Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1946

f-a ~cc,, ter sernpx·e nav«10, no Bt'asil, aiguma secreta a~<ttt<:!ade e'ntr:ê literatura e juventude. S ·a.râ que o fato d-., tio, t 5' x, n1 o s tornado ,l:tcrariarnente it1dependentes sob o infl1-txo .do roman'tis– m..o. êsse prolongan1ento da efervescência sentilnéntal e intelectual da ad◊lescência, tev e co~sequência.s t.ão mar– cadas sô1)1·e o destino dos es.crítores ? Será talvez levar muito longe a inf luêl).cia da arte, sôbre a vida, mas é a única explfcação que de mo– meuto me qcorre. Aqut não :tor-am, apenas os poétas. gue mor,re1•am 1noços, mas tam– béln os 'tomllncistas : Manoel Antônio de Almeida, Raul Pon1péia. e Adolfo Cam1:n'ha mal pássaràm 'dos trinta ânos, e José de Alencar, qu'e teve a ousaçiià de ·completar os cinquenta, foi tr<1tado cóm o respeito àevído á um,pat,iar• ca. Creiô que -só Macêdo, tal– vez "t,,or. ser ·mesmo muito t'~êfego, e I>tlachado de Assis, ao qual não sê api.ica,m as bitolas c,omuns, transpuseram os sessenta. O_utros, não sen– ·do dêsse niodo, nem sempre agradável, es.colhidos pelQS deuses. cêdo abandonaram as ' l .etra~, como a pÍ·ovarem que litet atura era ináef.ectivel• mente aliada da mocidade : estão nêste caso..Alutzto Aze– vedo e lngl,ê's de Sousa. P1·0- va ainda mais certa dessa aliança forneéeu o visconde de Tâunay que, escrecven(jo embora até a pcovecta id.ade de cin.quenta e seis ânos, pu– sera na Inocência, livro es• crito na casa dos vinte, tuqo o que 'tinha a: dizer,, repetin– do · aliás o que haviam feito ·Macêdo com a Moreninha e • Alen,car com o Guarani·, e antecipanao o caso de Graça Ar;>nba com o Canaan. Assim, -a place a:nx je~n!!• se abi:_ia por si mesma, sem esf~rços, sei:ri lu,ta. 'f.acita– mente, tôda a gente reconhe– cia que literà.tur~ e.r,a pro– priedàde das moços, Sei:la por qlte- as nigas ' ;pi ~ce demonstravam o cansago da inteligência, ou porque - se juli:ava in'compatív:el ·com a cómpostuta da maturidade estar ·a rabiscar fantas\~ ? A primeira hi11õtese. rev~la rara . h\\,.toiildade, coisa ex– traordinária enti;e ·literatos; a s'egunda · tça:i' ceriô desa– prêço ,pela· llteratura. coisa ainda"4nais extraorái1;1ávia em . ' quem escreve. Talvez. deva também ser levada e1n cpnta a velhfce precoce que afligiu os súcütoi, de Pedro II : não · eratn soménte <;11> bandos li-, . - . ...., " ' ~os, as ç,apotàs e as i~et).sas sâla!i que davan:i às mul!1e• re~ bali;aquêa'!)as un;ia auste• t'idade de~-maf.rona:s, nem se devl~ apênas l)s 1>a~tola!i, às ,sobrecasacas e às l!arbas a gr_av idade <lqs ho1pens; além do vestuário e da atítude, que são ·.xéa1ménte Ímp~rtan– te;s, mas l)áo s~o tudo, ~ei– nàva eritão uma •,mentaliaaêle pi:op1c,ii, ao én_veihec!tne~t,o, E sê todos sofriam des,;e es– tarl.::, d'i> espirito-, n:ão hasria como não · o r.efleÍi.ren1 os • intelectuais e àr~tas. De qualqtte1· mado, era 1:1ma senilidaôe. fêmporã, ar– t tilciàl. ~t~ ftuto da_moda e. da· iwaginação do· que das céndiçée$ reais. As, con'tr~– rio. tud.O ln.dtt7.· a ,crêr <1,,Ue escrevér e,stflj~ ~ais ·de- a-cõr-– (fb · cotn a r11~ exa6 da ma:tV,– rldade- qo que .'com ·o ·11!1_Peto q~ juventude; e, no cas11 partícular do rorn ;ince qeve lev.ar ·vantagem q.,1.1en1 viveu màts; ··conhéce.