Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

1 ,,, --✓'~.• Pãgtni = B s·rou _convonc,ido :d.e qu.e ·os .amadOte_s qu.e não se J.eixam penetrar pela mú• #ic.a moderna auim o !ªz~m em grandeo pâl'te porque nao ouvem os autorea .i,tu.·ai& com a · mesma laSsiduidade com que ouvem oa cl&ssi~1•.: e QI românJicos. No J3rasl\ na verdade, o ambiente · Dão é :iavoravel, pois não pos• auimos ainda organizações çul– tú.r.ais capazea de educarem oa lhteressadoa no assunto - ape. sa:r do êafôrço ifolado de alguns verdadeiros heróis. Há dià.!<, prell'ava o conhecido e-rítico musical. sr. .&urico No• gueua França a necessidade ~e ae iu.nda• aqui uma sociedade de Música Moderna. Só pOdere– mos 'aplaudi% semelhante idêta, que desejamos ae torne em bre• va concreilzàda, - se bem que pessoalmente ;tchemós - . .confor– llne assilialamos e,n crônica an• Jerior - qµe a etiqueta ;inode'r– lià obedeça rt1ahi a -~m crüário prá'llco de referência, do que a Ílma realid.ade -.st'ét!ea e filosó.• :fica De fato, poderen1os chamar. por exemplo; Debussy de músi– co moderno? Ele já é para nós um clássico. E que 'é clássico. no· nosso conceito? Clássico .é · o autor que p,erma~ece, cuja obr,a liit transmite de !Jet'ação 'em ge– racà\>. oiim .intérêsse e valor sem, ,Pfe r~1?-ova,dor. e univerii,!ll. l'tãp re<!:~a dúvj\1a que Debus~y "fi– ca". Portanto, é um clâ~slco. Não devemos· observar os c6dl– g,os convencionais de classlfica– Ç1i-> seg,·ndo êpoca!f: °Bach, por i (Continuacão da 1.ir ;)âg.) Ora a verdade é <1,ue toda. - a. magia religiosa i'inporta iro.• pósiçio e, logo, ll)al. T?da: iDl- 1>ósição. ainda. gue seJa P~ aquilo qµe repummos o bem, e maléfica, Si pedimos a frei Fwiano de Cristo que afaste , o ·nosso filho da dati16grafa. loura porqqe não a co1isidera... :mos ~om reputaç~ l>astante J)a1·a, q;ue possa penetrar em nossa fam'ília pelo casame11,to• com o nosso filho, julgamos nós g~e esta.mos cumjrindo nosso· dev:er e .praticando o bem, qualido é cla,ro que não estJ.~l>S se.n.ã:o seguindo os mã.us impulsos do nosso pior egoismo. e julgando. que a di– "'indade adota os nossos pre. ' ,, . ( . / eonceitos e a nos'sa moral de clàsse. Ainda que peçamos. diante da Eucaristia, na mis/1:' catól.ica. qi,Ie nosso filho deJ– xe de bt\ber ileoo'l. estamos evidentemente atentando con. tra a liberdade de errar do nosso filho. . . (1) • • • t Mas, voltando ao nosso es– eôpo. de que evidentemente nos afasta.mos algum tanto, le. va1los pela necessidade de conceituar magia, alü.s im– :prescindlvel à clareza deste .nosso trabalho, entremos pro– priamente no estndo, que pro. metemos empreender, da con. fusão existente. e, da. não obs– tante, facil distinção, entre •:niacumba" e "pagelança". Lembramo-nos · que quando Iniciamos, aí por volta de 1937, as investigações a respeit,, dos leu]tos chamados fetichtstas, tem Belém. tivemos ocasião de ~onve'l'sar com os "macumbei– NS" Sátiro Ferreira de Bar. ,ros e Raimundo Silva, do bair– ro da Pedreira. e ~aria Agui– ar. do bairro do Marco. e ob– servar o ódi~ que lavrava en. tr" eles. .'Julgamos, a principio. que 15,. tratava de natural concor– rênc,a. ~ simples competição. Verificamos, dep-0is, que a causa era mais profunda. Tra~ -tava-se exatamente. de.sse an– tagopismo. entre as duas cultu. ras. Sátiro era descendente de negro. tinha na.rentes