Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1946

1 • r---- •~- - --:·-_,-,- ·,--.-71 MEUS GRANDES !· 1 Trecho Das "Cartasl _Amigos Silen c~osos ! 1 A Um Jovem Poéta" 1 l-◄~~~~ 5{-,,~o._c~~i~ f / { Na m anhã deE~~~~s:~::o::!nhã de inver1~0 e I f - D e Ri l k e r - nos talgia, n ã o m e apeteceu sair de casa. ;._,_,_,_,__,,,_.. ___ ,_ ,_.,j .• ~ • se1np1·e i:ios dias do_ Senhor, obedienÚ; aos precei tos bibJ1cos, que a gei1t~se çlec1de a rem~ x.er papeis velhos, evo– car passagen~,vi..-idas, s en t ir que o te1n,po vai fugindo. levando tu:do. esperanças, m,ocidade, tédio e 5011.bos felizes. Resolví fiear em Cll.sa e n colliendo-n,•é ·nuuia cadei'i:.a· de l ona,. a coc.orado como enehovas em lal :!l de t'Ol'Sérva P u·z . ii1·e a refletir tnttitq.,tempô sôbre os Vài-e-ve.11.s da vida. Come cei a conversar cotnigo mes1110. Um it 1stan1.e afet uoi;o. ·afetuo~o e l~al com a núnha conciência. Olho o ritlflg i•J trepádo na pare– ae. Como a vida marca os minu tos e Il".01·finíza o nosso pen– sàn1:e11to, quando se está entregue à morbidez d as rneditas-óEs , d9$ solilóquios. , . 1!:ncilminho-rne, ,igora, pa~ o meu ga_bi.ne,e de estude s ,' e ve~o-Tl'.!e dentr o c;!o re_duto am1g,J das minhas es,antes. l,enrb r<kme de algum.as estrof•~s, ch~!{as de pslc◊lógicas verdades: • · "801n ci,ue littirgica doçura ol l}o meus livros, nas ~tantes, enfileirados, vigilantes E todos bem d.i mesma a l t u1·a ! ,.A s a ).egtias· que 1hes devo, v.alem os gol pes que s oJri. Num Larnartine d o:rme um trevo . ' j " Sem_Pre oportun.4:,s e atuaís ~s conselhÓs de t'lainer lV,:ar ia Rilker a .um )~vem poeta . Dar ª. ler essas "Ciirtas" a todos os moços que s_e presu,m_em poetas seria .o ideal; grande cousa, porém, já é transcrever t r e~-hos, dando assim ~'!)ortunidade a que se corrijam supostas vocaçoes de versejadoISes b'lnaís qu~ não têm a conciên- cia de si mesmos . . . t O t rêcno gue reprodyzimos é. traduzido e citado pelo sr. Alceu Amol'oso Lima na su a "Esté:tica literária": · - que l)á muitos anos recebi. . . » "Você. me pergunt a se ~eús versos são bons. Nin~uém lhe pod!, 1ra%e ~,_ nesse caso ,_ conselho o u auxilio . Só exiS:t.e Un\- caminl10. Erttl'e em si mesmo. P rocure a necessi<Jade. que o faz escrever. Exami~e se ela realment l! lança a~ taizes até o fundo do coração. C_onfesse-se a si mesmo. Estar-ia disposto .a morrer se lhe proi– l:1issc,m e.screv.e~ ? Isio sobre tudo: - pergunte a si me smo à hora mais s ilen cl<>sá d ·a no i,ie: uso,µ. .realm ente f orç.àpo a e 'Screv.er ?" Para r esponder. entr&no que h á de' mais pro.fundo em si, se essa res_post a for afirmativa, se a um.a tão grave questão v.ocê for capaz de respon.._der : ueU d e vo:•, nêsse -caso coristrua erifão a sua v ida ,..de· acôrdo com es sa nec eSSidade, Sua vida,1 m esmo em suas hoz a s mais it:1diferentes e m ais~vazia$. d t.H, e s e t ransíor ·m a t 8m Si ii.al e t es,temu– ,:,ho dP. tal impu_l59. Aproxime-se entãó da natureza. Procure di– ~er, ~ -co_mo se você fôss~ o pr·itneir:.o h om em., o· que . v ocê vê, o que v_oce~ama ou p e r de. Nao e screva po~m as de à.mor~ P rocure, de ii,(– cxo. , e$Se-s t em.as e.x ce~si vamente ·com uns: ~ã.9 os m-ais difíceis . Onde · pululam a s t radições se.gu ras, por :vezes l:1rilhantes, .não póqe o poe– ta tra zer alguma co_isa de seu, senão em' plena . i:na1urida'de de sua fôrç a. Troque os grandes temas por aquê les que a vida quotidiana lhe oferece. Con.te as ,;uas tristezas e os seus desejos, os pensa- 1 meníos que ' lhe a cu~irem .