Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1946

1 I l "' . . . ' . • , , . 8.ª Pág'na Jlomingo, 16 de, ju~·de 1946 ""_,,,=~======~F~-O~L~H~A~D~O;;:;.-~.N;:;O~R;!'l;;'E~~===~===~• =========~~~:=~-~--':-:-:• -~-.,.=~================,,,.;,,,.;,,, l!.! 0 ' ---•--------.,. equenos congre~os reglo- ~- :..,...~~~.. ti.- e.e-º--:<'• \,l .._,_"I ._..,.._____.,.._________ - ..,·----""". A ·'Or..llem'\ ·eottdtant> do Na- ~ 1 -l 11 • e i nais. • ' •; tal, (Rlo. Gr11:n~e. . ~o ,ioi;1eJ. . t~a.n.Screv~ do DiárJObd_tb 14~~ e ' M • f D A nl;iã". de LIBb_ôa, um _.ri àn;e . ona.-,r·e.s·s" · t · · A árltgo do erudrt-o :í-0lclot>1sta por- o ~ .. 'O n I es o· • - e ~ . m·o· r· 1 hJgul!i; sr. Ll,úz Chaves, q1.te li\ll· _ DE _ Luiz Chav.et> propõe que o Cõngres~o de _ff)lclore luso-bra-, s.i.letro s~ ef~.tue, em Lisbôa. Mb; é apena}1 u~à p_ror!o;sta_. .01;Jtros poâerão opinar qu.e a i;e1_1n1110 se ç~ a · 'i..d!iía da reali'l!l<;~d: de UJ)'.l • Congresso Lllso BraSJle1ro de F 1 1 ..te no Rio de Jsneiro. . Folclore, que poderá, s~gundo - Q c_ore_1· alvitra efetuar-se na cap1tal lu- s1tana. em í.947, em coincidêr,ic!a com as festas·do VIII Çentenano da eonqui~ta da cid.ade·· aos 1.nou– ros. Seja como fôr, o qu.e convéc_n é · que o relevante el)'l'pr'!end~– mellto não fracasse, e l og,:c eXJ.• to cõmpleto, ;;orr, a adei;ao s1n• cera e vibrante de todos os folcloristas de cá e . de ,lá, sob a égJde de ·nossa glo.riosa Jing-~ portu~uesa e, da.ti tradições imór• tais que ligam as ' duas pátrias Íl'l'ÍlâS. Achamos a 1niciat)va suce.tivel de transformar-se em realidade, tanto m.a'ú!. que. o_seo porta-vo,z ---------------•- , no BNisil e· o nosso, gra11de etn.6'– grafo .Luiz da Câmara C~scudo, que, com outrQs i;olcloristas bra– sileiros, vem de há muito pen– sando na réa1i~açã(! de um .con– gresso tal como •O delinearam Luiz Chaves e outros cultores do Folclo;re ein Portugal. . llUY GtJILIJERME BAilAT->.. "Meus ~igos. eu ainda estou. vivo. Porque não anle,cipa\9 a ·saudade que.' idell ~er de niím, gua:n~o eu fuorr~f ?' Ainda não no• tastes que tenho muitas vezes pensado por vos, sofrido por v6s, falado po.r v6s ? Ainda não compreendes'tes ·bem a minha .press,nç'a e a minha significação. Para i,sto é preciso que se desloque um nome ·no tempo -e um corpo no espaçp",. - MU.RILO M.ENDES. r,Tão . é .a mim, vu).netáv:el .e .1am:iliar poéta ,:nunici pai, a quem cabe lembra? os vossos vivoa ~ao a rn.im ,que ·.a timi1ez .!Il!'!fou ll\d;i ·crí?n!:a, . ·_ nãp a m.i,m que a , sóJidao banho:4 de estranho brilho. • _ Porén• ent re o- ser e o não ser vos coloc.astes que eu .disse dê mim mesmo : Qu"\ntq a m.i.1n, v.os digo, nem o passado e nem o Filó.sofos não ·teriho, ' a · Bíblia me ente,dia é só W'l)lfman 'éhi;irióu-me -a ámplitude do tempo. futuro me preoéupam; Eis :" por.que vos •digo meus ~migos ~ tende . sâuctade d0 Murilo Mentles " Eis ·popque vos rogo p;rostit\jtas : sofre) ~çmã;; ,Pelo MUrilo Mendes e porque te detenno ·Hdét comunista : olha, repara- no Murilo Mendes. . - , ;llor,gue ·"sa tri'!;te''é .ser bijnc.