A Provincia do Pará 28 de Setembro de 1947

A EM FO l ) - PADE.E ASTONJO t talvez ,. homem mais falado nb~ 1w• mo,ii tem~ O modesto aacerd1 te da não meno.s modes:.a 'fila dr Rio Case~ em !\Una, Geral~. de uma noite para um dia, ~. tc:16rad0:. ':!!!gT~('i~:: .. ~1;1,;}~ 1 r:t~-l~•' 0 :eheJ!:~k 10 (i;~; l\ter'.dlona?) 2) - CtNA RlSTôR ICA ' para 01 tcureiros e amant.« d.u t'0r• :1daa de touros A uJtlma r,-xlblção de J osé Gon-zalez, .. EI Car· nlce.rfto", um dos mais famosos toureiros mexicAn<HI, irmão em ~lória.s do celebrldo Manol,-te ,,uc J\inda ha pouco caía ires– l)i.! :P.do pelas a.apa.1 de um touro t,.alçoeiro. Ao seu lado r.s&.:i Conchlt& Cltron famosa tourtlrn, r a foto foi tirada em Vila Virosa, no dia da 61tlma apcesentac5o de Oonzale,;. (Foto L'I/PJ 8) - El\t VILA VICOSA o vencedor de M:mpre tombou mortal· mente vencido, dlant.: de lmtnsa muhldio. A g-lórla dêmera acs mata.dores. Aí eatá no Jeito de morte, cercado de flóres. (INP, 41 - O CORPO DE "EL CARNICEHITO " foi levado !M'la• ruu de Ll1bôa, em direçác ao cA.11 Emt-arcaram· no num navio. O l\ltxlco pediu os deSJ)OJos d,. Gonz.'lh-,, que V!U repousar na 1.e.rra pátria. (l1''PJ 5) - "IIIORRA TRl'~lAN" - Em Florêncla, Itália, o lider co• ~~1:::1a~ ~l.la ~~ :~~';1~6e?~~:J~ 11 rt~ª~ºrar:~~Õ~ ~t.1?;;~:ta: Truman. Enquanto Toglln.tlf ataca ,,a os Estados- Unidos, cha– mando o presidente da naçào norte amerlcan~ de " pretenso dJ· tador do mundo '', a tuTbo exaltada respondia: .- .. Mona T·ruman .,. UNP) r ·!a que uma grande mu– dança la se realizar em s:ia ·ida e lava alegre e n ,,– drv.sa ao mesmo tempo . Dei– tada pensava russo tudo. L~– vantou-se ent-ão da cama e começou a conversar contigo num pedaço de papel. Co:i– tou-me o quanto esta,a n .~– tlrosa e alegre tambem. Con•l, a mo.Jorla das moças, Já ou– vira sussurrarem coisas . Na carta mostrava-se mui>o doce e dellcada. "Por muito tempo. após casarmos. es– queceremos que somos ho– mem e mulher··. escrev~,1. "Seremos seres humano,~ . Você deve se lembrar Que cu sou lgnuorante e que com !requencla serei est-'1pldl\. Você deve me amar e ser pa – ciente e bondoso. Quando eu souber mais. quando final– mente você me houver ensi– nado o que é a vida, tentarei p:-.:inr de volta. Amarei V.t~ê terna e apalxonadament~ . Sinto essa possibilidade em mim, eu não desejaria me casar de maneira alguma. Tenho medo mas est-0u fe– liz lambem. Estou tão ale– gre por estar tão próximo o nosso casamento". "Agora o senhor pode cal– cular a situação em que me encontrava . No escritório, após ler a carta de minna n01va, senti-me subitamente resom«: ~ forte . Lembro-me que lt•antel da cadeira e an– dei, úrgulhoso porque lri:. ser o marido de uma mulher ti.o nobre Senti et:: relação n ela o que sentira Pm relaçfo a mim mesmo ~.ntes de desco– brir que coisa fraca eu era. Como garant!a, tomei a !Ir-- me r·~tlução <le não fr-.>que– Jnr 'Iinha pbneJado vl;1L,,r minl,a noiva às nove de.que– ia 1wi~c . "Est.Jlt bem agorc1", pensei . "A belam de seu c:1- ratt-r ~alvou•me de ll~lm esmo Irei Jâ para cas:i e mandarei a ~utra muihtt embora'•. De manhã tinha telefonado a 1 .eu empreg;,,do e tlnh:i lhe dito que não (!Ue– ria que estivesse no aparla– mentJ â. noite . Peguei, en– tão, o telefon• para lhe dizer que n_.,sse en: casa. Mas 11ma Idéia me ve\o. "Em qualquer caso é mPll1or que ~te niio esteja lá'', !Jen– sel. "O que Julgará ao ver uma n:ulher vindo me pro– curar ·cm cas~. nn noite 2n– terio~ ao dia de meu casa– mento'/" Desliguei o telefu,•e e pr~p<1rei-me para Ir para casa . "Não c;uero o me~, er11- pregacio no apartamenlo porqu 0 não quero que rne veja falar com a mu rer . Não !)Osso ser grosseiro com ela. 