Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

• E FA,LSO enxergar na música mCKlerna um processo de reação con– tra a música clássica. Na ver• dade essas etiquetas - clás- ' ' -si~. 1·omântico, moderno - obedecem mais a um critério de comodjdade de referências do o'ue a um critério propria– me1,1te. filosófico ou estétioo. T al 19étodo é baseado !ia ob– servação do tempo; divide-se cronologicamente a produção musical, quando melhor f&ta. gue se estudru;sem os estados de espírito. não só d.o grupo socia.l p"'"" inélivicluais. • • A c!uunatta música moder– na. n,inaa mais que a p.intul"a moderna. tem ·$ido aivo de in– crí\.leis • <',alú,nias· e incompre– ensões. Ain<la. há, poucos diàs ,un1a l)essoa mais ou menos c11l•a perguntava-me. muito a sério se é v-erdade que Vila J ,obt),s, l"Screve :m6siea mesmo; ~ -usa o pentaA"ra.m.a e ob~er. va a• "' ~"~" "'ll-"llrc jilas . . . N-iio PXis~- de fato oposi()ão entre a música moderna e ª' clássica: existe apenas. o de– senvolvimento lógico de uin pr~i.sso a.rtístico que se ace– lerou nos últimos einqueôt.a anos. em <1orresJ)ondência com Ó acr-Iera,mi.pto do procésso da ]Írónria e~istência atual e das. Jlnyas -con!liçõés e Jheios téc. n ieôs e.tia.dos. O ger.me da mú~ica moderna vem de longe. Não cuidem .os c/ltic'.>S o,ue somente Debussy, Stravinsky_ Sehonberg ou S chostakovfch tiveram ou têm gue st~tenta-r. batalhas con_tra os conservadores: ,P.alestrina. l\f,.ntçv.era, Glttck, J\1oz.art, Bé– ethj)ven e muit()s ou.tros in– ti:-oduziram novidades técnicas • A critica literârla, .entre nós, sol:! os seus díversos aspectos, ~~s iõ'obretudo o teatral (talvez porque. lide, mais de _perto, eom os .seres humanos: ·s1ni·a•o!i, por .,a~s:m dizin·, em carne e osso) sempre nos par.eceu com a eha~ ll1,ad3. lnterpréta,ção em qireíto, s-dhre a qual ó\,:ntel Geelho de Sousa acaba de e:;,crever bélo e interessante livro · (i,pteressánte no s~u. s_entldo pr~prto) de tão magniJ':cas, conquanto. não como deseja remos, inteiramente apro– f undadas, con,clusões dialeticas. • Dialeticame.ri te, . a interpreta– ç~o é 1.n_tegrante da ordem juri• d1c,a : Nao se trata de sim_ple;, e desligado' esclarecimento inte– lectivo., .'É a admiravel lição de ~elsen, que Dan iél divulga, em oensas páginas, com aquela sua un, tan to f.atigante probidade in– t electual de cltacionario. e fe-– cunda e macissa facundia. A crítica teatral não é s,m– ples processo esclarecedor des-– ligfdo do propriO' t_e,11tro, d; pr o. P _sta P~c.a, da p roprla encená– çao, Critica tea:tra.l é c,a•iação te~tr<!l. _N íi o é natur11lniente cr,açao liyre . Q11anuo se falou l'nult'! em "amor livre'', nos p ri– morct,io_;, do reg!.n1e comunista r1:1sso, Ingenieros exclamou, . Ju– c 1damente. procurando exolic;.ir ~. s_entido exato da expressão _ ._Nao há relações l ivres entre o~ u.omensF' . ~ critlca tê'atual está na pro- 1>~·1a, essenci-a da arte teatJ'al. in– d1spensavel à s u·a integração e O1n o o Sell conteúdo· gu4 é' mas. por isso inesmo, co11cretlz~ a abstr:;içao, porque objetiva o sttbJetivo. ~Ing~~m ignora gue a•s