Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

• • • • • # ...... lãiPIIWdM ■WS , 111b • RIO - A vida do poet'ª Mu– tiil•o Mendes, tão e:miquec~– da poéitieamente pelas 1nais ' perllll'badora:, e des~rdena~es experiências, pod4!'r~a ser 1~– ~ta.m\ como uma adver– tência , não só aos owtros poe– tas como ao próprio m'l.l'Il.do a • • • que ele d1r1-ge sua mensa,gea:n. B'lla bistória começa na cida• de mineira de Juiz de Fóra e terminaria nO' comêta de Hal· ley se a inquietação e a esJ?e– t"a.n~ não o levassem a novos .caminl1os. Enitreta.nto, et\,_ke estes dois pontos, a,parente– anente inimigos, ·um situado ({entro de uma pitoresca tran– q .uiJ idade geogr_áfi.ca ~ outro !rocalizado -em terrenos em qµe uma libertinagem esil'atosféri– ca é o primei:ro sinal d'e uma. ..~esgo,ta.v,el riqueza .poética, o t)oeta Murilo Met;ides se está. -bele=u sem se tomM' indife– irerii!e, participando, cgano ~r. ll'Orisl.a da ~ia desse mun– do qu-e: alimenta 'a llJaior pa'r. <te rj.e sua obra. Dommgo, 31 de agosto de 194'1 -·--\- Diretor: PAULO MARANBAO ' ' • NUI\L 41 Mulher e d o Umverso. Sua est ranha biogr afia, vi– vi-da ·no Distrlt<> Feáer al e co. nhecida apena1, por um pe_que~ no núme-ro de amigos ínbm0/3 é o qu e se poderia c.h~ar de biografia de um mágico, d~ unn paralizador de tráfego - história do homem que ab riu um guarda-chuva 11-0 Munici– p al quando bisaram uma mú.. si.ca i,hfame; do que sug,e,rfu a fundação de várias socíed·ades, en,tre as qua,is uma con;ipcJ.nhia de '.seguros par.a indenizar os 1 _ que, em um concêr to, ouvis~ sem qualquer composição de oitava ordem; do que ideali– ZE;>U ó Cl'ltbe dos fuimjgo_s de do, que se serve da. poesia pa. __ Lêdo IVO __ com a pesquisa e a. invenção, ra a pregação de idéias qu~ mas sail.<var a humanidade, se traduzem, às vezes de um m-0. ,. ._. d t ta d - bem .m'....en'""o e· ~ésco.n- (Copyrig~ 'E.S.l., com exclusividade, neste Estado, para a =•ª a o asse rum compor - " ..,,. v-, u FOLHA· DÓ NORTE) men~ q:ue traduzisse uma dis- oerta!Q,te, a sua personalidad~ ciplinà J)Qética. caitólica. . movimentos de sua inteligên• ontológico, ao buirlesco e ao, No oaso de M·u.r.ilo Mendes Difícil senão impossível, fa. eia e d-e sua sensibilidade sus- SU!Pra.real, e aos elementos biogra.tia e vida se fundem lar sobré uma poesía sens-ivel. cei>tweis aie serem expresso$. impmos ou surperio.res da em uma a<lmiravel unidade, mente rica e indomável cómo Mmilo Mendes escreve P~- viõa. Essa mi s tu:r a de -3iinibàs interpenetradas. a do autor de "As Metam01'- mas como quem passasse tel ~- planos e intenções torna sua PARO TR1!.:S A.NOS· EM foses" usa.nd -0 apenas as suas gramas pa.ra toda a hwmani- obra grita:v,temente panfietá- 11:XTASE DIANTE DE TUA linn.as gerais. 