à mente, sua !é n\lma beleza. Diga tudo isso com uma slncerrdade intima, tra11q1.ula e humilde. Utilize, para se e><pfimir, das coisas que_ o cercal\l, a~ imagens dos seus sonhos; os ob1etos <ie suas recordaçi,es. Se a sua vida quotidiana lhe pare- ce pobr e , não a culpe·. CQ,I:pe.....s~ , a si me,smo de não ·ser poeta 'bas- ~-r---•- A .... l ante para saber re-velar-lhe as_r1que;as"«:u:J.tas. Para o c~i adgl' nada 1 ~ • • • • é pobre, nã o existem si1ios pob~es, indife:i:entes. ,Ainda meslho que I f o D D . o Jogassem-no fundo de uma prisã o, cujos muros abafassem' todos os • . ete tor p . ' f Reeorda.ndo êsses versos, olho. agora. melhor os meus li- r~mo:r_es do mundo. não lhe resia,h,l semJ,>re ª sua in.fâncla, ·essa 1- .. - n . o remio 1 vros Vem-me à len1brança o que d íssi'i' o cintilante Benjamin r iqueza, essa preciosa e imper ial riqu'ez.a. êsse tesouro das recorda- Cost~1l lat: "Quando f ico bem e nj oado dos homens e \'las sua-s ções? y.oue p,aril a:u o ~eu espírito. l?.rocur e trazer à ton:'l as , / 'C I , // D • f pequeninas inf âmia~;· e é urµ es tado d'á1!'Ila q ue period,ícã'Jzjen- imgressoes naufra,g1tdas desse \>asto· passado. Com isso •se há de . ' a ogeras e 1946 t e se a)?O~ei·a de. 1u1111, r es olvo :fa-zer U)na. estação de cu ra mo- fortalecer-·-a sua pe'r·sonaJidade, sua solidão s~ tornará povoada e irã' = . a r al, pelo isol a'trlento 'de uma vida in terior. E p ; is.so a viver com converter-se co1no qu e~nu_m re'tiro, par.a as J_ioras inc_ert~~ d:o dia, t ~ Jj E l ·- lh - . fechado a todos os rumores do mundo exter,.or. E se dessa volta O J ter, e às· única s q ue n • 1 11cà n os d ão margem a arr <>=ndim·e n- a surnir nao ensar '" - d - - • OS vi ·os, 'U a c 10 •q u e s a o as -m e ores rela çoes -que se p od e a si 'mesmo,_ dê'i,sse m4:r.gulh~ em t ,u pr!S.-"'rio mundo, ver sos venha_m f I NS'i-ITUIDO pela "Associação Brasíl.eita de Escr itores", f tos''- .... , Y ·- ~.... ~ ~ . u m ais voce e .~-. n t a g·ar se esses ver so s sao ~ p or do~ção do sr. Valentim Boucas,. o prêmio liter.á.rlo bons. v:ocê n ão proc.ur~ rá mais interessar a.s r (>vistas nêsses · tr:aba- 1 "Pandiá Calógeras" é, atualineníe, · 0 mais importante de o _Corno êss~ escritor patr ício, esto1;1 nêste jnst~nte f.az ~ndo lhos, po1s você·, gozara dêles como de um bem natural., que lhe será -i quantps se distr-ibuem no Brasil, não só pélo se'U v alor 1 a m m11a estaçao d e cura dentro de~nn,ha biblioteca. 0s meus. queri do, como um... de seus modos de v ida e de expr esioão. Um a obra 1 1 mate ri'al - 25 mil cr uzeiros _ como. também', pelo p resti- ! Jivi;os, aconchegados, unidos, espiava1n pela vidraça o ·meu de arte é bôa qua ,n.do nas.ce de uma necessidadeu. · i gió e idoneidade d a C;isa que O instituiu. J geito. Que juizo estariam fazend o, de miln '? • ;.,-- • Distr~b uidos os tt'.abalhos à coajssão julgadora, com-post a I Par ece que ouvf u1n d êles i;egteclar pa r::t o vi;µnho: • Í dos ,srs. f.!oqueUe P into, Gástãc_, Cru'ls, Astr,c_,gildo Pereir,i, _ Est e n osso an, igo, coino todo s os moi·tais, tem ·predile - j Ba.rreto Fllho e Sergio Buarque de Hol anda, foi proclamado !