µ maiJ;. os ho– m.e.tis, P. ~ s s,'o u Jjor nri~!I experiências. tmp·regnou - s.e mais ;fundamente da~ en10- ~es. fol ipj 'is vinc:a'qo pelas vlcisslttiães. E se ná. como pa'l:êc_e, no {lto ;efa cí:iaçã'o ar- ~ tisttca um fncon.ciente ansei<I' ç_e !§Ôbrê:yiver, ,umà lufai, con• t:ra a rnovte, o escfito'r <t,_U~ já se, sabe mais pobre de, dias a vi,kr 'h'áv de se- fazer .~ais v,lbrátjl. a, e e)Cperiit\e~;tt Jnaí_s · forteme_nte à: nec.e.$$ida- de de expressão. . Pór' •i~Í~ i que ,me esp;~~- .t\)tr üm arv go é),'il 9tt.,e 'lf ID!– tllfa -eara e .cadã -vei mats admirada ~cfhe,i de ~uefrôz fàla ,;em .d~ixar 'é luga-r, aQS moços, em esgo~;,dien"l,9 _ da • · .nóssa ge~açãó, ·da .i:t~:ra9ão que por um;,t tt.l.st 'e c'?in<:i– í:lên<liá S\J,t:gl·u no ~~'$,mo ·mo– métÍto em que ·se inat1gurava '• no' Brasil a .ditàdura, e· que, se . Se · confessar, iÍgora g/1,Sta} pa'i·eeei ã querer, dúpl:ieando a cóineíd~ cla. ~i~i'ítrca.r que; ei:nbox:à ~la l):t'raçij,o tlós eontr4iios. ' :Se. si.infia d!!' qua1gtt~! 'modo· liga;:ia . ao obscllrailtiS:1no -<1êstes ultit:nos quinzê . ânos. N...'lo, ~aêltel. nem que S:eja - p;ira ' ilôs, i;les~ lig·annos .tietíti1tiv:a)nen~ _ito ' ~s~dÇ> ~O:vo e. ~li'ls ;antece.– d:éntés, .l:emJ;>S qµe '· co1;1hnuai:: na 1t,tivl<iade. E, além do ]J>,ais, ,não -sei c,omo'<"&e l}<>ssa fa,Tur; no B,i,asil. ona,e é tão :fraca a. 'dé&ldaães inteleewaw , Lit-eratura -E- Mocidade L11cia Miguel Pereira ~###4 ~ em ceder lugar aos mais jo– v:en~. 11::les $e apareçam, ou, melhor, que continuem a apàrccer, e serão benvindos, ~ haverá espaço q,e sobr a para todos, ·· sem attopelcts nem filas; não se. trata de defendermos o terreno nem de .s_ermos emeurrados: 'tra– ta-se, ao contrário, de alar– gar o 1nelo, de termos màis gel}te a nosso lado, cuidal).do das -coisas da inteligência, das co~sas da arye, de tudo o que pare.ce inútil . /l.OS h·o– mens prátloos, cujo númêrO' a inflação ainda autnentou. Não que.remos _precedênçlas nem posições de . de,sta(\ue. C(,demos de coração aber-to o passo aos que pelo seu V'.l.lor llSJS <l.ebca1r, ~al'a trãs; l',á:> acha111os aue 111guns ãnos a .:mais SP.iam eeoner sombra de i;ttp<"Tioridade . .Màs · isso -nâó sl'gniflca que jfr e~tejrunos·· n'a contingênci.a ~e .nos r~"lleteI'• '\t. . mos ao st ,,nc•o. Ali_ás. só no Brasil pen,a em . velhice quem anda ape– nas "nel mezzo de1 camt !'I' \ L.embremo-nos que Volt,i{re · contava ses$el'\tâ e cinco ât:)o.s quando publico·u o c ·an– d~de: onge 'Se -.moltn;>u vivé e espirituiso com9 nünca; que .Goethe escreveu 'ílOS. cinquen– ta e sete o prqnefro Fau,slo .e depois disso àind1;1 produ– ziµ tanto; qu.e •Baswell con• tava cinquentfl .quando s;:1iu a sua Yida dó dr, J'ohnson. ~q;iet Be'êcher Stowe es• treou com Uncle Tom's Gabin aos trinta e oito, Editlt Wharton já passa'\líl dos- ql;!IÍ• renta ;ao f P.zer o se\! p1:,imelro bom romance, Willa /i::ather apr-0l<imav.a-.se do meio sê– culo quando teve reconhecl– <(o o seu valor. E também q,1e idade' tinha Defoe no momento em qµe ~once)>eu o l~vro que ia faie'r o en– •Cal)to de fantas geraçõe~ de ' crían-ças. ~ Robinson Cr:i.1- so.e ? Cinquenta e Qqve. ó J:iistoriadÓ,;, Gaston B9issi.1?.r , . ~ . , ,pouco antes i:io fim de uma . . longa via..., <:.01.npo~ aé ...m Jató .talvez o mais 1novin1en– tado dos seus ensáios de te• constituição do. P.assad·o ro– man_p. La. conj.ura:tiol'I lfe Calilina. Mais perto óe nós, t'ei:nos o caso d'e Machad~ de Assis, rom1;1ncista medloere . até os quarenta ânos, e de Joaquim Nabuco. cuj o li vro principal, Um Estaclista do Império, é fruto da maturi– qade. E não esqueçamos Ma– nuel Bandeira sexágenário escandalosamente jovem. Pode ri a acrlrscentar niais exem,plos, que l os , deve haver inúmeros n(!s dicionários bi– bliográficos. Mas para que ? J:-1'.inguém ignora que escrever não é como dirigir 'avião ou fazé r pelôticas nu1n circo, não exige nem agilidade cor– poral nem re;C!exos prontos nem golpe de vista: certo. é -1llltes o:f;icio que se acqm·oda muito bem cóm os óculos, o COJ'\'\odismo, o r-elaxa1nento clQs m(1sc11Jos, com os 'acha• ques da veihlce qué, mercê de Deus ainda não nos afli– gem. Do (jue 11~0 prescinde. é da obser vação, da sensibi– lidade e. do poder de expt;E:S– são, dons que· os anos, pelo m!ih \ (')$ at~ Certo limite. (!UP aind<1 4;!Sta:-r.0s longe de atin– gir. vã-o afinando em vez de· errib0tar. • O ilUe depressa fat.iga 1 o qu<? enerva. o quê desgosta é ll política literária , os co– chichos de gr upos. a's mano– bl'as para manter •· o cartaz; ÍS,SO não tem entretanto nada– a vêr com a ativid,idé es• sencial do escritor- e a~tes a prejudica: esta se ptocessa nó 'recolhfmento e no. silên° cio a .que já vàmos', aspiran– do, Não. quem aos dezenove ânos tirou de si uín ltvro como O quinze não tem di– reito a falar- em r.epouso sem o haver sup,erado. nei:n três lustros de trabalho dão di– r'eito à a~osen'tadÓµa, Que nov.as ·gerações tragam outras :1!6rm.uJas estéticas, óutras preocupaçõ.es. outras rtendên– clas llte11árias, ap.ro.veitare– mos das .suas liçi;-es para nos renovarmos, sem contudo nos esquecermos de. que não' está ainda cumprida a nossa ~issão de eit1>.rimlr cq:mo t~stemunhas que so,mos de tantos aconteci'méntos, •a roar– cà, que o nossp tempo hn" prlmiu no feitió- é na cop.dtt• ias<los nossos c.ontempoiâ· ne.,.,. ·~~ - POETAS DAS AMÉRICAS Xavier Villaurruiia - -- __ .... ,.----------- ---·---·---~-·--- Se,a Morte houvesse vindo aqui comigo em New Haven, escondida na dobra da x:rünha roupa na tnaleta. . • no .polso de um dos meta..i: t.ernós, en.tre as p~ginas de U!ll llvto como sinal que já n&õ le,nbra nada; se a minha morte particular estivesse esperando um momento, l.llll ip.stante que só ela conhece para · dizer-me: - . "Aqu,i estou'(, "Te _segui como a sombr l! que não é possível deixar. em c~sa,_ ~tôa; como um pouco .de ar tep1do e 1nv1s1vel misturàdo ao· ar duro e frio que respiras; co.{llo a recordação daquil'o que mais (Uleres, , como o ,esq:uecimento, sim, c.omo· o . esqúechnénto que deixaste cair sõl;n:e as coisa$ q\le n~o q1,li.zeras :relembrar agora. Nada é ·o mar que :co1no urh deus quizeste colócar entre .nós dois; nada é a · te-rra que os homen.s med.em . · e pela qual inatam e morrem; nem o $onho no qual quizer11s· c.re ;: .q,ue v.jves sem inim, quando eu mesmo o desenho e o apago; nem o,s dias-' q_ue contas uma vez, duas ve~s, todas as • • . ' [horas nem a$ ho:i;as que matas com orgulh:o • se1n pensai qué ,ren·ascei;n · fóra de tí.