gran• d e., cnti(;as a Da_nte, Shakespea. re:, Gcethe, Balzac p-articípgm, l'lo,,e, ~~ suas o~ras, não p odem " ~r ~ istas·. •hOJe, separad•as r1e suas ob,r;1s, Por g u,e re-aÍizaram exatarnenJe jsso a quê no,~ r e– fenmos - es;;e -ad1ulra,.e1 pro– c,esso de recrial;ào. Daí Ren.an oaeclarar que, tun dia, a leitura d-0s a utores seria su~stituida pe– la dos crlti.cos . • É claro 9.ue não estamos d'– e,nte ãe Shake·;rpear,es, ,;,ein ct\ c ~íttcos de. Sha~espea·r es. Pueril e.;;wa adve,rtêt:1cfo,. Nêm -poderia. mos es~aT. 0..llde quer porém q':l~. ê5t/ij1'mo,s, "mutatís'. mufan~ - dl$ , o comportamento é .seme, lhante. So111&nte a critica. assim en– terudi-d.a, e · u sada, pO<;le ser ho– ·lle&'ta, j'-ld.iciosa e construtiva. • ~ .As m,anifestações de arte tea– tra.J. corilo, afinal de contas as Pt'óprl;~,s marilfe.tações do dfrei– t-0, esta-o ligadas às .formas ma• teria i,;, da exist'encla. A arte, como o proprio direi– to, só adquit-irá sua Verdadeira e:lg)ressão· em íorrnas, mais al– tas. mais dignas, m.ai ~ per:feltas. . Vii'IB ''11:l ba;~ <'~ J)OSSlll'lte dom n10 humano sob• a na'u– re:Lif". tia {rase de :Q:ngch d a.e<>rd,:, intelramente con1 o , o– llll~~o prflceitQ de Bni;,:,n N turà_ 11op vinoilttr. nisl 1>ª~" do'" , ,._ '-o ven._.,..~\.""l Wa.ti . • • FOLHA DO NORTI:; Domingo.. 24 de agosio de 1947 : -MÚSICA armação ... e • • 1 ISCOTeca XII • 7"\.urilo 7"\.éndes- em suas obras, abrinilo eaml– nbo àos "l'ouco~'' d.e hoje. . · (Exclusividade da FO:t;HAI DO NORTE. neste Estado> êsse amador as audácias e no. vidadcs introduzidas por Cho– pin, Llszt, Schumann, Wagner, cujas oomposições êle ouve - e com razio - em êxtase? .•• Saberá êle que o velhíssimo canto gregoriano é um Éle.PO• sitário '(\e germes revolucio– nários que .se entesouram atra. vés dos séculos, tendo tido ln– fluência sensh•el sôbre a men– talidade. de m11itos músicos modernos e nã.o dos meno– rP.s?. • . O primeiro quartéto piano e cordas de Mozart (K. 478) foi recusado pelos editores. Já. em pleno romantismo um ér.í. tioo f.amoso ·propôs que se ."corrigissem" os compassos ini41.iais do· quarteto em dó maid,r (K. 4(l5) do m~Smí$-Si– mo Mozarl. Eis q gue diz sôJ;>re o assun– to o granJ}e musiêólogo mo. a·erno P aul Bekker, eonhece– dór e divulgador da músicá elássioo.: ''Vma opilfjão muito e!!'.Pa– lhada, é -a • de que a múi;ica moderna vai por mall cami– nho. Faz.se a sua comparaçãq eom·a mús,ca ·de Bach. Haydn, Mozart e Beéthoven. Como se reconhecia que esta música eFa bela e 11, música moderna soa de uma maneira. inteira,.. mente diferente, tira-s~ a con– clusão lóg:'lea de que a m-ú~– ca moderna. não é bela. Nao ise t!lllla eni conside:raçã-0 a fn. fh1~cia da; lei do meno:::- es– fôrço do ouvinte, esquece-se que se deve contar com a 1·e. !atividade da idéia de beJen e com a variabilidade dos ele– mentos que a compõem. Es– qu.ece.se que Bach, Baydn, Mozart e Beethoven eram tão modérnos pa·ra o seu tempo · e-01no os compos!tore.s de boje para. o nosso. Esgueee-se que não é arbitrariamente, mas por neeessidà de, ~ue· os' músicos jovens fazem uma m*sica di– ferente. Esta nece-ssidade pro– vém do fato de serem homens diferentes dos seus antepassa. dos; outro amálgama de sen- sacõe-s gerxnif!a e vive nele,s e a fôrç11, crial'for,a. da vida age ,precisa.:fuewe sôbre esta men– talidade diferente". Conheço homens ao& quais não se pode de torm;i. eJg,u. ma. ne-ga.r .o dom .