Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1946

• Domingo, Gde ouiobro de 194G FOLHA DO NORTE S. 0 Pâ -:ine ' -================-=====·====--l!!!e!=....=============,,....-======-====~=~=-.,.=============;,,-,===,,,,,-==e!!a (~ Continuação da l.... pag., lnf-ância, só conversava em Guaranf ou em Es panhol, mais em Guaranl c1assrt1cação d<! brasileirismo do Sul. Falsos Brasileirismos dicionaristas, sobretudo d os portugueses. gcrnmàmenle d 1 s t I n to de cuanto,s le p.reccderan en la hlslorl11 de la Uternt.ur.a ar. gent tna". estudo dos brasileirismos doa termos. que nos são pr6prloa, expungíndo de suas im1>ertei– tas relações, falsos bl'll-'lllciriB– inos. No Paraguai, repetidas ve– s:es, ouvi meu pai palestrar em Guarani com oficiais de lá, dísC'llrSar. etc.. Q uai:s os nossos ' 'indlanls– llls", que podem .fazer o mes– mo? Seria aceitável se emprega– da con10 i.níciativa de têrmo peculiar à Região do Sul do Brasil. mas Cândido de Figuei– redo pretendeu refer[r-se tão sómente ao Rlo Grande do Sul. · O mais estranhável, revela– dor de imJ?erdoável incoerên– cia. é haver, de alguns vocá– bulos que classificou de bfll,!li• leirismo do Sul. Cândido de _figueirêdo apontar como éti– mo, um vocábulo.. . castelha– no. Palavras há, empregadas por milhões de patrícios nos– sos, que foram rechassadas pelos vocabularistas. A con– trastar com isso, certos vocá– bulos, de uso em regiões e}C{– guas de Portugal, por um restrito número d'e pessoas, fo– ram dicional"iados. eia de quem não passeia, não vai a cinemas nem a casinos porque deseja estudar e por– que necessita prõduzir para manter-9e. Repetidas vezes. cita.reroos "Martin Fierro", o grande e popularíssimo poema argenti– no de José Hernandez. A:s nos– sas citações sã~ acolhida$ na esplêndida edição anotada pe- 1 o no s s o erudito amigo, •d. Eleutério T iscornla (2l, alta expressão da cultura argenti• na. "Martin Fierro", que rece– beu a carta de cidadania de Le0poldo Lugones (3), é o mais p0puiar livro argentino e bem merece como poema épico (4). Ernesto Morales em "Litera– tura Argentina", página 50, escreveu: "Por este por se fruio ge– nu.tno de la tierra, "~rtln Flerro·· se levanta como el monumento lndl!!culido dei genero". O insigne filólogo argentino e meu dilé.to amigo, Padre Ro– dolto Rag1tcci, escreveu o se– guinte sõbre "Martin Fierro" : ( 11 r-l'otará quão grande era o nw1u?ro de pal:ivras correntlsst– m3S no BrBBil ou vuJgares naa tecnologia$ clenlitlcas ausentes das colunas do "No,•o Oiclou1- rlo". (A Taunay - une.paros 110 Novo DlclonArlo d e Cândido de Flgueir~do'·, pãgina LOI . (2) Eleutério 'l'h;cornla. n,em– bro da Academi.i Argentina de Letras, escreveu esplêndido li• vro "j:.a Lengua de M11 rtln Fter– ro", em que, com o brtlhanhsrno da sua ln vulgar cultura esLuda a linguagem do poema de José Hcrnandez. Curioso ! Classificou a pala– vra de brasi-lei-rismo e, logo a seguir, lnd[ca-lhe unia proce– dência estrangeira 1 Manten1os correspondêhcia ass[dua co,n filólogos e escri– tores sul-americanos com os quais permutamos estudos, ob– servações pe51;oais. coligindo elementos para novo livro de m aiores proporções. intitulado "'~erlcanis,nos". Cremos que. de modo lrre– t orquivel, apoiando-nos em f artos docnmPntos, demonstra– remos a improcedência da de– n ominação de brasileirismos, &:po$ta a certos vocábulos ori– tin4,r-ios d~ oulTOS ambientes. BRASILEJRISMOS DO SUL Cândido de Figueirêdo, sem ma.is uma investigação detida, a rrepanhou d os vocabulários I ioin-andenses, centenas de pa- 11.!'