- . _ Nada são esta.s coisas, nem os inumeráveis laços que · [éstendester nem as infantis. argueil!S com que quizeste deixar-me enganada; esquecidà. Aqui estou, nãQ me pr:~ssentes ? Abre os olhos, fecha-os -se queres,.. • • ~ lll' me pergunto agora : , . se hinguei:ii entrou· nó aposento 'contí,go. q ~tem,feeh.t>u tão s~tilmente a po.rta ?' Qué misteriosa ~ôtça de graw.idade fez caiF a folha d~ papel que _éstava sôbre ,a mêsa? Porque se instala· aqui, subitamfute, sem que eu a .con- a voz de ama :r;nulher que' fal~va !la rua? ·E ao apértar a pe"1,a .. ;11g? comõ sal}'gl,le nela .1:Ircu,la e pàiptt~ . _ e .sinto qu.e as leti:<!-S âes1gua1s qu~ escrevo, agora pequeninas, ma:is . tvetnulas, m·:;its d_eb~is, já 'aio' são da mi~a "tnã9 unicamente. [vide, Xavi.er Víllau r.n1tia é •u1n dos maiores poétas mexicanos dos ten1pÓs. atu.ai.s. Sua obra poética está é¾e.Lxada nos t11ês livr,:,s· intitQlados Re- -flex~s, <Nosta'Jgía da Morte e Décima Mélrte. -~oqtié Steban S:ca rpa <3SSiro define sua poesia :· ••un mistério denso' y sutil , a la ,vez. v.~la .su poesJ'il, .cu.y;ol! -t~mas. ,si .§.E: rei;>iten, poJ;. ~ gran:iliosfdad trasbêndente pérriltten al poéta ir• arrâncand,õ, en ~ .tuiclones traqucidas en uh len– ·guaj,e·, de Iu<'! y sómbra, veréiad~ temblorosas de htunan!dad y agonia". Tr!l<luçp,'o <lie Ruy Guilherme Buata - -- -- - ·---- ..... ~ ....:=~-=-=- A VERDADE SO.otili A MORTP DE MEU PAI tí.iT Concl usão da u lL pá~. isto a sa bei por ter hao os de– Pi;>imentos na pollcia Este h01nem que de via a s ua entrada 1;1.a Escola Nav al ·a meu pai. ia, ta.J quàl J',udas . espion~– Jo para o• t rair .. , Felli,nente ·seus vtcíos se tor– naram o ente que or:a se vê~ E ' um h,ospede do hospício , Deve isso " -si mesmo ! De tt:aidor passou a profiss,i.o– na1 no jogo; do j 0go passou ;;io caftis1no; de caft'en . passou ·a rnendigo, e dai a 1o·uco • Quei:n sabe -se sua lo4cuva. não é re1norso? A j ustiça não p rocedeu como de\tia ! Qt1e1n d.everà êastig,11 r se1ne– lhante crime ? O í uturo dirá 1 Rio ·ele Janeiro, 2 de j ulho de 1916 , l ) AULA ! DE INGLÊS w conclusão çia 'Ult. pág. Alenda Do Beija-Flôr RIBAMAR DE MOURA EX;a uma -vez um P.equeno pi– rilampo. Corno vo.cês de certo 'já sabelJl. a \uz dos pirilam– pos é a sua l lngu-;1gem de ,3môr·- Eles a.roam luminosamente, Aquela 1?°equena lanterna que se acende na escurj dâo dos ca– minhos. é 11m convite do piri– la.mpo •1nacho ao piril1;1mpo fe • méa que $e encontra dissimula• do na reJva e que co1n certa relutância m.uíto f,et))Jl}ina aca– ba respóudendo com o mesmo lume d.e a·môr Q'Ue ac.eltsou o • , t , cen·vt e .. . Necessário sert.a ,;que penetr as- meus arredo;res . pµd·esse ser Aconteceu, porém, que <!. i?e•- semos no interíor. de seu cere• um handkerchief . ·queno pirilampo deSt'a históFJ.a bro de degenerado e pesqtúzasse- , Ela então voltou a fazer uma apaixono'tl-se por uma rosa . , . mos o que nele se agi ta! pergunta. Desta vez, porém, V.eJam