·aa. musica. lida1'1e, 4r que entretanto re- , sisteni com toda a , energia. .à penetraç.ã-o da, música moder• na. Parecem-me mesnio in. oonv-ersíveis. Como eXil!liea,r um tal fenômeno? Po'i' um preconceito o'tiundo de hábi– tos, de l'otina, por uma espé– cie de cristalização das faeul. dades estéticas. Evidentemcn, te .nem tudo é bom e digno de SeT retido na vasta produção musica:} moderna, como de .rllSto nem tudo é bom, na pro– dução clássica: e quanto à ro– mântica. nem é bom falar ... Mas o que nos espa.nta é a reação diante do p-rincíplo, diante dos novos critérios de vàlor estético em que se ba– sei'a a música. moderna. _, Parece imP.ol!;Sivel que um amado~ d,e múslca, que com- . preende, sente e ·ama Bach,. l\l-0zart ou Beethoven não se .com:ova diante do "Quarteto" ou dos "Noturnos" dé Depus– sy; dià-nte d:e "Petrouchka" ou da ' 1 S!nfo.nla cl<>s Salinos" dé Stravinsky;· diante. da "Ba– c:t;liana n ," 5" o.u do "Chõros '10" de Vill' Lobos; ou do ''Ct;>ncerto n. 0 - ~ pira violino" de Prokofieff. Compreenderá • E' fácil observar que uma das acusações mais correntes que se fazem à música. mo. (1.erna. é que ela teria aban– donado ou dtspre.zado a, me– lodia passai,tdo para o prupei• ro plano ou,fros element.oi; <Je. ord:em secundária, -come se– riam o ritmo e a llartnonia. , Tal aêusação provem de um.a concepção es.trá.tificada da nlelodia e do, sen papel ·no pl ano da comp·oslçiio. li;' di– fícil, de resto, definir o que se.ia. mel odia:, o que se. pode afirmar é que :existe mais de um conceito· de melodia, e RENATO .VIANA -E SEU TEATRO ANCH~ETA Levi- Hall de MODRA /Especial para a FOLHA DO NORTE) Há em determinad6 autor tea. tral defernlinada tendencia. cer• ta manejra. de realizan e condu• zi r a peç.a. Todos- os seus· tritba• lhos se apresentá,n fmpregna'dos dessa orientaçã,o. No ca·so do téatro de Renato Viana, .11 ihc!l– na·ção (gue se observa ta.nbem em Jorpc! Camargo) para as in– terminaveis falações e1n éena, o comício em cena. Afirmar que o ep!)ogo da "CO– mcdl!I Sex.uat: , Jµip. :(az $eoão a'<'rastar - se monotonamente, é achar que 11ão é pastante "vab– gevllesco". Será o "vandevi)Je••, dor. A crítica não cumpre ata- Wagner. Seria, porém, crltlc'á -lo com seus imprevistos, sensacio– ·car simplesn)ente cerf<>s .'modós exclamar ·puerilmente: "l\lias ·)or ,,ais oti gt-otescos, o verdadeiro dt< se, dos autores. Caoe-!he que hã de ser tão barulhento te-atro? Afinal, a vida, a verda- ac_ei~á-los. anotá-los, pr9cu,.ar esse sujeito?" delra vida, não . é assim tremen- compreend~ - los; aprofundã -los. (jamel).t_e, t fagicament.e monoto, situâ-los no tempo e no espaço e ~ <$> + na, como aqµele fim de peça·? O trabalho cr1tico. que ataca.