Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
- • • ' ' lJ l - ~ " ~ - DIRETÔi' PÁULO MAllANHÃ~ t>BIENTAÇÃ.0 Ot • , . HAllOLDO HiARAHHAO . ' . • • • Domingo, 28 de setembro de· 1947.J CONTO ~i&SSIZ NO • PÉZIQ) - J • , ______ , ./ Franz KAFKA .. Tradução· e nota de Aurélio Buarque de Hollanda • RIO - "O mundo do contista Frami· .Kafka." - esereve ea.ndo cura.r-se ele tettível dor ele .,cia.-~ta e e:srot.a~nte ~ .Otto Maria Carpea,ux em admirável ensa-io bl~uido na. CIN• ,- / · vóso tomou-se vegetaria.no , Viva~nte impressionado com * · ZA DO PURGAT6RIO - é uma easa burguesa, golidamente ' . ' l afirmação~ que lhe fora feita, ae que tinha•podeNlS clarividea;, eqnstruida ~ a,parêneia, eom uma fachada 1llll pouco descul- . tes, terminou por se convenCff ele e.star blvesticlo ff 1DWí COLABORADORES: ':'" Alvat o L1Dii, Aimelda F;I.Schêl. Au.rello Buarque 0e iioililnda, i:,ienedito Nunes, Bruno ~ 114enezea. CatlOII Dn1mmono . de. Andl'ade, Cécll Melra, ~o Bernardo, Cyro dos. Anl0$, Carl05 .Eduardo, f . Paulo ~en• iies, Baroldc Maranhão, João Conde. Marques Rebelo, :14a. o.uet Bandel.fa, Ma:x Manms, MurUc, 14eooes. Otto Ma~• ·Ca11>eaux. Paulo ~J•Júo Abreu. B. a.- S01.1.sa Moura, .Roget Bastlde, Ru:, G.uilllerlile 13arata. Sergto lllilllet • WilisoD llliartlna. dada. ~ralll9íS e respb;amos o ~ da$ ~núrias dolorOEJaS, de mi6-são na vida (''Um mandato'', dizb.). bte ~ndor :mísii~ · quarios mal ventllad<iS. Apodera"f>e d1! nés o sentimento do dia a dia mais acentuado, não ~ exeluià, porém., e gôsio -------- - a.-.------------------- P U R I S -M O • ' ..deJa vu", de já 1ff vistcí tudo ao. A ésca4'la range. ·O g6f.io . . dos espoms - o renie, a. nataç~. as ea:mJnhaclas. : 6 uma loja. de reeo~ões. lJm eanto guarda os brinquedos . . ~,... bli "' M B..J Entre suas obras (quase .....as pu eauas J>01.' ax •..,_ e9fluecidos. Recordaçófll, _recorcla.çõee. Os Dk)rto!I surgem. Os fantasmas que apavora-v2m a criança. Fi~ de demônios. , . ' . - , '• ., ' "4 U~ labirinto. Delirio. Fuga. Ne»huma sai~. Vo~~mo-nos pa,ra o õutro ,ado, a.parece a face ele Deus". Descendente de -qma familia pequeno-burguesa, de judeus tchecos (Praga, 1883), Franz Kafka. Dk)rttU tisico em um sa- • DaiOrio de Viena (1924). Diplomou-se em .Jurispruelencia e . . • p,ouco depois se empregou :numa eompan1da de seguros. ~1,18-' , séu amigo e testaD1enteiro, à reeelia do a:u~r, q'IM! no ~ -· menf,o det&rminou Íhe destruissem os manusciitos~ figuram, "A MetaMA>rfose" (oonios e pairábolas); "0 ~". "0 Cae- · telo", "Amériea" (roman~). \ O conto a.baixo foi traduzido do v6lume • f()si;f', versão espanhola de J'orge •Lui:,; :Borges ,.: LMada, Buenos Aires, ~- d. - A. B. ,de B . - - , -------~-·---------------------- , B-OM S-ENS.O " Um' a rtl.sta de . trápézio (co- ôa ~querda, e parolavam liir- 'Além do qu·e, os novos nú– mo',se sab"e; esta arte, ·que se gJ:Tnente.