Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1946

2.ª Página - FOLHA DO NORTE 1 Doming_o,-30 de junho de 1946 • . \ .._:-:._ ~'f•<v •.r,'r**"* ;,*'*********** +'/r,~½ + <> -~_,,.,._..., .. .J..*...-.. **Jlr i!: . - ~ . . l Carlos Estevâo ~ , Emile ·Henriot No ·Brat;il ! h ~~ -¾<••~~~•~~•~••• •••HH•••••••f J)e que mor rera o venerando frade? PLAGIO~ ••• (Continuação da lª · pagina> PREM.IOS l E ' AAc ad·e mia ! -- Literãri os Brasileira • !,_ RIO - Via aérea íA. l.T.) - O escritor Emile Henríot, da Aca– d emia Francesa, '-1'-"~ ora se en– contra nesta ~apit.:il, a conviti, do govêrno. reuniiJ os -epres,~n– t0·stes da imprensa ca,•io<'a, "ºm os quais manteve longa pales~ t.,._, .,vuJ t! à s ua visita ao l:l,~ ~s1l e sobre as atividades literárias e artísticas de sua pâtria. e no seio dessa produção, repon- Em vão, busco as origens da verdade. _ taro, de quando ein vez, obras Ninguem ma disse. expligue~a quem puder. 11-===== ---- réaJmente destinadas a perdurar, RIO - V,la aérea (A.U.) - como um valor definitivo a inte- Consta que om bíbliofilo comprara A Academia Brasileira de Le- grar-se no patrir:nonio cultural O livro estranho e que ao abri-lo achara t.ras aprovou os pareceres das 'ia Franca. . Uns dourados cabelos de mulher. um do;; jornalistas presentes 1=omissões J julgadoras relati~ indagou se é grande a ti:ifluên- Como se vê - continúa o sr. Fulgenció Campos -, a identi- yos aos ~eguintes prêmios: eia do pensamento político so- ' dade é p~rfeita: as ·mesmas palavras, o mesmo rit(llo, ·as me,smas ri- "Afonso A'.rínos" (contos e no• bre a literatura francesa atual. 1 mas, com poucas modificações aos tercetos. velas ) preraiado "No silêncid A rei.postá não se fez esperar: . Não é a pri1neira vez que escr itores da Jlngua portuguesa e es- -"Sim e nem poderia ser de ' erit_ores da lin~a cast~lhana assinam trabalhos quase identicos . da Casa G ·ànde" , de Emi Bu– outra forma, depois de cinco t O ilustre ensa1sta Lan1n Cano, por exemplo, mostrou hâ pouco lhões Car~alho da Fonseca; anos de lutas coroo as por que tempo a grande semelhança entre um dos sonetos de Camões (aque- "Coêlho Néto" <romance) pre- RIO - Via a é}:'ea (A. U. > - Em s u a úl tin1a reunião, a Academia Brasileira de Le– tras prestou justa homenagern ao nosos ,saudoso patrício Car• l <:>.s _Estevão d.e Oliveira, qüe -des.de a sua mocidàde fixqu residência entre nós e foi mor– rer tri'Stemente na terra de Depois de esclarecer que o ob– jetivo de sua viagem era dE: ordem pura1nente literária e cultural, com exclüsão de qualquer inten– to político, declarou que preten• de demor.at• •se cêrca de dois me– ses e meio no Bras\l, sendo um mês no Rio e. visitar São Pau- 1P, J\IIinas Gerais, Baía, e quan– to possivel o inte.rior desses Es– tados . · passou a França"·. t le "A1nor é fogo que a rde sem se ver") . e um soneta de Queve- tniado "Oitavo pecado", ai·n- - • do. N~ste caso, ;porém. não há duvidas·: Quevedo, nasceu justaine)\te E sobre as atividades partidá- r· no .. ano em que Camõ·es deixava est'a terra de "tánta necessidade da d~ EJni Bulhões Car– .rias em seu pais, ·Emile Henriot aborrei;ida" . Ano,. aliás, em gue. _Portugal passou a ser d<!minio de valho da t• Fonseca; "Car– excusou-se de falar, exphcándo Espanha . Como diz, porém, Ban1n CanQ. imitar "àquela epoca era los de L 'aet" (cronicas,. via• que ·os proprios fra~ceses ainda mais virtude' do q_ue fraq~eza", "Do soneto de Gonçalves Crês- _gens, etc.