Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947
• ' S.ª Pághi~' ___,,, FOLHA DO NORTE Domlngci, 17 d& agosto éii 1941"" ..... - ·-- MÚSICA - ' mem q-u.~ ......" .... a-v\;"' .o.o íront:al dll sua casa, em Bay:,:elli;h: · 1 Eu taço mú:sica para o povo âl.emiol" · No tamoac artlgo publicado em 1861. na "Revue Eiu-~n.– M", Baudelaire decla:ra os mo– tivos do . seu entW1iasmo por Wagner. Elogia-o pela sua va– lorização do mito, por ter com- . preenclido admiravelmente o ca– rater •agrado, divino, elo mUo.; Tendo ido hwscar em antigas lelí- - das a l!latérla para seus · d.famas JiricQ!I; Wagner elevou de nivel a mú11ica. que ·toi,nara a cair na ~uperficialldade e na frivolid► de. armação • e XI íscoteca Q\le o âJtista glleira ae inSpt. ru em motivos ~cíonaia, a&ta certo; mas fazer arte 16 pare 11eu povo. • . conduz à negação do e&pirito wernacionaJ e aien– ta conna o prôprio princípio m. discutível d · unidade do gêne– ro humano. Que diferença d& Mo:i;art, que aos 22 anos, esçre– vla a i;eu pai:...'.'Crelo estar em condições ·da honrar qµ,alque:r pàis que seja. .se a AleinFha minha cara pátria, de que m, orgulho, não me quer acolher, seri preciso, por Deus, que a França 011 a Inglaterra se enri– queçam com mais um habíl ale.mão - e ist~, para vergonha da nação IO.emã~. - -- o/V\ uri 1 o o/"\endes Entusiasmo.u-se tambcém Bau– delaire p e 1 o fato de Wagner compreender o 4entido das ana- 1ogias, das correspondências cu– ja doutrina êi& e&tahelecêra (se– gundo as teorias de Swedenbor.9). num soneto célebre. Seria surs preo_ndente que o som não pu– desse sugerir a cõr, que ss cô– res, nã-, pudeesem sugerir uma melodi.a. e que o som e a cô: fossem impróprias para tradu– zir id6ias: as coisas tendo-se ex– primido sempre por uma analo– gia creciproca, (desde o dia em q ue I)eus proferiu o mundo CO• mo ,ima complexa e iildlvis• \l,el totalidade). (Exclusividade d.a FOLHA DO NOBTE. neate &tll\to) TD1I h1muma o :refleJOl' acontecimento. <,>~ dêsse Segundo ainda o ª'flor de "Les Paradis A,rtif.lciel& " . n e n h .u m m üsico como Wagn41r para MPln• ter" o espaço e a profundidade. materiais e espiriluais: e para naduzir tudo o que existe d<> • excessivo, de imenso, de i,uper, 1.ativo. na ~a e no espírito dt homem. E acre~cenla elucidatí– 'Vamente que. escutando e a s a música dej;p4tíca encontrava de s,ovo as vertigin<>sas concepções do ó,io . ;Na comovedora cl!rta que a1- a'igiu a Wagner em 1860, Úm ano antes da publia-açio do artigo que nos ocup-. B'àudelaite eon- 1essa que, de música. a6 conhe– cia al!l"n• trecboit de Webàr ·e de Boothoven. E Já es.lava_en– tr.ando no& 4Q anos! (?ontinuaç.ã.o da l." pag.) S&. e""" iden-tilicaçf.o com a· alma do Indio é que nos permi– tirá. poré)D, abranger a chama– da pobreza da música indígena ~ o esplendor . doa •mitos · que 11ela se de!ldobrain: Ouvimos, éerta vec, executada por um jo-' vem mestre, um .1~.!¼cho musical de Tristão e ll!Plda, justainenfe •"lv.olc ~ Cf\ac< 0 d.