· Ou eft!ão õs op_ei;á_- meros jer iáin ...Ínâ1s variâdos - e exerée no alto das cúpulas dos rios que reparavam o ·teto tro. vis'tol:iós. _., . . · 1 .Sergio MILLIET "- grándeif 'circos é das mais' di. ' 'cav,ám com êle algumas pa; · ô '1i'.rtista,.. porén,).,, logo .se - , · . -:- _ fícei.s éntre .todas ·aquelas' pos- · laJras põf uma.das clar·abóias, põs a- _cliorii!," f't-0~ndap-ie.nte la cruelda.de _de h!lver d_ei,n~ ó . artista \rab!llh~i: ~~nto . tem.,;. po. em ,um sf>. tra,pez19i T~r ~ ,. n'ou·· mostrando-se grato poi, , êle ter-lhe .. t éito opi;eJva~ (0opy%igh1--E.S .l., com excluslvidade para.a Ji:Of.HA DO NORTE_, , síveis ao homem) tinha orga. ou ·o ·eletticista que ·exami- comovido o empresário · le- , ·neste Estado) ·. nízado sua vida de ial manei- nava as i,pstalações de luz ná vantôtl:se' de Ulll salto· é per..- , . rà' .::_ , p:rfmeifo pÓr' uni ' afã galéria ma.is alta gritava-lhe g1:inti)U·1he ,o qtie era .aquilo, SJi.0 P.AÜLO - A ptátlcà da enc-ol:i* :r.un . ·Na. lhlgua de todos profissional · ae ' pe•rfeição; de- alguma palavra "'• respe.itosa~ e,'não _obt-en~o nenl_illh'.1-a'- res• tr,aauçljo léva~~o• a melancoll- os ,- ãt,a,; t~m_. Como ·!'eh~_ poj§ _pór .lzábi,tc;>, gúé se· torna·- embo!~ P'OUCo' initeiigív~l. .• p,ostâ; ; galgo_u _à_ r~.erzinha, cas consl@:eraçõés acêrca ela ·po- \lma equivalência. J>IQ'ª•,. eh~ ra t11:ân1co - que ' enquanto A nao ser em tais ocas1oes • • .. b er bi-eza. v:ocabular •da nossa Ungua, nieru poz exemplo? Dhem os b . li ..' . - ~ .. ê- t . . . , . 'nh U ~- • acar1c1ou, o: - ll ~'l'açgu~o, ap . : principalmente no que respeiJ~ dicionários que "oeeàrio" pode tra al_ava n!l- m_esma, e!Dpr_ es ava. sempre soz1 .o. m_a toti-.lhe o rosto. ao seu, até ü necessldadea da .vida moder- aezvii-. Entretanto •cJlarnler• 4 sa, Pe:t;manecia dia e noite no ve~ ou outra um- empregado seritir as lágrimas em sua pe~ na. Sempre no• · orgulhamo■ da O Iogu onde se amontoam cadá- tra~zio. Todas as suas neces. que ~rrava cansadamente, nas le Depois de muitas pergun. slnonbnl-a e. admiram95 sein m\li- vere,11 ó . não apenu .osso,i. A pa- sidades - aliás muito. peque- horas de sesta. pelo c;r,co va- tas e palavras carinhosas, o ta l'eíboxão a bábilidâde dos que 'avra tem · \UA aeJIJido, dife~ell• na_s - , eram · S'atisf~itas p~r ~io, e,rg_uia seus olhos à_:altu. trapezista exclam.óu en:tr'e so– $abel)l dedilllar um rOBa:do de te_que ao horror, dos,.