A Provincia do Pará 07 de setembro de 1947
1 ----------- SEGUNDA SECÇAO ARTE E LITERATimA A n d / r e M a u r o 1 s VISTO POR GENOLINO AMADO Ao entrar em CDntacto com ; llterature. ..: , André Maurou o critico , t:.::ldo a afirmar 'ao mesmo t:r~nte, dof.s conceitos ' COntraC:lt:)rl:•. NlO aabe .., deve apresentA-lo COrQó> o menoa francb dos escritor.. atuai. da ~:~1º ~~in r'~xp~~~~ = perfelt.a deaaa Ilustre tntellgen– ela gauJeu, que ele ao mesmo temp0 confirma e desmente. Interesaante i que. embora eparentemente. lnconcllláveta, es60S dou Jutzu o4o rlgorou– mente- exatos e ae completam no utudo da peracnalldilde Ute– rirla de Uaurou, tAo llmplda pua 01 obaervadorea auperfl• ctal• encantados com a • fria. clareu do ••u eot!lo. e tAo oba– cur& ...» os que dl•t!nguem aob a ,.,,raca lua da linguagem lllbllda e dl&clpUnada, o fundo de lncoerénclu que há no aeu pen.sarnento e rui• ,uu predl• leç6ea mal .. boçadaa. Dlz-u que Maurou, que é o menos franoê1 dos eocrltores da França contemp0rlnea, u– na talve: para ele o e!Og!o mais acradavel. No aeu Incorri• alvel esnobismo Intelectual aente-u -lhe a preocupação de deetae&r•se como um enamora• do do mundo brltAnlco, tr&ns• plantando para a ordem e a luz da cultura latina o nevoei– ro de "hurnour" e de metafl• IICA daa ctvlltzações nord!caa. Não ae lhe deocobre a menor simpatia pelo ..plrlto cartes!&• no, Que '-. um queru e ae.m saber, talvez um txpo<!nte. l!!s· ~I~~ '::"':a:afc~~o ;::,~~; trsncesu, tenta umpre fugir l a~moefera, de origem e saboreia ~ f~t!'est~r.l~~ ~ :g;: d& humanidade trogl-comlca do mundo dlckenslano ou seja ria respeitabilidade convencio– nal du rodaa con,ervadora.s da Inrlaterra. n& época vitoriana, quando não vagueia numa nu– vem de p0e1I& com o alado Shelley ou nAo desce 10 Infer– no romarrtl~o de um Byron, 1ntoxlcado de •atanlamo. Escolhendo aa perscnasen• que deviam lnaplrar •• suu admlraveu blogr&fls1 roman– ceadas, Andr6 Maurou definiu mais a 11 mesmo do que aos próprios herõu, eatadlataa e poet.u, cuJ& vld& conta em pt. r1n1s tecida, na 1ed1 de uma lln1u41em que 6 modelo de conlQrto llterf.rlo. Em todu euu blocraflas Maurol1 deixa lo10 perceber a Intenção da ri:~~-:~ .. ~t~f:·o ~p~:~ a1onou como aa,unto, Mas, as• afm mesmo. 6 também um eV&• dldo, um conquutador de ter– ra, eatranh,... - o 1enora1 Llautey. O que lhe 1n, plrou 1lmpa~a " - !ran foi também a IU& tu,a da e ção da França, a que libertação no melo bar– baro do norte afr1cano. Els p0r oue incluiu o aa~o comandBn• •:1~:ãoLeã~ãor~d:d~~•I~~::: entle Byron e Bhelley, Duraotl e Eduardo VII. A~ ao maior dr&m& da hlA• t.orl& ocntemporlne& da Fran– ça, .O se v6 o que não 6 fran– c&. A 1uarra de 1914 lhe auro– re. paradoxalmente. llvroo da um humorismo tAo rico de ael• va que ocn,mulu por &Mim dl· ser urna experl6ncla nova n" lltaraturaa n6o-taun... que .O conhecem a Ironia fina ou o &arcumo do de1e1pero. O riso \~ª~=tUo~&r~~- D:•~~ Sllence1 de OOlonel llramble", perece a~ provocado pelos •gaga·• lnsenuoa doa filmes co– mlcoa norte-amerlcanoa. 6cl e&&e "humour• ttplco de Maurola bastaria para dcmona- ;r;I/~':!º 6 ~u:'~:f:10 de Mas .O um critico puerU pC• Geria ocntentar-ae com essa f,',!,"'~i~d~mJ~f."