Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1946

Domtngo, 1-9 de rna.io de 1946 FOLHA DO NORTE CATULO CEARENSE, A MODINHA E A POESIA DA BRASILIDA;DE , " Í IMAGENS DE CATULO SABIA• ~ Conclus~o da última página fõrca expressiona.J subjetiva, c _oni tanta plenitude, a poesia la– t ente do ser tão, da mata fosfore– J aníe de vagalu_tnes, _das águ~• :translúcidas •d.as cac1mbas, dos snurmú~i os dos córregos,. etl..Som– b rados, da lua discobular, · noi~ dos violeiros, vaque1ad~ .bll– lhe,µas, incertezas das benesses invernais, com os c_ha~'adadôes e os campos reverdecidos,. ou a seca i~pie,dpsa e dra~tica - é que a, pqesia de Catulo, sabo– .iosa e p eregrina, não- :tem simi.. E o sabiá, lá nos gaio da larangêra, serena,, cantava ·cQmo ti fôsse uma viQ_la di pena! lar. · · L U A . ,. . ~ ' ' ,rando nos brejos, nas savanas, :nas grotas, onde se ac.oitam os f elinos. da terra ressequida, mas aemp1·e pro'!lta par a um "par.to d e flôres", das ci,loupanas solU~– r ias, ~om seus '="ª$!:\is unidos oelo padl"~.. Enten do -qÚe estamos ~nver e– :lando' para u·i,na brasil.ida.de um tanto inten cional e artificiosa·. E' a inteligência adaptan'ao um as,sunto ·que deve, jorrar, crista– linamente, de nossa alma, a um p,anorama de teses coletivas, cí– vicas ou sQfr idas, que o -canto da ter ra em si njio compc,rta. Tive saú'dade aqui dentro da lua assertanejada, ~ que parece uma tijela toda cheia de quaiadal . ·- ............................ Não liouve . um so dos c-oIJtem– p,o.râneos de • Catu~o que l r an s– f u;ndissE( p;ira o pdema , -c.om t an– t o "bl' asileiris.mo ''., natu'talidade e - brilho, a formosura silves.ire d a mulher roceira, !lpica e en< feiti_çánte, n o est ampado' 'l'ama– lhudo, ·de gôsto selvagem,- do seu ves'tici'o de festa, n a abundância p eculiar éie ·seus cabelos tresca– l antes, na polpa sumarosa dos l ábios, na su-.t bôca sorridente, n o dengue in stip,Uvo de sua fala, na_ e$'pontane'id!!d& de suas ma– nej~.as. -Na Amazônia ' t ivemos os nos– ~os vates que l9gr·ar~a'm viv~ êxito se vulgarizassem as 11uas obrãs, conden sador-as de inspira– ção rural, ción cõrj-endo assim ao .robust ecimento da bi,asiJidade A lua inté par-e-eia urna frô dos aguapé, - e as estrêla era as abêia de todo lado avua1;1do pra vi chup{l ' o seu mé! • regionalista. . º · S AU·D A D E Olavo Nunes, Pomp~lio Jucá, Santa He.Iena Magno, J uiio Ce– sar, :Biuno Seabi:a, Frede-rico Rossard., e • algun s p.oucos, na pros.a e n o verso, como J'psé Ve - • ríssinfo., Barbosa Ro.drigues, pa– dre Dubois, que trasladaram Não vale a pena alembrá.•• Nin,;U:'2m - r eve)9u,, ·ilia:td:a, e I rou:«> á flu,c, par a a s afinidad_es do nossa s é mo.cOes.. O· c a.ri.itiho amp1·0SO d'a gen"te s~rfàtt~ja, na soifcii:aç.ão d os se'us desejos, n a r enúncia de tudo quanto, lhe é c à;ro, quando na canvicção de d efesa de um pon to de h onr ã, d e b1•io e também nas suas astú– c ias e falsidades. · Et!,clldes da Cunha moi;t;rou à civilização o •er,tane.j o, como fator soçial; c a .. tul o te.ceu- o~ si,us ditiramb os em tôi-no das c.oiJ;"aj;_ ~n timas e d os sêres que p ovoam o sertão de romance, de trag.