~ortos em. c1aad9,s que em ba1oco o v1- ra quase atr-ll,ente onde o tra- • lu,;ôs.; filavra de sentido semellianle pllhadOll actescenta o cheiro f6- g· · d , · r ·n . · .. · · ·. , .. ~ , ··•' ,., ~ . "·· ·- · .aquelà oll)issãó im~erdo~'ii'e~ Assim, o e~pr,z~r10 ~onse: g~iu tranquilizar, . o ar-trsta f vQlta,r. ao seu canto. · ..,.. 1 ,:a:1e: ,todá~i• é que ;.As ~– tava ,, tra~qui)o; co~ ' sér!l,f apieensao lançava o olhar, .a fl.irto, 'por cima .do· livro, ao . trap.~zi:sta : Se tais pe.n~men. tos haviam principiado ai ato:rmeritá-lo, podez:iàm desa,. párecer de ' tô'<ío assim tªo .de!;, p:iiessa ?<J:l~ó ~ntinuariám a~ m~ntando d)a a dfa 1' N~ :um~ !xi.bição . \lm po\lco ado,- ildo dá carne em de:c<imppillção. · i<avam. rev~zaA .o-se po . ; - p~z1sta des,çans~va ou ~e e:i.~- • ~õ ilOl}), um.a. :l>iirra n~s 1e·scentê dé lilUB conhecimenti>'• "Chaliàis" traduz-se -~ caixilho, t~_ryaJos. Tudo O 9-ue lá_ em c1tava na sua ~rle· sem saber mãos, como poderia. .eu v1- ··nnguíalic0ll. Mai ó problema eia 1111.as quando noa refe:rimo1 a um cima e;-a necessário, fazi•am.- que era ol:>se:rvado. ver?! iique:za é .eutr:o;: li O da ;pi'eçisão automovel ~emos wiar o "!>- no subl'r e descer em cest1• Assim poderia- viver tran- Ao empresãr.io foi então a~~açariam "sua existência'? ~ ó emp1:e•sário. alarmado, Çlll; dou ver naquel-e son.o apà- . r entemente.sereno em que ha. via terminado o choro, cortt.e– çar a. de)ínéa.r-se a prlmeí rai ruga na. lis11, fronte ihfatitil d9 dó· vo~ábulo, é -o do"aiUJ1tamento cáhulo poztuguêa Bém, prov~u nhos adrede preparaàôs: · · quilo o · ~rtista do trilpeziô, m ú$í-0 ·tacH - êonsolá:1 0 . Pro- 4a ex~essão •ao que se deseja ur'ª ~n!.!'sã;;J'rejll~al!;,~ d8;; Dêssé m-Odo de viver 11ão não foss€m as inevitáv.eis via. mét&u.lliê ' que · na p,rimeira exp'l'imir. ,!,:!" ;r • emoa ev ar -r~s~t.avam para <! ~rape:iísta geI_>s de _te~ em te_rre. que $s\ação no p'i:Imeiro hotel, Vinda :do, \lma região que .não ?policiamento da_l~gua ,, d1f1culd~~es esp,ec1ais . com, o ~ , 1nc?m9<1avam, ex~remamen. telegrafaiia para que· , ll;lSta- aí:om'pànhou o p~:esso do.mun.. MY.i• .. aúvi'du imp-rescmdivel~ mas resto do m~nµo, H_avia ap4::' te. Ihga.-se tle passagem 9ue Jàssem o segulldo trapez10, e. ~n;:~:t!='~~a!>fl!~!:.,~ tem: que ~r- feito com. p~clên- nas uma pe<I_uena 1nconven1· o empresário cuidava de que incrimihou-se durc1m.erite pe- d'a faUa de termos técnicos eiaJn- eia. como. t~as 8JI medi~a• ele ênc.ie . durante os dem.ais ' nu- ê~te sofrimento não se p'.t'o• .--------- , a•r tista do trapézio. ! bém qe. e:xpressõ&s euficie~te- repressão, n_a_o deve 'lllUapll!l!: meros ~o programa., porque longasse se~ mot!vó. ----- ----- - mente matiza.dás qúe. :vistam o os llmttes ditados pelo boni ae ~ como-não erà possível ocultar , ~ trapezista sa:ia p ara. JJ, ll,S" O FIM DO MUNDO EM UBATUBA pe.