A Provincia do Pará 07 de setembro de 1947

ARTE E LITERATURA- Nglna 10 A PROVINCIA DO PARA .Domingo, 7 de Setembro de 194'7 Letras A CORRENTES O M d M ., A A , . . e 1 e r te s LITER.A4RIAs ozart e aceio menca -- orno e a Breno ACCIOLY Exposição ·do livro brdsileiro NoUclaa de 8'o Pt.ulo Informam que em outubro próximo ~ ali lnaugunda a Primeira Expollçio do Lloro BrullelrO, 8')b o Pf.· troclnlo da Clmara Brasileira d~ Livro e com a cooperaçio do 10· ftfflO do Ellt&do, atravêa do Depertamonto Eltad1111l de lntormaç6ea. Para comemorar ...,. moatra do Jloro nacional, o Departamento e a Clmara eatAo organizando um .....to pro cnma ., que conat&ri de conterenc1aa a cargo de aliruna d06 nomes ma.la UustrH da lnte!Jgm. cta bruilelra· de reunlõea de llnetr05 e dltores de todo o Bruil e d& mostra rio Teatro MUnlc!pel, daa vAr1aa taaes do noaao pro. sn,uo edJ{orla.l allm da exlblçiO, aos c:urlooo6, de obras raraa e ID&lluacrlta.• sérto eonvldadOs de honra da E:xposlção o P~ente d& Repdbllca O 10vema.dor do Estado, o reJtor da Unlvenldade, oo prealdentes d& Academia Brullelrt. de Ldzu, da A.saocl&ção Bra– llletra de Escritores e de varias outras lnstltuJções culturala, como G Instituto Hlstórlc:> e Oeoça!lco Brasileiro, a Academl& Paulli!ta de Letras, etc. Do .1""'11'."ma. conatam oo nomes dos seguln~ es– cr11«U e !ntelectuab, Ji convidados, que se 1'arto ouvtr no clcJo ae conterlnclaa orgarwado: Agrlplno Gr1eoo, Anlalo Teixeira, Ba– alllo de ~. cà1o Prado Jr., Carl<>a Rlzzlnl. l!!rlco Verúa!mo, O!lberto Pl-elre, Oenollno Amado, Hermes Lima, Homero P!rea, Jo. rad Ce.margo, Maurlclo de Medelrol, Tristão de At.hayde, Yan de .Almeida Prado, Fernando de Azevedo, Roger Ba.rtlde, Oowald:, de Andrade e out.roa, que abordarlo 06 dlveraoa upect.oo da nolução da cultura e do llvro naclOn&l. 06 P!U!MI06 DA ACAt)EMIA Por augeat.lo do ar. Perqr!no .Junlor, cu jo pr oJet.ó !oi multo dllcuUdo e ao gual o po<!t& Ma• JIUel Bandeira acabou ápreaen• •=: ~~:~td~ ;."c:u1~ ;:; ~~ ~~~m~. d~~.; 'abe, 06 prenúoa da Academia, 1 com uceçAo do denominado 1 •Maehado de A.sala" conc edido 'a con,)unto de obra.'eram a.pe– ,naa de 4.000 cruulroa. !!' e o~ aem ddvlda, um dos motlvoa por ,que, aalvo rara.a exceçõea, aoa mesmos nlo se candldatavam oe nosaoa uctitoreo de real me– lrec!mento, quando, hoJe. varlaa ,tnatttulçõeo, como a ABDE e o 1IBECC, d,latrlbuem premtos ,mul!Aa vezea ,uper1oreo àqueleo. Oompreendendo lsao, e procu– rando fazer com que oa premlos da nosaa mala Importante cor– poraçAo llterirla voltem a 10• ·sar do preatlglo de que deotru– ,taram no puaado, quando qua– ,,tro mJl cruzeiros, e até menoe, ,aram quantlaa capazes de se– .duzlr • animar oa autoru, foi que o sr. PerOCTlno Junior a– presentou à deliberação da Du•tre Companhia. o seu pro– ',Jeto, que reduzia. o numero daa ;l'ureaa academtcaa e lheo au– ,111ent&va conaíderavelmente o ,t-alor. Como dla!emos, ,. esse -=~:pru':n:~ft~ú!!"~~~ 1 . t&mbem multo dllcutldo, foi &final t.provado numa daa ultl· Jllt.S seao6el. De acordo com ele, 1 dlltrlbulri t. Academia, anual– mente, 06 premJoa •FranclllCO 'Alvu"• .wRamoa Paz", e HHeUo Lobo", que tem dotação próprlt. e, porta.nt.o, não lhe pesam no orçamento, quatro grandes pre– mies: o primeiro "M.acbado de AMla", para conjunto de obra, no valor de 20.000 cruzeiros; o premio • Qonçah•es Diu", para poula, no valor de 10.000 cru• ulros; o premio "Bilvlo Rome– ro•, para obns de erudição • c:rltlca, no va.lor de 10.000 cru– setros; e o premio "José de A· lentar•, para obras de ficção, J10 valor, tambem. de 15.000 cru– .aelros. Além dlMO, re&0lvcu t. Ctl6a. de Machado do Aasls, dt.. penaar, para essea premloo, a ln&erl9lo pri!vla doa candidatos but.alldo que estes enviem à A· cademla uni exemplar do ,uu obru . Plnalmente, ficou tam• bem resolvido que a .o Co mi•• .oea Julgadoras, que, pe.lo •la– tema anterior oram aempre aa mesmas todos oe an01, pauario agora a ser eocolbldas anual– mente, e serão conatltuldaa nAo mata de tres membros opcnns. cada. uma, mas de cinco. Ela ai o que podemos chamar do pro– Yldenc1aa acertadas. BEST-BELLERS AMERICANOS Segundo o suplemento llte• rirlo do "New York Times", conUnuam na dianteira das venda.o, em todo o pata, o ro– mance de oHbson - Genlle– man·, Aggro1m11>nt - e a aen– aaclonal reportagem de John OUnther - lltfldo U. S. A.. Klngat>lood Roval" que estava hi duas •emanu em segundo lugar, foi alcanQado e ultrapas– aado na reta de chegada. por Tho VI.teu,, que vinha manten– T he Vtzeu,, que vinha manten– do um lucraUvo ~rcelro lugar, marcha agora em quinto. pre– cedido por Ckntleman•, Aggro– "'"""t, sempre na ponteira. os 11. cltadoo The MOllevnian o frlngtt>lood RoVal, o um novo 1ngreM&do na reta final dos BJs. Prince º' Fozu, de Bhel labard. ºDANZAB ARGENTINAS• A editora Peuser lançou um curlooo romance de documen– tação folclórica realizado ad• mlravelmente pela pintor& Au• Nra dl Piet.ro e pelo poeta Ca• tulo O. Oast.ello, valor1zado com um prólogo de Carlos Vega, au– toridade em crltJca muslca.1 e em folclore argenUno, •oamao ArgenUnaa• é o livro que re– produz 21 aquarelas COll!l\Sra– dao & 21 danças tradicionais do pai& amigo. entre essas La Ma.