!ia:~ fC:l~r: vela o lrands cem po r cent o que em vão procura ma.se• • rar..se. A própria llngua o trai. O 'humour ... de :Mauro.b: e a aua cUltura do marcadas lnlluen– Cllas biltAnlcas não conseauem llbertj-lo de... pr!OAo de cria– tal que 6 o Idioma trance.. O aau penaamento ordena-se nu– ma lóslca formal que dct,m tnr.ursões &venturoaus p e I o can1po do lndelmldo. Beta 1e- 1ulos da anallsc cortam-lhe as aaa• dos devaneios. O fundo de ~;~~d~~u: 0 ~~ ~g ;.,11:u~.;; t.r&J11P&renta de Maurou. Bem querer. mostra-se um clA..sslco na aceP9A.o de , ..peitar nlo o6 as tradlçO... da llnsllogem lran- · cesa, comi:, também o próprfo sentido da clv!llnçlo e que ela corre,ponde como Instrumento de expressão. E•• e esplrlto raclonaluta, multo msJ.s apto a compreender peb dedução do que pela lntul– çlo. e... tendencla para pre– terir a realidade à f1nu1la, denuncl&-se a cada momento e marca &O mesmo tempo os triunfos e as derrota• do ro– mancista e do critico de perso– nl.lldadeo. Tudo que 6 claro e preclto, Mauro!> compreende • traduz de maneira quase lnlnútavel. Falta-lhe, portm, o dom de decifrar o mutérto. txf~drnxrlci.ued~ oD~~~n~o ~~; não convence quando estuda a vida de Byron. o "dandy " l•r&ellta pagsean– do à sua lnsolencla ambiciosa pe1oa exlgent.. clube8 londrl– noo: o estadista lut3ndo num ambienta tanslvel. combatendo outros homens, aptoveltanclo-se dns !,COnteclmentos, coordeuan• . do torças pol!Uca& _e ,octou. ent•ir.. o 01.sraell vivendo a ,1. da nsc se vê e se projeta no m•,cdo ex..erlor, tudo lssv M&u– n-1" •.:-mpreencle e expõe adml– ravf:in,ente, dando sempre u.r.:>l Impressão de certeza. ~ ,ua llnlca arma de lntell– géncla é a ana!Lte. Não po..u, e.,u dom dlvlnat.õrlo, cun <>· bed.CTia do tmt:tuto .;!o ror- · preender. que atinge a verdade num võo 1Nt3ntàne:> J;i t;1,p:• ração. Maurol5 nunca. teria. de..:- . l5U Intuições que levam às ck3- cobertas ma1ore6 da \1da, 3.n– tes que a ruão dlsclp!Jnaéor& encontre a prova material do ~~1;~ 1NTo~~ ~.:,a:Jg ~: cada personaltdade pela !Orça Intima do uu próprio eer, que dt.rttnaue em outros, mais o~ menos acentua.do.s peloJ c:irac• ter!sUco• próprios, os lmpw,o, e oe penaament.015 que dtn:r,J dele se agitam. Não compreer. - ~i1nlc\".,';i. '),'i;i'!~i~l!,:~ui.a. 86 compreende p0r dedu,;õe>. ~:- q~ .!;'~po~ ~~~ nAo man!lestem o seu carâteo Intimo atJavés de atoe exterio– r.., M&urou nAo tem elemen- l:. ~a .:~lo N~;'J'~; não conhmase a hl.1t.6rla tia:, ouu batalhai, não enccntrarla e génio guerreiro. Se nAo les– se um verao de Baudelaire, nAo deocobrlrl& que Baudelaire é um p0eta. Bem anedotu trâglcaa ou conúcaa a UUJtrá-lo, o ho– mem não tem sentido para ....., ..plr1to aGOrrentado àl "'iden– claa do mundo exterior. Sem u apuenclu, Mauro!• não che• gana à6 realldadea. E' canct1erutlco o exemplo do aeu livro .Obre Shelley. Ne• nhum outro escritor poderia talve: aent!r e mostrar tAo bem a lmpr....&o de leveza, o tom aé- ~~eud•~~~: 1:1~~. '1.~t~~ q:_ vld&. Shelley, sem o ambiente da Inglaterra cerno fundo de cetl&l'IO, sem u luta, de colé– gio, sem u flsuru qu, amou; ~ :~Jg ~~~e: lr~ ~ ~[:~ za ", o She ey d.OI gO!IIOS, das fadu e dos el!os; enfim, o Shelley que libertou. Prometeu na Imaginação, esae mal o dls· e t1nrue de lonse. E' que está além d&a SU&S frontelru. Não ae exprime em formas. mas em Intimes faptumas. E n f Im, Maurou é capaz de ver Shel• ley sonhando t,,ndu. E· Inca– paz de ver as lenda.s que Shel– ley aonhou. Porque Ma11rols 6 um lran– ú1. A au& CUitura consciente pede lnaplrar-se no lrre&llsmo ou nu exareraçõe• da vida d& literatura lngleaa. Ma.s a fõrça do aeu penaamento, o aeu rc•· lf.~~a 6 ,ro 1 ªm~~"J.!'~sfv.'r 1 ª ta E;,,~.J~l%nn~r.