º . ., vencedor o conhec;iíio ensaistJ e critico Alvar,o Lins, com çô~s, cap,i:ich os e ingrsitidões. '• o séu_monu,me,:,tal ensaio bio.gráfico e críUço" Rio ~rancóH. f 9 O\lt rq p,ai;eç:eu-me interrompê -lo; .t Na,o surpree,ndeu, absolut amente, o resultado do pleito, º - Ex1ilica-te. ·, porq_ue Alvaro Lins é hoje. uma das mais c9mpletas •for-, 1 - Rep ilr:a que n og olha sem _grandes estõs d.e an1i/làde'. . . maçoes de escritor do Brasil, com u ma baJ!P humanh,1ica e Ao abrir a nossa prisao , toca de le've nuin, e-noutros como eu, 1 um senso de anáiise que o fazem: incontestavelmente, o nem sinal, e, no entanto .. , a alg~1ns de n ossos conn}roi'liei1'os, d i.s- D A p o E s maio:t critiço literár i o contempor â n.eo . . . N . . I A i >:,o r e gii,tarmos ê sse 'acont ee>imento de r elêvo na vida pe nsa s~r.npre u rna n :itensa, especla1isstma preterência'. . ão . _ ~ lile~ál.•ia naçional~ q~eremos í~nt a 11 ·a nossa homenagem às sej si já obse.rvaste, por exemplo, .o que. sucede com o ,"D l l muitas que se tr,ibutaram ao Jovem e scritor pernambuca.)'.lo ·Quí;ii:.ote" . Êss·e ei;tá CQm ê1e, de v ez em quando. Já conver. M o D E ~- R N A. ·; p 1 eor~'.':c 0 'a.sião d'.a co.n<1,uista do •P rêmio 'tPand_lá Calógeras" d ê_s- ·,, sarani. muitas veze$. Leva-o a arej ar-se na$ ruas, Um feli~~t··· 1 ··· ~ d o ! 1 . - lVfas, escuta, à talhou o o u tro, ~u discordo de t i. . .._.,_ ,__,_ ,____ ,__ 0 - •- - --•- •• - Como as sim ? . • .. .---------- -- .; --------·---.. ~ ro_d_a_s_ c_u_lt- u-,-.a-i_s_, -m-a·s--t-a_m_b_é_m_d_a_l_s_i_a_n_:io_d_e-rn_a_f_a_l_t_o_t l_ a_o_ se_u_p~- - Quandó vii;nos para estas es tantes, t ivemos com êle plébe. ou ao 111enos da pequ:en a prJo destino de poesia . ;fonte de o nosso •'tê te-a-tête".- Pi;n·a cada um, certi:iinente, uma f or - nro, via aé rea ( A- U .) o Todo o n1ovimento consiigratô- burguezi;i senti.mental e meio víbra9áo socjaf e de ente1·neci- ;ntila d e a;!eiçã o ou simpatia; 1nas p a ra todos nós, uma ale- 'O Jornal" . no seu últhno su- ri'o co1no que se processa à mara instrui,ta. Só agora existe en! men~o humano por meio d a g r ia imensa dent ro de sua allna. 'Alélft disso, repai.:a, que ê le pleinento literário, p ubllcou O _:;e- gem da ex istência nacion;iJ. em tre a poesia e a massa popular q ual a vtda se comu nica e se ex– u_os conheêeu em t odos os d e talhes. L eu-nos., com- gu inte oportuno ar tigo de G e - reduzi, :o cfr c\J'lo ô e leti:ados por êsse alheian1entó que tão cara c- f prime, revelando-sé na artista · ·- f · a· 'd nolino Amado: dHehU'.l :;smo ou profissão. ter isticamente se m.anif esta 110 p at•á se tornar revelada em toda preendeu,.nos . E nao ez COT)'l.9 cert os 111 lVl uos su- "Quasi todos os sitplemen tos li- E isso acontece· nun,a terra cipisód_io paradoxal de um ho- a gente com a divulgação da j.