Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1946

R.l.u v1:. aei·ea (A. U. , - Está a encerrar-se o ano litc– rári.o de mil novecentos e qua– renla e seis. LETRAS E AR– TES, suplemento da "A Ma– nhã". deliberou, assim, ou vir os escritores brasileiros sôbre os sucessos literãrios do ano, na prosa de ficção, na poesia e no ensaio. A opinião desses escritores, poétas e artistas, eon1 responsabilidades firma– daJS no movimento que ora se processa em nossas letràs, vai tra-nscrita ai ababco. numa sé– rie de impressões colhidas ao acaso. A Ullilo de esclarecimento, LETRAS E ARTES observa que entre os livros menciona– dos nesta "enql!ete", alguns fóram impressos e apareceram nos últimos dias do ano pas– sado. tendo sido. entreta11 to. ~r3ticamente lançados em 1946. Outros. como o livro do sr. Gustavo Corção, "Três Al– que~1·es e uma vaca", mal aca– bam de sair e ainda não chega– ram às mãos dos críticos. O mes,ito se poderá dizer do ro– manee do sr. J orge Amado. O balanço das opinlões colhidas neste inquérito revela. porém. que o presente ano não foi de ~odo desfavoravel às nossas letras. Por entre as flutuações do movimento literário, pode– mos registar pelo menos três signi(lcativas estréias na fic– ção e a poesia mos trou -a sua conlinuid<1de en1 alguns livros de singular importância. como os dos srs. Carlos Drummond de Andrade, Lêdo Ivo, Dantas Mota e Oswaldlno Marques. O VOTO DE LOCIO CA-ll– DOSO Lúcio Cardoso, o rom11.11illta de "Dias P erdidos", que. aüâs. publicou duas novelas êste ano. ''A P rofessora Hilda" e "O An- fileatro", !oi o primeiro a de– por nesta "enquête". Interro– gado pelo reporter, disse Lúcio Ca ·doso: - N"o que respeita à !icção, parece-me que os melhores Li– vros do ano fõram "O Lustre" de Claàce Lispector, e "O; Servos da Morte", de Adonias ..,.. Conolusi'i'o da 1.• pág. par::i que se tornasse mars es– cat'ld,i tosa, a visão ·da desigual– dade· os sacrifícios económi– cos que ex.l-giu durante seis ·anos atingiram de pTeferência os pobres, enquanto muítos ho– mens ricos apareciarn como beneficiários da 1esgraça. A anormalidade do !enômeno da guerra ampliou, em tr11ços enormes, o que jã era v,is!vel e sensível nas rel'.ltóes quoti– dianas . Urnu tese de Marx que s~ cqn{irmou em lôda a sua rx– l-ensão foi "a da teoria da mi– séria crescente". Contra ela fica ram impotentes até as bem intencionadas relorrnas do sls– tema c;,tpilalisla: as suas obras de assistência social. os seus aumeiitos de salário, as suas Un11das legislações lrabalhis– las que não satisfazem nem aos operários. No interior des– se ijesenvolvimento social ~~ algwna coisa mais pro– fund\ que os govêrnos atuais já não po-(iem solucionar: o esgotamento do siste1na capi– lalifl.1, o término do seu ciclo tiist6rico; o advenlo de umll nova época, o nascimento da era socialisla. Não ê apenas uma nova economia o que es– lil om perspectiva, mtts lôda uma nova concepção da vida, 11m niundo de valores dHeren– tes . Acbam os n1arxistas or– todoxos que 1/:J pela revolução !erá póssível atfr1grr o socialis– mo E&<;a revolução Porém, de– verá neces..~ariau1e11te signifi– car violência e dHadura ? Será o advento do socialismo in- compativel com a democracia, não <(!l'lÍ possível a criaçiio de uma estrutura socialista por lnt.c1médio dos processos de– n11)Cr:>hcos ? A vitô1•ia do Par– Udn 'rrabalhl.~ta ng Inglater– ra )'. nos ofer.eceu un1 comêço de respo~ta. se êle cons~uir a execução do seu p~ograma soei ,lista leremos então a res– pos,t~ ton1pleta O que está em júgo na In~laterra apre– sen ta intei·ê.