– rlqul~ El ba.lleolto, Los A11'<!s, EI aato, La Chaoa, ora, EI Ma.lt.m– bo, El M>mbrertto. La zambe, EI escondido y la Mllonga e ,. unlca t.alvez, conhe<lda e re– produllda em nos.o melo por CCUlJuntos reglonalo da Argen– Una, El Perlcon. LITERATURA VENEZUELANA mes de poeaia, arte, critica , hlatóriu, etc., d.e tal maneira que se toma humanamente tm– po.sslvel estar em da com a moderna llteratúra britanlca Cada vei: mala duro se mostra o páreo entre aa duu maiores ilteraturaa do mundo ociden– tal, a franceaa e a tng!eaa. Não podemos prever a quem cabe– rá, neate aéeulo, a primazia, maa a!lrmamoa, com seguran– ça, que o vencedor, ae houver vencedor, R·lo-á ))Or cabeça --Dorothy l!:velyn Smith. a atmpatlca autora de "The Brave Mwlc e Hutney l"alr'' ~acreveu e Arulrew Daltera pu– blicou a encantadora non!i. "Proud Cltadel," Uno que ~ um verdadeiro poe ma de a tm– pllcldade humana, pa u.do noa campoa de Yorahire e um doa maiores "beat-aellera" deites ultlmoa mesea. - renwtck Ga– ye, Já aobeJamente conhecido ritravéa de "The P'rench Priao– ner," acaba de pubUcar uma nova hlatórla, onde aw. hablll– da.de aracnldea c1e· tecer aa ma l5 compllcadaa flcçõea, com os mal& lnteraaantea desfechoa toma-se ainda mala evld~nte: "Loulaa Vandervoold", editada por Jonathan Cape, desenvolve sua ação no akulo XIX, noa Estadoa UnJdos - Tambem a grande E'llsabeth Lall:e ofere– ceu, hA pouco tempo, ao seu numeroao público, um novo ro. mance, ''Marguerite ReUly", no qual aulatimos o drama de uma familia cujo membro principal, o '1lnlco allia que possui muaa cinzenta, procu– ra conduzir oa outros parente, a um alto e nobre d...Uno. Co· mo ,e v!, peloa llvroa citados, contlnúa a velhlastma moda de dar aoa romances o nome doa personagens principal.,. Também, pudera, o recurso é tio bom, e é tão dltlcU achar um titulo aóbrlo que atraia comprador..... . A poet.laa. Edl– th Sltwell tem um novo Uno expoato em Londres: ''The Song o! The Cold", do qual Charles Moraan, que como pouca gente sabe, 6 tambén critico llterirlo (pouue uma coluna no SaJ1day Ttmea, que lhe deu celebridade multo ·an– tes de "Sparken Brok), escre– veu as seguintes palavras: "A poetisa deste formidável e pro. fundo volume ouviu a úHlma música e tem o lnatrumento para tnterpreU.-la". - Bom eatudo aobre a obra de Sha• kespeare, no upcto c6mlco, J. Palmer publicou por melo da. MacmlUan. :Em "Comlc Charactera Ot Shakespeare, o autor estuda tipos como Shy– lock, Benedlk, Tlta.nla, ?,falvo– llo, etc., caracteres que no cam– po da comédia, fizeram o gran– de dramaturgo de StraUord– on-Avon superar .i proprlo Mo• llêre, no dizer de muitos crltl– ros - Anne Marie Waltera vem de dar a publlcldade um bella– slmo romance aobre a vida na França, MOONDROP TO OAS– CONY, editado pela Macmlllan e que tem recebido da critica os maiores encomlos. Pena é que o pequeno nume– ro de tradutores nacionais, em lugar de pa.ssar para a nOSS& Jlngua os abacaxis americanos, não possa acompanhar de per– to com seus 'trbalhos o movi– mento Uterario Jnglea, e que nossas editoras não se Inte– ressem pel" , ~ .. · jovens e bons escritores que vêm ap arecendo nos meios lon– drln.os, os quala, traduzidos cons tltulriam sucessos comó bem poucos. Grande seiuação no melo U– terarlo norte-americano tem sido o lançamento do primei– ro romance que John Stelnbe– ck escreveu desde VINHAS DA mA. O novo romance dú autor de NOITE SEM LUA chama -se THE WAYWAIW BUS, e, como o 'titulo Indica. passa-se num onlbus, na Callfornla, e apre– senta uma bela galena huma– na, digna dos melhores roman– cistas Hollyood, que tem em Mr. Stelnbeck, Juntamente com Emest Hemlngway, uma ver– dadeira mina de pellculas cl– nematograflcas, não deixará de filmar mais esse romance do autor de UM BARCO E NOVE VIDAS, se é que THE WAY– WAIW BUS não Já está sendo rodado num dos estúdl05 da Callfornla. PROXIMOS LANÇAMEl'l'TOS O ar. Gonzalo Plcón-Febres acaba do publicar em Buenos Alres CEdltorlal Ayacuchol um exaustivo traba.lho hlstórlco– llterirlo - "La Literatura Ve– nezuelana en el Slglo Dleclnue– ve•. Pinta o autor em longas piglnaa o melo histórico em que ae movimentam os escritores de eeu pais no iskulo passado, procurando t.mblentâ-los e ex– plicar-lhes a obn. E' obJetJvo e Etreno em seu Julgamento. Curiosa é a. suz atlrmaçAo de que a critica e o terreno em que mala •e destacou o movimento llteràrlo