é dia e de p oesia. J}' ' • ,.. • • - Ra ra a c ~pJt:1.ca, o ensB..10,., 9 co~– to, aspectos da "terra anfibia", :om. a graça d~ n c:,ssai; cun'.hãs, os' 1.jlnduns, as ..peJcarias, i a,; ma– rujadas, , as- leridas e as fe$tas Não vale a pena, seu moço, pruquê é unia grande vei·dadê– que é· a ll}4:is gra:n(!e dás l:>est~ra a gente da · de cumiqa na bj,ca .duma ·saudade! • dos ·s.antos. . . ' Díanle, porém, do que Çatu– lp marmqrisou n a p~ticulai-ida– de de sua po&'sia pér son11líssima, de seu aguáo• poder de ligaê;~o senfimenf'<!,l do. õra.si !eiro, ·em !dntonizaçao -perfeita com a alma se-rtané·ja, todos n6.s devemos nos r ev.erenciar, cun_u andó. a kit.à me– m,órià, pórq ue, o ver gadE/ir d "es– pirito à a n ãci~nal~dade, . 'c{e,. qu e · êle foi ·um dé:>"s i,jais àtc'iorosos . d~fensóres, da'gorá .para\ •'9 fUhr.:. · ro. viv.ex- á soment e na e~ocação dó miq,avithoso cantor mara– n.h ellSe, assim como ".,tle contpu $ôàade é - uma dô que d~, Mas não é ,d~ de doi;, E ' vontade de alembxa, com v:ontac;le de esqúecê. E' dô de dente e machuca, Mas onde dói ni:nguem v:ê! E a gente pegél'. e cut,uca, Prá não deix á qe doê/! . • • • • • • • • • • ♦ • • • • •• • • • • • • • • • • • • •• "e O R A Ç A a ' En:(Qldura,l\do t oda esta intellsi– "'ª pais1'-geni. humapa, - p aisa- 9 em1 da vid·a r uz al, costumes. folgue·dos, místicas r e l\g'~osas, t radições inapâgáveis, ciganear d as ·aves de árribação, desaf.ios . a histor ia do se11 t riste e ca:va– lheirescO nMar,roe iroº. · Jvreu cofaçá9, coitíldinho, ferido, arrastando a as-a, c hiava,' dentl.'o do peito, t aliquá como castanha _qua,ndo• se bóta nas b.r~a. DA CARIDADE E DA LIBERDADE ,NO ' ' MUNDO e RISTÃO DE APóS GUERRA • ~ Conclusão da 2.a página pEóprio e exprím.e a nossa dig• , n taaiiê de tu.:1m0,~e. Poi' \!ati!)a E NF EI T E S .4- muié feia infeitada, com perdão de seu. douto, parec.e uma sip.tµiurn coberta tod.a de ·frô • VI OLA d e:> novi,i que não vai _ser . ape- aisso é que o católico .a qúex, na:; o mundo de alguns mas ~o é a defende. Sem ela nadil· se :mundo de todos. Para. co.m- fará. Porque . sem ela n;\o ~ $em os dêdo, que n _as ·corda pi'eender ·que todos aq~ê!e_s q~e restauraç.ão Ó$, V.âlôres prech>UOS , · sabe gemê_ cum carinho, aiuda!êRm a salvat< a -c1vil12ttçao , do homem c;núo p.es, sôa ;cria~a à que seriá da viola?! crístíi do · perigo de' desapare- iriiagem e semelhança de í:ieu~. cer p.ii: a sempre na, barb.a't-la viik,r ei;" pelos· quais a 1g·t·cj::. ' ga,iola sem p ·assarinho! t otal.itári•a, não pàderão ser sen.lp1·e se ~-atet;t e que ~~p1i,ún ~~~~~H-~#~~ afastados, pois que âdc:tulrirám sido substHui~os pelos ta.lso$ va• o sagrado direito; pelo sangue, lares da· Raça, do Estaclo e da tes da guerra: "ex.::l~•sh·-amonte 'pelas- 'lágrimas e pélá dôr, d_e e )a,;se. Sã'o os valores .ete~n,is o setor 'político «a~ Burguesiá" coo'.\)&rar com os que se ded1- da -ptssôa ni.uri>na sem e;> !"ts- ou '"aquelá máscara de. biy~,cr.i,– cam á reconstrução de um .mun- peit.o àos qua.is é , imJ?ossfvel. ha- sía poHt{ca de que a, Burguesia do que é, tan1b ém, deles, pela ver uma c:>tdem social, polltica se ré.vesti-a· para fazer ctêr ao mais :bela e grandios:a de ~odas e . econômica, perféita e :oe1:ma- Povo que êle gover nava". as co11quistas, a ·çonquista pelo nente. · Na 'tewiíão harmoniosa da sacrif íc~c;>. Para.compreender que o pr9b}êma do nosso tet).1P,o é, Car.ldade c·oin a i.