Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1946

• t . . ' Domingo, 14 de ,julho de 1946 • ,FOLHA DO NORTE' I!::.:.:- •:. - - . _, . ~ ·-- ..a. - . - ~-· ,... >.=T'#'W·WWW41JWO••··········----··••&rww••············••'!fl••····... O PRpXIMO LANO:AMENTO DA SOCIEDADE .DOS CEM BlBLlóFILOS . " • • • ◄ --~-~*••-·····-····· - . " "--- , . ..,_ · RIO (Via aé_real - E ' sabido I-lus-trações de f?anfa Rosa ._ Ç) sis!etna de impres– qui:, dentro em breve publicará a: ~ociedade dos Cem Sibliófilós são adotado - Nenhuma preocupação de granfinis- õô Brasil ·mais Ltm v6111n1e. de mo - Livros' de luxo e livros didáticos - Quinze acõxcto, · aliás; co1n os seus 0s- fat~i ds, que - pre,;een) a: ediçãc- mil cruzeiros pelo "Bra:z Cub.as" - ,A questio do 11,e üni uv·ro por áno. Desta vez preenclíimento das\ vagas. - Quem sã9 qs biblibfi– à esi?olha recaiu nás "Éli;pÚfuas lQs - Outros dados soAbre a ·Soc·1e· dade e Fh,.tuantes". de ·castro Alves. e S~US o ârtista convidac!o para tazer trabalhos as- ilustrações foi. Santa Rosa . • ' - I, propósito dêss.e lançamento tes de Portinari tem seis. ' E só 1Pi::ocura1nos ouvir um deseus·tu11~ essas agt1as-fortes qtu1nto não ãatlores: o sr. Raimundo de Castro vale1n? M'áfa. •Por. fel1z coincidencia, no LEILõES • < , Séu esc.ritorio dl>· edifício do -E q\.í<Jnto rendeu o leilão P.àço. el!lCOiltramos também ou- • feito lja .época com os desenhos tt!o · sócio fundador e me-mb,ro originais do art'tsta? da ·co1nissão Exec.uii,VJI - ·o sr. À,iridà cóm ·a · palavra, o sr. ©Jpríano Amoro,so ,Co'$ta. ·:A.,:n- Castro Maia r~truêa, ' bo's, entã·o, préstaram-n·os as · Ih- -Não .se! ap certo. 1nas acho foi•inações, solicitadas. qué rend,eu· mais ou menos éen- D.e inic,io. procuramos sáber to e se~sentà mil cruzeirbs. comq TePei·cutiu o lançamento ~Revertendo o prodúto em, do. "Braz Cubas". pr)meiro livro ben'éficio de quém? editado p·ela-'5ociédade: com pus- - Em' beneficio de que.ró? - trç1çó;,s , de Portinai1. to1•nou a pergµntar, adrnftado, _É o s~ , 'Castro- Maia. prOl).tíl• o ·nosso inte-ríocutot. Mas · da . ... ., mente nos respondeu: . proprla Soeiedade, é claro. . . E ' -Reperet~tlu, da p:t~lhor ma- pr:odutp ilos .Iéilões. .,qÜe d~ve ne.ira, nem· poderia ser de ou- faz!'r tqcfos ós an-os, que·, à:luda tra forrna. o •·Bràz Cuba~(. pu- a ·so·clédade a' custear suas des– biicado pela Sociedade: .repr.é• pe_sas·. trfc.lµsive o 'jant.ar 11révls• sentou a primeira tent.ati:va fei- to pa__i-a a ·-entt_ega tlos volumes, ta no Brasil para editar, co1n reservando o saldo .para " fu– artistas e operários brasileiros, tura edição. '~vros de· J;:t;ahde l).lXo . Só não ' -· Q4er ;dizer que - a c,o'.l).tr{bul– u samos papel nscional po.rq.ue ção dos; s'óf:iÕs' (Il!,il ·cruzeiros ·este, .como ·ç; sr. sabe. é quase cada um 1 por ano)' não"-é .bas– tão •c.ato qµanto ,P estr11ngeiro tilnte· ·par a custear- a edi çi\·o dos e infelizrnehle não é tão 1bóm. volumes? Mas !ie fôsse possivêl, tod·o o -~ão': f,.s "Espumas ·Flutue• inateria) · empregado em nossas antes;'. por exemplo, vão ficar ediçqes seria br;i.siletro. mats ou menos: em ·CeJ:JCtO e "cin- -E' ·verdade _q_ue