.tvras e as inseriu em seu "r-fovo Dicionário da L!.ngua P ortuguesa". seguindo-as da designação de . . . brasileiris– mos do Sul. Outras incoerências, com fa. cllldade, podem ser assinala– das no "Dicionário" de Cân– dido de Figueirêdo. Disse A. Taunay : "No grande léxico figuelredeano abundam os dis– lates e são frequentes até as parvoicices. (Insuficiência e Deficiência do Novo Dicioná– rio da L i n g u a P ortuguesa", quando ali se nos deparam in– débi tamente averbados e o mo brasileirisn1os voeliliulos que o não são, ao passo que outros que realmente o são, lá não figuram (1). :f inexpressiva e fal,sa a ~ Conclusão da 1.• página REPULSA AOS BRASILEI– ROS Não alinan1os c0111 as ra2:ões determinantes da repulsa aos bras ileirismos, por parte dos Jacob Wassermann ' f: com O processo Maurizius - e principalmente com Jo– &eph. Kerkhoven, o. último ro– mance da trilogia e também o seu último romance - que Jacob Wa.ssermann dá .o passo definitivo para esclarecer & paturesa da sua nova t e-pdén– cb. colocando a Justiça como o 11roblema fundamental do aeu pensamento e da sua dia– l êUoa.. Contudo, a dialética em &ômo da Jus tiça leva-o à, con– clusão (le que ela não existe sôbre a terra, de que a Justiça dos homens é uma impossibi– lidade. As culpas es tão nas almu, m as como julgar as al– llD1'S de acórdo com a l ei está– tica, cotn a buroc.racia judl– eiá.ria, com a rotina processual , eom a indife rença pslcológJca, com os esqurmas simplifica– dores e com as .fõnnuL'ls gela– das d ·OS tribunais ? De cerio modo, o prbl cípio de negação de Wasse.-man é o mesmo de D ostoievski : a n egação de que o homem possa. fazer justiça. ac, seu próx ;i.mo , desde que to– dos som os igualmente culpa– dos em todos os crimes. A conclusão a que chegara ~far– lt.el en1 Os irmãos Karamazov '8lllbém se aplica à realidade moral de O processo Mauri– :tius : "Que todos somos cul– ~ados de tudo e po.r todos". Seria impossível, aliás. não aproximar a éste respe ito os n omes de Dostoievski e Was– sennann, -principalmente em O s irmãos Ka;ramazov e O p ro<:esso Maurizius. Em n.mbos os romances, há um assassina– to, e um M usa.do que não tem a responsabiJidade objetiva do crime : no primeiro DmiírJ ·Karamazov; no segundo, Oto Leon.-irdo MaurizlllS. Como se pa.reeem às cênas do j~lga– mento em ambos os l"Oman – c,es1 Para acusar Dmitrl - :?.m V6 do pre/!5uposto de gue ele é inocente, par~m do JJrinc iplo de que êle é culpa– do". Foi o que aconteceu tam– b ém a Mauriiius. o que o le– vava 11. db:er muitos anos d epois :u, julz Andergast: ''Um õuh é obrigado a m e demons– t.Tar a mi-'lha cul JJabilidade, mu que• 1•u lhe deva demons• tra.r a minJ1a inocência, se isso me é impossível, els o que é contrãrio ao senso comum". Ambos l)S n cusados proclana$-JD a S1lll lnocénci:t; mos seriam êlea r eaJm.cnt~ inocentes ? N'ão b a v la m com etido objetivá.• mente o crime; contudo, êles t inbam outras 01,1lpas . eNm criminosos em, pensamento, e J)Or isso é que se ll1e.c; parecia monstruosa a Injustiça, não lhes parecia igua.Jmenti: in.~a– portíivel a id.