na Afri– c:a. Raimundo Silva e Maria AgujaJ.' vinham do índio. Sáti– ro q_uebcou-se-nos amaJ.'f\'a• :mente de que Raimundo Sil– va e Maria Al;:'uiar desvirtua– vam o culto. Verificamos, de. pois. a verdade dessa queix::. Maria Aguiar fôra ''pagé''. Trabalhara com "pena e ma– ncá." no Entroncamento. ·De– pois. de súbito, se fizera "n1a– cuml>eira". ... • f'OLHA DO NORtt Domingo, 31 de ãgósto él~ 1947 =a;a;;;;;;;;;;i;;;,;111.111,a;;;= ., MUSICA armação - --- · concepção da tonalidade: ~ çou, como eril 16gico, por um desafio 1). dominante concepção do acorde con;io únidade d.a to• natidade, e foi por via da Fran• ça que pela prlmell'a vea ~ sou- • ·, be que o desafio não era uma e I SeO t . eeo simples e vã afirmação pesOoal · , de r1tvolucionârlos, mas que . o■ composlJores tinham .verdadeira– mente aberto caminho numa no– va e almejada regifi1:>u. XIII Otl.a1t90 êle eSCTeve "pen :vi• . da França"• tefere-se eviden• •· pollimlco da nossa época. época tenuinte a · Debussy e 80 siiu · ....,. 'JV\ . · 1 'JV\ d s de 8 ,.,,.e1111ão e de incomparável napel h ist6r ico na liberta• el<emp10, é clda&1co, porque ,,,~-- ur 1• o . e n e ,.. ::a•o da mu ·sl.ca dó impa_sse em manece; e é tantbem moderno, mal-estar social, pa:a ver que as ~ ,_ d mo- od t a essonân duas :reiitri,..ões procedem afinal qUê 6ê achava, depo,.,. o J;Orque pr uz vaa II r . .• ~ vimento wagnetiano, com .ru t:.e• cias no Jiomem de hoje: 6 m!'íll - -- da mesma origem. roenda e,cp·erlências ret6t1ca11 d~ moderno do que Si.beUus, por (Excluslvldade da FOL'ltA X>O NORTE, neste Estado} Existem, entretanto, m u i t a s M R ger -e exemplo, que ainda está vivo, tentailvas de -recuperação da Ricardo Strauss, ax e ~ ~ eilnpllcidade, l!lto é, de captação outros que tais. o.s recalcitrantes precisam hld.6rlco do ~div1duo; 2°, apre- todos os lados ª pessoa mais do que existe de essencial e per. L O g o 'depois de Debus~, O l\bandonàr -a falàa concepção, d~ aenta uD' excesso de peaquLsas .lnatenta ·e distraída do muu d '?: manente na alma ,humana; de menc:lonado mustcó1ogo enume• que a , música moderna ,foi feita e - de: c~mpliéações te6ricu, per;- a tr-agédia soclal força a consct- que são testemunhos á:s sucessi- ra os nomes ilustres d! Schon• da noite paza o dia, por , ~eia dendr, em ingenuidacl.e, ou <li- êncla d~ Inconsciente• e desen- vas •voUas" a ;Bach, a Scarlatti, be~. ·scriabine e Siranv111-skv co• du 'zt~ de malucos que S9 se pre- -poniz,.ne\ciade. cadela Possll>illdàdes a~ormecl- a Mozart, a P11rgolesl, etc., ten- mp ªOtl tiêa grandes sacerdot~ ~ d 1 · • "o t"'m ãas em perlodoa de ·maior tran- ã · ,. ••· d - ·ca modeina , ocupam com eK.leriorida es .e Estas res ru;oes, repu , " tâtivaa estaJI, de resto, n o h.en - da· reu.giao a mwn · aensacionalismo, fazendo barulho bat• na re-alldaae: - :in,as o fato quJlldade coletiva, t: por l:lso tas de perigos, visto os compo- Sc~onbel'!J, segundo êle. 6 so- com el ·emenío& do "iazz", ou e•- é que nenhum compositor ·m~ que de há multo. acho acadêmi- sitores 8 e apegarel!i multas v:e- b:rétúdo um <loiltrlnãrlo; Soria- t 1 ~•-10 •-dl co dJ.scu.tir a .,.,.,.tieipação dos d "•entido da Pa"·,an•o· o burguês com dis'lO- derno em a CJ1 pa ...,.. • ... • r- zes a pesquisas do laboratorlo blna, apesar e seu ~ . .. • ~ s .._ ache~ artistas na lufa aoclal~ quelza ou nerg1a i,'!.O na ·n,tas é.speras. A música· mo- vidualmente.,, emp•.., e · que podem redundar num artl• beleza e enorme e . · · .. •- __. não queira, todo -mundo. hoje l s•· -'-•ky dernà. ao contrário, _s6 pode __ ser continuo a ae..ar, que o ... v.