só! A.pagado, tnexf?ressivo Creio que se possível fosse ha- à pergunta 'foi precedida de e triste. ttn\ belo dia. à luz glo– vfatl')os de 'v.er, . que nos mo1n1?n- um certo olhar ein que hav.ia ;:iosa d.o sol o pequeno. inset~ , tos mais acentuados de desvá- 1 1 - que só brilha âe noite. viu uma • un1,a ttz d,e tna ic1a, uma es- rio:;;, a massa encefalica ter mo- é , - - 1 ~osa, uma linda e magnifica ro• · n ··c1e de ins1nuaçao, um on- • vimentos ver.niiformes desc·om• s-, · t d d f' •s sa e a=ou--a .. . ' · · · - g1nqu0 oque e esa 10. ua ·•· passados e nervosos.... - 1 • · - d A-h ! ess·es •mo·res ex.tr, ,,,,a·g"'n- voz era mars en~a q:ue as "' Q ~ ·, ., As 9 horas e 45 .tp-inutos, che• outras ".eze~: não ' s.ou ,comple- tes , ,. . • -gava trie'U pai defr.onte da cas;i t-am.ente ignorai i,t,e em psict>- Não quis mais o pirilampo sa– da .éstr{l§a teal de -Sant1 Cruz. (ogia férninina, e antes dela ber das pirllampas. E vj,;,ia a Depositou sôbre o portão o so- abril' a bçca eu jã tinha a , cer- voejar fúJ;â do ·seu elemento, em• bret_udo e o guarda-chuva', en- teza de que ·se t ra'tava d-e ·uma tornq da- sedut<;>r a rosa, 91.\e trando erri segulda. 'Seu assassi- - - não lhe prestava atenção, '!Stà pergunt;1 decisiva. no, c·ov1;1rdemcnte, n1andou o es- --Js. it an ash-tray? ' claro. ' ·pião j á citado ir receber meu Uma g r a n d e alegri<1 me lJma ocasião, doido dé .a.mor. pai. , inundou a alma. Em- prlmei- o pobre•voador luminos.o, foi con- - "Quero falar com teu lr- 1 . · , • sultàr cor(Í a coruja, m.!fstJ;a da mãõ· t" disse: ineu pa1. . ,• ro ugar porque eu sei O que noturna sabe_ç!o.ria., consn 4 cua e é um: ash-tray: , um à'sh-f.ráy, é ' . ,.~ - "O dr. tenha a b.ortdact;e de um ci.nzeiro. Em segundo )U• sábia ~eitJceira. qual ,a melho~ es1;>erar um 1no1nento, qu~ ele f' b' maneir a ,de se fazer amar peJa já vem ..• i• Disse o irmão d~ gar P.or :qu~, . ),fáo d_o O O ieto Jintla rosa. A mag;, de olÍ\, s monstr9. que ela me a·presentava, .no~ profund& receitou, então, .esta ...:"Não... Eu vou. entrar.' !" tei uina extrao rd inãria semer co.usa su,.l1'me. D~ever'1a o · · -- · U1ança entre ele. e um ash-. " P 1 r 1 - 'Resolutamente d'issé meu pai. ~1npo, num dia de chúv:a c'o1n - · - tray: Sim. Era um obJ. eto ,de O irmão do covavde assassino sol. no qual se diz que as cou- louça de forma oval, com cêr- • , tentou impedir a passagem a ~ _de 13 cent ímeti;os de cóm• sas mais dispares, como o roi.t.- meu pai q.ue o empurrou com - xinol e a r,áposa, s.e casam, atra- .fô,rça, e dQrrÍillado pela co1erâ primento · vessar voando o arco de ' sete b.ra 'éiou. As bõrdas eram da altura côres que ,aparece nessa ocasião - "Êu vltr1 aqui pal.'a matar e !':Proximada de um centilnetro, através das n.uven:s-,,.. Nesse vôo morrer!, ,,... e ,qel'as hav.ia reertrancias ·-e1e encon~ràr la poss'lvelment~ ~ a _J:(risso .sai do _quarto o bandido: · c\J'r.'iras - -duas ou três - na morte, porque $er-i11 uma P,roesa armado de um r.evolvet, Meu parte superior. Na depressão supetior à força de qua~qui r pai (que já havia atirado em Di- central, uína. esp€cie de bacia pirilampo. w.as . se o PP!ier do no,rah, que fugiu co~o. impunha delimitada