~,- premiado "Pa– não estavam vendo claro, em po (?) não podemos dizer o mesmo . Dele, ou do outro, é um-a fra• lest_ras _e I conferên_ cias'' , de 11\eio à agitação dos agrupa_men- ' queza... " i- . • _ tos pollticos. Realçou, porém, a : Ora , pela leitura do trabalho do sr. Fulgenc)o Campos fica-se Raul Briqt)et; "J oao Ribeiro" Nas conferências que aqui fará, confiança e o apreço de todo o ' em dúvida absoluta, J?Ois cf'Uando fala eni "soneto" de Gonçalves (filologia, etnografia e fol cl o• no Palácio do I ta1n.arat1. na Aca• povo f rancês pelo general De f Crespo chega mesmo a colocar uma i nterrogação. ·e diz claran1ente re), pr emiado "Est udos de de1nia :Brasileira e na Associa- Gaulle, que foi , em verdade, o , que é uma fraqueza, de um ou de out ro, sem isentar o poeta bra- · l ção Brasileira de Imprensa 1:stu- llder e salvador da F rança. s ileiro-português, do v icio ou cr4ne de p l ágio. Enti;,etanto, os fatos d i a etologia, POTtuguesa - Lin– dará na primeira a figura adnü- O ilustre escritor decla1-<t>u ' demonstram que Gonçalves Crespo não podia ter plagiado sone- guagem d,e Goiaz 1 ' , de José ra'llel de Paul Valéry, •o grande manter-se alheio às coritrovérs · to algtHn de Mayorga Rivas, o poeta Salvatoriano. ,Vamos--âs PtO· d'Aparecidi;l Teixeira; "José poeta ,francês qu~ era ao mesmo sias politicas, fiel à sua missão de vas . Gonçalves Crespo publicou suas ·:1v1:1niaturas" em 1870 e so- Veríssimo" (ensaio e e,.udi- ternpo um pensador, e a quem jornalista que é de informàr e , mente !;!m 1882 ve'io a lume o volume "Notur.nos", O -soneto "-0dor - - ' o ligavam relações da mais sin• orientar a opinião acima dos di Fe!ttina", que é o in.d iciad'9, consta· do d_púsct1lo dOJ?. "!'J'o!urnó~". e çao) ' nao se concedeu O prê- cera ainizad~. Na se~unda pales- programas partidarios . ' é faCl l co.n'\preender que Gonçalves Crespo o tenl1a feito no penodo mio~ "Arthur Azevedo", (tea- tra evocará · a vida e a obra, · que vai de 1870 a- 1882, época da publicação do"S "Noturnos". Logo tro), vremiado "Viia-Rica", e.ininenten1ente renovadora e na- Ainda a pedido de um dos re- no . ano seguinte, em 1883, fále<:ia o poeta, com a idade apenas de de Raimundo Magalhães Ju- cionalista, de Maurício Ban·es, porteres presentes, Emile Hen- · 37 anos. Quanto _a l'IIay orga Rivas, parece que de- inicio o sr. Ful- nior; "Sílvio Romero (critica que ora é mais do que nunca riot evocou o que foi o seu tra- gencio Can;ipos dá o nome dele en:ado, pois deve chamar-se Roman e his tória }'iterária) "Histórias ah1aJissima. As duas conferên- balho de imprensa durante a Mayorga Rivas; e não Ramon Mayorga Rivas, como regis; d 'd 1 , , , · , cias na. A. B.1. darão uma visão ocupação alemã. Com o seu jor- l tou. Segundo Prampolini êl e terá florescido no final do sé- a · Vl a 1teraria ', de Josue panoramica_ das letras francesas nal- "Le Temps", então semi-ofi- culo passado, ma~ era conhecido co1no jornalista e poeta Montelo; " Olavo Bilac" (poe– desde a primeirá guerra mun- cioso, aco1npanhou o govêrno no de temas americanos . . O te,ma da "Odor , di Femina" é vali(o, sia) , premi;;tdo "A )Ílt ima ele– di,ü . Uma serâ consagrada à li~ seu- exodo em 1940: deixm, ao Pa- ind,efinjdo, puramente subjetivo. 