e exempl o d~ante de si mesma e da humanidade. E e,ssa insatisfação e esse exemplo a nos,s-a geração am– fla, os · poss~i, descontente com f) pouc.o q_ue ter:r1 feito. exigen– te párá poder fazer mais, , err– ando al,g~ma c0Jsit dê ma.io; ç, J)o $e,nfid.o d,1;. arte e da fTater· nidadr da cr:atura. II) - -Sim. allnamos que .nouve uma rµ_tura' nas nossas tra·àições culturais. -Porém, entençle.~os, ta-p:)'õém, gue l')es– sa rutu.ra h ão cliegou a haver– um deséquílíbriq: ü n') desr·és. te.íto, uma cólera, às ll!ljzes e J)r.olongamen,tos d;i. nossa exis. ' lên•cia d'e povo. aniustià-do p.or tantas lutas sem gra,ndes prin· ·tipios, decepções. mentiras e violências. Foi µ~ rutura pacifica e dem9cr.,ática - que m:a n,teve e rej'uVienesceu, ape- . las, ~s melhor-es J ,. m'.3is ~-f~ni. !!cativas. expressoes .aa nossa c\i'ltura e d:a nossa otigfriali. da-de popular . A geração V!llha :Qca paTa a nova, como u.ma espécie de bisavô ante ,o bis.neto, em con· c-epçãe ae vida. _filosofia polí– tica e sensibilfdade poética. Contudo, há entre os velhos do Pará algumas poucas exce. t ôés de rel)ovação e v◊ntade '1e entendimento às conquts– tas e sinais do nosso tem.po . III) -- Vemos com muita confiariça e serenidade. pois ·11otamos que na terra inteira • m novo lcabelb-0 começ,a 1 em literatura., em ciência, ate em l)olitica. em tudo enfim, pelo ressurgir daquelas in1ensas pa: lavr as de Jesús, anunci ando que somente a verdade torna– rá os homens livres e C'l'iado. res. . A S OPINIÕES DE RÉM1GIO FERNANDEZ I) - Seria mell1or deixar '\$i~ resposta essa pergunta • E Dest in o Da LiterotL1ro Pàroe .r~e .-._. ... ,,._, ----- .;~:,::_:'"-.:::=.::=- l NOSSAS LETP .. AS - D·EPOIMENTOS DE CLÉO BER1'JA.RDO E REMIGIO FERNAN- 'l DES- A PALAVRA DE' DUAS GERAÇOES . · 1 .-::-::-=-=--=-=-=-=:;-=~-=~ ::::_:7:::""=-=--~---~_-::_·-_3_~_._.:-- ~ ~ =-:=-~~-""=-==-~--=:;;-_;~==-- . -- - - - - - - - -=~ :: -_:;;:~:::::. : _-_ -~: =--·~; ,,- .;:::::_-..:::::..:_:;;;;. -:-- - - -~--=--=--:= . =~- --- -- =- --=-~:.:.-~. ====-=~---==-----=--=-::::::::::=.:,.. O "SUPLEMENTO" DA FOLHA DO NPRTE INICIA HOJE. IM PORTANTE. "ENQlJET– TE", ENTRE INTELECTUAIS PARAENSE.3_, SOBRE O MOMENTO ATUAL DAS - Repo_rtagem d e PERi AUGUSTO - O Pará atravessa, presentemente, um momento de fecunda atividad~ literár ia. Não é pr~ciso ser conbece· dor profundo dos fenômenos ligados à literatura, para perceb~r esse !p'.ande movil:nento, que con,stitúi anima. do!; ,;i1;1tom.é! de vitalidade. Basta qu.e se passe a. vjsta sobre os suple;mentos inse.ri :dos nos j'ornais da cidade para se ter idéia eyata do que realizam. no momento: os -nossos homens de l etras. P ol," isso mesmo achamos ,oE)ortuno realizar a presente "enqàette" átravés da qua_l '"os escritores par a,e n ses defínirão as suas pos1çoe,$ em face do estado atual das. nossas letras. ~ F O L_ H .", . D O N O R TE. procurando ouvir intelectuais de todas as idades. escolas, grupos e cor– r:!'!'ntes, pret.~n_de dar um amplo alcance cultural à sé· r1e de. en trevistas q ue hoje se iliieia, dando oportuni- dade, igµa,lmente, a que veJp0s, -novos e novjssimos de. fendam stias ídéías, justifiquem sua-s atitudes, dé ~ a– ne-jra a se poder esclarecer, de vez. -certos pontos a1n· da não definidos da nossa história liter~ria. Se'l:â, por. tanto um.a espécie de mesa redonda;· onde sei·ão ouvi– dos depoimentos de topas as pt-Oi;egência:s. fi~do os quais talvez se possa -delinear a pos1çao e o destino. da litera.tura. , paraer.se . para _não de,sagr_adar os ,cori– teus e os gf.egax;ios dessa abo· mina'-'.el e.