Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

.. • .D omingo. 9 de fevereiro de 194'1 FOLHA DO NORTE S.ª Página Exa,u.u, c.ut -c ..;vu,~ l!.01nono de Goncoun., SLéph-ane Mal– l armé. tem sua Acadettua Mas enquanto a sociedade lit:érátia q ue ostenta os nomes co,nju– gados .dos oan1peões da "pro– sa artistica" vive em virtude do propósito deliberado e ex– plicl to do Goneourt mau; ve– lho. que sobreviveu ao outro, a pequena "companhia' Mal– l armé, à margern das outras instituições espiriluajs, não re– cebeu o prestigioso nome do p oé11.1 senão pela vontade dos g ue ficaram ativa·menlP fieis à sua memória • ·---~--....__,._~-~~~,._,,.,_.,.~~, ,_..,....,._._.._,....~_,,_,_•..,, ■-• .. • •••• .. -- .,.-.r,~-..~..-.1-- 1 - r, 11 u - o~--- a -..._.,,._,~.._... r Mallarmêl capo.2 at ,, 1 i,;.-,u 1z:..1 em torno de wna ob1·a isola– da ou de um movlmenlo cole– tivo esla sorte de "publicid:l– de" que as pró~1 ias Musai nunca puderam dispensar l Uma "Companhia" De Poetas: AAcademia Mallarmé 1 l_.,__ .__,____ ,_, Seja como fôr, nlngiiem. no mundo literário, se admirou de. projeto de criação de uma Pien·e DESCAVES (C1>pyrig-ht do S. F. LI •-~~-,~~ll • ■ à - "t - L- ,..-, ção interior não é senão o pre– lú<iio de unia ação mais ampla e mais eficiente em favor das E ' por êsse motivo que a reanimação da Academia Mal– larmé adquire uma sig1illic"l– ção da m:ais ~i.mpática atl,.1. Udade. Milts do que todas as glosas r ed1~Jcta!> durante um quarto de século sóbre Mallarm.é. as entu,,lásticas rei:Ordações d-e Camille Mauclaír nos instruem n o tocante ao pte$'Ugio de que gozava quando vivo. o adn):i– ráve! animador do Cenáculo d a rua d.e Roma, conversador surpreendente, que sabia re– ceh.er com encanto e simpli– cioade e. além disso. tão cor– r eto, tão deU_cad ,. i ~e "sem llmda ocultar da pJ.,;~eza de ,ou :.; , ·ondiç.ão, lhe emprestava uma ,•s_pécie de gt·andeza" E MauclaiJ• acrescenta que Ma.l- "companhia'' MaUartné, há nós que o amámos tanto que de1, André Gi.de e Francis dez anos, por ocasião do ci.n. cheg&vamos a venerá-lo, que- Jan1mes. Essas "!altas" vieram coentenârio da morte do gran- remos ser as testemunhas. E ser compensadas pela aeeita– de poéta, ocorrida em Valvi- é o- exemplo e a tição dessa ção de Léon-Paul Fat·gue, Gé– na - nê~e cenário aquático vida que a Academia Mallar- rai'Cl d'Rouville, Jean Coct.eau. e campestre de que ele t.anto mé se propôs a perpetuar'' Henry Cnarpentier. li e n ri gostava. No ãno seguinte. o Para respeitar uma tra-d.íção. Mondor: Charles Vlldrac e Fe– sr. E . Dujardin, campeão das a nova Academia decidiu tam- lhe F éné-On... O criterio pura– lulas simbolistas. dirigiu um bem distribuir, anualmente. mente "poético" de ad.Jnissão apêlo aos raros sobreviventes um prêmio, "menos para en- não fq! respeitado. Os "mal, dos "serões de terç.a-feir.a" da corajar um principiante do larmistas", entretanto, profes– rua de R-0ma, a fim de que fi. que para honrar um poéta, sam um culto comum gurassem en.tre os membros cujo mérUo não parece :sufi- P..ealiund-0 suas reuniões d-e uma "companhia", em se• cienlem.ente aprecia<i-0 pelo bas-tailte irregularmente, no guída promovida à "academia" público". \mesmo restaw·ante· parisiense e que contou a principio onze Formada a principio pelos onde se reune a A-carlemia e, mais t-arde, quinze liiulares. poétas, _q~e, de 18!3•1 a 1898, E6· 'Goncourt, 11 Academia Mallar- A única