venezuelano. •Ainda. este mês será lança– LIVROS ESTRANGEIROS do pela "Ipê", o novo livro de Carlos Lacerda, "Como foi per- --Cada vez mais Intenso elida a pa,z". Essa obra daque– apresenta-se o movimento 11- le Jornalista - que foi convl– terárlo na Inglaterra. Sobre-. dado pela nova editora paulls– J')uJada durante séculos pela v1: ta para dirigir a coleção "Ca– Elnha do sul, no ramo da Llté- demoa da atualldades", que se– rat ura, a velha Alblon parece rã uma slnteae de todos os pro– querer recuperar o tempo per- blemas atuais - constituo uma dldo e voltar aos tempos de Ell- analise doa grande., problemas 1abeth e Vitória, Inaugurando do após-guerra. uma nova Idade de suas letras. Para Isso conta com nomes co– mo Shaw, Morgan, Chester• lon, Cronln, Maugham, Ma– ekenale, Prlestley e uma cente– na de out ros, grandes e peque– noa, que enchem continuamen– te a.e llvrarlas Inglesas de ro– mances, peças de teatro, volu- O perlodo de ocupaç&o ho– landesa no Braail, embora. J4 tenha sido regularmente estu– dado, nlo contava. ainda com uma obra tão minuciosa e pro– funda, como a que acaba de dar-nos o sr. José António Gonçalves de Melo Neto, no aeu livro "TEMPO D08 l"LA- por Mariac DIMBLE <°""111cht d& Aafncl& t7PI. esdual· '9'0 de A PROVUfClA DO PAR.A, nesta caplt&l) a ~la O =çaxntan~ t~ fiuJu naa letru portuguesu, até aoe noaoe agjtadoo tempoa em que tendmct.u dJve.rau 6e en– trecruzam noa et.mpoo llterirlca tamblm dt!erentea, •empre po– demoa observt.r uma espécie de obedlencla generalizada a dettt– núnada moda lluplradora, senão gera.dora. d.e DOYU fonnu . l!:l!t.& lncllna.çlo mala ou me– noo temporvla que ae tradw, por doença ou caracterlatlca da ~a se nalguna tempoo reno– vou u DCIISU letru, Imprimin– do-lha determinado cunho e valor, noutr00 não foi mais do que um al6uma de ctecadencia. Eotabelecldos 00 nooaoo <ane– l"'" e puaada a época medl"evel que deixou 1101 Canc1on.eh·06 a marca evidente doa meatr~ pro– vençala, nAo tug!moo com a re– velaçAo dos ~• da Renaa– cença à ~ da escola Italiana e doo prlmttlvoa que fo– ram 06 melhores m.utres doe l>06500. !!la-noa mal.s tarde com 00 setacentlstaa sob a ln!luencla de Gongora e nAo podemoa ne– gar u lnrtuenclaa pernlcioaa. do aecuJo XVII de ca.racterlatlco ma~~'.::".;'~~ digam oa hlatorladores da no,– u literatura - durante o dltlmo quartel do •eculo xvm Maa entre o trigo quanto Joio ! Quantaa nulidades por ....... ..a.rúdJ.u •· e quantos ú:rebros ainda. tão vazloo como aa obras lnaulsaa qu~ pretendiam 1epr à porterldade, "" nlo conalde– ra.ram percursorea duma eacola ou padrões !tela de bóa llte• ratura ! O movimento literário que tl– cou conhecido por ltom.&Dtlazno teve tio grande tnflu.eucta nc.& noo.saa letraa.que deu ~ YU nQ• me a toei& uma epoca.. Eix>ca de hona poeta.a, de bona eocr1tor... em aum & : de bom meatres ~ open.rt. ,s da pena que noa dei– xaram P'8ina• ln esqueci vela . Contudo, neMe tempo !énll em ca.lorea e em génloo qu~n– ta contradição e que de p~lé• n1!cu. Quantu CO?Tentea con• tnldltór!M 1 Multoe amblclont.rt.m P3 •a li o papel de lnlcladoreo dWl14 no– va era . Serem mestres no ?U– tro oéculo. Sonho dálumbrante que se rea..Uzou em toda a actp.. çio da palt.vra no campo do ro– mance. com aquele que entr~ nóo Implantou o reallamo. Com Eço de Queiroz. cuja obra ai :ida boje, quul em meladoa do sé• cuJo XX, ae. estuda com de,n ~ çio, Con.ldereffl06 porem que no seu tempo ~le foi um audacioso. A ,ua obra, publicada en, fo– lhetlna que eram lldoo na Hn– vaneu ainda à luz do gu, nio foi ao começo recebida. nem compreendida e estabeleceu uma corrente contrirla. Virlos e de bom pulao foram oo ..,u, antaconlstaa. Mas por- ~~~: .. t~:~~i: ~a~~ como um bom fluxo aa noasaa letra&. ela nlo aó perdurou maa constltuJu e,c oJa. 8'o fruto.. seus e do D06IO .ecúlo tambl m oo neo -reallatu. AlcwN --- a.tu. Pais que outroo consti tuem um a doença, ou melhor uma corrente pem1. c!ooa. . Vemoe também como po.drõea , do noeao umpo certos naturalla– r.a. da. Uteratura teglonal. Mal que é doo romances ? E se estes ezutem, como estabe1'!cer a ten– dencla gorai do romance ? Nlo destJnsuimoo oa eocrlto– rea daa eocrltoru pois que es– taa conalderaçóes aio objetivas e não constltuJ bte ou aquele ,tnero de llt.entura apaniglo excluaJ•o do homem ou da mu– lher. Ili romanclataa masculinos abordt.m determtnadoo u,untoa com deilcadesa. feminina assim como hi escrltoraa que Julgam poaautr masculo talento pelo pelo lato de escreverem p,Lelnaa que, ma.Is do que lndecoroeas, são verdadelroo aunta.doa . E l•te l o olho da noasa. época tão rica de correntea ccn– trirtaa como pobre de valores... Paupérrima. ntl. em relação à oulra, a que pauou . Abund&m enlre nóe oa poetaa, os contbt.1.1. 