Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1946

. 2. 0 Página FOLHA DO NORTE e Ao~ Ji, ae 1unh0 á0 ano aa ,gr,on, ccin1e, copou <'co1n o arti- í;?==========:::::::=======:!::e:::::::=="'-~-=-,:c,_,,.-.,,.,_,:_:c~,:-.:-:,c,.,-,_~ - gra,;.:a de 1946, no ·'Diario de gutnb.o que me fugiu da Jem– Noticias"', dona Raquel de Quei- brança. visto não _çolecionar pa– roz ba1xou um olhar compassi• peis velhos . , vo .sôbre u1n titulo que grafei eiu A alma sensível cta -,scrito,·á 1922. nã o tolera que qualifiquemos Naquela 1.1aca, a tutura roman- de- carapetão um transe de me- cista das "Três Mar.ias" _seria dium; de barbaça$ um nome1n, . :::;==========::::. uma graciosa criànça, mais· de almofadinha um r apaz. de ocupada com bonecas do que melindrosa uma donzela de com prosa . ,Hoje, terá :dobrado coió um ·namo,acto. de s_aoicbo; PADRE DUBOIS ' Domingo, 14 de júlho.de lS4.6 · · ' ~·a ,'! .iJ l U.::. J.!u.::. •.c~· _.J1,. L,:::1... t.. dêi .,. ~eia> -eria ca · ao. de~-t~. c<.,1 n·1:1, no pe,ca<io ·11, g,uallci,, co– mún, !"lOS .'J '1d.re ,• q1i1,; ,Joern de •.ddo C~ce:ro. Horácio, Crnnões e ou:,ros aut,l <!~· . •,Pts tc;<>S. A iidat com anticlerwa1s. o saé:er<)ote não se pocLe sempre engaiolai ho acadê1n1cc ou no ·iirico. Não adianta esêrever ' . com água benta, Adm1tilnos gue =3 ,. ' ; app1?11► .• -run ~•t .. na. el \RÔlle, ur, fripon . O c-a1:á1..,t:tao (a? o a r t4: 11~ urna ·sessão ca rctecista vantajosam!c'nte o-.:abo dos trin- na uma Uterata de ·.vtaie, 1 .ade Horácio e de Ca1nões. Como An.:– ta. Não se queixe. pois nem Bigoduda o camaracta ~talin l tonio,.. Vieira, ti n h a elevaçã,o. chegou à inetade de minh"s pr l- São cafagestagens verbais ela- Clignidade e 1naj~stade "º ira!: :P.át màveras. E a-nt es que sê mê 111a ,; émul a das senlsoi,as Un, Atualmente, o vulgar predoml– suma o derradeiro dos cabelos dset e 1WistJ·a1, dete ntoras do prê- na no jornalismo clerfoal E do- i;,1·etos; peço venia para alme jar m.to Nobel de Literatura na Raquel pergunta: uma prolongada j_uventude ao ta- Os plebeismos de,sagradam so- - P or q ue é que os paares não lento da sereia cearense . oretudo1 e1n sacerdote8-plumiti- escrevem coino toda a gente? Do.na Raquel bate o pé poi; vos. Antiga1nente, o clero brl• Aquilo me faz pensar no P9· que i n ti tu 1 e i de "carapetão'' .lhava pelo conhecimen:o '10 la- licial ·que. ·tendo de registar um útna sessão mediunica, ein 1922. tlm, do grego, de C1cero. de nome de ortogratj.a co1nplicada, ~0~,-,.-c,_(_ c,..-i:..-1,_,,~,.-.<,4111M•-•-< 1 _,_c..... <•._.a-...<t berrou para o delinquente : _g,·attde. e menth·a grande era "3 cena em que, fíngindo vir do Além, aparecia a trinca. de João, do marinheiro ~ de Anita. trê~ criaturas de car ne e osso. for-– radas cotn um pouco•de gordu• ra . Carapetão era nome cabi – bel no CJlSO. em q,1e oese à ~en-. til amuada. uma liteni,'ta relat.i ya,nente no– va, de_ite um pouco de garav,, :>tt àe águ~ de Colônia no tintei – ro, mas tuiJ padre polenüsta nãc se dá coqi o gênero xaroposo 0 11 pomadísta . Deve 5er positi– vo, . popula,r ao alcance do lei– tor rc.edlano. Cabe-lhe tratar de ga to ao gato e de ratão ao ra– tã_o. Ben, 1 clizia Boileau : Griito fH;:o a dona rt&cJút . .:iue .tez convergir sôbr e a minha €-s.. ~uridão, a,guns reflexos