~amento, coinplexo de noS11os so, 0\1 m,elh~r vipedlas 8 necessJda- que êle: se quedára lá no àlto tj¼çao num automóvel d e cor- · : dias . ·Dai a abu.ndbcia de neo- des da p:r,opria a. em o qu.e · . ' r ·d d 't " d · - · · é 1- · · nos anit1eamos a ver triunfar a embora permanecesse quieto, 1. as que voa~a. en ro . a 1.,°,!'~~~~!s e d:e p~":t: i, 0 ~::ís~~ anarquia, pois as lell! tn~xé•qut- semp re algum olhar do -públi. madrugada , ·pelas_ ru.;is des~-X:::– atuar que tanto irritam oê d.e• veia lev.am aempr~ áo·deares~lto co·· se desviavá para êle. Os tas, com .ª yelocidade máx1.- . fensores' d:o purismo. A Cl'ise e a de&inoralizaçao da autorida- di-retores porém lho perdoa- ma - demasiado fraca, n.o en - <JUé a1rave!l!lamos agora Já a de. vam po: -se tratàr de um ar- ta;:Qto, para a sua nostalgia de airavessa"'.,l)m outras Unguas me- tista,' extraplidinário, insubsti- traJ)ézio. nos lig.Ídiis e ci>m i~al resiJ- Na Fr!lnça, a Academia, em- t · 1 · D · · · b' · N t t d :lência dos e!'Cl'it')'res ciosos. de bora :tra)>alhand~ ~m lentidão, uive : . em~s. sa ia-se. que , º· rem, es .iiva 'rese,,iw\l, _o t112a pure:ta. -As 11 tm é que Ren;i')' anualmente manda açoJher um nãó v1v1a a~1m por capr_1cho, um a,posentE> ·para êle só, on– de Gouim-0nt, 110 princípio de11-- certo núme~ de pàlavras de uti- e que só daquela m.aneira po.· de ~n.cont'rava. no .alto., na re. !e século, -pr-otestava oontra 8 lidade com~v.ada. .. Entre nós, ·a dia 'estar . sempre ti"~inado ,e dez1n~a. g.as b~iil;gen_s, -uma expressão· ~ta.;ic-aúto" f(Jl'mado Açademia, não manda cclaa: at- conservar a ,extrema perfe1- supsbtuiçilO mesqtnnh.~- mas com "o grego e latim .de co:d- guina; a ·não ser mjíclar oi .acen- ção de s-ga art e. de algµm modo ec;1u1va,lente nha'" e pe'dla que ze mantivesse 10" ortográfic,os de qulns& !.~ _ Além de tudo, estava~s-~ - ao seu modo <!e .yiver. . a pala,rra ,;vouure" . Mas e•ta quinze, dias... E Da fali!l da pa· muito bem lá em cima. Quan• ~o lugar de, dest1~9 já se · não ;correspondia exatamen.te 'ao !:::ai! 8 dfod~1:r ~:lis~o~••~ dp, nos dias a?4éntes dO,verão, a_.Çh_ava. ·a,mago · o : tràpéiío, !t°:«:n:i~~~o. nrJ::re d?t.!!~t:'! dias. Há oiJ que .são do · contra, se abrilim as j;i,nelas .Jateiais muito antes de sua .chegada nada impediu a 1nuodÜ,;ão do câpaus de emplllra.r a 'JlOSH que corriam 'em to'~o da .cú• qu!indo a-inda ·não se tiphâ novo vocé.b\llo. · lblgúa para o é:ei,n!Jérlo do Ja- pula e .