0 - proprio .escritor Hugo Lindo , o gia", de Rui G . de Almeida: teralura ·francesa entre duas ris a 10 de junho, seguindo para. d~vulgado.r do soneto como pertencente a Ron1an Mayorga Rivas, "Joaquim :r-tabuco" (füstór-ia guerras, de 1919 a 1939, outra a Ang~rs, onde t irou uma edição,- d_a ,êste poeta como pertencendo à geraçã_o ro1:nântica Jie 1880, pe- social ou política, ou mernn– literatura durante e depois da e para Bordeux, onde estava sen• r iod<? exatall),_ente ein 9ue Gonçalves Crespo Ja se preparava para rias), não se conced~U O prês guerra, de 1939 a 1946. Nelas do publicado quando da as.sina• ,pubt1car ?S Noturnos !! logo, após _morrer. ,. . _ . abordará temas do malor inte- tura do armísticio. Dali passou o. ; , Hâ ainda um fato a que e-preciso atentar: -.a_ ins,pil·açao alta miAo. resse, estudando as novas esco- jornal para Clement•Ferrand, do poeta Gonçalves Crespo,. a beleza extraord inaria de se_üs y~r- entrega dos prêmios reali– las e grupos culturais, a infl u- mais tarde, ·pela necessidade de ,sos. su.? pureza, su~ ~l eganc_ia. test\munham o seu pudor 1tterar1?, zou-se ôntêm, às 17 horas. aru– ência da poesia durante a ocu- procurar uma cidade maior, ein- P?lS nao tei:ihq not~c1a de, que aJguina vez fosse ac.usado de p)a- versário da morte do grande pação alemã e episocüos de gran- bora aind,a dentro da França gtos ou cópias serVJS. Iss? tudo faz_ parte de sua def.esa. _cestelro bemfeitor da- Academia; .Frau- de relevo. como o relativo à não ocupada. Ali apare- que faz _um cesto, :faz mil, diz·º ditado. E dê_sse _crime . 1ama1s o cisco Alves de Oliveira. morte e testamento desse grande ceu até 194,2, sendo suspensa ,poeta foi acus.~do. Qu!!ro acreditar que a expl_lca:çao ~1,a1~ natural --Numa de suas últimas .filoso.ro que foi Bergson. Em a sü.a publicação quandq os nazis- a çlar ao 'caso e a se~u1:nte: - O poeta Salv~tori_ano ten~ hdo o· so- reuniões, a Academia conferiu . todas essas paléstras, buscará tas · invadiram e ocuparam O ne,to do poeta bras,lerro-português , e admiraria sua Beleza e as pôr ·em realce O espirito fran- centro e Sul da' França, até en- id'é.i:is delicadas que êle encerra. Diante diss.o, teria_re~olvido tra- O Prêmio ,Màchado de Assis cês. com á sua dupla caracteris- tão ~oi> o contrõle do go".êrno ,duzi-lo para o espanhol e com o anda~_do_s tempos, acabara!l'_ os ao s.r. ministro 0sorio Dutra, tica de intuição progressista e de de Vichy . Enquanto se pubhcava . intelectuais qe_sua_ terra e de ou tras --atubtnndo a êle a autoria do pelo C0!1junto de ·sua obra . equilib1·io, de animo de pesqui- em tyon, embora sujeito à cen• sone~ conhe<;idissimo .de Gonçalves Crespo~ . O ministro Osorio Dutra, di– quiza de invenção. e descober• sura do govêrno Pétain, "Le Diz Hipohto. Talne, em aguda observaçao dos f enômenos hte- retor da Divisão· Cult;ural do t.i e de desen'éolvimento harmo- Temps" pr çicurou sempre desper- rárlos, que olhos exp_erlrnentados facilmente d_escobrem o paren- Ministério das Relações Ext e- ntoso. de f eliz "misde au point", tar O espírito do povo para a t esco entre as p;ro(luçoes t,,te1ectua1s. E é seguindo ~ssa hçao que bl' . t para usar a expressão