(bl!rí;lade, está o:s éó"mi1nistas· são, também, nos- portanto, antes .' de tudo; um o sentido revolucionário que o -sos írmãc:is, e há ·nêles a inten - problêiiia moral: 'da <lig,\i.dàde Cristianismo e a Igreja_Càt_ólí-ca ção .sincera de uma sociedade e .do respeito à p essõa, que se frouxeram para a Democracia melhor e um ideal de justiça e afirma pela existência . da T,ibe'rc · cont,:;.mporânea . . Revolução ·qu e de 'fratern:idade, cuja natureza dade. E, como· um prob!êma nio- sentimos e compreendemos tan– ciistã foi violentada e violada ral implica necessariament~ na to mais pr◊(urida e total quan– ' por uma filosofia material.is- criaç'ão de uma condutjí huma- to mais deslindamos pela análise ,ta e que somos obrigados a na e de uma norma de vida, e os •éonceitos deinocráticos qas éoinbateJ;., mas o que não n<>s como, para •nós católicos, toda sociedades- individualistas e li.be– impede, <le modc:> alt:l@, de re- ,conduta e toda norma dé v:ic!a• rais. A Igrêja não é "reacioná– eonhecer n:êles, comunistai;, -toda -se acham condicionadas . [t na- ria". Os tríãos católicos é que o e gualquer cap3ccidade_que d~- tu.reza e'. ao ·qestino do l)oi:nem, .são. :por isso . e que 'tµo corpo monstre,m para uma açao leglt1- ·em ~rlthn,a análise', é; ta1nl1ê111, da cristandade, como disse muí– ma· e •i;éta e que aceitemos sem um• ;:,roblêma de ·ordem t:élíglo,a tQ "betn Ti:istão de Atáíde, é:omprom.ísso.s po.li :ticos, tod'i1 e E' um prob,lêma moral ·e esplrl·- quanta· traição . do ,esp,.írito ~u3clquer ·solução .adequada e tual. A ordem do mundo nij<) é ev_iui,gélico, 9uan!_!I afio,ação do,s justa. que possam ofet.ecêr. Para questãc:, apenas do "ec~n•ômiéo" mitos ):>agantz;,ntes· do Chefe, da cómpreendé:r, como explica, ad- como a quer apresentar a filo- Fôrç~, da_ Raça, . da Nação, do rniravelmente Jacques Maritain, 1,ofia marxista e se C/ problema . Império, polvilh:adõs dé tér.mi– "que os comunistas não são o econômico, na verdade, é ~l'.1'1 dos nologias e. adornos católicos". E' co1nunísmo e que ·adquiriram mais prementes, a soluçao sa- essa, e~tamente, a am~aça 'ineqi.tivocamente, à custa do tisfat6í·ia dêlé ·está para nós, cris- co,nstante que sofre a Democra– sangue vertido pela )ibertação tãos. intimamente ligada à -so- cià. O bom democrata, como cqmum, <> ~ reito de estllr p.i:e- \ Jução dê~se. ptoblêma. ril.'?r11l -q~te j bom católico, , deve ~star vi~i- – sentes ao trabalho àe rccons- nos ábso:rve. E os propl?i<;>s ,cria- ').ante contra ~sses ma11.s deruo– trug/io c-◊mo ' companheiros de· don~s ~o lt)atel•ialismo fiis~t5rico era.tas, que são . os máus cat61i– combate, mas recusar .ao-, roes.mo já. )1a.v1am chegado. a co1npreen- ·cos, que a querem leyar à de,·– t emp'Ô tl}da· frente ~o~tic1_1 iínl- der a imporf?n<;ia, na s~cic_dade, ro,ta fin!Jl.