'J? a.ra Mu'rilo dMie. Cada :v,erso de sua auto- ria. Ele quer resta11u~~ sobre- FOTOGRAFIA · Deanna Dul'bin; do cat ólico que abençoou, dian.te de m i:. JJha;res de pessôas, o caideal Pacelli, ·hoje Papa, quan<ló. de sua visita ao Rio; do cristão que; caminhando de cos.tas, !libençoou vários tuiistas ·ale• mães ani~ da guerra. O ·que m·ais ia:11.pressiona em Mu.i,jlo Mendes não é sua .per– si&tênte parlicip.açãro do tnun. do e dos homens, suá 1-u,ta., sua. huma.nitlade poderosa, a cari– dade /:lo poeta cujos elementos mais feérieos parecem vir da :re.v,elação espantosa daquela : n-0i.te em Juiz de Fóra, .quan. d~, ainda meni,no, viu o co– :mêta de Halley. O fato mais Wpressionanite de sua exisítên. eia literária é sua paixão. e só abravés dela é que se póde ,a,ceita-1o e compreendê-lo. Mendes, a l'llta com as. pala- ria é a. con&trução e a im~- a terra o primaid-0 poétic-0, que O mundo registrado pelos vras conv.ed 't'eu-se em úma- lu._ sição de um as,~o da Vl~a · ~1:u~.ionaria as dÕl.'es, às an. l<>:rnais diários e o mundo qÚ.e ta com as·imagens que· as pri- e do mundo que ele d<es;cobr1u. gust1as e as ,fraqu_ezas ~o mun. 00 projeta desge O Jinlci-o d()S mei<ras formam; e inoa;p~z de Novas realidà.des são-nos co- ' d'O. Em sua poesia, existe um tempos até agora se u.nifica,ni. dar a cada .poema' a sua reali- mti.nlcada.s; o que não supu- c!>nvi~ à ~ção. Seus exerç1· no canto mu•riJiano· tendo co_ da('Ie formal part!cu1ari&Sima, nhamos existi,r é enun,cia<lo Clos n-ao visam, em seu oon- D?º l~it-motiv priné~ a t t ilo– preferlu ttansfo.rmar a todos pelo poeta, diab.oliiCamente tê1;1-'<io did~iéo, sal~a·r sua pró. gia sunulitan earri ente quo.tiàia– em veíC'Ulos que registram os atento ao ijuotidiano e a-0 pr1a poesia, enriquecendo-a na e sobrenatural de Deus, da -----=------------------------------- ~ elementos, ~unidos e ren~nas de outros. impressio– nan tes ó,u pitorescos, consti• t1,1em a biograf.J.a de Muril,o Mendes. Quero revelar ainda um fa<to que poucos conh~cetn. Há vários an,os, movido pela ' · sua paixão a Mozart, 6 poeta comprou e mandou b usca'r na Europa inúmeros discos d~ W-olfgang Amá.deus. Murilc Me nd~s dormia por assim di– rer .Q.o 'chão, e p assav-a os dias ouvindo João Crisóstomo. A– con.teceu q'Ue, certo dia n ecfS~ si.tou ia- à cl<:la,c!'e e> regres&an– d•o ao, seu quarto, n.-0 i:noroento eprato .em gue en,trou n ele, d~- Paixão em poesia determina a transfor,mação de um-a àrte er;n uma filosofia de viõa. Os ·elementos espi.rituais que no.– itea,ram sua · presença são os .res,ponsaveis pelo desvio s,e. g•uido pela sua personalidade, MUSIC-HALL , J;>aro'il-l;1e-lhe l:1lffi jovem vesti– do de- azul, que o esperava e er a nad.a ma is naida menos q ue J •oão Crisós,toono Wolfgan;g Amadeus Mozart. Muril o Men– d'es desmaiou, passando duas horas desa,co,rd'ado. . . . que, ev1tan<lo que o poeta .se comsurnisse em um sonho pur-0 t:ir.cun!lcrito à infinita in.de. i};)enij~i,a