0g que escrevem romanc.. . Ma.o "" enlre oe pri– meiros ae deata.cam alguna pelo ..ntldo tllolótlco da •ua poesia. m mitodo, e.nconuamos entre os segundoo narrador.. tecntcoo que nos delsam trios ante oo seu. quadroo de mlaer!a . Não M então ouuo assunto digno duma pena neo-reallsta ~u 0 o ~'!'! p~ .. ;~~i :· mi.se- . !:14 uma tendencla lltertl.rla, no que respeita ao conto e ao romance. de algnl!lcação dolo– moa na .ua- flnlilldode . Polo. mau grado oa tempos pas&arem e as correntes tamblm, ..U. de certa forma ..tabelecldo que uma "ltape" llterirla qu.. 1 sempre consfüul o "1)elho d3 ,ua lpoca. MENOOS", ora lançado pel:> Livraria ·José Olymplo. llll aua Coleção "Documenlos BrulJel– roo•, com preficlo de Ollbert:>. Preyre. O autor, aoear de jovem. l desses erudito, que vi.o no t\mdo das questões. desor=n– do certl>• efeitos de brilho la– cll que vem fascinando muitos historiadores con~mporane00. Par& realizar. com mais segu– nnça, peoqutzo..s originais, es– tudou o Idioma bolandes. po– dendo asolm compuloar grande nwnero de document:. exlsten– tea em Pernambuco e ainda não aproveitados pelos peoqutzado– res . Co.nsegulu deose modo abrir novos horlzon~s sobre o refe– rido perf::do, dlur o que ainda nlo foi dito. E o relevo do oeu trabalho se toma tanto ma.lor quanto excepcional foi a lmpoe– t4ncla da ocupação holand.eso. :n'l de3e.nvolvtme.nto do nosso proces.,o histórico. Sobre o "TEMPO DOS PLAMENOOS•, é a obra de Gonça.lves de Melo Neto .:. no dlur de Gilberto Freyre - "'a mat.s completa, mais minuciosa e mab com– preensiva que hoje existe em qualquer llngua", Julgamento capaz de por si só autentJcar o mérlt? do autor e chamar a atençio de todos os estudlo• """ do Brasil para tal obra. - "Maglna", de J . Guima– rães Rosa, livro que recebeu o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras: em 193&, e "Nóvoa vizinhos", volume de contos de' Sebastião Fenandes, estão anunciados entre os pro– xtm011 lançamentos editorala. . (Para cw .. Dtulos AMocladoa..) Ledo Ivo cultivava cachos. Cacho• que lhe desciam até °" ombroo e ainda encaracolado!. Iam roçar 01 seus caracól.s nco borda.doo das ancoras da gola uul. Conheci-o aM!m. E &Mim ainda eu o conheço pois aquele .seu &0rrbo de macaco r.unca lhe abaruloncu os lablm nem tão pouco a iua patxlo por Rat.m– abud deixou de lhe \'&laar o coraç&o. AOs onz.e anos -de ldA– de Ledo Ivo JA era uma Imper– tinencia. Paulo Ronal qu•. na– quele temp:l, M: enoontra\'a eII" Buda.pest podm confirmar esea ,1rtude. Quilos de poemas que oqntavam a doçura de uma Acl.rtana er&m dlstrtbuld00 pelo correio que la bater à pona de um Ma.rio de Andrad•. ..Je um Roger Butlde. de um Jor– ge de Lima4 E como recompen– M, Ledo Ivo ooleclona,·a car– taa de toda esse gen~. car– ta.e recebidaa com a ansidade. Então a vlolencla de Ledo I•:o apareceu ser a T!oltcia de um cavalo de campo. O meoln:, de labloe groSS01, de fronte alça– da, o .. mestiça talenr.o&O''. pa– recia acordar para literatura \'e5tir-:5.e para a Uteratu.."'ll, v1: , er para a UteratUTa.4 E a~ m.e.!mO na bora aagrada de se allment.&!. Ledo Ivo clelxava à seita os seua ln.stlntos. Se se &llmentava de bife. cta..iftca– va-o da 6ei'Uinte maneira : ~– teu comendo um bife à Rtm– baud. Um vatapá. sugeria-lhe Dotolew!ki, uma .alâda de le– gumu .sempre o fazia lembrar Mansfleld, bem como o ncir.e de Edprd Alan Poe só era pro. anunciado ante um co.90 de ca– chaça, ante um baralho, ante uma tunebre fotocratla. de um corvo. E ao som desse Jazz-band cuU.nAr1o, o poeta marcava o comp&.650 de .sua vida, de 1Ua v1d& semelhante a de um pa.s. u.ro de uu enormes. Mas por voar alto demab Ledo Ivo re– bolou de li de cima. E foi ,e atund&r na frouxa lama de um esugnado poço, Até boje Au– rello Buarque de Holanda quando recorda aquela lnde– cencta, estampa em seu ~to a.s marca.a de um MJO. Lec;.o Ivo acoimado por um verme, resolveu c-:meter ainc:ol)e8 em deternúnadoa poemM ~• aJ. guna poetaa. E depob de come– ~-lu, entro30u-u, irmanou um V'eJ'30 a um outro verso. E pu– blicou eua. tala pcesla na •Gueta de Alag6as•, como se o •eu poeta t00se o Aurello. o Aurello condenou Ledo Ivo hA cinco aJI05 de prisão. Durante t:>doa esoes mlJ oitocentos e nn– te o cinco dias o Aurello foi um· severo carcereJro. Para Ledo Ivo, nada. Nem mesmo um pe- daço de pio, nem mesmo uma can.eca dágua. Mas como toda a sentença tem o seu flm. o carcere!ro AurelJo abriu as gra– d... E boJe. Ledo h·o. conti– nuando a dar as pontas dos de– d,s em \'ez da mi, toda, se apela em Paula Matas, entra DD 83, da tra\·e:.sa do Orientre, para engulir o ulsque à Mar• cel Proust. E' prova,•el que Ledo Ivo não saiba quantos pontos \'alem ums colcheta. que também náo saib3 d!Ierençai- um andante de um a1egreto. uma rumba de um bolero~ um •·xe-em-em ., de uma ro.ncbelra: talvez não