· e ·a . u:m co1npletó - ary}– ca·,- 1.odá' arregimentaçao e toda dos .ou._tros fàtor~s que, sao o eco- guilam~ntq das süas .fôrças Vt– s ubmissão a manobras de par- nômlco. Foi Engels ·que ,um~.vez vas. Que't'efn-iia esv.ar :iar (!'e todo t ido. Ao m:esmo tempo que essa afirmou: "O ;fator q,ue 1;!1n ulU- o seu legítimo conteudo e atitude exlge da fôrça das leis mo termo é decislvo 12ara a Hls- transformá-la numa mentira po– qué protegem a liberdade Qma ·tória, é · o da pr-oduçao . e a re- lftico-,social. A ve:r:da'deira De– oposição aós desfgni.os · da violên- produção da. vida real, NUnC'a, mocrat'ia - urna democracia •)r– eia de onde quer que venham, asseguramos outra cou,sa nen1 gânica e de fato - não é ape– exige também se aceite ·franca- · ;Max nem, eu., Porém, qi.tlindo_ al- n<1s i...ma palavra. ôca, e vazia me:n:té . a cooperação dS,S comu- gu,_em tergiversa isto, él\té: d~z~~ que_SE;'tve de. slogan 12..ara a _de– •nistas e su'a pa'rtici.pagao ):13 ta- qu e p fator. econ◊mico ~ _o un~- inag9gia perniciosa .:los polftico-; re'fa comum. agtiardan;tlo. ent:r:e- ·co· elemento, converte . tal asse.- pr.ol' !Ssionais, de cob~rtura aos t.-into . a seu .respej.to, .tuna com.- vé,ração. em uma :!;rase ins~nS;ata, .crim,noso$ In,terêss_é!( dos senh•) p leta \autonopiia" . .o que 'F_ristfo ab~r_!lta:- e ~bsu.rds1. _A cond,iça_o res do mu~do e á e ~ng~do · .a de Ata-Ide elucid9u luminosa- econ9m1ca, e ,a . base, po_réro 9s um povo 1gnqra~te. e i_ngênu,o, menfê: ' 'Eis ai comó podere- vários elementos da super:e.l!.- , el_)gan<\dO por um~ elite_ C.O!'rc:>m– mos. nc;> mundo de· após guerra, trutura - as ,formas J?Olit1cas p1da '!>ela coneup1scênc1a e im– ccricilià_r os . prlnqipios que_ 3,ul- das lut\ls de classes .e ;s~us re 0 .permeável ao Amo:r e à Carlda- gamos· 1ntangív~ls, com a_ neces- sult:ados. -. .!Is con~ttw.çoes, a/l ·de. . . sldadé de con:v1ver pac1ficamen- foi;mas JUF1qicas e todos, o_s -re.- R~sgua_rdemos . a ·Democr.acitt t e e.oro os homens partidários, ,flexos desta,:; lutas nos .céi;ebros do rmpeto destruidor dêsses rea– ge J?.r;incíP,ios ◊postos, dentro dos~ :pà.t.ticipantes,_ o P?lit~c?,, o ::,ionã't'ios. Se. não vo~tave1n1>.; d e u .m m u n d o d e m o - j urtd.1c9, as teQnas f,i:lqsofrcas, àqüela b s1l'.bár1e que a luta . q1;.e cráíico em que a convi.- O$ pontos de v~sta 'religi_osos... , '.'(em de terminar , n<>,;; fez esca: vé'ncià dc;>s ci:>ntrât-ios é -umá< ·tudo· exercí!i icu:na lnflttên_J;ia sô- ia;i,r e g1Jé, repetindo-se de i\ôvo. con.àicâo. da _presei;vação dos vá- bre o,_ !i,~~envplvimento J'.as lu- · serji, agdr~ ~em dúv,t!fa, ·~e ~à– Jores áutên.t1cos em sua lula tas 1;\ist'ór,;<;as, ..e , em mn1tosi ca- neira definitiv:a, e; etitao, ,e.s– c c,ritínua conti'a· bs, falso~ .va- sos, detetmtliain s·ua , !otma". ta:rémo,i, perdidos e: percUda lo1és, A Liberdade é que for- .Mas ê_sse elemento moral, que para sempre â nossa ciyi11zà, n~e· êsse "ainbiente,, 'c.ontra os Engels reconhecia e _ac.eitava <:;ão cri/,tâ. De.t;endan1os a ll(issa moni:>J;>ólios ·e -as opressões. E a· .mas · <'!._Qe ªP<?11tava. como res.ul- Democracia sen;iio nos afunda– L~Oerdaqe 1~em de. sen precisa- t~nte da sµpêr-estFutlll'lj. da só- remos inteiram_en.te naquê}-a ~s– ,rf.Elnt~ o "ftmo de 1, 1.ma demO'cr:\- ciedade, nós o col<>ca~os em tádo de barbaria em que. 