ár ~o rlJ.ais .triste é. ser :nínguém cjueh·a deçii:lir ,-a "sorte .dó.s fantasmas", ningµé.n1 queJ1'jl tf\C,!"T entre o ' sat\.to é O•<l:emônio., ninguéin queir~ sà6er das exigêucias aa í;>oesia. poéta; A,nigos. compa.nhe.u-os e. corre'lJgl.on;itiÔs : :Reconhecei aquêle- que vos trài humildemente õ sal da vlaa, reeon;h.e.cei .a(]'l.\êle que vçs• jurita..no sahto a.inõr de :Oel.ls, reçonhecei ;rquê,fe que por vós· lo'ngas noites de in$c;>~)a terri passado, .: &repon);lécel antes que· seja tarde • ante:s que "um,.n ome se desloque- no.'te1npo e· u·rq,, CH)t·po t;'lo es_pá<;o·· .. ante,s 9ue o voss;o ~môr ·se~.a ~pepas a cat-icia ~t:U l!\1 tló vossd seculo, • . . - o , dJscurso 1ni)amado a<:> p~ da tu1nba•,. ;i -fria estátua ao pa~e19 publico, . . ' - ·•ir,onogr amas, papéig.. fotografias . . e po'r :fü'.m a vóssá ,solidã.o. ,.sim, a : vossa solidão Jn lia 'D . . -· Amigos,• eom.panheir0s. e cor.1·el\gionár.ios : ma,s triste. - Sim, é preciso be1jar f::tn O.'f1e- ·n:ltr;Joassa. unia. longa !je'Ssão na [Acadenüa, • Eu· i~ã;o p.eço _por mim, nem por meu pa'i, -nem vos ;péç,o s'ímplesmente, unican}ettte. por- meu avô que mor-reu em danação pêlo glãdio de Deus, • De um.a corresp_ondência tro– cadca ,.entre. aquêles etn.ógrafos, à gúisa de .e)lt,revista, manifesta– se Lµlz - d~· Câmara Cascudo ln-·. ·t'ei:ra111ente de acôrdo. c.01h a reaa líz!l,ÇãO de Cc;>ngresso, que ·C◊.n­ sideJa "uma oportun'a e p:reclosà reunião .<par.a ·,o conqeci,inen~o pessoal dos estudiosos dos, dois paises e a éscólha 4 de. métodos tnaiS ou menos ªl?ro:,çimados .de pesquisas. classüícação e r-eda– ção dos estudos·· . Muitas vezes te.mos dito Q.ue se, torna indispe\1sávéL a organt• za'(ão de c.~ntr1>!··.d·e i;?esqUisas :e dê ·estudos f0lclor.1cos. Salv.is ra– ras exceções. as ii) vesliiga§ôés e cla,sstlicaçõ_es dOS: folclQl>ist:as. tanto de 'Portugal, con\,Ó do ,:a~~-. sil, que vêm atu.at \do isol;tda– mente. não passam de tra.baJhÓ,ll de c.arátei· 'individu~l. sem coor– dena1,ão ele, planos e processos. unif ormes. Câscudo não pensa de outro modo, ma.s antes ·güe todos · já. ,se hayia í:naniféStado a :respeito. o no!,So gvajlde n1estre· João ''R,1.– beiro, ,numa de- st(as cé~e:$,'i;es– corifet'êhclás, r.ealizadàs na Bí– bliptéea_Naciõnal. l\'Ias utn cl)ngres§o; como o ideaâo por J:,uiz · Chaves. não .pôde ser- lev.ado a. efeito do ''.Pé · pra mão". Ur.ge . tr-al.ialho prepa- ratôr,to 1 organizado nos dois pa_i• ses, ci qué equivale dizer 9ue em Po)'tugal e no Brasil deye?Jl e:fe– tuat' -se co1:1gressos prehm1nal'.es, ilO,S quais fii:iuem rigorosamente ajilstados os re.spe·ciivÇ>S me1os de ação, coordenando-.se o ma– •terial documentãrio, estudando– se as teses a· ser elaboradas e discutidas e os objetivos de or– dem -eient\fica: social, pedagógi– ca e prátl:c-a,. Entende Câmara Cascudo que o .maior esfô.rçõ a ten.tar nes.se eong~ésso s".rja..uma p~ssi-vel sis– tematização naSc pesqtt~sas. Não há a menor somb,i:a de dú,v-ida, sem essa siste!)1àtiiªç~o– ;:,ão cfiegaremõs a re.sultadôs ·pd– sitivos.. E .por i$$o é que Jerobr~– .mos e continuaremos a .sugerir a vealizaçâo