~se para o n1u.ndo lt11eiro: está em prova u.trta tátfr.a, um proces.,;o, a verifi- FOLHA DO NORTE Domingo. %2 de dezembro de 1948 gem ps1colog1c1,. e uu,~ com• preensão trágica dtt vida qutt o situ:im na f\fÍ"' •i•a linha da nn~,:;_ fie -1'.I. Et;'IR>6JA TAO lMPOR'tt\N. Os Escritores Brasileiros Opinam Sôbre Os Sucessos Literários De 1946 - Poesia, Ficção E Ensaio - Depõem Neste Inquérito Lúcio Cardoso. Anibal Machado, Santa Rosa, Magalhães Júnior, Otávio De Faria, Guilherme De Figueiredo, Lêdo Ivo, Alvaro Lins, Marques Rebelo, Genolino Amado, Adonias Filho, Guimarães Rosa, Otávio Tarquinio De Sousa, LuciaMiguel Pe– reira, Almeida Fischer. Cyro Dos Anjos, Otto Schneider, Graciliano Ramos e Ascendino Leite TF. QUANTO A lll: ·•o~ ~l,',....,f\~~ .. Pelo telefone, procuramo• colher as impressões de Alva– ro Lins. O acatado crítico de, "Correio da Manllã". não hes-i– tou, votando em "Sagara11a.. como o melhor li v:-c- 1l• "il'çãt:t d e 46: Filho. Em poesia, voto no "Ode e Elegia". de Lêdo Ivo. OPINA ANIBAL MACHADO Tele!onan1os ao escritor Ani– bal Machado. O contista de "Víla Feliz" declarou-se. de inicio, impossibilitado de dar a sua opinião por não es tar bem seguro dos livros apareci– dos duran te o ano. Pediu-nos uma relação e lembramos ao criador de "Tati. a garota". o título de alguns sucessos de 46. - Dou o meu voto para o "Sagaran,i", do Guimarães Rosa. Foi o melhor livro de ficção - interrompeu Anibal. - E em poesia ? - "A Rosa do Povo". de Carlos Drummond de Andra– de, e "Ode e Elegia'' do Lêdo Ivo. O DEPOIMENTO DE SANTA ROSA O pintor Santa Rosa, Inter– rogado pelo reporler na Livra– ria José Olympio, tez biague: - Ora velho, as experiê11cias artísticas me incompatibiliza– ram com a Literatura . . Insistimos. Santa Rosa, que parecia ainda p1·eocupado com os ullimos retoques da gran– de montagem de "A Rainha Morta"; referiu-se ar ~nas aoE livros de poesia. · -"A Rosa do Povú'' é um grande livro - declarou. Citou ainda os nomes de Dantas Mota e Lêdo l vo : -Não tanto pelo que r'"ali– zaram, mas pelo que ainda po– derão dar .. !JM."- NOTAVEL REVELAÇÃO R. de Magalhães Júnior, jor- cação de aplicar-se o socia– lismo mediante votação par– lamentar. Experimenta-se a possibilidade de urna revolu– ção pací!lca - experiência já feita, em outras ci rcun-stàncias. na Inglaterra - aquilo que o presidente do Partido Traba– lhista, Harold Laski, chama "revolução por consentimen– to·•. Tudo se resumindo em sabér se o can1inho para o so– cialismo é um só, o que foi pe1-corrido pela revolução rus– sa, ou se existem outros cami– nhos. Não é académica ou arbitrá– ria a comparação entre a Re– volução francesa e a Revolu– ção russa, e tanto assi.m que ela constituiu um dos temas principais de Laskl em Befle– ,cões sôbre 11 revoluQão do nos– so tempo . A 4emocracia re– presentava há 1 um século e meio um ideal semelhante ao do socialisn10 nos nossos d.ias, com as mesmas lulas, as 01es- 1nas aspirações. as mesmas re– sistências e também com as mesmas fôrças social e hislóri– ca1nente indomáveis. A F ran– ~ . porque o realizou em pri– Wiei ro lugar. foi a princípio hostilizada por Lõdas as po– lências de estrutura !eudal e aristocrática, e para de!eoder a sua revolução, uni patrio1ô– Tiio universal. instituiu a dita– dura n1ot'loparlldá.ria. a violên– cia até o c1·in1e. Depois, ·a evolução histôrica processou