- , ficiallamo indesejável, por mas d'elxou escolas: a L!a,.- . duo (sobretudo o ln_ dividuo de participa, J)lão é preciso entrar fln d 8 ·am •-•en t · ior cap11cidad" de con'preendllda por quem apr;o- em nenJ>um -p;u-tldo politilco, re a as que e1 sua.a ...... - per ence a ma dµl,á- fuudl!,t O espírUo da velha mú• fôrça criadora) reage sôbre a so. b;ista ·entr,a.r numa fila.. _ ções. 11essonânéias, pela extraor · . stea. da polifonia e da mú!ii""' modernamenie o !JtUIX> social Quanto à pe-da da e"""'••a- ~ ~ - rla tnfluê,icla que exei,eeu ~~ Ciedad. e.· m· u não h"' dúvida ,.,,e • -.-~= 1 tr d G os•ans do :Ar.tur ron,annca. .. ,- neidade ou da ingenuidade: is.to No s&ll cur~o, m.as substanc o,- carre a e o "" . . DuM restrições, aliás, com b • · 'peis.a demais 'sôbre a fo;rml(çiiu ' devldo a um encad_eamento ao - ensaio sôbre a hist6rla d~ :Sli:sis, dos mWl!,cOs do "G1po se terta, pqdein ser feitas à mu- e as razõés do lndi~u.01 tal fe- db motivos mutto compteJ!:os, música. assim escreveu o mu-· doa: Seis''' de' PariJ,.e da Pro co• slc:t m-0derna: _ 10 - corres- nõmeno de fácil observação, bl· que c.si, tamente não trem:os de- sicblogo Percy ·e. Buck: ileff _ u,n dps ma1ore~ c.ol '!lv.r– "IO'.'\de a uma fase de transição fl1liu poderosamente sobre· a cria- $embrulhar aqut; mas baata re- u A batalha que presentemente &µ<>,l',ea da nossa éP,OCa - além e sociàl. acéleraGão da 1 u t a de ção azUsiica. fiel'" no carater excessivamente se trava é um desafio à velha outros,. cla.sses e diminuição do pap<>l _ __:_t>.~tr~a~g_:éd~ia~_:sóc::::_l:al:__:e::n:v:.:o::1::v.:e~d:e::...._:.=..-:::_.=.~~----- --- ----.:.' _,_________________...:......,,...._ __...__ DOS REMANESCENTES DO -~NDIO E DO ·NEGRO ,.., . NO'S RITO-S BARBAROS DA PLANICI_E ' ~ - • - posta. n1aria Aguiar buscou, de certo a "macumba" como •· abrigo e refúgio. O cabôclo aproximou os seus dos "encan– tados" do negro, as&im como, outi·ora, o nefl"O procurou conciliar os "encantados" da cubata c:>m os "santos" da Ca. sa Grande. O certo é q_ue Ma– ria Aguiar, "pagé" índio, dis• virtuou o culto negro, .conso• ante a queixa do "pai de san. to" africano Sá.tiro. l\laria Aguiar levou à "macumba'', senão todo o ritual da <lpena e maracá", as canções, as cantí– gas, as "toadas" de seus mes– tres, e certas expressões téc– nicas, próprias dos "pagés". e embebeu de ''pagelança" o rito dos "babaloriiãs''· Os índios começaram a ser indevida. mente invocados nas ''macum– bas" dos negros. O "curador" .João da Ma.ta-, o "mestre" De. sidério, "pagé" de fama, o ' 'mestre" Umbellno, o ·"mes– tre" Marabaia, o ·"Ca!Jôclo Pe. na Real" entraram a aparecer, sacrilega.m.ente, ao latlo de Ogun ou :X:angô. Hoje é -âifi– cil distinguir a, "toada" indí– gena, que se éanta por ai, nas macumbâs, das verdadeiras melop·eias negras, a não ser quando estas surjam em afri– cano. E ainda assim, não esca. pam totalmente ao perigo das interpenetrações. Mas existem muitas melo- ~~ à1 , - ., • peias típicas, e reconhecid:i-– mente de ,negro, e-m porlugues. E', reaJmente. difícil_disfing~I– Ias das do indígena, a primeira vista, mas, felizmente, não é imJ:>ossivel, à luz de mais cui. dailOso exame. E' esse trabalho de dlstin. ção, que convém empreender, sem demora. E' o ·que estamos tentando fa,zer, tateando por aqui•. Podemos, de . início, assegu– rar que a "toada" do "pagé" não deve referir-se a a,1to mar, sereia, navio. Quando se co– lher em sessão de "pagelan. ça".'motivo aludindo a. tais cousas, cumpre pensar--se logo nessa interpenetra.