• 3: ~;: ravllhu. Pertence l estirpe doa Mcntalgne, doe Voltalre. da. Renan e doa Jl'rance. embor& pretend& flllar-"" aos Swl!t, aos Dlctma ou mesmo ..,. Wells. A lótrlca lranusa e o "hu– mour" brltAnlco tornam lmp01- alvel concUlar no mumo tem• per&mento criador a.s lndoles artutlc&s das dua, malore, 11- ter&turas da Europa. Tonto numa como noutra, vi– ve em Up:,g de O&rranta ver– dodc o que hA de mais huma– no dentro da humanidade. Ma, o proceuo de apr..entaçAo de•• su ll1uru e da vida que nelas :,~~f~~en::•~~IOJ~~:i~= terra e da l"l'ança. O lnglb tem uma tendencla quue lrrealsUvel para mostrar a realidade humana atra,•é• de personsgena sbourdu. O tran– ce., pelo contrlrlo, compõe sempre pereonasen• lóslcu, presas ao sall!O Imediato da exlat6ncla vlalvel. at6 mesmo quando cria fantaomasorios Swlft Jnvanta alaantes. Ma• o mundo cm que vivem oa si• 1antes de Bwlft pertence a to– doa os homena. Voltaire, pelo contrlrlo. Inventa conto• de mU e uma noites. mas o prot&- 1onlsta das 1ua.s hlatórlu ma– ravllhOlls 6 um Zadll que pro– cede num ambiente de fadu ;fc\:., q~alq~::u.trl~':,"•eséc~!~ XVUI. A vida geme. choM e ri den– tro doe llvros de Dlckens. Ma.s OI tipos dlckenseanos ,ão. co– mo ob.,en-ou Chesterton no seu estudo masl•tral, Usuras mlto– lóslcas. No entanto. na trama lantàstlca da •&rnlta dos An– Joo". Anatole France no, &pre– senta um Luclfer que e a mili.!I aenaata e menos e:<travaaante das orlaturas. Nos rcmancel de AlexanC:re Dumas, nlo hâ ,. • r d a d e 001 acontecimentos. mas toda a sente fica querendo bem às suas personngens. corr.o tons companhelr"'5 que nada mo,. tram de anormal. Ao Invés disso chega a doer a. realldade dos conflitos bumanoe e soct.al5 que Shaw expõe nas 15Ulla peçu. E 0.1 tipos 6haweanos 6ão como o seu criador - hcmtns diferen– te.&, que n1,da têm d! humano.o., nem mesmo quando represen• t.am aJ5 angu.gtla.6 ou u t5pe?'&n· ças d a humanidade. A.ulm, na l.!teratura ~ a e.xtra.. --a.gancla est! no tipo. Na francesa o tipo t ncnru.J, U>r~~;ªfte°~e.e6tt o.a hl!· Da[ a tmpoulbllldade em que aemp:e !e tn.oontrou Maurot.s de adaptar. cerno pretente. ua l5Ull arte. o esplrlto pro!iµida– mente !rancês à.s •ugestóe.5 d.a cultura dlrlgtda para o mundo anglO· SlXOnl~-•• Parecendo a.._qtm tio contu.• dlt.õrlo, que é,- atinai, André Maurob? E' anw de tudo, um civili– zado. Civilizado au! o emohl.1- mo etvA!zado até ao áecaden• tismo. Nele tudo traduz o Janota In– telectual. Eln todos os uus U– vroo nAo !lá uma, 66 Usura de pcbreza, uma "" personagem com a barba por lazer. Não oel mumo ze Dtsrae!t o atrairia. como homem de E5tadp • cerno expoente oupremi:, da pri– meira fase do capitalismo un– perlall.5ta, ,. Maurou não tl– vesoe reconllecldo nele, logo à . f!~lr;yr~~- ~m·~n:~ f:i; cabeça pá!lda, 01 primeiros éxl- ~=';fa"ºl1Jn! ~,:~1ape{! condesoa Gulccloli. o Byron ex– clusivo das declaraçO... en!4tl• ca.a. talvez não lhe merecesse a pena de tão vuto estudo. Em Sh,Uey o que mau o Impres– siona é a aparencla matutln& do tipo, a ,ua clara ligeireza de l)Á81ato humano.. Mas, onde mesmo se manl– feota a predileção de r-uurols pela elegancta, eleganela no sentido vutgu de modas de 11· gurlno. é na atenção que deu a este gordo medloardo que vestia bem - Eduardo vu. "5 eotrol– nlces do prlnctpe de Bale,, os perfume, exqul.itoa. a sensação um tanto cu\cata de grande unhor entre as atrizes de Pa– ris, a glória mais de modelo ae &llalte do que de modelo de ..1.aduta. devem ter contribui– do decisivamente para que um .cr!Uco da. altura de Maurols se preocupa.ase em estudf.