'o in– c!a oo.cial Ee'aln1en'te introdú_zi<.\:1 prfm~ro lllgar. Assim, tl}dc;> P,ro- diVfduo é ab~_ado s,ob o pe$o da e vivtda na · sociedâ"de óc"tdent<1l bfêmâ socj.al é para l'.ló~, fund<!- socied;µie e o .seu, 'sinál facial .é do- após-gtrerra; na conviv:ên,o:la rnentalmehte✓ um problêtna mor_a;L a escravatura,. est,ido. bái:ba:ro l!ôcjal entre Câtólicos, Cristãos ,i;: o 'pr,oblêina moral . Glo no!J$o• em qlie a comunidade é que é o nãc eatóJlJ:o.s,. Llbei:ii'is;-Soci~iís- têm1>0 e~á n.a Lil>er_daâe, r.e.si- mais,.,~?rte: é el,a _que e_s·magà .a. ta.s, éon,üm.istai; e ;r:ndiíe:i'<'!ntes". <;!e ,na. I.;1berdaq!?, prin,çJp10 ,ne.- pess~.a ._E , nessa· ba.rba,i;ia o _.qµ_e E 'Ílssim chegamos a.o segun,do.· cessá'r10, e ordenador da vida ·so- é atmgJdo e an'":3-do é o ,!J\dl '. rnandamentcí que se exfge clo c"lal ·e garantia dos valores espi- vfduo e .ferida .mortal~ente a cristão dos·,ternpo~ novos: o <,ut- rifuâis e et~rnos d_o hoi'\lem. dignidade d,a pessôa huin\lna. to da Liberdade E' a Liberr 1 a- Nós cr.istaos, pois, reconhece- Ora, o que, na ver.dade, asp!ra– ~e. a _de:fêsa da LJberdade, .a mos _agora que· da Líberdade e mos, nà aurora do novo mundo, pi'ei;el:vação da Liberdàde, iun da Carii:iade, como base d~ um no lliniiµ- qei;Sa_ nova ldade, é <!o,s Objetivos principais da a:;iío sistema ._polittcà e sociál, é que preeisan1~nté o "dom precio110 de púb)icà do católi'éo contemporá- o mundo d,e amanhã pq('lerâ se resg1,1ardát:,. manter e afirmar a n~o: Somente por ela e alravi's erguev. .Delas e com elas se nos;,a dlg;(lidade, ·a nossa' ~r:,n– de/!3, é., qu~ 14s wiyinglcações. '!iQ- forrà~tá ·ess'a Demqcra5>ia . pera d~a. de pessô,iS, o nosso _p,ai;rl– ç,tais legi;timas poderao •-.!ler at-l::i- qual morre,i;am tant9s nomens e moni-0. cl,!e"· homens. Ao contr.á– ~idas. 0 : 1;atóllc9 sabe que· a Lt- sonÍ'!am. _o$ ,que ai~da v!v:em. rio <lo estado de ba.i:bfria, 110 pe,;-êlade_ e · o ~eu iupremd betn !i, '.t:J.b~?ad~ e a Oar.1dade <f; _.que qu:al é/ftavamoi;, "'°meactados . de e o supremo b•:m .. dos .povos. !,i:' 1mped1rao que a Demooraç1a s i;, ,desa"Qar.ec~!' cqnw nom.e;ns .du•n~ ela que nos outo1"gá um valor totne outra vez. como él'a AA· te dQs m1t;os devOl/a(lote.$ dá .- ..Raça .e do Est.ad'o, o que a vi– tória aliada nos· livrou, asP,ira– mQI\ a _um estado perfeito de c.i– Vlhzaç,ao em que "o bem de cada um é o bem de todos" e "o desenvolvimento de cada in– div:fduõ deve sewir à coinunida– de". De;fendamo-nos e· não nos dei,:ceinos 'iludir nem ·intim1d..r, não sornen,te são ameaçaêlores e aniquHadorés dessa precio~à e sagrada dignidade humana, aquelas doutrinas · poltticas . e so– ciais inspil·adas nos nlitos pa– ganizantes da Raça e do Esta– do, também perigosamente mor– tal é o capltali~~o, e o _ilni>e~ia– llsm9 que· reiastrram a guer.ra e que se mo~tram cheios dessa fôi-ça cr.iminósa · que ostentam ,aintj/;l, E Maritain e.!;cr.eve: "Será, também, preciso enfrentar eis velhos; !Jítérêsses.;e-os velhos pri– vilégl9s econômicc:>s encarniça– dos por toda pai te em se defen– derem. Será preçiso enfrentar as velhas l!