obrigação que se colheram as sutis instruçoes mé roí se-mpre comedida, prin– impuhham os "mallarmeanos" do Mestre, a A~demla Mal- cipalmente 11 a escolha dos seus era a de hoID1tr a pum e no- larmé a-colheu $att11-Pol Roux laureados E para falar fran– bre memória do autot' de "He- le Magnifique, Edouard Ou- camente p~a-se a~ com;l– rodiad-es" O fundador. · iir. E, jardi:1, Andcré Fontaines, A. deri-la ~omo que mergulhada Oujardin, escreveu; ''Essa irna- Ferdina,nd • Hérold, Albert em sono, tanto tnllí$ quanto gero resplan<iescente d·o sábio. Mockel e P aul Vatery, a1ém certas fi·aquezas Jevadas à con– que foi ao mesmo tempo, um de outros. Não se póde deixar t.a de alguns dos seus mem grande coração e um grande de lembrar. porém. que. nessa bros durante os anos de 1840 gênio. é a q1,1e. pouco a pou- época. houve ruidosas defee• a 1884, tomavam pouco pro– co. avu,J{ou. aos olhos dos que ções, das quais as mals comen- vável o p.rosseguim-enio de o c-ercavam. a mesma da qual tadas foram as 'de Paul C!au- ma atividade séria A Aca- correntes poéticas que se ma– nifestaram com tanta ampli-. tude durante o período trági– co dos chamados anos "negroa" ~ que parece não terem al– c.ançado. aR9S a .Libertação, uma evidência muito segura nem mUito viva Incontestavelmenie. me.nos do que qualquer outra forma de atividade esplrituaL a ins– piração poética não f ica à es– pera de nenhuma ajuda ex– terior. Mas uma Academia de Poétas repr:esenta uma espécie de autoridade CsobrEc>tudo se se recon1enda por um nome tão l,)Oltco discutido como o de Jornal De Critica. 1~ Concl usão 1\.1\ uJt. r,ag.) Presença De Paul Valéry ALVAR-O LTNS , àariné sQQretudo lhe "inculcou p ara sernpre". pelo seu exem– plo suave e altivo. "a versão à literatura de cord·el, tal co– mo era pratícada pelGs com• parsas de Oaudet, de Gon– c ourt e de Zola. tanlo quanto !()elos romecedares dos ro– Jr)ances- aeadêmicós bur~ul!ses e "bou.leva-l"CUer," E é cer– t o que o autor dos "~oemas" q ue a glória parecia ofuscar, teria ml?nitestad? a mais viva das sul'!)resas se l.be houves– sem anunciado Qlte, um dia, uma Acaéloemia receberia o s ei;i nome t --------------------------- emia Mallarmé, porém': aca– ~+4+~*******-.fr',+~+•+-+******..,...• ~~** ** * **** + de dar provas de enérgica em que se fotografava sempre de modo- id-êr,tico. quer diante duma facha.-da cheia de heta, na enquadradura dun1a jane– la da 113sa. ou uuma escada– ria onde cada (iegrau levava sua personagem. - Aparecel'á em março v · douro a 5.ª série do J or'!'le ·. de Critica, de f.lvar-o Lir em edição da Livraria J ,.~é Olympio. Vai a!i5'ítn cres~·L '1 do, en, quantidade e quali– dade, a obra do grande cl'Í• tico e escritor. que é sem a menor dúvi:da uma figura intelectual de excepcional grandeza rta moderna litera– tura b rasileiTa, com um no– me que já transpôs as fron– teiras do país, ju!:to -prên1io à sua brilhante carreira. -+ - cuperaç.ão . Os membros. que t ·po' ema Das 'A Ruas stavam send-0 Verdadeiramen- • ~ discutidos por sua atitude :t ti-nacional. ganharam _dds· + etam.ente a porta da saida, 1r-'l'-ff•••tt-lf..f...f.•lf-•• -11 'f- ..,_., •-11••• ••·•••••'/ no mês de agoslo três no- Há. lambém, exemplares de seus Uvr~ "La Jeune Pár• que'', "Cantate à Narcisse" "Jºt>nlends les herbes d'or graadl r -dans l'ombre saint..