~O~C'Y'O G ~ui,s du ~ncontro dos dois amantes. dor– mindo sobre a relva, na solidão de um parque, pelo R11i Marcos. Em v~o o .arUs!a repetiu vá– l'ias vezes aq11ele trecho da par– titúra. para que compre·endes$8- m _os a expr:easão do ciúme do -r&lho Rei Marcos, 'l\!-S determl– :nados acordes fixavam. Faltava– me -.,na identificação total com a alma alemã e com um eenli– me' n.to tão complexo como deve ser o ciume de um Rei decrepi– to por uma Princesa como Isol – da - a :Bela. " T" ... ao admira que ess.a música :não fosse compreendida -pelos catequizadores do Indio! A uma distâ,ncia de quase um século do movimento rom.ãn ,i• co, estamos entretanto lónge de dés~rezu ê!!rlas teorlà:a e certas reações das flguraâ do Roman– tismo que conhecemôs. melhor. Se adot~mos o conceUo de música pura, poderemos talvez 1orrir das. co:inpllcaç~a es.têticas . ' ' . de Baude}a1re e de Wag;uer, qu,, entretanto, são t>em inocentes se os ~mpazµmos a tudo o que têm experimen!ado <>a miíaicos dos n,ossos dlaa . Basta compii!– or um manual de müsjca mo– derna para ver ._a que excesso de teorias e d,e peSqu~ os músi– CQll atuais aão arrastados: o que ,é próprio, de resto. do esplrilo da nossa época, época polã.ml – ca. inquieta, agr'esslva e in.sone. A predominilncla do · limb)'e leva 09 conposltores até a Úsarem o 11errote (que ]à ouvimos, de res– to. aqul. n,o Rio) , alé~ da lnfl– nidade de sistemas de atonalida– de e do emprego de elementos extra-mu.slcals como colocação de luzes. cartazes berrantes com. letras disparatadas \ndlc:ando os "valorea• atonal■ de cada movl– i::nento ela compostç'lo, etc .• etc. Não A p9d11 meSJDo aéustu os e.!,Critore1 · atuais de gostarem -da müslca "lllerárla". já que oa mú– sic011 - inclusive músicos cí e gênio - õo os prlme'irOll a fa– zerem-na. Com iato quero apenas acen– tuar que os ro!llântlcoa eram ainda uns inocentes do ponto de visia "literário",. e que não de– vemoa portanto acus~•loJI de ln• compreensão da música pura... ~~ Pen,sando bem, a reação de um 11Jnples amado:r de hoje, sem .reaponsabllidade dlante da criti– caMm eompromisao com 011 ieó– ricoa de todos oa matizes, pen– sando bem, sua reação diante da múais:a deWagner fahtez não seJa muito diferente da de Bau– delaire..• Exl11te, de fato, na mlisiéa de Wagner, uni elemento de fe\li• çarla. (Há Jn-Uitos anos âsrü já ol>servavam01 lsto, o Íocador de . . fagote Evandro Pequeno, e eu). ' . T-l• élememos. obtidos sobretu- do po:r um-:- conhecimento quase h,criv,1 dos recursos da O?ques– trã; seriam utilt-caílos dePQ.is pelo ---------.---------- seu dis<:ipul<i Ricardo Strauss, ml!S, evidentemente, sem o gê– 'nio do mestre. Wagner seria 'IUlla técnica moderna a -serviço de um pe111amento medievalescó. :t! impossível deixar de vê-lo n;, ga,. bineto elo dr. Fausto, sem aiu– aiio, de resto, ao Wagnez com– parsa do d.rama goethealío.