os seus naturais desenvolvi– n1entos, e os prln<:iJ>íOs den10- crãticos. os principios da Revo– lução franêesa, fõram iTislitui– dos nos outros países sem sangue e sem destruição. me– diante métodos pacíficos A "Declarac;ão d-e direitos do ho– mem" passou a ser um ca– pitulo lndiscutivel de todas as Conslituições. Também a Re– volUção russa levantou contra ela a reação dos países capita– listas, e identificou o seu di– relto de delesa com unia ln– controlada ditadura monopar– Udária. acrescendo, no seu caso, a clrcunstãneia de não haver na Russia a lradição de nalista. escritor e homem de teatro, afirmou: -Tenho-me preocupado, de preferência, ,ultimamente, com a literatura estrangeira. Dei– xei de ler, assim, vários livros de autores nacionais. Não que. ro dizer, entretanto, que seja o n1elhor. mas acho que "Agua Fuadl!" é uma notavel reve– lação literária. Sõbre a literatura de ex– pressão poética, R aimundo de Maga1hães Júnior disse ao re– porter: - Votei n'"A Rosa do Po– vo", num inquérito semelhan• te. !eito em dezembro do ano passado Por que votar nêle, agora? Destaco, porém. Os– waldino Marques. seus poêmas me parecem uma excelente afirmação de talento poético. O VOTO DE OTAVIO OE FARIA Otâvio de Faria, o roman– cista de "Anjo de Pedra". des– tacou " ô s Servos da Morte'', - do sr. Adonias Filho, como o Jnelhor romance deste ano. -Não faço diferença entre o livro do sr. A<lonlas F ilho e "O Lu_stre'', de clarice Lispec– tor. "O anfiteatro'' e "A Pro– fessora Rilàa" , do sr. Lúcio Cardoso - E qus11lo à paesi!l? - '·Od-e e Eltgia",. de Lêdo Ivo, em primeiro lugal', e as "Poasias·•. de Antonio Ran– gel Ba11deira fôram, a meu ver, os mais significativos do ano. DE.POE O PRESIDENl'E -OA A . B .E . N,~ rua elo Ouvidor. ep::.:>n– lr.imos Guilhêrme de Figuei– redo. O contisLa de "Rondine– la" e presidente da Associação Brasileira de Escritores. con– lestou, des:,e m<ldt'. à nossa pergunta· -Em l?ºe",.1 veto n"'A R ~ sa do Povo" e no livro de ,·Antonio Range 1 Bandeira, "Poesias". Quanto à prosa. a meu ver. os melhores fôtam "Sagarana", de Gu,imarães Ro– sa. e "Um rosto noturno". de R eynatµo Moura. No terreno do ensaio, destaco "Sombras no Tunel", de Osório Borba, e "Os inocentes do LebloTI". de Genolit10 Amadc NA PRBIEIRA LJNJ{A D.A NOSSA Fl(lÇilO ' O sr Lêdo 1vo não teve pre- ter:ências em poesias no ano de 46. Referiu-se lão só aos ron1ances. - Não é só um grande Uvr() em si mesmo - declarou e, au tor de "Ri.o Branco" - come, abre um caminho novo na Li– teratura b rasileira . Consl der<t uma estréia tá.o lmvortante em 46 quanto o lançan1ento d'"Os Sertõesu, em 1902, En– tre os livros de erudiçáo. dou preferência ao tercei ro volu– me da "História do Império• , de Tobias Mon tei ro. QuaaLo ~ poesia, menciono "Ode e Ele– gia", de Lêdo Ivo. e "Poesias". de Odorico Tava res. Alvaro Lins sallent.:>u. i,Jnda, que as suas imp_ressões se re– ferem. lógicamente. à que la produção lilerãria que até e> momento chegara ao seu co– nhecimento. O VOTO DE MARQUES REBELO Depois de algumas blagttes, o romancista e contíst.a Mar– ques Rebelo fez-se sério e 1·es– pQndeu concisamente :ic, re– porter: - Na poesia: "A Rosa de, Povo'', de Carlos Drum.mc-nd. e "Ode e Elegia", de Lêdo Ivo. Na prosa: "Sagarana". elo Gui– marães Rosa. OPINA GENOLINO AMADO Genoliho Amado. que tam– bém publicou êste ano um li– vro em que inclui suas esplên– didas crónicas de jornal, sol, o título de "Os inocenles d() Leblon", declarou: PINTORES CUBANOS: - "Mujer rubia". de J úlio Glrona -Na minha opinião. - dis– se ao r eporter - o melhor des– te ano foi o do sr. Adonias Fi– lho q11e. embora estreante, deu a "Os Servos da Morte" um sentido dramático, uma sonda- - poesia, voto n '"A Rosa. do Povo". En1 prosa. destac<J "Sagarana". 