de. congressos pre– paratórios, primeiramen:te" no •Nôrte e no Sul .do Brasil e, a seguir, em conjunto. outro nesta .Capital. Vá assim eorppareceriamps ao projetado cpnpessp; . a.1v1t,ado por Lui;z; <!:J:+aves .!,· CãmaTa Cas– cudo, com eteme.nt.os cap-.,zes _?.e , cqop.ei, ar papa'·tal sjstematjzaçao. É i;ndubttáve1, consoante at1r– ma o n:ósso çonsagi'a'do fe1'cloris– ta patrícío: que ciaquela reunião resuUará · uma v.ista colabor;ação de. publícaçõei; e a,té <il~ edições ·das. otiras dos mestres. portugue– se:s e • bi,asjleiros, não só q1,1anto a •publicações ;iné!fit;ls. co~<?_ tal'.l'.i• bêm n9 tocanté ;i' reedxçao de cettos 'lil(tOS' grás#cos, sôl:>té o as– _sµn.to: E pé:-gunta p nosso íes~e– jado íolclor1sta : •"Q1.tém 11;abe se ô. Congressõ n;io "determine .il, funciaçâ~ à:e um ín~tí\:Uto que agrupe todos os estudiosos da étnogra:fi.a .e folc~ore dos dojs pàises, : tép dó ,;~cções espe<;iais e aut-,nó;nos, c~ni,. processos . de Que dirão •a isto Joaquim Rl· beiro, Có,t'te!a de Azeveqp, ae– n-ãto de Almeida, .Taéques Rai• mundo · e outros categorizados mest.::es e cultores do :folclôre_ nacions,l ? _ o assunto merece e ~p.ta :naçoes e comentários. dos que p·ossuc-m aµt6riâade para fai-:ê-lo. -L. G.- ~~~1\" G:tNESE DOMUNDO l' •• - -e-e- -e-. J .-=;-:.:.--~ r-->::~ . ~ ConcJusão .da talt. pá~na claza fo:r.mou n_o céu ~ ,lua br3:n– cii; aa ' p.articU:ras ~ec:eram o fu– mamento estrelado , e t9rnara,;n– se a nuvem no' ar". A passagem/ aciina descd.tn d1). a origem do Mundo c-omo ptove– niente de s_ete ovos, sendo seis. d.e ou 1 ·o e um ,de; ferro. Em Sa– lambô, ao c.ontra1>10, Sc_hahab'll– rim fala ·apena$· em um ov,o, que teria •sido o· pçin1i0 .de .P,!\~1<1a da. ol'igeth da terr,p, e ~~- .c~u. . pélO ti.Só âos · pebres, ~osso amado irmão 11.furilo Mendes. ~ -~ . • classif,iea9ão e: 1nétodõs c,omuns. E nã:o apareça. uma biblii:>téca ~•---c~,~~,.._..1 tarnbfm COTil\tio -?º' · _ e Llliz Cl;),a,ves :está ele ac9tdo E' iriteresi;ante,•v:-erifrçcar .coino• sutgiu. em tempo e e_spa.9c, dis– tintos, a ' rn.esma ·con.~epça('.>, ..que não qei,~a de se:r fíl?1;ó~'c~, , e manife;st.a pc,r dois e':'1!,lente_s,11\: telectua,J.S, em oo;as lioJe un1ver salmente- conhec)das. Essa con– cet,ção, í:IQ ~uhdo é apsólut~men– te- diferente da velha ·te.ona. bl'– blicá em que a origem apaz:e– c_e ·çomÓ, a ideâlização . !'!e u~ Betts, que. por ~tJ,a própria fo,r• ç~ e, von.~.de cr~ou ~· 'l.le; ri:a, ·pi>· VO.OU O!! Y!l3t!.'$, OS ceus e. <!'S. ter– ras; O l)tocesi;o em_brio~~r!o . em Kale:v:ala, e Sala,mb'õ, qu~st . 9-µe $e pode diz'er q ue é qma. explica– ção apil5as ·eorifl,uentes. qa orl– ge:m evoJu~ioqfsta dó :!Jntverso . •Ac,re1iito qU•f na trad1çao de ou– trós po;vos . ta1vez se. encq~tre ··.ª re_petição çia ~ .ingaj.ar v~r~aO"' das duas obras citadas el,i.-e;i;ia un,, trabalh9 ati:aente a .inv,estj{ll\Ç'ii,Q ~ Çonclu&ão da 2.il pâgµia ,.,,;===~===============,= -=:::-.:::-=========-:. .