~)'S. gxos$ei ros, sem educação, que, s~ perceberem que as terál'ies do Rio dedicaram o ,;ea onde c,s poetas tor;nn semp.re n1e1n laurea qo por críticos e aca- arte. He.rmetica, reservada ao p.ossy s .;Páfli!1aS são pedàços si~:i.ves da no~sa ali:na, dobrl!,l'.)1-nas último nu1nero ao po~ta Ma_mJel a1n:a dos e co1upreendid0s pelas demias com6 1'ep11esentarite ipá- ele.ito, será seu1pre arte de ín – co1;11 v1olenc1a, untando os ded~s de sall\•a; riscam-nós , que- Bande'ica, cujos se$'senta anos ele c1·i.atut·as co)nuns. onde Castro ximõ da lnspü,aç,iio Jirica em seu dole aristoe1·át ica, 'Po1· 1nais qu e or11.m os •â rtgwos do papel, _e outros, os mais cr u.éis, p'Qem- idade são agora f este.iados. Por, Alves. actoles,cente ainda . fazi'a t entpo e apesar di$SO quasi,s sem · explorelentas p-opultstas, se a sua nos até do ave$SO, veiganço-nos ao me io, coin tal impieda- cert.o. idên ticas celebrações f.ó- palpitar com as stu1s - estroíes leitores, so1;>r et\1do .sem Ieito1·.es rner,isa gem não ultrapa ssar Q hó– d<>, crue a t é as dos.hu ;as e os gramv.os q ue format'fll!,, as .nossas l'am promovidas na provínc'ia. teátros da Bahia e do Recife, que· de1ncirist rem afe.içâo ,espon- mém de letras, no frio ~silênc;io .,. ,/\ssisthnos assi rn à con_sag,:ação d~spe_ri...va Pa.i?(Ões imens;is em tânea, qú.e; se tembre111 de lhe do gahin e te, para atjngir os ho- esz;,.i nhas se quebram e se rasgam. Êle; pelo contrário. Sente as en~ vida, mas de aparência de- $ao Paulo, cuJas ruas estreme- i declina.r os versos. que os tra- men s d a ru a , no tµmulto e no n l:íssa$ emoções e o nosso destino. S abes q.ue mais ? Quando finitiva. de proclamado expoe n - eia1n ao vê-lo passa r . para de- gan1 na cabeça para consolo da éalor da sua luta. vieinos ps3rar aq u i, já •-f oi p or s ua preteren-cia, pois nas lt- t e na arte mais gra ta à al.n)a dos pois influir, deciSh•amente. ua sua a legria. 'l\fàs 11or que essa poesia. a que Vl:'árias de ond'e ~aí~o~ h_;.':'.'i,ª"' ~_!litas ob1:as. ins!gnii icari~~s, homens ~orno à alma dos povo~. campanha da Abolição. Andan- Q1íé se '{lã de conclui r. en tão, se devotam sensi bilidades agu– mas, também, mui ta coisa: b oa; e ele nos d istingmu. 'l?oder,a - em _que os an$eios coletivos e as çlo pela Avenida, Manu el Ban- dêsse tenõ1neno singularíssimo ? d issi1nas, co1n tanto anior pelos t , h d l t d · t t emoções individuais buscatn a deira não encont r ará t.tlvez mn Não f igurando entre os apre.- ltu1n.ildés, tão abe.rta.s aos deses- mos es a r , uma Qra essas, em O es · e cinquen a cen a vos, supre1na expr essão. olhar üue se volt e par,, idéntifi- ciadores e,xaltados de ,Manuel peros ·e. às esperanças universais', t:sq.u1;1ciêles, r-nalt1:a'!'