-lo e ao seu melo. Super-civilizado, no sentido de rxpoenta do requinte da so- l~~~:~.f.1:":~~~~~~ ~ d:=áo~om~l.l~~!tq~~ coisa que dól e devcrte ao mes– mi:, temp0 ver um ..plrlto da perce~ de Maurou dedlcar- ~a~~t.s•~~~~ numa época em que tantos p10- blemaa prlmirlca e tirutau do mundo aaaltam a lntellgencla ex!Jlndo atenção. Che1• o puecer o cumlllo da ln.11enalbll1dade e da lndlleren– ça pela eorte das multidões es,,e lsclamento de bencdlUno ql!e dlsae a almas e advinha aegre– dlnhoa do coraçl..o, quando la• vra o desespero econónúco e socll\l etn todas as p6tnu. Tem-se a sensação estranha de um entomolaslsta que otcer– va ae as p&rtlcUlarldades de um lnuto, dentro do Jardim Zoolótrlc:<>._sem perceber u fe– ras lammt.M: que urram ao redor. E>sa lmpressã~ ae acentu& noo dou livros IN~ados pela ~!;;~ 1 t:,~i~•t~11ro'fs ~n~~ aa ext.rava,ganctu doa senerA!I e •• eaquece de ver o aoldadO na Unha de frente. O ruido c:a vitrola de um comandante que ama o conforto do acamp~– mento puece-lhe mais lntereo- 1ante do que o esuont!o do e&• nhio. T~mbém não se deve perder de vut,, o empenho do esteta em ver encerrado um agun o de gradavel. Se n t e-u que Maurols tem horror l guerra. não porque ela mato, ma.s por• que é leio. porque os homeu• apcuecem peludos. com as botas •uJa.t1 de lama. Incomodando, as.sim. a vbão do frequent.adcr de f&lõe.s. acostumado ao sapa• to de po!Jmento e aos queixos bem escanhoados. A guerra do, mutilados. a guerra dos livro• de Barbu.sse. é chocante de– moa para o Intelectual que não go•ta de aspect oS gros, etros. Oe~morallaar a tragéd.la. ex• pondo-lhe r. co núc ldade. <Is umn tarefa tentadora para o :ilgldo temperamento do ho– mem de letr:,a. Mas, ao !und . o !ranGê:i que (Contlntb. na 1%.• ita:--> BELtM. PARA - DOMINGO, 7 DE SETEMBRO DE 1947 "Róaeo e Verde", óleo de De1as, pert~ncente ao l\1etropolltan llluseu of Art, de Nova York D E G A s por José Gómez SICRE (Tn.duçlo de M P . pan A PROVIJfCIA 00 P>.AA') g· dlflcll pensar em Degu •em as50Clá-lo Imediatamente com o ballet. Recordamos seu nome e logo v~m05 S!.las ~pu– mosae a.dtmanes eJegantea e aeguroi;. bailarinas ensaiando, r-e-prnentando.. abo oan-do sapatinhos ou deapoJando-ae de uu.s leves traJes. Inve.rsamen• te. quando uslatlmos a um cs– pet.aculo de ballet clf.wco. acre– ditamos estarmos diante de uma obra de Degas Umn posi– ção Impregnada de ·graça. uma mobllldade sugestiva, a volatl– sação do corpo em virtude dn dansa, a dlspo,lção dos perro– nagens em cena, tudo se nos as– socia mentalmente coni Deau. a quem Im agina mos, &tarefado em d&r•nos e.s.sa versão do tea · tro, que tã o . . tr eltamente vln– culamcs com seu nome. Nesta ldentllcação Ilimitada de . um pintor com um tema , en– contra•se ntw !()mente a glorl• f!cação do tema como tanibem o sento do pintor. outros ar– tutas, ao mesmo tempo que De– gas. ent.wla.smaram•se t.amb~m corr. a déia e a lncorporara.m a. aua temi lca. Entretanto. é a Dega, que associamos lmedlntn– mente com o lXlllet. Ni~o rcst• de uma prova a prtoTt de seu Imenso talento creattvo. Podemoo. também, no entan• to. considerar Desas como um dehclo..<o exégeta do mundo cor– te24o e boeuúo de sua época. Devemo, apreclf.-lo como este– ta .upremo de uma es.rer.:i sti• clal a qual aoube, come ne• nhum outro, descrever com o. ma..trla de um Ingres e a ele– gancla de um Hokusat. Porque em Degao. com lellz c olnclden– cla. convergem duas coreot.es :intagor.lca1 quo, ut ura m ,ua. arte de um raro e eterno sabor vttol. eograndescem e tornam ainda mais magnUlca sua. per• scnalldad . dia a dia, sem po– dê-lo cl~alllcar dentro de tal ou qual e<co"\a. sem pod!-lo sujeitar às caract.crl.1 lcas de det.ernunado grupo. Com eleito malgrado Degu em certo tre– cho de sua traje Orla apa.reça ldenU!lcado com os lmpreslo• ~;fJ,.~ e~:;;.~~ flã';'"p~eç":~ r, volucloné.rla, comp&rt!lha de u· - compa.nhia unicamente no r.