Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1947

I • i • •Ca,pi~, 1al9c~ ma2I- . Jtistas, todos se p areciem: for. mação d>e uma humanidade Escritores Da Atualid~ doei!. ca<la vez mais <;iócil ,...à . BERN·.ANos m~·lda que a organizaçao - economica, as .rivalidades e . UMA ~oz PROFÉTICA aer e ,!alv agu~ o sentid_o da liberdade. 'Quando 'o mun. do houver· perdido esse sen-. tido de li·berdade, nãó o reeu.• péraiá mais. E en tão •iivere– m-0s no inferno·" , ·guerr~ exigem uniâ regula- . . N • Pablo d~ PALlVlA -- fueri-ta:çã<;> mais mmuci~a. o br1ca ~u para a ~ erra. un– "bomem antigo.. não se parece ca teriam pertenc1do a eis:ses com o homem mod'eino. Aque- r e:i,a.nh01; que· vem-OS avançar • (Direito ie ja,maJs teria perten~ido 8 tr1stemen~e, uns contra ~t~ ~ gado que as democra- .tr95, em JJnens~s ma..<:sas . 'eias P.lutc;>crattcas, ma.rxís~s e d_e suas maq~nas• . cada_ um racistas, alim-entam para a fa. cru;n suas ~ns,gnas, sua id eo- reservado do s. F. 1., especial para a FO– LHA. DO NORTE), •·o BACHA.REL E O PATRIARc~·• .,; . --Gilberto FREYRE-– <Especial para a FOLHA DO NORTE. nes,te E s,tad,o) O sr. L uis Martiris faz bem situações de prestigio perdi– (m).' e:,q>andir em livro O es- das em 15 de novembro. Como tudo que p ublicou n a Revis- joaqui m Nabuco e Afonso ta do Arquivo 1\-lunicipal, de Celso Junior, os restauradores Sl!io Paulo: ' 1 0 Bacharel e o paulistas eram prin:cipal-men. P ati:iarea". Su,gestivo como é te repub1ica-nos e quase-repu. esse estudo terá· a.gora maior blicanos antigos _ou h omens réi)ercussão. . na pti:rneira inoci.;Jade i-nd ife. São 1>agi•nas, as do escrit(>I r~n.~ à sof te do Iinperip p a– de Fazenda, qµe vêm eoncor- triareal que, ainda moçoo, .nu– rer para o esclarecimento co- ma demonstração ostensiva de m.o que psicanalítico daquela arrependim~nto dos seus pe. nosta,gia ou saudade quase cad<>s - de comissão ou. de doentia do Imperador e do omi...<'São - tornaram-se un– Imperlo em que se ex·trema- peiuosos na sua dev.oção pelo :raro, dep.ois dos quaren.t~ çu mesmo lm•perio, empenhando– d os cingue.nta an eis, tantos ba. se, como filhós pródigos, na cbaa-eis da prim.eira gei:ação restauração do prestigio do d e, r epublicanos desencantad9s Pài .e dos Paii; por eles ,trai. COIID a 'R-epública, alguns de- dos, negados ou abandonad~ Jes filllos de barões e v4scon- Pois mesmo que não se ado– des feitos por P ediro TI. Fi- te o critério psicanalilti~o de lhos de patriar.cas que eram interpret ação d,a historia ~ra– uma l'!SI)ecie de imperador em sileira seguido com ent us1as– p op..to pequeno dentro do sis- m-o pelo sr. Luis Martins no ~ má pa,~riarcal b:rasilei:ro. seu estudo é difícil d eix ar- T etrd'O me oc.u_pàdo a meu mos d·e .reconfiecer, na ' for:ma– modo do a$Sunto. em ensaio ção da. nossa gente, consi.q'e• _publicado e.m i 936. e . depois rada do pont o de" -v.ista psi– ·1Í'a introdução às Memórias lle colo~ico que compl ete o ~o– um Cavalcanti (1939). era na- ciol-O<gic.o, 1.llil1 prooesso de 1i:i – tural que me interess~se pe- tegração e de desintegração lo estudo do sr. Luis Martins d-0 poder ou do co,m-plexo ~a– e pela sua tenta.tiva de in ter- triareal, em que as rela_çoes :pretar ·a nostalgia ou o re- en tr e pais e filhos tiveram ,notso d aqueles peca.dor es ar- sempre importa.ncia decisiva . :repelj'didos - seu sebaptianis- A importaneia. qpe tenhp_ p t o– ~ Q 'às vezes p.un 'g~n\e - sob our-a-do sal'fe:µtar em· nlàlS d~ c:ritêrio sifrão puramente psi- uma pagina. can_alitico, meio freudüino, de Era natu.r<1l que ~ S'àS rela– lnterpr'et ação psicologi:ca da ções se manit estas?em -ná bis– lii;s,t'6'ria'1 d.o B.pasil. tórj!!, politi ca. Nálur.al que no Tal nQSt.àlgia ou sebastia- conflito brasiJei.ro entx;e mo– n nsmo expJiiniu-se ãtrllvés. de nar,quia e r~ublica o cboque •tHuides diversas assumidas eriÍr e pais e filhos se.. agu- 150:r ·antigos r(!publieanos ou çasse no dirama que separou &ntig9S monar91uistas _indife_ bachareis de patriarcas pa,ra rentes, quando moços, a sorte fazer depois de alguns desses d a monarquia. ~'!:plica tenta- bii,chareis arrependidos do seu t ivas d,e rest auração monar- republiç-anismo eu do seu in– quica <J.e que ta~ elem,entos dife1·en tismo, os apologistas ~icip,a!taJn CÇ>Iil uma per- mais enfáticos do reghI,\ jl mo– s j;sj,e~cia _ou uma ~us~di a ver. nárqui,cõ'. paterrialfsta, R_,egim~ dtâd~iramente _ :romanh.caí, C:on- que fora ceer.ent.e eoopressão ta e sr. ·joão Dornas Fíl . o em politíea do complexo paJ,riar- •.seus Ai,ónta.mento$ para a cal. História da l(epública (1942) , D.en tro do complexo patr.i– qu e Cam,pos Sales C:heg~1 a areal aiooa ·se move, aliás - j3irer de$1le seb~tianismo : com menos coerenc,ia, é claro logia:, decididos a ma.tar e r:e- naDte - e mantida incansa– si-gnaJdoo • a morrer ,, repetindo V'el,mente através do "Le jour– até o fim; oom a ·mes.ma ' r esig- nal d'un curé de campagne", nação imbecil e a mesma con- ' 'L a Joie" <a prim~ira pre– vicção m~canica: "E ' pai'a meu miada pela Academia · F ran– oem. . . é- para meu bem..." cesa, a segurià.;i .d~ntQra do ·Esta voz - pois lêr Ber- premio "Fémina1' ) ; ''M~ieua: na.p.os dá-nOs a impfessão. de Oudine", a mais recente de o estar ouvindo irave, estre- suas novelas, e de varios ma. mecida sempre- pelo -ardor de ni.festos eseritos a partir de uma convicção inabalave1,· 19;3a, os quais se sucedem a;té peri~camente se faz ouvir ~F.t;;mça conl;_f;l. os ·•robots" no deli.rio -de wn ~undo agi. cóm um r1tnió aoele!B-(io que: tado que co1Te cegamente para dénuncra as pl'eocupaÇÕf!!s do a ca-ta$trofe. Um vento de l ou- autór: "Os gran,des cemitérios cura parece abala:r os pr(ipri-os sob a - lua" , "~ós, os france– fundarilentos da sociedade da ses", "Escandalo da verdade". vida civiJizada, o que, atra- "Pa-ginas de lota". "Ca:rtas vés dos •séculos, vem oonstl• aos ingleses", "lteflex_ões sa– tuindo o fundo de riqueza es. br e o caso de conscienciil pirítu-al capàz de sustentar a francês". esperança dQ hom,em. E esse Est~ grande angustiado que fràca.sso do destino h umano, escreve "não s6 p a'r a libertar esta abdi,cação do homem t o- a prQpria aJ.ma", para fazer– tal ante sua caricat ura, engen. nos vibrar "de amo,r e de co– d:rada pela civilização meca- lera," , ~ouco importa, dissi – nica; símbolizada no técnico, mula, frequentemente, _ se•l.