ia1- tn nem Quantas t.E'clas com– põem à dentadura de um pla– no, ma.s t·~nho c-erteta, uc.ta absoluta cen eza.. que o !tu ta– lento para a poe!l.3. é o mais posltlvo dentre as po,:slblllda– des poeUca..s d.a no,·a geração. Hã meses o p: cta pubilccu ultl romance. Não rest.a du\i d.a c:ue em "'As Allanç!.s", há a pre– sença do ro1IUDce. Se o poeta não hou,·~e publicado ..Ode e Elegia · , i:em tão pouco • As llru.ginaçôes", nós não d•lxa– riam:-s de cscreYer um L-tlgo acerca da desgraça de Ja.ndira. Ma., oós p:e!ertmos transcre– ver estes so!uçcs que foram ro– luçadcs à beira de uma sepU:– rura : Els-me jur.to a 11..:a scpuJtusa, !E:•=ell84Ida, pa.ra chorar a tua carne pobre que nenhum de nós , tu aJX)– [e pura [decer outros vieram luc:ldos e enlu- ltaJo• poro m•u venho b!bedo, Hu– rmenga:da, eu ~nho b!bedo E ie amanhã e.nC'!Jnt:arem a [cruz de tua co,·a Jogada ao [chio Nlo foi a noite. Hermengarda, (nem foi o vent.o Fui eu. Quis amparar a minha em- !brlaguez a tua cruz e rolei a, chão onde repousas coberta de bonlnas, t.nste em- Él5-me Junto a tua cova, !~~ [mengarda p:i~ chorar o nosto amor de [sempre. Não l a noite, Hermengarda, {ntm ~ o v~nt, Sou eu. Terminamo.s externando um honesto desejo: que Ledo l\·o deixe de macaquices. E ,e ..te nosso deu Jo ,. tomar uma realldad•, ficaremos contentl&– almos poll a sw, poesia, lnevl– tavelm~te. M! comp!eta.rA. E' com po,esla que o poeta deve IJ. dar E Ledo Ivo é um p<>et.a. POESIA FRANCESA MODERNA Um poema Mich Henri de aux 1~ de MAJUO PAUl!TINO, pua A PROVlNt'IA 1;10 PARA') SUR LE CHEMIN DE LA MORT ' 8U? le chdnln de l,a Mort Ma mere rencontn, 1.1ne grand~ banqulse· Elle voulut parler; ' n étalt déJá. tard, Une grande bànqu!.s~ d'ruate . Elle now rega.rda mor. h êre et mol, Et pula elle pie::._ Ntw 1111 dlmes - mea .Jn~c nalment absurde - que nou1 [crmp,enloru; blen . .Elle eut alors ce st pracleux sourlre de t.oute Jcune ftue Qul étalt vralment · ' Un ai Joll sourlre p1~ q\.~ e,,plegle; Enaulte elle fut pnn ..._.._, l'Opaque. NO CAMINHO DA MORTE No caminho da l\1or e Minha mãe encontrou uma 1rande moo anha de relo; Quis falar, Era tardo demais, Uma JTande montanha de al,;cdiio. Olhou-nos, a meu lnnão e a mlm, E depois chorou . DI emos-lhe - mcnU .-a devera.a absÜrda - que bem [compreendínmos. Tne então ..... sorrl,o tio 1racloso de toda Jo·nm, Que,, na. Te.rdade, ela era, m tão lindo sorriso. qaasl trave so; Em serulda foi lenda pelo Opaco. NOTAS DE UM CONSTANTE LEITOR NOVA IORQUE - Agosto de 1947 - Rockefeller Con– ter. como os americanos mui Jwt.amente o chamam, é '-uma cidade dentro de uma cidade". Na verdade, levan– cjo em conta as pessoas que ali moram, ou trabalham, ocuparia o 56 .• lugar entre as cidades mais populosas dos Estados Unldos . Comprendendo uma área entre as quinta e sexta ave– nidas. desde a rua 48 até à rua 51. Rockefeller Conter é a reallz.ação de um arroja– do projeto lmoblllárlo. com– preendendo 14 prédlos ult.ra– modemos. estando o 15. 0 em construção. O terreno que, originaria– mente. pelo ano de 1809, per– tenceu a um dr . David Ho– sack, era usado como Jardim botânico. Com o correr dos anos, enlTetanto. as taxas to– ram crescendo de tal modo, que o terreno ficou perten– cendo à cidade que. por sua ,·ez. o tran~lerlu para a Co– lumbia Unlverslty. John Rocke!eUer Jr . alu– gou-o pelo perlodo de 86 anos, à razão de 3 milhões de dólares por ano; findo esse prazo. todos os prédios e be– netlclamentos passarão a ser propriedade da Columbla Unlversity . Entretanto, ape– sar do alUg\lel e das outras despesas - entre as quais outros 3 m;lhões anuais de taxas - a Organização Ro– cketeller. que cllspendeu a soma fabulosa de 100 milhões de dólares na construção dos ediflclos, já amortizou 90 por cento dos gastos, em apenas 15 anos! Pretendendo ser um mo– delo da cldac!e do futuro, Ro– ckereller Qtnter apresenta tudo que há de mais moder– no em arquitetura . Seus prédios d.o lodos ligados en– tre si por passagens subter– ràneas. num total de 1& qul– lõmetros, e uma pessoa po– deria ,1ver a vida Inteira sem nunca Ealr de seus limi– tes . .LoJas, cinema, teatro. estaçõu de rádio, Correio, 2Q Consuladoa - Inclusive o do Brasil - um museu, seis es– colas, redações de 30 revl.s– tu, 50 agencia.a de propa– ganda, 15 companhlu de na– vegação aérea - enfim, há de tudo em Rockefeller Cen– ter . Até mesmo uma rua particular - a Rockefeller Plaza - que é fechada ao trA.nslto um dia por ano para que, de acõrdo com a lei, não perca o prlvil~lo, tornando– se propriedade pública . Para se ter uma pequena tetéia do que seja esaa comu– nidade, podemos Informar que mala de 30.000 pe&SOu trabalham aU e cerca de 125 mil outru vão ao Rockefel– ler Ceníer, · diariamente, a negócios ou em vlalta . Como curlosl(fade, damos alguna detalhes Interessantes : ó aquecimento do conJunt.o de 'prédios custa mil dólares diários; há, ao todo, cerca de 15 .000 Janelaa, que 29 la– vadores conservam limpas; cerca de 700 emprega<1os ea– tão encaregados da llmpesa, lavando e encerrando os edl– flclos e há .uma turma desti– nada unicamente a remover os "chicleta" que aparecerem no chão . São gastos, por ano, cerca de 8 toneladu d!