(! sol e o ar 1'rromp1~m aprontado o palco nem colo. :En:1 .portµgu~s temos essa Ju- fun, e há os qu.e Biio francamea• ••no âmbito crepuscular do cir. C<ldo a:s poi;tas. . ta da adáptação da lfn9'la ·à; ~da te .do •pÍ<0gre~o •e que ~to 11.eu éç, era belo, até. Seu C(?nvi- Para o e!D'Presã:rio ~i::a -d~ moderna e se~irilos tgu,al ca.JUl- excesso · de •~i1s!.asmo pocJem v10 humano eraç. naturªlmen- maior alegria o momento· em nh.ó, · ora nos v·a.1endo do greg0 ,fa~r ,d9 _português uma .espécie te,.... muito limitado. Afgum,as que ó trapezista apoiava ô ,pé e c(o latim .de ,c;,o'~a,.. o~a 'dos de, e~pe'l'~~o que teria, to,d.Cl_!I 09 ve2es - trepava pela coroa de na · corda"· de supida e num nh 11 _ d.efeitos' do -esperanto aem ter -. 1 1 d b · .. h · · - •. · · ga_licissmos, espa 0,--1>11 ou an- as àlldades dele, cODIO aquele ~ensao., a gum co eg.a, e a rir .e ,ec ar qe olhos se en- glicl.smoa. a u e f~z? ~er ~'li: •cas!'elh~o tinha •todo.a tourné~ , se11;tava.-s~; a seu carap1ta.v,a_ de nov.o _sôbi;e o ~!; 6:, ~ 0 J{~ 9 ).1:a ~õ!.'::!::,1a~ S:-:! tos defechori cté Vil01' Hugo mi l,aµo no trapéz:o•• ap~~aqo um seu tr.a~~~10. , , •"' .. ' c~der ,à• injunçõ~s dil vi~a? :i;vi: teller las êalldada• . na c.ortla da direita, ou'tr~ na . Ap;.,e,s!'r <de i<?<Ias ,estas pre- dt!ntemente a, vida. ganhará a Ju- -w - cauço,es, as viagens pertur· ia: quatque,r que seja a resi~t~n- ,bavam gr_ande:qiente os nei:v0$ rja. Por isso o b'on,; sen,so man- 'Esquema da Evolução da Sociedade Paraense do . trapezista, de sorte g_ué, d'a que se d·efenda apenas aqui- . por mais ~eliZfS 9qe. ela~ tçs. lo que Já iemos, lato i, que se de . e ao pequeno proprietá'rio s.~ pata o eropres~riQ. do •evitem oa sin6nímos' de 'origeín (Conclusão dà-1.ª pág.) rural, par.a, em · nome dos pQnt.o · de vista eêon_ô=ico, esp-.~géira para· as pâlavras ve~- ... Jiacu.Jares-que exprimam •com pze- "eternos~. ideais de,~solidarie. s~,npre se lhe tornave.n1 peno. c~são 6 nosso pen><amem~.- E. q'\le A - C.oi; n-p.a$ia "facilitav.a" a dade , social, co1-0carem.se ao sas. • se aceitem a.a outras como ne- vinda• do bárbaro dl!, .A,4ica.- lado dos humildes "filhos· da Certa vez vi-ajavam, o artis• ce11sâ~'iàs . 'I'razil!,•P; .muito ~e. indústr:ia., , terra", ignol?.ilmente escravi- ta na redezinha, como a so- .1:;xeml,!los. Em, economiâ fala• em numero redui1do. V,e:ndia- . zados; e dir.igirem , a revolta nbar, e .o empreiiã;rio '.recostá.