.1ilhos, empoeh,ados,_ .ou n u n 1 ' 'sebo" ende Seria. pois. razoável que êsse cá-lo. en1bo1:a os seus fe.t ratos Bandeü·a. ne1n pqr isso ot,So ct:u- como a de car los Drumon'd de a . àmbiç;ão tiegasp<;1.riría de ,-s e u prop rietário n os alug.asse para mestre da poe{'ià recebesse das apareçam :fi;equentement e -nos vidar de que haj a sinceridade. .And1·ade, poesia que aind;:I ago– gente incivil, para e studante que qese1)hasse obscehid adés, · '1\Ult idões ou pelo. menos .de jornais e reYistas. Bilac, porém, senso cte j w,t,iça, ·atitude suJler io•r r a seduz jov ens talentos , den– t;ra;f.egan,do ai nd a por x_nãos fÚJeis _.como dinheiro q u e circ.ula, m1.1.ttas pessôas sen~lveis à beleza er a 1,f'r:la presença q,Je p,rovocâ 0 do espít·ito. nos preitos qu e ·t'ah- sos de :f'ôrça, cornõ o de J'oã.o difa~etado, .nos l;Ycil sos d•ós ,<!afagesfes ou nas gayetas das tas- cta· pa~~v1'a transfi~urada, em- va sensàl,ão em cada esqhi na. 10s plumitiv,os presen temente. lhe' Cabral de Melo Neto. permanece cas fanundas. b-0:ra naQ per tençam aos cha1n:1- Recitaváin -lhe os sonefos por n \f\dem. $<'1ri.a mais do que ab- perdida ni;) seu canto, sem cir- . _ Silêncio, que ê le nos es_p· r e.ita !. . _ . dos m~os intelectu;,ls, o ntes- todo o país, sua fisionomia ti- sµrdo im,igwar-se que tudo ~ja cular , pra'f;icamente infé,cunda, mo coroan1ento dê glória q ue cava guardada em todas as n1e - efeito exc·lusivo de afeto pes- inat'Uante, sombra da illt.eligên• Êsse diálQgo tomou-m e de forte emoção. Eu ouvira, garan- lhe c.oncede'.n:,-cs con1pailheiros roól'ias. Era tal o culto votado soal, solid pried.ade acauteladora eia , mu1·múrio fantas1na l num. to. Era a alma d os livros, em doce colóqui.o, que falava das de letras. Erit .rctan.to. suas obras ;ro parnasiaho, tão au tên ti.co o de int';'rêsses n,utuos e stig:és tão cas;lrão d esel'to ?' minh~ pr edileções, dos meus -::aprichos - e das minhas ing ra- continuam a dispôr de ' esQassas seu pr<>stígio. que par a êle re- con tinuada. o .fato 11ositivo, in- Nãó se poderia dizer que 6 tidões para com êles. tb·agens. nã o há notícia de gen- corréu o Ministér io da Guer ra, Qontestáv.el, é qúe o autor de povo não se interessa por lJtel'a- Nã o t i.ve â niJno de .responder. Pal:;;i di zer-lbe s que eu lhes te ··teunida para ll~e- oúvif os vet- ,.n at u rt.1n1~nJê di'sta1í-te das _cQi- "Libertinage1n" í oi :rceito co1n o tura, -póis o romance desfruta cte 1 · · ~os, n ,em de cr1anças que lh e sas !iteram-as. quando precisou v.erdade.lro mestre por ·unta gr ei grande público, o maior que j á q u e r c;> a todos, P'Ol'.que ê na sua ei t1,1ra tiue eu tenho vivi!lo ofi:,reçam flores e1n nom.e ~d os , de quem suscitasse ent u siasmo de po~l ól!i;. ! 1node111os, _entt:e-. os houve aqui . gara liv_ro brasílei– inslantes emocio~)ais e que eu tenho a p1:end ido. Devo-lhes · p_ais, nem d~ escp1as que lh e I ger.al e.m t ôrno do s~rtei<;> mlli - quais desá,\tl;>ro os que f a}a~n ro, e o propr10 ensaio tem h <;>je Jl\Uifo da. e xperi,ência d a vida e a ol;>ser.vação .rnais a g úda e p;este1n bo,nen sge1n, nem de tar. Até Qs bardos mais sut is · e realment e í'º ceração. E co:1vém ~ição fáci1, acolhimento ce ,·fo. psic-olqgica f!:os ho1n ens . n,oças que., em c,omQvido bando. dü fcei$, como Fagundes V,irela acent uar q.\'i.e esses outros sao de Chega a ser chocante a des pro- 'Fiquei, pQrs, e.i:n silêncio. E · olhei-os c o1n ovi'dámelite. procu .:,·m visitá-lo para . conJ1e- na fásll român t i,ca. 0,1 Raul de cl\1:so tão rest-rito colno o pon- porção entre o slvoroço pródu- 0 r d ' h t t I s ·- ' r cer coroo é na velhice o criador Leo.ni en1 período que f oi de tifice que reverenciam. Eles zido por qualquer históri a nova s i v.i:os · ª n~in ª es an e · un, os ivroi;, os ineus gi:a y.