>no de protestante Inconfor– mado contra os lialões oficiais. E' que Degaa. corno Renoir. odeia toda st.st.ematlaação para a arte e col2Slder& que !fl ao 11· bertar-sc de uma acadCllllll agoni.antc e tlu!rll como a da 6eSUnda metade do lléclllo XIX. deixa se lev&r cegamente pelo lm;,resolonlsmo, .. tá apegado a outra. Essa 6 uma de suas ra– zões para manter-••· através de toda sun. carreira. asilado em proveitosa 10lldão, hu.!cando a solução dos mais dl!lcels upe– tos do desenho. Para Dega.s, ~~~nl~~e~fo~is~:pe~l~ev~~ conl.lnha uma nesaçAo lnexpll– ca.vel daqueles va.lores espoclau que ele, grande admirador de lngres, conalderav& como lndls– pe.n.saveu na elaboraclo de uma bOa plnturã. A forma sólida, rl– sorosamente dellnlda pela li– nha era uma virtude do ..pi– ri ta cl1 L, .lco que merecia tomar & ler.to e volt.ar a vida oo aelo d a gr an de trad ição européia. Ao me•mo tempo admitindo a tentadc;ra elesancla do desenho solto, alta mente poético, que oa crt.mt.aa. com a:ua arte aimbo• llca h aviam Inaugurado desde hà mu1to1 séculos, Deau mer– gulhava em uma lltll dualidada esplrltual que deatac&v& enor– memente as caracterlstJcas muf•. to firme& de sua. personalidade. E· neste último upécto que Podemos encontrar o unlco contacto Ideológico do arU.t.a com seUJ contemPQrane01 lm· pretslonlstu : o amor pelas e.,. tampas Japonesa&. Por este ca– minho chesa também. como eles à compo,lçAo aberta e to– mada da um angulo diferente. Progride o parl\lellsrno do pin– tor com o assunto, elevaodo•se aqi;ele a um plano •uperlor de vi o que o torna che!e do pe. queno universo escorregadiço que pretende apressar nos llml• tes de sua lntensAo. Hilário Germano Edgar de Oa.s. na.sceu em 1834. Pilho de um banqueiro francês e de uma crloUla de Non Orleana, 1eu bem e,tar económico permltlu– lhe. dc<de a adolescêncls, se– guir suas Inclinações. Ingresoou na E'cole ae, Boa.ri.,; Art.< de Par!.s e e,tµdou no l.oU\Te. Desde então aprendeu a. amar a marmórea expressão de In– gre.. e a força lmpeaUva de !eu de!.!enbo, a cor de Delac.rolx e Man•t e o lmpeto técnico de Courbet. Mal.1 que o romantis– mo ou o proprlo clas.~lcl.smo, o ~~~fa 10 pa'A11~1p".:'';/e ~~!oio,;;,":: ção é . o capt&r e Idealizar uma realidade únplactvel. A!slm, toda sua obra Inicial, :u vezes de um realismo crú e •lmples, glr1rá em tomo do re!nto como llnlco tema por exemplo, a. na– tureza morta oa a palugem. Com o tempo .ua paixão ha– veria de !lxar-se nas possibili– dades dlnàmlcas do corpo hu– m!no. Seus temas preferldoa vtrtam a. ser os mesmos que lhe serviram para analizar a forma lemL'llna em movimento. Pua ele, nada mais adequando que a dall!! ou a de1erlção dos ge.,. tcs Intimes do banho que lhe proflplcl&ram uma P6se audaz e uma Interessante referencia às carnes !!rmes no ato de d... Plr-sc. enxugar-se ou pentear- ""· Ao ar livre, não a vemo. ocu• par-se senão do elegante es– porte du corridas de cave.tos ou com retrato, de pessou ca– minhando, sempre alerta ante a emoção dos corpo, para dl– vertu--se com o upecto rn&l.5 à.rduo do desenho. tud~r • comi,o&lçlo descentall– zada e aulmétrlca. stravé de um corte r,ecclonal de ma ele– mentos lnlútrados de mobllld•· de e ms(?llflcamente equilibra– dos 00111 os grandes planos mu• dos ou com oo obJet.OI que, a– bruptamente, surgem na prl• melra parte. Eata peculla.rldade, mlllto famUlar na. &rte Japone- ~!· ~~~:' .~:""~~º~~. outro a.acendente no Inales Whls!Jer que lambem Jt o ha· via lmpresslon&do pela sua con– cepção oriental da arte. O melo técnico que melhor ae acomoda a •ua. senalbllldade 6 o pastel. Com esta sub1tanola ressequida, Desas alcança. qua– lldad.. e valores lnlu,peltadoa, Jamais Igualados au! hoje, por &rU.t& algum. Com o pastel eb– t6m, altm de uma crsndo ae– rurança. para au& preocupaçlc com o dinamismo das fo~u. um arti ficio ftcll de experl– menr.tr com a cor de uma m&• nelra m aa audu e brilhante. Edg&r Degu. dep05 de tomar parte na 111erra. de 1870, len & cabo uma curt& vlacem l ~ – rica, permanecendo em Nova Orléam, cnde seus lrmAos ti• nham aberto uma caa bancf.