\ revolta a Bernanos e põe em amor, com pàlavras .de insulto sua boca profecias apocalipti. J?ara arra-ncar seus· semelhan. cas: "0 técnieo é um sêr sem ~ desse sonho mortal em que conscienéia, sem alma. Tal• jaúmi à meréê <io Maligno, O vês um dia consiga fabricar unico adversário que Berna• um novo homem. P ensou-se, nos ·combat e seja qu a1 fôr a durante muito tempo, que n ão forma que- seu espír ito ad ote. eramos· transforniaveis. Isso. Assim, 'nessa " 'especie de porém, é falso. Afirmam-me proclamação• aos imbecis" :..... sêr J?OSSi•vel modificar os re. con10 ele próprio qualiJica seu flexos fundamentais do homem u)timo livro - q uer abrir os s o c i a 1, diminuir - lhe. por o1hcs àquelés de $eus compa– exemplo. os reflexos de rebel- triatas qué acreditam na ilu• dia. Co;m isso · chega.riamos a os são do pr'ogtesso material, n a "róbots". C!ivilização da maquitra . s,el!l "A F rança con,tra os· " ro- dar-se conta do peri,go que bots" é o titulo de seu ultimo existe em suas entran11as, liv'f'-0. E com ele, Bernanos tanto n o plano politiJco, como continu_a essa grande " empr e- no 'es,piritúa.1. sa de salvação" - como mui- O p3!J)el da França - se. to bem a denominou ·O sr. Luc gund.'O Bernanos - consiste Estang •- iniciada em 1926, em "rep elir essa contra-civ'i– com a p ublicação de "Sous le lização e denunciar-lhe as Sóleíl dê Satan" - obra que rne-nti.ras e o totaJitarlsmo se impôs à cri tica e aos lei- éreooeTIJte. Assisti,mos a mna t ores d-e maneirá impress~o- J.ncrivel desvaloriz.ação do • ÔLTI.MA ELEGIA I nutil à lua de mármo.,:e! O marinheiro mort.o sopra no buzio g'igante o lamento do náufrago sem porto. Agoniso co~ o pc,ssaro ferido olhando as estrelas nos teus cabelos A.paguei o rumo do~ ventos nas minhas mãos crispadas.- sem l im•: oorr,em em f'a vor do Estado. P<$ bem, uma sociwa.de não pode viv-er, nem defender.se senão mediante uma liierar– g.uia e certos p rivilegios. o primeiro desses é a liber<lade. ·Antes de tudo, cabe-nos·defen- Como 'evitá.lo? SenJ dúvi:d~ não mediante· uma revolução econ,omica, mas com ~a re– volução esp iritual a,náloga à que Sii! prod.uziu h á dois mil aiios. A principal, a ni'ais _ lna– dia V'cl das tarefas é reespfri– tualizar o h omein. _, LAURINDA _E ETC. -- Mar_Ques REBELO • (Copyright E. S. I., com ex.clu•sividad-e para a DO NOR'l'E, n'este &tàdo) FOLHA RIO - Mei.i,-raça do canil ~ranz, nas Aguas Férr eas. P or í:.a,urinda fói chama,d,a. Os nomes importam em ,rà-zões • sentimentais. -x.