por essas bordas, seu amõi- foss~ bastante, n.es – seu <:arater de covarde), avan• havi.a um pequeno pedaÇ!) de sa morte ele se transformaria. çou, a descoberto, sôb1:e• quem cigarro ,fumado (uma ba-gana) ,realmente, num passaro mulV.cor, êle querià matar. e, a9.tli e ali, cinzas esJ;>,~rsas, Irisado como o arco-íris, que l>ô• , Seu assaj;sino, amedronta!lo, além de t un . palito de' 'tos'fo- d~:ria. à.eppis-, beijar à ' vontade, entt incheirou-se por detrás de ro$; j;\ riscado·. Réspondi: tod.as as • flõres .. , . uro:a porta e visou meu pa\." 1 -'Yes! , DJ~. e 'feito, 0 P.,.equeílo pirí:- Esté continl.lou a descah:egar O que sucedeu então :foi in- lari'JPO at':ravessou num vôo de o revolver, sendo que ·naó p~r- descritível. A bôa senhor.a morte, o a,:c_o~ .ís .. , E foi as– dia tiro. tev.e o rosto completamente - siin ·que nasceu o beija-flô:r , . • Ferido, o bandido Dllermando ilu1ninado por uma onda de caiu ao chão ! alegria-; os qlhos- brilhavam - Mas ·meu pai não que.ria só vifó,rl:a,I vitória! - .e um lar- ... . . ~ ' , aq\J,ela morte... queria também, go sorriso desab,rochou rapi– matav a esposa que, 0 traira !. . . damente nos. l a b i os, .havia Dilermando, vendo que meu pouco franzidos p.ela medita– pai atirava. ou, antes, dava ao ção triste e inqui~ta : Er.gueu– gatilho .sem que houvesse ml.tl} i• se, um pouco q.a caqeira ~ não ção, a;r1nou-se com um revoJver se pôde Jmpedir de estender Nagant, · ca libre , 42, e dispôs-se , .o ·b r aço e me bat er no, ombro, Jl luta, ,ou antes ao assàssinio ao me.smO' tempo que exela- covarde, que · ia pr~car t mava, muíto •excitada: Solon, que se achava semi- -Very well! Very well! -adormecido no quintal, foi des• Sou l.l!l;\ homem de na tural pertad,o tielo . tiroteio ! Estay a timido, e ainda ma.is n_s> lidar armado. 8orreu para o inte.riqr com mulheres . A eiusao com da casa. e, vendó que 11\eU pai .qu'e ela festejava ·mid'lba v.il: ó– é quem era alvo dos bandldo_s,- ria me.pértúrbou; tive um SU$– atlróp sôbre Dilefm?-1'\dO, sendo l:0; senti v.e,rgonha _e muito-or– ·que ,Dinórah, que se achavà dei• gulho. tadÕ. fer ido, sôl>re umá mala, o Retirei-me imensai:nente sa– ':?endo saltou inesperàdamen.te tisféito d'a,guela p r in 'le.ii ;a a\lla ; sôbre ele ·e com um murro -na andei na rua com pa sso f-i:r– nuca o pôs por terra... .. me e ao ver , .na vitrina d.e· . Pr6:,çimas Eéiições ; RIO, via aérea (A. U.) - Tassq_ da $ilveira está es- crevendo um livro sôbre Cruz e Sousa. Serão reúnidos em vÕlume cíi;ico ensaios sôbre o gran d e poéta s .lmbalista . -Din a l\ Silveira d e Quei– roz vai publicar um novo l i– vro: o romance "A Confi– dente". · - "A viagem à Itália", se– gun~a _part'e das "Memórias''. de Goethe, se.rã lançada pela José OJj ,mp.io , .em t r a?,Uçãô d.e Osório Borba, com. u_m pi:e– fá:cio de Brito .Breca. , - Serão lançadas· proxilna– mente, pela Zelio Vahrer de, a s obras escolhidas de To1naz Gonzaga, Aivâ renga Peixoto, Silva )\lva:r~nga e Clâudlo Manuel da Costa, 1 Meu pâi d:isto, se apercet?eu e urra .loja. .alg1;1ps belos caehilnr ·se dirlffe\l pá,a o local onde So• bo ingleses, tive n1esmo a ten– lon cai.ra , .. Talvez com üm