éia da expiação. E i:no porque a JustiQa é uma tta.lidade meta.física e religio– sa. A Justiça dos bomens t Ah, esta. não: no liVNI sexto da segunda parte de Os irmãos X aramazov encontr.amos estas palavras que bem po.creriatn figurar em O procesao M,au1·i– zius : "Porque ru'io pôde linv~r na tem Jui:i para o culpado enquanto êste mesmo juiz não compreender q,ie ê le é tam• bérn um culpado como o que está na sua frente e que é possível que seja mai/l culpa– do por êste crime do q-ue to-– dos os outros homens. Quando se Jtouver compreendido isto. e.ntão poderá haver jui,;", O jovem Et7.el Andergast não tinha alnd& a experiência para chegar a esta altura do pro• blema, e se rebela até ao de-– sespêro contra a injus tiça dos homens. Na última p:u-te de. trilog:üa, Joseph Kerkhoven estará mais próximo do ideal da Justiça. Apóstolo, mistieo. político. ideólogo - Jacob Wãssem1an1l foi principahnente um ex– traordinário arUsta. f:81.e O processo MaUiizius é um dos romances mais oomple1.os e ma.is perfeilos da ficção o.ni– versal. Em geral, no romance como na v1da, temos a visão de homens e acontecimentos a.través de um só âng-uJo : o do Obl!ervador ou narrador. P artindo do principio de que " os fa~os sã.o sempre diferen– tes de como se apresentam" - .Jacob Wassermann utili:aou uma tio.nica pela qual o leit.or poderá acompanhar e sentir o caso Mauri.rius atravóis de quatro ângulos diferentes, 1le quat.-o visões diver:,!l--;, de q ualro Jnterpretaç,õe.s distintas: a de Waremme, a. do Jui7. An– dergast, a de EtzeJ An.dergai;;t e a. do próprio Ma.11rizius. Al:ij.s, como técnica de ficção e como rellliuçiio artís tica, O processo Màurizius é 'umll 11.u– t êntioa obra-prima, sendo ao m esmo tempo um romance de drt1J:Da doméstico. um roman– ce policial, um romruice de aventuras. um romance psico– Jó,gico e um romance de idéias, com os seus problemas parU– cuJares transfigura:dos em sím– bolos . E p ara se ter uma idéia, em detalhe, do senso literário de Wassermann bastn.ria lem– brar que as primeiras cin– quenta pâ,,"1.nas déste livro fo-– rain escritas vinte e duas ve– zes.. file era o artis ta puro em busca da perfeição. Detestava os s l.muladores e os à ,rtificio– sos; em As roáscar$5 de Ei-win Reiner, traçou a, hist4ria de um inteleetual que linha so– m.ente máscaras em vez de uma fisionomil; em vários en– saios. procurou dist inguir ni– tidamente entre o "artist~" (representante da civílizaA;iío autêntica) e o "Ütcrato" (re– prese ntante da civ ilização de– gene.-11dti). E não havia fari– saismo na s ua doutrinllçiio : WtL~sel'mann foi um "artista" e não um ''literato" no sentido das suas própl'ias p t\lavra,9 de– finidoras. ( 1) .Jacob Wassern,onn - O proceuo MaurizlUL Tradu.qílo de Octavio de Fatia e Adpnias Fl– lbo - Llvriu-la .José OUmpio Edt – tora - ruo - l!M6. Para remessa d e Uvros : Duvtvler, 18, apt. 502. Por que essa prefe1~ncia ? O mais surpreendente é que dieionaris tas (?) patrícios in– cidiram na mesma deficiên– cia, agravada de multo, por– que eram brasileiros. ~ de j ustiça enaltecer o "Pequeno Dicionário Brasilei– ro da Língua Portuguesa", or– ganizado por Gustavo Barroso e Hildebrando Lima, que aco– lheu milhares e milhares de bras ileirismos, de vocábulos p os tos inexplicavelmente à tnà11gem por outros dicioná– rios. DOCUMENTAÇAO Fizemos questão de docu– mentar ampla1uente as noosas afirmativas. · Por Isso, apoia– mo-nos em· autorfa:ad os mes– tres patdcios e estrangeiros. assim <:omo em escritores re– gionalistas de renome, sobre– tudo do R io Grande do Sul, da Argentina, do Uruguai e do Chile. felizmente, d is p o m o s de abundante material, constitui-· do de mais de 200 dicionarios regionais d e ameriCADist.nos e de mais de 4.00 livros que estamos pacientemente fichan– do, na tranquilidade de uma vida semi-conventual. aquí em B elo Frorízonte, para Q. nosso livro "AMERICANISMOS". São dias e dias transcorri– dos sem outra diversão além die estudar e leci<már. Existên- '.)onclusão da l." pago. O meu 1>rezado e erudito a.migo P adre Luís Gorosíto, dos mais fulgu..