•• t:le mesmo decluou que auas obras úc "fatos musJcaia tor– nados viaiveis". Para 6le 01 son• tomam-se atore1: a harmonla é uma açÍio que se representa; ao contrário o cantoz risivel 6 um aom que ·se tornaria verbo e a ação cénica 4 UDIJl tlustração do aconteciq,ento harmónico. Ainda segundo Paul ~ekker. a atual oposição de Verdi a Wag– ner (que não eÍl.lranhamos" em muitos,. mas sim eni StraviD4ky) provém menos do conlruie de concepçõea muslcali, do que doa meloa empregadoa, que por sua vez dependem do carãter n.acio– nal de cada compoaUor. Wagner coloca na orqueÍl.lra o centro de gi:avidade do acontecimento mu– sical, ao passo que Ve-rdl fa,: iia Na PdrnírÍl.vel carta que dlrl• giu a ;Bei}J~. Wagner revela como encontrou DO d.rama da Grééia rµ1t1gà o prlncipio do se\l ideal artístléo. É lnieressante no– tar que 'Mallarm~ se 'l:nspirou na mesma -concepção, ao escrever o enl!alo sôbre o Cerémoníal; t que aludi na crôlílca passada, De ~ e • t o, Mali.armá celebrou Wa~r em prosa e verso. Não esqueçamos .tllmliem e,ste de.ta – lhe importante; na mesma car– ta, Wagner usina~ que ·se pre– ocupa e111 elevar o nível artí.att– co do público - .o que não será um pequeno motivo ae gloria. Irnaghie-se agora, com o . r.eeuo do. tempo, o ·qu_e nio terá •ido aua- luta, sobr.ehldo no Parls de 1860, em que predominam a can– ção ligeira, a opereta; o eapirlto do ' "rnus.ic --hall'"l <,>~ Ma,a... não ae pode disfarçar o lado anitpátl~ de Wagner1: 0 seu ideal de universalidede (ba– aeado na grandeza do mito) , c:ho cou-se com o seu na:ctonallamo ex.àllado. .CoJttO perdoar ao hc O falo é que, principalmeJúe duranle a guena, quw;,do ouvia– mos Wagner p e ,l o l'ádio, -nOll enervavamoa. "Excessivamente alemão e belicoso", - era nona semaç~o•imediata. O músico pre– dileto d~ Hitler". De qualquer forma, 1tma di,.. coté'Ca, mesmo mod_esta, não pode dispensar os Pr.eludios dai 'ópezaa - e não só os Prelúdio• do 10 ato. Par~ estes maravi– lh0$0t trechoa da música wag• neriana é que vão as minha.3 predileções. Se bem que págJ– oaa cômo o ''ldillo de Sleg– frled", a "Viagem de Slegfried ao 11.eno.,. o 111 Encantamento Sexta-feira Santar e os "Coros .de Parslfal", além de outros. ~ jam fonte eterna de deslumbrl;'• manto. (O cronista dirige-se à eletro,– la e faz passar o disco do ~Pre– l((dio de Lohengrin". na éxecu• ção da :N.B.'C. Spnl) ho.ny Or• ohe-rtra. sob a regência de Ar-' turo T,oscaninl). O "Ratto S~i:lior-umM proibiu. - INTRODUCAO DRAMATURG,IA IND.IGENA por~m "os· papai, de mulbet nestas peça1<. Mas fe.z-s.e e:xce– . çíio para as 1antas ..-.irgen11~ • parece até que, os esiuda»tes ires. liam trajos femµi1nóa. porq-ue o 4ução foi feUa pelos '"colonos . Visitador. recomenda: · "nas obrall .:> çômico, ou a fusão desses. ele– mentos, isto é, a p7óR1'ia alma do drama.. É ne~ssario que ouçamos uma cantiga de -ninar (cam,_iga cié ro]!,curúl que a mãe iri~ia com– p.