'ferelra qne lhe da• al– guma explic:icâo'', disso ~o– migo . "A 'llUiher , rio às sete ln ras e, como vocé deve ter adi– vinhado tecem-a e esqued a resoluÇdo tomi;dn. E' provd– vel Q'1P. nunc~ tivesse titio outra lntP.nção. Na porta lu– vla utr.a campainha, pc;1e·n ela não tocou. bateu mar,'>à– mente . Parece-me que t0dúl> os seus 2.tos r.aquela n01te forant manso.~ e quieto~ 1itJ.s multJ rápidos e decididos. Estou sendo claro? Qu1•~do ela chegou eu estava em pe. J•moo úa portn, do lado .::ie denti-o. espPrando navla meia hera. Minhas n,ãus OFl~!~!:Je!~!~IO jl Acelt&mo. conae.rtoa reparaçõe.a em aparelhoa d• rtdlo e aom. lnelu1tv6 vitrolas d• qualquer man;.., dla:pondo de tlcnlco e3pocla• Uzado e material de prlme.lrc qualldade. DIRIJA SEUS PEDIDOS PARA DUARTE, JORGE & CIA. T A 13 D& MAIO, No 188/192 - TELEFONE - 3834 dt&trlbuldorea e.xclu1lvoe doa ridlo. e aparelboe de 11,om ">JrUne'' hbrlcadoa por MONTGOMERY WARD & CO., de Chlcaa:o, Illlnols (4205 A PROVtNCTA DO ~AttA Domtngo. 28 de setombro ae 194'7 OUTRA tContJnuação aa décima terceira pàginal trerr.iJm como tlyham t,t– mldv na manhã el'il que ~euo olhc,5 me olharam. qua:,do eu tenteJ coicear os niqueis no b:.lrão da loja. Quarc'o abri a porta e!a entrou r.illi– damente e eu o. tomei r.:JS braço~ ?ermanecemos ji:n– tos 1:a escuridão. Mln :·..s n1ãos nâo tremiam nta's. SenU-mr forte e fe,lz • Se b~m que (cnha procuro.1- do dei~ar tudri claro. nã,, lhe dei ici~ia de como é a mu:lter com quem me casei . De-;i...– quei 1:1~ i:--. o senhor viu. a ot.– trn r.·:1lher. L'.mitel-me adi– zer que amo minha mull1er ma •.ura urr:.a pessoa pcr~– plc0z como o senhor. ls.,o nad", significa. Para fala, a verdm!e.. entlr-me-la m~11ur se ,1~"' tivessP começado a fala.- nesse azsunto. E' lne– vlta,d que dê a impressã0 de estat apalxorado pela rr ,, – lhet do vendedor de eh,., u– los . i) que não é verdade !!;' cert,, oue pe,:sei const:tnt.>– n1en.~e nPla, durante tod:i a sem-:.na de meu casarr.ento, mas. n•pois dela ter vindo ao meu apartan,ento, saiu- .-,e compi•.•amente da cabeça . E.:;t3.re1 cont.:1ndo a verdo.– de? Est.ou faz~ndo o poss:vc, para cm1tar i:?xatamente o que me sucec!eu. Disse qc1e não tornei a pensar na nu– lher ct, 0 pols que ela veio ao apa1 l:imcnto Para cr.nl.nr os fntcs como são, isso nâc é verdr,de. Naquela noite. ~s nov !, l11I vlsit.ir minha 1101- va, w,no ela pedira na car– ta. De uma cert.a forma que não p~sso expJicar. a outra mull ~r foi comigo. O q,,e quer:; dizer é 'l segulnt~ - o senhor sabe ~ue eu tini1a pen~a<lo que se alguma co:Sa aco!lle.cesse et:tre eu e a mu– lher do vend•dor de char-i– tos, niio conseguiria prosse– guir r.om o meu casamento. "Uma coisa º" outra", tli,ila dito C"mlgo mesmo . NR realidade, fui vlslt&.r a minh~ amadrt naquela 1101.e cheio ~P. uma nova fé na nc,s– sa vl-!a em Cl):num. Tenho mede> de est.ar confundindo o assw1to ao narrá-lo. ?wllnu– tos atrás disse que a outra mulher, a mwher dr, V!nc!e– dor é:e charut,1s. foi corr1go. Não quero dlur que lea t,e– Nã:, quPro dleer que ela te– nha Ido r~almente O qu~ es– tou procurando dizer é que foi e owJgo p,rte da fé q~e ela dep~s!tav:-. nos próprios desej,•s e da ~oragem com que encarava ns coisas . O senhoc está ccmpreendend, 7 Qua ndo chegi.el em casa IJC minha noiva havia uma m:.:1- tldâo. Alguns ..ram parenl.t!s que ec, não conhecia. vlr.-:los de lo,ig::.. Ela levantou vS olhos rapida1,1ente q=m.10 entrei"·"- sal• . Meu rosto de.– via estar radiante . Nunca a vi tãc. romovida. Julgav11 qu~ a s.in rnrta tivesse me 2fe.a. do µr;:,fundamente. o q:';: tra mesr~o i,erd:ide . Levantot,– se de U!,, salto e correu ao me1..1 ~ni:-ontro Estava rc::no uma ~ri.lr.