- 11e J!,1,uifo de ,,.inve~iit e iJt~t!l 11 · .o por P~""'º ,m. a~roçosmico 1 es. ,dos· escràvP-S, que interessava d.o no â,igulô da janela,,'· len- m-enfo"f'"có)sas rl,1iicúl;i,s ení PQl'- ~,. tá • l ·· tod d 1· · :tuguês pó:rq'\l'ânio já' tem'os ~m p•ólia,119,0 o proprie rio :turà , a as . · , , o. um 1yro, . quando ó ho.; 0 ~esÍJ>,() •~~!elo "apl!c'ú e JlPli,z, l),éceS'sita,do d,a .. l,)~a", , tão ' ós humildes "filhos da . ter· me~ do trápézio'o inte-i-pelpµ ' caçao". i;,v.,t.ilmP!I. pois, ·a no;vl- C\lStos?. de ~dq~irir. ()btip,ha o ra!' tqpárc1m, espetacula~ên. •delr-cadamente; e · disse-lhe aede. Mas fálaase ta~ém em lucro· astronômr~ da -ven&, e. íé, a pai:adà. Participaram da que, dali por diante, necessi– '"di:v!s;,.:e" (4o franc41f "ditvises"l ao mesmo tempo, impedia o adesão à revolução liberal do tava, não de· um só trapezio~ ~,.es'sii palavra noa faz falta por- desenvolvimento da pródução .Porto. Derain mais sérios a. como até então, no:rém Ae ..,.'!le, ."valore..u o' u, u_moedas·· não ~ ' . . d . d " .,. ;-substUuem de modo algum. da colôni'!I, procurando col' ls.er • _vanços 1 adquaiid~ do: movM~l'I!en. 01s, dois trapézios, •um em -:controle" nâ:> é português . e v4-la, quanto possível, no pri. tó· da n ependenc1a. as o frente o outro. a.em ~ q·u e aqotá-J.a ~rquanto ,marisri(o eseravagisJa. P-0r óu'.. sal1.o'- decisivo, '.defíni±ivo, esta,- O einp.r.esário aquiesceu ''fi'_!1Câl,iz1>ção'' não coniJ19rta a ·du- :firo ladQ' mônopolizàndo, ~m:o vapor ser dado e veio com a. im«!iata.mente: Porém o tra– Pl!!- ação de "vigiai" e .;mano- monopoÍizava,·a e:itp0:rtação do' guerra, civil · cá.bana! Gr.andes pezjstà,•como 'Se q:Úisess~ mos– :tirar equillb'rané!o" que enri~e- 9ue ,se proµuzia na Ca,pit11nia! e p,equfnOS proprietâ,rios agrL trair que a ~êitação pór part~ c~ a.~11lavra ~11nhole de um aeis. só comprava o _que a mteres· cOl!IS, féreiros, s ervos ·da gle... do emp.resáí:io ~ão. tinha mais :t,clo a~vo, que su9e:i,e , a ' "inter• sava, impunha o preio. Pro. 'ba, as iirién.sas mãssas das ma- imnortãn·<iia que a recusa,· ven9'!o" no moment,> em gi1e a - u1 , l i. ·t•·., ·ó · .,.. · · ~r-uca\i1'.ação~, <> e:,çige. :·.sabofár" curava, assim, an ar, .na pra- ;ocas sui.·me i.,,as, as pr _pt1as acrescentou 9.úe nunca maJS, ~ gll,lícisrllo, mas eê' ,não · adotàs- tica, a 'produçã.0 1 pois outra cui:.atas suõmi.ssas, soldados e em ·nenhuma ·ocasião, traba: se,pos ê'l;~ v,e:rbo cônciso tezia- coµsa riãó' setria aêlq:uiri-la p_ad.res derramaram-se, um lharia unicamente sôb:t;e -um in011 que vale~-DOs de uma ,longá (a'dquiri-1a ?), a preços irris6- êlia, tób1e :13elém, sobre o co. traipézio. Parecia ho:t\rorizar· explic~çã~ yara exprimir p me,;- riós. Então, vendia ao. ·colôilo, iitér.el( ) de Belém, coimo repi~ sé ânte a _ iµeia de qµe ,isso al– ·~o p,eJIS\'mento. E que d!z-er do'e eiiJ. . quaniida4e muito, es~sa, q;1ete~ 'das enormes ea..i.dais guma ' :vez lhe püdesse ier i~rmo,s, usados em Jl!)CióJogi'~,. em-'• e \po,r, P.í'~~os enorn)emente ca- do , v,.11,le !: . • . . acontecido. O el ;llpre.sár.io , de.