de suit fama ,nurid,al Subiu ac pulpi• to c><1ra ;>regar eontra ,ilguns p;,d~es. O pior aa hçnnlh&, ~OU• be a 'mon$enlrot Ascanic B, au– dão. · O ,neu :,iuin.hão- foi ,neno~ bravio,_ poi$ 3 grand.e :,s,w1~ora -. me coJocou na fileira. <lE. An to- ~ nio rorres. embora no tevceiro,f • ou q uarto ··team· . E" 1nuit~ hon - ra para un1 p o b r e marque$. Àgradecldo pela pro1noçiio , n;lo tiro o "carapetão", difícil d e ser arrancado após vinte e quatro a ,n.os de vegetacão irnper turbada. , 1 · ' f -Por q1-1e é que você não se 1 0 C9nto.NaLiteratur~ 1 ch:r;~: o~m~etoi:e:at~~~t: :eligio- • - ' sa, a -nossa estilista encontrou-os ..,,0._.(.,...il~~..(~ - {)-~)-fl- ( )-1~ DEPOIMENTO DO ESCRITOR MARQU_ES R.E em Santa Ter esinha. Tristão de Ataide, Alvaro Lins e Gustavo BELO - NAD.A E' MAIS DIFICIL DO QUE A G:orção . Entre os antipodas ti- SíN'l'ESE - HA IMBECILIDADE E IGNORANc gura monsenhor Ascanio ~tan- A dão, que chamou de "multie,ri– CIA - MAUPASSANT FOI, -O INVENTOR D , nha" a !itevata e repet iu. os dols ----ANEDOTA---- / versos: f.NTREVISTA. OE ,ALMEIDA FISCHER Doúa Raquel, Entre os melhores conJista~ Ai que fel. ai dona• Raquel, que fel ! do Brasil surge Imediatamente ~J<1rques. Rebelo, corn a van!a• gem de ter sido, s e não nos en• ganamos. o cri ador do inoderno conto n acional, mérito suficiente para situá-lo á vanguardà dos nossos ficcionistas de hoje. Publicando "Oscarina" em Francamente, o distico é mats o!ensi\•o para a ' p.oesia do que para a poetisa . E dona Raquel que mora no Par nasso, po·deria tra,zer da montanha , sagrada umas rimas melho,•es. Deixe– mos , porém, n1onsenhor e vamos · ao "carapetão" de l922. O tern10 não é grosseirão neiyi cafageste S ignifica m e n t i r a A palavr a alfinetou ;i sensi– bilidade da minha criticadora. Mais calma ficaria ela se sou-. besse os apelidos com que os contraditares me engalanavam Eu era sucessi vamentê padreco. iesuita. Torquemada. sotaina . "<>· lapador da moral. tartufo, ven– dilhão do tem;1>l o e. horror dos horrores. padre pitorr,a. Custel ~ digerir o pitorra, que era um desafor.o para as 1ninhas pretel'I- · sões a hoinem' de linha. fisjca– n1ente falando. Bons t,,?mpos aqueles-! Os no– mes eram mais agradaveis c:IQ que certas coinposições literá– r ias e menos perigosos do que a bon1ba atô,nica. A gente ,)O– deria brincar sem bulir , na sus 0 cetibilidade de uma afilhada de Apolo . Não há muito, · li un, ar• tigo ,:,hist.oso, ass·n~do por u,n nome fe1nini110, E>rn q,,e certo ,govêrno ou regime aguenta v.s bom numero de pilhérias. ,E te– nho uma vaga lembrança de que âS f!""" ~Cl:"11-t "'t'C "'"'"'-> 1'1-l $'t~ ,: i rHHl ris pe-· . ~-***+-t,'1(******************-lir.***·************~ i< ' - * ! DOCUMENTARIO ! 1( -------- ~ * ) l ~.,;;[uSAO DA. LtNGUA BRASI~=i 1- ~.....) -" ! ~ Conclusão da ú ltima p á gina ~ 1 ra de$ign41: a fauna. or a p-ar:l nornear a [flora, e_ ai.nd; i iJnune– ras outras ,expressoes para ai,on– tar os fe1:)ôlnenos que ian-, ob– servando. ;Este foi, certa1nentc, .o ponto inicial para o acrésci,11c feito ·ao iclloma portu.gtteõ . As paJavras se muJtiplicaratr, e ~a– - be-se que no D icionário cte Cãn . dido Figú~i't'edo este lexicógra– fo dava o l numero dez mil pa1a os brasilei'rismos. Coh1 os tra– balhos •n1ode11nos dos filólogas brasileiros\ êsse numero cres– ceu. de tal tonna que hoje os bra.sileirisrhos alcançat-n a <-.ffra !ormidável de cem mil . !'or ou• ff • - , tro lado. a inda ter ian1os ·a con- siderar a q'uest~ prosódica, que é por ce1·to onde n1ajs nos cliston– ciamos do português . O proble– ma ai é kie clin1a 1 de !atitude, de região. e so1nente ass.im $e • la~•nos • Can,ões, a Joác- cte Ba 1·,·os, a Datnião de Góis ao P,aól·e i, n ton,io . Vieira; . a t:,er• nardes, a Bocage, a Castn.h,-, l!