- de proiundas impressões trans- , ônt e1n, até os mais algidos. fambem si! acham. ilhados no de Jorge An1aao e a índlferen- d es ami·gos. silenciosos, q u e tanto t êm .fa lado à mi,nha alma. mltidas à sua juventude. nem de simples . a rtífices da méh:ica e seu minúsc,uo inundo sem res- ça generalizada. .1nuitas ve-~es Ésses, siln,. têm alma e não têm acicates para esporea.r a i;apazes universitários que lhe da rima, como Al6erto de O lí- sonância. · desdenhosa. pelos póernas qve $e QJinna sensibilidade. J tenham ido pedir conselho ou veira, viviam cercados por uma Resulta dai nova comprov ação Não sãç, hon,ens . , . levar o fervor da admir<!ção. aten ção que não e ra apenas. dás insoíisn1ã,..el - a de que a pOe- ~ CONTlNVA NA 3. 8 P l!!G. - .__, ~ I . Começo a PE:11eti:ar no conteúdo d o -mod e.t- 1ris1no quando· êie já .é uma escola que per– te nce m ais aç, p a ssado, classi f i ca do bu.rocl·a – ti,,camente pa Iilstória literári a, c.9Jno já o tôram o simbQlisn10, o patnasiani$rtlO e o r omanti§.mo. Isso talvez se explique pelas circunstâncias da mi'nh à idade, q u e ao CQtneçar a ter a c0nsciência ambiente ·veio encontrár o d e clín;J:o de um m ovimento que de 1:ato .reali– zou os . id.eâis e stétj eos de uma .,ge raç ã o liber – tária. OutFo. ·el ei;nen to prep9nderánte, . neste m.éu caso pess.oal, foi a -0tienta§ão prii;nária q b e dei às mi,Úl;\as l e j t uras, afog an do-me em B i\ac, Castj.,9 Alv:es, Cr u z e · Sóuza, aqui, e_ p 11incipal rilerlte. em _Gue1Ta Junquei-ro, l á , ci "qqe dei.-xou o ,adolescen te tím ido, e1n face de tanto c,rudai d,e . música e harmonia extérior , inipos– sí:bilitado i.ie a ti ngir. uma poesia dir.et a , e ssen– cia l - e não auditl;va. - - O ·útTIMO DOS MODERNISTAS... - HAROLDO MARANHÃO I Desprend id o d e u ma v:e,z dessa f or m a l idade I U m Ma noel Band e ira intenso e por-e j pnte d_igamos i is~ca., não t_oí d ificü ~os meus sin! de poesia, q u~ eu tive. a ingenuidade ·a k~vid a t idos possu1i; a avassalante fo1'ça exp:ress10 - de ten tar aluu·!. . . HoJe ~ o p oeta da s mmhas nal . dessa poesia que, no Brasil, n ão é 1nais l horas- dê silêncio, q1;1e eu não posso nurféa ' '.no,;,a",. nem "moderna", p .ols j á t em mais de d ~ixàr de relê r apôs a s fadigas d e outras viute anos, v.inte anos d e ·tristé' incompreensão leitw:as. Para cá, pa ra l á . . . Oscila n o ar pel a mão (.Vem e vai... ) Que d elicada_niente e - Psio... - • de uma criança quase a - adorm e• [cer o balança Bara ~ e para lâ .,. . P a r a çá e:... - O nov:efõzinho cai1.1. E' evide nte q u e -não se cogita, aqui, .d;e doutrinar o s leitoi;es in,c.i;édulos, o · que, a_tillal. seria dourad a p retensão. P or que acr edito n.<l a bs oluta ·inuti lida d e de t odo entpenho nê~e senttã.o, ad.rt?