• antrqp~ló9'@. em biol~gia, , etc,.?. , ,-, h · d · · E' h . tó · d át' • · · · •l~f•lj.zmenle n",a . é • s'{, nas . cl- ros, o· qu_e aVJa e pior, nn. . a is · .?.la ra.m _ \e~ des.- , en.ào- se -a opseirv.ar :. o ~e4. ar. enl:iês que. l'rogre,diram nos ,;iílil'- portado. , , , se. aõalo, , coµipar:avel a:,os de tista. nova.mente ·d-eclal'ou sua ,nos ano~ ,qu;e,,ê8'as , d~içutdatles· .O capital estrangeiro; sobre. Qrigetn sísmica, que havemos absoluta. anuência; · Dóis tra– lattop~_pon,vels àe :tradução se tudo o inglês,-..Htr9U·se ao gran- de i>ontar) à seguir . , · ·pézioo é melhor que um s.ó (Co C '"s-a da 1 a pag Dirigi-lhe então o meu segundo n tu O • · • telegrama:, pedindo ~r HU iJUer- vales das , serras eram mais P.e- médio ô concurso da"impre- da rigosos.. pelllll lmenaas en11<urra- · Córte, para dissuadir e,ta. gente: das, os ~os do1rmorros poz ãttai• telegrafei para a l!,:i,esi,lênc~.. rem mais ó• r\'ioa, os maj-Os pe. · ~ ~gll!r· aa c_a~u, P_re~.,ttada:- 1011 troncos de .árvozes tombàào, •1nent,e abando~ll!1ª1i; prev_enl\1-~ quandÓ àq:ii'i 'havia êanoas, bar~ anin:I· uma tentellva de roubo • cos; vapore,; ê a talva~ãO . êra um ·fllrto de ~aljnh&s; e .al nã, mais · fácil ', ·Del>ald.e: a emigra- fiz e. amno, ,n~rtando-~-a •~ ção .c:o,µinuov.· e como eacrevl do o expendldo como a expzes_– para o' "I>iario ' d~ Rio", 0 pânico . llão de ,p,ua verdade, a CN,_aJ ~1' tornou-se ·epidêínlb'o: ·pois J:lá epi-· e. flelment.e •m tci;clo o 11e\f m,te~ àemias morais asilim como as há ro te.or aqui expandi sem. c:01,a iisicas • .· · , · • algu-. que dúvida faça em P1" D •.. i lh - . ~ . . . b1ico e, ruo. . .. _, l :ur~g • e .en,ao o meu primei. ro telegr~a: à~sqa respo'.llta,iie\1• Amanheceu o .f!llal s de ~\1!11- . se· a maior publlcidaâe possivel· l>ro, triste, nublado, as . ~ ,~ - . , •., _. , : quase to d a• fechadu, lillgúna pe~s doia f~~•. aegumtes ~va~ transeuntes ::::: moa - p e 1 ªf lll!IJ'a do créàdC! que ~~rec1am ruas. Deu 11 horas, deu J11;eai,io as suas e as minhl\11 Jlt\,lavras~ · • meio-dia; 8 não··!;e ;o~vla :o -tri. ª ;que pon~ ha~ chegado~ pll.- lli'endo cfangor das sete tro~ íaico. . ·" · ""- • tu, nem os eleíneJ,1tos come~ l1m ca~J.>i:ra Vctio a .esta .~ade, apeou-se .do çavalo, fez'.ler o ae'u telegrama: mé'.~ou \lDá ·· segun– dos' e di&se~ "Sim, há ·seis dia• que· e~ vej_o tóclá11, ~ 'manhãs a !U!I .toda deacóniunlada; não 6 o CaJ)llnema, que , ha de Jet cara. P<;iá ui.entahi]e!1fe_,. o . ~~me d~ q~a pârte do co'tpO, que não anda de!Sé:oberia) de consertá-la ·roni o seu (liJc) / 'tele•ío'". ca– yalg!t~ .o malun.lJ!), e disae;• fir– man,âo-se nos arrélos:~"E neste baque" (Quer dizer, lm,,'ediata– l:n\tnte) Deµ .de a~ar, e tomou' t caminho da sena. 7 Temia eu que uma maré· um ppui:o. maiior,'' proprlà :.do ten,.p0 dó no'vlllinio, ou iÍ.lgµm:a tro:- • • A ~ . Y.oada e ch\lva do mea a.tua! le– •~in ao úUilllO auge ó pânl• co ' .tô póvo, • que na' aúá f Úga ·-..