\ sa– bão, 3 .200 litros de dednfe– tantes e 36 .000 litros dE. cêra e polimento. Não é posslvel visitar Nova Iorque sem razer um "tour" pelo Rockefeller Center e, pela quantia de $ 1.80 vlal• tam-se os editlcloa mala lm– portantu, guiados por uma Centerettc, ou um rapaz. 01 quala, elegantemente unifor– mizados, vão dando explica– ções durante todo o trajeto . A vi.sita principia no R .C.A. BuUdlng, onde se adquire o bilhete . Esse llranha-céu, com 70 andares, é o terceiro entre os maiores do mundo, em seguida ao Emplre State e Crysler Bulldlng. Ali pare- Regina•PESCE doa do andar téreo aio me– tade em mármore negro, sendo a metade auperior em murais, de &.utorla de um pintor espanhol, oa quala vie– ram Já prontos da Europa. No quadro grande, de fren– te para a entrada principal, vê-se um conjunto de ho– mens trabalhando. simboli– zando o soergulmento desta Naçã,o. A pintura mala lnte– ressant~. entretanto, é a que cobre o této. nessa mesma parte : representa o P-resen– te. segurando em seus om– bros um tronco, onde o Pas– sado e o Futuro apoiam suas ampulhetas, uma Já cheia, outra ainda vasta . .. O mala curioso é que e&a-s figuras "acompanham" quem as ob– serva, esteja a pessoa de um lado ou do outro da &ala. E o Jogo de luzes e sombras é tão perfeito que, andando sem tirar os olhos do qua– dro, vê-se perfeitamente as figuras "se moverem", mu– dand.o de po!lção: Isto é, vol– tando o corpo e o rosto para a direita ou para a esque.i:da 1 A cada prédio foi dado o nome da Companhia que ocupa maior espaço no mu– mo . Assim, há o R .K .O. Bulldlng, onde essa Compa– nhia cinematográfica tem seus escritórios; o British Emtpre, ocupado por Casas Inglesas; La Malson Fran– çaise, devido a Companhia., francesas, et.c .• No Time & Llfe Bulldlng, onde funcio– nam essas revistas, há, nu paredes da entrada, tràs es– culturas: no centro, um ho• mem ouvindo a Musica, re– presentda por um passari– nho de prata que, em toda., u horas, canta uma melo– dia, e, de cada lado, os espl– rltos do Bem e do Mal, um protegendo, outro tentando afugentar a Música . Quatro são os andam no sub-solo, até uma profundi– dade de 20 metros. sendo a temperatura mantida nor– mal devido às sete Instala– ções de ar condtclonado que ruem a ventllaçio dos edl• flclo s . Fomoa levadoa a vlal• t.ar, numa parte do sub-solo, um a grande garage onde centenas de camlnhõea, dia– riamente, fazem o serviço de carga e descarga . Andando assim. ali por baixo, pusa-se, à& vezes, através de corredoru de mármore 'brilhante, aem loja alguma: a explicação é que uma rua pusa por cima e, segundo u leis, "não ae pode construir na rua" . . . Dando-se um Idéia do que foram aa exr.avaç~s para a construção de Rockefeller Center, podemos adiantar que o que ae tirou, para fazer oa alicerces, pesou multas to– tlelé.dáa mais do· que todoa 01 edlOclos Juntos, lato, tam– bem, porque a Ilha de Mah– nattan é toda formada de ro– chas. ' Passamoa, a seguir, para o "lounge" do Rádio City Mu– slc Hall . "Lounge" é a aala onde aa pessoas vão fumar um cigarro, deacanaando nu belas poltrona, e onde hll. oa "tollettea". Enor– me, luxuoalaaltno, nosso gula foi noa expUcé.ndo uns deta• lhu curiosos; por exemplo : que a penumbra reinante, provocada• pelu luze■ fra– caa e lndlretu, e aaUentada peloa upelhos negros, de que são revestidas colunu e pa– redu, !oi planejada para sugestionar o público o qual, levado pelo ambiente, lnaen• alvelmente abaixa a voz, evi– tando-se, assim, um b arulho Inconveniente. E II efeito foi melhor do que se tlvelllem construido Ili paredes com um material Isolador do aom! ... Ma.e, o Rádio City Mwsic Hall - o maior cine– ma do mundo - ~ todo ele um conjunto de luxo e be– leza : seu . "grand , fcyer", cuJaa paredes são de má.r• more · marron, Importado da Algérla e com ,eua luatt'e■ A ~armação de Joaquim NaQuco -SÃO PAULO, agosto - A editora "Ipe•. anunctondo as obras completas d~ Joaquim Nabuco. oferece-nos. de começo, • A minha formação". um dos livros mala sa borasos da llte:-a– tu.ra mem-=-rtalist!l do Brasil. Tc da.s as vezes que a lelo te• nho a meama Impressão. multo embora varie o estado de meu ..plrtto, acentuado pelo correr dos anos. Isto quer dtur, sc– bretudo, que a obra é de ouro de bom quilate, reststlndo à ,c– lreguldão dcs h ,mens e aos desglll!tes do tempo. Allàs, mais do que em qual– quer outTo de sew livros, é nes– te que está realmente Joaqu.!m Nabuco, num retrato de c:rpo Inteiro E' no fundo d....., re– tn.i<I, como no pincel dos pin– tores da Rene.scença, a palsa• gem rica que o envolvtn. Nele encontramos, pelos da– dos formadores de sua lndlvl· dualidade, quer em seu a.specto moral, quer em seu aspecto in– lelectua.l e pOl!tlco, um tipo de– •lgnat1•:o da formação brasl• leira. Para aqueles que procuram a nossa cultura onde ela IU.o extsw, a nossa hlstórh onde ela nlo aparece, a nessa fiai<>• mt& onde ela não se situa. Jo2.