Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
• ,1 FOLHA DO- NORTE r Domingo, 21 de seiemhro de 1947 ·\ , ----- -- (Conclusão da. i .a pâg.) ... O PRIMEIRO RE .INAD·o .11a estava na .a.m.bição do gru- ' );!o faccioso de Manuel de Car. taruto em t-eoria .ou e.!31 luxos «em dos acontécímentos oca- Informa Armita.ge, na sua vailho Pais de Andrade pa-ra de fo·rma que l"'to unporta ., · :manter-se no 'poder, jLtlgando · • ~ , t· 1 sionais· 0 Poder Moderador, o Historia do Brasil, que, a des- anular com atos de rebeldia a • pouco, mas na pra .1ca, pe a C 1•h d Est d s ·to d 1,gum· as d. ~-~epa· !l ·excelencía e utilídade de al- onse. 0 . :e ª o. 0 . ena- pet e ª ' l.S= • recente escolha de Paes Bar– gumas instituições que criou, do v1talic10. O Co~ll!io ~e cias, "a Constituição foi sau• reto para o cargo de governa. pela maneira como- exprimiu E st ado, por exemplo. UlllPedia d-ada com ª:Plauso". Não foi, dor da. província. Âlé1n disso, as necessidades e tendencias: que cs grandes probl_ei_na.s assim, propriamente O golpe, mesmo atr;lvés de um Frej Ca. do pais, pela sua duração e fossem teso:lvidos . em_piri~a- de E sta do, que a pr'e<:edeu, ª ~eca. co·ntiniha o êrro de ser pelas c.onsequêncíiis felizés mente. med1ante_ 111Spu:açoes causa da revolução pernambu- sa,paratista no momento em DIRETOl! PAULO MARANHÃO • que Pr.o",u' ziú, bastando leín- pessoais ou ca.pr1chos de mo- cana. de 1824. A m-alograda. q •hbl a ,., un·d~de u, Confe•dera"a·o· dA Eq. uadoc re- ue \ 0 prv em · u:a 1 " br;1r que foi dentro dela que mentãneos oou;pacntes do go- ,.. •v nacional estava a cima de tu~ - OBIENTAÇÃ.0 ·: DS í 'HAllOLDO MARANH.AU \. -~--------- ···- ~ --- --- .. CQL.ASORAOORES: - Alvaro Ltn;o, A.1me1<1a B'ISche.i AureUo Buarque de BoJ..la.nda, Benedito .Nunes, Brun·o de Menezes. .ear)ol! Di:umrr,on.<l de Andrade. Céc1J Meir~. Cléc Berna•rdo. Cyro dos AnJos. Carl,?S Eduardo, li'. Paulo Men– ies, Haroldc M~ran.bão. João Conde·: Marquei.: Rebelo. Ma. ~ueJ Bandeira, Max Martins. . MurO<, Méndes. Ottp Maria Oaroeaux. Paulo P".nto Abreu, R. (!., Sousa Moura, Roger BasÚde, Ru::, GuUherme Barita. Sergto Mll!iet e Wijson ,\Jf:,; rt.ins o Brasil se organizou. e cres- vêrno; evitava o m•al da im- Pl'I!;tou ape;nas uma êtapa do o mais. com a deformação· ceu como naç@-O. Quanto aos provisação ao mesmo tempo cu inante na sucessão de an- politica e psicol(>gica de colo• direitos - "a Constituição que o personalismo nas ques- seios nativií4l!S ou republica- car-se a causa locàl aei1na da do lmpéri-0 não era mais se- tões de ordem pública. Já tive nos que vindos de muito atrás causa nacional O povo !azia v-e.a,que a da Itepública, on_de ocàstão de ler. em manuscri- iriam se prolongar até ª re- a révolução na continuidade s~entà e se~e anos depois tos, vários pareceres do Coo- volução praieira de 1848 · Ne. das suas tradições. dispo~to a vp-ia reproduzir-se, n~ su'.'1 es- selbo de Est<;1de>, que se encori- nhuma out,a região no i;>etio- ma,ta.r e morrer pela liberda– sencia, tudo q!;l~nto ela d1spu- tram no arquivo do Itamata.