-antes Poétas argenlinos, autor de excelen– tes livros didáticos, escreveu : ".José Re rnnndez un-OS de nuestros mãs grandes poetas. Famoso autor de ri,: a r l l n Fierro, la obra capital dê la poesia seudo-gauchesca". ('l.'esoro <lel Id101na. página 1~). E . Garcia Velloso ('~.istória de la Literatura Argentit\a.., página 405) , eSéreveu : • , "Pero el gaueho e'-"-OCado más acabadamente en nues– tra Hteralu,·a es el de °'Mar– tin Fierro.. que diô ancho campo a la musa inspirada y razonadadora de .José Her– nandez para haeer un poema genuinamente popular y la obra ai-quetjpo dentro dei genero a que perte11ence". Entique Ved ia ("Teoria Li– terária", página 329), assim se referiu ao livro de .Tosé Her– rtandez: "Por todo ello y mucho más "Martin Fierro" es un poema puro, genulna, exclu– sivamente argentino e ínte• •AC'.1110 no bnyn en la lite– ratura d e América, produción más singular qu.e '"l).lartin Flcrro·•. cu1npre lndlscutido del genero gauchesco. Se tra• ta de uo poeto de carácter eplco-llrico, de traza au to• b.loj!'rllfica e tnteocíón doc– trúUlrta··. "Letras CasteUana", quinta edlção. p6glna 7<ll. Em seis a11os Martin F ierro teve onze ediÇÕ1?$, o que foi e.'<t.raordinário para a ép1>ca (4 ). At·é o presenle, jâ saíram mais de 200 edições do p-0pu• }aríssimo livro de J osé Her– nandez que foi traduzido para numerosas línguas. entre as quais ; inglês (duas t-raduc;ões), alemão <duas traduções), fran– cês (três traduções) italiano. russo, á rab1?. japonês, tcheco, hungaro. etc. O maior biótra• fo de J osé Hernand.,.z. é o nteu est,i1nadJssi1n-0 amigo dr. J osé Roberto dei R io. em cuja com– panhia semprlf pas,o noras agradAbitíssimas em Buenos Aires. Oicalá o nosso lívro possa ser uma contribui~ão para es• tudoo mais desenvolvidos. le– va(!os a cabt> por quem dispo• nha de maior cabedal. O nosso intuito foi concorrer para- o Estávainos concluindo êstc ll· vro, quando nos conlrlstou 3 n ()• ticta da mort.e do insigne sábio argenttno Eleulé.rio Tlsconua (3) Rodol!o Senet. figura gran– diosa dt? intclectualid.,de argen– tina , cuja morte foi tõ.õ prantea– da, escreveu : "J\1sto es recono– cer que fué Leopoldo Logones qu,en d1õ c::,1·ta de cl uda dnnla :11 "Martin Flerro", en nuestra llte– ratura. (La Psicologia G.1uc:b.escn en el Morhn Fierreo, págu,a 71. (4J Leopoldo Lugoues, com a sua indlsculivel autoridade, tlc. clarou : "EI objeto de este llbro, es. pues. (leflnlr bajo el tn~telo– nado aspecto. la poestn épico, demonst.-a que nu~tro Marttn Fier, pertence a elk'\. (EI t>ayd• dor, i)l'ólogol, ( 4) "Es, este gran poema. la obra argenttna que há tcnido ma,yor clrculac1ón y más edic!o• nes Se vendia hasti cn las n1ás lejanas pulgerlas. a 13 par de la yerba '/ la galleta" (Ju~n B. Selva - "C1-1rso de T.1leraiur,1 para Quarw Ano". págtna 1121. \ Movimento A Moderna Pintura Literário Francesa RIO, via aérea {A . Y . ) - LIVROS ANUNCl'ADOS que havta herdado do Ouatro– een.110 (•kulo XVI. llenova seus temas a 1lmplifica seus meios. mu aem renunciar ao Ideal da tradição greêo-laHna, dand.,.1-..a embor a uma no,,. solução. E , logo depois, Gauguin a Van C o 11h utilizam essa.a descoberta• pata reaolvar novo■ problemu. Re– produção iervU du aparências. raall■mo espb-itu11l. convenções t•cnicu. tudo luo fil não existe; a aombra " a bts ri.o expressa,,, dal por dlantep por melo dM cõ– r es. Eatá felta a r evolu,;ão pie• tural. O "fauvismo• comple ta a obra lnkfada, dando um estilo à nova pintura. Os acidentes e accessó– rlos qua pudN!léffl prejudicar • ação da cõr aôbre os nossos sen– Udo■• Mattsse