éls pari, o , sonó e Õ, ~so~bp do seu filho: 6 1Jecelisár}q: que.. ou– çainos o canto dó ' Pa,gé q,,e enuncia estar vindo do seu muro ' . do para. com a sua arte mágl- ca, que é bela, curar esiia mes– ma criança doentinha: é peces– sário que ouçamos. tia da,nça da "Paricbára", dos Macuxi, tnq<1- r11<6 e Waplschana, as nume•a • aas vozes do c·a:ro qÜe os pr(>– P r 1 o II dançarinos compõem: é necessã'.rlo que ouçamos um <:an– to da guerra dos 'Indios Pariu tintin. reúnidos em c6ro trá:Ji– co. nessa dança mítica do M3- guarí, pa:à que o Canfo Indi!fe– na possa ser considerado por nf>s outros na .. sua DpulêtJCia, na sua or.iginalidade. na sua bele-.:a. E a dança do Indio? Não partiam os Parintlntín pa. ra a guerra sem pintar 0 Sé, com IS tintas do genipap0 e do Ur'U· cú, com as tintas dos barros co- --·- .. loridos das beiras do Madeira e do Maicy, e um dançar, antes. d~ roda a \lma á-rvore, a cujo tronco teriam suspen10 o cozpo, ainda palpitante, ~e um .Magua– ri-pernalta amazónico, solitário e eiilgmi\liéo como ó próptlct ml1o guerreiro que encarna . ~ Em todas as solenidades soclo– re)igiosas doJI indios ·que visit'a• mos, prlncipalmente no v a I r amazônico. nunca vim.os nenhu– ~a dança 'individual. A ~úsica ou o canto podem ser expressos num solo, indlvi• dualmente. mas a dança é sem– pre coletiva . Nela se funde a alma do Indio com os mitos que a criaram, .com os princípios da tsócledade que a tribo resume, com a ps't– cologia da multidão que integra essa tribo.• • A mú~ca os atral, àqueles· dançarinos. ali, giran40, mar– cando o ritmo com ~: cal~anhar e a sola dos pés, ou vibrando palmas; a müsica os vai bus– car ao silencio das florestas. à solidão dos campôs. às quebra– das das serras, ao mistério das águas onde se miram. O caJúo o• funde num corpo s6 - o côro - e lhes dá e:xpres– aõea policroinas e polifona5, M·a• é a dança que lhes em– presta ó movimento crladôr, o colorido illlcessivo. a bele:ra e '& eternidade do· Milc:i. E, entre -o Culto, - que ~ re– ti:ova com essa dança. pôr .força do aortil6gio da música e das vMes imperiosas ou solicitas do canto, - e o Mito - que se traz à evocaç_ão coletiva, como no teaJro grego, tem a sua presen– ça imortal a alma do drãma. <S> 4) 0 Compreende-se, assbn, que os primeiros jesuítas e, antes de– les, oa portugueses· que inlcia– Tam ·a conquista do :j:lrasU, ti– vessem pressentido os elementos dramáticos do milo e prease:,– tissem np indio o gênto âe os ln- - . terpretar naquele palco, de ce- no91'afia maravilhosa. que era a terra por êle habitada. Estudando as origens do nosso teatro, u,n jesulia. de i-econhe– clda àuto:ldade, o Padre Sera– ~im Leite. afirma que sua lniro- iue representavam nas igrejas. que se fizerem·, não se vi.s1am à mod.'l portuguesa. os seus autos moços como mulheres. :mas como arranjados alt mesmo. ou, mais ninfas. ale:vantand~ a roupa um pro.zavêlm,ente, levados de Por- palmo- do cbão~, Como. porém, tug.~".. ' "o que preocupaya 011 je,;uit,aa Os" ! Nl11tu, 1n11,tond,o-,.ost a.e-a- era a civilizâ~âo cisus- . pcueo– ~aram por superá-los e deram lbes importava o &!