-- Nâo basta entender. Seria p reciso fazennd..nos entender, uni:r-nos no ãmor sem beijos. Cansà ,ser ~útil, qua.ndo_ se tem o coo.'ação cheio de amor para e&palhãr. Vem wn pe-nsa– mento de morte em éada t entativa fracassada. --·X:'--- 10 dE j ull19~ Alexandre esP,icha ·º feio p esçoço, irie o~ com os pret~-olhil}hOs por deQa.ixo da C?mo<la. E' ,m-eu-amigo. ,Mas não se ap roxinia m•uit:o de mim, talvez por um m.:édo aitávico dos homens. Se tento afa.gar-lbe a cabeça, esconde-a sob a ca,:,apaça, tica Já no fundo me olhando como ~a cobra no seu buraco. Mas, quan<lo men-os espero, eis que se arras– ta,nd o, o meu amÍJgo j a,boti sai do jardim, m :v:ade a casà e vem passar debaixo da s-ecretária, r ente a meus pés, como uma n1uda prova de confiança, absolutamente pessoal. En. oolbe.se no canto do escritór io, ao' pé de uma estante, e lá fiQa oito dias. Já Laurinda é a afeição em fornia de mobi– lidade - a úhlca. criatura que h á dez anos se a1'egra- com a minha chegada em casa - correrias, pulos, latidos, lambide– la$. -x:-- ~ha fiilha te:ve hoje uma 1onga e impor tante convenra comigo. Fiquei informado, entre outras coisas, que d~te , serve para chupa,r comida. - - x:-- A mócidade- é ~ ~rreno ~e êr-ros. Mim i e F.Jorzi-nba atravé$sa.tam -~e terreno como J esus sôbr,e as ondas. C!}e– garam a os qua-renta à'.nos, solteiras, puras, piedosas, inteira-. menite de<licadas à velha mãe, que morr eu hoje, e aos so– brinhos que as enterrarão, --x:- - Envolveu-se Laurinda num velho sueter verde, de me- 1-an.cólí-ca hiis.tória, eomq se fô.&se possi-vel aqu~ aqueeer seu inestimãvel C01?'9-Ção s-em l aíidos. F oi plan~um caJ)to do jardÍ/!l)., como sem-ente de a.mor, ao sol que ela t;µito ~ava. ,. - . - • --·;x.-- Qua-n,do tudo parecia que era melodia extinta, eis que v olita a velha músh:a do coração, E' a mesma, a mesma me– lodia anitiga, onqe a par de al,gumas n otas sQinbr-ias co).;re um· largo e alegr,e sôpro de pr\mav,er11. S~,--ê a i;ne'snia, o C9- ;ra'çã:o. é out.r-0, ,.envel:hecido, sa.cudido, céptico -, gasta . -caixa iSonorn que reJ?rod-uz mal oo sons an4i,g<>S, que os de!0rma , qUJe os deafina, qUe os enxota como sóns perturbadores e i mportu.noo. ,, --x:- - 0 'homem, esorav.o do trabalho, nãó póôe soltar o pe;nsa– mento.. Mais u,m hQIJJlem êm férias. é outro cas o. Verd,a{leira má,cyuina d.e pequeninas loucuras sedutoras. -~x- - 0 bOJJd•e p-arot\, "Va~, m-am.~e", d i-z a mocinha. A nlâ~ n ão ooonpreen,de: "Desce, mamãe, .desce!" Alg\lnB passag,eiros– volta:m-Sf. e como ela está nervosa;. enver gonhad á, pOTque a m ãe é cega! . --x:-- A:g-0i a qué a noite caiu, a cidade é verdit-dei~ent~ bel~ O maii,t o n oturno esconde a oha.ga da,s favel<!S pelos morros. --·x:- - , ' 'não é ma\s que sonho i;nór- _:_ 1 parte consideravel da po– bí ~o da vell}.iéf'. ~niano d_e p ú.lação b'rasUei.ra atrai!la por C.álJ>J>Q.S Sales, Eduardo Prado, subst:itut-bs fnesmti J?Pstiç,.os • do .Afonso Ai,:inos., J oão :M;eníles velho pa ternalismo. Dá i_ 9 êxi. <l.