· a Herculano, e proclamar a lodo o país uue..., a língua que -:;~ ia• mos nos toi legada por u e. !. o– vo for te. leal.. bravo, idiom.; vi• · · r iJ. d igno de. u1n grande povo. • t\~orr.. mê:i~ :40 que nunca. : i · • '· ma1nos a nossa fé na fo,ça · de nosso dP:$ l inc Grande é o ;)<>V-> q11~_11clo. ;/l'andt.> é su>i Un~c•a . • A ACADEMIA BRASILEIRA. _J 1 i 1 DE FILOLOGIA ' . ' EALíNGUA t 1931, i\,1 arques Rebelo iniciou •uma nova fase no gênei•o, en– tre nós. - abandon ando a an– tiga e tradicional estrutura (/.o conto encerrado" se1npre com " ch'avão de ouro". e a rmado em cenários gritando de pantomina barata de circo de cavalhinhos. Marques Rebelo patrocinou, no conto , a ironia leve,. o ric;ticulo simpático, a tristeza tranquila, e reduziu-o a episqdlos, a fla– grantes de vida, - sem subi– das ne1n descidas, sem trage– dias de final de ato - usando en1 seus ~ti-abalhos êsse faJ?tO --1< ' ,· * j Resposta A Arv_e·rs ~- 1' ~ ,;,.'(-V, if >f ':f- • >/ explicaria a diferença notável Tendo a Acàdemia de F'ilol<>– que existe na pronúncia de Por- gia .enviado à Assembléia Cóns– tu.gal · e do B.rasil. O portu_guês, Utuinte uni. parecer contra n oe~ acompánhando seus Irmãos eu- nominação de Língua Braslleira í:opeus, é mais consonantal. e para o idioma falado no pa is, o EDMUNDO LYS MARQUES REBELO material episódico da vida coti- . diana com a leveza, a graça e Graças à geníile-2a de madame Ivonne Garnier. q:ue vem fazen.. · ) o to é a sim_plicidade que só ao seu do, at r avés da Radio Ministério da Educação, um nota vel curso de RIO (Via aerea - con Ungua e literatura francesa, podemos oferecer aos .leitores desta um gênero literárlo '<!Jte não talento seria possível realizar. secção os s.onetos de ''.resposta a Arvers", inspirados :eelos emocio– conta com muitos · representan- O contista "patricio publicou nantes e imortais alexandl'inos que ele dedicou a ma.dame Menes– tes. não só na literatura brasi- a{nda· mais dois volumes de COI')• siér a formosa "musa do Arsenal", como foi chamada Mariá No– leira, como também na univer- tos. "Três ·caminhos". em 1933. die;, que trocou todos -os seus românticos apaixonados por um sim- 1 edição atualmente esgotada, e p}es •empregado público. ._ . ■aA. razão pela qual os lntelec- "Stela me abr.iu a portca" . Em Segundo a nota com que Ivonne Garn,er ,acompanhou os dois sonetos o au.tor das respostas. ap arecidas no ffm do século passa– tuais dão' prelerêncla ao roman- outros gêneros publicou "!