'Na crónica. "As, sombras no Tunel", de Osórie _.. Conctúe M 3.'" púg• UM PARTIDO SOCIALISTA zer parle homens de todas as filosofias, de todas as cren– ças. de todas as relig_iões, com o único compromisso de aceitarem o programa de so– cialização da economia nacio– nal. Dêle poderiam fazer par– te os catôlicos. tudo o indica, pois a Igreja sempre permitiu que seus fiéis ingressassem no Partido Trabalhista da l ng}a- mação da sociedade. Progra• ma socialista, no entanto. que nada leria de comum com aa mislificações de certas legis– lações trabalhistas a concede– rem, periodicamente, a serviçl) do capitalisrno, uns hipotéti– cos aUlllenlos de salário que logo são invalidados pela ia.fla– ção e pelo desemprêgo. ums democracia politica. Tudo indica que. à semelhança do fenómeno hlstórico da Revo– lução francesa. o socialismo póde ser instaurado em outros paises com um desenvolvimen– to pacüico e legal sem san– gue, sem a guerra civi.l, sem o exterm1aio ~ssoal de uma classe, sem a ditadura que destrói as liberdades essenciais da pe,sonalidade humana. E o maior problema dos nossos dias é<> de encontrar um ajus– tamento entre o socialismo e aquelas liberdacfes _fundamen– tais da democracia: a liberda– de de ·crença. a de pensamento e palavra, a sindical. a de par– tido ou de qualquer grupo social. Tôdas as liberdades, menos 1>ara os libertlcidas e anti-democráticos ou par a aquelas falsas liberdades que atentam contra a comunida'óe, como se acha expresso no pro– grama do Partido Trabalhista da Jnglaterra: nHã certas cha– madas liberdades que os tra– ba1hi~tas não tolerarão - a liberdade de explorar o povo. a liberdade de pagar s.,láfios de fome e de elevar os preços para satisfazer inter ê s ses egoístas. a liberdade de p1·ivar o povo dos melós de ter uma vida feliz e saudáv~l" . .A. Rus– sia, por b3ver sido a primeira nação socialista. terá o mesmo grande lugar ria história dos povos que coube à França. por haver sido o pr:lmciro país liberal e democrático. embora, nu'? casQ e noulro. tenha que ser lembrada a parlicalar e extraordinária evolução políti– ca d,a Inglaterra. Mas as con– dlções moclerns.s já permitem que o socWisrno obtenha no mundo a vitória por ~ sls~ tema diferente do que (ol cria– do na Russia. Isto significa que deve exis– tir no Brasil, como em lodos os países, um Partido Socialis– ta, Independente do Partido Co1nunista. Um Partido Socia– lista, por exemplo, no mesmo estilo - embora com wn pro– grama feito sóbre as nossas condições nacionais - do Par- tido ·rrabalhisla Inglês. Há no mundo inleiro um. movimento ideológico e político para a esquerda, e usar contra êle a Só um Parlido Socialista, no terra, não vetando. portanto, exercício do _poder, disporia o seu programa nitidamente de autoàdade pttra realizar socialista. E se um Partido So- por exen1plo, a socialir.ação mi: cia!i~la não é ateu ou ~nti- , wdústria dos lranspol-tes, doa ca:ó~co por que_ haveria a combustíveis e da energia elé– IgieJa de combate-lo, q ua nd o triea, e se lançar com ela para dos seus Evangelhos caem sõ- a solução dos probl-emas do bre lodos nós os mais admi• rãveis apêl'os à liberdade, à igualdade