·E e D • com o pensamento'· sábio de 'Câ- m ..i,Sa e · • matá . Castu:do. , o 1 ~ - Assill) 'pp~.i tritµt'far, a ipic~a- .. gt,cyto ,il,leyer e Auté1io Buarque de H:olanâa, --õem com·õ notas 'fi– _ lológ)cas e ' fplc'lóricas deste úl• timo explicando· a ip:lpóvtância do gcan6:e- escritor gaúch..O pa l'ite– ratura' naci.or 'l'al. MO~IMENTO LITE·RARlO -, tiva dêss,e. cong~·esso; inspira.d.a - e h N num otimismo que' pôde pàreêer "" · ~ um tanto ex.a.gerado, mas digna o~ ·O. . e ·.O . de se~ ácáta;da e t eceoida l?_Qlll aplausõS' e>dec1dld;a coope,aç3co. coo;,panh,ia. arge.ntinà. Esl;a pd\– c1,1ia está .:,endo anup.ciada em um dos çinem,as. âa é1dad~. pú– rante sua .exiôição em Buen_os Ail:es. a crítica considerou-a âu.; i:tualtdade dó realizado em "Eta- inoS ·Seis..,. , ,,..,._. .Já. por yezes tem siâp s:ugerl- - - ,• . ,._.... .,._ da a réalfzâção de um cofrgt.esso .,.ERÂMO.S SEIS'' 'E no CORTI– ÇO", N9 CINEMA RIO, via aérea (A. . :U.J - -Crõ– nic.a de ' Jóãó .Psar,a,guassú,. pseu– 'ctõ•niinó literái'io do j'órnaJ.istá M,, de fo1c'lóristas ·de todo o :S:rasil. M'as -nada, se ,con&eguJu até ago,:a a i:e'speito, a .: não ser a 'reunião no rico :fabulãrl o or.ien~l,. ' . O ,rom;:,n:ce- fia - sra-. .fuean~ro~ 11~i<»-f~acassp._.Ei$:e,~ »o Dupr,tí, "Ei".amos Seis", que teve Chile. os jornais dissera1n.: ..~o:u• "árjas· _ edições esgotadas. .fol cas vezes. logr.iu· am .os argenti– adaptado para o cinema por uma n'os um trabalho artistico da -ram.qem uma companhia bra– sileira J~ nç.pµ p~s :pf.íncipals ci• nemas a versão cineniatográ– tic~.• dl'.!,_ ro:i nde ::ro1náncé "O Cortiço•·, âe Ali\izio Azeve:-di.r, qi.t!? a c~·ítica ·tem consagrado CO'l\O a maior pelicu la · nàcio- J;'aµlo Filho, no ...O Córreio da • A Man11ã··:· · Escritores Portuguêses Contem.poran~s: CONFISSÕES ,, ________ LUIS SOARES - Manuel Bandeira - n ,al. · -o. I:.lVROS RECENTES "Olegarlo l\,l(l,:iannq privou n-1, intimiâá:de d\o Coél.ho ·Netto. Nós derradeiros teJnpos de v jda do romancista, foi entre · os ãa · roda• lif.etái'la. um dos í~equentadóres. roais assíduos da casa da antfga Acaba àe apai:ecar mais uma rua do J{õzo. traduçâo do c.onhecido romance - Você não imagina, dizia-me d,e, 11/Iar.k Twain, "As aventui-as o pp.eta, o · quanto· Netto tr,a:)3~– dé Huck". O volume ioi ·ínclui• lhí}va, já no fim de uma bela, e– do: na. coleç,ãc, "Os Auçlazes" e h:er(>ica existência,- pà,ra ~>1 '0v.êr ·ten1 bôa aprêsent!lção gráfi.ca. a si e ao.~ seus ·do co.nfõ,rto in– E·. u1na trlrdução de ·;Alfre(to ,Ter- disP,i:!lsá:v.eL ,Q\lé chefe modelar Te1ra. que também traduziu ou- de família estava ali, naquêle tro ·magriif1co · romance de Mark grande ro.mãntico,, veterano da ·r\vai'n. ·'As · Av.eritu,;a·s de Tóm boên1ia dos dois ultimós ânós do Sa,vyer:· , Impér;io 1·:i;;ra colaborado,r de di- - "Naná", de Emile Zola, Jra- versos jornais e e.screvia diâria– çução de A1fi:edo Ferreira.: ''Nes• mente. Melho1·: escrevia diária e .Ta declarei várias· vezes o meu A sua velhice é um dos, mais, te fmqrtal 1·omance está _plasma- n1>t1,1p:ramente, por.que' também prj?p6sitó de, n~o me ocupar 0 i;nais , e1~cantado!"~s aspe~tos cl_a juven,- da a vJ.da iDteita da corte1.