– rla. Ao voltar & Pari., entrega– ae lntelramenta • arta na qual refleUrla com lladlld&de 01 goetoa do sua claue e de su& época : o aallo eteaante, o ballet, as corrldM de cavalos e os bordtu. o bito acomp&– nhou-o dude cedo, tornando-se o aeu nome l&rg&mente conhe– cld~ nos cfrcllloa Intelectuais europeUJ. Porém, em sentido contrtrlo, à medida que 01 tem– pos corriam e aeu preatlglo co– mo artista se &glgant&v& , D e• gaa comprazia~ em &fu t.ar- ae de todo trato aoclal. AMl1tla a l– guns espet.ácUlos e tomava rf.– pldos ap0nt&mentos que elabo– rava detld&menta em longaa ausões, dl&nte de seus mode• los habltu&ls v..Udoa de dan· sar'.nu ou nús, Junto a b&nhel– ru, dando-nos desse modo no que hà de melh or em sua obra a sensação de tra.ço& tu,azu, de esboços furtivos e nervoscg do que realrnente correspondia • a uma &nâllse meUculoaa em todas a.s suas poe,lbllldadea. Como complemento a seu aentldo plf.atlco, o utlsta cuJ. tlvou sempre a eacllltura. Nela de&eobrlu um outro velclllo para sua pesqulza do movimento. No fim de sua vida a perd& proç... s!va da vtot.a levou-o a retualar– .. lntelramenta na escllltura deixando-nos um trabalho ex; traordln4rlo nesse ramo. JUlg&ndo .que todos os ha· viam esquecido, rar&mente vlsl• tado por dois ou três 1nt.lmoa que eram adrnlUdos l sua meaa, Edgar Degas morreu em Paris. em 1917, ao.s oitenta e tre, anos, Juntando-se a esse vaato panoram& de lmort.ala que a r.t" hoi~nceu deixou a época LETRAS E ARTES GRAVURAS FRANCESAS - NO!i aalões do Cop&ell· bana Palace-Hotel está em exibição a Coleção de Oravu– ra.s Francesaa, Original& do Seculo XVIlI, de proprieda– de do sr. Alfonso Balarin de la Torre. Quando se trata. porém, de aondar o arc&noa da alma by– rrnlana, 'ls •("·15 "blufís'' cte nbotlno tal vez tncun..clente ou N aeus selJfedo• autentlcos; 1uando a vida do poeta nAil • espelha em a,pectos exte rlOnl mu ae ooncentra eru !Mlfdlaa lntlmu. Maurou he– sita, deaooncerta•se, e at~ o seu e'-t"(' de 11tuma parece embebi– do rio chumbo dos linotlpoa que r.omtJõem as pãglnas. "Ml!LHERES PENTEANDO OS CABELOS", quadro de Degas. da Phllllps l\lemorlal Galle• -- rr, W~sblnglon -- Esta caracterfstlca do deaen– volvlmento de •ua obra, Indu– bitavelmente foi lncr•mentada pela !otogralla. Ela, em parte, deu-lhe a OPOrtunldade de es- O conJunto apresent&d,,, formado por mllls de 200 gravuras originais da époc11, lnclue magnJttcaa peçaa da arte gravada da época A eic– poslção permanecerá aberta até o próximo dia S de ac tembro. 1 OITO PAGI PAGINA t CAMILO O dramd de sua pa1xao por Ana Placido por Oldemiro CESAR (COl>7rtal>i da AllDcla t7Pl, uclu1ho 41 A PIIOVINClA DO PAll4', Detta captW) Em 1860. num balle de e,pa– ~ento. ra&luado na exUnta IJ. sembléla Portuense (o Pallldro, como lhe ch&meu Camilo. des– peitado p0r nlo ser admitido coco sócio). foi o romancista, JA aureolado pela celebridade, temld~ por uns. odiado por OU· tros. aóinlrado sobrecudo pelas mlllheres. que liam os ..,,. ,,... sos e a-s &uu novelas l.s e.scon• dldas d"'5 pau dCS rnsr1- dos. apresentado por amigo a An• Augusta Plictdo, como ..ndo ela (e devt, .e-1, •m• ,"ttdadel uma das tr!• mau linda. mulhere, do seu tempo na Invicta cidade. onde u lor– mosuru !emlnin&s nunca es-• caS!ea.ra.m. A..