ç.a alegre. Me.1r.10 dlame elos outros. que se V()l– tavam e nos examina v~:n, ela c.i-se e: qu,• lhe estavd na mente. ·•Estoi: tão feliz" ex– clamou "Voe~ compree.1;!c-1. Ser?tr..'lS d is ('eres humar1úS. Não prrc;s3remos ser mar!..4o e mulher•· Como ~ senhor há de su– pór. todos rirt.m, porém, eu não ri . !\s lâ~,rimas vierP.,n~ me aos u"hos. Estava t ~o fe– liz qt:e t~1ha vontade de g. i– tar . Talvez o senhor c~m– preen,'a o quP quero dizer. No e,crlt ' rlo, no dia err: , -ic li a ~:irt.?. ~scrlta pela minha nolv::. t!-..:ia d!t-0 a mim mes– mo:· ''T•Jl'larei cont.a de 1101- nha 1ue:·lda mulherzinha.". Havia. o senhor vê, um trrn pretenc!rso nessas palavri.t. Em c3.5a '.\ela, quando ela cx– clarn•J!l éaquela manelr.i e todos riram, o que pensei foi mais cu TCC'nO!i isso: º To1':'la– remc.s cfü1ta de nôs mesmos· Dlss~-lhA q113Jquer coisa. <.:e parecido ac> ouvido . Parll fa– lar ,. vel'C'.:ide, tinha caldo da minha l1nportancla . O esJ,1- rlto c'.a nutra mulher conse- _____________ .,:___ • nunc10s Populares PAGOS NO BALCÃO f. ÇAO CATOLICA - Mn<:.u "' Rl\'oll. rece"eu grande sorti– mento de tx>tnas. prôprtas pa.ra a Ação Católica, as quais est.P ,·endendo ao preço de Cr$ 18.00. cada. t3i~7 A L~~:-s~o -baf~ :~e~~: contenCO ta.la, ,-aranda aJco,-a. &abtnete, dob quaru,s. dispensa, !anitá.r1os e co:d.nbs.. Condição: ficar o p:etendent.? com os mó· ,·ets e utenslll~ que guarnec~m o p:édto. Tratar com o dr. J~.· cinto Cs.stro tabelião sub.st !Lut.n Go Cartório Dinlz. 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E' c:,mo se ~-ll fosse uma semente 1,0 châll e tivessem chegado llll chuvas quent,;s da prlmave, ra . Como se eu fosse uma ârvcre e ná-0 um homem . Ag~ra, o sei:bor .sabe, esku casaele e tudo corre bem. Es– tou multo satisfeito co,,1 o meu cas:imento. Se o senhor dlsses~e que o meu casamen– to nfio é fefü. poderia cha– má-lo ele ment.!roso sem fa:.– tar n verdade Tentei falar- • lhe a respeito da outra wu– lher rlâ uma espécie de ail– vlo em talar nela . Nunca o ftz f.ntes. Não sei como foi tolo a ponto de ter medo ue lhe da r a lmpressá-0 de ni\o gostar de minha mulher . St não confiasse lnstlntlvame,;– te na sua capacidade de cnm– precns.'i.n não teria faladc . Na vrrdade excitei-me u n 1 !VROS USADOS - Compru. Tratar com o sr F.dtson. à t· avessa Campo• Sales, 142 - Ll– naria Econõm1ca .. ------------·- L OTE AGRICOLA - Com mo– radia, no ramal de Ioorac• <Pinheiro) . Vende·se o de n. 51, com mo– radia, coberto de telbaa e USO& Jbado próximo à parada Te.nu– né. 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Por um momento fecharei '?lle.u. olhos e os olhos rápidos, ta– pertos, decididos da outra muiher olharii-0 os mellõ . Mi– nha c!lbeça tonteará e abn – rel então rnpldamente l)& olhos ll verei outra vez a m 1- lher querida com quem de– cidi vlYer. DJrmlrel então e quando acordar de ma1,:ià tudo i.starã cnmo na noite · em c;ur deixei o apartamer,– to es~urc após ter-tido a m.ils notáve! experlencla de winl!a vida. O que quero dizer, o se– nhor compreende, é que, pa– ra m::n, quando acordar, a outra mulher ter-se-la Ido complot.amentr. . Arnaldo Moraes Filho ADVOGADO CIVEL, COMÉRCIO, CRIME, JUSTIÇA DO TRABALHO E JUSTIÇA MILITAR Escritório: Padre Eutíquio, 104. Fone: 4392 Residência: Generalíssimo Deodoro, 297 (UM ,---·- M ATE!UAL - Para ridlol p I e t-ui,a. truworm&dor., com llndaa calus lu,t.emaa, .pi– lhas. etc., v. &. e.noont.ran n& "A EU:TR.ICA", à rua Pa1re Pru– de.nclo. li a cau que 16 tem o que é bem e vendo por preços 11tm c.ompetldor. 131131 O PERARJQ,; - I"errelro1. 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