o "Braz Cu- quenta mil éruú,iro;;, 1).esta tm· b as''. , está •v>llendo hoje- quinze poí:tancla co1npreenatdas as des– :q:ül cru;eirof? . pesas giráis. E só pµdemos -:Que m:,e é oh s .t é, nenhum .contr-ata/ a :ed~ç;í;o por ·êssê e..xernj:,1~ -fol c.ed.i!io por q,ial- í;,r~ço. po'i:q4e tin)ii.J1nQS o sal– quer ,dos sóc:ios•;. l\llas já ouvi•di- do do ,lelláo dos des:ênlí.os de :,;e'r, tealn\énte, ·que \1á qµem dê Por'tinari. do~ e atê quin-:z;e- mil cru.zeiro,s EM. "OFF~SE.l": P.Or 'êle, o que., de- resto, não ·é -J\fas pó·r q~.- ficou ;ião ca- _de ad1njrar. pois só ag1,1a;,-for- ra a obra:,· O CONTO NA LITERATURA < ' == ~ ' . ~Coi:iclusii'o . àa''2.a- pa_91ná - ~ ..::.'"Gt"iil'.õ~que-;-'dêpõís~ háyer nossos leitores comuns. Apos to- .l',fachado de Assis; não ,Se• pode ntarmos, UJU cafézinho, pergu'n- <;te.txar rie responder posittva– tamôs ao auto: ~e "Oscarina". mentt e, isso é tão .evidet)te que -Na su_a op1ruap, temos con- uma das realidades que. na mi– t_ista,s co113pai:á,yeis a Andreiv, nha opinião. gáranl.em â. existên– Poe. ~taupassant? c.i;;: da literatura brasileira · éo– M'ár.ques Rebelo responde· sor 0 mo coisa significaiiva, é ·que. rindo: .,,_., com bem pouco témpo de vida -"Eu, infeliz.1nente, não ·gost?· real, ela ai>reserita, pe.J o "theno,,; d e nephum 'dês~es .três. No es- uma dezena de bons êont'ist às". tilo .de Maupassant, Jemos o sr, PARA AS IDÍ:IÀS FACEIS Hà i.,lonteli:o Lobato e. de • àlguina os _ jê)R~AIS . . . maneira, também o sr. ~1111;1 - A literatura deve descer até Barreto não ficou muito longe o povo, 'ou êste elevar-se -até d êsse cidadã,;,. O que valorizou eiá• - indagamos. .M:a\.lt>as:iant foi ·ser ·êle .o inv_en, _:,,No dia e1n que a llleratu– tor da anedota. Simples Ques- ra descer até ô povo, ·ela estará Úo ~de prioridade .. •" . • •liquidada. PÍ\ra âS 1.1.léias ·f.âcejs UMA RESPOf!TA DIFICIL . e áce~iveis hã oS j9rnais. Não .E PF;RIGQSA creio q_ué nenhum eséritor re- -.No capitulo ,cjas. influênct~s almente de valor possa ficar sa– (lUa!s os ,~scrltores que mais t.isfelto em ver sua ·litel'átui:a ~ºlltfibuiram ,Dara ~ , $Uâ tà.r- rebaL-cada a um ve-spe.rtino for– macap ht.erár,a? - pergunta- mato tabloide . . ." mos: Ah - e a que estamo:; camtnhan~ · _;,Essa .pergunta é de dlficil do para uma nova concepção e pe.rtgosa rfsposta porque o · literárla e artística? · sujeito. sem qu,;,ret. .POd.e tolnar - "Não ,existem novas concep– um ar pei:la.ntesco danào ·cor/10 ções literárias" ou artísticas, - guia ~m gr:,néle astro é. qas suas diz-nos Màrques , Rebelo _ ,mas pãginjl,$( não mostrando nem, um c;im u·m processo natural de de– C)'el)l'é!llmo lie s~u brl 'I.ho . Se vo- ~elivolvi:mento •da literat~rra e da ~ê faz 'questão 9 ué eu• ci!~ al- arte". ltuns dl>s esi;ritores que. irtflui- 'PB.OCURÁR '!:;f\lJAR EM OUTRO ram \JS minha tonnacão literã- GÊNERO ria. procurarei atendê-lo . , Í\. entrev1s'ta está ;_,.egando ao - Sim, gostaría de saber, Pe· - , lo menos. Quais fôra,n os pr.in -· fiJl1. São 11 horas da noite. Per- c,i1>al$ . guntamos ainda: -''Nêsse caso disse Mar- -Prepara aigum novo livro Cllles Rebelo. - tom.e nQta. 1Vra- de contos a.