<.ilin o conr. o escrlt.:r. re– !er\ndo o seu primeiro encontro oom a branca apartção nu O..nu Inocentes ela ocmédl& b•· mana. Qua.ndo. pouco depois, duran– te a luzida e animada. festa , o seu amigo José Augu•to da Sil– veira Pinto, ao tempo delegado numa u varas Judiciais prc– tuenses. o Informou de que 1lo termosa criança est.>và nolv& do JII. ,•elho comerclanta enrl- ~~~o Al~es~lit~';.1:~~~ no baile, como sócio que era da Assembléia e que de longe se- f;:~i} ::~er~h<;o, ~~:!'e~~:m~ ~~~.i:,d~e:.1:;~• s:1g:::•~; estreitos convencionalismos bur– gueses do temp0 o permlU&m, logo o escritor a!trmou ro1nan– tlcamente, com a prescl6ncla do que o tut.Uro lhe reae.rvava, re• ferindo-se em conlldtnca à vtsaem adortvel que entre tan– tas distinguira logo ~ seu faro de cncartodo D. Joio. ta G l;.;r~~ªa ~:~~h~ ~~~ t.al •. E o mesmo repeUa dai a pou co a um outro seu amli:o, o r.acloso folhet.lnlata Evaruto Basto, naquele lna,Lf.vel desejo de conf1dénclas a qu e ne nhum ■moroloO apaixonado re.sl: ;tc. la entAo Ana Au gu sta nu BUS$ dezenove prlmavrras. · Denalrado pelo coup-de-lou- ~~• gi C!t:'.'ºé ~:i°1~1~'l!~~~~ I~~ teu pobre quarto boémio, procu– rando esquecer na leitura. a es– tranha obc.. são que o perse– rue. Perigos> livro arranca da estante, ao acato. para e.a.aa tentativa. 1utll - o Wel1her, da Goethe 1 Dec:rreram ••ta ano, Camilo c1tnta a. mlllhêr ama– da, logo perdida ao primeiro en- • contro por um utabelectdo con- · trato nupcial para acudir a clr– cll?IAtànclu precf.rlas da taml• lia. da noiva, oob o pseudonlmo blblloc dt Raquel o muitos ou– t.ros, em todas u tormu do ve.r&o e da pro&e, como cm ver10 havia de recordar mal.1 tarde o primeiro e 1neoqueclvel en• conto : 11:ra n'um b1lle. On dul&V& De ouro e aeda.s o sa.lo. .. O &r que ali a.splrava. Escaldava o coraçlo... ii ·.;., 'iini ciõ' i>aiii.' ,· i,ená.:... ~r•~%~~-t.~:. T~z ruent. Ela, p0rque o le, e porque 6 como ele, um esplrlto superior, ama-o e compreende-o, com– preenóendo também com le– slt!ma revolta a. sua torÇ&da posição. E o lnavlté.vel sucede. V:~8:\att P1~~la AI~: da 1.ralçlo da esposa com o ri• vai de reapelto. Oomeç& o aerundo ato do drama. Ana Plkldo recolhe a caaa da fam111a dum neaoclante a- 111110 de Plnhslro Alvea - A· roatlnho l"ranctaco Velho - recusando ser ln~a num reoolhlmento enquanto a 1ltua– çAo ae não definia. A Intervenção de uma mu– lher, Eu!rúla Carlota de st, dona da pen&ão 11a rua BomJar– dlm, onde Camilo se hõspcdan, e que, aob o nome 1up0sto de Cfndlda, dlundo-60 pr1n)& d& recolhida, lnoportunamenta dei· =•pe~ ~b':':r t~:rt': re~~:~ çóes entre 01 dois namorados. e o resresao ao lar da p:ic:do– ra I q uem o muldo condescc::i– deote r.lo regatearia e perdio. Ano, c hamada a capl uto, franca, altiva e le•lmente de• clara - Camilo 6 o Qnl~ ho– mem de quem sosto, e o llnJoc ::: {'!lfJd:S~ e !11,er a 1111· Como 1e Iludia 1••• o resto 6 conhecido. Vem a frp pua Lubõa, de– PO!a o recr ao Porto eacan• dalludo, o proceaao, o Interna• mento da Ji provada. adllller& num oonve.nto de Bra11 1 ondl apeou se demora um m61. Estamos em 1859. M&nuet Pinheiro Alvea Nqll4lr em Jull.o querela cont.r& a eão6- u. e o amante. segundo u dia• poslç6ea do art110 401 do Códl• o Penal em visor, sob cUja ai• çsda amboa Unham caldo. Seauem-se os arrastadoo 1:1&– ir.!tes do processo. Depois de peripécias vlrlu 1 procu~ da refugio em Famall• elo e Santo Ttrto, Ana AUI\II• ~~ f.