ã tri- preparava nov~s Ji.vrl>S, qua.iúlo ·d<r . artes p) .ast1c.as . se.; poeta, f1~· t~pe que Ja me, fo1 dado_ ver. Se unfadt>r,-, esti:.éla de pecado; qµe rrao ·ejltava r.evendo os vell1os 1 Jl:lcursões . te1J1erárias por e.las e ha quem se possa · quel~_ar da se tor~a· .!/-- ~ulher dá moda, , ern C9ntou,me Olegá1;lo qve certa pelá musica, · ·foi · tão, s?i;nenté le- vid~ é êle. Nó entanto . t!â.o s~ Paris, ·desde que wna noite mos- vez· D. Gab~, a çtevotadissinui e;,- #vàtlo J;lOl' á.9.uêle sentnpento dt q;ue1~a . ntt}l«ra. Ao ~o'i'\t1·ár10, :O!) troii 1 ql:!_"11;i des'Ri,:Jo ~um 11alc,o_. o Pº5!1 do a~~or ,de. "A .Congulst.;f'.. , sóUdarledáde que as artes ~ seu ar afa.vel. n.9' $CU: s1mor~vel perturbador conj'Q.nto de encan- receou r.n1:uto .~éla saúde cro ma– .devem entre si nos momentos Sorriso; parei:e estar _sempi;e a tos de ,seµ_ <;orpó vên1,1sino". rido, ·.Este•"i?ar.ecia-lhe 'cada ,,ez difíceis. Falei muito de artes· repetir ,. f r.ase de M:i.rco Aure- .......,....,";J,\'t\ndame:ntos do PodCT So- mais fraco, quejxando-se:-d.e ins',i– p,Jc;ticas, _e de _musica. quando lio: "o·: mund~. tudo o (lUê me viético"'; de Edgar .Sno.w, ·tradu- pi<1~ e dõres ,de cabeta. Dai pe– era preciso exphcar aç, públH::o, proporcionas e para tnun ! \lln ção ·de WUson Ve1oso. Edgar dir ao poeta que selícitasse de pelo menos aô P.ú.blico de bõa bem !" E essa-alf!la t?õa, essa ~te- ·sdow, autor de ...I>e'opJe on 0í:tr Miguel Cout9 o ob..séquio de ir vontade. à arte . de um. B fec}le·- gt'ttt tntl,!,r.1or. essa irigenuidâde Side''., ''..Red $tat Over Ghii1a" e examinar o -eníenno, receitango reJ:, "4e um Segall,- dc um :J/.()r- de sentimentos_, pura como nas "B.á!,tle f~r Asla"', i.l}ter~;re,.ta .ne~, c ac.onselhando o q_ue se·llfe afi– et\.aY$ki, de . unr i::,ucio. Costa, ct,e crianças se.rn , ~aldJ~de 1 êle-a sa.l>e _ te hv;r~ ps a<;,onte ~1me.n.to ~ ma~s -gu1:àss~ .mais, ipdicad9. Assi.m. o UI!\ Dí ,Cavalcantl, de um Pot'tc~- pôr i,í\~ii;-à nas suas. telas. 'A P.lJ'.l· sugeshvo.s da Russ1a_ contem_po- féz 9 líricq dás "Cigat'ras~·. Cou– na.ri , de um 'Celso Atit'e11io, de t\tra de Lui7. Soares lava a alma râne~, bem co.mo , suas a~p,ra- tQ, igualmente a1l1igo e ádmi,t·aa um .:\,'ill;t-L?bos, de,-~ Gan1.ªr- Ja g~nte. ~o:i,s fu:I ·ao I~stituJ"o ções de . desempenhar P,~el _cf~ do;, d,_!! J\fe.ttOj' f~i, fl'!fnucioso n~s go. . Guarnieri. . c;n11-ro que •O fa- •dos .Atqi~itéto~ totna.r . êsse ba- re~êvq -~ª _ljj>lit1ca. eucol,)eia ·e 1110 su~s 1ntlagaço'.e1>, Depo1S' do que, zia:nios ~m· te ~m.ós , de po.esi,1 1 e nho de lui, de lnocê:ncia, !ie~ale- ternaciona! - d1z a.. . nota de declarou à· D. Gaby que o ro• c<>mo de poetjl e lou.co todos t.P- gria, . apresent-asao. mancista devià co'inéçar por de• JII.ÓS um pouc?, ~ muita gent~ se • Logo à .. entrada .dei com o Au- sis'tir de fun,ar e tómar café• .. d elxou cont'agiar do nosso entu- gustó :(todrigues fa~endó o fare9- UM ROMAPONNC;ESDE 1:';LOI , - Mas, en.tâo, ge11:1,eu Q do~nte, siasmó e um ambiente de sirripa- sà gesta circulai da mão Sôore .. você quer quê os meus morran1 · tia :f.ol envolvend,ó as manifes- uma figurin ha do quadro "V,io- . . , de fome ? . · ·· taçõe.s de arte moder.na entre· leir.