os eliminou deli. baradatru>.nte. A seu vir. a c<!lr , de t al maneira 1obe1eana que, em 1eu favor. o volwn• foi por Ale 1acrificado. O cubismo, paio conJ:rãrlo, dá preferêru:la ao vo• lume, despre1ando a c6r em be– neffclo da construção, a serulbl– lldade em favor da ruio. Somente Braque per.manoceu IUJ 110 cul>lsmo , enquanto que Jacques Vlllon e André Lho1e tornaram m1lia flexível a sua dis– clpllna é , por mlllo da côr. im– primlram- lhe vida. O - 1auvlsmo– produzlu frutos temporário.: l>a• rai:rt, Marquei, Duffy, Vlamlnk, Friesz. haviam voltado ao ela&•. dei.amo. Mafuse, feUzntante, con– tinuou 1eu esfôrço de llbortac;io e de Jr,.J fónna que. atualmente. nos oferece uma obra cheia de vida, de l!Splé.ndido sabor, uma obra maravllbosame>nte acabada. M u 1 1 o embora Bonna:rd a Ro'QJl~l tenham atingido o p~á– culo da gló:r1a. isolaram-se numa fecunda solldão. mantendo..se à margem d~ grandes correntes estéticas de seu tempo. Não • • pois. da admirar que os jovem plnlores úe11een1 fôasem pl'ocu• l"lll' e"' MatiUP ou P icauo aquilo com qua pudessem HJlsfuer sua I ome utútiea: Matisae, o ani– mador do - rau•lamo•: Picasso. um dos e l'lailo:res do cublsmo. A nova plnJura encontrava-se dlan• t♦ do Mgulnie dilema : Malisse ou Plca.uo ? Fauvlsmo ou Cubia– mo ? Côr ou •olurna ? l\.L"te de ú:naginaçiio ou arte de concep. ~o? Pruer d99 5anlidos 01& OUo Maria Carpeaux estã exercido do espil'Uo? Pscrc,vendo uma "História da Como fea ela a sua escolha? Literatura. Russa". Depois da A ver.dacle é que não houva pro- pub1icação do seu livro de es- tréia ""~ua Funda", Ruth p:riamente uma escolha. Tentou "-ó concl1iar as duas tendências; da Guimarães corneçou a esc.. e– manetra mab ampla. quis assl- • ver novo r~mance, a ser lan– mllar tôdas u aquisições t écnl- çado no proximo ano. uBeco c u conhecldu. dl?lld@ Channe. do. Escarro" é O titulo do Jcecusando-94! a Jcefa11ar a .. prlort" ~ais rece11te romance do P8ll· a menor parcela da he~ança lista Osv~ldo de . Andrllde, transmltida pelos prkur&<.res da u_ma da.s figuras mius expres– arte contemporânea: rol mesmo S!va_s do atual r!lmance brn– bw,car. nas clvUl.r;ações prlmltl- siletro. Este me;; será . J,an– vas sobretudo ue r<>mana, OJt vo- çado o romance de estré19 de cáb~os euencclaia da nova lln• Lêd~ lvo, "As All_anças" . O guagem, ligando, aulm, através esc:rttor . e acadêmico Pedro de cinco liltculos de humanismo Calmon Já esci•eveu mais da greeo-la!lno, a vtrdadelra tradl- metade de uo1a biografia de ção. àquela que Inspirou a arta ~tro Alves . caldaica, a arte egipcla, bem co– m.o a arte nl!gra e a p:re-colom– blana. Tal é o •enJldo do meritório as. tô~ço Jce albado pelos jove.ns pin– toru franceqs. que podem ser dlvidldo• ,.D\ dois !J1'UPOC. : wn. compree.ndendo Giscbla, Estlrve. P lgno.n. Fougezon; e outro. Ba– zaine, Manes,slar. Singter. Lapl:c– que, L..i Moa.l (para cluz apenu o• p:rincipals). 09 primeiros apll– cam sues qualidades lnventlvu a elementos extralclos da Reau. dade; o• outros tendem a afas– tar-MI da reallda cle 1>11ra dar acu _\ 11:1a necessidade de crlaçio In– tegral. Se1" como f6r , uns a ou- 1:ros consfilul!m a ala ativa da pintura moderna. um conj1nuo vivaz, corajoso. eldgenío. JT1ani– festand.o grando curio•idade por todos os p-.oblemas e determina– dos a dar-lhes uma 11<>luçâo. Sua orlginalldade corudste menos em c :onqulsl.ar terru inexploradas - do que em explorar as descober- tas por oulr09. Eslamos assistindo e parnc:t– pando d e uma completa sul>v!!l'– •iio das noções adqulrldas. a uma r e'riÃo gare! dos