}ualtpen(e1 nuêl Antonio qe Âhneida, ·Ma- -' 1 ·Não. porqú,e; no ano de C)hadQ e Eca. em nossa lingua . 1939 reuni o,~ contos é~crit?~ sendo que. não . devo n1e e15que- até aq11elia époea, publican4o. ee~ qu.e AJcãntara Miaohaào e ~IP 11)42, "'f::tela .me :ibtiti .i po1'– Ribeiro Couto, também éoi,tri- ~a"•, 1n11u último volume no gê- 1:\Uiram um· pouco na minha for• nero, isto porq\Je eu re.pu ~o ser mação literária. Mas a cl>ntrl- mérito ,de um e,;-critor.. o,iiàndo buição h,ais sólida. de , fóta . tor- êle r.tte~a a dominar Sllfic.iente; nà-se difícil . P.recisar, tantas !ô- mente' um j!ên_êro títerário. n.h· l'am as paixões literá_r ias que te nil,_o mais. insfatir . Deve. pelo me e,(µpolgaram ' no tempo .ern con1:1cá'1~0. 11' procurar errar e:m. que a itente s.e , Impressiona c,on, ontro gêr>ero•, n:).e,~mo q11e ,êsse algóma .coisa'. Todavia, ereto k~n,,,;,õ ,;e.i:1 mferior ao a ·QtlP êle q ue doii,:- d~I~s P<>dem ser <;lt~~ s~ dedi<'ayá ~nh:r!ormente . PTe- d os·: Sthenda·l e :J'ulilij Reni,r(\''. paro, nó .ml)iWento. i1m ro- UMÀ DEZENA ·DE lfONS mance. ".F.srlêUiÓ 9artldo'' 0 no . CONTISTAS· qtt;áJ venho · t.i'ab:,11,iuid<" desde Marques Reb.eio .conta a1gu- ;9R6 . Mas a l!'or:a. ·êle sairá mes– DEPOIS , O TF.A TRO mas passlagens interessantes· e mo. pitoi;escas ,de sua v.~da literád.a. Enquao~o · isso, , o fotó~Sl\fO , bate uma CQapa,. Alegre e cordial. a pale$Kâ c~m. ,,.o escrJto.r pode– Para ·fjnaliz,ar. sahepdo que o esc~itor tinha pu,bllcado 11-ma ,peç11 de. ,teatro. ~t:14agam.os1 ria prolongar-se pela· noite a dentro, não es ti vessé ' êle· se li– vrando d·e 'UhS r.estos ,de: g,li;,e. O report~ sente-se à vóntiade e tem a. im,Prlissão 'de que co– ~hêc~ o co~t\,st~ !);~ n_1uitos-anos,. Pei·guntarnos ao autor de "Três Caminh9S;·: · ~ ' · -Açha que .~ 1)9s$0 te11t9 ,i ;ipr,~se.ntâ . caraéterlsticàs. pro•' pl'las .e , i.ncot\.fundiveis?· "Marques Rebelo r e,s .o o n d.-e vrontamen'te: ' -Ptet!!pde t~ntl)r outro g~ne– ro ll1:é.r~1-jo ai~ do ·co.nt.Q .e élo romanâe1 -''Estou •ainda tent,md.o ex– clü"s(wimente o romanée. , m;as: depois. encaminhar-me-ei .pà•ra o teatro. no quaJ iá fiz uma pe– ça que não , ficaria em •Pé rm, i:ieph.}'m '.te~~<> ,do 1mún– é10.. 1nà!j, que me..:ens.i~ou b.a!jl:µ1~ te. - ··r-?zli.o p~a qual teni10 •es' P,e'.rài\ç'~ .dé- ·~oãer t~zet coisa inélhor 'no itênel:'J:)"~- 1 • -Em primeiro. lugar 'devido ' . ao papel que va!llOS empregar: do .Tapão, impo':rtado do Cana– dá. E;rn ' segundo, por .causa Cio •l ,, •• ·s!steina· de· · impi· ess.ão titiUza.ão, o "o'ff.-set".. q u e cón~Jste ém ço1npôr a obra,. ém m.onotipo e ~epois fotografá.la. o. trabalho de reprodução é feito com bor– racha, o que dá el1) •resultado Ü1na impreSSiio muito delicada i iguaJ, qo,é 'apená$ toca o pa– pet ·Além disso, o '"ofí-set'' i>er– •mite introduzir a côr nos de- .. . . ~ . - senh9$ é rias l?r.ópr ias letras, se se ·g, u-tser. • · ....lfl,: eçijção élas "Esptunas Flu- ' " . . . ' tuantes"· sairá. .at.ra ,sada, não? - Muiti.ssimo. Era \> ,i.; a ter -· -3-1, , • aparec.tdo o ano passado. Mas a culpa não nos cabé. A obra • , •1 / esta sendo .fe1ta na Imprensa N.acio!)a) e é ' ·sa'bido como .