-mbições e os v:e1hos ~rros ciosos a,i.>tda de· sua vida parasitária junto ás democracias". Sim, defendamo-nos contra tudo isso, já sabemos " que é o pel'i– ge de ~tunà,_v.r na b'árbárie por– que o._ provam.c:>s. Defend_amo-nos p,ira que. nãó se realize a p.rof!!!– cia apocall)>tjca de, Spéngjer: uma civilização que :ostenta tpdo um rnarav,ilh:osp . esplendor 'l so– cumbe ao ,neiq de uma li>arbaria tr.ágiea, como o povo latino n1er– g'_ulhou na qior'te b,iljtórica, ébr~o de belez.a.. ;ie ~randeza e de sa– bedoria. Mesmo porque não serii, agora, com~ foi outrora. uma derro.cada do Oc'de'nte ,nã? será a simples rep,et(çãa do · ep)só– dio bist:61"lco ·d a. 9-tieda do J,,," ,pério Romano '"que foi, co,rio esclareceu ,;, historlad.e.r C.ri: ;– topl,er Da~so11, um de~ast~ elt– teFnCJ, deixando inta_ctas a;; fôn– tes de vitalida de esplrit'1a!, .ao passo que se trata agora de .unia catástrofe espi.ritua1 1 a abalar., di'– i:etamente os .fvnqameb'.,tos rno– r.iis da nova ,;ocledàde, .1,istruin– do, , não a foi·ma e,xteriol'.' da ci– vilização. mas a. ,alma do ho'tl).e,-n. g_ue .é o c9meço e o· filn de tod,a eulturà J1.u1na,na". · ' l\'l'.as não ser;;. 11ssim. Agora q,•.te f oram venci.qos os estados to– ~Jitários, úJ ~m,1'!" e e_xárc~badas exi;>resões daqut>la r1,1tura cort,e-; çada há' mvs - de quatroce,,ros a.10s na or:\em cristã do Or.i– dénte., podemos ~onh.ar coin um· m-gnâo novo e cristão qu<? há de surgir das cinzas e qo aan~u.~ desta gJ.terra. Aquela nQli~a "•qói,tiµ~a <:lo -:,a.raíso percli~'?" que nos acomt,anl.'111 a nos pr1s– t,ãos. e n,ais aqti>1l.a es1ter:ai_1~a d(? estabeleCiµ\ento de um :re111"0 de ttéus, párecern,'ter en~ontrado o seu objetfvo nessa iociedade. de paz e de a' (rl.ôi: qüe o hp°'e,n, hestes témp,;,s, tem . a o~◊-1-tl,l­ nidade de construir sôbre a '-! ei;– ra. T<>dos os ,no,isos sonho~ d.e fe.Ucldàde apressam-$e a cres– cer de novo é· à pé.dir êfii;e ·sus– pil'ado reino iio q1,1e a bôa von– tade dos b,ornens fará aparecer e cuj_a~ por~,as ei;t)i,:.'i:o t.r~1i,;--:1<1a!; à concopi.scência cvimlnosa ilos riços. ao d,_esej? desenft,o~dq_de .ni,apdo dos '{orte$ e .ao oti;ülho cruél dos. poy, s · ' (Trêêlio de úm <lt$C\Ll'~O), • • ........ ·-·------- C A TULO ~ -Conclusão da ult. página sonétos de Catá.lo. Os S<!US por Juntando os lábios à terra, emas sfio populares em todo teu- nome disse baixinho: o Brasil. As suas .i;hodinhas. poís bem, tr~s dias _depo~, já passara,n. Vo11- pôr $ob oi brot-ou da terra um espinho. olhos do lt;iitor o--belo sr,neto Certaipente não são muitas 1 1 'A Concha", qu~ ~le t>erure- ·as pessoas que conhecem os i tou lendo Hered1a: ~ • Por quantos mai;es, sim, e por quantos lnvemos_ e · quem o s;U,>erâ, ó conch;\ na_ca:i_-~da, ~ a enchente, a vazante~ a 11ndll -atnbu1ada, te hão rolàão atr.{1vés de abismos seus eternos? Longe do salso mar. sob ~stes céus ntais ternos, fiz~~ um 1'.eito aqµi, desta a(eia dourada! li/Ias teu descanço é vão! Longa e desesp.erada, em ti perpassa a voz dos li(1ltídos averuos! Minha alma assJm tornou-se uma prisão sonora! E como dentro ein fi p31pita, ·e geme, e choí>a ésse ete.r.no ·i;umór. essà canção do ni.a-r. tal no meu cora.