~~-º Porto em e de Ju• Recolhe l Ignóbil cadela fW• plna da R.ellçio, enquanto Oa• mUo como um louco, obedecen• do a lnstànclas de •mlroa, turla a v&gueava sem ~- com a alm& alanceftda. por vt.rloa ea• ,ondertJoa que senaroaament.e lhe oferect&m. llat para VIia Real. volt.a ao Porto, N\l na Sarnardl, onde p0uco se dm-io– ra: v~em•na em Ortmar&ea. nu Caldas das Taipas em Amann• te; ocult<i-se na Quinta do Er• mo, d• Vieira de Cutro, na de Briteiros. do arqueclloro l"Hn· cuco Martins Sarmento, a~ que ~g ~•I~.d1,: 1 t~ 1 br~i,~~~.:n, prl&io. E', oi! entre as quatrot pare• des de um dos quarlol P&rtl• t.."Ularea, ümldas. nerru e vl100- 11,. com vut11 d \\nica J nela f.~g.e:d:u~!!: ~;'ºc:nªlat~~; vat ucreve.r a.l1um11 da auu Imorredoura, obras-primas - o Rom&nce de um homem r1eo, 01 Aona de Prosa, u Memórlt.a do Cf.rcere e esae cxtraordlna• rio Amor de l'erdlçlo, que 6 a tragl!dl& fant&alada de um tio seu, o trealoucodo Bimio Do• telho. A uma hora da msdr~adã do ~~t!~~· J'~t~~~r,:e i~iv~m.: g:1s..:tpr:~. ~u':i1'.'!'~ t'i~~; de absolver .. Razão de aobra lhe tinham dado 01 dois encarcerado& du• rante um &n9 de rech1-'o, ap0nt1ndo-lhe as viu, deícul· ~:~~l•dr~ ~:. -~el~~1 Pgfe'!ºl: dram, e a caravana paua .. " Ao tal,) da Ana Plt1e:10 ap&• reoer àa cradea de su& prlslo fumando chuuto e frequentes veios acordai o lucubre éco dH 1Qturnas abobodaa d& R.elaç1o, 1oteJantea de umidade, C"M ca acordto mavlo101 do seu pi no, viera Juntar-se o curloao repto que Alberto Pimentel rc- v elo u no sou livro J\lem6r1u do tempo de Camllo: · OMestre, num doa 10118 PllHIOI hlsl6nlco1 fóra da codol,. nu– torludos p0r especial portaria do eutlo mlnlatro do Reino, descendo a rua de 1!1nto Anto• nlo e subindo • velho ..Içada doa Clérl101, a caminho do NU clrcere, com um par de boUnu na mlo que c,,mg,rara para a ~t ~rt~~~~~: .. · ::r:.. 0 •.:;:;: delraa ante 01 olhoa lr&eund01 doa logutaa ofendidos, qu1 lm~rtallrou no tipo usombroao ae carlc&tural verdada de An• tonlo J oeé da Silva., doa Brl• lhantea do Brasileiro, concal• tuado negociante d&qutla PH• ça com estabelecimento chi p&• noa crQs na rua daa Jl'lõret.., !!!st.&o livres, enfim 1 Vão residir longe, em Llsbõa, Dota meu, depou morria PI• nhelro Alv... MI abandbnado de tod~. num hotel de ll'amsll• rão, amaldiçoando a mulher que comprara a peac de .ouro e o homem que ao afeto senil a (Contlnta u U> ....) Se BeUm reallzaare boje, como fes bt tellt.JIOI, ipn concurso p:am •ber-.. qual o prlncfpe dOI JIDe · tH paraenllff, nllo cometerlamos erro .. aflrmiQe mos que De Campos Ribeiro seria o triunfador d– p11111a de eapl.endor P lntellrencla . E' que, pela na admlravel l11111traçio, pela elerlncla Urlca-parnul&• na de aeus versos, é o cltarMo de "AleluJt" um doe pontos altos d~ntrc ns que, em nosso melo, faz~m reverências la musas, metecendo-lbea atençio e Jou. Tores. Nio ee eelundn - para encanto notao - ar– rutar por eaaa in.aurrnlçlo ~tfca que campeia por ai e que, l (Ub& de modernlJmo, nada mala é ,en1,,· um atestado d1 vttotla da mediocridade, De Campos Ribeiro ee con,e"a até tu,Je fiel ao. nobNlll poatula– dos da poesla-p<,eala, da poeala-ane. ""º aonet, "Remorso" temO\ u-:na pro,,a do que declal'UJIN, - ;J . P . REMORSO Deua derrotado, trta:~. a alma em revolta, mudai, do perdido esplendc;r nll tarde enferma e estranha, do teu festlvc. amor, l\WJ',. expiação de Judu, a6 um remorao atroi m ~ 11brua e me aceompanb&. Desço e tenho no o1'1 ar r., névou da montanha . .• e ainda, a um ela.ao fU"~:. meua puaoa aveludai•.• Não te odeio, vencldn h ~róll nem tuJo à anb& e aos apupos brutal3 de.e mlnhu horu rudu. Serenlsslmo eu vou do E<!•n J>&1'& o Deaertol mudo em rosas, na fronte, OI esplnhOI de Blelto, aorrlndo ao coraçã,, ~o 1m chagu aberto. .. Nlo me dóc te per'1ed 8e OI meua olhoe t6m p1'nto, eMe pranto é o amarvor .iue me aobe do peito, no remorao brutal de ter to amado tanto! lllr eAMPOII lmllllllO
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