· essa r·epartíção ❖ive_ àsso.bei·bada ·de também das c-apituláres, em· g'ravúras .soB'.re ·· madeira . feitas pelo ' lh\strador. . - ~1 • • -O. li.vrp yai ser todo ilustra- d9 1!.S/;i1n. êJl/, ~a,•ur~s sol;!r ~ ma– dElii'.i' - .obsetva o sr. Amo~oso ('~$ta·. D.E.' ACORDO COM A EDICAO ORIGINAL E c.oin.o estranl)asse1nos a or- t,;grafia: · ·-A répro<fução é feita ríg9- r(?samepte, .d~ ;acqrdo ,cç,m a 1.ir !– rneira edfc:~<' da obra, mçtlvo í>or c;·ue obs'7rv~m'os t.a'ml).áth ~ ortogr<'fia em 't U'e foi ese1 it.,i · --Como' se "fai a escolh:. dos volurr-ies? ·· · -•OS• ~ol~mes sãp ,es,;,o•.lt,tl:>s pel:1 Com,$sã,; ]i:xe.cütlva,. mas <,s tôcio:j s'ão c11nsuJ t,ádos po, n •eio, de e.artas, s:fn<ic lev-adas na de-. v_ida ~onta . as scgestóes qlfe p,1r – v~ntun1 ía~l'm. - .E o quar.fo volume? -Pode diz~r que j_á esta,n1os cogltando dele, muito embora nada tt;sja. a:1n·da, definltiv,unen- serviço. • -o livro vai ter multas 11\Js– tFações.? -D(versas; al~m ae cjuat,o aguas • fortes muito t,oru_t,i.s, ti– ·radas, pelo artista íhtstra'dor que·, como o s1 . ~a~ur-almente Já sa– be, é ~enta Rosa. Levan,tc1ndo-s~ e ,pa~sando r,a– t·a ,, s,,la ao lado, a fim de aten– der um amigo que chegava., o Sr. Ca'stro ll{àia deixa-nós e1n coiilpanhia do sr. Amoroso Cos– ta, ctHn quen, continuamos a entrevista. -Existem outr-O$ -livros pro– gramados? - indagam.os . - Vüp '(IQ,~i exaJamente para mostrar a:o meu· colega d!! . Co– missão ExecutiV-a o terceiro \'O· lume a ser 'lançado pela ·soc·,e– dade: o• ''Pelo Sertão··, de Afon– so ··Arinos, com ilustraçoe,s do p/1,tor . Livio Abramo. ·A obr.a, aliás, está sendo executad.a toda <:ri'! São Pau1o, nas Artes Grá– fic-às Laoiai:;a , e o . s,: . pode v.er coiho éles trabalham õem. Passa ent.ão , às p,rovas ~o re– porte'r, e j°un"tos 'admiramos a impress,ãç, não' só do texto Lnas te ásserl:tado sobre :o . ass'tinto-:- O que gostal:famos. tambéin, · que · o sr. res:;alta,sse na sua rep'lrta– gelli - prossegue - é que, ao , contrário do' ~que n1uita gente ~ensá, , a fundação da Socul'da,de não .ob.edeceu ~ Cjualquer: pre– , Ócupação de g1,ànfinis1no. O nds– so tt:abalho tem sido ·desvirtua– do e 1nal con1preen~ido por ce1•– tas. pé.ssõa~. ~ inidativa da So-, cie,dade foi · no sentido- de 01i– !?licsr a9-ui, em edições de luxo. ob1·as-pr'imas da nos<;a liteta tu– râ, ôú livros so)lre o Brasil, ilµstradl)s por aFt\stas brasilei– ros. 0 11a, ·só limitando a tli'ct• ge,n se podem .fà?eÍ ed'.lcôes de ~tÍ~o . M'eSn;tO' pOT(J_ue - co1;r 1 :1n'it..l, - btl, no i:aso, uma i.rnposstbi- 1'dáde ihaté1:1<Í) : é ' gue as p 't;:– cas de, ág~,á-fort~ .011 ;is _ 1;>ran– cl1as para /,i'ramn:ai; em ma'déi- ~· r- • . . • ' ra oao se prestam- a um nu- .mero ilimitatlo de ,reprddu,çóes, e .f impqssiv.el fí> .1.er : '!LU,s pla– c.ais ou 'pranchas,· jgu;t.iS. Os que tê!T• con1b,atÍdo a no.1sa Jd<?!::Í se esque'cem destes ditn•.hes tão 4Jl!pO-r.ta11.tes e .ser.ia, . meo.ino, acons'e1h'ave1 que antes ·de ..éscre– .véren1- c'oúti·a á' Sociedade, 'me– dit~em um · irl&t !\'nt:"e sobi,:e o que é , úma ediçâó de lú.x◊, Ou procurassem sl;, ehfro1;1nai- nó as– si.mt -0 co·1n pessôas en.tendidas. 