da arte poética. <::on;correu pa.i,a que est a se li– gass,e a . ndl'ma:s religtosas P,.Or ele Miotades J;) a com111nícaçãó de sua mensagem. , Era uma luz neutral mas entre grades e feras duas horas dancei a valsa [da ressurreição Se algum pensamento havia era êsse: não me tôquem irmãos, não me _E' o mistér io poét ic]) qa v i"' da. p or majs inac-.redi{avcl Q'\le o seja, que. vai ao encon– k'o do p~\ta, surpreend en_-clo-o nos moment os mais vulgar.es . Em seu cornportamentf.o na vi:. da r eal, ele re alizá um p-ro- · [toquem pelo amôr de Deus· Giselda, Gisélda achei teu nome e:ntre crista\S partidos mas ei:a tal a eterni~ade no .teu rosto que murmurei: amen, amen, adeus amigos. Não é Murilo Mendes um poeta puro, maG wn interessa– ___ / RUY GUILHERME BARATA (Contin,(í.a n,i • 2.a p{lg.) DOS REMANESCENTES D·O INDIO E DO NOS RITos · BÃRBA.ROS D_A PLANICIE , NEGRO Levi Hall de MOUR.A (Especial para a FOLHA DO NORTE) '• ~ ~, L Sel.'ia C":'ta.mente louvavel e J)J)Ortuno o estudo de eomo Expllcam-0s po,r· que. se tein indcv~aID:_en~ conf'.undido o ~di,o ~ o .n~gro, e~ti:e Ninguem desconhece a dife- - nós com rt~ao as suas praticas de m1s.t1ea. religiosa, \prat~- renç;i, entre "pena e ma :ra.cá " cas ' que os trinfinos da.s religiões oficiosas acham~ bem e "macumba", ou "T'ambor de cihamar de f<,tich~,. inferi?i:.es, ou d~ tna)lia neg~. . Minia", coino é melhor deno- . ' ') ! . ~ .." ... olt ""' ~ Tem-sc confundiiloJ - d1z1a.mos nos "'7 esses ~ois pilares minado, conquanto eles cha,. eenti::'lil:I de nossa cultura, mas, par~oe-nos-'tJ:ue, dizendo me- mem de ''1\lina". Esclareça-Se, l hor O que não se "tem feito .ainda é fixar, coin suficiente cl~- <le passagem, que Minll, não é • ~ ~ llfii --:-... .. , ~~- - • . - ... ;.;.-..._,. • reza'. ,a perfeita distinção, ent1'e eles, quanto às diferentes' pra. Minas Gerais, como poderia pa- ticas daque.lc.s seus cultos relíg}-0sos. r.ecer ma.s .Minia, aldeia ai'ricana. Diga-se, ainda,, que a dcno- .. ~ D~ .""" a.: -'l>A-~~ ,,,,, 11L.... _ ... • , , 1 ,. . - - - . ., ...... J ~ .;. ~ -· .. . .J Nós próprios, aliás, já incorremos nesse equivoco. minação de "macúml:ia" dada a funçíi,o do remanescente do E ' cla;to que cumpre, quanto antes, estaoelecer essa dis- negro, enire nós, é um tanto p ejorativ~. ''Ta_mbor de Mlnia" til'll~ão in1li.spensavel. 1 ou "1'-Iina" (aceitando a oorrutela) condiz JnaJS com o respei- E' oerto que a "ma,cumba" não pôde ocultar-se pol\ cauu itc tambor e sem ele perde grané!,e parte de seu, encanto. Dan– ça'-se a' "maeumba"· a.o s.om de palmas. Mas, não tem graça. ·o "ma.i:acá" CÍ<1 " pagé" é, sem dúvida, mai.s discreto. Ma.s esta também visto que nem sempre é possivel, à pri- to devHlo à, :função. meira vista., separar convenienwmente essas prá.ticis, uma vez l'l)js b em , não obstante esse respeito exigido, a rigôr, a, que elas _na,tura,Jmente se influenci.mt, e se deixam mutuamen- "macu1,nba.'' completamente africana, dançada em nossos "ter. te penetrar, sofrer o Wluxo. A permuta ·.era fatal, as incorpo- reiros" não pode ser considerada prática r(lligiosa, E ' eviden. ., ra~ões, as ~bsorçóll!