-.,:crescência do c'or– po das belas letras. Refiro.me à poesia. j:â se vê: Educado na literatura clãs. sica que, O'riunda de Atenas e Rom.a ,_ -r.ed ,iviva nas Íinguas neolatinas -.nos sécµlos X V ·e XVI de Qossa Era, d eu a me– .lhor e. mais inten$a expressão de Beleza ,·artístiéa e, plástica àqueies ·idiomas, não tolero es'l;'e a·cervci de ovações c1~, pala– vras. -se:m ·lógica, sem corres– pondê11-cia ao sen1jme'l'lio do senso coirium. De três quesitos se compõe o questionário, distri - Duido· já, aos nossos intelectuais. . _ As primeiras respostas a nos chegar.em . as Il?'aos foram a~ de Cléo BéEna~do,. u_rn dos mais· expi:ess1v?~ nomes eia atua"l geraçao l1teTar1a paraense, e de Remi gio Fernandez o: decano das nossas letras. O OUESTION:ARIO • I ) - Que pensa da chamada "geração mo– d erna" do nosso Estado? li ) - Existe, na afqal geração literária para– ense:, algumá ligaç.ao e respeito às t,a– á ições ilt1 nossa cultura? Ou, ao con– .t ,ario, houve umo solucão de continui- • 1. ' - · ' • ' dade em nossa vida cul~ural? Ili - Como vê o futuro das letras no Pará, no Brasil e no munJo ? 'Gon·çalves Dias. ·Macl}ad9 de Assis' Olavo Bilac. Ra:imu:ado ,Corr ia, Alberto de, Oli"?ei'ra, Augusto de Lima, Humberto de Campos, CeJ~o Pinheiro, Aràú-jci Filho, Gtfilherme d e Almei da, Vicente d-e Carvalho. Augusto de.s Anj'os. Cruz e Sousa etc., romanticos, .. par· . nasiai{os, simbolistas , id.éalis~ ' tás m-ate~ialistas. todos f(>ra do 'velho classicismo, e:ll!altl;\– ram o idioma pelo. primo1· da fol'ma e m-ul ti:p-licaram as imagens p_u_lcral\ do pensamen. to, enriquecerrdp o tesouro maravilhoso do Parna.;;o B r a– sileiro. Este .mode,rnisn10. nascido ~m E: ra.nç; :i, em 19;l0, ·ool'.ll- q ao classicismo e ap parn11,sia· q ue ú·anqueara-n1 o â1nb ,i.to es. nom~ de Pltralsmo,. coino urii nismo de époi;as afa,stadas. l'>.- treito do classicismo; que. fo– nçvo sentido da r..enovação: do ceita e atlmiro todas as f.o•r- ram o Itom~ntismó e O Pa·rna· mundo de após.guerra, g0,au ms1s· poHcromicas da Arte; po. -sianismo, observa-raro os' fun– rapidamente. morreu na Eu. rê1n, retugo as aberrações qu·e dan1ent os da velha Etica e ropa no desprezo ger.il sobre. detúrpam os can ónes da Bele· por is.so , ériara.m · obra imp~: vivenao em raros esêritores. d ., 'd ·rec' 1·ve· 1 na l•ter· atura·. ~u~ ,cqntras te enti;e Ol? poe– tas cita:d~s e ps moderni,sta$ q_u'e arr.astam nestas ruas es mulambos de sua poélliea in– d~cifiavel ao bom senso, irri– sori.a mesmo. mais pró,xima do cacarejo dos galinâceos. O m-oderrl.ismo não é, pois, un.,a escolâ no:va. Nã0 tem • za, em seu .up,.o senti o: as • que ~ambém abandona.raro, deturpações do espírito do Atenhamo. nas .ao Brasil, ·e • '-,.J,• ' " ' p.reçQ po't' nao ter apreço co· por f.im, .:a ihsulsa comédia m0. idioma . ,i~, ofensas à serisi.bili. vemos qt1:e os imortais poetas dernista. ~ade m.Q'ral,, ao-.~entJr comum. Casim'ir_o. qe Abre,u, Alv;i:res _ lf_ ã_o_ s_o_u_-p_a_s_sa_d_is_ ta_'._•_P_~·-ea_d_o...---A"'-,s.;;,.,;.g_r,_an..;..d_es,;.._es_co __ l::.:,as_ l_i_te_r_á_r;..ia,;.·~--d-e;l.." Azevedo. Castro Alves, m& próifu.to ' Je. ar~e'. E' uma excrescência rep-ul- siv.a. -~ JORNAL DE CRÍTI~A 1 1 Fechando 0S SteUS Ca.pitulos el e história colonial escr:eve.u Capistrano de Abreu: ''Cinco grupos etnográficos, ligados pela comunidade ativa da lin.gua e passiva da religião, moldados pelas cond-ições ambientes de •cinco regiões diversas, lendo pelas riquezas naturais da terra um entusi· asmo estrepitoso, sentindo pelo Português aversão ou despre. z-0, não se prezando. porém. uns aos .outr0s de, modo par. tícular - eis em suma ao que se reduziu 11, obra de três sé– cué!os". E' uma. sintese sumá- • • - ALVARO LINS - guma,s regiõ'es do Nor te con· tinuavarn a procura'!' de pre. ferên cia em Lisbôa Q seu centro de àtração. mais liga.. das à Corte do rei do que à (Exclusl.'1tdade da FOLHA DO NORTE. neste Estado) esfera local do- vice-rei. Na _ . ' - 'êp.