119 EXEM-PLAR'E.S -Tendo, portanto. de !itnifar– a ticag'em-pró.ssegüe o ·sr , A :mo– ros? éosta - fixronos o ,se,11 ·nu– .rner,o ~!P' 1111 e!léetí\pláres. co~o ilstâ - nl>s Estatutos, se:nJ'o ~m phra qs sÓciÔ,s '.fundàd'ôtes ni, ti– tuíares e ,os Õ.emais para o cne- • fe do Estado, o Ministério das Relàcé\cs Exterioi:es, o l'Yilnisté, têl<> da E~uc').çi,o, a ,Pref~iLv.a do .D\st-rito Federal, a BibliÕté_ca N_a– cional, o ·Instituto Etistórlco e Geogrãficc;> Brasile.iro., .a Acade– mia Brasiieira dé Letra·s .. ·O Mu• seu 4'11,erial éle Petro~Ólis, a Bibliotécil Municipal~· dé São Paulo, a Bibliotéca Nacional "de Lisbõa, a Libracy of Congress, de \Vashington. ' a Bibliotéque ]'fationale, de Paris, o British Mos.etÍm e o artista ilustrádor. - Restam cincó. . . - Que ficam à disposição da Sociedade. ·que os potlei,ã· oi:eré- • • ..~. •. /,"~·-· 4o ~ cer em ho.menagern, mas nupéa ' \ . ... negociar com é'Ies. E ' [>reciso notar, p, o t é m, - continúa ' que não houve, na fundaç,ão da Só'ciedade, ·o menor espírito de grup.o ou cJasse, t~ntl> assill) que a l.nscr1çao esteve aberta a<> púb1iéo. O que aconteceu foi que 'quà'sê nirigúem ' ?crédt: tõu na idéia e ápesã't • iie os avisos ' ampla111ent~ dívulg'#.d~s· ..fixarem -uma data para o en• ce1-ramen•tÓ das ·inscrições, .niµi – tos deixaram à ultim·a ~-hora· e no f im( pt·eenchidos os' cem lu– gares. ficanam de. fóra. _Mas qualque~ pifssôa que quises~e e .estivesse disposta a pagar ·a rcoo·– t'iibuição exigida p.el <> " r egiÜaé meuto, ·poderiá •Inscrever-se_. · Hou;ve · disso a 1nàior p:ubl~cidá– de e .n~o vejti 1'.3zão, portanto; ;>arii: se dizer que const\tuimo,s uma. " panelinha". Quanto •à crítica geralmente feita à S-o– cied-1de, de que não se compre– ende que num paí.s coi:no o· nos;. so, onde tanta gent~ deixa de ler por faltá de liyros, se façam tlr11g~l)s "Iimita(las ·. a cem exém– p'lat>/is, o que $e pod,e.' di,:er é .que as ·obt'â~ . editadas pe1a .So-· ci.edade não' são rariôades bi– bl!ográfica~ · )nas, .ao contrar-io podem. ser encontradas em edi" ções •co1nuns_e pelo 01;eço usual. em qualquer , livraria. Que se. .fundem, outras Soclcrlades ~om o intu,ito tle fazér' cd'lç~~s • pQp•, ; tai:ês. ·ã. .p:i;eços reduzidos. ·das ObTas•pr ,m.as da ·uolli.a. !itff-iltu~ ra, e lhes datei o meJ apoi"o . Aliás: tenho a imp!'~s~o de c.,1u,. n.esse Qaiao, se ·deveriam editâr prim.eiJ;o. livros didáticos ... j\11as o -objetivo da _no~a .S9cieciade ê outro; 'é .tirar edt-;·;;.,~ <;le J uxo. Edições que .o'féreç,1m uma bôa r,po, tunidadé · para os no!;~.•s ;,r tistas. e que. iâ fora, possa1u ra- . zer propafànda favoravel dó Brasil, mostt'ando, a9 mesn10 t~Ínpo, a cap: 'lcld.a.de cio<; nol!So~ est·Tilores, •::J,a nossa ind\lstiia grá'f1ca e dos nossos ílu_st.l':ido– r,;s -DUAS úNIC.l\.S DESIS l'.t:.NCI~S -Tem ha\7Ído dest<;t,:,,cia cor parte dos 5óc:os? - Até agor.a · apenaé, quas. de sócios ,que: ~OÍ' Sllas QÇU!Ja.çêeg, foram <>l)rigaclos · a tle; x,,~·.o ~J a– sil. - E CO)JlO se Ja'-6 o preé,~Cl)ltll•?h• tos das vagas? Conclusão da 1. 