- dio colonia.J a.presentava um de, colocando muito . .i-Jte os nha a tal respeito". O sT. To- tí. Não creio que existam no mais genuino e e.ntusiástico seus obje4ivos, enquanto a di• bias Monteiro faz a p_ropósito B:r;asil outros papê1s de ho- sentimento brasil-eiro do qu_e reção que.lá estava no palá• um estudo coooparatívo entre mens de Esta.d-0 - e , eles são :Pernambuco, nem o !!x,primia cio ,do gp'Vêmo desencadeava o projeto de ~to~o Carlos e tão poucos entre nós! - que com roais heroísmo ·e gi:ande- a luta por intere;ses ras-te1r os o texto conshtuc1onal outor- lhes sejam superiores. Quan• za. Dir·se·ia que ali. no cora- e "facei.osos, mal disf a~·()a• gado, concluindo pela stt~rio- to ao senado, naqueles mol- ção do No•rdeste, estava o p;ró. dos nà ' equívoca .grand ;lo• • ridade tarn-o de substância co. des "-tornava-se" _ segun<lo prio s .en.tilnento v.ital de um quência verbal das p r.ocla– mo de forma do segundo sô• expressão cjie Pimenta . Bueno pov0 nos prünórdcios da exis. mações. Não se pode imagir-1car, bre o primeiro. aó mes~.,o tetn. _ "o· in:term-eiHãrio entre as tência. cóin efeito, .uma revolução em • - -·-·-·-----J----------- ODiario Intimo De Amiel -.,,._Sergio MILLIET - s : PAULO - .Em 1850, com 29 ··per;,istente e ridicula castlda– mos, Amiel escrevia: "Quei:o ter de" cQJlstata: ' 'Consumi-me co– ionsciência de ,toC::::as as coisa~ n10 um monge em vez de vrver iuero ter a inte!igêncla de tu- como· um homem.. . tto' '. (Diãrio intimo - A·miel - CohsUmit-se é o vocãbulo exa, L,ivra r ía do Globo). E sent ia en- to. Amlel qu•eimou lentarnen– lão ni\Ó llaver empregado bem te, co.mo um c í:rio. cuja chama 1cu tempo. Sua filosofia da vida bruxoleante de quando em vez , amarga dcsd.e o início, e, com b't:ilha mal-:;, forte, como que dei– • id.!·tle, a dúv ida e1nprestara a i a um:a luz r.nais cla ra ã rt.orma– ruas rétJ;~xõe& um acento trã- !idade tristonha. E a cera dlmi– t lco: nui, e de repente tudo se a,pa- A convicção, anotàda em 1851, ga . Ao chegar ao fim êle dirâ em seu Diário (a propósito de ( e serão suas últimas pa lavx~ . irouber tJ de que a filoso:fia "co- sigrlifl:cativa&) , "Minh;t aJ~a ago. loc-a mais proble,mas do que po- n iza - 1neu corpo agoniza. De tie 1·esolver", é a constatação ·(e1n to-dos os la'Clos- encontro a cêrca 1372). de que ..o mundo huma- fechada". Dent.i:o dessa cêrca, no" não o interessa ··se.não em que é uma angústia d'ia· a dia ~us pormenores'.', porquanto no mais pesada, Amiel c0mpensa o conj unto é "desolador e exausti- con1plexo de inferioridade dis• po eni que analisa os princi- paix:óe•s populares e os exces- A expulsão dos holandeses; qu>e tenhil •sido mais e.--ctren1a.– pai:s aspectos d:a Carta. de 1~24. sos •govern·amentais, entr~ .