óca dos moyimentos de ih· ria que sugere ainda mais do que define. O seu conteudo enconlrarse muit-0 ma,is n-as entrelinhas d o que na afirma– tiva e na. conclusão. De q ual– quer modo, a síntese irrdica a presença de uma personalida– de coletiva e nacional que, por ser vaga, se revelava ain– da inconsistente e suscetível d e desa_gre~~çao:.. O s1stema dependência a-li estava o das ~p1ta.:i-1as nao fo,ra pro· exemplo das colônias hispa. pic10 a unidad e eolon1al e os no.americanas com os vic·e· g?vêrnos gerais na Bahia não reinad os a se multiplicarem dispunham de bastante poder pelo divisionismo. Um a. de concentração para realizar contecimento extraordinário uma segura pali tica de cen. ·como o da unida-de brasileira tra:lismo ;'lleti:op~litano. Mes- co~ tantos obstáculos que mo dep-01s de mstalada no serra talvez ~onsiderado mi- Rio de Janeiro a capital, al· (E:ontinúa na 2.a pág.) - -------- --------------- ------- , llJ - .~ ncssi a, u_. gera~ çãp literár-i a, paraense, p6de dividir. se em nova e novissi• ma. Nem um·a nem outra re. negou as velhas tradições de nossa cultura. · Apenas, alguns dos novL~– mos se insta1aram no mucam.• bo do modernismo. E' inais comodo gratar toli~ ces do que criar obTa de Arte; . pois vejo nos pqetas modér .. n istas os que falharam na ver. dadeir.a -poesia, - os refuga• do!i -por Apolo. Não lhe pare– ce? ' III) - Peio melhor lJrisma. Belém oferece avultado nú– meio de ~oços de subido ta. lente. 'V"emo-los a diário em revistas- e jornais, em 1:vros, folhetos e cônferências. Temos críticos. pen;;adoi,-es, ron1ancista:s, poetas en;alstas de valo:r. Eu quisera cit~r nQmes, po– rém receio molestar aaueles cµjos nomes m-e fa lhasse·in dá , . m,emor1a. _Sol:5re~s,aep-i os j u ristai;. e -0 publicp ignora os trabal))os magnífiços 1>ffi autos, $enten. ças _que s·ão peças ' de profun. do sa))er jurídico; e acordão~ do 'i'ribqRal. em que se recor• ~~ as I1\St~tutas de_ Jus tinia. E' justo nomear na cultura Qa'raénse, ós. professor~. os iu-tistas• ae todas as artes. 1}1t1. sicista-s. pintores, e'scuiroi:es, p i--anist,is. cantoi-a:s, de~enh.i-s-.' tas. catiêa t\tristas, engenhei• ros i!µstres quanto n,cd,r;stos, e, finalmente. o.s nossos m~. di°'çis consagrados e cs oper a. dotes l;>r·ilhantes. cujos nomes se t;>roieta·m longe. . E' com ''pesaL· q!,le não decU– no de,zenas d~ notrres.. Pertenço , a:o· número dos de• si.ludidos 11a política, geral do pais. Tàl é' o esia:do ·ana~Q-'J iao da so.cied11.dc ; rr.a,s. v:xiono a grandeza: crescente n o pro. g.resso espiritu.a1 e CuJ.t,ural do Pará, do B rasil e do m·undo. O homem ressurge dos escom– brqs da guerra e avl:).nça n a. cultura. O espírito revive e vi!i:ice das adversidades, ' Bélén, está cheia -de: (l stabe. 1e.ciinent'os de ensino; ·'A mo~ , ~ cida4e, ·enche· os., centros de cult11f'a . Há um'. frêtnito de as.