•" BENEDITO NUNES A rua a sfi~a a rameira as e simpáticas eleii;ôes fo– am tornadas públicas: as de ' rancis Carcó. Audiberti e An– ré Mary. A presidência vol– l\las. pa,n a justi!i~1,çâo dos f undado.ces da reteti<ia Aca– d emia , bá a des.taca.r a lou– v ável ínten.çâo de terein que– rido perpetuar, ao mesmo tem– po. utn nome, que e uma linda b andeira. e uma obra na qual tá"nt.a.s belezá$ secretas estão a inda para ser dcscol;,erúis r;ie v ez que não t-ranscorre tnna estàção sem que sejam feitas novas revelações. Uma Acade– m ia assim não é apenas o sim– ples ."Insh·umenlo de Imorta– lidade"' que os Goncourt que– r ia)'ll: é também o indiwensã.– v el estimulan•te propiciado 8() dolerêsse mantido em tôrno d e 11.:una das mais espontâneas e mais sedutoras esp~] ila,ões d o esolPítn preJa, branca. m orena nas grandes janelas isern Nem que decote o vestido ar, -~~1 a ser ocupada pela sra. ~ ra-rd d"Houville Sem dúvida. essa restaura- E. ainda, todo verde, "Char· 01es''. sob cujo titulo se en– contram estas palavras q ue tudo elépllcam: que bote os seios prâ fó rto • a :rua al<fixia a rameúe preta, branca. ro<>rena. -– Tod;)S os he:mens deixi'lra tn ali um pouco do mundo criancas que ninguem qui.z ch eir'llldo a libidinâgem. Meu Pl}Dle.iro f ilho está peróido. n a m ult id ão da rua estreita os olhos tein1am encon.irá-lc. ~as qua trc trav oosas que cru,:a;m.. 18-1-,1,7, - ----- - - - ------------ A VERDADE-IRA ARTE DA PINTUR , <Conclusãó da l.ª pág.) Comparando essa declaração c6m as suas obras. vemos que Migue1sngelo tinha em vista di7.er que antes que UTTla pessõa possa ser pi ntora deve poder produzir representações a-dequadas de objelos natut"ais. Suas grandes :ü~u t·as não :,ão iJnitaçiies de homens. São. ant<> ., sln1boll)S basi-ados nn forma humana William Blake ín,.nbêm exclama que "aqu11Je que não consegue imaginar p01· meio d e linhas mais ít>ries e melhores e sob lu7. m al forte e melhor do qi1-e- podem ver seus oln, s mortiiis. não ilnô'lgin.a absolulamente" D elacroLx. lambfun. explica que "Aqueles que nãc tên, imaginação copiam" Veronese recebeu ce,·la vez a encomenda de uma rica confraria. a dos Dominicanos. da (Conclusão da l ." pág.) • Igreja de San Za1úpBlo. p11r.i. µintar un1 "Ban– quete etn Casa de S bnão··, parà o rereH6rio da mes-ma. ~le pôs-se a ll'Bbalhar e rapida– mente esqueceu-se do tema. Terminada a pintura, verlfic.ou -se que ía.llava a figura es– sencial de Madalena. mas que conl!nha l>ufõcs. cachorros, pagens. un1 macaco. bebudos. vistas de arqtúletura Paladhula. em resumo, tudo de suntuoso que o artista podia teun.i,r p,ua ex– prími.J.· a ale!!ria do hm11ern n.11 f'xistên<'!a ma– terü1l /\ l.nqu is1ção rnle1 ,·c!o. ,'. n,r.1-:.-;1, d<?scul– pou-.;e e prontilicou-sc a 11ller.ir duas !lg11ras mais ofensivas. ditendo: "Mf.'us senh.ore.,,. eu não havía considerado tudo isso Pintei o quadro conto me pareceu 1nelhor e co1no o meu intelecto o podià conceber". "Isto é, p.oem:a" • (Cuncl usão .la 1. ª pkg.) blina, .i au pau•..i, .. stt. Literatura é assim. , não há retuedio. E quando del Cé, tinha n,eu rlmeír6 conto! E n comotão do primeiro rUgo sobre o m.eu prJqieiro livro! . . Bént. evemos sei· discretos co-01 as n0!