>surdo dess• lnegavelment• "à arte dr.amatl- e:,tigencia e n t-, e os indige»as, ca, na colonia na~11nte, o pri- que amavam a libezdade dos ins– meh,o desenvolvimento e arran- tintos tanto quanto _a beleza pri. Jo•. mi-tiva da nudez . • Og temas doa autos,. dos pado- r~s. ·das comédias eram tirados, diz o blfloriador da "Compal\hla de JesusN, no Brasil, "uns da fau– na e outro• da etnologia". E os "dols llpos de represen• lações prlmilivaa - para as a 1 delas autos; para os colegios além dos autos, comédias e tra– gédJas, tinham um e scópo mo– ral. E i.ndlós eram, muita• vezes os seus intezprete!I. Esc:ritàs 'em português. cast e .Jhano e ,tupi. segundo Brucker. que o Padre Serafim c:Ito.u. tinham "alg\l'mas dessas péças ação ver– dadeiramente dramatlca-• E' preciso que se proclama, entretanto, que o teatro trans– plantado da Europa aqui i,iabar-– rou com o teatro índigena. um lcgiilmo teàtro indígena. Eram figuras desse teatro 01 lndios, - sem ponto e contra– regra, - inlerpretando a ação dramalica dos seus mitÓs, can– tando e d '\nçando aos ri!'rnot daquela música, de ~ma "béle- 1:a e de uma melancolia tão pro– funda". exaltada por Couto de Magall\âes e por ou'tros indi.ania.. tas qu.e a .ouvuam e a comp:i:&– enderam . Po.rqua eram os indios. - co- ------ --------·-------'------------ Ó Velho lndio Tukuna qÜe, do alio do bazranc.o do Solimões, sopra a , s:üa "uaricana 11 anunci– ando que sua filha já se fez mulher, e que haverá festa obri> gatoria à comem·oração da en– trada na puberdade, deve trans– fundir àqµel<> instrumeµto, num jogo de Ir.ases musicais, de es– tranha eloqueticla, a sua alegria ou .a sua tristeza. I: o jovem bídio Taría)'.la que, topra:ndo a sua longa flaut a de paxiubinha, procura dominar as vozea das cachoeiras do Uapés para anunciar à sua querida que lhe fará, em breve, um "dabu– curi" de frutas silvestres deve. nmbêm, transfundir áquele tns– :lrflmento ansiedadés e esperan– ças que só oa que se hu.i,tan!za– ram ~elo amor compreendem . O RITMO NAO ESTÁ C1\NSADÜ mo · disse um etnograio moder - JlO, estud:mdo os Yagua, "natu, ral actors and drama·tlze lhei.r conversalion1' by aeed and' ge•– tµ.reu.• Nu"'a f;esta, -tal qu3,l a d.a pu– ·b~rdade entre os Máu~, . os can~ tos, ·as danças e as niüsicas têm inquietante teatralidade. E a "Oporol'?quetâ:"•, com o qw, o lndlo Parlnt!ntln .recebia um vl– sltante, tra:da à memori11- !l ·elo– quênoia do 'Prologo• no Tiia– tr.o cclàssiéo: .E auida era a · essa mú.tíica do lndio que o .canto e a dança ,deviam a ·sua origem. O ~to indígena! Ele .,se erguia, em plena sei– ·'"'· " ., à margem dos • lagoa ou -...ore , 01 rochedos à beira-mar. 3or.bulhava de um peito, dútil cotJº o bronze, e explodia de u.(A ~ garganta. sonora C·omo um bujlo . rª o canto isolado., que se e1... Pl-!Jiª parJl o céu ou se a.la ,.,11-.,a· "ª ftore~ta, como a voz de nm l'f"jcho In~ivel, através de gru- e de veles. pNlei:ia sei- pol>re, como ~- • canto ~egoriano, na oplnhio ~d •m po-et~ - .Jorge de Ll.ma; pocteria Iler el# átl.co, como oa · dâd'oa. a.través a. fonogra.