~ •ob1·a dos pernambuca:nos ~m da a diferenç,a entre o valor Ai aparece~ os s-eus defeitos progresso e a conservaçao· certos m<m1erntos contra or- heroico d,os combabentes e mais ostc>ns1vos, alguns deles Contudo. em primeiro lugar . dens expressas de Portugal. a qu.rJ.idade in.sign.iiícante do ~ecorrentes da me~t~lid~de da para um de-cente funcionário épica revolta dos negroo es~ seu · chefe. Estudando todo o epoca. como os pr1v1lég1os re- das instituições parlamentares cr,avos sob o eoi ;nan.do de processo político da revolução ligiosos, a negação de capaci- devia-se, co.ntar com a quali• Zurn.bÍ.- a "chama<l>a Guerra dos de 24, descrevendo minuc:o;a– dade eleitoral a pes.soas de da<le moral dos homens, pois Mascates a revolução repu~ menlle a su, pa-rte 1nilitar, o certas •classe s, consideradas como escr-e:ve O sr. Tobias blica.na de 1817 - são feitos sr. Tobias Monteiro ta111l:í~r,n. s i.tbaJtern'as. a 'falta de con- .Monteiro _ "quando O Par• do.s qu,e mais enriquecem a analisa a si,tuação· de Manu.el dições .comp!et:i.s de indepen- la-men,to. não é digno da sua História do Brasil. E foi pen- de Carvalho Pais de Andrade d'ência para o exercício da missão, por maiores que se- sando ,n.e1-es com certeza que no desfecho da 11.1:ta~ Ante as ma~i.str.atura. De modo. g~r~l- ja:m as suas gárantias d~' ind·e- o sr. Tobias M-onieiro escre- duas versões sôbi:e a cond:.i– pore~, era l,lma Con"ti.tu1ça_o pendência, ele as abéhca em veu esba · frase: "Perna,mbuco ta •moral de Carvalho. uma adm1rave-lmente bem fe1t<":1, )1- troca de favores aos seus era o maior foco de libera1is- qu,e atribui ao acaso e a ou– beral e a.v~ns;ada, de ~al mo- membros, dispostos ;i. t~do mo. de aspirações de auto~o- tra à fuga calculadamente pre– do que na vtsa-0 de }!:uclides da conceder ao Poder Executivo, mta e de traição gtte-rre1ra. parada a sua ausencia do ce• . Cunha com ela "tinham era- dono d-o cofre das irapas". Fe. · existente em toçlo o Brasí~~ nário da guerra civil no mo– vad_o ~m marco, ao longe. no lizmente, na.quela epoca .- Contudo a. rei:,oJução de 18 · mento d<a derrota, o sr. To– fu.t~o . E aci;escenta, ,.nJ? sey acrescenta O autor desta Bis- veve conto ttroJiv,o imediato bias- !VJ:onteiro decide-se pe1a e~a~o D_~' l~depend~.c!ª. a Re- tõria do Império_ -. "o civismo uma displ¼ta puram.en: té l_ocal. segunda stistentando-a ç9m publlC;l. A nossa h1s.oria, d~i d·a imensa m.a-,orta dw h~ Por trás do iâea1isino e P,UN!· úma a,rgumentação que mão p or diante. tecorda un1 . fa,h- roens político,s era então mui- za cr.e révolucíonârioo como deixa dúvida nenhuma a . cerca gante esforço para o alca.n- to~vivo". Frei Caneca a mola impulso- da felonia daquele chefe tão çar". ____ - abaixo do papel em que for P a ra o equili-brio, firmeza e p . D u o· ,. . colocado pelas circuns,t:ânc:as. trannonill. da estru·tura do Es- a' g· 1nas e ffi 1ar10 Agradou-me de moclo e,.;;>e• tàdo, ela criou certas .instilui- · · cial e~e cap-ítu.lo do sr. To- ÇÕ!':s que pela sua solidez e ~s- bias Monteir:c,, porque v:e io tabilidade devjà'Jn. pairar .aci- Marques RE·fJE:LO fortificar a sentimentõ de r e • ma das paixões como da venti- puhsa e desprezo co,m q u,e vo". j,u nta-se u-m complexo de secando o mondo. apontando a·s de Michelet: ··"Para mim, minha lnJei-iorida<le terri_vc1mente pre- incongruencias e as ialsida• p.aixão c,<;rileçou no dia em q(ie Ilente . Pouco afeito à ação , ti- des dele, arrancando de sua mj.nha al ma ca iu nest e corpo mi– mido até o desespero, Amíel sa- in teligência lúcida um moti- ser.ável que acabo de gastar es– be que se apresenta sem a.nnas vo ·para d e s p r e z ã-1 o. Ou crevendo isto··. Sem dúvida algu. na luta, em um mundo domina - mel:hor. para pairar acima m:,. é essa a g rande Í!.>I!,l!, g~ do '))éla i:nedioél'rà<'lde maldosa e dele. Par.a ser .d.i!erente. Tu- Amiel: a paixi10 do desgraçado. intrlgante. Em 1865, con1 ·44 anO'~; do o que ó iguala aos outr.os o ir- É . o ' que nos prende a seu diâ– des.al :!a·ra: ''Unra das vantagens da rita. ·nesde a terapêutica de seu rio e nos abre u1na perspectiva ma ldade (!Stâ em que. atrai as médico, 'destinada ' 'à média" e vertiginooa para ,rua. al:tna. A vfhmas pata seu .te~teno p.ró - qu.e só pode "estr·agar-me", até as descida ao Lnfer~o da tristeza pr,,io, onde a luta é. 1nuito dê<S>i• idéias democrã ticas da época e doenti a. lrrem~iãvel, nos atrai gual?. A JOlução será a "torre- •as p rimeiras rnanife.;taçõês da pelo q\l.e, revela . de Íl:ós'. me! >m.os , d.e-rnaríitn'', a. vida. int°r.ospecti- ciên·cia aplicada ("o útil substi- d,o isolamen;to te1:rlvel q,ue tudo "l<a..,,· a S'Ubflmação · da . iropó~ência tu(râ o belo"). Prefere ,a monar- . fazemos psita esconder. .na v-Hória do esp!rito contra a quia à ·República, porque ."um ·ou-tras razões existem ent~e– mor te. excelênte pastor vale ·mais para tanto que fazem ·cto ''Diátio" ur:na Tão violento era o seu com- o rebanho do que meia duzia ob-ra notãvel. {Empre~o o ad– plexo, que parece ter repercuti- \ie carneiros .estúpidos ainda que jetivo eflil s-eu septido real e não do de um modo patológico na dedicados''. Mas as idéia•;, ven• no mais coi;t\um de "muito bon1"). sua .fisiologia. E Isso, apesar- das ce:d.ótas c-0nduz.em à democracia, A sensib1lldàde é• tu11a dessas ra, -tra~~.9tc?ênci>as. o ator-me,n tou ao "mito" da liberdade, igualda- zões, essa sensib;ili.dade a que , durante ' a existência toda.- de e !raternRlade. Quem culpar? Valéry ach1rva djgna de amor. . Pr-o-1;essor .d.e estética em 18~.9. Os .judeus. Seu anti-semitismo tanto quan to a lnteliger)cia. mes.