~'.' ~ explic:ava a um ami.~o a , . Há varios meses -<J.l:'e .~stá para Couto estacQu, meio aturdido si6s. Hoje· a ai;te mod.el ·.na já tem· poesia do detalhe, ~JUS' aq1anote i;air um roma~cé de ~l01 Pontes, _:Morrerem de ·foíne 1 exclà- o seu lugar. ao só!, éo.nquista prê- conversei com Alcides Rl!;cha sob o titulo Fa:1,1.e-la . . mou o professoi e clinico. Que n.ú<>i... tén;i mçínurrilêntos nít' práç~ Míranda. :tste é aleiµ de pintor, l)ilas .será que .o autor conhe·ce ldêia. ! pública: 4 "obtusidade cõrne~ ' arquítefo. Os atquitetos· s.ão . m~Js a Favela?••• .N,etto .explicou-s·e. ~le próduzi-a. ttocôu o· ;riso de mofa p(!lo .tan.- dot'!!<lós Pín'a a e;'épres.são értfi.cà : -- dois e trê~ a1,tig9s ppr · •di!}_. ~ ger de dentes e , pelá calúrüa, Lucio ·Costa, poi: ..exemplo, ~sabe no;ite, êmen:davá provas. Tl,l'q,o a,rn 1 a esta últiql'a da- ''mâ fé ci- falar" corn,o: d.lzi? a9-~êl e ' cr~~g._o ·v1RG,íNl1'- WOOL! t,~so 1astre.adô por dez (Jll• dezé 11rea". de consultorlo, suJelto fe1ss1- , EM ·P'OR'r.UGUi::S chíca'l;às de ,• ca.fé' acomt,auh~das Essa dura batalha trou_xeanos mo, meio desdentado, ma.s de ·vinte lle trinta ctgarr.os . Sem depois muitos ab<ir(ecimentos. um çra~•e. para papar _as . clif;p1e.. .-Vn·glni;a Woolf vàl aparecer a ru6iácea e o fun10, est•m1.tlan– Não me esquecerei- ri.unc'.a de .cer- do patrao, senhoras .finas: $e\l finalmente en:i português. Ceei- tes de sua prêferêiicia., não con- -to so.rrJ:sQ de supetiorid~dê com doutor ,eu sou um estrepe, mas lia 1Vleireles traduz ".Orlando"' e fiada muito nei;n ria inst>ir.ação, que um· pintor ench.lms1do çom sei falar !" Ou.vi ·com .intetês,;e ·•o Mário Quintanà ''J'4t'S·. Diiloway". aiem na. imaginação. !>t>infná-lo•ià os elógios dados a outro pin- comentário d'e A1cldes: "O Lúii IF===========~==;::'I • fadiga. Tc;,rnar•se-ia i.t•e_~paz. SI! tor por ul;l:l ppefa de jiJta ,intui- Sõa;r::es é uni auto-di,d:acta c;liJe.- era Al.et<1. ,o ,não .'-un:,a r e o não çâó pai:;, as artes-1>lâstj.c;as, ais- r,entê dps oújxo's. Em g :êr.al o auto be.t.Jer c«fé, c0mo arirani:,r os se dese.n:Jiadàdamente~ ''Cri'Uc;a de didà:ctà gua.ndp pinta; gostas; p.e B A{:,H . ~'c)'.11-., qu,t'us'' pa!"~ as <tesr>esàs poej;à : ... " , . , . ., .desenpar, o: SoaFes, t;ião·. O o~- . ,ortadas? · As pã:l~v1·a~; sen:1 , o. .s,orr:i.s.o, res pinta, Os seus JiJ.~a'dros ,sa:o O médico e · o P.Qeta .so~iiram passavam. Mas o sorriso crlOU 11 tufa •pUl'll". Olhei em tôi;no e !.::::;;;::::;;;;;:::== :::a;;;;;;:;::;;;;:;;:;;:;;:! mtiancolicámente. CóutQ., ;ifi• em m.Hn l.ltp co;mplexo de iuft':.- ·pensél cb"'1~9: ·•tfônfere". ~ Cónelu&íi9 da 2.a · página nal, ·tra,nsl'güJ. x:ecÓ!,lle11dando riôridade. Pa.ssei a prestar a Entra .Rul,>-ém lil~v;ltl'a _e con- . ao clie.nte q1,e reduztsse o..s ex- ;maior atençãó ·;aos çomen.tários .corda comigo na aqmiraçâo . da e~.çeléncia, . É absunio negar-lhe citaptes·· de cinqu.