\'Iara- do. é ,; poeta Louis Ai gouin . Foi efe quem l de~fificou , _ta~b ém, a ce, à poesia, à b iografia, . talvez fa". "A esttéla sobe". ~omances, ·musa de Arvers, p ois todos pensavam que O Soneto imitado do resida na difiauldade que o ~ a peça "Rua Alegre"• italiano" era dedicado a Adele Hugo. . - conto oferece para a r ealização E· justamente êsse grande Louis Aigouin escreveu dois.. sonetos com o mesmo metro .e as de u,na verdadeira obr a prima contista moderno que faz. hoje. mesmas rimas de Arvers, como se fossem a resposta de Maria ao no gênero. Mesmo na Uteratu• o seu. depoimento sôbre o cotl.- seu discreto · ,poeta. O primeiro seria a resposta de madama Me- nessler, se ela fosse uma, .senhora honesta, e o segundo. no caso de ra esLl'angeira, . pode1nos con- to. ser ela aoenas uma ''.femme à la page". tar a dedo os bons contistas. ~ NADA E' MAIS DIFICIL DQ Eis os sonetos, 0 primeiro bem conhecido, mas o se9u11do obra A!en-1 de Poe, Gorki, Tchecov. QUE A StNTESE rariss,ma: Maupassant, Andreiv · e pouco.s Marques Rebelo recebeu-nos outtos. que grandes noines po- em sua r esidência em Botafogo • _ det:ian1os citar? Os contistas_ ex- e, inteirado do nosso propósito· cepcionais são mais raros ainda. de entrevistá-lo, ·pôs-se à nossa "Ami, pou rquoi nous .dlt:e. avec Ja11t .de mystere. "Que J'arnour éterneJ en votre ame conçu . Est U/"l mal sans espoir, un secret qu'1l .faut ta1re, Et .comment supposer qu'Elle n'en ait rien su? As dificuldades ·-apresentadas pe- di~posição. Fonmulamos-lhe, e~- la siotese, aliadas à injustifica- tão. a primeira pergunta : vel prevenção dos editorei; con- -eoncorda com a a:tirmaçãp tra os livros do _gênero têm fe i- de (';eorges Duhame1 de q ue o · to com !=!UE> os ficcionistas se conto é o mais di.ficil gên·ero li- . . . dediquem, em sua maioria, ao ter ário? • ron1ance. - bom produto para -:Pe1;feitamente - respondeu• o mercado de liyros, principa_l• nos o escritor. Eu me sinto sus-. mente no Bra.sll. . peito para :(alar sôbre êste as- N:a literatura brasi).eira podia- sunto. .pois comecei · fazenõ.o mos citar poucos contista,s de contos. Acho · que é o mais di– real mérito, entre os vivos e fiei! .gênero literário porque nà– os mortos, aléII) qe Maçhaci.o de da oferece. mais dificuld~des, Assis, Afonso Arinos, Alcânta- em literatura, do que a sinte- ra Machado, Waldomiro Sllvei - se e só é grande escritor aque– ra, Monteiro Lobato, AnilJal le que sabe síntetiz_ar. O. exerri– Macl"\ado, - Luiz J ardiln. E' ver - pio .prático disto é que há COÇs• dade que hà novos de valor que tos magntflcos, verdadeiras obras se vêm firmando dia a dia no p-rimas, mas ' são r.arissimos os gênero como B·reno Accioly. Os- contistas de- mél:ito excepcional. , ' valdo ,Alv.es, Dias da Costa, M1- quando há numerosissimos gran , roei Silveir a, Xàvier-1:'Jacer, Joel des romancistas. Na ,ninha OJ>i– Silveira e mais alguns . Entre- nião; .n'ão há realmente contis– tanto, os nossos conHs tas ge1·a1- tas, mas sim escritores que pei,– mente mudam de gênero, aça- cebem que determinada maté– b'am como romancistas, como ria é um conto e não un1 ri>– Breno Accioly. que anuncia mance". • "Dunas". Xavier Placer, que HA IMBECIJ,IDADE E IGNO- vai publicar tambétn "- u1n ro- RANCIA mance, Osval do Alves. que se -Ach a fundamento na pre- estreou cotn o noinance "Um ven.