francesa, luta por uma vitória que havia fatalmente se enc?ntrará_ no so.neto - Odo:t d1 Femina - um pa- riores; pu tcou OS segLnn es q ue melhor traduz a idéia. de vir, e não poucos de seus · ar- rentesco, um sentido ,!nd1zlvel, semel~.ante aos outros trabalhos de t rabalhos: "O país dos Deu- tigos e inforines, redigidos de Gonçal ves Crespo. Ha em _j_o_do escritor . de talento uma !!stra_nha ses", 19-21; , "Terra B!:!nditan, -"E' esse espírito francês, de forma a levantar os ânimos, ape• fOTÇi! que do~ê1a sua produç_ao, q ',le. a hga ,por l a_~os_ !nv1s1ve1s a 1923; "Cas,telo de Ma 1 ,fim", ;~~t~~ri~- at~!:1~?1,ie°s~·spe~i:a~s. sardas rest;ições da censura fô- •tudo ,9.uanto~1â. tenha produ3'1do. Sena,- em u_Ittma anahse. _a ,velha 1930, premiadô - pela Acade- . ·t do n t>'l·opag' .. ·questao do estilo, que se diz que é o propr10 homtim . Na.o acre- . d L t · . "C' T • afirmando-se como uma reali- ~!m1r;fJfa':ie; ~e sLoidres. En1~; dito 1 que Gotnçalves cr,;s~o Jenha pl'!~iado Mayorga Rivas, .nem a • :i~,, f 930 ,~ f:~bém ~e~IfJ~ ~ª!~t~fJl~.;~~~~ep~~~J!ao~it~~ estes citou um artigo da sua la- qua qduer 1 ou i:_o P<?eta. o er~a ?eder a evidencia dos f atos, m_as en- . pela A-é~ d em ia·, , "Iriq1rie- sob O titulo "As féras nr~- 9-uan _o e~a !1<'º. vier; meu voto é favoravel ao nosso poeta, na'! que .. anglo-saxões e as concepções co- V'!ª • . ,. _ "' ) intente d1nunu1r o valor--do outro vate-. A segurança que ha em tação " , 1933 ; D entro da munistas, que buscarei evocar 5 1.oneir:i~ · em que, ª pretexto_de toda obra de Gonçalves Crespo, no seu sentido uno, inalterado e Noite ·Azul", 1934; "SUen– en1 mtnhas palestras, pois que é uma visita ao _JaTd1m_ Zoolog,.c?, puro, é sua melhor defesa. Chego a jurar que houve uma tradu- cio, doce .silencio", 1936·, "Se– o proprio cerne de nossa vida descrev,a O leao se!" 1 ·_adormect• ção e que com o tei;npo ·as ;formas originais desapareceram nós pe- l iter~ria e é também o nosso do. que parece nd0 1nd1 ferent~ e riódicos, tendo como consequência hoje ser apontado o poeta de renidade", l93 7 ; "O genio de gra nde laço de afinidade inter- sonolento. estava . sempre :PreS t es São Salvador como autor de um soneto , que pertence na realidade Martins Foptes", 1939; "Gran– na coin as nações latinas" . a atac~r. e a rugir. A l~ta para a Gonçalves Crespo. • deza do símbolo", 1941; "Mun- Respondendo à perg\\nta ,de um !ransm,tir ao povo e st imulo e Entretanto, não cons(dero a questão fechada, nem p9deria ter do sem alma" 1943· "Terra d'\ dos jornalistas presentes, Emile' info~mes - prepara nd0 -~e O tal pretensão. E' possível que outros, com mais h.tzes, venham ao gente", 1944; '"EmÓção", 1945•. Henriot declarou que havia hoje anln:io · para ª longa _l_{uer, ~ si- meu auxilio, para garantir a paternidade legitima ao mavioso poe- Aparece_rão., ainda no corrente F e d e! • • 1 len!;tOsa que precederia a _hber• ta .Goncal:ves Crespo.. · ~- ~!!'! • !'i\ll9i\ Hill!! Y~r _i\_~!!'i\ F-~· t_. 5 _,.