– que.m Nabuco l apenas um eu– ropeu, criado em estufa& espe– clal.s e wbre o ::elo privilegiado dos deuses, no, rudes climas tropicais do nosoo pa!s. ·Pa.ra ser bra.sile.Lro, ele prec.i!ava la• lar uma llngua diferente, pen– sar de uma forma. esquLslta, exaltar a sensualidade m..tlça, os tmpuJ505 prtnµttvos de raças exiladaa, E corno ~~ expr...,a• Candido MOTA Filho (Copyrl&bL doo "Dlir1oo Auoc1ac1co") v3 no.da dta.o. ele nAo podia faz :,c par i.e da sala sul-ameri– cana. e E.er a ~Lm um hon:em repiesent.a.tJvo. Nabuc:::, era, e.o contrário dl!;s>, uma exceção Justiflca.vel, um contrabant.o rncla.J ou cultural quaMb multo. Para núm, Nabuco. Justamente pelo seu europe!!mo, por ur um civilizado. por todas a l!Wll vir– tudes e seus posslveb de!eltos, é um tenomenQ tipicamente americano. um repre~rntatJv'l da nossa formação. O Brasil é, principalmente, uma forma da continuidade do civilização branca.. com a o.cel– tação de muitos de seus encar– gos. com a eliminação de mui• t.cs dos seus preconcelt.ts. E ' enfim o fruto de uma con• tlnuldade histórica e cultural. ~ ~&1~e:~a/ O~~~-~' é uma expressão do expaml.O• nlsmo eur: peu, uma variant.e quando multo, em virtude das circun..ct.Ancle.s mesologlca.3 e racial!, da maneira européia. Tudo o que não é europeu e cristão é estranho pari, o nos– so esplrtto. T : dos os valores que nlo pr;-vem das rontes ocl– dentab, sço exotlcos e, qu115e sempre, tncompreenstveLS, para nós. E 66 seremos realmente livres, só teremos a nossa ln· dlvldualldade, a nOS!o. o,lgtna– lldade enfim, quando rec:onhe– cerm~s realmente donde viemoa e o que 50mos. E é por Isso mesmo que as grandes aflrmaçõt!s da cultur11 brasileira aque,:i:; qu~ 1!!Al,t por d, que ião e::p:::SF.Ó'?3 a 'l• t.entlcas de uma maneira de vida, se Jdeni.l!lcam perfell4• mente com a ma.nelra européia. Quando, em nossa literatura, procuramos os mottv::a lndl~e– gena.a, suaa lendu, seus tol– koreo, procedemoa com o mes– mo esplrl to com qu e o pro– raase um ocldent.al puro. l"ol aaslm que apareceu a obrn de Oonçalv.. Dias e de Jore Boni– fácio, no romant.lam<>, ou aa obra. de um Mru1o de Andrade, em n.,.-..ao tempo. E' que realmente. o h:mem ~. acima de tudo. um animal cultural e hlatórlco. E corr.o tllhos de um pab de civiliza– ção tranaplant.ada...m cultura original capaz de reslliUr aos oolonlzadores, f izemos DOS!:a a cultura aquela que' veJo de Urra. J oaquim Nabuco era uma fl. gur& de estirpe, um belo tipo de raça branca que cruceu como uma planta e!COlhlda, com to- ~os nf:l~ilégl~s ~ ~~~clir.ieé um represenl::ite tlplc, de nes– sa. evolução cultural, porque c,- · nhecemos tantas e tantas !li,i– rM de estirpe que, como diria Carlyle, não consegurtam se– quer espiar os grandes aconu– clJ)!entos pelo buraco da fecha– dura. E tivemos caboclos e me•– tlços que alcançaram em nO!sa • cultura, na. hlst.6rl11 ria nessa 6enslbilldade e do nosog penu ... mentol a mesma atitude que alcançou Nabuco. Basta lembrarmos Machado de A&!:ls, que eraf em todos os sentidos, o oposto ·de Nabuco. Era um me•tlço doentio, cheio de tntellcldades lnconte....vels, recluos na vida banal de uma clda.de • que, apesar· do tudo t,;so, conseguiu ur o mestre maior de nc&a literatura. Desconheceu o probl~ma do engre, nAo tomou conhecimen– to óo Indianismo. com, forma de naclona.llza ção d e cultura, mu conseguiu u.ar da llngua p~rtuguesa, com sing ular firme• za de utl:o, reco.to e purez,1, O 11eu pe nsamento, atra.véa de EtUS verr.os e principalmente aLravéa de ae us rom&nv... ganhou o ml\xlmo de unlveralldade que poderia alcançar um escritor patrlclo. Tinha uma formação oclden- 141, como Nabuoo, porque se nlo a tlveose não teria nada. Diante de llla curiosidade. es– taria apenas um mund~ vazio de sentido. Nabuco, p=rtanto, undo a formaçlo que t.6ve, participan– do da política brMilelra pela forma que participou, convi– vendo com os eocrltores fnnce– ""ª em literatura e In1leacs ~m pol!tlca. era na verdade um ln• telectual brulleiro, na plenltu• de deMe 'slgnl!lrado. l eso não quer dizer que SO• mo1 pela fali.a de orlglnalldado da. cultura bra.oUelra. O que sustentamos. ao examinar a formação de Nabuco, ao encon– trarmos nele, aquilo que .en– contramOS em Rui, em Euclldea da Cunha, em Oraça ,\ranha e em Machado dll Aula, e que a nosaa originalidade aó 6 \r.a– alvel, dentro dosae fundo co– mum. que • a cultura ociden– tal que nos tem dado oa me!Q& para compreender • lnurpretar a vida. Quem 1e •A minha f orma- • (CoutlDu 11& u.