> i;mpossiveis de evitar. tementk mero divertimento. Será o lado profano do ritual, se- A confusão em que incorremos vem me.nos de nossa ign,o. melhaute às festas profanas da. Igreja Caitólica, nos "arraiais" rancia do que de natural inadve~oia de nossa par.te no exa• .junto aos templos, de muito uso em nosso interior e em {)er. : :me detido desses curiosos cultos. Qualquer investigador desa- tas capita.:s menos desenvolvidas. Isso aliás, o afirmamos a.o . ten,io, ou menos a.curàdo, ou obse · ado..r apressado, ou menos nosso Tribu1làl de Justiça, então, Tribuna:l de Apélaçá;o, em i circUJL-;pectJ. incide naturalmente no equivc.,co; Basta ob$ervar requerimento, impetrando ord,em de "habeas-corpus" preven- . q~ nos terreiros de macumba, aqui em Belém, entôa-.se tivo aos "macumbeiros" de Belém, ameaçados pela. chefia de Clantíco visivclmente , indígena. em vez de melo-péia de cnnho polí<'.ia da ipoca, de se vei:eni i;,resos caso continuassem a. ba- africano. _ . . t er os seus. 'tambôres, . a _cantar. ~ a fazer QS •seus ~que!lros Eu sou 1').CJU~, eu :v.un 1?!1ncar em se~s . c,lassicos barra.eoes enfeita.dos,_ a. que d,enominam d11 eu sou da. areia., do "areia" . ' ' terren·os", porque "realmente" são de "terra bat ida". Con. tin11-amos hojt a manter e$$a. opinião: de que a "macúJttn,a,'' &uvimos ea.ntar, por exemplo, no "terreiro'' d e ma.cumba de ~ropriam.entc dita, pú,blíca, assi<.tid,a por quem qner, é Pú!'a 1 Maria Aguiar, à. avenida 1. 0 de ,Dezembro, no 'b~irro do 1'la.rco fes~ profa~. naturalmente vinculada a,:> culto .religioso, co- da. Légua, i qui em Belém . mo todo o {estejo d e arraial de qualquer santo. . • • A verdà.dc é que l!- "macumba" d o mulato se a.presenta Eu eou meruno, eu v un brincar com ea.ra ter p,:ofano, ainda que se ja só na. aparência. no que eu sou 11a Mêia, do "are iá." . se ~~tingue profunda~ente da "pagelança'', ou "per:a, e ma- - . . • • .., rac~ , . do caboclo. Nao n egamos que o "macumbeiro" seja ~ evoca? ª º· evidentemente d_? r1tua! lJ!d1gena, pertence à "pa-• feitlce1ro, _mas _pômos dúvidas quantó ser a "macumba" 0 seu• tl\'elanç~', a "pena e maraca," do 1néJ10, do caboclo, e não .:., trabalho de fe1tiça.r.ia . • l••ma.eumb~" ?,U "Tamboo: de Mb,ia.' ~' ( e eles chamam "ta.m- A provi, está na repressão p oclícia.l. A 1.lã ,o. ser quando na IJ:ior de mma ) do negro. do mulato. chefia do l>epartamento de Se- .. ' g.urança Pública se enco1 :1t.rw , . 