– escrevia essa con'fiSSão es~•ranha : é · tão feroz e prilnário quanto mo po.tque "espanta a J,ntellgen– ''Com vinte e oito anos devo fi. o será mais tarde o do III R,eich. ela". Mais- do que isso digo eu: gura~r enti:e OS' poucos que não Lascivos, cruéh, rapaces, pér.fi- supera-a, poi.5, por brilhànte que c'on.heceT'lim r,nulhet", etc. lvlas dos, ;.em honra nem digniàade, seja. a mteligênc.ia jamais se al– a sHuaçf\o· perdürou, •pois qu.atro eis cor)lo yê aos judeus, os quais ça até o !nexplicãvcl e a sen– anos rttaf~ tarde. refel'indo-se a s6 não merecem a forca porque srb!lidade o percebe de chofre. un1a. vls1ta .te:romina, d-íi'!a: ":Re- J·esu~ na'51Ceu entre êles. Mas sente-o, -.tive-o. ceba um b<.>Jjo ino'cente'.' e se es. não é oo por êsse prisma racis- Acredito que Am.Iel não se 1e;ndia em considCl·ações melan- .ta que A?)'liel l'l,os parece, hoje, i-maginav-a dife rente, ne1n pe1,sa– c61icáis ·'i! re,;,peito de :Seu isdla- b·asta:nte. mfluenciado pelos ale- va {O$Se ficar na História em .inento. ·Tem-s.e a im,ptessâo cje n1.ães.. É tambt>m pela aui.:ência virtude de ou~a.s quallda;des. q_it e,.. posterionnente. alguma de . i:i-onia, pela f alta d~ eimpa- Uma observação de 1853 nos es– • ventüra lhe fôra proporciona- •, t.ta, humana. pela carênc>a de hu- clarece : "J'.e f ai s des gam– ela. p.orquanto a propósito de mor. mes". . . e lamentava nâo ter a Mme. de Slael êl e obse~va que Ja m,e referi cet·ta vez a Mon- coragem de <:!evotar~se a uma t-erla prazer em estu.dar "essa ~aigne e a Pascal ao sublinhar <' obra de fôl~to. Fazil! escala&' :m,u~111)r e julgâ-la'' com a "ex- analista que hã er:n Amíel. É pre- mas s,eu~ e,cet ciçios consir;t.ia.m :J)e-ioiênc!! atual''. }.,fas é pos!livel ciso, porém,' não ap roximar c!e• em 'deslizes hesitantes sõb'r.e o te. que a, f?li se não passasse de uma .mastado êsses nomeg. Com efei~ clado da 11Imà. E o que mais nos llfirma9ão pre,;unçosa. p.ois em to, ,se ê1e tem de Pascal o íun- c1>1nove hoje s1ro as notas faiha- 1860 escreve ainda: "Sou misti- d9 · m.lstiéo ·e a moral inl-ra.nsi- das. são as di'SS.onâncias ou os co e1n amor: ~ômente o l.n:fin.i- ge)1te, nada tem em comu1n silêncios que ~nterpretamos. ti> m1! tenta·. Ab:\lXo dele sinto qllan_to ·a9 estilo e à _penetrasão. Acont ece qu.e êsses sil~ncíos e O'fl<H,as \ndulf,:ência. i,;id.íferençà, A~ pas~ q1.1e Pa;scal acerta sem~- es.,as ·wsso'1'lâncias 1narcam o de– i,tedade... E p9ucos d ias dépois pre, encontra exp,essão ún ica e sajusta,mento do hQmcm moder. acres-cen ta: "Terá passado o mo- va.i dire.tamente ao essencial. no dentro de uma sociedade que Dl.(;n fo de amar?" Àmiel hesita, tr-9pe9a n:i sino- ameaça esmaJar-lhe, a lodo ins• Nem se111,pre., 11n.t reta.nto. sua n im,ia, oobt·ecaFrega a anâlise. d~ tante. o lirismo e a sensibilid·a– p'Oslclio. ,,l he inspi>ra uma filo.0- avanços e recuos . .Gide , qúe o de. Amiel viveu no inicio da ' ffa' resí_gna,;la. O mais das v~zes comenta por v:ez.e;;. assinala o idade da máq,uinJI e ·com uma .l\lmiel se re\>.olta e sofre. Ne$- defeito e o .m o "insupôr:tavel". p remunição a.guda sentiu logo o se mesmo .ano e .no seguint1> Quanto ao paralelo com Mon- pêso ·dt, materialismo venced::>r. (JSS0-1861), ém que pa,rece atin• tai.gne. creio ser aindã ma.is ou- As~istiu ao _crepúsculo da c ivili– g,r o ápice d.a crise, dep3ramcr3 sado: Do grande francês tem êle zação cristã e percebeu e o m em u1n !retL d iário com fr~ es e.x- apenas a cur iosidade, mas nem amargor a asce.nsão da civilü,;a– tremamen te dolorosas: "Aparên- de longe alcança essa saude i:noral ção socialis:ta que nascia entre e ) .: de.1.1m bo,;nem e na. realidade e física qµe explica tão bem a as engrenag-ens .das J:ábricas. um neu t ro" . Ou "~e os dias 'lll'- si,mpatia huma,na dos "Ensaios'' Embora 'tenl).a vivido hã cêrca 1)t1ncados aô -amor não s·e contas- Por outro ' lado a riqueza i:nte- cl,e meio sé.cµlo. jã era um ho– sein na v.lda. éu só tei· ia vivido rior de ~miel s,e acu.mul~ atra-~ mero ·da fa~e d,! tran~i9ão, ct.ue dlas inútel$". vés de uma lel.tura iniatig_ãvel, hf>je J?atece coegar ao seu fiin. Mas Aniie! .a t1·a!a, o amo,: e as ao pa;so que a ct,:, Montajgne é Por êssé motivo, fala a noss,a muth.e res. donde o drama real. fru·to da med iLação. Este í:?;olQ• Ungua e 1;>odemos compree®ê· Ele 1nesn10 confessa : "'Pr.ocurei ca uma dúvJ.da t:eçunda en1, ca- lo sem di:Eieuld,ade. apesar de os liv~o-s - as mulhcre; me pro. da re-t;lexão: aquele >Jperi.~s $e não .co.ncordaqnos .mais. com sua~ cu.-,rra1n" . E , em 1860, ei-clarece là me 11 t.a em suas afir tnaÇ,Ôes. No Idéias. O drama que êle v iveu que ê sempre êle quem Tecebe n;iesmo v.oh ,tn;e em que procuro, a\'inge n e s t.e. momento, depoÍo3 3$ dee1~1-~9ões. J<;~s su,a "timl- em vão, os comP~tários de. G'.de d ec dttt\s guerras pavorosas. o se.u– de, : excepelogat'• o perturba. a re'speito do ;;:Oíário fnttroo'"'. quinto ato. Qua.ndo o vilão tt– Contlt<lo tenta ex91ica.,. es~a✓, per- d~ar-o com uma tta,se :de Mt, ' \<er ~)do afinal Ca$tlgado. a ale– hl;b1isão como "um dos maics chelet, qu'e taJve:z nos permJta gxía 4e Viver volta-rã. d(l&S:Í nossa gets~J<i · tão net-vo;a com i)'1·ttni!er melhor. por U ·ma palavra ainda l,)ara lou- ~ tão !'_ne'CV"ida". E. já n13(1uro. 1og)a. n encantn yar a lr.:1d:ução con-&cienci~s-a, de com 50 anos, a.!Ud.fnd.o su:i brd de Amiel. •liliilllil -- · ( Co:pyrt!!ht E. s. I. com excl) .lsivída.de . para a FOLHA sempre tne col{;)q-u,ei h isto;:i • . - ,r,o ,"rORT:E, neste Està,do). cam,ente ante -~ .figu.ra de Ma.- "-' ""' t d nhuma ntiel de Càrvalho Pais õe An- RIO - Laura :foi bem Laura. Soube de u o e ne . :Q palavra má ou · rap.coro~a. quase nenhuma palavra. _Muito s~- d:rade. Ah, a vulgaridade. a nhcra d-espachou-me rapidament e no port::tº· V • ,.. mesquinharia desse che.fé que. · Entre nós eõtá tudo •acabaqo, G11be~o. . oce save depois de se ter descuidadc- õa perf-e-ít-amtnte por qu.e. Amainhí vou. liie- mandar enl:rega,r em defesa do ·Reçite. abábi:fqna os casa os presen,tes que me deu , se.us, . cornpanlieiros na hol'tl do - -M Là 1 remate desgi'a,çado. refu•'.',a- as, u.ra . . . . 