ção dos editores contra o li– homem dentro do muudo'-', pu- vro de c-ontos? - indagamos-lhe. bllcou u111 bo1n livro de contos e . • -"Não. Acho que os nossos edi– agora vai voltar . ao gênero an- tores estão na idade da pedra. te.riQr. seg\llldo se anuncia; Joel começando pelas edições. que Silveira se dedica ma.is ~ repor- ;;ão as mais feias do mundo. tagern cló que ao conto. e Mlroei Não há prevenção. há imbécl– se entusi asmou decididamente !idade e igno1·ãncla. l\,tell1oren1 pelo teatro. a apresentação gráfica do nosso Seja e.orno fôr, ai;>esar do nos- livro para ver se não aumentará so pequeno i:,úmero de contis- a sua venda, seja é1e do gêne– tas, a verdade é que o conto ro que fôr". vem encontrando melbor ambi- - Numa época vertiginosa, di– ente à sua existência como gê- nãmica, corµo a nossa, o conto, nero literário de signif~cação em de ' p·e'quena extensão e de fá– nossos dias. cll leitura. não devia. justa- Agora n1esmo, bá questã~ de mente, ser o gênero prefeJ•ido pouco majs de qm mês. foi da• • pelo homem api::essade de nossos do a público um volume de con- dia-s? - insistimos. ,,. tos de u1n estreante e a edição _:>•Pelo contrário. acho que a se exgotou imediatamente. nossa época dá preferência pa- E ' V'er dãde que certos cr!tl- ra .o -ron1ance\ massudo, onde há cos e cronistas exa_geraq1m um facil idade de esconder-se a fala. pouco os méritos do livro e se ta de talento, a medioc,;tdade'·. et:queceram de• apontar-lhe as MAUPASSANT FOI ô INVEN- cleficiêilcias, o q1,J.e explica, em TOR DA ANEo'OTA · pnrte . o sucesso obtido. Marques Rebelo estranha que Entretanto, não se pode ne- os bo1nens de hoje. sem milito gar· que, no mon1ento. o interês- tempo para ler, ainda dêein pre– se nele livro de contos é bem fcrência aos romances massu(los. m.,üor do que há vinte anos O contista acha que. quem não atrás. e o , caso do estreante ti ver tempo não d eve le.r. 11)._as que, et1) pouco mais de um n1ês, não sabe explicar porque os li– Vitt sua coletânea entrar .para a vros volumosos at:ráem mais os eeirunda edição é bastante ' con- · fortador. ~Coatlntia llll 3.ª página No~ . vous ne pouviez point passey inaptrçu. Et vous n 'auriez; pas· du vous cro1re sohta1re. Parfois les _plus àimés f ont leur ten)1>s sur la terre. N'osant 1:ien demander et n 'ayan t rien reçu. 1 P ourtant Dleu mit: en nous un coeur sensible et "tendre. To~•tes d ans Je chem-ln , nous tr.ouvov.s doux d ' ente.nd :i:e Le murmure d'amour élevé - sur nós pas. Gelle qui veut rester à son. devoir', fi.dele . , S'est é1nue en lisant yo.s ,vers_ tous remphs d elle . Elle avait bien con1pris . . . l\fa1s ne fe d ,sa ,t pas . ., Mon cher., vous .n1'amúsez q uand v;ous faites mystere De votre immense amour en un moment conçu, Vous étes bien naif d'avoir voulu ~e tai re: Avant qu'il fut né. je crois que je l'ái su Pouviez-vous, m'adorant, passer i_naper_çu. Et vivant pres de moi. vous sentJI sohta1re? ~ vous il dépendait d'êtte heuTeux sur la terre: • 11 f aliait clemander et vous auriez reçu . Apprenez qu 'une fe';!ln:ie au coeu~ épris et tendre Souff.re de sui·,;re atns, son chem,n sans entendre L'aveu qu'elle espérait trou-ver à chaq1-1e pas. • Forcén1ent an devoir on reste alors fidele! . J'ai con1pris. vous voyez, "ces vet'S tout re,npl'? d 'elle•. C'est vous mon pauvre a·rni. que ne compreiue-z pas. (Louis Aigou in, 9" octobre, 1896 - "Le FigaroM) • Agradeçam os leitores à fidalguia de Ivonne •Garnier .