– aa, pela t6':'nlca ger~nica de :m Hornbo•tel. A relação p1lcologlca, porta esse canto. COJ!l a mitologia ln– ~•na. o 1!8U ço~e)i!lo de bele– ~ primitiva, escapavam, aô po– . ffiam escapar, - à p-/trcepi;'i.o Ili} Pl'91""l.'ll!Oc ~vUiM'd<:> : • 4-, rii~ ~ :uuf · ~!!e eal_!:t,;lt a• ...1·.,...nct1v.., -~ j>>Cp~••iio c14? Pttl c:-9"1:! '"i'l'IUU~!) .anltOe e tA– Jt\\l• ..., h•u1'!., em U!ills illll• c.:il ...,.t, c..~e~ ~ l - Ouem. procur~ os ,c.aminho$ do Iadt.J l?erde os caminh~t: do meio, A esquerda e à direita está a desventura E somente na frente e ,no ,altc. • Cintila a verdadeira luz. O ritmo não está cansado. Cansaqos estàmos nós PeS$imistas, agressivos e brutal• Sem forças para lutar•. A culp.a nãç, é das çozinheira11 Nem das Ía,vadP.iras, Nem dos funcionários públicos. D~ vogais de Conselhos trabalhistatl Nem d~ burgueses Q dos comu1>ial1U1, E mesmo os deputados estaduaia Nada têm a ver eom isso ludo. O ca~aço está em 11ós– Somente em nós E é preciso fazer a confissão sincera A catarsia crueL O .-esmo sol da Plalli~<, de Ur Pe &ade Eles vieram '" ·' iudà b.oie ~ ilwnu. • ' Para o Haroldo Maranhão - este ~ma de hoje . . 1:! o mesmo mar qu.e frou.xe Calombo Ainda Acanfa em nossos ouvidos. · A estrela de Cristo Ainda fulgura no Céu E O mal, mal profundo E' que não temos mais Ôuvidos· Nem olhos para .ver. Sejamos corajosos Curvar a fronte Lutar inces$antemente Pa·ra '.'destruir êsse cansaco Corpo estrariho em nós inesmos. E então ~eremos cantar Setenaniente · Co~o no verso. indú ; • Aquele que em um.a b·a.tal,ha • Sozinho lutar com mil h~mens vezes· m.tr h ·. .E os vence. om.m t: aquele OJlfro que luta consigo Xl1$1UDO E se veJ1ce, A êSie · é que chamo venceélor~. E então não haverá m 4 is cansac:o E voltal'á para nós o rlimo Hebreu. ANSELMO AUGUSTO • E as pantominas da test-~ ela Moça Nov~. !)U da puberdade, entm oi, Tukuna, ttazía:m à ine~ moria, por 'Sµa vez, .a ronda alu– ·c~a de ntiifas, · <le , taunoa • de aatiros numa fe.sta baquiêa . Vetlidu llJI mascaras, dd So1, • de J.ua, do · vento. da Chuva, do11 Mac,co1 ou do1 '<toés". c:omo. acl– ·ma re.ferl~oa o,u -afi:velada~ àpe~ »as, ao rptto. er~ -lijgnificava.JU , na vi!ia do f1Uo, .os .eleminf os mais p,od,erOS!)j e Otl mala lilge-::C ' , r, . 'I . ·11.µ01, . 01 mais belos • os maiJI grot,esc~ aà N!lfUÍ'éza. .Envolvld'à 'pot essas mawcáras é ' por elas per.-~ãe·, a 'Mo,;.a a• ev,itava e as provocai,a, jugin– do-lheii ao5 i,.b1eaç1>s 1 às ~iresU– êl~· que álinmàm ó fráglco e o é'õmic;o, prlmeil'o, '! ·ai•. Pº( ~ o, pbsceii.o. Porque o MUo im– puzeta à 11ua vlrgiiidadé c.oll!U– çõe'a · qu,e se ~Jigql t ' soclol\>gla. à :i-e~ião, ~ ec: :011.op ,ia da tribo, E quaildo a '·tndia W~i!JC&élS. nos narra ... amo':'es desgraç;uto, de u"' m!>Ço com uma abelha sit– •e~lre i>, depols, com ·1tma !J).ta– riba, ..-~a se septe ob?igada à 1>s– clar~cer a açiia .tramáticá '112 4 o seu conto tixa, mimando oa ·J!er.sonagenf càntanào e cianí;a'-1- i d'o. Ha,'Vià, r'!ahn11n:te. uma mUolo– gia 11,;,Ugéna ao tenipo d.o Ipk:l• da, conq_ul•ta do Brallil.i, e lia.ta, , igua~menle, úm teatto . (A CONCJ.,VER NO l"ll0"1M9 _, •
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