çã6 .onde· eia seinpte existe, sui:da, lenta-, ofegante, eternarne,nte triste, lóriginqua, a su.a voz escllto a murml.lrarl que adorei. -- . Tenho sen1pre prese:nte no espírito os bonitos versos de uma dà's mais for1hosas can– ções de Catúlo. Que melodia suav.e. e ,que sevtid,as palavra:;! Refiro-roe à modinha "Não vê– la mais", escr.ita em 1910 e pu-• Ólica'da no li:vr.o "Trovas e canções", que· é desse ano: naquetes olhos que eu, magoado, S()b'te um leito debruçado Senhor. num susptr'o pró1011gado com as miilh-as ll,)ãos fe!c~eil .. ..... ... ....... ' ........... Só tú, ·Senhor, e'.m é'alm·a, tréguas a meus ais! Mâta--me esta 'âor de não vê-la mais! não ouve,s . m 'e.us gemidt;>s grits1ntlo· por, sua . ;i1rha, cansados, ·1anguescidos. Em pi~no cémitér1o, revela-me o tnistérlo. vji!m agor,a me d l'-,er; que é Viver? '. · 'volve piedc:iso o· teu olha1 para p meu so.ú:er..• .. que é mon·er?.... Vê que a padecer~ O tró•vador $1'!1'\}al_ que ~an 7 tou o '!Luar. do.--~erta-o", J:\a'O e mais deste mµnd0. Em.uâeceu para sempre aqu.e1ã ]4r:a pi:o– digiosa1 espallil.ando o luto po:r t(iao Õ ,vasto sertâe hrasileü,o. beíxou a vida aos 63 anos. v~nho te implorar. Senhor, • faze adQrmecer. meu peito. ·a. doer, Tu, que és todo amor• • , ;J;e1n compaixão da minna do:r! 1?.ái:a o poração, , ía~é:o descançarf 'Bas~ de ansiar. 1 Estava· àposentiido n.o cargo de áactiló,grafo, se não me fa– lha a leml:h:ança, do Mii;ii~té– i·io da 'lhiaçã9. Con,ta.-se. que q ~1ando foi assul )l.ir o cprgo p 'ai:á o q0al o notneára o pi;e– sidente -Vargas, a0 sei;,Uie pe,i;– g~1nlado pelo chefe · que mfir– ca .ele mãquina prefei;ia, ó ve, Jhô -boêntl'o responde\\: Pensar q l\e 'nunca mais verei. o anjç, que ac;!o1·ei, po,; "quem· 'choro e chOJ/ei, e em cúío altar me a./oelhava, - e- · que em extrem<;>s cultuava, e que ·era tudo· quanto levava, e· que era tuqo quanto amei! -Só conheço a Singer•.. • • .. l- Pensar em não ,mais me <>tvalhar não íne sacramentar · nos oll1os os ''Novos cantar~•• são ofé– recid:o.s à espol"a tlo poeat. d. TeQdorii €:ea,rense, nest.as 4~as' q_uadi'as: e.:, Cultua11do a sat1dade, a dor, que me faz crente, que o coração alent-a, e-xalça, estrêla, apura, ett venho desc<1nsar, porque êle é teu soniente, meu üvro - uma grin,aJda· - em tua sepultúra. E quando o céu, de noite, abrir-se todo em luz, ao êxtase da lua, ao seu claxão funé,·eo, levanta-te da campa, e v.ai, de cru:z em cr-uz, chorando os vetsos meus por todo o cem.ibério. V'ários dos nossos mais al- são sutil, ou de ingenurd;lqe tos intel ectuais escrevera1n J>Ô- e modéstia". "Quando canta, bre o gr.ande poeta que a mor:- tem uns arremessos para à te acaba de leval'. Aqui estão frente, un,s- imp'etos 4e ir pana dois 'trechos de Rocha Pombo: cima. . . Tudo isso dá~lhe uns "Tudo nele tem alguma coisa ares de águia incitada e cati– d e singular: a larga :f;ronte va, a _ansiar por e$paço ; .. " aberta. e ilun1.inàda; o nariz à Luiz Murat e Egas lV[oniz, o. Ci-çano - exuberante, mas dis- muito co.uhecido Petion ,de ereto; uns grandes olhos mei- Vilar, dele, se ocuparam, em go!; e brilhantes; a boca re- lqngas crônica.s , i).l~ei-to de c<>rtada 1 onde páira um SOi'- Oliv~ra esct'eveu 1 'Cà.t\ll'Q, o a:·iso quasi~contínuo, que riã:o p_rov.