1 "' - - l)íão insisti. E' 1.nútiL B~~ noite.. . . se a bord-0 de um navio ingl~s. E entroµ. Senti um cei:to ativro, o alivio dos v-1nte ~nos fica eillad:ó pas:atamen-te no feitos de in:consistênpia. Dagmar- ~me~ esperav'<I: D.agn;ar ~ e es,t.tari-g-e,iro para voltar ern olhos ma-r:11'hos. d:e pe-nug:em• de pesse~o nos seios- como pe5' sêguida. -anístirud-0. e (l'jn::1 11 se -segós. . . . . . h eleger, ,(i;e.z .~nos d·epois, f~– N o outro dia· rec:ebta o pac~·te com ~~ le~pran_ças. que l e na.dor do lm1:1érioi "Ai, oo. Se• d;era. Li.vtos, revistas est;rang.ei.ras. uma caixa dE; -sa:bonetes nado, con,verteu.-se em, n::1li– (que não usa,ra), um bon~uinho 1_11'!1-Scote, uma Jarrinha p.e dra&ê" '7" segundo refere 0 cerâmí-0a italiana, r e tratos e a: ~ulseir!nha .q.e_ ouro, tudo m,,uito histori•a.dor Pereira doa Sil7a. litnpo, ~ovo. perfu,mado de ma,va. como .ohJetos_que_e 5t ~v;i~ , Por outrq- lad'O, o sacerif:\cio d() sem cu1d&dooamen,e guardad?S, o 51ue, rpe como:veu 1lm P povo e deze-ssers · mártires en• e por breve n~omento m.e d~ixou 1n <le-C'.S<>. grandeceram o n;m:n:~ da Coa. o. bonde éstav:a chei.o; roasºEdéJ\,íeiss - Bom di~ !. --: en· f~~~ração <d~ _Eqüa:d~ na I~s- t . · , . .s-p~e"'-"do· ru· g·a~ ,,;,. m·el1 J•,,d·o num .,os ·· utt1mos 1oiia, co1no Ja . a;c0:p.veoei:a c~,rn- co1:r. tOU iim Wi> ' ·•,.,1 ' '!' .,·v . . = . . . u . ' '< l - . . d 817 o . ,· bane-os. Su}penoi, .J'e.,ignado. a leitura •!Íe ~:u;-q\l;es ,Çha•raonne. a 1;e.v.o uça-o f: 1 . .. pr1- que andavà ffte $eduzind.o,, g-epto qu~ elá n~o percebeu, m~1ro, deles _(~1 F1~1 Gan.e~a. --lYf ! que· qu!lse petdía êste bonç!e ! . cuJa. exêé'Uçao ~ta d.escr-1ta. --Nã.o sabja q_u.e mor a.va para essa.s b~nda~. n;i.ag1~tra~m-ente_ no tomo I de, --B.:escie ontem, s(). Mol'~Ya ém São Cr1sto:v_a~. . O P.rurl~u-o J:,ein~o, ?O'm este Apetitosa u.ru nadin:ha suJa US·a peiltea<los n,1rabolanles, tre.cllo flnal: A seren~.dade do cada dia um 'e é nov:a n 'o escritório. Da fi t inha de-- v:eludo no paci€nté inspirav:á ma-is que •Pesco_ço_ bah1.11ç_~. uma ,a:~aníaj-ada i·ajcç,la i:e.ndilha<la de ma- ~i~~d_e.. J n.'>P,:íra"'.-à a<l\nitação. <i'repfr-0la. Note1·}be um ar a.marfalhad~ .: . prenuncio da Vm-doura CJt1e• - - Você- está com · ca.ra de sono: Nao. dormiu .? l:iri:dade. A.o' deseer da fór.ca . ~-Dia de -mudança 1üng~1em çJ.o.rme. .direito, não .é? Ima. e encaminhar-se ao posto do gine g.ue qua11do cheguei do esdritório siuda ·estavam desccar- sacrlf.lci,o, éle p;ediu· que O não regando os móveis -'· u~ atras~ -loucg:! ~ cas~ estava um fizessem •softér por mais ' tem– ve~'<'ladeiro,.f:ege, e, po·c· c1m 7,. a L1gh~;nao· 11-go_u.a lu,z. ae ma-t po inuH1n)ente. · A _primeü·& ne1ra qu,e foi um horror pa 1 1a encontrar as Qoisas na hora de d,escar"a abateu-o e 1luminoti– do1."1.njr. ~ão pregpei ?lh.