3 9áglm1 gosto das palavras e das cons– truções sintáticas, e é cla•slca pela correção •e pelo tom <;orno que h.iei:-átlco das frases. O que o valov1za propriamente não é a beleza, no sentido hedonlstl– co da palavra, n1as a SU\\ preci: são, a sua Ci\pacidade de triuis– mJ.tir ·sensaçpei; . e iropl'.essêes com qm niin"irnó de metáforas e imagens, e quase · só com o •jôgo e o atrito df vocábulos, principaJ– rnente de adjeti.vos . Inst'aca;rla em "InfâÍ'tcia'', pelo conteúdo d}'atnático e pela arte llt-êrto;la, capitulo$ coro·o "O moleque J·osé" ·"O c'intul'ão" ''.ll,1inha irmã , . . ' natural". "U,m ent~rro", ··v~f:lta- Romba'.', "A criança infeliz". Nel'lhum deles, 'porém. ·chega ·a .supera'r, o capí tulo final, ' "Lau– r-a", ·em 'cu.ias 'págin!ls desçreve a pa~agem da infâheia pal'á ~ adole'Scênoia, com as p1•ime'lras inquietaçõ.es da carne e do · se– .xo. Ao lado destes, certo,s c"ilpi- • tulos como "O fim do· n1undo" "O inferno" ·e ''A):l.tonio dô Vàle" tornaiu~se mais ou .menos insig- tjiflcantes. ' • fm>\~lno que as pess'ôas ,entt– ·mcntais ou as educadas uo:r·mal– Trienlé. -ficarão constrangidas ao ler as m~m6ri'l1s do sr . Grl!ci•ia– po Ramos, ma.s espero que an– tes de tudo· ~an·,bén;t se sintam comovidas: Estas· pâgtnas det er- . ' . .mir,am , 1g1.1a1n1ente a cq1npi:e- eil;ão dos S"'ns romanc~.s. do ~r:u n1u1ido ,ron\ane~.co rnatt:adÔ pela tr-fs léza e pela so)ic;lão , l!."sc;reveu· Wilhélm Dilthey .que "a autobio– grafia, nijo é sen°ão a e)Cp1"~S'sâo itterá'rla da "al!togn·osts" do ho– mem a cêx:ca áo curso <!e sua vjda". A aulol.Hogr,af!a do sr . GTa·c!Jiano Ra1nos explic.a o c~– ráter áspero e ,;omhrio :aa sua grande obra de ro•n~ncista: o criador cie ' 'Sao B'?rnardó'' e uAngust!a" ~iá ·esta·,~ 'no rneninÔ amavgurado de "-Infância". on– de encontra;nos agorà·. ris raízes de seu nihHismo 1mplacáv.el e devastador. , (1) Graciliano fância" - Liv. E.ditota - 1945. Ramos -- "lo– j osé Q,lympio Para remessa de livros': Rlla Duvivier. 18, Àpt. 50:¼ .• Escritores • A portugueses .. contempor-aneo~: ' • ' F_l;C!>,l;IBELA ESPANCA. . Este est::-ai'lho , e sõ~oro nome. de mu- lher é o de uma das maiol'es poetígàs p<ltt~úesas <;.0ntcrgpoi;;â~ nJas,. A sua pl;>ra ,p_Oçtica àpreserita-se c.o'ry\' u111a valfos'a coritt'íbui-– ça9 .P.~'ra o ' "modernismo:' põrtuguê,s . If;i'·na sua roe,s1a arria espon– ,taneiâajie, _.!sl·m,!l "co1n";nicaçã<:> direta.'' qpe .. é, jyntàm<;n té éoin o al;>ª1).clon;o 1ª etoquehc1/l '>f~é•I .e gos a:.to~!)S vero,1_ilj , s:,iperlluos, um dôs prnneu·os su1a1s da hnguagem pq,;,.f1ca re,;roY.ucioná ria (f,,s mod~rnos, 11:1'.às; se a sua,·"exp e:.i:ie»cia" no te,r-,;nO' Qxprcessi<, n:i l é ,~m !!taro s1,9-t-0n1à-mo'derf!Íst:1, . ela áín<ia 9 é mais i>éla ten:1ática. da ~\la poe– s~a . 'Flo1·be),i, Espanca é uma f1gura represeutatiya do nosso tem– po. {I. sua '.delicada e lt1défesa ahna de .·,rauU1ét.. !oi sacudida _pelos 'mesrn~s v,entos -mã,us que 110s açoita1n e n,>s castigam. Flor.bela Espanca foi, como é ·a m:,ioria- dos ·se:t!siveis rnu!to ~n- teligent~s. uma inadaptada e .