ênç~l'', que 1.\$.Sitn tenni– se sabe- se te1n mais de i;:ri- na; 1!:si,e out~o poeta és tu, com as tuas ~-a,monías. cqm o teu ei;tro a vibrar nas cordas do violão, fazer(do ao que te escuta ir-se a imag'inaç_ão, ir-se ◊ espírito além, além... por· além foi-a, ao bom ·t_cmpo feliz, .ao bom t~n;,po de outrora, ern que eu .sei que éàntav.a êsse de nome igual e , gêrtio igual ao teu - Catúlo, o i;>rovei,çal. Quero ,!f;en;ninar .esta singe- ·1 U1,e dedi_cou Goula.;t de An– la homenagem, e de IJ:1elho:r élrade, "A balada do t,:ova– modo n ã 'o poderia fazê-lo, dor: transcrevendo a balada que ' ' r,:i;a branca ogiva de um ca$teto, -em hora· mor.ta , à lüz db luar, desenastra·do o ondeante velo, a cástéiã fica a cismar... Súl;>ll-0, t61;np_e a soluçar langue refruão de uma balada} e a voz que esperta o aito sola, , éant11 de· amor ... cartt-a por nada.·• E' u111 M'el)_e'strel heróico e J;>elo :V-inda d as terra.s de alêm 0 mais: , " na gôrra a . pluma, ao peito <l anelo p.reconcépido ·e · .sing:úlar de I se fazer- somente ainar... :i\ •Ponte pai>i:a... E na e.alada alcov, (lm bándqlim a s1>ar 9a1lta -de amor ... canta por nada, •• Mas do sedoso -e alvo desvelo de· uns braços urge se apartix"i:. Q'U,e o ,dia chega, e o rltpr.iielo cumpre outra vez rec·on:xeçá:r .. ~ Por. ·horto, se11sda, ponté. alt'l;T,• segµe , i:, troveir:o ele long,i(tl:a r . , E á voz. mais fraca a sus'pü:ar coxi1a de amor, . . é.anta . por ·na,da, •• OFE1JT~ Poeta, o fadátio de ca:i,:ta.r trouxeste, e, poisJ óuv~~e e.m éaqa. noite, esas 'voz que; sem cessar, canta de amor. .. cartta... por ,;fada. 1 • :Deus- proteja a tua alma, r,igorosamerite exa:to. Çonfor– meu Catúlo, IJ:1eµ t_royadór de rhé ,se· p9de ve;,;, :na '';Lira dos gênf.e►, (lQ.e ' pasaste' ~ iua lOf!,- ~aJÕElS", eÃ}ç.~~: ,de ,}QU,at·.~sfua ga vid.i sempre cantando, ca·n- , & t;;iél'. ,"!90?, P~- ";36, .á _i:):&P,ii'a– tando I~Pr tudo... cátíJando_: .. . q,n;a ae.ss~ s vei;sos Jo1 a }ir.;,t.;-... por naçia. . . ""'" Esmeraldiiia, "pee'tisa''... e. pl'l- " •• • -IP,ei.i;a cantora de. lno)j.inhai: Quem inspirou "Os olhos de- b:rasiléil;ãs". NâqueLa p~gin.a, 1.a"; que é ·d!'s mais be'tas e f'a_- onde, tamb~, está a éànçãQ, mosas cançoes de Ca~lo, foi, g~quer •·poderá i er em _t,ipo segundo s~ lê no :volume "Poe- ,gj)rdo, o que $'e ·segµ-e: "Por mas esc~lhidos", dó g:i :an.de in;irie1idp_âve,l descúilj!o, de.b:;.ei ,cantor morto, _orgamza,dp po.r ge ,;;o~oQa,: ,~o l,ug,ar resl?ectivo ~u~riiar ães Mal'tins, a notável a -ded1cç1f61ná• qes.t'a Dq'es1a: que ApoXçnia Pinto. lsso está . it:n~ !o:i . oterfeéida a ~sioet~;;a ~- .,1~),'i– Pfesso µo ~;Pjtµ~o "Fasc.i;t:la- · ,me1r,a • c11nt◊ra ~e mod,i.n_h~ r;ao desitltnl:ica(lora' \ p. -101, brasile1r-as, d. Esme11a.:ltµn~ dó referido tomo. . CÚJOS' olho~ fua ,ínsp:ltariun--,' Não m,e .pareeê qu.e isso seja - Qt. v.· · - •

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