é Mmeida, Augusto de. Sou- to lil'l cançado pela mistic:a d~ ~a Qu eiroz, Àntonio F.eri:ei~a "Getúlio nosso paí". Dai o Castilho, Rafael ~onreia da prestigio al~anc;ido ·pelo ai:n• Silva 'Sobrinh o, _Bento F ran- ~a jove-m capit~o revolucio– ci9Co de Paula é Sousa. ao nário Carlos Prest es quando !unda«-em o pa,rtid o restaura- at raves'Sou os ;entões ~brasil 8 i– d:or em · São Paur9 e ao o,rg,i. ro~ com barba,s de pai,-de fra– níza:rtm o · ~ omércio de São de da P~Íl_l;Ja 1 de ~T:ga~or de :Paulo, lj'ão agiatrr com.o ve- •Sant as Missões. UJl'í ·Rasputlie A ciranda· dos meninos alo,9ado$ dança na espumg rola na areia ' • morre na praia . Nã-0 é bom, com.o querem alguns l'Q.ros a,mjgoo, freque,n- , ta.do res do seus .serões. 0 (l:Ue tem é u-ma gr,a'nd e fôrça de ,/ compi:eensão, qu e gera Jl~turalmente -uma ~ a tolerância. Elllfi,m, anites a creditar no êrro, que não acreditai: em nada. • Ã Iluminado - 'braços estenJ1dos ao Mar - -x:-- espero o regresso à origem eterna. ll),os· que q u.ise~m voJ'tat às (Oonti'nua. -n• a .• i,ag.) -------------'·------ --· -- ____________ __,_ ______ f AI.ONSO ROCHA Cei·ro os olibos e vejo o pequenino vu1to preto. tauri..nda., .e. fiel, gorda de velhlce, qua,se cega, veio se arnasta•ndo para ~x.pira1· aos meus pés. O hevmético Alexandre, inimigo de invernos; escolheu ,o canto do fogão Pl!ra mprret. Morr eu du– rante ª noite, d-i~cretMnênte; CQ.m.o sempi;e viveu. -- ·- ---- ---- - NA MONTANHA DE R.AMUZ • - 'Tinta bem tua allleia e serás tíDWersaÍ!', 111.sse T~stoi, e p0ucos escritoi;es d~ te sécu– (b Jlodepa,m (irg~bar-se de ,tei seguido êsi:ie co&elho ·éol!N) o s irlç'o• Chádes Fer,dinan.(1 ' • ' ' ' ' ! ~u~; ~~ 3càba de morrer em La1J$anne.· Ainda rooe:Q.temente, o autor de "Farinet ou 14 fausse, monna.id ' la.JQentava ·a alJ!!êneia em Dos~iiêW~ ~os ~lenientos crun~ que (azem a v.anc;leza de Tolstoi, e à nevoa som. bria que envo~ve as cidades êle opunha a quietude e a elarida.íle do eaDl(l'.lo, com os ~eus ' . t • • . ~ ea™f)s. em liberdad.e e a s-wi- veemente na- 'tllt eza, De.certo, a ·v~ e poderosa obllã. deixada, p·~ C. F. Ramuz l)Oll!lui, ainda que diser eta– me11t,e, ?ª •~~ a.r'ct~i tetural que a une, sem .que a ver.da.d.e roman1!sca osólle ou ca– Qitule di,ant.e de ,alguma intenção •de tese. Tendo sido um r omancista poderoso, eonten– ~u-se em contar histórias, em forjar situa. ~es, em criar tíJ.)os, em aumentar a p_opu_ ·J~ão ~r~ d~ mu ndo. :Porém; se admi– Íir.inQs, um funda~to ideológico P.al" a sua s~ , , , obJla;, ..,re#los de ir busca-lo em ' IBesoiµ d.e Granile.ur", urna éSpécie' de ensaio que,. eK– cllffioJ1a.Ddo 'na sooioiogia, nà J)llicolog~, · na geepolít.ica e ~ lµstória, é o ideário suic;o no 'lffl -seu autor fala de llm ~o eloquente e Wh1mildo de aeu pe11ue:oo p;LÍ!J, como ~ -- L êdo IVO -- , (Espe,cial pa:ra. a FOLE.A DO · neste E&tado) NORTE, Uh& tranquila entre as convulsões da Europa, e .ttt)'.a1,a. os tragos elo cat:áter de sens 'habi– l'antes, suas idéias diante da v-ída,, do amor e ' . da morte, se~ -Ç9mp0namento eni face a or- ganização social ao trabalho, ao dinheiro e .