ênta_por, cento. crítícos dos artistás plásticos ~Antiga rua d~ ôlin1a". I,e~- sentimento; o . qúe êle - graças D~dirain-se- ;unl;>os; deix:ttido ;tjumfideníente~ Par~ aprende·r. bro-1)1,e o . chavao da ' ,P,ers_pect1- a Oeus !'-. não tetn, é sentiinen- Netto a • J'dar ·pei:-ipsteticà~~te Não a_pi:errdí nàd~- Constatei que va aérea~. que· êssç fiO meµos talismo. Nu.nca ·poderei diz_er o <te.Pt fp de sua _plblioteea. - --- --- w --------------------·-------- - JOSÉ REGIO -~ - - N;! literatu1a portuguesa c9niempôtâne/l a 'figt(ra de J.O.Sl!: RJ!:GIO é _uma ·das .mars · irnpressionàntés. Em ·sua poesia se de– sén:r.Ola, ç0m t errív el 1nt en$jdade, um d~ama religiQS.o: a luta con• · · · trà a dépendência e a suo.mis- . - .. ·•·~l .·--...w. -~·•"'\'(Ó'. :-: ·..~w. M:(%'.1'< ;x=:::w.~ ~ f ~. ' ~~ :fil ' '$ são ao divino, l uta ·que leva à rebeldia e á · danação. }' !lhos de Peus, ,não ê o oi;gQ.lh,o dà nós– sa 01·ige1n· divina, de "As veias dê OifQ que o barro trouxe". que nos salva, ·mas a hurrtjldade de ,saber <)_ue nada somos nas 1nãos do, ·sen1,or, E. b:oinétn, o poeta J' 0sé Ré– gío: desáfia e viótenta o desti• nó que não fez dêle um deus. ErQ. lugar de ·reconhecer. cótno– vido é grat o, a sQa :f:lli-açãó dt– yin,a . . ,11n'trega-se. ao• do-mtnio de uro,a lô.uca vaid•a,aé \iui,:iana .qu,é In,ç corrompe a ai11,a como uma le_pra dourada. Vaidade que clie– ga i;nêsmo à De a t'é. no '•vaidade avi.it ;ari;ielltO me ver [gr,ande I" · Ch!).i;naram-no de póeta ..mega– ló,rna;nó. i\>f11s· a súa megaloma• ni4 p-ã,o ~ J!'ais d,o que ,a .d~espe1:~d9ra, no~ ~lgia de _uma grande)\'a .perd}dll- Pel:mane_ce, an1éfa" ,nê~_se hom.e,n, que pecou })OJ; or,gu. ' lh!), :a matóa do :beus que e'le gu1s ;vencer. o poeta, anjo e;xila,do, totí;la-se, ãs ve.zes, na corr.er ,te í•mpuiá e perturpado~·a des~a v~da, anjo !la.Jdo, e sen:te, cóm aquêll!s ' co11êiena,dos (ló "Eana'dJse Lós~", ,de · !l,liTW,ll, que tudo, agora, "é di:vers9 do, Céu d'.onãe... éaipfiu !" · Po,~e»'l?\, ,diz.er que' em José llégi;o 'existe u1na. -poes1.Í\ 1'fé natureza José• Regio luci:feri~ a - - . . _, José ~Regio ~ um dos grande:; poetas, mas à pa1·te, da modl!~– na Iit~ra,tura.. po~·tuguesa. E:kplót-<1 ·êlê aquel as pat~ens infctn,1ís qµe o seu patriçió. A:nt,ero f.oi o primel.ro a 9isa.r.: a retifio desolada e mortal de um angustiQso pe)}sa·ment.o metafis'ic.o. E· José Regro nãt>• ê anenas um4?oeta -~ortuguês. É um poe.t;i utHversa,. Porque o ·seu cua1na é o d,an;1a 'do home1n tto nos,so {e1ni,e. q,ue "quer 'li'i– v.er . coí~o di,sse um dos seu~ crfticos, por si: c<i.g:_tra. o hóme,;n do º"0$'·. • • • SONETO i . 'Jl'anl,;>11 e, tais panihtlio.s _ ire enredavam -11,h ! rede i;obre o àbis.mo ! - ante o.s. :meus Que eu me de~ei ficar banlboand9 o~ J;,ra:ço• E olhando os outros todos que avançavam. :· , • E .todos .que av11:ç,ça1(aní ~e· c.lama11~m: - "Anda conosco e,n, busca dos Espaçps ~" )\,· tl>dl:ls f;iu 6.lhav11 com olhos baç'os . ... E '<tbdbs, rindo eo:in desdé_m·, passi&~ F. P. M. passos, ·p.m, pintor, um bom pinto.e, um ti,tlha t(m ,significado .P.reJ:~so, quanto ll;>e devo, . Tex:~i t _este~u- c_á J ói'a;, CoNt.o ~os.troilase pea ótimo- plnt<>Jl, perfeitamente se'- Navarra gostou s,obretudo dp nhado do ·meu fervor se a(ír- naltzaáo. A:quêle br.avo tr,aball'(a- 11.beit da · técnici! de sua a1:te, e .