1 1a1.J.1~. g,ualquer re~c!onár~o católico, _ _ ,..., , .. a, - tipo de rehg1oso 1ntoler ,i,nte, CC ... - . - - - - como ocorreu no caso do ••~– beas-co-rpus" ·a que Íl0$ refél'L mos, em geral a, poliéia feolià -:is olhos ao batuque dos cha– mados ''miru);s", , o que :i:ião fá~ qua.na ,o s.e tr(l>ta. ·ao trabal ho d os deno~Q's / 'pagê$". ~w-. te..se, taJX1bêm, jue •a,, "máct.pil. ba" dos "lt.li.n'a.s ' é em reg? Teaiizaifa às clara's, ao paM; q~e a "pagelança>' se ooulm. Seja como fôr o ritual do " pag:é" não pode pa.ssa:r comCJ méra divetsá.o co'mo .festêjo profano. E' isso que quer emos acent uar . Não 'é possivél considerar-se a "pagelança" s~pl~f dança como consideranios à "ma-0uinba?'. · "Pagelança' ' "e, e'Vl• d.ente~e.µte, trabalho de magía. ♦. • '.Não se ói.z qae a ' !macumba" titmbém não o seJa , lllj. sua essenc,la. Em todo o caso, .eoncordeltlO/>· "ue ela se dis,tingt\e nisso tla "pag-elança". Vamos C9gnomjná.-la, ~ois, de: " magi.l indireta", dei~.ndo a aenomjnaçã.o de "direta" à " pa-gelança•~• Quem alguma , v.ez estu.dou magia e seus sortilégios, sa, be que a , prát icas mágicas podem ser r.e ali z a dás, não _ -.penas nos tem p l o s, ou lugar es do c1tlto, mat até em simples festas dançan~ da s o c i e d a d e, CDl sálas de jôgo, n os :mais luxuosos cassinos, como nas ba,iúc~· mais sórtl i_rias, em qualquer ajuntamento, ffl.l'im, o:nde h a ja e)J;citaçã.o anibierite pondera.vel. A ques tão é óaptar a força nerv:'ôsà dos ejrcunstan tes, fol:'.ça concen:tra~a no ooj.etivo da dança, jogo, acontecimen to, e coloc ar essa. força a seYviço d<1 t ràJ;ialho, ..isto e, aproveitar em concenti:açã:o, es5a cor-ren~ 1>ara for talecer o pedido inv!)Cl\Ção, prece, "mantra", ou qua.l~ 4uer outro áto mi gioo. ' Isso é, t::s,atame.nte, o. qu e se c~ama "magia. in ;lireta". ~• o l}U':l se faz, e.vi< lentemenre, nas "ma cu1nbas", N c,i~ templ os, e demaiffe lugares do cul to, a magia é " dir~~ ta". A coner;ntração dos fieis é dirigida pa.ra os ol>i ettv os do onltc,, t' cap tada, e api;oyei~da pf!l o ofician te, (padre católi" 1lo, pai'itor prot~tante, presiden~ de "seár a" espir ita, etc.) e pelos circunstantes; que entender em, natur.almen te, de o fa,. zer. Exíi.te trabalho de "=gía direta", por exemplo, na mi s– sa. e ~ Iad:a.inha: católica, na, a.ssrunbléia vro.tesiànt e. na ses.. , ão espi rita., nas comunhões 1Je pe~amen t,:i esotéricas. nas 1•euniõe,s tcoi;ófjcas·, na d.inça e no canto da ' 'pa~~lançaP. eo– ile existir magia, mas " indi ret:a" , no baile que s e see,uir à l adail11111,, n a. f est:>, de arraia,l j\1nto à capela ila looa,liciad~, ,te. Ou:vimo3 daq11i o elíl,mol) o protes>t'o, a celê.1Jma élcs réli• rioso.s q'!le à si ' p1óprio.s êh amam de "suíi:ir ,i.or es". Não que– rem eles sei: :r,eputa,dqi; d~ "mágicosil, e muiti) ménos e(Jttipa– .rados â.<1$ " pag-és''-, Ale:gam. que os ' 'pagés" "trabalh21;111" pa- .-a o "mal". <-Co;ittnúa n:a e.a pàg,) l l

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