~ etsa manefra de desenvolver ó tema éle s uas produções no • tea– tro de Renato Vianà, •rea, .~arA trabalho cr!tiéo, mas· na verda– deira critica. T·em· apenas 'i fo:– ma. de crftl.,ca, falta-lhe o ccn– te'lido. Vê-se que é trabalho c,1- tico realizado :fóra do proprir, 1"'&1,,alho criti.cado. ., laten,!, à margem dele, mero esforço de E1sclarec'ltnento. elucidação. su– primento de i,uas om'iSSÕC'.>. en– fim. sfmple$ - tare.fa' d.e esµ·ecta- revelar-lhes a exist€ncla ao pú 0 1"!aeterll11ck achava q_ue o "te:i- blico, ao especta<lor. exibind·o-01 Qu·e é gue o, tcabalho teatral tro estatico" .era posslvel. e. o à toda lµz. Realizar trabalho crf- deve objetivar? J;>lverti,? Ins- considerava. . mais real do que tico à margem do trabalho· cri- truir? Nem uma cojsa 11em ou- qualquer outro. ticado, puro trabalho formal, !e- tra? Be!ez.a pur.a? Arte pelá ar- va, como s·e obse,.rvarã. íacilmen- te? !IJorte~ Vida? Símbolo? Rea- Não é éxato que a excessi,,a te, a sensível falta de gosto - lidade? monotonia daquele final can5e obriga o critico a incidir, tan- o J?úblico. Deprime-o. nat'ura,- tas quantas fore_m as peças é\O Hoje já são oci osas todas essa;,, mente . .Mas, não é iS'.O O qúe a autor. .no exame fatigante d_aque- interrog-ações, essas divisões, es- realidade impõe e a ilusão tea– làs passageos que cbnsideca fa- $llS ''Uu~ôe•i de sepa.rativida<le'', trai. consegue? 1has. · para usar habit ual ·eocpressão do , filosoío I(rishoamurthi. Além disso, e~sa ol)jeçít0 pro- P<>de-se, por exemplo, criticar -voearia, em revide, outra, qt1e -- ··- - -----·-·------------·-------~· ----------·- 1 1 1 . J • Sergio MILLIET (Copyxight E. S. I. c~n excb.tsividade para a ·FOtHA DO .NORTE 1 neste Estado). ~ÃO PAULO - Se o he'rn}eti>smo caracteriza bôa parte da poesia m-0.der;na: a pureza 111,gênua, infantil ou po,pular. marca uma tende?,cta 1gua1mente forte. Parece-me que anibas as so– luções assinalam uma fuga do poeta do seu pitb1ico normal o dos 1ei,tores mais ou m ,enos intelectualizados. 0u a ·torre d,; marfim que tjá a.ceSS'o apenas a pequ=as elites privilegiadas ou o mergulli? ?~ cam~dâs menos doenb.ias da popula!;ão, no povo: de sellSlbilvdade ainda virgem e q-u,e ~e acolhei' eotn simpa-tia a e~i:>r'essão sim,ple; -'.a que -se acostumou -pela can~ã<:>. C-o:m o pa.rnasianismo e o veyso pretensioS<> ficpu apenas o público pequeno•burguês, o das modas antiquadas e dos pre. conceitos arraigados. Fi,cou êsse público que não tem unia sen– sibilidade, mas sim; e tão sornen,te, uma intél1,gênc-ia mais ou rnenes culta. E em verdade sensível é o h;om,em d-0 povo d,e queiri não, se -exige _nenhum co-mpromJss.o cu1tú.ral, ou o hodiem da elite que já des,crê da razão. · D.êsse poeta his-paryo-amer.icano Homero, !cata S.anchez, que ora Pl!'.•blicca em ·nossa .terra "l;'rimei,rós· poemas" (Pouget,ti, .Rio 1947) pode--se dizer ·que hesita entre as d,uas tendências mas acerta princLpalmente_ quando se, ea,trega ao poozer simples d-0 canto peio canto, sem pretensões simbólicas, fil'OSóficas. socia:,is e nem mesmo esitéti'Cas. Versos como dêsse'"Poema plás,t.i-co" que aqui vai a tituilo de exemplo. con.fiP.11an:i essas qµal4d-ades: ' • "Y e1 bla•nso si ltizo negro ' Y el azul, negro, Y negro e1 v,erde, todos volverón a ser los colores que am1tes ftl!eron . Men.os uno, a.l que- borraron de la tabla d,e col:o.