valorK, 11. um confronto entre os slstemu da pensamento • dl! açio, Encon– tramo-nos nnma 6poca bW6rjca •m que ama arte nova adquire conselêncla da sua missão e de sua f ôN;a lrN.tstlveL Vive;mos wn IU 'den.le pel'lodo de lnves u. gaçào o de • laboração. Ma lm– posslbJlldade de p.rev.u o período de crhç i<> que se vai seguir. te– mM ao menos o prlvllllglo de verlllcar que o p~eparamos com fJl'anlle paixão e C(nfia:Jlça. o CONTOS DE MAfJ. PASSANT Na "Bibllotêca dos Séculos·•, importante colei;-ão em que a Lívraria do Globo public-a obras-primas da literatura universal em novas tt·aduçies e apres-~ntação cuidadosa. aca. ba de sair em segunda edlc:ão a bela antologia dos "Cnn– los" de Maupassant. organiza– da pelo poeta Mário Quinta – na . T raduzido em tôdas as língaas. lido em todos os paí– ses. Mauoas~nl é considerado co111 1·azão um dos maiores ou talve:z. o maior representante do uên.ero "conto", pois toi êle quen1 lhe deu forma de– finitiva. Na colel~nea de Má– rio Quintana. que abrange quarenta e quatro das melho– res e tt'lAi.,; carac.tei·lsticas nar– raHvns do escritor [rancês, os amadores de cada tipo en– co1itrarão os co11los de sua pre!crência: não fali.a aqui nenl)um dos títulos ll que o criador do conto modeFno deve sua permanenlJe popu– laridade: "Bola de Sebo", "O Colar de Dia1nanles", "A Pen– são Tellier", "As Jóias"', '1Ma– demoi,selle F ifi", "As inn,'is Rondoli". "Monsieur Parenr•. "Horta·•. "1\1.osca". etc.• CONTOS A c!llréla de Xavier Pl~– oer, com "A Escolha" . wi um.a das mais sl!'gUras e a:fi.L·.mativas dos últ.imos anos, em nossa vida literária Oesse jovem auto·r. a LlvrarLa Agl.r editou, tlltora. uma das lliml)les e belas brochuras pr6- prlas de seus lançamentos, uma dutia de co1,los em que o nov'elisla apresenta as suas Qlllllidades de fi nura, observa– ção e lirismo. "Doze histórias curta~" é o titulo do novo liv..-o de X ::ivie r Placer "A.PONTAMENTOS LITE, RARIOS" Publicou oulro dia no su– plcmiento literário d!' um dos nossos jornais o poeta Carlos Drummond de Andrade Cciue e também um excelente pro– SlldoTl uns "Apont'lrnentos Lil-erártos·•. ricos de verve, ..l1UnH1ur·' e sabedod,, cinco dos quais éecidimos ofereCf'r aos leitores des1a sec<'ão. fa– zendo votos para que o oulnr de "A Rosa do Povo·• nãry 1'1l'1- xe de e:xµlorar também êsS>e' trên~ro. no qual nos podetã dar. em forma alf.Jmente c-on– c:enlrsd(l. os fr\110s de sua fe– cunda cxperiên-:-la literfn-111: "N'ão cou;;idero Prrfeil,Jt mi– nha poesia V1•jp- lhe 1n11il,u; Calhas r;iraves. al~umas lmper– doâvel,; e à medida que me1.15 p;>em::is se a r,1~tam d t• mirn no lem1>0. eu O$ it1l1!0 r-om ânimo cadn vez me.nos bénil!no M ,;is, curio!<ll: ~~,:w; d('feilos não ~;'\o os que mE' 3p(,nt;:im os adver.<ários". • O ,er mais corrosivo do n,undo, l\i[arqu(•s llebªlo, escreve C?o1n tê'trttn-;\ hi~tór.ias i;ie c:orlhl1iho;;, fo,·mi– gas. besot•ros - r,ara cri,H1- cas" • "Primeira fase· ,, poe– ta imila modelos celehres úlli ma rast>: o t>IX!ta intltn a si mes1no. Naquela alnrla não conquistou a poesia; nesta. já a perdeu Nâ o há n1ais f 1·lste elo::!lo elo que.: "Não é nrt'ri.'lo assinatura. isto ~ de X!" Es– plêndido serio que ~ó $E' des– eobrlssc que é de X prla n.s– sinaturu.".• "ImpressiOl'l~nle. -i sabedorto de suas v!r~ulas E' incapaz dl' mistura, duas bes– t-elras na mes1na fra,;t•" • "Oracão do poeta Emibo Mon– ra, em 11ua casa da ru.t Curi– tihn: ''Fa21ei. meu Deus. com que não me venho nun<.-i 11 le11 t.ac -5n d-e brilhar noo suole– menlos" .

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