º. conhe– cimento destes interessant,es documentos sobre um dos mais belos roU,..ances de amor da. história liteí-ária da Franç;1 . l 1 ~~~~=-~~~====-==, .:_~'1INAS ESQU.EOlU.A:S l{ AN-A AMELI·A SONE'fO PARA A MORTE Quero .morrer sem que se desiluda · este sonho de doce encantamento. Sen1 que o tempo, que tudo estraga e muda transforme em treva este deslumbrl'j.mento. ~ Quero n1orrer antes que· fique muda ~ esta espontânea voz do sentim~nto. •Antes que a dôr, em vendaval sacuda a ramaria em flôr do pensamento Quero que a morte venha impressentida, para 1evaF-me em sonho, num tr~nspórte, e que à h ora de extrema despedida, .este amor que vibrou sonoro e fo_rte. como um clarim glorificando a vida, cante em surdina e me acalente a morte:. • . ' ' nós brasileiros soinos mais vo- dr. otto Prazeres, conhec-ido es- cáHcos. Nós, adoçamos de tal critor, escreveu ao ",lorn,l; cio f.orma o idio,na que há muitas . Comércio" a carta que. "da ta palavras, n o 1neio da ' linguage1n venia", abaixo t:ranscrevf'1n,,s : incul ta, que ficam transforma-• '·A Academia Brasileira ct~ Fi– das em vogais. A palavra ca- Jo!ogia, dé que fazem pa1,t, os nalha , tFahsforma-se ein canaia, melhores elen1entos que o Rl? de n1ulher, em niuié. pa\ha em paia, Janeiro possue na especialidade, · e assim por dfante. E' fácil ob- ir.andou à Asse1nb léia Constí– serva·r · êsse ·fenômeno e ninguem tuinte uin parecer. contra a de._ poderia negar que o português non,inação de ·Língua· Bras,t,~i– usa e ab usa das consoantes, en- ra par·a o iqioma fal<1_do no pals, qujlntQ nós usa1nos e abusamos o non,e (le um idiQma nad'l t en-1 das vogais. Ai está, portanto, u1n q ue ver com a filologia', pois <l. ponto · de diferenciação do por- que se ama e se etnbeféza é a tuguês de, Portugal , do port u- li n(:!\ta e não o nome , Não é :':os'– guês do ,Brasil. Mas, por tais so f im. porém. ti:açando estas fatos. ist'o é, por haver um linr,as, discutir o parecer, n-as 1naior nú1nero de bras.ileírismos, ·ret•ofdar que fomos lançados vmâ pros~dia regularmente dis- rie-ssa , campant1a da Ljngua Bt:a– tinta, uma sinta'.'l:e algumas · ve- silt-ir,, pela· palavra e p elos es– zes nossa. poderemos :iffrmar critos . de um cios maiores c:ul- ,. que existe uma llngua bi;asilei- tores e conhecedores· do idiotna ra? 0 Não, e seria U/11 contrassenso q1.1e- fn.lamos. o pro;fessol' Juli~ que se ensinassem tais abs~1rdos Ncgueira, caJed,râtico de pot•tu• aos alunos e qué se consideras- ·gués e diretor· do Institnt~ de se tal coisa objeto - de conside- Fllotn; ia. A 1>alav_ra escrita P.n– rações de maior monta. Ha. slm, contrá -Se na Tése d.e Concu.,..so um mesn(,o idioma . e n1 Portu- q ue este ilustre professor apre– gaJ e no Brasil, com a!guma·s se,,ti •u para conquista da cad~i– d (stinções, e o dever do fi lólogo r: 1 de português n.o Colégir, ne-_ é exat.amente pô-las em r elêvo dr.:. II: E$tá nã página 55 des– e consigná-las em seus estu- se tr.:,balho o seguinte pert?do: dos . Acreditamos que com o Cle- "l;ma llngua transportads 1,a– correr d <fs séculos. após o c:tes- ra. urr, · novo meio fisico é uma gá.ste nat ural que a língua so- Jinrua condenada às .inaíores , ·i– frerá entre . os, do~ poyos, que cissitudes. senão ao aniquilamen– afinal tenhamos uma l'):ngµa to e à morle. A sua bôa ou má brasileira' e u ina portuguesa, sem fortun~ está presa a os destinos possipilidade de ai:lmilir-se a sociais dos povos que a falam. existência de uma lingua ptó- Ela -vencerá na Juta com a5 l.u>• pria. Isso mesmo, essa t.ransfor- guas - e dialetos menos ::•Jl!;<•S, maçi;io, será muito lenta . O Ia- mas sairá 1nalfe;id a de t.