>6as comnções. dmlti.Jnos sempre as nossas. mas :1ch3mos a _ outros por demais "'<:.eernclas * Assim sen, enttisiastnu o clinlrato · egl1nda eoJoão. Que pena nã.o ficar 1odificar as ded,icatôrins * de uma di~Lin lo Não atingirei a altura rle Machado. é c~rto, mas consola-me.não le.r começado pela "Res– ~urreição''. Dou um balanço Uterúrio - o 1-:>uvor continua send(> a díéta pre.ferio:i Pereira adora Pucc•ni. mru; é tão de lícado tão prru;tilnoso, ti:io ingê~uo. que é rrnpossive1 lhe quer.er mu.l. A.c:redila en1 levilru;õ copos que andan1. [)asses. guiai,, i:troletores. Pede-me livros en1prest.:Hlos. --Este é para ler e rnrl1itur * Duas pulavrns :êm sido. ultím-im.-nte. utn Cilrti;~imo ctnprcgo e1n ll Of~a literatura; Men– sage1n e Dran.1a. Afinnl, sempre foi assim e não devemos nos queixar. Hi>uve tempos piores. O dr> "f1ve o' clor'k tea" por exe,nplo • Um e,cuilor misterioso foi visitar um a1n1• go e como este nã-o estivesse em casa. o v1s1- tanle bolou o ~eu cartão de visita por debal~1, da porta. A cachort·.inha do auseni,e come\J " c-a·tã.o. E quando ele cbegou encontrou , mort:.. l',ltuito impressionado com o aron!ec– mento e pens31ldo que o blc-h11iho poderia • • mor-rido de grave doença, que poderia ati11 •,r '~s pessoas da t.asa. ele ch-a1nou a Assistén,, ,. médicos. veterinários. etc. Ficou rescl, 1 , que se fa r•ia aLllópsin do anlmnL Flzeran1. • o resultado foi enconlraren1 o ea.1·tão de vt,itr ., 110 estomago da morta: dr Cornelio Penri • Na iéllda noite pôrtenha, coru cnlafet 1 : , rach,nada,' espero a mr.drugada, o que i· ur , vicio. relendo 4uase por 1nteiro este d!.:.",p Reflexlvno sf>bre a per~everante inulilld. de !az&-lo; conslaLo. enlrl." outras debilld, • a pObre1.a do me-u vocubulario, pro'blen1a <1• bejJn1r11te venWado por V. N. ern conlundert • arli~o. PrdCUFO an1pllá-l6, 1nas não ra1·0 n novlls aquisicõeg soan1 Calw. de sorte que volt , à tnln ha polJrl"za. Creio que cnr.la • ~<'ri tor terr u,n l1m1te próprio no n1undo dus pal:Jvrns ri11r. n1,1is pttl11vras não quer dizer 1nah p sJ.n1e1110. m.ois e,noc-âo ou nl"ls i;en~ib ílid.td • Temos as "11oss.1s" pol:i,·r:is e-orno lêJncs "i1':\sso" timbre ele voz. ------ - --------·---- - - un,a fspécie de parlamentarismo prátlco, em que a palnvra opêra para con\'icçõo dos lide– res e esclarecimento do povo. Temos de nos habituar a conqu.is1,ar por m~o déla, na cã– toora. no púlpito, na imprensa, no congresso. ou- na tribuna livre ao abe1 to _das praças pú– bUcas. cada solu~ão de rnaiol" 011 meno-r trans– cendência para a vida da comunidade loca l ou naclon:il , REGIME DEMOCRATICO !ando o g~nio h eslut>idr.z. a decii'tcla â inr nid:tde. o e1nprecnd1n1e•nlo a tnrrc;ão. J\fa. dnro que o nivelamento nõo se or,i,-a qu i.t; qualid:ides extraon:iiOÍlflao llt lll f.l l' àqLtcla, _qti~ e.,;tilo nb:tL'(I> rte um JJln 10 n, · Entre as pe~sistêntes e generalizadas res– trições ao regime democráticõ. conta-se a da sua ineapacíd~de P!lra fazer que 11m p6vo as• sim governado ultrapasse as grandes crise~ da sua história, na guerra ou na pa7~ l\lras esiá - 0 - demonstrado- que a reação de um povo nos ~\ d;;fiuição do regime dernocrtrtico n.ão seus momentos decisivos eslá na razão direta estã entre os cbarnadQ,S "falos consumados" na do nive-1 moral e material eu1 que se encontra doutrina. e vimos até onde nós cc,nduzirarn as esse povo, cabendo, pois, aos lideres democrá, dlvergênci::is que a cercam, na CJ-uel coi,tingên. tícos fazer uma potltic:a popular e não uma eia da g uerra, e não sabemos até onde ainda polítiça de grupo, uma p olítica de maS!ill e irá o mundo diante dos residuos dessa conlra- não uma política de dirigentes, e que as ga– d ição que estão por aí vivos e solerleg: Foi, raotias e vantagens sejam estend.