· "Eu sou a que np .muné!o anda perdi~a. ~u sou 11. q1,1e na · v.ui a na.o !em 1otle" ." ' .A i~sacieda~ .a i.n~atisfaçãq, o· dese~o de "ir alén)'' , a saud<1- de ~f um mttrn:lo .,mae;n'1'\'4l'1!7"'a- tol'tur...,van,: "Pedi à V•ida mais do que eJa me da•,a•. E' t odo,_ aql!ele qllerer cte,r11asia<10 que ger.a o~ dé::es petos •scm conta ,e os sofn111entos sem fim. E a sua vida r0lava enire a ánr e o tédio.- O seu ,clima espil·itu~I é o rnesmQ daquêles p9etas do .. sécu)o XIX, minados pelo faínoso ')nal meti.físico" . Rl)n·,ãn1ic,a: ê, na verda'de, a esi;enc1~ da sua p·oesia.. l\llísth;a, 'Florbela ~spanca foi tentada pé~o «bsõLu.t<> e .o "ínvl– sivel'· ,a atràia. Fô1';l destinada , a; Del¼S. A dúvid;;i e à.' per<la dà fé a· desg'raçaram. E t(idá' a :Slla tràgéitía se r~vela qun:1do excl;una: • '.'Qu~ria en.contrar Dous·! Tanto o ,procuro!" Foi bem u_l'na 1pnã 1neh9r de A11tero qu~ sofria cti;qo~le ·mo tormento cte Deus que matou o grande pocl.a p ortuguc;.. l\1as se a sua alma era .a~sltn, era ,;esta minh'alma trágica e doente", mes- o. seu' éoraç~o con_tio~ava. ~nilagrosa~ente. .a b;.iter. p•.1m ardente ritmo ' de awor pela vtda e p,etos 1,01rtens. Es$a lt".igil n1u!her. do– loJ?iaá e âesencataaa, ainda guardava' uma ., cãt!aéldade extl'à:o.rdl– uãria de :sin1p.itia e de b9ndade. (:)s $eus .olhos..tin1:ta1n· mui~,rs do– çuras para . as cot.1sas deste mund? e_ 9s _ se~s Sl.l'a:ves ,, geljtos ;t'en1<:>s env.olv1an1 tudo - ôs bon1ens, os "animais, O$ -vege.ta) ;s, a áe,ua d()S d os e ate a·s pedras dos canliühos. · Havia nela · 11n\a Jo',íte ,co 1 1s• tante de pu.ro amor . l'Jma fonte ·cte amor que não e'sta\1cava nLtn<Y.I, - O .Tegula:[ne:nto ~J:evê qi.e no caso <le Caleclmento de ttm dos sócios, terão. os seus suces– sores prefererrcia, cumpridas as forJ:nalida~es legai$ de Inventa- , rio. • "Eu quero amar, amar perdidaJPent&t Amar · s6 por amar . .." - E se- os sucei;soi:es não se in– . teressarem'i - ·A v\lga serâ preenchida éo– mo no caso de desistencia, pelo candidato inscrito no ,livro es– peciai pa:i;a esse fim existente, na ordem cronologica dos. pedi~ dos . - - Hã muitos c.andidatps ms·cri– tos? - Alguns. . . - concluiu, sor– rindo, o .st . Atnoroj,o · Ç~sta. . OS BIB1:,l ôFILOS A titulo de- curJos!d,1de, damos, a 'Seguir, uma. lista .de a1guns dos · bib~ió'filos· <tu.e constittiem. l3 •Socie,dad.e~ Do)n PedrQ de. 0r– lea11s ,e, Bragànça, Raimundo O. ' . 'de Castro Màia; Afranio -Peixo- to; Cip.riano' A:mor-oso Cosia: Ma:,c Fischer: Gustavo Oap;me– ma; J"osé .Carlos de }IIacedo Soa– res; ·osva}do Aranha: Candjdo PortiJÍ"ari; Ale.eu Amoroso ·.i,i– ;•m &; ' Gu•itherrt,:e Gulnle: Artufi' de Sousa Costa: Ota.~_o TarqW- ✓mo de .Sous\\; J:oão Ma;Fques dO:I' Rêi,s; Ed1nu'n90 d.a Luz . P'into; ·.FJerbet:_t Mosês; Cesar Próetiça: ,'\.ugusto Frederico Schm:tift ; Pauío Ingl,ês_ li!? Sousa: .c Ja~r,tlo G,anns: Vil'giHo . A. de l\1elo Fra.QCO: Rocji:igo Otavlo Filll<>: Otavio S imorisen; \1,:a1~n f;im F. ·Bouças ; ,Rosalina Cóe1ho Lísbôa ' \fé t,ã'erá,gott.i.: - Ass)s' Chaté,au– bri~nd: Bêatt-fx ~ey.rtal; Can.ti,– aio de Mour'a Ca1nt>os: ' F'rarí– eisco Eduá1•cio de 'Paula, Ma• cha:do; Ca'tlos Guinle: Artur Bernardes ' Filho; Edgat· · Fraga dé Castro; Fabio eia Silva, Pra- ,do; . Iolax:,<ia Pentead<,>; J"orie Pra:dó: Roberto Mar inho: Bricio • de Abr-eu::- CaT-lOS llocha Mafra -de Lael: Le.y. j 'Ca.t'-11etl'<>; ,RÍ,/ben:s ' Borba de .Morais: Rolreí·tó. · Si~ rriortsen~ · Mu.rilo 'Mirandà e' vá– .tios outros·. ~ e1,._, sabl_a amar , ,lYlu)her, amava, com a alma e <10r,:t os. senH– do,s·: Dai a profunda ,beleza -e o podér sugestivo ·da ,sua líclca an,o– rosa . c;asam..