( Mi governo. • ~ • Ü.m )Jvro q:uê, investicloo de um discre– to poréD:l incontestâvel sentido nacional, se ipresenta com.o llJll testamento de um pov.o ilÍante r,.e uma ~vlli~, a per ecível, ou \inpêrecívél eiviljzação européia, ao mesmo klmpo que firma o pensamento universal de 111D escritor sémpre -inv estido de sua res11on– iabilidade ele testemunho de um povo e de una +ena qut · êle levantou, cóm<> um V3$to a.ffflco, flJil sua lllll:lle rosa obra. :fara os.,que conhe.cem tàn~ . ~ mul– lifárl~ tia ·E_urol,>a, a 'cJe :Paul Morand. eom os seus H1-~ ina<1•o1s trens-expte1!5os e as suas p_,andes cidades, a de SUone colll o.s seus al– ileó.es banha-los de suor e de verilade, a de Giono eom as -suai, paÍsa:ge,is selvagens e ~uas jerso~ens pletórielMJ que Jl8ft(lem sor- ver o ar ·a.e um mundo sensual e pagão, a de .Jules Romain8 e Martin du ~rd, a visão . . . que Ra.muz nos 1-raDSDli~ é das mais singo-. lares. Sua obra assenta-se, toda ela, em uma plataforma campestre, visiü41a pela seiva po– derosa dos elementos natui:â,is. Em se.us li- " .~ , . vros, estam~ próxim.06 dás Arvores e do.s .ho~ns rú.9tioo$, do sol e da noite, das pe_ dras e aas montanhas. Entretanto, é uma ·Europa perdida de-rítro da vasta Eµropa._Cl)n– tinental, essa das aldeias CUJOS habitan!es, li- , ~ . ' .,;;,~ gados ao sentimento de sua regiao, igno~m quase tudo o que se passa lá fÓra, e reee~em informaç6es de guerras e acontecimentos mund,i~ eomo sé ~ vJessem iro outro lado lfa vida. W. curioso assina.lar., nos romances de e. F. Ramus, a surpr-êza e o desconoorto deeor– NDt.es ela intr.omissão, no Plane estri,tamente regiÓ~. clê!!êes fatos transmitilJ.ós . 'por um· a;pa~Ibo de rádJo instalado em um botequiip onde se reunem os c,:unponesea, ou por um habitjmte que, reaUµndó a aventQa do Fi- lho Pródigo, retorna à sua fonte doméstica &.razend.o DOS olhos e. Da memória a ·visão ,de õm mundo · d~berto t>.ela -y,ia.gem.. ES$'às cônfluênci~ estranhas J!.'O éentro 'n;ltiyo i:-On– figuram , admirav elmente; o i;igno de i11o<iên– ·eia que marca suas personagens. Em "Les Sig• 'nes ·parmi noUG'~ um vendt!Jor_ ~e p,roslf~~ religiosas anlllici3 9 fim do mundo, baseando. se ·nos fextos da Bíblia que· coinciiler;n. com os acontecimentos da PriníeJra 6uena CilfundiaL A coerência entre os versículos e as notí cias bélic~ sus~i~m. rim movimento de dúvida e éertez.a, espàrito e ae'ei ~ç.io. Em "L' Amour du Monde" , um _estrangeir..o é identificad-0 co– mo se fôsse o Cristo, e suas atitudes perto~ ba.m a tranquilidade de uma aiaeia; e:, sabe• ·- .. . ' J • - mos que as aldeias ele Rà.muz., como o'prop~ destino humano, são precárias e inseg-µr às: uma monta.nha pode soterrá"las, r~unindo em um túmulo imprevisto e comum todO<S os seus babitantei,; uma • epidemia pode roubar em ponco t empo centenas 'ele vidas; um estranho qualquer pode cony ulsio~á-las p~a .esD!Dre. O exemplo mais notável deSSi'- atmosfera d.e 1-l}ta contr_a ~ -mister iosos caprichas.da na– t~ eza está e~ ''Si r~ ,sóJeJJ tté revenal• , as", .mstótia da uma .c;ida..~a encra-vlMJa em nma meaiaoha, onde o sol costuma cl41AJtlt".

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