-0. . , . .. . ,, · lhe o ~aminh-o da Histó;:1a". . - ""'E. esta h)stó;·u1 de mudança .e muito ehata · Aba. Compreendendo talvez que a: mino mudanças. <Cu.1çlado com o espelho!) _ d -. • t - --:É, có,rr(d' eu. l;)ets§i;fô ! 1:iifel~él;te _lá e!}l .c;isa nao con enaçao a . mor~-. nao J;•. sio d;i· 1?:lesTna q,p,inião. Vf~•fl'.\ com os inoveis nas .Cl?8~!l- presentava um . ~astrgo pa, a --A gen t e si dev.ja se mudar p.a.ra o cemlte.r.i.o, n~o aquel~ .. pernambt1canos., q1:;.e h ? ' ~ · • · - nao tl'nham d,el,a nenh:um n1e- a-0 11 Eia r'i-u : do, o goyêrjlo imi;>exJál resol • · l)eus me liv:re 1 v~u _punl_r toda uma popul~- --Deus nãó liv r a. , - çao mutilando.-lhe o tert,to- Ela n·ão sabia o ,que dizer. Veio o condutor c11ocalhancio • riq - "ond:e os seus anten~~- níquei.s - faz favOI, ! '!:'aguei a pas~gem del~. sa<l·os lutaram comó ne-:-.:lis --Oh! ob·x:í)i;ada. Não p~ecisavã se itrcomodar, p ata presel'var a nacionaliéla- --Não é incômodo. É um _prazer: de incipien,té dia ~onqu:ista .liô- . Muito obrigad.a .! · . . . . la.r.'l<lésa'; - po'r eféi,t.o .,do de- E o m.otorrreir9- m ~t.ia ~ o bof!d~. na ,cui:ya co'ln dêsmedido ereto qu,e desli-ga\Ta de Pey- ,entu.si: âsmo. Os corpO:S se Juntaram -1,icl.u~adqs. ·n'.ã,mouc·o. a vasta comarca cte --O b~enzi11ho está "·com a , cI:_01da'.'. . . • l:;ã;o Francisoo, dada, prjmeil'Q Ela ~onf1'l'ma de ça,beça. Hã um -desses s1l,ê_n~lO- ;9._ue pa- a Minas Gerais e depois à r~e~ nao ac~bar. m11is - que tr.a;zem uma .esl)e€1e 1-e rep.ug . Baia .com a quaJ fi<X>I.! até n~,c:a ou -a1um~s1dade no $eu boJo. É P:te<:iso vence-1~. d-1zer hoj,é: dispondo embora de um. maJS algun1a coisa : t ·t · · · •'to · --Está satis:fei.t.a com O empi:êgo? err1 01'1~ !llUl maior que o - -EstQu. São m1Jito . gentis. (Sorriso do 'adjetivo). Mas do_ se~ vi~tnho e a _desperto_.~ª chego em c::isa e'li:at1?ta.. sem co.ragetil pa-ra i.nais n.ada. Onde in1qu1<lade çl<!.qU~ ea,s-tigo .e,~tava, a,ntes havia ·menos •que fazer: com. que se ~brava. dPG. l}er-: - -Ond•e é qy.e ;você traba1ha•ya 1 n~bucanos. ~m sangue ~ em. --Num escritório de éoro~ss.ões e repres-entações. Na ruà, terra um .. preço terrível pelo Sete, · · seu -am-0i': à causa dia, liRE!'vdà.– de 'dos homens. ' ,. --Por que não ficou nele·? --Fechou. Os sócios briga,ram. 1 --Ahn L.. (1) '.l'ol:>ias Mo~t:eiro - nts- --Mas tra.Qalha.se mesmo mui.to fá. não acha? . t.ória d&. Jm,pén o, O Prlmelr., - Sim, tr&balha~se, mas em oomperisaçã-o ganha-se inül- ,tei~o, tom_() I - ~- l3ri~uiet to· pouco. . . '\ c'I!: . C(a, Edftote-.,~ - Rio 1939. Edelwei.ss mootrá o.s. alvó's dgntinn~.: nistória a·o l1np6rlo, o l'rl- --ve.::~ é. tão gaia,ta, tão it.õíüc().. -~ r mei:ro Re lrt4d,o 1 t<in11) IT ... 1,•. --V&t:ê acb~? Btl,g,uie,t & Cta. EdHDl'('a - --·Ti)4os a,:çhàm. '110 fSCr~tó,:i:o. ruo -r- 11).fQ. -- (~uem V'ê r is~. 1;1'âo vê ê:éra;«ião).,.V:J!'ja,m s6!,,. " conv.ers.a continua dessab-or1da. pu1<ada, a ançh os ju fos ao ctit6
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