ãii _ Rên_l'Jôt â àê_ s~'ê'~~u t:m. 2 _ 0 i 6- 1 - 0 , 6 . mês, "Tempo .perqido" e "P.re - tora d e revistas, embora vários " - 0 1' .,~ t t· d'E ·1e Henr1·ot" · · pal avras •cheias de como<;ao, re- seu a 10n m1 • dos orgãos tradic.i,onais do gê- ferindo a tensão de espirito e o nero tenham desaparecído; como, esforço de ,inventiva que exigia por exemp-Io, a mais que cente• - ' - . Irace1na. · Coube a inte1:pretar nacionais . Adel rnar '.I'avarei · o sen th· das l~traS' ' Disse o beletrísta pernàm- bucano "q_ue acabava de . fe– char os olhos -p·ara a vida. o poeta e e tnólogo Carlos Es– tevão de Oliveira, diret or do Museu Góeldi, do Pi;lrá, ind1a• nista dos mais lóuvaaos e ad• mirados do Brasil. Não era. por ém, do sábio gue' vinha f a– lar . Era do poeta, do home rn de letras, especialmente do troveiro, que ' êle o foi, dos mais a l tos e eomoventes. Ver– dade que os estudos de ind.ia • n ismo haviam estiolado o t -o– vador. Costumava dizer-lhe que "os "Praiás de Tacaratú" haviam flexado de morte o seu lírico feiticeiro". Recor– da a atuação literária de Car– ies Estevão erri Recife. na sua geração de estudantes êa Faculdade de D ireito, quando com Morei.ra Cardoso, Silvei• ra- Carvalho, Manuel Mon tei• ro e aquele que o evocava no mo1nento, veio à luz os "Des– cantes'', pequeno livro d e tro• vas que tanto alvoroço causo.11 nos meios literários do Norte . em 1907, e tanto predominou nas ·serenatas aõ luar do r\i> CapiJ:>e.ribe, da Veneza Per– nambucana. Diz que êle e:-a ~ figura centr,;tl, o mestre dos tl'oveiros de seu tempo,. Ci•a um .punhado de joias do seu trovar, -réssaltando aq1.1ela, que ent re tantas, ficou na boca do povo e nos escrinios· trovado• rescos: · ' "'l.'eus $eios, fundo mistério, Qúe m.eti olho1r não des~~n(!Ít, São dois canarios do Império, Numa ~aiola de renda . .." Termina dizendo que era para aquele grande poeta do povo, - seu amigo, irmão e companheiro de mocidade, de tantos anos, que vinha com o ·coração cheio de lágrimas, tJe• di-c um voto de pesai: à · Aca– demia" . nária •,nevue des Deux Mondes" de seus co1aboradores. e a "Novelle Revue Françt1i· A e~se proposito, faz uma de– se". Essa última, .ein virtude da c\aração das mais in:teressa1;1tes, influência de Dreux de la Rochel- salientando o cQnfórto q1.1e, P"Jª - ! REGRESSOU l MARQUES ! CENTENÁRIO , ,! DE CASTRO LANÇAMENTOS li • . : ' 1,e, veiu a ser considerada du• os 'franceses, durante a ocupaçao, , rante ~ guerra cómo eolabo,;a - constituiu o apreço das nações RIO - V,a a érea (A. U ,•) - . REBELO ' ALVES ! l . latm. as . e amex: 1 ·cauas, entre as _Já saiu e)n Porto Alegre o ro- cionista. Entre as grandes re- ""' ,.., 1 ,. d vistas de antes da guerra, que quais o B\'agil, e a confiança que , man.ce .,. ,ore . que .e iora • e .... .J 1 .. ,- ,., . - .. · 1 · • t estes povos demonstravam, por Vicki Bauri\, cuia ação se pas- ainda 10Je se mantem, encon ra- 1 • · se a "Revue de Paris", sendo de sua imprensa e _seus represen- (Con tinuação da última pãg,) (Continuação dá última pá_g.) sa na se v~ amazonica . ~ -·--· . . tantes no res sur"'mento 1me_dta• - Os que leram "Aquela rua esperar q_· ue outras reapareçerão. .,. e p • " t b · t t · · to da França. Essa confianç11, ,. . 1 d • é m ar1s . t o ra 1n eressan 1ss1- - Enrile Hçnriot tez µotar a esse conclúiu Emile Henriot, era mais .f"ceu .naCs ·,1vrar1as a nove a . e genio po tico do g11ande vatc; ma de ;Elliot Paul, aguardarão, p ropós~to, que há boje em Frari- uma pro"a da profunda afinida- u_c10 ardo.so "O Desconhe- 2º - Poema, ·original, - irispi- de ·certo. com maior cu~iosida- "ª ve~·dadeira inflação lit.erâ- • ·a " M R b l • de o 1· d · 1· t ;ia e de papel, fenoineno anafo- de espiritual, de inguebra11tavel c1 o , arqu.es ' e e o per-- ~ rado na glorio.sa existencia e · , . . nov~ 1 ~vro o Jorna 1s li go ao que ' existe, sob outros as• s<,liil.ariedade moral, que ~ne as · guntou: produção do autor das "Es- a~e~icano ~ida.