ç.ão de cul– tura, a que viemos nos refe– rindo. A "toada" do "pagé" canta, e~. regra, a mata., o igarapé, a praia, Possue uns refrã0$ caracteristicos e curio• slssimos; o cavalo alazão, a areia, o areial, o curumlm, o menino, o menino da mata, o menino vencedor, o caboclo guerreiro, o ca:bo<llo pena ver– de, o patorí, o camarão mili– tar, a aldeia, a ~aráJ.'a amare– la, a arára real, etc. Depois, a. música dos versos do "pagé'' é mais dolente, é mais dôce, é mais lânguida, é mais embaladora. . . Traz co– mo que o a<lonchego das i:êdes indias, o acalânto das águas correntes. o embria:ante 11er- ,· ~~ - ' r, ' ~ ~t-· ......... --: -- ...... -• - ' - ~ - .. 11 - - - - ' , • , . , • ... - -, ad ' tume das cunliás ban,hadas, a ind()lên!lia. ~os, igarapés c~mo que l),donflecÍdl)s entre ali l,r– vores, a poesia dos lagos, das aves pensativas Jia$ margens. em sombra. to~a a ternura e a 111elanc0J ia d_as nu~tas vir– gl\ns. no Inverno, ao anoite. cer... Eis alguns versos significati– vos: Garapé das "alma" hum, hum! O Reduto é meu lugar! Curumim é meu irn1ão Camarão militar. Ronda, ronda, rondader eu quebro na mata sou menino Yencedor! l\'Iinha pena. de arára amarela eu venho de barra afór-a Eu venho, papai eu venho, ma.mãe , eu venho de barra afôr& Eiá! Eiá! Tapetaouara indio velho brasileiro Baixou Naguna debaixo deste pampeiro! Eu tenho. eu tenho, eu tenb& eu tenho meu patJJri Meu paturí é bonito mora no rio Arari l\leu cav,alo é a.lazão corre nas praias do Maranhão. Quando eu me encanlel minha mana. chorou Não chora minlia mana. Eu vou. Mas não vou morrer Bjcho do fundo me levou para eu acabar de aprender? • [ (2) A música dos "terreiros" é mais forte, mais trepidante, mais sacudida, mais aguda, ',, - ' f} .J,.. . . -·· .~.:h - ., -Y.r ' ' ... • tem me.ner.,; qttebfa.nto, .menos doçurá, menos ' lirisffl!l), ()omo. g~e ,~énos spnh~~ ~inda quan. do em versos esf,irados, te·m– bra os cantos' guerr.eiros. con. vulsivos, ,dós sacrifícios, as fes tas paJã...ci, dionisia.c~. os ex– tasls c:act'rdotais, as- oferenda! gotejantes! . . . O pai do terreiro chegou ?-• [g-ora da Baliía Marquês d.e Pombal chegou [agora pra l>rinoar. ou então: 1\lãe Zezinha :nl;\Ddou Ei Mãe Zezinha ! Mãe Zezinha. mandou Ei l\fãe Zezlnha ! Mãe Zezinha deve ser a fa– 'blosa l\lãe 1oséfa. do terreiro da rua das Moças, em Per. nambuco, mais conhecida por Mãe Zezefinha.. Outra: Terra de l\lina r Nagô ! Terra de l\lina r Nagô! Terra de l\lina t Nagô! Os refrãos da pi>e3la negra são evidentemente: Bahia, Marquês de Pombal, mãe, pai, terra, mina, nagô, "prinspa'\ ina,na.. "reis", rainha., ;mar, "dão" 1 oão, etc. - A!s vezes encontra.mos m1r tivoo de "macumba" em músi– ca de "pena e maraci". Nestes versos. oor exemplo: Prei ! Preá ! Preá ! Sereia do "má!' L,;, ',t . ~- A., ( MeltS "encante" é muito J().nge, lá no meio do alto "má" ! "'leus "enea.nre" é muito long~ .LY. , t ,, ,. ,, t -- li no mei.o do alto ma • .J>r~á ! Preá. ! Preá ! Sereia do "má" ! A nã.o· sel' a invoea,.