~I com– tim. que não possuía a discipli- bate. transformando. a sua 1:i-;10• na que hoje_t<:J!l à língua portu- nomi 2 própria de tal geito a - gt,e$a, levou séculos até trans- não i:oder 1er mais o mesmo no– fotmar-se · n_as línguas novo-lati- me". nas. Já o.-contrário acontece co1n a língua I portuguesa. Hoje te– mos, clesd/! a primeira infância o ensino obrigatórlo da l!nflla, cotn sua sintaxe. com sua or– t ografia, com sua acentuação, de modo que. tal f ato impedirá que o id ioma se deturpe, e su:i transformação será multo , lenta. ao contrário do que devia ser, se nã,o ltouvesse · hoje· essa dis– . ciplÍna Jlo estudo linguístico. Somente no século doze tlvemvs a lingua portuguesa, em seus primeiros rebentos , e sabe-se qt<e desde o ·séc ulo quinto o Iinpé– rio Ron1ano do Ocidente já ha– via caido, com a invasão bárba– ra . J.\,las. · assim mesmo, o lafi n1 Ai está quem m.e fez partidá– rio dl'sta velha campanha de tláL" o non-1c do Brasil ,ao idio01a fa– lado no nosso país. No mesmo trabalho, um p ou– co mais adiante, página 56. -bá o seguinte trecho: , "Mas o fato é, que a linguii fa- 1ad~ r,c Brasil não é· pre<e_isam~11- te a mesma de· Portugal, 110s seus diferentes aspectos, a <:01ue– çar 1,ela quàntidade.. . As Hn– guas transplantadas para 1neios d \ •1erFos.t se conseguem n-1e!.l t a r., ton1am. pelo menos, aspectos no– vos como as pl antas e os !!ni• mais e'.l,:ót icQs". : permaneceu en1 co1,stante vit:i- lidade no romance e son1ente Querem maior apoio para a transmudou-se em outra 1-ingua, "Li.nfua. Brasileira" do ,que ~ – ~om estrutúra propria. , ap.ós a sa opinião escrita do ~uper-eru– decorrencia de muitos· séculos . d ito diretor do Inst it uto <ie F"i- Como esperm- então • (l.ue hoje lol.ogi:;.? · l<:.ohainos u,na língua brasilei- Cor,tra a reforma gráfica, rot • , ele u1n dos mais terrí veis .id - ra. o homem é, por certo. um anl- • verf!ir1os e, neste mesmo traba• mal rid!cul o e s01nente urn de• Ih,:, de que vimos de trans~re– sejo jacobino, uma vontade de ver, dois incisivos . periodos, h;i o aeetruir ·suas ·tradições. de ani- . sei;v ir.te , na página 57: · quiJar o alto sentimel)to, que nos_ "As _reformas gráf!cas, como legou o povo português. poderá t~dos Of. : outros fen~m,enos da • levat 1:írasHeil'os a deno1ninar Vlc:la da linguagem, ·nllo se !)Ode– lingua brasileira -um\a lingua rão jamais fazer :coptrariando que é poÍ·t uguesa. apenas bela- rude,nehte às tenclêr,ci;is i1atu• me,nte enriquecida, enti-e n ós, rais de uma língua em "corrilhos louvada entre nós, querida entre acadên;icos ou_ golpes de ad~n– nôs, usada harmoniosan1ente pe- nistração", como disse o _p(o{es– Jos pcttas e inf\:11nada na voz de so~· Carlos - de •· La_et.. }lurn _.dos nossos o~adores . Devemos forta - seus recentes escrttos .. F:s. 0 uu, Ie~e, ,ria 11: do que nunça as. nos- pois'. co,m o elem.ent~ tahoso . do sas ttadtções portugu.esas, vmcu- Insü .tu.to de Filologia ,

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