-.sé :nos seu$ versos os êast.os susi:,iros .com as µ;i ta.vtas de amo1· ejué queirn.ain os ·1ábHis . · E ,J'iá, tambéj~, u1n ·outro lado luminoso da fü.Ja ob,i:à, ~· quaqdo ca!1ta . a sua- n:grao.. nataJ. ,F'loi-l>fla Espanca nas<iena n~ ,AtentejQ. As pa1~âgens çla sua terr.a :Hcaran1 pará ·seo1pi'e· nas .s,u:,is 1;l'l1~lai: dÔ· ces e t~istes. Toda a 'Vida campezina está nos seus versos: neles bà 9 movlrneüto óndeante dos ·t'rig~ls, onde ér<;)l;cem, e-si:ondfda~ en– tre as esP,igç1s <Jinarelas, as papo~1)às ve)•1.nelh~1;; e ·o rumor dos p,e– quenos povoados de ·casarió bi"an·co e •(le •T\tat'h 'lt1.as t1•anquíl3,s; es– t~?. n.êJes 0;5, outeir os coberti;>s d~ ur"es e .~e gram'meàs. os J:,oJ» -pa– c•.t:Jc.os e c1.smadores, as Uores ~UyesLres dos val'ados, os eeiféiris fortes e. tostados pelo sol. as . r.apap~as loura$ e :;aàla'>, às cister– nas de agua cli,ira. os l)andos de poroJ.>Qlj c9rta11tlo u~ céu atul e ·,o. , . Tucyo isto, tà~ visto ·e se.mprt; nov~ ela canioLt. .. E, uantgu co91 l1n1. tal' serlt1m~t~. ~ c_om úm: _t~'o vívo c.o~ç,ddo. ~~e_o s<iü t?\1- ~'?11smo e. uma e.xrtessae da 111a1,~ fiel e· a1,1têl1-t1ca t rad,&'{"º cta. 1;oe– s1,a rratupst(l. - ep, - Po/-tug~J,. q~ 1lu.sfres poet,11s ci:o l>(l~s:adó ·da sua patrra, Q11e · soub êra m. • lli11r .dtv)nilmente em se,u:,, c.au' tos a nattrre.r,a e •o amor - um Een1a,diln Ribeü'o, u,u G1Jsíal, ,tm, ,Roqi:i%lles l!.obo ~ se .a tivessen1 ·cortnecido a teriam an1ado e, ouv ind.p os ,ver– sos tão c.tieios· cfa te·rrà que ci-a dê:Íe1,, com·omdos: a c}'lan1ar/a.m - a ll ,1u.sa Alentej,aQa. · · A:s.shn f oi Florbela Espanca, A .sua poes\a- pet"f\roce ~ n'ós. àô nosso t e1npo. Há nefa a ptese~Ça desse fl\Í,St.é~i<:i .da .ex istenei~ ' q,1.1e nos i1;1B'uieta e no,s l11i;élfcita. 1vra~..se. i, ~ül! voe~i.. ,>, é . u,n :!lir)~o \!'é .ang(t.,s!'la ~ de 9iise.spe1'9 9u11se s_ern:pt:e, e. .t,unl).,•m. 3~ vez\',$, u!'rt Jn110 cfe 111c<1t1t>do al'.l')or pelos homens e de louvor pelns cousas s.i,nples é puras deste munao. , lo ., .:F. R. .M. ~ . ' SON 1 ETO f • J ' Na cidade de Assis, "Il Poverello'', fsanto, três ve~'ls Sãm,o; a,nqo'tt. p,:eg-W,:do -Oue o--sól; a terra, a Oõr, o rpció brando. í>a pób. -e.za o , trisliiisi'mo tlagelo: · !J/uao CJJIJl~i,;, ha de ;vil, q1,2anto qá d.~. !;>elo, ,'I:~49. ei;~ nos~ irm,âp.L·J! a-~.~·i 1 m .' $_?l!h~ndq,. ~fe.1$ estradas d;:i 11:mpria, foi fp,J~do r a:,à cadeia d,o {lni:ÔJ: • o ·malor élo1 ' ' :onta d nosso ir·mào Sol. q noss~ l, irmã Á:gua , •• ;Oh! Po:v:erello! ,Em· mi;1'1 el!~ª liçãq péxéle.u-se ' COlilo veJa em mar' de 'má)l'ua, •Batj~a pol' f_urio110~ v~"4avais.! E\l fjij, na vida a irmã dé um só úzuão ' E, já- nlio s'ou h·:mã dce ningqeµi mais( '

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