• ,ar./ de duu toneladU; o t4to 41 aallo de proJeçio, formado de enromes arcos luoeafyoa, que vão de uma parede à oa– tra, entre os qoala a las 19 eac6a, lndlret.&lnente; o pai. co, com trb plataformu, qu e sobem e dNCcm por for• ça hldrá.rj lca e giram, para a mb os oa lados movldol à eletricidade - e multiU ou– flras maravilhas do moder– nismo. Já vimos virlol de seua "shows", que IMllllpre acompanham um bom filme. Estes espeuu:ulos aio, - dúvida, oa ~lhores ap-– tados nos cfnemas de 1'0'f& Iorque, podendo-se ver u famosas "Rvckettes", "lirla" multo bem treinadas, todu da mesma altura e com o corpo mais ou menoa liUal. além daa 100 bailarinas que compõem o corpo de ''bal• let" permanente desse c!Jle– ma . Há acomodações para &.200 espectadores, e 600 pea• soas, entre artistas e empre– gados, trabalham all. Na outra esquina hi o Center Theatre, onde tbnJa Henle apresenta um -s,etá– culo maravilhoso aobre um palco de gelo, com patbiado• res escolhidos entre 01 me– lhores, americanos e de Vi• riu nações européias. Voltando novamente ao R . c . A. Bulldlng, subtmoe ao t.õpo do 70." andar, onde h4 o "Observatlon Roof", aendo levados até lá por elevado– res classificados como 01 mala rápidos do mundo, pa&• aando dois andares por se– gundo. Dali de cima, Nova Iorque noa aparece pequenl• na e os edl!lclos delxatn de ter a lmponencla que aua ai• tura lhes empresta..• Dea• cortina-se o Central P&?lt em toda a aua extensão, mala parecendo um Jardim co– mum 1. . . A quinta avenJda deitada a nossos pé&, a faixa "" rio Hudson, os Jardlnsnoa telhados dos outroa pr~oe, pontes. casas e, lá dlatab~ 1 a estátua da Liberdade. Dau de cima, allás, é que ae -aa– nha a certeza de que ae eet6 numa Ilha . .• F112-se, tambem, uma Ylat• ta à Natlonal Broadcuttns Company, onde tiv111l011 oportunidade de ver uma. de:o monstração de televlsão,•beza como de um aparelho . ~ moatra as ondulaçõea• 1 do aom . Vimos sala de G:ID• trole, com milhares de t,o. tõea, !toa, luzeslnhu: uma tabela com os progriunaa dà N. B. O . duranteuplixt~ mas 14 semanas; alnda,111114' coleção de microfones, ~ 1927 aoa modernoa, entre OI quais há um do feitio de"Ulll globo cOr-de-rosa, que, oa gula noa explicou ter aldo construido especialmente para Mllry Plcktord, 's,dlil a arttata flaan tio nenoaa diante de um · "micro" -11ue resolveram dl8farç/\-lo deu& formal Eatlvemoa, tambem, numa saleta, onde noe foi dada uma demonstrad.o de como se fazem na aoiü:que ouvimos nos progrimllf Ir• radiados, como trov~, chuva, trote de ca,,aloa, a6r– clto em marcha, et.c .• 1"9!n01 levadoa a observar a ~fa• ma do departamento de im• prema, onde ae o~ u notlclaa lrradladu liN& o mundo Inteiro. 10 miqiltnu a u tom A tlcaa recebem. o riptl• clárlo de vá.rias agenclU te– legráflcaa, havendo zue recebe' noticias <1Jreta1J1 nte da aéde daa Naçõea Un em Lake Succeaa. Porl ftlll, foi-nos permitido aulatlr a um "show" num belo •aallo que, como o'doa clnemu, tem um decllve acentuado para que todos poaaa.111 ver ~m. Uma Jnllnldade d.e gat'Qtal tomava conta da maior par• te ela sala e grltlnhoe acgdol de entuslaBmo ae fazla]J) •OU• vir, quando o cantor .termt• nava uma canção, ou ,um augplro •geral, que delll&va de aer um sussurro, ae a'md• slca el'I\ sentimental! ... Qua ndo o progrlU'llll tennt– n.ou, a.e pequenas "ava.Df&– ram " no rapaz, que ae p6s a dlatrlbulr múa1cu e autó– grafos às suu lmpetUCIIU No centro do bloco d.e edl• flcloa. permitindo que tod.01 recebam.luz solar, foi ;i uma praça.- a Low'er, - que fica num nlvel a da rua . Vê-se ali um lo chafariz, com a catá.tua dou· rada <le Prometews e, ea:J)&?• saa, urras tanta, meslnhu com para.aóla colorld011 que, vlatos de cima. da calçada, formar.1 um <;uadr.o realmen– te lnte1·essante . Es:m praça 6 transformada, no Inverno, em rink de gelo para pati– nação. Circundam-na, na parte superior, as bandetru de toda.e as Nações Unida.,. • a nossa, bem no centro, logo adiante da americana. ac:res– centa uma nota colorld.a 1 alegria daquell! drapejat'.•• Do outro Ido da praça; bi a Promenade, uma ~ gem que leva da praça Quinta Averuda. vendo-.,. centro, clrcundadoe de re~. uns tanto1 aqu xo3, com pelxlnhoe lhos e dourados e res aquáticas, havendo uns bancos que eatlcl.: pre ocupadoa: vão converaar, zendo tricõt, outnll mente deacançandO pras... Em Rockefeller :..-::::::-.- ,,._= florea ao redor a.a desde a PJi,naY._ Outono e edite • tidade dl ~::., cada~ :i~=~ cam tucl(J- nárlol A ~ ~ ca. :,i·qüe

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