<:!!nção espiritual em nosso amb1ênte. Ent'retanto, n9ssó estado mental e cultú:ral podia se? mais intenso e ma.is br:lhan. te si bôa 'parte dos paraense., intelectuais vivess·e em Belém, não emigrando para ô sul . le– vando a outros centros o fru. to opiscuo de ~u talento. Ci– to, entre outros, a Pimenta, Bueno. o médico sâbi-0, Alcides Gentil, . Mecenas Dourado, Abguar Bastos, Dalcídio Ju– randir, Felinto Maia, Océlio de Medeiros, Osvaldo Orieo e muit os mais. que ãã-0 lá fó.ra os frutos de sua lúcida inteli– gência. ·A' frente do governo para. ense está um móço , culto e progressista, c;,uja erergia e amôr à te1:ra podem amparar, avivar e fortalecer este movi• menlo dos espíritos no anseio da alta Cultura mental em nosso Estado. ftAO s-ão p.ouc.os, os homens que, es· · téreis ·na juventude, só na matu· sentes ... • • • 1 ridade dão frutos, como ceTtas es– a,édes vegetais. * • * A mulher não deseja: ama O ho– mem não ama: deseja, confpndindo o ans·ei0 da posse com_o s-entimen– to do amor. .. . .. amES da puberdade, a mulher é como a uva ver de da parreira, que r,ó n.0s embriaga depois de . aÍnadu– ttcer. • • • A velhice lembra a brasa inerte, que se transformou em cinza. • * • ATE' aos. 25 anos, . a niulher ~ objeto da nossa conquista. Depois dessa idade, somos nós os conquistados. • . "' . O .casamento do velho com a mu– lher nova é a última tempestaee com que ele se defronta. E esta o submergi-rã. * • • \ P ARA o nol'I\em vellto, a mulher jo– . vem é u.m instrumento do qual ele nã-0 'po<le tirar · nenh4m acorde, , . ou arrancara apenas sons rnarmo- n ic.os, que lhe abreviarão a ex is– tência, • • • QUANDO o .homem casado ttJmà ou– tra mulher para o entreter fota do lar, e com esta forma' uma união que os filhos cons0lidam, estende- - J . ALVAREZ SENIOR - s;e entre ele ,e a fa-milia uma corti- 11a de ferro, que não se re.colherá m;ús •à, pos i.ção natural. •••• A matéria prima do am0r é a carne . Por isso, apodrece depressa. • • • OS prazeres da vida devem ser go– zados como se lambisca um. pico– lé . • • • A imaginação zomba frequentemen- te de nós. Dá-nos asas, que não nos permitem voar . • • • AS pequenas coisas -Oj!upam em nos- so espiri ta maior lugãr do qu-e as grandes. • • • A ~orte é. uma lição que não nos en– sma a viver. ••• OS , catlilicos 0011ra·m a Deus como · filhos da Igreja, mas o desrespei– tam como homem. • • • • A mulher ingi\nua dei~ou oe nascer para não ser corrom1>ida pelo ho– mem. • • • OS noss?S desgost-0s ,tiram ~ . s,ibor das coisas com que n os all,menta– mos . • • • O bom ou _o máu êxito dos livros é obra da disposi ção com que os le– mos. ...... • • • A m11lher cle trinta an os é já uma fetografia do passado, com uma legenda ·de à-oje. ..... . NA juventude, a vida é uma promes– sa de felicidade, que quase 5em– pre não se :-eaHza. • • • Q UANDO amámos, o n-esso primeiro contacto oc-or-re entre ,dois seres a u• - O matrimônio devia ser um homem e uma mul'her que ficass-em juntos até a morte. · . • • • O que há de mais perigoso na mu• lher é a fê1nea. * • • Nº escuro e no silêncio é que a q.ue• · Ies que se amam diz!;!m a ver?ade., • • • p ARA n1ais complicações urdirem à · vida amorosa do homem, os f abri• cantes de calçad,os femininos enas– tram as peina-s das mulheres d e l!:)ng0s atilhos. Até onde serão ca– J)azes ,de levar os amarrilhos ele• gantes, :no dia em que soltarem a rédea à fantasia ! ... • • • 4-s mulheres d ~ pequeno talhe amam · p ouco. Não têm espaço suficien te para os grandes amores. • • • Nº drama humano, o pano desce · duas vezes: a primeira, quando ~ • mocidade, · como um sol agonizan- t e, declin a n-0 ocaso; a segunda, a o sobrevir. a morte. • • • O sof-rimento é que orienta o h,o• ' roem, despertand-0-lhe a vontade de v iver cem anos, co:i:no o J)àpa– g aío; trezentos, como o crocodilo, ()U apenas trinta dias, à· semélban• ea óa obscur~ pulga, •
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