çãQ IJ·!J ani:mat "v;reá", nada _existe de poesia das u.Uas ~essa Iett:a.. Alto mar. P'.ll~a~ado. s~e~a. tud.o é muito _de ntlg,ro. Jl:n~e- • tanto. a riníslca t eJn o veUio acento O velho queixu~e sel– va~em: estirado. pré~uic;.ql,o, dofente. indolente, a vel ha ca,... dência fatigada e illconsoJ:a.– veJ. t.al °\(ez a rtimini.scêncja ll<i_! aldeias incendiadas no mort:· cWo da colonização, e. a ditt• c~ldii,de d·a fuga p~Ta os ocea – Jticos e libertadores reino! •• azuis ... Por outr() lado, h:t .ve~«tS, em rítroo g-a,lopante de "n;t,a– cumba". com l~tr/\ evidente. m~nte ~ ""CU.r.adoli'': Jô ! lnana. ! lô ! l nana ! Chegou João da 1'{ata ! ChegotJ mestre Barabaia f Iô ! Inana ! .João da Mata (Jã. o d)sse– tnos) e mestre B~ral>aia n~o são "pai-, <},e terreiro•: ou "~~•s de santo". São "pages". Ahas, anote-se que o "niina" não in._ vocà os "pais de santo" mor. tos, nu "encantados'', como eles dizem. llomenageia-os; oo•· mo homenageia os g·randes da terra· - os reis, os 11rincipe$, as t>riucesas, as rainhas. o mi. nístro prQgressista. qne lhes minorou a escravidão - Mar. quês de Poníõàl - os nobres, enfim e se referem. como é facil ~bservar, mui~ mais . .– es&a gente. do que ·a seus pró. prios "pais de santo". Os '.'mi– nas" trabaU,-am com n "santo". inv0-0am o "sánto'', Ogun, Xang,ô. etc. ~Jas. a~ próprio "santo" eles pare·cem nã.o ln• vo(lar durante o "tambor", Donde, a nossa QO!}clusão .de que a "macumba", no seu iis. peoto es1>etaóular. não .é pro– priamente o traball)o de fei– tiçaria. dp "macumbeiro". g parece qne esta.mos. coni a ra. • zao. Observe-se ainda nos verso.s acima. que só o vocá.luzln "Jnfl,.. na." é africano e. portanto, da "macumba", assim como a música, a cadência. o rítmo que conserva o balanço apres– sado e agitante iio "candom– blé". Entretanto. . o.uvimo-Ja cantar num "terreiro". E' cla– ro qu~ se trata de uma inle,:– penetr~o. Parecfa, à primeira vista. es.– tudo- cu.-ioso de sincretismo c:ulturlll a empreender. Seria que a. cultura negra, ~lhor equipada, sobrepujara a menos aparelhada cultura indígena t Sctia que a indumentária das :mães. pais, filhas e filhos dos "encantados" da Costa, sedu– ziriam mais a imaginaçã..J da c:abôcla. Ma.-ia A$-ui:tr "'º que i . ' - • - I " J ✓ r - ~ Dir-se.ã: - mas é muito fa. cil distinguir o culto dos ol"i• xás africanos das práticas !slos "pagés" amerindios pela. Jin– gua. nagô. e.abh;1da ou gêge, us:,.das entre os P.r imeii,os, . e pela indígena,. ut,lii atia. s~m d1ív.ida, ~los segundo:;. Pare. ee que <Jevia ser a.ssim.. Mas nunca aSsistimos a sessão de "pagelança" em que ó "cuta: d,or'' cantasse iodo o tem:po em língua geral. Pelo eonf,.r-.irio: a r cg'ra é cantar e,in p or tuguês. Uma oll. outra ' ' tou.da" ell.\ in– dígena. Oonr-, 1\D:Íloga à confe– c e com o ,.,l!ambor de nlina" entre nós. Somfn'te 1'10 "lre,;-r~i– ro" do finado Sá.tiro Bai-r08 ~ ,. 11 n1u1,...,. de seus - ... e- ndios . l ~á-o sabem"'o~ :\Tas erémos q ,,., na.e. 'Iraiou-,e, pro ·avel– :rue11tt. daqpelc r t ,-.i.• u 'da . r~ - p1· io n t•I I q 111,h o.s a{ li) ' r • r • ' Ollvilni,Y.s cantàr, con1 ma1oe (·Colltintía ~,a 2. ª pâ.a.)

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