í:es, ' porque .quiso ser stn.ce: 1:0. Y oontinuo sin nludair: el negrq'". • - E' ce<r-to que a extrema simplicidade dificllmen<be se d'is– tiingue do e:,rtremo requinite, e um. _poema como êste . q1,1e se r,epr,oduziu tant-0 s.e interpreta,rá coino uriiá Cll.tl.ção de'Fici9)Sa e popula,r:, 4es,sas canções q11i se deparam em too,às ~ lfl} ,gu.as e áca))am cantadas sem malícia, nas r.od ~ d'ás cr-íooças, graças ao enca,mtamento de seu l'iit:mo ~ de su,as pal3,vra,~: como se intePp«"etará à luz dâ mais com-pli~ e ,sutil s_ensilijli~liade..;, Como a canção popuJat, ê.$is~ versos contem u,ma m•()t3;l, uín.a fHosof ia, ex.priinem sob a f-orml). mais acess.fveJ -e ao mes– mo tempo maJs riea de suge:;.-ião un;t lugar comum sentimen,t;i~. ~ar~e que o poeta sente em da,d-0 mom~tQ que é i,J:Jútil expliea-r, -poi~, par-a ta'!lt:O, · - lia(Y que pa.rar .el vien-bo. que,. 91>bret11do, a melodia, ~ , con hecida Bo seu senhdo :ia.is geral isto é, a de ele. mento preponderante nà. ópera italiana. do período d ecadente (século XIXI não pode malit exetcer somente li, seu mod_q uma, influêncià tirânica, pois não cortespon~ ma.is às ne• cessidades orgânicas da -vida atual. Por motiv()(. que ser!ª lon.; go e fastidioso exammar e mcpor aqui, pode-se afirmar qu-e na verdade os composi• .tores mod-e1·nos - pelo menos os de maior en:ve1:ga.d~ - Ub·erta.x-am a melodia da pti.. são 4a.s · estafadas ·formulas oitoeentisf.ás ; e cçmo. declara o eminente m~cóJog-o por– túguês Fernando Lopes Gra• ea. - "a melod.ia cont-empo.. rânea reenoontrou a variedã., dt', a rique!Zll e a mob~li ~lade estrutural da mel9dla greJ?:O• rlana e da dos velh:os. 'flOl>~o. nist'as, com a sua ,maguífica expal)llã-o Jb1ear.'. A reprodução it1flildavel de model?S, mesmo, ilustres, oon• duz sem.. dúvida a um esg-ota– mént.o · do 1nterêsse art.ístico que compromete a própria "li:i. talidade das obras dé arte. in– ca~aztl$ depois de perí<'dos d.e-' re_p.etição, d'e pro\luzi rc~ a chama necessária à circulaçíí,o da viela .espiritual. Voltaremos ao assunJ;o na próK.ima vez. ... (O cronista diri~e-se à ele-. tro1a é faz pàssar o·s dlscos .de urna das á1timàs COffiJJOS:i'çães de Pxokofietf, a SONA'J'A N.º 7, OP. 83, na ex.ec ~~'~';!l.J;w., dimi't' Ho.t'OWitz.). seria a• segu111te - "Mais Irreal do que a ausencja d<? dra!.:!'at_icG, ô:inamlco no ultimo a1ro. i,;to e o excesso de\e no príme•(o.? A s,e~ ' na do revolver, pgr- ' i:..e 1ni,10, To)stol a ta e -0 u _S)),ikespA1:.u•e p elo tom orátó.rioi:11,r~co de ~as i;.e,a, CQmo s-e vê. s!1·o ma nel'racl de encarar e analisar teatro. Critica não é isso . Crittcil não é discordar- da manêira do âu• tor-ator eni realizar seu teatro. Critica é Investigar. de tn,ch~, se há. ou não há, essa reaH1.a– ção de teata-o, 0 esforço honest,, sincero, pa1·a esse alvo. No teat19 de Renatp_ Vi•ana te-- 1110'3 que çonf~sar. 1n1c,a_!men le, que há ess-e esfo'!'