e à justiça nas re– lações entre os homens ? • Um Partido Socialista encon– traria no Bt·asil ainda n1ais ambiente e mals compreensão do que nos países européus. simples reação policial ou plu– tocrática seria reviver o fas. cismo - que foi juslamen le a última muralha do regime capitalista - e colocar os pro– blemas sociais num terreno de Não houve aqui nem guerras exlreiua agressividade e guer- de religião, nem divisões de ra civil. Para os que não es- raças, nem lutas de classes - tejam de acôrdo com o Pai·tido nenhum dêsses con1litos se Comunista e também não d~- verificou entre nós em gráu sejem servir à reação. os qua- tão intenso para criar o ódio dt·os adequados são os de um das separações itreparáveis. Partido Socialista. Ê um e9u.{- A nossa b1~rg~esia, ~or efeito voco dos comunistas ou um de lllll capilal1smo ainda bas– sinal de perigosa int~lerância,. t~nte primário, ~-uo~a adqui– o de julga1·ein que são reaéio-- nu t~da a consc1ene1a da su_a nários lodos aqueles que esLâo su.per1orrdade como classe d1- fóra das suas .fileiras ou da rigente e dominante. Aj\lnte– sua '·tinha justa". Há, em ie a isso o sentimentalismo grande número, os que, não bra11ileiro, a tradição do pa• sendo co1nunistas, inclinam-se triarcalismo, ainda vtva no para ru; soluções sociaUslas, ou interior, con1 a a,c1pacidade de os esquerdislas que ficaram tornar humanas e cordiais as decepcionados com a sua orien- relações enlre os patrões e tação no Bt·asil. O Partido servidores. Temos ainda um Comunii;la ten1 um programa çlér-0 católico em sua maioria rígido, orlodoxo no seu siste- saido das classes populaxes e ma. e serã sempre por isso - com elas idenlllicado. Todo ês– como acontece na própria Rus- se conjunto de circunstâncias sia - uma n'linoria em relação que póde ser wn obstáculo pa– con1 a população de qualquer ra um partído de programa. ra– pais. Um Partido Socialista. ao dica!, sistemático e or~odoxo contrário, empresta aos seus como o Partido Comunista, quadros maior fiexibilldade e constitui, ao contrário, uma amp!ltu4-e, não se prendendo van tagem para um Partido So– necessaria.roente ao man<ÍBnl'll clalista que vise a realizar pa,. ou a qualquer outro slsterna ctf.icamente e por etapas un1a ideólogico. Dêle poderiam fa- reforma social, uma transfor- inlerior: os do povoamento, oa de educação, os de higiene e saúd,e. E como chegar a essa soclalu:ação sem o exterml– nio pessoal de lôda uma elas- se, com a cooperação de tôdal as classes, numa verdadei ra "revolução por consenlimer1- to"? Por intermédio da vitória pelas umas de um Parlido So– cial isla. Um Pa,rtido Soria– lisla Leria desde logo o apôio das melhores e mais atuan– tes correntes de opinião na- cional: uma grande parle do operariado. fiel a ce-rtas tra– dições espiritualistas, os bur– gueses mais inteligentes e ei;– clarecidos. co1n a consciéttci.a de que não é possível contra– riar as tendências de uma nova era, os católicos aailna- 1dos realmente de espírito evan.géUco. os políticos liberaft de mais visão e cullura, inte– lectuais, té<:nicos. engenhei, ros, 1nédicos e bacharéia do– tados de sensibQldade e es,. pírlto público. E teria, sobre– tudo, o apóio das novas gera• gões. dos jovens que bu.sc: ,m neste mom~to aqueles est[– mulos e motivos de ação que jã não se encontram nos es• gotados sistemas da estrutura, capitalista. Para remessa de tlvros: Ru• Duvlvler, 18, apt. 50Z.

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