Ídas a to.dos. por isso, providencial a posição tornada pelo Assim acon tecendo. os in1.ere;;ses da segura,nça P res(dente Roosevelt, al>1;aç.ando ª causa d~- ou da prosperidade de ~m pais sob o regime q uilo que ele chamou de "liberdades essen• democrático setão sentidos e compreendidos c.iaes", isto é, colocou-se num ponto e.m que como um patrimônio comun1, e o povo, com o problema da liberdade é irredutível. Com seus lideres. arrancará todas as suas reservas esse estandarte levantado diante das nAções, para de.fender e5$e patrimõnio na hora do operou o cerco dó néo-,paganismo nazista, pre- perigo. cipitando a bêsta no abismo. Há, portanto, um mínimo _, o grupo das Diz-se, por outro lado, q ue a democracia libero.ades fundamentais - em que o regime não tem esseneia. e porisso p ôde ser fecundada , dem.oc -.rático é inaH.eráve.l. e por esse n, [nlmo por idéias estranhas à sua p;r6pria t.éen1 deyemos luta.r uma vez que o seu valor é pode, portanto, ser s.ubjuga<ia pOr fôrças !u absoluto. r , , ~Qll? n.tlllmen.te a4ver~ , da llbetida.de . Mas responde -se qt1e hã vinte séculos o huma::.i– dade tem uma élicn, qu!! é o evangelho de Cristo. Nenhu1n outrcT'éódigo, nenhun1a o,1tra nor1na de moralidade. liberdade e rlignld~de pode superâ-lo ou igu:i lar. To(lo o sof.rim(:11• to dos últimos tenlpos que ~em abalado o ,,1111- do e rerido os cora,;-õ, , hu,nanos. provem. p~ cisar.~ente, do orgull e, de alguns loucos na pretensão de arvorar unia nova base mor,1 em contraposieão à moral cristã A demo– cracia. porlnnlo, deve fundar-se nalu.ralmenle naquele código. que é imutáv~1 e oet•fe:ta. .11. s~a essencia eslá na pala,•ra que conh"CE'mo11 como o "S;erq.ião da .Manta11ba". Toda a a~ão política de estadistas e dirigentes. torta ,11;ii.o social, toda conduta de um povo dell'ocrfu ico c;leve partir do pressup osto de que a moral cristã é a regra definitiva: de todas as consciênci::is. de todas as leis., de toda organização do Es– ta-do. Naturalmente, que a moral cristã é um "st:e1ndard". uma chave, não uma minul.'i ll de contaJ:>ilidade. Nela os povos encontram a r te de u.ma larga inspiração. Objeta-se também que o regime d en1,<>cr~, – , estabelece um !also nivelamento, igua- A ,gi.:ilàndt de que coir,t:i o re:::nne de1nr" [ieo lem por base "as qualirlad~, (llle s~u mnns a tQdos os homens". cumo c:ef111iu C 1 : terlon. e vou n\e u tilizar !lindri dus or1 1 ~ àesenv9lvidos por esse i;odel"osr, c.r1;:id,,, idéias. in!?,lês e cató!lro. lraó\..zido pcu s ilustre discipi lo br 1silei o. Gu<t , o Cot ,...: para firiallznr esta breve diSo e1 tac;ão: • "EsLe e o p11nclplo da áen1ocracia: as cc "ªs esseo~Lis aos homens siio aquelas q...:.: éles possue·m e mllntêm em comum. e não 11q11 . Ja-s que êles possuem Plll separado. O segun(!, princ.ipi6 é à penas ei:te: o íru;tln lo ou d.0~1:– jo polltico é \lma daquelas tou,-as que QS h ,. mens têm e1n comum. As cousas simples e comuns des-ejamos que os homeos as façam, po r si mesmos, ainda que as faça.m mal. O que eu cli:;o simplesmente é que a especie humana , reton.hece a universalidade des~as funsões e que a democracü1 ínclue eq.tre elas o áto de go– ven ia r. Em resumo, entre ;:is cousas mais ter– rivelmente ·importantes que deven1 ser con• fiadas aos homens comuns estão as leis da eide<! !? .. Belém, j aneiro, 1941.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0