àq\,íayel\\s. 1'4~s ~ão qu~i;o ante• ,mar que · ê.le me é tão ttecessã.río ·4or·· hay'ia qµf!sf cinq1,lent.a anos mtellgenie, e ê\l;lto •dentro de ~a .çl~at-lfie a ·er1tica, s passetp-"Os c_omo. Mózart, ou: talv~z ma1s, ·? qµe esêi::evJ,i. Cerca çie. ~efrn v'.ol'u– àrte, t;tUanP!> faz ,crlti_c:;a _lJrtnta- ·adiante. , . , Mózart._-:. sê' le:v;(r';\os.,é;rn c6rtta mes.P,_u~üc11,dqs: ropta.!íce; nove~, ,e a duas ou três. expre;,ssoes,cli- ' l'ilari~ E)ena Vlek~. da .Silva' es- ~u.a . c1;1rreu;a í uti:n1n.aµt1 r e ~eu h1Stó_p«, mq~~, , edttc:a9ap. _E,r.!1 cl\.ês - ••matéila.., ..be111 r .esol- tav'Í1' ericàntada cq_m tudo.. Outros. mc~.mpar.ável do'.!ll ,de 1mp,r9vi- . ·~os. ro!)'ranc~as e :novelistai,•1n,ps vtdo"... Que mais? .-'\.h, ª'lU:~!e artistas e.sta:vam encantados com saça;o - é p.oss1velmente mais l1dqs e ,qu-er1do$ do.. Brasil. For Que o meu caminho - o ineú ! .....:. é gu.e eu .-pedia , gesto circulár da mão sôhté um. tudo. Eu e~tava ·encanta~o e9m génJ.al; mas Bach é máís impof• o.utro lado, nunca cessà:r.a. 'de co, E' o , meut c;aminho, .. ou ·eram todos êles. ' · detalhe. ;Entii'b disse ".Ora bolás"' tqdo, Puder~ ! Sou. ;J)ernainb,U'é'.;i.• ta'!i~, Qu~ O w1lverso ,int.eixo til· li;tborar nos -jo~na'is. E b'eirayli os qu era, e~~ão. ficar parado e só. I! .não quis mais f alar de artes 11 (), co~o.Luu: Soares. _VJ m~nq;o . ol1ne um dla os ouví<los à !t;Iª setenta anos, ~hd9. nlê~~•dac!:e . ,. , . . , . P.lástfcaS'. no Recife aiu,xe!,'es c{t.cos, setnP.r.e in~ica. já qu~ Deus · o ci::10µ de produ~r e;oqiQ ~e;. -a!.hp'a -e,liti- Flg.ue1. )Sou eu !, na enc:.ru!"•~~d~. .. ,,.E, um . d\a, . , , , I~ t1,1do é P,.tn:ª me .a 1sc~1IP.ar cli:ama?,O$ "un1:ve1t1ais' ' • , ~9~eles jl,ara educaçfoo d,~ t<id.g,s. ,.. vesse J,10_ 'll}ÍClQ dai c~ri;eu:a ! .. . 'l".u, ~pt~... ~e ;9eJ>~'¾I •1>0}~ \..~'.! ~9"f_eie.s,., ,,~ , l ; 1 de ~ma pl)qqehiriã (!ecl~,t:/1'.Çao de pastQrJS, a~~les. i ;p.irraeat~•. · ·. ~-- ... . i ·:, , • . , ,, , . - (?;legai:!? Jetnb.t.o~ cfu.e ff ~l,&,,1a,_ "; Por! t~iio1, :-6lfi': ~pm~ra',; ~~11.. ,Pi· ! ,,. · h l , f!IDÔr q9Ef VOU ,f.a7-er ao Ve.1,ho N:ã°'' . \r,i ·OS f.!.,evo~. .qüe ~asÇ.eta'?l' .- E~~, cr6nlé:;a fot l~pp!~'.11! :~}.!!, .l'Wl~S; _Jl?r.,-';, 4.,11!, .·• co~pSJ1/i_!1,ç~o... '.Ç ~· ,'!, ~j "¼ J;) :, ~ - -<!~ ."J< _ ? ,f Jfi; •~ ·,t :,;. -~ ~- I: ,~,'.;~~ _ t . . , ~. 'rj) ., ' ;~ fµ~~%~r~ ~eI;~~U!lt>\~~}f~.~~~~~lf~l~r!il! ~~~~~lt~e ir~a~~~l~= í;,l~, ~o~,~~~11f}fil!~~~ª -~ 1f? ~ ~ ~ J~~- ~X; ~ t~;}i ~~~f;iln:act~\ ~ª='~,~1--~ -~t'i_;,;';l'fJ.:;. __ p°!i'r!~; dos ~qO:ité,tos. . .NííQ le,ve iil. m.µ n(ê\, ·B.eci.fç , obl'1gaqo gelo ba• cravo, na lriferpr♦taçlQ. d♦ V~- p-ruula _ ~111, ~ boe,!((o d:,i "J<!go ila ç,t\lra. ci\&'11;, 1 roma e, Wem, ta.mbt!l!!, J,l~ .o· boin Soares aquêle · adj'et,ivo: nho 1 · - · ãa Land~ real.••• , • , -..,os <fe e114a!os ~ crlttca . H,er ria, ,

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