~ morte de u_ma P ectos, nã vida ecónômica e so- nações latinas e. em especial. · --E' livro ou cartão de visi- pumas Flutuantes"; 3º - Geo- de, ªt edes.l?dªP 101 ª · que eS t á sen- o Brasil à França. ta?. , f ' 't' d "A C h . o ra uzi o. cial. Não há papel para .obras gra 1a poe .1ca e · ac oe1- • .. ~.i,-e poesia ou para as obras clás- Despedindo-se dos colegas de Mas não ficou ai a sua per- ra de Paulo Afonso"; 4ª - Ex- ____:.J.'Iario Fe-rreira dos Santos siéas de um Montaigne, de um imprensa que o entrevistavam, fidia. De Lucio surgiu, anos plicação, gramatical e lite r.:i- traduziu o "Diario intimo", de Rabelais ou de um Voltaire , que Emile Henriot expresso,, ª espe- depois o· ro1nance "Dias Per- ria, do peêma "Vozes. d'Afri• Amiel. para a B!blio.teca. dos Sé- hoje já não são tão f aceis de 1,ança de que a sua visita e as did " · ".-rc • cuios da Livraria do Glob encontrar como antes da guer- suas.palestras, que ambos iâ são ta: os ' e O ,narques Jogou es• e~"; Ae 1 5 º - ~iotgért~fi~ ded Cats- --.:vamos ter em breve, 0 tam- ra. ');: embora se editem obras expres_são dessa afinidade e so- tro , ves, s in ~cal-· _a ap a- bém, as "Poeslás". de Alfonsus d~ grandes escritores eomo Louis lidari~dade esplr.itµal, possam - Dias Perdidos? Pelo leitor da as Es~olas Pr1ma1,~as;. de G.uimarães. E' uma reédição Aragon, ~au.riac, DuhameJ e ou- col\tribuir para intensificar se,n• ou pelo autor?... d ) - Fica o secretãr10 geral que vem sendo há muito recla-- t ros, !;)Ululam obras de toda es- pre mais as rel ações culturais A proposito ainda de Lucio de Educação e CuJtura auto- mada. o vpl ume "Poesias eom- pecie de valor muito variavel, entre o Brasil e F,rança. Cardoso e Cor-néJ.io Pena, Mar- rizado a designar cinco perso• p letas", e~i,tado__ pelo Minist'ério ----------------------------- \ ques Reb.elo ándou espalhan- nalidades de renome ·nas le- da_ Educaçao, caiu _apen~s nas do um.a aneclota. Dizia ele que tras · e no magistério par a maos de alguns pr1v!Jeg1ados •. *AA********-11---k*.~******.**.***ttls*_ trk*******""'i dois personagens de roman- constituirem o juri qÚe deve- Alfonsvs de Gmmaraes -conti- :-1< * ces, um ·do ·autor· de "Fron- rá escolher as obras dest ina- núa na categoria de autor exgo– tactó. -Teremos agora o texto completo de ".Confissões de um comedor - de opl''o", de Thoma-z: n ·e Quincey. em edição da Li– vraria José Olímpio, na Coíe– ção "Memó_rias, D.iarios, Con!',is• sões", traduzido por A•na )Vlana Martins: cpm um prefacio de Brito Broca. , -~José Geraldo Vieira .pare– ce mergulhado em grande ativi• dade literâria . Além .de "A tú• n ica e os Dado$'', a ser editado pela Livrària do Globo, a.caba de concluir dois _romances: " A mão na aldraba" e ''Terreno bal– d io'' . - -'Otlgenes Lessa escreve uma.. biografia de '-Julio Ribeiro, em que ap_resenta o autor da "A Carne" sob o aspecto de um es– pírito - revolucionârl.1>, seg~ndo dépreendemos de uma. cron,ca de José Lins