m- ta,ção -de ~0mprar um . Certa– tuito d.e matar. a qttem tãc> oo- mente teria entabolado uma vardemertte atacou seu filho long,!l conversação com o e,m– qu~ viera eni sua· defesa ! baixad\>r btltân.ico~ se o· en- - "20 Poétas ingleses", de ,, Bezerra de Freitas. Foi ferido no braço pqr uma contrass e naquele momento. bala de' Nagant'., . Eti tiraria ó C<'!Chilnbo da boea A dor causoti-lhe vertigem I e lhe diria: O braço estava quebrado.. : -It'ís notan ash -b ,ay! Sabia que. ia morrer, mas que- E í!le na certa ficaria muit0 ria· matar a causadora de sua sat isteito por v.êr que. eu sa– ,desgraça. . . procuroÚ•,a· no in- bia ·falar ingl&s, pois aeve '>er ter/or da casa,., Desceu ao sempre agradav.el a · um em• ctu.i.ntal ! Vendo qu.e a não en- bai,xador vêr que sua língua contravii pensou em se reti,i:iir;. natal eomeça a ser vers ac;la ao des.cer a escada, trâ'lçoetra- pelas pessô~s de bôa fé de país mente seu assasslu!o visá-o cál- junto ,a cujo govêrno é acre– mamente e o fei;.e de rno'rte pe• ditado. ~ "li'ormação da SocjoJogia Brasileir a", de Al.mir Andra– de; ''O espravo no ·Brasil"•, de Adernar Vidal; "Gúia 'do Rio de Janeir o", de Çtastãq Cruls; "Jbão Simões Contin(la", no– velâ de Cri.genes Lessa; "A vida do visconde do Uruguai", de José A,, Soares de ·Sous.a,, e "O devassamento do -Pi-auf~.. ~ . ~ ' la.!l costas. de J. Barbosa Lima. · -. - "A, B\.\s~a", d.e Milria Jll.• lieta.· Di-umond de · Andrade, filha do poéta Druw.ond d• Andi-áde. Ao ver o ef.eito do tiro, _diz em tom maldoso : "Toma ca- 1 chOrro ,.. ... Meu, p_obre !)'ai qa[u, para não - ----·--~---~- -- -~-- ~ -- -- ------~ - --·1 PAGINAS ÊSQUEOIDAS .• · --~ ,* ._ ::!;'...." w• • :: ,..._. J Azevedo mais se 1evan:tar.. ,, ., • " "- . l)~i!io ac;i tiroteio, gente se havia juntado ao' portão da . " casa 1 Transportaram meu pal para o leito do seu assassino. ! :;:: AH rodeado de populares alar– mados, é ouvindo as fingidas sóplicas de perdão, q_ue o ban– dil;la, seu assassh:1,0, lhe dirigia, mor-rêu mas. P,rOferindo' !lS pala< '\rras:· "O<leio=te 1 ~s pêrdõo- t .. e ... Sim I o perdão é digno das grandes almas ! Porém, pei-Qoa.r.• 0 a!),S que ' não merecem, ê coisa que não deve– ria fa7.,er ! Meu pai o r:ierdoou no seu ul– timo SUSl)b·,;i 'p~r ·j.ti )gar il'\fl,ln– dad,as sua:is s.u~ peit.as t•.-•. Hoje, porém, eu $el q_ue .t:,:ãó eram·, mas .. , que pelo .contrário minli,.a progenitol'.a, enviuva1;i:~o. veio ll se casar com o W1Sas– sj.t).o de meu pai., . • Aluizio SONÊ1'0 ., - - _ ___...,.,_ __"!"___.._________ ------ • Calcula, minha amj~a. que to!t~ra 1 Amo-te muito e muito, e, todavia, prefer.ira morrer. a ver-te um ,dia merecer o labéo de espasa impura ! Q.ue te não enterneça esta loucur~ que ~e n~o môv,ir n~ca est!l •agonur:, que. eu muito sorta porq\,\e es- casta e pura. ·que. se o n,ã-0 fôras, quanto eu sófrer1a l , . ~h I Quanto eu -so:frer,ia sé alE;gt <.1;ss~s . com. teus beijos de amor meus lab1os tristes com teus beijos- de. ~or as minhas- faces 1 Persiste na mor~ .. ém que i,iersis,tes. Ah! Quanto eu sofreria se pecasses, mas quan-to sofro. mais portiue .i:esistes 1 • ·I

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