ço. Nao é. • bastante, decerto. Apr.ofundanpo a anall~c. obs~r– vamos qt1e ·nao bã t'll-elhor 1efi• ni&ãn para teatro ,:lo que a q1lela de Borlald para literatura. con– forme o acentuou F. Pauto. MA?O; des. an 11nciá:ndo a pal,:;;tra dis Nun(ls 'Pet etr::1. Teatro "<! ll eic• pr essão da seciedade" . A e;l<'1s– ,encia soclal é qt\e dete:rrnina J ,ncntal idade teatral. Com 1~;0 não se nega que o t fal ro 1, 0.; ,a, r9r seu .turno. influir na soi;ce– da,:IA. no se11 desenvólviment.o 3 mell\ oramento, ou freiando-•> ou. acr'<:tando.-o,, AlJ,".ls. 'o P.:ran r<;; · teat,ro. o teatro un,i gran!'es e.P.– ni os. foi .;iou<'le qqe se ·co~vel:– teu em patrl.m(\nl,o das- 1~~a;;s,a! pqp11lare$. por oue· .s.e "°"~ttt1•l1t ein lu ta de eómbale !\"' foi:c:-« so. cial$ caducas, sm,:,rt écl',iOr,•s do progresso <.!-a ~oc' "él 9t'IP., EJ\cil •t~o - . <lo a de.õ1r \ii,:ãt;, Q~~ 0 1s fnrr '•<', 'li: p-Q; ' 1$SO q~ o 11~nl0 ,..,., r,rte é ~P.n\pre mP•ü•lid~dc ~ van,.ad1 . H~ 11ele alg-:11na _c,Ois~ ,ge · protP• t 1 e o. ~ $<m])lesment,. port.1,"~ aprende.o as leis dq t'lesPnvol,1J– meoto $O~•a1. e ae~. n/J 1:)as;e 1& neées·sid,3de h.lstbr !ca, de ac~r• do •coin a·qyelas · leJ9. ,, ' A verdadetr,1 critica é' natu• Jc~lmente, à qUe apr..ofunda Isso. • o teatro t.te :Ren~t'l v;~,, ~ é & e-xi:,ressâo dà soê:ie.clnde em q\Ut, v\ve. .Resta sab~r a oq·e _forcas (!llt tfati'o ~e'K'.'i!'. ~e :\-q ~ã . eY'l~11t3~ <lg'· pàc&'Sa.tlo : qu ;1~ .qa iif,~•1~tro. .que. eonqu:in.to nii><la •"' 1%101· trem fefl"'l!I' e f.imiçl as, l;en-'P.~en– tam as •fõrc:l!s joven~ 4a v'cl;)í ! L~I V RO DO MÊS Y el H1a y el chocola,té Y el arnarifilo y e1 rp:io, • Nem os lamentos valem, nem as inr'ªgeus ma.is , fµQg_(J,'taJ?.– tês. E o ~áis certo el;}tão ê xant,a:r, çant;ir cô~o o i?;~a.xQ, ser:n. se pi-e-ocupa,r ~m a comunica~ão. Nã-p impovta qu-e o canto de. dôr. ma.rque o passo da ro-nd,a infant1:l ou lembre a-0 solitário enclau.surad.q no seu despr êzo pelos homens, 51,ta:s a "Lívcq do ~~s" já seleeto. 11,~as. soo.s mel;i.ncQlia,s de que ja,mais se d.i~tl 0 <1i• . sug'.e're•lh~ nou o .Çom:enc,ê de cago.to . Tl:$l- ta"Sé dé "í<\, Rua", \ 1,e An."l 1¼– u,m refrão ami-go para a própria oa-n,ção. A obi,,a, qe .ior-te ,é try, trad1.1~to,o .pàra õ, i;>'bi •t1.ii ,n:teil todos los colpres vi os Y hast&, lo.s c.ol (>rc sempre gra:t,uit_a; nesse $'eÚtid9 de que ;i'a;1:n,ais a~í:n:ge: •o fim J>-Or . l;,ygja iL :Eml'1;/1;. e a. bi~6- vjsado ma~ S.@,rve dE' nretéxte. a Üitla expà.nsão gi,te 'aituar:d-a O !'j l ~ u••:11 ,, jc\·e,n .ne,-~r.'l !Jll~ · -"- t El é .. ·t " · • · ..,,, t 1",.,,, · vi-v,e ~ .ij'.arten. o fa:trióso l1/lit- seu m""""'n: a. a gr1hu1 a .,orque e uma ,v.i.er a _se,-. Qom- , ro i:i, -eg.ró ~ ' N.ova York ! Qitan- p ~nsa~'ão , é wtn dom. ci/:&$i<IllteT~ado. peiis, que.n:1 o recebi! dele 4'0 lan~·a ,n ~s. E~ados . •Jni,do.,; taz o que bem entende. ..sta: ohta foi 1gualm,i.n1e tb('Ooo J>h k!'a p,elo t ,ife,r.ary Gnifd, !.pi;~ p~l)do~~ a}ttê.ntlco ~be:lit •sell.ét '"

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