do Rego, a res– peito. ~ "Inácio", encontraram-se uma dos; ;$ TrechoDa Conselhe·1ro 1-:: teira" -e outr do autor de a aos prêmios ora_ institui- noite no cemiterio. O perso- e ) - As obras submetidas nagem de Cornéiio perguntou ao concurso sêrã'O, peios auto• it . f_ 'u' r t a d . ; ao de Lu.cio: . res, enviadas· a Secretaria G·e- u m ·S on et o 0 ,.. -Vamos dar uma volta, ral de Educação e Cwtura: as · ~ meu benzinho? ' impressas, ení._ 'dez ex_empla- * Ao que o outro respondeu: res. · e as inéditas, em quatro -t< "' - -Não poss.o, meu filho. Te- exemplares, datilografados, _até 1 -> -+1(-'ifV-H•'if'if'if•ff-•V-'Jf'I,, 'f'if-.'if'if•V-•'if'if'if'if••'if-. nbo de ir assustar umas cri- 0 dia 14 de março de 1947". BENEDITO NUNES anç~s em Botaf~go. : . Ha poucos dias, Marques Parece uma ruazinha de vila do interior a Conselheiro silenciosa que a linha de bonde . ' não ,alcançou . Passa ao lado do velho cemitério, onde os mortos de mil oitocent0$ fazem pouco do século vinte . .. Passa ao lado da Sóledade, • que fica ião só dentro da noite éom o sino cançadó batendo batendo. Os moradores já viram o Conselheiro pu'!Cando a corda do sino. 1 • • Ele quer pnssa quer reza quer que capinem a i;uazinha calada. De. dia a rua é das crianças de toda a molecada que ve~ da P;ratinha. . Sobem papagaios curicas cangulas que ficam daruando no céu brincando com as nuvens diskaindo "1»Cu" Furtado . • . . !l;ebelo me mostrava a edü;ão d e luxo do livro de Augusto Frederico Schmidt. "Canto da Noite". -Está vendo? rfão é uma be– leza de edição? Olha o · papel; as ilustrações do Sa:nta, · a a:presentação gráfica . .. - J,'ez uma careta e atirou lon– ge o cigarro: -·E' vena que um livro as– sim tão bonito seja do Sch• midt .. . •A VOLTA DO GA'1'0 PRETO- . Erico Verlssjmo, no seu reti– ro de Porto Alegre, está escre– vendo atualmente "A Volta do Gato Preto", impressões amadu– recidas de dois anos .de perma- 11,encia nos Estados Unidos. UMA COLEÇÃO CLÁSSICOS· DE o sr. Henrique Campo,s está organizando para as edições J ackson, . uma coleção de clas– sicos cori1posta de 50 obras, que deverão, provavelmente, ser pu– blicadas em duas séries de 25 cada uma. A primeil'a j á está, mais ou menos, programada pa– ra dezembt·o. Cada obra trará uma introdução de ·escrítor b:ta– sileiro, de maneira a iniciar o público no conhecünento dos respe.ctivos autores. E as tradu• ·ções serão todas:, dignas· de con• fiança. assinadas por nomes de relêvo em nossas letras . Essa iniciatlva de vultot a primeira, sem duvida, a ser evadá a efei– to no Brasil, torna-se por todos · .os motivos digna de atenção e ill,teresse. ( 1 - DE JURANDYR BEZERRA. Q1,1aQdo no espelho de cristal te adoras, Teu olha.r verde e sedutor se lança Num outro olhar da "Côr de uma Esperança, Qae tem a luz de todas . as Auroras! ' Treme.$, .• sdrris . •• mordes os lábios. , . coras••• E eu' vejo ó teu ·sonhar, linda criap.ça: - Guardas no pensament o uma, aliança. E um noivo excelso no tanger das horas! ' Envajdecida pelo teu encanto, Um dia sentirás a Dôr do pranto Afoga r tu.a ingênita alegria ••• , P orque a Belt!za tomba, almã fórmosa ••• J. E teu1r osto é tima pétala de rosà : Que começa a murchar ao· meio-dia! •• • - - , - 2115146. ' I • \ ( I

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