-itin, do-se qué á p o esia moderna d e ve ser naturli\\ men.te absorvid.a, sei:n qua l– q uer intervenção estranha. Nenhwn dos apo• logistas do wov.iine)lto de 2 ;! conseguiu impôr– .me, teor icamente, as vantagens .estética.s ou coletiva. T e rnura e desencanto gotejam p oemas.: dos keus lite r á rias da p oesia renovadora. F-ui e u guem ]4':fetivamen t e , queID -quex que s e -tenha d e – morado eJTI analisar o caso tlpico do rn.o dex– n ü,mo 11a lit<;!râtura brastleif-a h á-é!~ ter ·p e1·ce– '\Jldc essa zep_ug1lância: dos sa.udos{st<.)s p ela · -au sê ncia de t>1·qúestl!:<l, de ritmo, de som ,. como se o fel'.l,ôh1e:no da J!foesia de;v:ê r a l'le-ce1,s-aria • 1nen te ligar-se a um.a condição d o 9uvido. Alvaró Lins, a respeito d~so, aliás, E_:scla– rec~ q~e a ~çiesia _modefna nao se afe içoa a o r e citativo, como t a o bem s~ presta e se pi:.es – tou a s onet arfa J,?arnasiana; com .is st1a s inde– :f~c tíveis .e triunfais cha:ves de ouro. Precis ain e P,te por ;éssa au~nci a d e ê ~1fas e e ,d e pomposo,, que e uma das siaas caracte– J!isticas füudame ntais, ' li que as . iq é ias mocl.er – n a s n ã o.. e ncont,ra ram- u ipa am,--p'la dissemins1- – 'Ção, :fi candçi div·or ciada do l e itor con;iiJm,, 1,1m a re2\ g ue s õ o s iniciad os lhe ,Podem devass ar ~ t1e.@:êdo interior. , , 1 1 Assiln f9i que púde -di s tingu ir claramen te poes ia e fórma, com os olhos cegos ·à mií;.a– geni r,arnasiàna. Caxlos Drum.i.n.011d d e An– drsid e , com a JiUa "Consideração ·â o P oe1na", m e faz n~ste' m omento um b em .~n.orme, pélà c lareza e,. precisão c om q u e define· o fenôme no q u e eu custe i a c ompreend e r: N·ão rimarei a palavra son o com a inco1·respondente pa1avra outono. R imarei e-0m a palavra ca rne o u q ualquer· outra, que t odas me .. ( cqnvêm. A$ p a~a\tras n ão n asceram amarradas, e..~ s ·sa1t~m, s e ):lejjam, se dissol vem, no céu .livre p or vezes u m désenlici, aão puras, larg~ autênticas, inde- [va!IS v-ets. An dor inha lá f ór a está d izendo: - Passei o d i a à toa, à t oa ! Andor inha, andoJ:inha, min l;,a canti.g a é Cm.ais b-i st,-e! P assei a vid a à toa. à t oa . . . a possuiu , sozin ho. M.as a_1;sim mesmo suponho q ue se deve eonside r a l: coro p artic ular a tenção êssé d esabafo e e ssas confissões d e q u ei;n se vê, em bo.i:a tard iam ente , no seu verdadeiro caminho. Nijo de ve_ser desprezado o deppi– mento de quem se opôs. intransige ntemente a u m a escola e aos seus v alôres, e hoj e se con-· : tes.sa inapelave lmente tfaído. Diz Alvar o Lins q u e se lhe pergunt assem e . . , . 1 o que mais estima no s e t1 oficio de cr(ti'co, . omo .d ~ c_ritivo ~ rmpressioi.;S t a, é e.. ni'e respon deria: o t e r podido ,co ll_lpreender- e sen– d e1~0~ forte 1mpressao co!X1 _a~el e_ seu D e.-__ t i t a poesia inod~rha . DêS$e mesmo regosij.o b.~_sy , ~urpr~ndente e vocaÇ:ao ~~tnllca dos es- põr essa 1nes,ma co1nl\)reensã o literái'ía eu fUs1ant-es. p i,elu.d ios do compositor fran~ : tamb ém .par t icip o. E posso pro clamar, hones- tament e , s e i, a ma~r ,;itória d e esp í r i to da . . Pata cá, para lá. . • Pal'a cá, para. l á .. . Um novelozinho de P ara cá, para l á • • • Unha•• • 1 minh a adolescência. Quem mais atacou entre nos o m odernismo é- a g(?ra q u em mais o exal• l '!'a. Cust e i a c hegar, é verdade. Demorei muito. Mas: sempr e cheguei..

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