~, ... ·-. precipitada çom mulheres e crl. , . . ~ . ~ 11,llt;aJI acontec11sse - alguma des– graça zici,í D:IUÜ'{)S l!IJ)S qlle ro– deiam esta e.idade; falei nisso" a ·.dois sujeitos que se mostrav:am 111ais valente& que Bóldão, mâl.s lilctédutos que Voltaire, e ~i– lhes. qu.é, se tal coisa 1e de~se. guiassem o ,povo para a Igreja, ac';ndessem. p ~las,. ento'ássem b,el}!l,ltoJ e ladainh~s, até que o fen6m.,no meteorológic.o pas•~-– ae. No outro dlà de manhã não encontrei' mais OÍI meus· dois v'à• !entoes: tinham tambem emig',ia: do. . ' - Vê os resuUados. que produzi. iam as· ,:n:inhas prevenções e · o se'U teleg.r!lma? ~uant_o m:a~· ge~e sai.a,, m!!,l~ au:Qlénlllva . o pfi'níê;l) ' Por f!,ní ficaram -0s poücos que não th nhám mêdÓ· ou os que nãô tl: nham pai'a' o'iule•ir. ' · r~ a de~r_gàmzu~se: pêlo éo~ ,trário, wn sol Tlvo. alegre e r:u.11 tu~te, um mar manso, uma briio sa fr~sca de~Je11te, .ut,na pifia :âui'~ zé menor.,que a. comum, -um cé111 sem nuvens, '·u iâranjéltaa ·e cV.:. fe.)iros em 'flor a emSaliai:naremi o "ar, a enaatrarem ·o· çtiio cLÕt! ~màres' c:'om âíi aúas· pita,lu, . U a:ves abrigadu a nltilarem ~ e1,11re a lolhagêm em brandoa trbiado1. ·"Viva! uu - exCJaffl~ ram .t>s, bravos,' que .tiveJfam" e Inaudito. llJ'rojo de' aqui ficar .::.. eu bem dizia sez -i'.ido me:oU,,o C,omo são as coitas da v!dal Algúna dos 'Ne mais conC!'Õna-> ram para átemorill/1% o, povo', ~• deaâe 5 .ho.raa da· tardá CODÍltÇ.OUI a Toltar acitl pátrios l!ll'es, fbe,; ram ·na •~tr~4!l ciá battel',::a, JÍ()lL' onde úifallvelmente tinha · de passar a maior parte dos .émr– pantes, .um troféu de ' meh'aa velhas, trapos, garranchos e- r► · ai,duos d.,e ré11teae de cel>ota11, O'!I rapazei; da Prainha ("gens p~c,- · llSltica"), .foram eçetá-lGS comi ' m~aica. e u~ 1uoto; que •qd · tentos;, e que ~ora na tma do C9métçlo, sauda' a quap.tos lb passam. r,la p(!rt~. ou as. ,carr-, ça.w das .,.,.. bagagens, cOJD \lDl.19 linda alvorada de · corn,e~a. ; ,. .l.sslm acabou•se a história a,, .fi::n do ~undo em .Ubatuba: 1,1-. 1:ém não no coração do obllel1ó– ro amigo, qµe esta 1,he 4111Creve~ 9!!1 1entJin'-~9s a resP.{!jto da• auas qualiilades, e erudiçi:o, _, ':Pbde ~ -d~à o "'BO que - ..... , . .:. . ·.- ~iser; publJcá-la mesn,.o, P°,:' :itéJA -sem o nome dp a,mlgo . • obr:O. cro, - U. COSTA. Dba,, f\t~à, · 9 de o-utdbró de ·1869". ~ •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0